Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 104 - Junho/2010
Distribuição Gratuita
Zilda
Gama
Argemira de
Oliveira Costa
Nesta Edição:
Loucura e Obsessão, as Dores da Alma
Diante de Cara Feia ou Mau Humor
Caridade e Inteligência
Aborto Delituoso
PROIBIDA A VENDA
Editorial
editorial
Índice
Há pouco mais de meio século, os filhos ajudavam os pais, desde pequenos, seja
colaborando na lavoura ou no cuidado com os irmãos menores, pois as condições
precárias exigiam muito esforço, visando novas conquistas e melhoria.
Tais dificuldades permitiam que avaliassem, desde tenra idade, o sacrifício dos
pais para manter a família.
Diferentemente de épocas anteriores, hoje as crianças vivem no meio de
facilidades de toda ordem, seja com eletrônicos ou itens de vestuário e alimentação
que lhes permitem despertar o conhecimento ou a fartura, mesmo que adotem,
nessa ordem, abusos alimentares, modismos e avanço em campos não indicados
do segmento virtual.
Variados acessos, nos mais diversos campos, promovem certo descontrole ou
certa fantasia diante da realidade.
Atualmente os jovens, em sua grande maioria, se julgam capazes de dominar ou
de se impor, buscando estabelecer seus caprichos ou suas parcas experiências na
família, na escola, enfim achando-se os “donos da verdade e, da competência”.
A conquista e experiência dos mais velhos é, cada vez mais, considerada
insignificante.
Ocorre que, agora, adentram no mercado de trabalho tardiamente, com
muitas informações, porém não conseguem transformar essas informações em
conhecimento nem, tampouco, possuem experiência e competência para aplicá-las.
Constata-se o choque de gerações, tão logo admitidos no primeiro emprego.
Já almejam altos salários e cargos de chefia. Trazem consigo a bagagem das
facilidades que seus pais lhes proporcionaram por longo tempo, poucos desafios,
ausência de contrariedades, com capacitação superficial, pois informam-se de
forma geral, veem um pouco de tudo e não sabem nada em profundidade, não se
especializando em determinada área, contrastando com o empresário que enfrentou
dificuldades de toda ordem, alguns, na faixa etária de 70 anos, com experiência
e visão muito mais profundas e consistentes que superaram os mais complexos
obstáculos do pós-guerra (II Guerra Mundial), enfrentando limitações, inclusive para
a sobrevivência. Foi-lhes preciso muito esforço e capacitação para construírem sua
história empresarial, a conscientização e responsabilidade em manter a empresa
saudável e a manutenção do grupo de funcionários vistos, além da empresa, como
provedores de suas famílias. A postura do empresário, em constante preocupação a
fim de evitar demissões, visando o bem-estar de inúmeras pessoas, vai muito além
da compreensão, com interesses exclusivos e limitados, do inexperiente candidato.
O empresário que vivenciou todo o esforço de reconstrução não permite que
um funcionário, inexperiente e voltado para conquistas pessoais, assuma cargos
relevantes na empresa nem, tampouco, que perceba altos salários.
É preciso que se faça urgente orientação, nos bancos escolares, para que a
capacitação seja de forma ampla e verdadeira, despertando no jovem o desejo de
ser útil, não só utilizando a inteligência mas a necessária sabedoria e a urgentíssima
conscientização dos pais que estão permitindo que seus filhos vivam um mundo
irreal, egoístico e enganoso.
Urge que preparemos nossos filhos para a VIDA, de forma consciente, amorosa,
firme, real e plena.
2
Grandes Pioneiros: Zilda Gama - Pág. 3; Argemira de Oliveira Costa - Pág. 7
Contos: O Saco de Carvão - Pág. 10
Família: Higienização Mental - Pág. 11
Tema Livre: Diante de Cara Feia ou Mau Humor - Pág 11; Caridade e
Inteligência - Pág. 12
Cantinho do Verso em Prosa: O Consolador - Pág. 12
Clube do Livro: Corações sem Destino - Pág. 13
Kardec em Estudo: A Prece - Pág. 13
Livro em Foco: Antologia da Juventude - Pág. 14
Pegadas de Chico Xavier: Aparências - Pág. 14
Canal Aberto: Aflições - Pág. 15; Igualdade com Amor... - Pág. 15; Loucura e
Obsessão, as Dores da Alma - Pág. 15
Mensagem: Nova Oportunidade - Pág. 16; Vote Bem - Pág. 16
Atualidade: Aborto Delituoso - Pág. 18
Calendário: Junho - Pág. 19
Publicação Mensal
Doutrinária-espírita
Ano 11 - nº 104 - Junho/2010
Órgão divulgador do Núcleo de
Estudos Espíritas Amor e Esperança
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CCM: 39.737
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12.000 exemplares
Distribuição Gratuita
Grandes Pioneiros
grandes
pioneiros
Zilda Gama
procuraram fortalecer os laços afetivos e as separações naturais onde cada um partia para formar suas próprias famílias. E muitos deles vieram para o Brasil, pois a visão das
grandes riquezas desse país atraía outros povos. E vários
filhos de Leonel e dona Josefa buscaram o Estado de Minas
O processo reencarnatório da família Gama iniciou-se
Gerais, cuja fama se divulgava por tesouros escondidos enem Portugal. Em tempos remotos, as famílias portuguesas
tre suas montanhas e rios do estado mineiro.
primavam pela educação de seus filhos. Os pais eram rígiA união da família mineira dos Almeida com a família
dos na orientação religiosa. Primeiro amar a Deus e, depois,
portuguesa
dos Gama deu origem ao reencarne do poeta
cumprir os deveres para
que, mais tarde, tornoucom a pátria. Nesse sen-se célebre em sua épotido os primogênitos, desca, quando o Brasil comede a adolescência, eram
çava a despontar como
incentivados pelos fami“Brasil Colônia”. Surgia,
liares a se instruírem para
para incentivar a poepertencer e honrar a “Casia, o filho brasileiro dos
valaria Real Portuguesa”.
Gama: José Basílio da
Quando esse objetivo era
Gama, autor do poema
alcançado, as famílias se
“O Uruguay”. Os apreorgulhavam em poder freciadores da arte poética
quentar a Corte Real.
diziam que José Basílio
A Espiritualidade, semtraduzia, em seus versos,
pre atenta para fazer
a simplicidade e a magia
crescer o progresso da
contagiante do tema deHumanidade, promoveu
senvolvido com clareza
o reencarne daquele que,
e emoção. E nesse mesno futuro, muito iria conmo estado mineiro, outro
tribuir para que vários
membro da família Gama,
Espíritos reencarnassem
o senhor Augusto CristiaBrasil Colônia
com tarefas importantes
no da Gama, morador em
em outras terras. Diante
Juiz de Fora, escrivão de
desse princípio, vem ao mundo um menino
paz, vem a consorciar-se com dona Elisa
que recebeu o nome de Leonel da Gama
Emilio Klörs da Gama, que exercia a proBellens, primeiro membro da família Gama.
fissão de professora estadual, nascida em
Nasceu numa província chamada Campo
Vassouras, Estado do Rio de Janeiro. Era
Maior, em Alentejo, Portugal.
filha de pai alemão e de mãe mineira, de
A ele foi confiada a tarefa de trazer à
São João del Rei.
Terra, numerosa geração que se estendeObedecendo aos desígnios do Alto, para
ria em muitas reencarnações, alcançando
o cumprimento de uma grande missão soterras brasileiras.
bre a Terra, reencarna nesse lar, isto é, no
Leonel foi educado rigidamente. Para orlar do senhor Augusto Cristiano da Gama e
gulho dos pais, tornou-se Tenente da Cavade sua esposa dona Elisa, uma menina que
laria Real Portuguesa. Era conhecido pela
recebeu o nome de Zilda Gama, ao meio
sua honestidade e por ser justo no comandia 11 de março de 1878. Seu nascimento
do a seus subordinados. Sempre presente
foi em Juiz de Fora, no município de Três
José Basílio da Gama
nas grandes decisões políticas, pois nada
Ilhas.
passaria na corte real sem o seu aval.
Zilda cresceu demonstrando, desde peSentindo-se solitário após o desencarne
quenina, sua inteligência, de personalidade
de seus pais, Leonel vem a conhecer uma
autêntica. Como sua mãe, formou-se, sendo
jovem portuguesa e, dando vazão a sua soprofessora. Dedicou-se ao magistério, diplolidão, propõe-lhe matrimônio. Esta, que já o
mada pela Escola Nacional de São João del
conhecia há tempos e que lhe nutria grande
Rei, Minas Gerais.
simpatia, aceita-o como esposo. E, no dia 3
Decorridos alguns anos, após sua gradude maio de 1690, uma grande festa abala a
ação como professora primária, aconteceu o
corte com o casamento de Leonel e dona Madesencarne de seus pais, com pouco tempo
ria Josefa Corrêa.
entre a morte de um e do outro.
Sob os desígnios de Deus, a família Gama
Profundamente abalada, teve a jovem que
prosperava. Desse casamento uma grande
dividir seu tempo com o trabalho profissional
prole foi constituída. Com o passar do tempo,
o casal foi vendo que os filhos e filhas também
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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nho. E, na parte final, reconheceu
também a forma de pensar de sua
irmã, Maria Antonieta Gama, que
fora poetisa e violinista quando
encarnada.
Juiz de Fora, MG
e em cuidar de seus cinco irmãos e, depois, de mais cinco
sobrinhos, que também ficaram órfãos.
