A relevância da oração – Parte 2 – Ef. 3:14-21
Introdução: Na semana passada vimos aqui as características de uma oração relevante.
Vimos que se por um lado a oração é a forma mais básica de falarmos com Deus, podemos
fazer com que ela se torne mais relevante. Estas características são:
1- Uma oração que nasce de um coração grato
2- Uma oração que nasce de um coração misericordioso
3- Uma oração dirigida a quem de fato pode atendê-la
4- Uma oração que busca sabedoria e conhecimento
5- Uma oração que enche o nosso coração de esperança
Estas são algumas características de uma oração relevante.
Agora no capítulo 3 o apóstolo Paulo vai fazer outra oração por seus leitores. Antes de
entrarmos no conteúdo da oração de Paulo gostaria de observar as bases desta oração.
1- Esta oração era fruto da consciência que Paulo tinha da Graça de Deus: Uma
graça que gera em nós responsabilidade e nos tira da zona de conforto – v.2 Paulo sabia que embora a salvação seja um presente de Deus, que a recebemos pela
graça, quando a recebemos somos desafiados a sairmos da passividade espiritual e nos
lançarmos ao serviço do Reino.
2- Esta era uma oração de quem havia entendido que Deus o havia chamado para o
Ministério – v.7 – Paulo era um ministro de Cristo pela graça de Deus. A palavra grega
para ministério é diakonia, que significa: serviço. Então, em última análise um ministro é
too aquele que serve ao Reino de Deus.
Então, esta oração é feita por alguém que
tinha um coração de servo. Ou melhor, esta oração só pode ser feita por causa do
coração de servo de Paulo.
3- Era uma oração de encorajamento em meio as muitas dificuldades que os
primeiros cristãos enfrentavam – v.13 – Paulo deixa claro que o ministério cristão
inclui lutas, inclui provações. Paulo os adverte a não se deixarem desanimar diante das
muitas lutas.
Agora qual foi o ponto central da oração de Paulo? Ele ora para que os Efésios fossem
fortalecidos com o poder de Deus. Ele ora para que Deus que é riquíssimo os fortalecesse no
mais íntimo do ser deles.
Repare que Paulo não está falando de uma empolgação
superficial e passageira como aquelas que muitas vezes temos em alguns cultos ou
retiros, mas sim de um fortalecimento espiritual que produza frutos duradouros na
nossa vida.
Que poder é esse e para que ele serve?
1)
O poder da efetividade espiritual
- Paulo está orando para que seus leitores
pudessem exercer efetivamente o ministério que Deus estava confiando a eles. Paulo já tinha
bem claro em sua mente que todo cristão é um ministro de Deus, chamado por Ele para
cumprir os seus propósitos sobre a terra.
•
Poder para proclamar o Evangelho – Em 1 co. 1:18 Paulo diz que “ A mensagem da
cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós que estamos sendo salvos, é o
poder de Deus.” – Paulo sabia que esta dinamite nas mãos de homens e mulheres cheios do
poder de Deus destruiria todas as resistências do inferno. Este e a vontade de Deus para seus
ministros.
•
Poder para ser mais estável tanto emocional quanto espiritualmente – v.16 – A
instabilidade é um mal que afeta a grande maioria das pessoas.
O pior é que nossos
relacionamentos são travados dentro desta ambiente de instabilidade. Eu diria que muitos de
nós somos tripolares, ou seja, temos um amino para cada parte do dia. Isto é terrível para os
relacionamentos.
Entretanto, esta instabilidade, esta instabilidade, esta oscilação afeta
também a nossa vida espiritual. Esta falta de constância espiritual nos impede de termos uma
vida mais frutífera. Paulo ora para que haja um fortalecimento interior tal que faça de nós
pessoas mais sólidas. Ë o poder de Deus atuando no nosso interior.
•
Poder para crer – Precisamos de poder do alto para termos uma fé sólida, uma fé que
nos ajude a não afundar nos mares da vida. Pedro foi alguém que custou para ter esta fé
sólida. Somente depois do Pentecostes é que ele se mostrou um homem de fé. Até então,
negou Jesus, afundou enquanto Jesus o chamava para ir ao seu encontro sobre as águas e
tentou usar a força do braço. Mas, depois do derramar do Espírito sobre a vida dele, teve uma
fé sólida.
•
Poder para curar os enfermos – Jesus disse em Mc.16:17- “ Estes sinais seguirão os
que creem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas; pegarão em serpentes;
e se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os
doentes, e estes ficarão curados.”
•
Poder sobre os demônios – Ver também Mc. 16:17
2) O poder da afetividade – Deus quer derramar uma unção de afetividade sobre o seu povo.
Acredito que vivemos uma crise de afetividade. Penso que nosso estilo de vida e mesmo as
preocupações e ansiedades vão roubando de nós a capacidade de sermos mais afetivos nos
nossos relacionamentos. Muitas coisas atrapalham a afetividade: a luta pela sobrevivência,
a tecnologia, para nós, homens, a nossa cultura machista, enfim, precisamos do poder de
Deus para rompermos com as barreiras que impedem a nossa aproximação.
Paulo ora para que eles pudessem estar alicerçados e arraigados em amor.
Paulo está
dizendo o amor deles a Deus e de uns para com os outros deveria ser a base, o fundamento
de tudo o que eles viessem a realizar. Agora, Paulo sabia que isso só seria possível se o
poder de Deus se manifestasse na vida deles. Guarde isso: Para amarmos a Deus na
proporção que ele espera que o amemos, precisamos do poder de Deus. Da mesma forma, o
amor fraternal só poderá ser vivenciado por nós se este poder vier sobre cada um de nós.
Somente compreendendo o amor de Deus por nós poderemos amar a ele e ao nosso
próximo.
As dimensões do amor de Deus:
Largura – alcança a todos
Comprimento – se prolonga no tempo
Altura – suficiente para nos levar ao céu
Profundidade – alcança até aquele que se encontram no fundo do poço, na lama.
Uma vez conhecendo este amor de Deus por nós não podemos nos tratar de outra maneira
senão com base no amor de Deus por nós.
Conclusão: Deus quer liberar este poder sobre os seus ministros, sobre os seus servos.
Lembre-se:
cada cristão, um ministro de Deus.
Cada crente, mesmo onde Deus o tem
colocado para trabalhar , pode ser um instrumento de Deus cheio de poder para cumprir a
missão da
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