CURSO: A ESCOLA NO COMBATE AO TRABALHO INFANTIL
PROPOSTA PEDAGÓGICA - ENTREVISTA
NOME: ABADIAS SARAIVA
ESCOLA: EMEIF FERNANDA DE ALENCAR COLARES
TURMA: 7º ANO – TURNO: MANHÃ
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Desenvolvemos como proposta pedagógica uma entrevista feita por quarenta e um
(41) alunos do 7º ano do turno manhã, da EMEIF Fernanda de Alencar Colares, aos seus
pais ou mães, avôs ou avós, com objetivo de levantar dados estatísticos sobre a realidade
do trabalho infantil em suas vidas.
Através de uma entrevista dirigida, com perguntas simples e objetivas, feitas pelos
quarenta e um (41) alunos, aos seus pais ou mães, avôs ou avós, procurou-se encontrar
respostas a essas questões:
 Identificação do entrevistado:
A ( ) pai ou mãe
B ( ) avô ou avó

Com que idade você (senhor, senhora) começou a trabalhar?
A ( ) menos de dez anos
B ( ) dez ou onze anos
C ( ) doze ou treze anos
D ( ) quatorze ou quinze anos
E ( ) dezesseis anos ou mais

Você (o senhor, a senhora), considera que começou a trabalhar na idade certa?
A ( ) sim
B ( ) não
- Por que?:

Em caso afirmativo, qual foi a forma de trabalho?
A ( ) Remunerado
B ( ) Não remunerado

Com qual idade você (o senhor, a senhora) considera que uma pessoa deve
começar a trabalhar?
A ( ) menos de dez anos
B ( ) de dez a doze anos incompletos
C ( ) de doze a quatorze anos incompletos
D ( ) de quatorze anos a dezesseis anos incompletos
E ( ) dezesseis anos ou mais
- Por que?:

Você (o senhor, a senhora) considera como atividade mais importante:
A ( ) O trabalho
B ( ) O Estudo
GRÁFICOS (DADOS) - RESULTADO ENTREVISTA
Como resultante de nossa entrevista temos os seguintes dados estatísticos:
ENTREVITADOS
 PAI – 18
 MÃE – 16
 AVÔ – 01
 AVÓ – 06
 TOTAL DE ENTREVISTADOS - 41
1 – Total de Entrevistados (41)
Total de Entrevistados (41)
15%
2%
44%
Pai (18)
Mãe (16)
Avô (01)
Avó (06)
39%
2- Identificação do entrevistado (Grupo)
Identificação do Entrevistado (Grupo)
17%
Pai ou Mãe (34)
Avô ou Avó (7)
83%
3 – Com que idade você (senhor, senhora) começou a trabalhar?
PAI OU MÃE
Com que idade você começou a trabalhar? (Pai ou
Mãe)
26%
32%
6%
21%
Menos de 10 anos (9)
10 ou 11 anos (2)
12 ou 13 anos (5)
14 ou 15 anos (7)
16 ou mais (11)
15%
4 – Com que idade você (senhor, senhora) começou a trabalhar?
AVÔ OU AVÓ
Com que idade você começou a trabalhar? (Avô ou Avó)
0%
14%
14%
Menos de 10 anos (1)
10 ou 11 anos (3)
12 ou 13 anos (2)
29%
43%
14 ou 15 anos (0)
16 ou mais (1)
5 – Você (o senhor, a senhora), considera que começou a trabalhar na idade certa?
PAI OU MÃE
Você considera que começou a trabalhar na idade certa?
(Pai ou Mãe)
47%
Sim (18)
Não (16)
53%
6 – Você (o senhor, a senhora), considera que começou a trabalhar na idade certa?
AVÔ OU AVÓ
Você considera que começou a trabalhar na idade certa?
(Avô ou Avó)
29%
Sim (5)
Não (2)
71%
7 – Forma de trabalho (em caso de trabalho antes dos 16 anos de idade)
PAI OU MÃE
Forma de trabalho (Pai ou Mãe) - Antes dos 16 anos
30%
35%
Remunerado (13)
Não Remunerado (10)
35%
Não trabalhou antes dos 16
anos (11)
8 – Forma de trabalho (em caso de trabalho antes dos 16 anos de idade)
AVÔ OU AVÓ
Forma de trabalho (Avô ou Avó) - Antes dos 16 anos
14%
Remunerado (4)
Não Remunerado (2)
29%
57%
Não trabalhou antes dos 16
anos (1)
9 – Com qual idade você (o senhor, a senhora) considera que uma pessoa deve começar
a trabalhar?
PAI OU MÃE
Com qual idade você considera que uma pessoa deve começar a
trabalhar? (Pai ou Mãe)
0%
3%
9%
6%
Menos de 10 anos (0)
10 a 12 anos incompletos (1)
12 a 14 anos incompletos (3)
14 a 16 anos incompletos (2)
16 anos ou mais (28)
82%
10 – Com qual idade você (o senhor, a senhora) considera que uma pessoa deve
começar a trabalhar?
AVÔ OU AVÓ
0%
Com qual idade você
considera que uma pessoa deve começar a
trabalhar? (Avô ou Avó)
0%
0%
14%
Menos de 10 anos (0)
10 a 12 anos incompletos (0)
12 a 14 anos incompletos (0)
14 a 16 anos incompletos (1)
16 anos ou mais (6)
86%
11 – Você (o senhor, a senhora) considera como atividade mais importante:
PAI OU MÃE
Você considera como atividade mais importante (Pai
ou Mãe)
6%
O trabalho (2)
O estudo (32)
94%
12 – Você (o senhor, a senhora) considera como atividade mais importante:
AVÔ OU AVÓ
Você considera como atividade mais importante (Avô
ou Avó)
14%
O trabalho (1)
O estudo (6)
86%
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA
A composição da entrevista formalizou-se em etapas, assim constituídas:

1ª Etapa – Elaboração, em sala de aula, de perguntas prévias para a entrevista aos
pais ou mães, avôs ou avós, distribuindo-se o material de pesquisa (questionários),
orientando aos alunos em como proceder na abordagem para a coleta das
informações sugeridas.