Continuou sua luta, administrando os afazeres domésticos e a educação dos irmãos e sobrinhos e prestando concursos escolares, para melhor organizar o orçamento doméstico. Com isso, foi agraciada com a direção da escola,
tornando-se diretora escolar por concurso realizado pela
Secretaria de Educação de Minas Gerais, tendo iniciado seu
novo cargo no município de Além-Paraíba. Seguiu sua carreira como diretora de várias escolas como Grupo Escolar
Castelo Branco, e Sales Marques, no mesmo município de
Além-Paraíba, com várias promoções pela sua responsabilidade profissional.
Zilda Gama começou a ter contato com a Doutrina Espírita ainda jovem, mas não declaradamente espírita. Somente
com alguns acontecimentos e dissabores, que vieram trazer muita perturbação em sua vida, é que ela se aproximou
mais da doutrina. E isso proporcionou-lhe momentos de
reflexões. Sentia que precisava colocar Jesus em seu coração.
Numa tarde, ao orar, percebeu a presença de um ser a
seu lado, que a impulsionava a escrever. De imediato, tomou de um lápis e papel e, logo, começou a psicografar.
Sua mão foi direcionada com uma incrível rapidez e uma
mensagem surgiu sobre a folha de papel. Terminada a psicografia, Zilda, ao lê-la, de imediato reconheceu, nas palavras redigidas, que era um salutar conselho de seu paizi-
Nessas mensagens, pode Zilda
compreender que ela estava sendo chamada a grandes tarefas.
Seu pai e sua irmã deixaram isso
muito claro. Ela precisaria usar o
tempo com mais disciplina, para
servir a Jesus. Veio a saber ainda, com as mensagens psicografadas, que uma entidade que estava sempre a seu lado, de nome
Mercedes, era sua protetora e que
se fazia presente em todos os momentos tristes ou alegres de sua
vida. Revelou-lhe, entre outras
coisas, que se aproximava a hora
na qual o curso de sua reencarnação deveria ser ocupado para realizar importante missão
que o Alto lhe incumbira no campo doutrinário.
A mediunidade de Zilda desabrochava com intensidade,
mas a profissão e a necessidade de continuar honrando
seus compromissos com a família a obrigavam a continuar
trabalhando. E seus esforços eram sempre recompensados
quando, para confirmar sua vocação no magistério, passou,
em primeiro lugar, no concurso realizado pela Secretaria
de Educação do Estado de Minas Gerais, sobre “Aulas-Modelo”. Com isso, obteve a participação em um “Congresso de Instrução”, realizado em Belo Horizonte, onde foi
nomeada como membro permanente desse Congresso pró-“Aperfeiçoamento Educacional”. Nessa mesma ocasião,
ela apresentou uma tese sobre o direito do voto feminino
que, pouco tempo depois, foi aprovada oficialmente.
Residindo em Belo Horizonte, onde passou a lecionar no
Grupo Escolar Afonso Pena, ali permaneceu até aposentar-se.
Zilda colaborou em vários jornais de Juiz de Fora, Ouro
Preto, São Paulo e Rio de Janeiro, com suas poesias e vários contos que começaram, por essa época, a desenvolver-lhe a intuição, a meio caminho para sua mediunidade.
O Jornal do Brasil, a Gazeta de Notícias e a Revista da
Semana, periódicos da antiga capital da República, o Rio de
Janeiro, mantinham bom relacionamento com as matérias
enviadas por Zilda. Comentavam a boa repercussão, entre
Além Paraíba, MG
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os leitores, do conteúdo ético nos escritos de Zilda Gama.
Depois da psicografia vinda de Mercedes, o Espírito protetor de Zilda deixou
claro à médium que sua missão na Terra
seria de grande surpresa, pois a mensagem seguinte seria assinada por Allan
Kardec.
A emoção sentida pela médium trouxe
lágrimas a seus olhos. Mentalmente dizia ao mestre lionês de sua incapacidade
para desempenhar a importante missão
que o Espírito de Mercedes lhe falara.
O mestre lionês, ouvindo seus pensamentos e que lhe revelavam a pureza de
seu caráter, prometeu ajudá-la na execução da tarefa de grande responsabilidade que lhe fora destinada.
Eis a cópia de um trecho da mensagem que Zilda Gama recebeu de Allan
Kardec, trecho este editado no livro “Diário dos Invisíveis” publicado pela Editora O
Pensamento e também no livro “As Mulheres Médiuns”, de
Carlos Bernardo Loureiro.
“Sobre tua fronte está suspenso um raio luminoso que te
guiará através de todas as dificuldades, de todos os obstáculos e será a tua glória ou tua condenação – conforme
o desempenho que deres aos teus encargos psíquicos.
Cinge-te de coragem, fé, benevolência, cumpre sem desfalecimento e sem deslizes todos os teus deveres sociais e
divinos e conseguirás ser triunfante”.
Os Espíritos, após essa mensagem de Allan Kardec, a
informaram que ele próprio a orientaria, aconselhando-a e
esclarecendo-a pelas provas passadas e que estas confirmavam a sua dedicação ao trabalho que iria realizar. Diziam
que ela psicografaria uma novela. Mas, ainda, espantou-se
quando viu a assinatura do comunicante, após ter iniciado o
romance, Victor Hugo!
Zilda Gama achava-se emocionada em receber tão importante missão, vinda do maior expoente da literatura do
século XIX, desse escritor francês, moderníssimo para sua
época.
Quando a obra foi encerrada, Victor
Hugo denominou-a de “Na Sombra e na
Luz”. Romance considerado, pelos críticos, a obra-prima de Victor Hugo. Foi
esse romance traduzido para o esperanto pelo professor Porto Carreiro.
Zilda continuou sua tarefa de médium,
sempre dedicada e responsável. Victor Hugo continuou também ocupando
suas mãos pois, através delas, surgiram
outros romances como: “Do Calvário ao
Infinito”; “Redenção”; “Dor Suprema”;
“Almas Crucificadas”. Todos eles foram
editados pela FEB.
Outros livros psicografados por Zilda
foram publicados por outras editoras,
como o livro “Diário dos Invisíveis” pela
Editora O Pensamento. “O Solar de Apolo”, “Na Seara Bendita”, “Na Cruzada do
Mestre” e “Elegias Douradas”, entre poe-
Belo Horizonte, MG
sias e mensagens inéditas que foram publicadas em várias
editoras.
No Brasil, Zilda Gama foi a primeira médium a receber do
mundo espiritual essa imensa e prodigiosa literatura dos Espíritos, o que abalou a vivência de muitos seres encarnados
por essa ocasião, quando o clero ainda se mantinha como
ditador da fé religiosa. As pessoas encontravam respostas
para suas dores. As mensagens ditadas pelos Espíritos traziam Deus junto à criatura como Pai, mas não como aquele
pai que castiga, punindo o ser pelos erros cometidos. Até
mesmo pessoas de outras religiões se sentiam atraídas
pelo conteúdo das mensagens.
Por necessidades que fossem mais saudáveis a sua
saúde, Zilda mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro. Aí
permaneceu por quinze anos e, depois, preferiu residir em
Mesquita, nos arredores do Rio de Janeiro. Durante essa
fase, ela estabeleceu bases ditadas para os livros: “O Livro das Crianças”; “Os Garotinhos”; “O Manual dos Professores” e “O Pensamento”. Desde o magistério até entre as
pessoas mais simples, Zilda Gama era a orientadora sensata e segura em suas palavras de conforto e ânimo. Ela foi
para muitos uma verdadeira mãe.
Rio de Janeiro, RJ
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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Livros de Zilda Gama, pelo Espírito Victor Hugo - Editora FEB
Livro “O Solar de Apolo”
Livro “Na Seara Bendita”
Editora Edicel
Livro “O Problema do Ser, do
Destino e da Dor” Editora FEB
Editora Lake
Atendendo ao pedido de seu sobrinho, Mário Angelo de Pinho,
ela retorna a morar na cidade do Rio de Janeiro. E tinha ele razões para querer tê-la mais próxima pois, algum tempo depois,
Zilda vem a sofrer um derrame cerebral que a deixou paralítica,
movimentado apenas seus braços. Viveu por dez anos presa ao
leito ou numa cadeira de rodas. Seu raciocínio foi afetado, mas
seu Espírito continuava a iluminar todos que a visitavam, através
de seu inconfundível sorriso. Mário Angelo dela cuidava com todo
esmero, junto de seus familiares. Era respeitada como a grande
genitora que fora durante toda sua vida. Renunciou ao casamento,
dedicando-se aos familiares e ao trabalho de Jesus. Viveu Zilda
91 anos. Seu desprendimento do corpo carnal deu-se no dia 10 de
janeiro de 1969, juntando seu Espírito aos seus protetores e aos
pais que sempre por ela foram muito amados.
Seu sepultamento foi no dia seguinte, 11 de janeiro de 1969 no
Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro.
O primo de Zilda, doutor Francisco Klörs Werneck, escreveu no
Mulheres Médiuns”
Jornal Espírita “Impacto”, da cidade de Salvador, Bahia, no ano de Livro “AsEditora
FEB
1970, em meio a seu artigo, o seguinte:
“Zilda Gama foi sempre um padrão de honra e honestidade para a mulher espírita e eu não
preciso dizer que o Espiritismo no Estado de Minas Gerais e em todo Brasil está a lhe dever algo
que lhe perpetue o nome, embora ela nunca tenha pensado nisso”.
