Mesozóico
248,2 a 65 milhões de anos
Profa Ana Cristina Sanches Diniz
Caracterização da Era
• Duas grandes extinções em massa;
• Três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo;
• Aumento na quantidade do dióxido de
carbono
na
atmosfera
provocou
o
aquecimento global, criando um ambiente
perfeito para os animais exotérmicos. Além
disto, a abundância de CO2 fomentou um
maior crescimento das plantas, que também
aumentaram seu tamanho.
A CHAVE PARA A CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE – CARBONÍFERO (354 Ma)
Quem são os amniotas?
Uma recente divisão dos Amniotas (vertebrados que
independem da água do ambiente para o
desenvolvimento do embrião), baseada em processos
evolutivos, distingue duas grandes linhagens: os
Sauropsidas e os Sinapsida. A primeira inclui
atualmente as tartarugas, crocodilos, lagartos e
serpentes (conhecidos antes como Répteis) e as aves,
enquanto a segunda, os mamíferos. Os Sauropsida
incluem também grupos extintos como os Pterossauros
e os Dinossauros.
Archosauria
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Principais grupos:
– Crocodilia
– Pterosauria
– Dinosauria
Fenestra pré-orbital entre a cavidade óptica e narinas;
Mandíbula com abertura entre ossos dentários, angular e supra-angular;
Dentes implantados em alvéolos;
Alguns desenvolvem postura bípede (cauda como órgão de quilíbrio, reforço da pélvis, etc.);
Archosauria no Brasil:
– em depósitos fossilíferos do Triássico e do Cretáceo. Mais antigos : Formação Santa
Maria (coletas pela UFRGS, PUCRS e UFSM);
– A partir dos anos quarenta: grande quantidade de exemplares de arcossauros foram
coletados no Grupo Bauru (Cretáceo Superior, Bacia do Bauru) em Minas Gerais, São
Paulo e Mato Grosso (Museu Nacional);
– Restos de pterossauros (répteis voadores), são encontrados na Bacia do Araripe,
localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí (Universidade Regional do
Cariri em parceria com Museu Nacional);
235 Ma
Filogenia da Superordem Archosasuria (Subclasse Diapsida).
Crocodilia
• Crânio com superfície esculturada e longo, geralmente achatado
dorsoventralmente;
• Há duas vértebras sacrais, característica primitiva entre arcossauros;
– A morfologia da pélvis e dos membros pélvicos das ordens primitivas (esfenossúquios,
protossúquios e formas afins) indica que possuíam adaptações para postura bípede;
– Não eram reptantes como os atuais representantes da ordem, que exibem aquisições
secundárias para existência anfíbia, quase todos mostram cobertura de placas dérmicas
dorsais (fossilizáveis);
– Ainda existe muito debate sobre qual é o crocodilomorfo mais primitivo, mas algumas
formas encontradas na Argentina (como o Pseudhesperosuchus) têm sido listadas entre as
mais antigas. No Brasil também temos uma forma muito primitiva: o Barberenasuchus
brasiliensis, encontrado na Formação Santa Maria (RS), que tem cerca de 220 milhões de
anos;
As formas primitivas de
crocodilomorfos eram tão
diversificadas que algumas
chegaram a viver no mar,
como o Chenanisuchus,
recentemente (2005)
encontrado no Marrocos.
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No Brasil, a maioria dos crocodilomorfos foi encontrada em sedimentos do Cretáceo;
Mais interessantes:
– Susisuchus anatoceps, 100 Ma, Ceará;
– Baurusuchus salgadoensis, 90 Ma, São Paulo (Grupo Baúru). Media cerca de três metros de
comprimento e pesava aproximadamente 400 kg.;
– Sarcosuchus imperator, encontrado em depósitos de 100 milhões de anos no Níger (África) e na
Bahia;
– Purussaurus brasiliensis (veja na figura ao lado), cujo tamanho foi estimado por alguns
pesquisadores como algo em torno de 15m.