2ª Etapa – De posse das entrevistas e após apresentar de forma coletiva os
resultados coletados, dividimos a sala em dois grupos de alunos e organizamos um
debate com o tema: “Trabalho Infantil – útil ou desnecessário?”, em que os alunos
simulavam a postura de alguns pais, avôs ou avós, se posicionado uns contra e
outros a favor do trabalho infantil.

3ª Etapa – Com um vídeo-documentário, de forma paralela à realidade da
entrevista, contextualizou-se evidências patentes da exploração de crianças e
adolescentes através do trabalho infantil, proporcionando com que os alunos por si
só chegassem à conclusão de que ao invés de ser algo útil o trabalho infantil é algo
desnecessário e prejudicial à vida de qualquer criança ou adolescente.

4ª Etapa – No laboratório de informática os alunos realizaram pesquisa na internet,
e encontraram textos e documentários com dados e informações concernentes à
temática da exploração do trabalho infantil, o que proporcionou aos alunos algumas
reflexões sobre as nocivas consequências desta forma nefasta e desumana de
trabalho.
Depois de realizarmos as etapas do processo de desenvolvimento da entrevista,
fizemos de forma conjunta uma avaliação com base nos seguintes resultados obtidos:

Execução da atividade proposta (entrevista);

Grau de interesse, envolvimento e participação nos debates e discussões
levantadas no ambiente de sala de aula;

Formação de novos valores e tomada de novas posições, no espaço educacional e
familiar, em face ao enfrentamento da realidade do trabalho infantil.
Como conclusão chegamos a algumas constatações:

Uma parcela dos pais ou mães, avôs ou avôs entrevistados trabalharam antes do
16 anos de idade, como forma de obediência aos seus pais e para garantir a sua
sobrevivência.

Uma parte dos pais ou mães, avôs ou avós afirmaram que foi bom começar a
trabalhar antes dos 16 anos de idade, embora tenham concordado que o trabalho
nessa idade não lhes trouxe nenhuma vantagem ou benefício particular às suas
vidas.

O maior percentual dos pais ou mães, avôs ou avós são a favor de que uma
pessoa só deve começar a trabalhar a partir dos 16 anos de idade.

A maioria dos pais ou mães, avôs ou avós entrevistados afirmaram que o estudo
se constitui numa atividade mais importante do que o trabalho.

Muitas crianças e adolescentes continuam sendo vítimas da exploração pelo
trabalho infantil. São crianças que não estudam, não brincam; saem de casa
cedinho, muitas vezes com fome, sem o café da manhã.
COMENTÁRIO PESSOAL
Nosso desafio apontou para a constituição de uma entrevista aos pais ou mães,
avôs ou avós de alunos nossos, com a finalidade de situarmos através de suas respostas,
modelos de vivências e experiências enraizadas em suas vidas, para que com esses
dados e essas informações pudéssemos conhecer um pouco do por quê de suas
posições no que concerne as questões relacionadas a problemática do trabalho infantil.
Como educador, destacamos o quanto foi importante o nosso trabalho. Ao
abordamos o assunto trabalho infantil, nossos jovens adolescentes mostraram bastante
interesse e se envolveram inteiramente com o assunto proposto. Os debates em sala, as
pesquisas, como se desenvolveram, tudo foi muito interessante. As dificuldades surgidas
concentraram-se apenas no fator tempo para que pudéssemos inserir a temática Trabalho
Infantil nas aulas, já que no mesmo período desenvolvíamos também outros projetos da
escola, e ainda tínhamos que simultaneamente enfocar os conteúdos das aulas de Língua
Portuguesa, mas nada foi impossível, ou interferiu de forma extrema nos resultantes de
nossas atividades.
O resultado da nossa tarefa foi e continua sendo muito proveitoso, já que de forma
permanente continuamos evocando a temática trabalho infantil, pois enxergamos que a
criança e o adolescente são seres que precisam de cuidados especiais. Entretanto, é
lamentável que constatemos também diante dos nossos olhares, uma outra face da
realidade sofrível, angustiante e amarga de milhares de crianças e adolescentes que
estão jogadas na vida, enfrentando de forma precoce uma luta árdua, cruel e penosa pela
sobrevivência. São eles, meninos e meninas, com ou sem vínculos familiares, que em
tenra idade necessitam enfrentar uma jornada diária de trabalho, qual gente grande.
Muitos, não estudam, não tem direito a lazer, a um lar digno; são jogados à sorte do
destino, sem sonhos e sem perspectiva alguma de vida futura. Que isso é ilegal, todos
sabem, mas poucos ou quase ninguém faz algo para mudar essa triste e vergonhosa
realidade, projetada como uma mancha infame na realidade brasileira. Além do mais
temos a cultura da resistência, espelhada no modo de vida de muitos dos mais antigos,
nossos pais e avós, que não hesitam em afirmar que o trabalho faz bem a todos, ajuda no
desenvolvimento, qualifica o ser humano, é fator de progresso etc, como inclusive
percebemos nos dados resultantes da entrevista.
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Proposta pedagógica