Foi Zilda Gama uma antecessora de Francisco Cândido Xavier, pela qual um grande número
de espíritos encarnados e desencarnados se aproximou da Doutrina Espírita, graças às psicografias espirituais que surgiram pelas suas mãos dedicadas a esclarecer e consolar os aflitos.
Atendeu prontamente ao chamado de Jesus e à proteção espiritual de Allan Kardec!
Eloísa
“Numa das fases mais difíceis de minha existência combalida por íntimos
dissabores, encontrei o lenitivo para os meus pesares no livro: “O Problema do
Ser, do Destino e da Dor”, do consagrado escritor, Léon Denis. Foi aí que eu
tive a certeza absoluta da minha tarefa no campo mediúnico.”
Zilda Gama
HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA
O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que
atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar:
os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo
para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral);
fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon de arroz;
lenços umedecidos e álcool gel 70%.
6
Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito
pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através
dos seguintes bancos:
• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6
• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1
• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9
Maiores informações:
• Telefone (34) 3318-2900
• [email protected]
Argemira de Oliveira Costa
Foram muitos os grandes vanguardeiros enviados
do Alto para ensinar a Humanidade a crer na reencarnação. Renúncias, sacrifícios, autenticidades nas comunicações mediúnicas, firmeza nas convicções cristãs, tudo e em todos os lugares do mundo. Até hoje,
esses Espíritos luminosos reencarnam para que se fortifiquem os ideais de contarmos com um mundo melhor
no futuro.
Principalmente no Brasil, grandes nomes retornaram
para continuar a obra do Cristo, dando respaldo para
os principiantes na Doutrina Espírita. Ensinaram-nos a
sentir a fé inabalável que o Evangelho nos proporciona.
Entre eles permanecem na memória de todos os nomes de doutor Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel,
Eurípedes Barsanulfo, Fabiano de Cristo, Emmanuel,
André Luis, Chico Xavier etc. Tantos foram esses abnegados à causa do Mestre Jesus que Allan Kardec não
poderia deixar de ter marcado a sua reencarnação com
suas obras que se tornaram a base da Doutrina Espírita
para séculos e séculos futuros. Porém reencarnaram
muitos outros Espíritos em passados séculos. Poucos são
os que guardaram suas presenças que foram muito importantes em regiões distantes e que muito fizeram em lugares
desconhecidos e de difícil acesso. E lá nos rincões do nordeste brasileiro, mais propriamente no Estado de Pernambuco, numa cidade chamada São João dos Pombos, reencarna, em meio a grande pobreza, uma menina. Os pais,
Ostênio Orlando de Oliveira e a mãe, Maria Mattos de Oliveira, alegraram-se com mais uma filha, acostumados que
estavam à grande prole. Era o dia 12 de novembro de 1890.
A menina, frágil em sua constituição física, desenvolvia-se devagar. Dona Maria e toda a família tinha pouco do que
se alimentar. Seu Ostênio era conhecido no local por criar
cabras e ali o pessoal dos arredores vinha, logo cedinho,
comprar o leite de cabra, que era o principal meio de seu
Ostênio ganhar dinheiro. Os filhos mais velhos trabalhavam
na roça de milho, que também servia como alimento para
toda a família.
Quando a menina nasceu, os vizinhos mais próximos se
juntaram para fornecer roupas e feijão, que era o alimento
mais tradicional em suas plantações. Mas com a seca que,
muitas vezes, castigava as regiões afastadas dos centros
urbanos, a colheita era precária; portanto os habitantes se
ajudavam para não morrerem de fome e de sede, pois poucos eram os poços que continham água.
Recebendo o nome de Argemira de Oliveira Costa, mas
com o apelido de Ceci, modo carinhoso que lhe foi atribuído
pelos irmãos, ela assim ficou conhecida: Ceci Costa.
Ceci e seus irmãos eram muito unidos, porém uma grande dor veio enlutar seus corações. Amanheceu e o dia seria
igual para todos, o trabalho na roça e as meninas cuidando
dos afazeres domésticos. Mas, repentinamente, Ceci ouve,
Cidade de Pombos em festa, antiga São João dos Pombos, PE
ao longe, gritos de sua mãe, pedindo socorro. Ela e as irmãs
correm para fora e vão de encontro à mãe e os meninos
que carregavam o pai nos braços. Vítima de um distúrbio
súbito, vem ele a desencarnar. Dona Maria não conseguindo
suportar a falta do companheiro e com todas as dificuldades
aumentadas, também veio a desencarnar, pouco tempo depois da morte de seu marido. Os filhos ficaram órfãos e sem
rumo. Os avós maternos tentaram ajudar, nessa difícil tarefa
de colocar as crianças nos lares dos parentes. Assim, Ceci
e mais duas irmãs foram residir com os avós, na cidade de
Olinda em Pernambuco.
Os anos transcorreram, deixando marcas de profunda
saudade nos corações de Ceci e dos irmãos, cada um vivendo junto aos familiares, espalhados pelos sertões de Pernambuco.
Ceci procurava ajudar os avós, trabalhando nos afazeres
da casa e, muitas vezes, revezando com as irmãs no trabalho na roça. O que dava a Ceci a coragem de continuar a
lutar pela sobrevivência do corpo era a sua fé, voltada a Nossa Senhora, Mãe de Jesus. Enquanto seu despertar para a
doutrina não acontecia, ela guardava a pureza de seu coração nos princípios católicos, ensinados por sua mãezinha.
Ceci aproximava-se de seus vinte anos, de uma reencarnação repleta de ensinamentos. Ela não saberia explicar,
porquê, por várias vezes, desanimada perante às dificuldades, recebia pensamentos que a envolviam e, num repente,
enchia-se de novas esperanças e voltava à batalha, revigorada em suas energias. Ela ainda não conseguira captar as
intuições do Alto, para a mediunidade que estava prestes a
se desabrochar.
Certo dia, sua avozinha sentiu-se mal. Levantara com
muita indisposição e fortes dores na cabeça. As netas, preocupadas, pediram a Ceci que não fosse para a roça. Elas
Banca de livros espíritas “Joaquim alves (Jô)“
Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419
livros psicografados por Chico Xavier, romances de
diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas.
Distribuição permanente de edificantes mensagens.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
Praça Presidente Castelo Branco
Centro - Diadema - SP - Telefone (11) 4055-2955
Horário de funcionamento: 8 às 19 horas
Segunda-feira a Sábado
7
Cidades de Olinda (esquerda) e Recife (direita), PE
iriam em seu lugar e com suas habilidades, no trato com os
avós, ela seria a mais indicada para ajudá-los, pois também
o avô se achava muito nervoso. Ceci concordou e, vendo
que sua avó não melhorava, usou do recurso que sua mãezinha fazia, quando alguns de seus irmãos adoeciam. Pegou
um copo com água e, ao lado da avó que estava acamada,
pediu-lhe que orasse com ela, dizendo:
— Vovó, estamos muito longe da cidade e do único pronto-socorro existente, então vamos pedir ao nosso médico,
Jesus de Nazaré, que possa vir a nos acudir nesta hora tão
difícil e que seja permitido o favor Dele colocar algum remédio nesta água para que a senhora venha a ser curada.
E Ceci, levantando suas mãos em rogativas ao Mestre,
continuou orando. Dona Clementina, sua avó, fazia o mesmo, seguindo as palavras da neta.
Logo após, a surpresa: a água no copo começou a se embranquecer e bolinhas soltavam-se, como se estivessem borbulhando no fogo. Assustadas, ambas pararam com a prece,
mas Ceci, mediunizada, levantou o copo e agradecendo a
Jesus, colocou-o aos lábios da avó, pedindo que bebesse a
medicação enviada por Jesus e confirmava, entusiasmada:
— Esse remédio vovó, vai curá-la, tenha fé.
Passados alguns minutos, dona Clementina, exclamou,
chorando:
— Graças a Deus, minha filha, Jesus nos atendeu! Foi o
seu coração e seu amor que deram origem a esse fato. Você
sabe curar, Deus a abençoe.
Ceci, refeita, não conseguia entender o que sua avó falava. Porém, o mais importante acontecera, dona Clementina
se curara. Esse acontecimento tomou vulto no lugarejo de
Olinda. Todos aqueles que se sentiam doentes, procuravam
Ceci para obterem cura. Mas Ceci dizia que não era santa
e que deveriam procurar o pároco da igreja e os santos de
suas devoções. Para poder voltar a ter sua vida normal, ela
se mudou para Recife, em companhia de sua tia-madrinha.
E aí veio a conhecer um jovem de nome Agripino Theóphilo
da Costa, por quem se apaixonou. Completando vinte e cinco anos, sentindo-se madura para se casar e sendo perfeito
o entendimento entre os dois, casaram-se e Agripino certificou-se de que essa união os faria muito felizes.
Preocupada com o atendimento familiar que, pelos anos
decorridos formara uma grande prole, com treze filhos,
Ceci não tinha tempo para dar continuidade ao processo
mediúnico, a que deveria se dedicar nessa reencarnação.
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Mas Deus sabia o momento exato para que isso viesse à
tona novamente.
Certa ocasião, o casal junto com os filhos recebeu a visita
do tio, Euclides Pereira da Costa, irmão de Agripino. Após
a festiva reunião em torno do tio, um dos meninos sugeriu
a Euclides a brincadeira que ele ensinara, de quem conseguiria ficar mais tempo sem pestanejar. A aceitação foi geral
e todos os irmãos aplaudiram a ideia. Mas Euclides disse a
todos:
— Isso só terá graça se os pais de vocês também aceitarem participar da brincadeira.
