UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENFERMAGEM
Contribuição à Comissão da ADUFRGS para estudar proposta, debates e
encaminhamento ao PROIFES
Na qualidade de convidada como Professora Titular, Livre Docente, Especialista em nove
áreas, Mestre, autora de 13 livros na área da saúde, aposentada, e retornando à Universidade
através de Concurso Público em 1996, galguei todas as progressões até a classe de Professora
Adjunta IV, onde estou reprimida à dois anos.
Ressalto que em todos os Concursos Públicos nesta Universidade tirei a nota máxima “10”
expressa no Diário Oficial da União nas respectivas datas: 09.set.1994; 10.abr.1996 e
29.set.1976.
Sabedora recentemente que outros Professores Titulares e Adjunto IV deixaram de
progredir por não serem Doutores, destaco que estes Mestres não foram Doutores, pelo principal
motivo da inexistência de doutorado em suas áreas de atuação, na ocasião de suas funções de
docentes ativos.
Na última tabela de honorários de 2013/2015, os professores mais prejudicados, por
ordem, foram: os Professores Titulares Mestres e os Adjuntos IV Mestres, tabelas em que me
incluo. Além disso é importante citar que:

Até há pouco tempo, a oferta para Cursos de Doutorado era inexpressiva, ou seja, a oferta
era bem menor, e na maioria, das vezes não correspondia à área específica do professor.

As instituições estavam despreparadas para liberarem seus professores, pois não
conseguiam reposições de suas horas/aula junto ao corpo docente, tanto de graduação
como
de
pós-graduação.
Recordo aqui, na qualidade de Chefe de Departamento, por 8 anos, abri a primazia de
nossos professores cursarem o strito sensu, doutorado em outros estados e Países, porém
fui tremendamente criticada, pois muitos professores aumentaram suas cargas horárias
para atender a essas necessidades departamentais.

Hoje, qualquer graduado bolsista, pode passar imediatamente ao strito sensu, (mestrado
ou doutorado). Atualmente, a experiência de campo não tem o peso do domínio do saber
profissional experenciado, pois o exercício da profissão deveria continuar sendo mais
valorizado ao ser humano, nossa clientela, carecendo de aplicabilidade do conhecimento.
Isto muito me aflige, logo o rigor de antigamente, o impossível, hoje é bem mais frequente
e bem mais possível.

O rigor na escalada de progressão funcional fez com que a grande maioria dos Mestres
atingissem todos os escalonamentos, também reprimidos na classe de Adjunto IV e com
pequena expectativa de conquistar, por saber, o topo da docência pelo cargo de Professor
Titular pela inexpressiva falta de vagas na referida área.

Em muitos casos, por mais de uma década, os professores que pretendiam fazer o
doutorado, preparavam-se e foram barrados pelo fator idade, pois tinham que repor no
retorno, no mínimo, 12 anos à Universidade, após conclusão do doutorado, onde a grande
maioria chegava antes na aposentadoria compulsória.
A suposta solução adotada foi a criação da classe de professor associado, cujo destaque
econômico somente beneficiou o título de doutorado, onde todas as classes perderam e o
destaque coube apenas ao Título de Doutor em detrimento dos demais.
Os aposentados Mestres necessitam ser revistos, analisados, estudadas outras
alternativas e, por isso, considerando o acima exposto, proponho:
1. Que o especialista com formação Latu Sensu e o Mestre e Doutor, Strito Sensu sejam
considerados justamente. Assim, a progressão, ao dobrar o percentual de cada formação,
não cabe, entre Mestre e Doutor, cujo percentual foi de 40% e 80%, pois ambos estão na
categoria Stritu Sensu. Logo este distanciamento de 40% entre estes cargos necessita ser
revisto, avaliado e alterado.
2. Que o Professor Titular, Mestre, tenha um percentual de acréscimo de 30% entre
Especialista e Doutor, e não pela tabela que era 20% especialista; 40% Mestre; e 80%
Doutor.
3. Que o Professor Adjunto IV, Mestre, tenha um percentual de acréscimo de 20% entre
Especialista e Doutor.
Com esta correção, é possível estudar a tabela 2015/2018, pois caso contrário, a
defasagem corromperia a estrutura da Carreira Universitária, digna de um professor ativo e de um
professor aposentado, pois ambos, construíram ou ainda constroem os saberes ao longo do
tempo para o progresso científico, profissional e social da humanidade.
Destaco, ao final, que nós Professores Mestres aposentados e ativos aguardamos com
esperança e justiça resultados mais justos e positivos.
Porto Alegre, 1º de Novembro de 2013
Professora Arlete Spencer Vanzin
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Contribuição na qualidade de convidada