Pterosauria
• Primeiros vertebrados com capacidade de voo e a evolução
desta característica ocorreu de maneira independente das
aves;
• As asas dos Pterossauros possuíam uma membrana resistente
que era sustentada por um dedo apenas. Podiam ser
esticadas e retraídas em diferentes direções, o que leva os
cientistas a concluírem que os Pterossauros não somente
planavam, mas possuíam absoluto controle sobre o voo;
• Os Pterossauros tinham o corpo coberto por pequenas fibras
constituídas por queratina (substância que forma os bicos e
as penas das aves), denominadas picnofibras;
• A capacidade de controle do voo e a presença das picnofibras
em alguns fósseis de Pterossauros sugerem que estes animais
fossem endotérmicos (capazes de manter o calor corporal
independentemente do meio ambiente).
Pterosauria
• As cristas na cabeça dos Pterossauros eram constituídas por
osso, podendo apresentar revestimento de queratina ou
serem associadas a membranas. Devido a sua forma
aerodinâmica, elas poderiam ter função no voo. Por
possuírem cores fortes e tamanhos variados, poderiam ser
utilizadas para a atração sexual. Por possuírem muitos
orifícios que indicam a presença de vasos sanguíneos,
poderiam ser utilizadas para a dissipação de calor. Na
verdade, nenhuma destas opções exclui a outra e, assim, as
cristas podem ter tido diversas funções.
Pterosauria
DIVERSIDADE
• Os fósseis destes animais já foram encontrados em todos os
continentes;
• Estudos indicam que existiam espécies adaptadas aos mais
diversos ambientes como o mar aberto, ambientes costeiros,
florestas tropicais e temperadas, savanas e desertos;
• A análise dos anéis esclerais (ossos dentro dos olhos) indica
que algumas espécies tinham hábitos noturnos;
• A dieta variava bastante, incluindo espécies que se
alimentavam de frutos, invertebrados marinhos, dentre eles
microcrustáceos e insetos, peixes, carcaças de animais mortos
e até mesmo sangue de animais maiores.
Pterosauria
DIVERSIDADE
• Alguns eram pequenos, como os menores beija-flores, tendo
envergadura de menos de 10 centímetros e peso de pouco
mais de dois gramas. Os maiores apresentavam em média
quatro metros de envergadura. O maior animal voador
conhecido foi um Pterosauro, o Quetzalcoatlus, que viveu no
norte do México e sul dos Estados Unidos a cerca de 68
milhões de anos. Calcula-se que tivesse 11 metros de
envergadura.
Na Chapada do Araripe (CE), temos, dentre outras, as
espécies:
Araripesaurus gomesii, Tapejara wellnhoferi, Anhanguera
blittersdorffi, Anhanguera santanae, Thalassodromaeus sethi,
Tapejara imperator
Conservação Total – partes moles
Conservação Parcial – partes duras
Reconstituições
Reconstituições
Reconstituições
Reconstituições
Quem são os dinossauros
• Os dinossauros atualmente são divididos em três grandes
grupos:
• Sauropoda: grandes dinossauros de pescoço e cauda
compridos, herbívoros e quadrúpedes;
• Theropoda: eram predadores e apresentavam uma
grande variação de tamanho e, em geral, possuíam fortes
mandíbulas, braços ou garras que eram usadas como
armas contra suas presas;
• Ornisthischia: eram herbívoros e apresentavam maior
diversidade de forma que os Sauropoda, podendo
apresentar elaboradas cristas, bicos ou chifres que
sugerem que o grupo apresentasse comportamento
social elaborado.
• A disponibilidade de uma maior quantidade de
alimentos e o aumento das temperaturas ajudou os
dinossauros a ficarem gigantes.
• Ainda não está claro se os dinossauros eram
endotérmicos, como os mamíferos, ou exotérmicos.
• O que se sabe é que a rápida evolução dos primeiros
arcossauros até os gigantes dinossauros atuou como
uma força seletiva poderosa na qual foram favorecidos
os corações adaptados para responder bem às
demandas exigidas pelo gigantismo;
• Era necessário enviar às células quantidades suficientes
de nutrientes e oxigênio. A solução do coração dotado
de quatro câmaras seria ideal para a posterior aparição
das aves, mas nos dinossauros não fez senão continuar
favorecendo o gigantismo.
Dinosauria
Ornitschia - Secernosauro
Saurópode – Uberabatitan ribeiroi
Saurópode – Patagosaurus
Terópodes – Tyranosaurus rex
Terópodes – Carnotaurus sastrei
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Mesozóico – Era dos Répteis 248,2 a 65 milhões de anos