Sob os risos das crianças e o apelo para que Agripino e
Ceci brincassem, Euclides disciplinou o início da brincadeira,
dizendo:
— Todos devem ficar com os olhos bem abertos, sem piscar, pois quem o fizer será punido e ficará fora da brincadeira.
Tudo acertado, o jogo de “não-pestanejar” entrou em ação.
Passados alguns minutos, perceberam que Ceci tomara um
aspecto estranho. Parecia-lhes que ela estava fora de sintonia. Euclides, meio assustado, chamou-a por várias vezes,
até que ela reagiu. Pedindo desculpas, dizia não entender
o que acontecera. Os meninos acharam isso interessante e
quiseram que o tio viesse mais vezes para continuarem com
a brincadeira. Combinaram para que, todos os domingos,
após o almoço, contariam com a presença do tio e a brincadeira do “não-pestanejar” se realizaria.
Ceci andava assustada, não com a brincadeira, mas com
seu procedimento. Ela, na meditação de não piscar, sentia
que sua mente ficava ocupada com pensamentos que não
lhe pertenciam. Ela procurava reagir, mas sentia dificuldades. A que atribuir isso?
Conversando com seu marido e o cunhado, ambos diziam
ter observado o acontecimento, que sabiam não ser o normal de seu proceder. Euclides suspeitava de hipnotismo. Já
ouvira falar sobre o assunto, até mesmo de espíritos que tomavam o corpo das pessoas, mas ninguém conhecia o teor
disso tudo.
Os pais quiseram parar a brincadeira, mas as crianças se
opuseram de tal maneira que combinaram ficar sem comer
no domingo o dia inteiro, se cortassem essa reunião de que
tanto gostavam e achavam divertida. As crianças venceram
e as reuniões continuaram.
Numa dessas ocasiões, como sempre, Ceci entrou em
transe mediúnico. Ninguém ali conhecia o Espiritismo. Das
as que já conheciam o assunto, que havia um grupo onde
outras vezes Ceci não falava, apenas mostrava expressões
estudavam e tinham livros, os quais, com muita dificuldade,
estranhas. Porém, o Espírito, tomando a palavra, apresenforam encontrados. Como trouxera interesse entre pessoas
tou-se com o nome de Bittencourt Sampaio e dizia ser o guia
que, naturalmente, já tinham reencarnado com o objetivo de
espiritual da médium.
divulgar a nova doutrina, fundaram o “Centro Espírita RegeOs participantes estavam assombrados. Euclides, que paneração”, o primeiro nessa região tão distante, para trazer a
recia estar mais calmo, perguntou-lhe:
luz sobre o Evangelho de Jesus.
— O que está acontecendo com a miPor insistência de Euclides, toda a famínha cunhada? Estávamos brincando e, de
lia
começou a frequentar o centro espírita.
repente, ela se transformou em outra pesCeci foi absorvendo, aos poucos, a mediusoa...
nidade. Com a ajuda dos frequentadores
Bittencourt Sampaio, sabendo da falta de
mais amadurecidos nos estudos kardecisinformação sobre a mediunidade, da parte
tas, ela foi progredindo e as diversas fundos adultos presentes, com toda a paciênções medianímicas foram desabrochando,
cia, característica dos Espíritos elevados,
como a psicografia, psicofonia, audição,
fez uma rápida explicação sobre o acontevidência e curas.
cimento. Ao finalizar, pediu a Euclides que
Sua dedicação foi ao extremo, no Evanprocurassem os livros de Allan Kardec e
gelho
de Jesus. Todos a respeitavam pelo
estudassem essas obras básicas, com dia
carinho
com que atendia aos necessitados
e hora marcados, pelo menos uma vez por
do
corpo
e do espírito. Sua fama propasemana. Nessa mensagem, o Espírito de
gou-se
por
todo o Estado de Pernambuco.
Bittencourt Sampaio alertou a família que
Pessoas
de
todos os lugares vinham em
Ceci reencarnara para trabalhar na seara
Bittencourt Sampaio
busca
do
socorro
que Ceci oferecia, pelas
do Cristo, como médium, com grande misdeterminações
do
Alto.
são a ser cumprida na Terra.
Quando faltavam dois dias para completar 38 anos de
Após esse fato, Euclides tomando a sério o que ouviu,
vida física, estando grávida de seu décimo quarto filho, foi
passou a se informar a respeito do Espiritismo.
acometida de uma hemorragia interna e veio a desencarnar,
Ceci estava assustada e se perguntava constantemente:
deixando uma profunda dor entre seus familiares e em toda
— Por que isso teria que ser comigo?
a população que viera ter contato com uma criatura que tudo
fez para trabalhar em favor dos semelhantes.
Ela sabia que seria apontada como “a endemoniada”. Sabia também que a Igreja combatia acirradamente o EspiritisArgemira de Oliveira Costa, ou Ceci Costa, desencarnou
mo. Mas seu marido e o cunhado Euclides a incentivavam
no dia 14 de novembro de 1928, em Recife.
para o estudo. Até os filhos mais velhos começaram a se
Voltava à pátria de origem, tendo a certeza de que cuminteressar pelo assunto.
prira com lealdade a sua tarefa. Recebida no plano espiritual
Euclides e seu irmão Agripino, o esposo de Ceci, iniciaram
pelos amigos e por aqueles que foram seus pais terrenos,
uma corrida para achar quem pudesse ajudá-los a enconCeci foi levada à recuperação no hospital espiritual, onde
trar alguma coisa sobre a doutrina. Por essa época, onde
pode ter em seus braços o filhinho que não chegara à luz do
mundo terreno, mas naturalmente, por desígnios de Deus,
estariam os livros de Allan Kardec? Tudo era muito novo, e
continuou a receber o amor de Ceci Costa, sua mãe espiprincipalmente pela imposição da Igreja e, acima de tudo,
ritual.
poucos eram os que sabiam ler e escrever.
Eloísa
E, nessa procura, Euclides soube, por algumas pesso-
Bibliografia
• As Mulheres Médiuns – Carlos Bernardo Loureiro, Editora FEB, 3ª
ed., 2008.
• Na Sombra e na Luz – Zilda Gama, pelo espírito Victor Hugo, Editora
FEB, 8ª ed., 1957.
• O Livro do Médiuns – Allan Kardec, Editora FEB, 41ª ed., 1979.
• Imagens:
• http://www.achetudoeregiao.com.br/atr/ATR.GIF/brasil_colonia.gif
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/
Bas%C3%ADlio_da_Gama.jpg
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1c/O_Uraguai.jpg
•
•
•
•
http://img181.echo.cx/img181/1791/219994528ypjvrzph3cd.jpg
http://www.jornalagazeta.com.br/img/alemparaiba/11.jpg e 12.jpg
http://img193.echo.cx/img193/9902/tndscf30511jl.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a0/Rio_de_
Janeiro_Helicoptero_47_Feb_2006.jpg
• http://4.bp.blogspot.com/_M7iE7NUospo/SbfNunLgxfI/
AAAAAAAAADA/kIp4-dIQZWc/s400/Pombos+2.bmp
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Poderá também comprar livros espíritas e ler o
Seareiro eletrônico.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
9
Contos
contos
O Saco de Carvão
O pequeno Zeca entra em casa, batendo os pés no assoalho, com força.
Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta,
chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado.
Antes que seu pai dissesse alguma coisa, ele fala irritado:
— Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo
isso
comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente
o filho que continua a reclamar:
— O Juca me humilhou na frente de todos os meus amigos. Não aceito
isso! Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo onde guardava
um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.
Zeca vê o saco ser aberto e, antes mesmo que pudesse fazer uma
pergunta, o pai lhe propõe algo:
— Filho, faz de conta que aquela camisa limpinha que está secando no varal é o seu amigo Juca, e que cada pedaço de
carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois, volto para ver como ficou.
O menino encarou como brincadeira e pôs mãos à obra. O varal, com a camisa, estava longe e poucos pedaços de carvão
acertavam o alvo.
Uma hora depois, terminou a tarefa. O pai retorna e lhe pergunta:
— Filho, como está se sentindo agora?
— Cansado, mas alegre. Acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que não entende a razão daquela brincadeira,
e com carinho lhe diz:
— Venha comigo até meu quarto, pois quero mostrar-lhe uma coisa.
Lá, o menino é colocado na frente de um espelho, onde vê todo o seu
corpo.
Que susto! Enxergou apenas seus dentes e olhos.
O pai então lhe diz, ternamente:
— Filho, você viu que a camisa não ficou quase suja, mas olha só para
você. O mal que desejamos aos outros é como lhe aconteceu.
— Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos
pensamentos, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
***
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele decidirá o seu futuro.
***
Nesta pequena história, coletada na Internet, podemos aprender muito
sobre nós mesmos.
Quantas vezes não ficamos, o dia inteiro, com o pensamento fervilhando, porque alguém nos falou ou fez algo que não
nos agradou, porque nos sentimos humilhados ou contrariados?
Passamos um dia péssimo, emitindo pensamentos de rancor contra a pessoa e, na verdade, somos nós mesmos que
estamos ficando mal, pois somos os primeiros a ser atingidos por aquele ódio. Não devemos ficar nos desculpando, dizendo
que temos razão, pois fomos ofendidos etc. Façamos a nossa parte: quando começarmos a pensar com raiva, lembremonos de Jesus, que sempre era manso e pacífico.
