A ROTATIVIDADE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NOS HOSPITAIS BRASILEIROS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA Cavalheiri JC., Guedes GC, Moraes A, Nicola L A, Rodrigues DC Universidade Estadual do Oeste do Paraná Email: [email protected] Introdução: A rotatividade no quadro de profissionais da enfermagem representa ao longo da historia no Brasil grande problema enfrentado pelos gestores hospitalares, implicando diretamente na qualidade da assistência de enfermagem, e também em custos para a instituição (GAIDZINSKI; NOMURA, 2005). Quando a organização hospitalar perde um profissional experiente, a mesma necessita admitir um novo funcionário, o que à leva a investimentos de treinamento e recrutamentos de novos trabalhadores. O desligamento de técnicos, auxiliares e enfermeiros compromete diretamente a qualidade da assistência. A rotatividade pode ser compreendida como o fluxo de entrada e saída dos profissionais das instituições de saúde, ela passou a ser estudada devido às suas consequências econômicas e de qualidade que geram nas organizações (GAIDZINSKI; NOMURA, 2005). Justificativa: O presente estudo possibilita a compreensão da instabilidade dos profissionais de enfermagem, correlacionados com a qualidade da assistência em enfermagem. Objetivo: Mensurar as taxas de rotatividade da equipe de enfermagem nos hospitais brasileiros nos últimos dez anos. Metodologia: O estudo foi desenvolvido seguindo as etapas da revisão integrativa da literatura, de acordo com Mendes, Silveira e Galvão (2008). Para o levantamento dos artigos, a busca foi realizada nas seguintes bases de dados: Literatura Latino- americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Foi utilizado para busca dos artigos os seguintes descritores e suas combinações na língua portuguesa: “rotatividade em enfermagem”; “rotatividade em serviço hospitalar”; “rotatividade em saúde”. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em português com a definida temática desde o ano de 2000 ate o ano de 2011. Resultados e Discussões: Foram encontrados 124 artigos publicados nas bases de dados SciELO e LILACS, desses foram selecionados seis artigos. Os artigos selecionados foram separados em três categorias: rotatividade dos enfermeiros, rotatividades dos auxiliares de enfermagem e rotatividades dos técnicos de enfermagem. Em todos os artigos analisados o profissional de enfermagem que mais teve rotatividade entre o período foi o enfermeiro apresentando a maior instabilidade de emprego (78%), enquanto que o auxiliar de enfermagem (28%) e o técnico de enfermagem (8%) obtiveram a menor instabilidade de emprego nos últimos dez anos. Os elementos desencadeadores da instabilidade dos profissionais de enfermagem estão relacionados diretamente com o processo de trabalho, com a organização dos serviços, a falta de adequação dos profissionais, a remuneração baixa e a precariedade dos serviços hospitalares. Ainda foi observado que a rotatividade ocorre devido a expansão do mercado de trabalho, a qualificação profissional e a ampliação dos serviços de trabalho. Ainda foi possível observar que os hospitais de redes privadas detém o maior nível de rotatividades dos profissionais (89%), gerando maiores custos para a instituição enquanto que os hospitais das redes publicas (11%) obtém o menor nível de rotatividade. Conclusão: Portanto a mensuração da instabilidade de emprego dos profissionais de saúde faz-se necessária, pois permite conhecer a frequência que a equipe de enfermagem se desligam do hospital e assim compreender quais os fatores geradores da rotatividade, afim de intervir na realidade visando manter a qualidade da assistência de enfermagem. Referências Anselmi ML, Duarte GG, Angerami ELS. “Sobrevivência” no emprego dos trabalhadores de enfermagem em uma instituição hospitalar pública. Revista Latino-americana Enfermagem. 2001 julho; 9(4):13-8. Nomura FH, Gaidzinski RR. Rotatividade da equipe de enfermagem: estudo em hospital-escola. Revista Latino-americana de Enfermagem. 2005 setembrooutubro; 13(5):648-53. Vieira APM, Kurcgant P. Indicadores de qualidade no gerenciamento de recursos percepção humanos de 2010;23(1):11-5 em enfermagem: enfermeiros. elementos Revista Acta constitutivos Paulista de segundo Enfermagem.