Roberta
Imagem: http://2.bp.blogspot.com/__a4WcnZzw8g/ScOi36LRTfI/AAAAAAAAAis/jW42G05VyP0/s320/VISUAL+CAMISA.jpg
http://1.bp.blogspot.com/__a4WcnZzw8g/ScOi3siZ3XI/AAAAAAAAAik/3NUaV5GSpQw/s1600/VISUAL%2BCAMISA%2BSUJA.jpg
10
Família
familia
Higienização Mental
Zelamos pela casa que nos abriga, cuidando da limpeza
e da ordem necessária. Agrada aos nossos olhos observar
a organização. Nosso olfato percebe, no ar, o perfume da
limpeza, da flor que adorna perfumando e, certamente, preferimos essa fragrância e não o odor da podridão, do mofo,
do mau cheiro. O paladar se satisfaz ao saborear um prato
apetitoso e nutritivo e como é agradável contar com travesseiro macio ao nosso toque, cobertas que nos aquecem e
toalhas que nos enxugam.
Cuidados elementares que providenciamos de forma
quase automática. Perceptíveis aos nossos sentidos mais
rudimentares.
E a audição?
Como estamos cuidando dos sons que nos envolvem no
dia-a-dia? Nossa fala é aos gritos e segue compasso acelerado, sem medidas? Invadimos a privacidade e a paz das
outras pessoas, através dos sons que emitimos ou que sintonizamos? Ou será que nos servimos dos fones de ouvido
a fim de nos isolarmos ou fugirmos, de certa forma, do mundo, de nós mesmos, regulando o som em alta frequência?
Ocorre-nos que estamos afetando não só o relacionamento
interpessoal, mas também o mecanismo da audição, causando danos irreversíveis?
Se tivéssemos ideia do teor vibratório formado pelos sons
estridentes, certamente iríamos avaliar que os danos causados vão muito além dos altos decibéis que danificam os
tímpanos. O som alto e estridente, a letra da música vulgar
e tendenciosa atraem grande número de espíritos sofredores e equivocados, que se afinizam com esse barulho que
lhes sugere não só o isolamento egoístico, mas a tendência
para satisfações imediatas e viciosas como o álcool, o fumo,
a droga, os desvios sexuais e passam a participar do ambiente que os atraiu, sugerindo e compartilhando dos mais
variados desequilíbrios.
Ponderar o volume e a marcha da nossa palavra é buscar
equilíbrio.
Tema Livre
tema
A escolha dos sons, da música que sustenta
nosso aparelho auditivo e, consequentemente, o
ambiente em que vivemos no campo material e espiritual assemelha-se aos cuidados que buscamos
para atender às necessidades primárias dos nossos demais sentidos: visão, olfato, paladar e tato.
As músicas melodiosas, as letras edificantes, harmonizam, perfumam, alimentam, refazem nossa energia e nosso
espírito.
O cirurgião norte-americano, Dr. Bernie S. Siegel implantou a música no centro cirúrgico para restaurar a conexão
celestial, cujas propriedades curativas são conhecidas desde os tempos bíblicos. A música abre uma janela espiritual,
alivia a ansiedade, a tensão e a dor. Esse médico, conhecendo as propriedades terapêuticas da música, deixava os
pacientes intrigados, dizendo-lhes que tinha uma melodia
apropriada para deter hemorragias.
As criancinhas reagem melhor às canções de ninar e outras infantis.
A música melodiosa, lenta, acalma.
A música agitada e estridente é a preferida dos adolescentes e os pesquisadores já concluíram que a música,
quando alta, enfraquece as pessoas.
Sabemos que nunca nos falta o socorro espiritual, porém, os benfeitores da messe1 de Jesus encontram muita
dificuldade para realizar assistência em locais onde o som
estridente deixa a mente fora da sintonia, não receptiva ao
atendimento. Envolvidos em teor asfixiante e entorpecente,
agem tal qual instrumento desafinado e incerto na sublime
orquestra do Senhor.
Devemos atentar com cuidado para nossas escolhas musicais, pois as notas e o conteúdo podem atuar como larvas
que contaminam e intoxicam, levando-nos a enfermidades
do corpo, da mente e do espírito ou como bálsamos salutares que revigoram, animam e elevam, afinando-nos mediante o diapasão do Divino Mestre.
Concetta
1
Messe: Seara.
livre
Diante de Cara Feia ou Mau Humor
É verdade que gostaríamos de parecer sempre com boa
aparência, vestidos discretamente ou da maneira que nos
agrade, de nos relacionarmos bem, estarmos sadios, em
paz, enfim, em estado de felicidade.
Não é proibido ficar de cara fechada ou mal humorado,
mas se compartilhamos do propósito acima, se vier a acontecer, será fruto da nossa invigilância, remetendo-nos ao
desequilíbrio indesejável. No entanto, vamos nos encontrar
infinitas vezes com pessoas de cara feia ou de mau humor.
Na maioria das vezes, serão pessoas que dividem o mesmo
teto.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
O que fazer? Fechar a cara também? Fingir que está tudo
normal? Ignorar porque não é conosco?
Se nos omitirmos, nossa frequência adaptar-se-á ao clima de ordem inferior, já que nada estaremos fazendo para
modificá-lo. Tocar na ferida poderá avivar as chamas.
Não há uma receita mágica, pois somos individualidades, cada momento é um momento e sabemos que agimos
de modo singular em ocasiões adversas. Mas algo há de
ser feito, pois cruzar os braços é fortalecer o pessimismo.
Primeiramente, afastemos qualquer lembrança da pessoa
nesse quadro que a remeta a julgamentos ou cobranças.
11
Procuremos agir com naturalidade, já que as estruturas não
podem ser abaladas. Envolva a criatura num desejo de que
se acalme, se encoraje, sinta alegria em viver, mesmo defrontando-se com obstáculos, limites ou dificuldades.
Jamais abordar assuntos desagradáveis ou comentários
ligados ao relacionamento com familiares, vizinhos, amigos,
que sempre levantam nuvens de discórdia.
Não há mal que sempre dure, portanto, confiemos que,
aos poucos, a situação será modificada, já que estaremos
operando nesse sentido.
Acreditar firmemente e buscar compreensão, alegria e felicidade é a melhor maneira de superarmos quaisquer problemas.
Luana
Caridade e Inteligência
É comentário fluente nas palestras espíritas que o homem, para alçar o voo da evolução, precisa de duas asas:
do sentimento e da sabedoria.
O sentimento só conseguiremos desenvolver se praticarmos a caridade. Conforme o capítulo 15 de “O Evangelho
Segundo o Espiritismo”, fica bem claro que: “Fora da Caridade não há Salvação”.
Explicando melhor, é necessário o desenvolvimento da
ação no campo do auxílio ao próximo. Nada de ficarmos em
contemplação ou somente em estudos teóricos. Salvação,
conforme o ensinamento evangélico, não se dá somente estudando as lições de Jesus; opera-se na prática da caridade, buscando, através de atos, amparar o semelhante que
sofre no campo material ou moral.
E quanto mais aprendermos a auxiliar, mais tarefas no
campo do bem, Deus nos dedicará.
À medida que formos demonstrando que temos capacidade de cumprir as pequenas tarefas que nos são confiadas
por Deus, Ele irá ampliando o nosso campo de ação.
Mas é preciso começar, pois senão não iremos nos desenvolver.
Os grandes missionários que reencarnaram para atuar
como empresários, proprietários de grandes indústrias, iniciaram a sua evolução cumprindo pequenas tarefas, a ponto
de adquirirem inteligência suficiente para administrar grandes empreitadas, tudo isso, associados ao desenvolvimento
do sentimento de querer ajudar a todos.
Cabe aqui lembrar a frase de Emmanuel:
“Faze o bem que puderes. Ninguém espera que apagues
sozinho o incêndio da maldade. Dá o teu copo de água fria.”
Coloquemos os poucos “talentos” que temos a serviço de
Jesus, socorrendo aqueles que sofrem.
Hoje, teremos capacidade de dar um copo de água a um
sedento, amanhã projetaremos barragens que irão levar
água e prosperidade para grandes coletividades. Basta começarmos.
Wilson
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec –
tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 8ª ed., 2010.
Segue-me – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, Editora O Clarim, 11ª ed., 2010.
Cantinho do Verso em Prosa
cantinho
do
O Consolador
Jesus, Mestre Divino. Há dois mil anos
Vieste visitar a Humanidade.
Quiseste confundir bons e tiranos,
Na mesma lei de amor e caridade.
Pregaste muito amor, muita bondade,
Na lúcida passagem de alguns anos.
Os homens, mais afeitos à maldade,
Causaram-te amargura e desenganos!
E, agora, veio o teu “Consolador”
A confirmar o que disseste outrora,
trazendo nova luz e mais amor!
Bem haja que, Jesus de Nazaré,
Os homens te compreendam mais agora,
No auro resplendor da nova fé.
Jesus Gonçalves
12
verso
em
prosa
Nos momentos difíceis de nossa passagem por nova reencarnação,
ainda pensamos, falamos, reclamamos que nos sentimos abandonados. Muitas vezes chegamos ao cúmulo de querer fazer trocas com
Deus, com o Cristo, com os Espíritos Superiores, pensando: “se me ajudarem, me ampararem, irei praticar a caridade, indo ao centro espírita
para que eu possa ajudar em algum trabalho.”
Como temos que crescer, evoluir!...
Deus nos enviou, há dois mil anos, Seu Filho Dileto, para nos orientar,
mostrar o verdadeiro caminho, sempre pronto com atitudes, dando-nos
lições de amor, humildade, fé, caridade e nós ainda queremos fazer “trocas”? Quando tudo nos foi dado, mostrado, sem exigir nada em troca...
Jesus pregou o verdadeiro amor, bondade e, mesmo assim, vemos
homens afeitos à maldade, causando-Lhe amarguras e injustiças.
Mesmo assim, nos prometeu a vinda do “CONSOLADOR”, e ele chegou trazendo nova luz e mais amor!
E, ainda hoje, nossos olhos estão, muitas vezes, voltados somente
para o nosso interior...
Vamos, juntos, trabalhar mais e o melhor que pudermos, direcionados aos nossos semelhantes e sentiremos que não há necessidade de
pedir nada, pois o amparo virá automaticamente; o Cristo sempre está
ao nosso lado, no esplendor da nova fé, através da Doutrina Espírita
que é o “CONSOLADOR PROMETIDO”.
José Roberto
Clube do Livro
clube
do
livro
Corações sem Destino
Eliana Machado Coelho
Espírito Schellida
Lúmen Editorial
512 páginas
Para quem gosta de ler romances sérios,
sem fantasia, uma boa dica é o livro “Corações
sem Destino”, enviado aos leitores do Clube
do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, em
março do corrente ano.
A psicografia é da médium Eliana Machado
Coelho, pelo espírito Schellida.
Amar significa ter a posse a qualquer
preço?
Tolo equívoco dos que confundem amor
com paixão. Pensando e agindo assim,
corremos o risco até de uma depressão, o
que ocorre por falta de equilíbrio.
A obra conta a história de Lívia, Rubens e
Humberto que formam um trio amoroso, cuja
ligação já vem de um passado tumultuado
por uma paixão doentia.
Com a oportunidade para o resgate dos
erros cometidos, vem também a insegurança,
Kardec em Estudo
kardec
em
a invigilância e a falta de fé sólida, o que
contribui para a decaída desses espíritos
reencarnantes. Mas, com a força de vontade
em enxergar a realidade e não se deixar levar
pela autopiedade, o auxílio da Espiritualidade
Maior pôde ser recebido e os problemas vão
sendo solucionados a seu tempo.
Como mencionado na sinopse do próprio
livro: “O verdadeiro amor liberta, traz alegria
e paz ao coração.”
Temas como depressão, síndrome
e distúrbio de ansiedade também são
abordados.
Atualíssimo em nossos dias!
Agradeçamos a Deus por nos enviar,
através das obras mediúnicas, formas de
melhor compreender a Vida!
Rosangela
estudo
A Prece
O Livro dos Espíritos - Parte 3ª - Capítulo II - Da Lei de Adoração
Questão 658 — Agrada a Deus a prece? “A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a
intenção é tudo. Assim, preferível Lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios
do que com o coração. Agrada-Lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade. Mas, não creias que O toque a do
homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que signifique, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeira
humildade.”
A prece é um dos maiores e mais sublimes princípios da
Natureza e se faz através da elevação do pensamento a
Deus, aproximando-nos Dele.
Como resultado da Lei Natural, emana este sentimento
inato do homem. O fato de não vermos Deus não significa
que Ele não está conosco.
Ninguém pode alegar ignorância das Leis Divinas porque, conforme a previdência paternal, quis Ele que essas
leis fossem gravadas na consciência de cada homem, sem
distinção de culto religioso, de raça ou de nacionalidade.
A ligação mais sublime com Deus é feita através da prece. Não há prece sem resposta. E a oração, filha do Amor,
não é apenas súplica. É comunhão do Criador com a criatura, constituindo, assim, o mais poderoso influxo magnético.
A prece verdadeira se dá através do coração. A prece repetida que, normalmente, aprendemos na infância terá valor
se, quando recitada, estivermos refletindo em todas as suas
palavras; caso contrário, estaremos somente nos repetindo,
o que já fazemos há milênios. Essa mudança de hábito é
necessária porque só aprenderemos a orar verdadeiramenÓrgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
te quando nela colocarmos nossos melhores sentimentos,
principalmente quando orarmos em favor dos mais necessitados que nós.
Infelizmente, ainda, como somos muito egoístas, oramos
somente por nós mesmos e pela nossa família e por alguns
amigos de quem gostamos. Não conseguimos entender que
a Humanidade é a nossa família universal. Que devemos
aprender a orar por todos, inclusive por aquelas pessoas
que não conhecemos e, principalmente, por aqueles que se
encontram em erro.
Nosso Pai Celestial ficará contente conosco quando
aprendermos que o pensamento e a vontade representam,
em nós, um poder de ação que alcança muito além de nossa esfera carnal.
A prece, se for ardente, sincera e feita do coração, atrairá
os bons Espíritos que irão ao encontro dessa criatura pela
qual oramos, para dar-lhe conforto e coragem para enfrentar suas dificuldades.
Eliana
Bibliografia: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, tradução de
Guillon Ribeiro, Editora FEB, 68ª Ed., 1987.
13
Livro em Foco
livro
em
foco
Antologia da Juventude
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos
Editora GEEM - 64 páginas
O que diferencia o idoso do jovem?
Somente o tempo vivido e as experiências
coletadas, pois o aprendizado absorvido
independe da idade física.
Neste sentido, presenciamos jovens
demonstrando um amadurecimento de
comportamento que, muitas vezes, não
notamos em alguém com mais idade.
Conforme Emmanuel, a vida se desdobra,
“descortinando a cada um as possibilidades
de agir, criando a experiência.”
E nós, usando o nosso livre-arbítrio,
atendemos os desejos que nos caracterizam
os hábitos e as inclinações. Como
consequência, colhemos os resultados de
Pegadas de Chico Xavier
pegadas
de
nossas próprias obras.
Alguns jovens, tendo deixado o corpo físico
em plena vitalidade orgânica, transmitiram,
através do médium Francisco Cândido
Xavier, lembretes que falam ao sentimento
de qualquer de nós.
São páginas simples e amigas, onde
vemos que a desencarnação na mocidade,
quase sempre, não é apenas renovação mas
igualmente um fator decisivo de acesso à
maturidade espiritual.
Livro de fácil entendimento, próprio para as
reflexões diárias, para discussões em grupo
e, principalmente, para fortalecer a nossa fé.
Vitório
chico
xavier
Aparências
Chico Xavier sempre foi de hábitos muito simples.
Desde criança, acostumado à extrema pobreza em que vivia a sua
família, não havia espaço para qualquer tipo de luxo.
Mesmo quando adulto, já trabalhando como funcionário da Fazenda
Modelo, sempre teve parcos recursos.
No ano de 1971, quando Chico foi, pela primeira vez, ao programa de
televisão chamado “Pinga-Fogo”, exibido pela TV Tupi, recebeu várias
críticas de alguns espíritas, pois diziam que ele estava “muito” bem
vestido – terno, gravata e uma peruca que lhe ficou muito bem.
Falavam que o terno devia ter custado uma fortuna, que
deveria ter ido como sempre se vestiu, que a roupa havia
descaracterizado sua simplicidade e humildade, como
se essas virtudes fossem externas. Jesus disse que “o
Reino de Deus não virá com aparências exteriores.”
Acreditamos que, hoje, todos os que teceram esses
comentários, sem antes se informarem, devem estar
arrependidos, pois o terno foi emprestado por um
grande amigo de São Paulo.
Chico, coração bondoso, não ficou com nenhuma
mágoa, só um pouco triste.
Como todos nós devemos refletir sobre tudo o
que nos acontece, Chico também refletia sobre o
acontecido, quando Emmanuel, seu guia espiritual, veio dizer-lhe:
— Não dê muita importância a essas críticas. Você estava ali como funcionário do Espiritismo. Se você fosse pingando
lama, eles iam dizer que a empresa estava falindo.
Com esta interessante passagem sobre a vida de nosso Chico Xavier, aprendemos que deveríamos refletir mais sobre os
julgamentos que fazemos sobre aqueles que se esforçam para
viver o Cristianismo e dirigir esses julgamentos primeiramente
ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃO
Sua doação é importante para o custeio da postagem do a nós.
Adopho
Seareiro e pode ser feita em nome do
Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - CNPJ: 03.880.975/0001-40
Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0
14
Bibliografia: adaptação do livro “Momentos com Chico Xavier”, de
Adelino da Silveira, editado pelo Grupo Espírita da Paz, 1ª edição, 1999.
Canal Aberto
canal
aberto
Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.
Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.
Aflições
Todas as dificuldades da vida nos deixam frágeis e incrédulos em relação ao nosso futuro. Procuramos, logo, achar
o culpado e jogamos a responsabilidade no ombro do outro
ou acusamos a Deus pelo abandono. Mas esquecemos, por
exemplo, que um câncer pode vir de uma atitude enfurecida,
do orgulho exorbitante, do descuido em relação ao consumo
das drogas consideradas aceitas pela sociedade (o álcool, o
cigarro...) enfim, do desregramento material.
Admitindo-se a existência de Deus e considerando os seus
atributos, não podemos nos rebelar, pois tudo tem uma causa
de ser. Deus não criou nada disto, nós, com as nossas tendências inferiores dirigidas para estas maneiras, é que entramos
em desacordo com a Natureza.
Não há nenhum sofrimento na vida sem a nossa participação direta nesta ou em outras existências, muitas das vezes de
forma catastrófica. Ocorre que não nos lembramos e, assim, o
nosso orgulho não permite nos enxergarmos como o causador
de nossa própria infelicidade. As nossas aflições podem ser
derivadas de atitudes e comportamentos atuais que, na próxima encarnação, serão os das vidas passadas.
Deus possibilitou-nos a compreensão da vida por meio de
Jesus, o médico das almas, e o Mestre nos prometeu a vinda,
após a sua partida, da Doutrina Espírita, que chegaria numa
época em que a Humanidade já estivesse um pouco mais
amadurecida. Então, tudo vem no momento certo e agora estamos vivendo algumas dificuldades de avanço intelecto-moral.
Deus não nos esqueceu!
Analisando, assim, todas as causas das aflições são de origem do Espírito desequilibrado, que não se ateve ao entendimento de sentimentos e sim de sensações carnais. Muitos dos
males que conhecemos têm origem na conduta orgulhosa e
imprudente do próprio Homem; não se pode acusar Deus por
essas mazelas.
Devemos refletir sobre o que realmente somos e qual o nosso objetivo perante a vida imorredoura. “Tudo me é licito, mas
nem tudo me convém”1. Usemos a medida do bom senso para
tudo; estejamos no mundo sem nos desequilibrarmos com as
coisas do mundo.
1
Igualdade com
Amor...
Partindo do princípio de que fomos todos criados
simples e ignorantes, destinados à perfeição e de
que somos todos iguais perante Deus, precisamos
viver este estado de igualdade com amor, reavaliando nossa postura diante de todos e da vida.
Aqui, na Terra, trazemos muitas das vezes o corpo
macerado pelos golpes da nossa própria ignorância,
causando-nos dores e sofrimentos. Encontramo-nos
também reunidos com a finalidade de evoluirmos por
meio da vivência do amor... E para que possamos
contribuir na elaboração de um mundo melhor, onde
reine a paz, a alegria, a fraternidade...
Devemos reger as nossas atitudes com equilíbrio,
usar o sentimento e a razão, pois quando agimos
amorosamente, em face de qualquer situação, obtemos um resultado favorável.
Quando compreendemos, antes de julgarmos, o
motivo que levou tal criatura a cometer algum deslize, isso significa amor...
Quando aceitamos as diferenças dos nossos semelhantes sem preconceitos, isso é amor...
Quando socorremos alguém que passa por momentos conflituosos, emprestando tão-somente os
nossos ouvidos para que ele desabafe, isso é também amor...
Que possamos, através do trabalho no Bem, da
renovação íntima, da prática do Evangelho, nos
igualar ao patamar de evolução espiritual do nosso
Mestre!
E só há um caminho para atingirmos tal objetivo,
assim como nos ensinou Jesus no Sermão da Montanha (Mateus, 5:38-42) – “Dá a quem te pedir, e não
te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.”
Lembremos que somos todos iguais!
Graças a Deus!
Paulo de Tarso.
Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJ
Loucura e Obsessão, as Dores da Alma
Nas patologias terrenas, há que se observar uma quantidade considerável de mecanismos que produzem a loucura
e a obsessão. São tantos os fatores mas, sem dúvida, dois
deles merecem um exame mais cuidadoso: loucura e obsessão. Ambos se relacionam com o desenvolvimento de
natureza moral e espiritual de cada encarnado.
Loucura, grosso modo, é ausência total da realidade. Um
irmão nesse estado é presa fácil das trevas. Em suas mãos,
ele se torna joguete e refém de suas más ações. Contudo,
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
temos que observar que, entre ambos, há um halo energético, ou seja, uma energia de ordem vibratória inferior, na qual
eles estabelecem relações, do encarnado para o desencarnado e vice-versa.
Então, qualquer tratamento, para se obter resultados satisfatórios, deve levar em conta a medicina espiritual. Fica
claro que não há menosprezo à medicina terrena. Pelo contrário, ela é fundamental. Contudo, falta-lhe um olhar mais
atento ao Espírito. Chegará o momento em que um médico,
15
ao examinar seu paciente, não poderá ignorar o aspecto espiritual e sua importância na busca do equilíbrio interior e de
seu bem-estar.
Obsessão é “o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas pessoas”. Em muitos casos, o subjugado é submetido a um processo tão violento que resulta no
descontrole total de si. Nesse caso, de nada adiantarão tratamentos médicos que não contemplem as necessidades
espirituais do paciente.
O mais grave nesse quadro é que as trevas não dão ao
obsidiado um minuto de paz. Por outro lado, por mais que
isso nos comova e entristeça, devemos ter em mente que o
Pai não abandona seus filhos à sorte. Muitas vezes, a cura
para o doente está justamente num processo de transtorno
espiritual como esse, ou melhor, nesses casos, o necessitado, diante de sua fragilidade e dependência, está mais sus-
Mensagem
Para os interessados em aprofundar o tema na literatura espírita,
sugere-se:
Obras Póstumas - Allan Kardec, Editora IDE.
•
•
O Livro dos Médiuns - Allan Kardec, Editora IDE.
•
Pensamento e Vida - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito
Emmanuel, Editora FEB.
mensagem
Nova Oportunidade
Fabiano aproximou-se, confundindo-se com as sombras,
para não humilhar os sofredores.
Da vala funda, em mistura à lama que lhe envolvia o corpo, a infeliz criatura sentiu o olhar misericordioso de Fabiano de Cristo.
— Afinal... a que vens? — indaga o desesperado ser.
Fabiano o ouvia.
— Vens trazer-me a salvação?
E, entre soluços de dor, como pela necessidade de penitenciar-se, continua o sofredor, soergando-se da lama:
— Vês? Notas como estou? Por certo que me conheces,
Fabiano, porque eu conheço a ti...
E Fabiano o envolvia em ternura silenciosa.
Estimulado, o sofredor continuou:
— Sabes que tive o poder, nas Minas Gerais! Sabes que,
enceguecido pelo mando, levei infelicidade a muitos.
E entre soluços:
— Aqueles mesmos que de mim se serviram, na política
inferior, hoje se distanciaram.
Nova pausa, e como que se arrastando aos pés de Fabiano de Cristo, a enlameada criatura rogou:
— Quero retornar à Terra. Quero reparar os meus desmandos... Quero buscar aqueles a quem humilhei, a quem
espoliei, a quem remeti aos valos da dor profunda...
Clube do Livro Espírita
“Joaquim Alves (Jô)”
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16
cetível e propenso a aceitar o tratamento espiritual. Coisa
que poderia ter sido feita no início, caso não estivesse tão
endurecido e indisposto a receber o devido tratamento.
As dores da alma, portanto, são facilmente identificáveis
em ambos os casos. Uma boa sugestão é procurar uma
casa espírita, que siga os ensinamentos de Jesus. Nela
encontrar-se-á a ajuda necessária. Enfim, as dores da alma
são aquelas em que o subjugado não é dono do leme de
sua vida. Afinal, entre eles, obsessor e obsediado, há um elo
energético e vibracional que os liga permanentemente. Em
muitos casos, isso leva à exaustão de suas forças corporais
e, em outros, à morte.
Ricardo Santos - São Paulo - SP
Fabiano, abaixando-se, recolhe nos braços a dor daquele ex-político, que conhecera nas Minas Gerais.
— Intercede por mim, Fabiano.
— Já roguei a Jesus por ti, meu irmão.
— Que me reserva o futuro, então?
— Venho buscar-te, meu amado irmão, para levar-te a
berço novo. Criarás vida nova e ali, em nova vida no estojo
da carne, esquecerá todo este passado. Viverás, porém, junto daqueles a quem não servistes, e aprenderás a servi-los.
Fabiano ampara a criatura que, trôpega, se ajusta ao coração amigo.
Caminham juntos, sem deixar as regiões das sombras.
Suspendendo a marcha, no arrabalde de cidade pobre,
Fabiano aponta o casario paupérrimo, e as criaturas primárias que palmilham pelas ruas.
— Aqui, terás as novas Minas Gerais, meu filho. Disporás
do poder de quem verá um pouco mais, e deverás aprender
a servir.
E assim, Fabiano entrega o ex-político das Minas Gerais,
aos braços de humilde lavadeira, na Espiritualidade.
— Eis quem te será o filho, e a quem reeducarás nas lágrimas e nas privações, já que quem não aprendeu a servir,
na abundância, buscará aprender a servir na escassez.
E, ali mesmo, nascia uma vida, a de quem perdera a sua
existência anterior pela sufocação da força e do poder.
(Mensagem psicografada em 23/10/1987, por Roque Jacintho, no
Grupo Espírita Fabiano de Cristo, no bairro de Americanópolis, cidade de São Paulo, SP)
Vote Bem
Dirija-se, às urnas da vida e, diante dos juízes e fiscais que te
vigiam, coloca o teu voto de fé, na esperança e na vida.
Votes bem, hoje e sempre, elegendo o amor ao próximo por programa de refazimento e de futuro.
Marque, de modo indelével, o teu voto para a criação do amor,
onde estiveres, porque de teu voto de amor nascerá um mundo
novo, feito de suor e lágrimas.
Não temas, pois, pela tua escolha, se elegeste o Cristo por bússola de tua vida.
(Mensagem psicografada em 11/11/1988, por Roque Jacintho, no Grupo Espírita Fabiano de Cristo, no bairro de Americanópolis, cidade de São Paulo, SP)
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divulgador
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17
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Atualidade
atualidade
Aborto Delituoso
“Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam
largas equipes policiais...
Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...
Assassínios, conflitos, enganos e assaltos de toda sorte criam guerras de nervos, em toda parte e, para impedir semelhantes produções de ignorância e delinquência,
erguem-se cadeias e fabricam-se algemas, organiza-se o
trabalho forçado e, em algumas nações, o próprio apedrejamento de infelizes é praticado na rua, sem qualquer traço
de compaixão.
Todavia, um crime existe mais doloroso, pela crueldade
com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico, ou
nos braços da Natureza...
Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos para reagir.
Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiandolhes a existência antes que possam sorrir para a bênção da
luz.
Homens da Terra e, sobretudo, vós, corações maternos
chamados ao engrandecimento do amor e da vida, recusai-vos a praticar semelhante ação que vos desequilibra a
alma e cobre de trevas o caminho.
Fugi do satânico propósito de sufocar os filhos do próprio
ventre porque os anjos em formação, que rechaçais, são
mensageiros da Providência que chegam ao lar em vosso
próprio socorro e, se não há lei humana que vos marque a
desonestidade do infanticídio nos recintos familiares ou na
sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do
reajuste, a fim de que se vos limpe da consciência a falta
indesculpável que cometeste.”
***
Esta mensagem do nosso Emmanuel recebida através
da psicografia de Chico Xavier, em 9 de janeiro de 1959,
encontra-se no livro Religião dos Espíritos e está tão atual,
aliás, atualíssima.
Numa análise mais profunda, diríamos que com mais
agravantes, porque, há 51 anos, os métodos anticoncepcionais eram praticamente inexistentes. Então esta poderia
ser a justificativa para a prática do aborto: a falta de planejamento para se ter um filho.
Nos dias de hoje, felizmente, temos muitos métodos contraceptivos que as mulheres, em idade fértil, têm a sua disposição. Mesmo àquelas de pouca, ou nenhuma, condição
financeira porque o Estado supre esta necessidade de se
fazer o planejamento familiar. E, pensando em termos de
informação, sabemos que os meios de comunicação estão
todos aí, é só aprendermos a selecionar o que de mais útil
nos interessar.
Infelizmente, muitas mulheres se sujeitam a tais práticas
por pura ignorância, mas sabemos que o espírito é eterno
e tem necessidade de reencarnar na Terra para a sua própria evolução moral. Não se pode admitir que o espírito seja
criado por Deus apenas alguns meses depois que o corpo
materno já está gestante. Se fosse assim, não teria lógica
vivermos neste planeta somente por algumas décadas. O
que faríamos depois da morte?
Vamos abrir nossa mente para informações tão importantes. Se você ficou grávida sem planejar, pense que Deus
fez o planejamento para você. Que este bebê lindo que virá
vai ajudá-la a se reajustar com as leis divinas, no acerto das
dívidas de amor não vivenciadas no passado. Não importa
sua condição financeira, sempre damos um jeito, quando
estamos dispostos a enfrentar as chamadas “dificuldades”
da vida. Depois de tudo passar, verá que este filho é uma
bênção do Mais Alto e aí, sim, agradecerá sempre pela sua
existência. Mãe é para sempre!
Quinidia
Bibliografia: Religião dos Espíritos – Francisco Cândido Xavier, pelo
espírito Emmanuel – Editora FEB – 1978.
Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
DIA
LIVROS ESTUDADOS
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan
Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*
3ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
4ª
O que é Mediunidade – Roque Jacintho; Viagem
Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais –
Roque Jacintho
5ª
Terapia Espiritual; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos
Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan
Kardec
6ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros –
André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho
Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro de mensagens de Emmanuel*
2ª
*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier
18
Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas
3ª e 6ª, às 15 horas
Domingo, às 10 horas
Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões
Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas
Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas
Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45
3ª e 6ª, às 14h45
Rua das Turmalinas, 56 / 58
Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345
Calendário
calendario
Junho
DIA03
1925 desencarna Camille Flammarion,
astrônomo famoso em sua época. Espírita, colaborador de Kardec, tendo pronunciado emocionante discurso fúnebre junto
à tumba do mestre. A Federação Espírita
Brasileira publica algumas de suas obras,
entre as quais: “Deus na Natureza”. A íntegra desse discurso consta do início do livro
“Obras Póstumas”, em edição da FEB. Posteriormente à morte de Kardec, começou a
se dedicar no aprofundamento teológico
do Espiritismo. As obras de Flammarion, a
partir de então, revelam a sua visão espírita
sobre questões fundamentais para a Humanidade. Em algumas delas, como “Narrações
do Infinito”, poderá ser verificada, ainda, a
atuação de Camille Flammarion como médium. O Capítulo VI de “A Gênese”, uma
das obras básicas do Espiritismo, intitulado
“Uranografia Geral - o Espaço e o Tempo”, é
a transcrição de uma série de comunicações
à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e
1863, sob o título “Estudos Uranográficos”.
Tal obra foi registrada como C.F., as iniciais
de Camille Flammarion.
DIA05
1947 fundada a USE, União das Sociedades
Espíritas do Estado de São Paulo.
DIA10
1853 os Espíritos introduzem o processo da
escrita, agilizando as comunicações mediúnicas, até então produzidas mediante sinais.
1854 constituída em Nova York, EUA, a primeira sociedade para estudo e difusão do Espiritismo, ocasião em que foi criado o jornal
“The Christian Spiritualist”.
1860 o Espírito de Verdade, através da médium Sra. Schmidt, informa a Kardec que ele
não permaneceria muito tempo encarnado,
apenas o bastante para concluir suas obras
(trabalhos indispensáveis). Um trecho da comunicação constante do livro “Obras Póstumas” no item “Meu Retorno” de 10 de junho
de 1860: Pergunta Que entendeis por essas
palavras “por um pouco”? Resposta Não
ficarás muito tempo entre nós; é necessário
que retornes para terminar a tua missão, que
não pode ser rematada nesta existência. Se
isso fosse possível, não te irias daí de modo
algum, mas é preciso suportar a lei da Natureza. Estarás ausente durante alguns anos
e, quando voltares, isso será em condições
que te permitirão trabalhar cedo. No entanto, há trabalhos que é útil que termines antes
de partir; é porque te deixaremos o tempo
necessário para acabá-los. Nota de Allan
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
Kardec: Supondo aproximadamente a duração dos trabalhos que me restam a fazer,
e tendo em conta o tempo de minha ausência e os anos da infância e da juventude, até
a idade que um homem pode desempenhar
um papel no mundo, isso nos leva, forçosamente, ao fim deste século ou ao começo do
outro. Nota da Redação: A nota de Kardec
se refere a época em que ele reencarnaria
diante das informações dos Espíritos.
DIA12
1851 nasce na Inglaterra, Sir Oliver Lodge,
famoso pesquisador e escritor. Deixou várias
obras sobre estudos psíquicos e mediunidade. Pesquisou a médium americana Eleonora
Piper e a italiana Eusapia Paladino.
1856 Allan Kardec, por intermédio da médium Aline C., recebe a confirmação do Espírito de Verdade a respeito de sua missão
(Livro “Obras Póstumas”).
DIA13
1980 desencarna em Brasília, DF, Carlos
Torres Pastorino, escritor, jornalista, historiador, poliglota, ex-sacerdote católico que
se converte ao Espiritismo. Autor dos livros
“Minutos de Sabedoria” e “Técnica da Mediunidade”.
DIA14
1853 publicada no Jornal do Comércio (RJ),
pela primeira vez, notícia sobre as mesas girantes.
1894 nasce Edgard Pereira Armond (Guaratinguetá, 14 de junho de 1894 — São Paulo,
29 de novembro de 1982) que foi um militar, maçon, professor e espírita brasileiro.
Responsável pela implantação da Federação
Espírita do Estado de São Paulo (FEESP),
onde colaborou por mais de três décadas,
sistematizou o estudo da Doutrina em termos evangélicos e estabeleceu cursos para
auxiliar o desenvolvimento de médiuns. Em
1973, a Aliança Espírita Evangélica nasceu
sob sua inspiração. Foi, também, pioneiro
do movimento de unificação, tendo lançado
a ideia de criação da União das Sociedades
Espíritas (USE).
1932 desencarna em Turim, Itália, Linda
Gazzera, médium famosa, pesquisada por
vários cientistas, entre eles Charles Richet e
César Lombroso.
DIA16
1875 instaurado o “Processo dos Espíritas”,
procedimento judicial condenando a prática
das chamadas fotografias mediúnicas, sob a
alegação de fraude.
1966 desencarna Francisco Peixoto Lins, o
Peixotinho, extraordinário médium de efeitos físicos, conhecido pela produção das materializações luminosas.
DIA17
1832 nasce em Londres, William Crookes,
físico e químico, um dos mais persistentes e
corajosos pesquisadores dos fenômenos espíritas.
1985 fundada em Tours, a União Espírita
Francesa e Francofônica que tem, como objetivo, reimplantar o Espiritismo na França e
em países de língua francesa.
DIA21
1886 desencarna em Saint-Germain, França, o médium Daniel Douglas Home, pesquisado por inúmeros cientistas.
DIA24
1943 desencarna Ernesto Bozzano, cientista que pesquisou a fenomenologia espírita. Autor de diversas obras, entre as quais,
“Animismo ou Espiritismo?”, “A Crise da
Morte”, “Pensamento e Vontade”, “Xenoglossia”.
1951 a Rádio Guanabara, na cidade de Três
Rios (RJ), organiza e realiza a primeira semana espírita no Brasil.
DIA30
1953 fundada a Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille.
2002 desencarna em Uberaba, MG, Francisco Cândido Xavier, o maior e mais prolífico
médium psicógrafo do mundo, com mais de
412 obras publicadas, com todos os direitos
autorais cedidos em benefício de entidades
assistenciais.
19
FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela ECT
Destinatário
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
Caixa Postal 42
Diadema - SP
09910-970
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Zilda Gama Argemira de Oliveira Costa