COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS
XXV SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS
SALVADOR, 12 A 15 DE OUTUBRO DE 2003
T92 -A07
DIRETRIZES PARA A MELHORIA DE UM PROCESSO DE INSPEÇÃO
VISUAL EM ESTRUTURAS DE CONCRETO - ESTUDO DE CASO ITAIPU
BINACIONAL
Aloisio Pereira da Silva
Ricardo Mendes Jr.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Pedro Villalba Latore
ITAIPU BINACIONAL
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho é fruto do convênio assinado entre a Universidade Federal
do Paraná e Itaipu Binacional, tendo como um dos principais objetivos, dentre
outros, fomentar o desenvolvimento de pesquisas nas áreas relacionadas ao
planejamento, projeto, construção, operação e manutenção de obras de grande
porte.
A pesquisa foi desenvolvida tendo como ambiente organizacional os diversos
setores da empresa que constitui a superintendência de manutenção,
integrante da diretoria técnica da hidroelétrica de Itaipu.
RESUMO
As barragens em concreto têm função estratégica dentro do cenário nacional,
tanto em geração de energia elétrica quanto para a utilização de seus
reservatórios para a navegação, agricultura e consumo, sendo imprescindível a
aplicação de uma política de manutenção que garanta sua segurança
estrutural, bem como sua operacionalidade dentro dos novos padrões da
economia globalizada. O objetivo deste trabalho é propor um estudo de caso
que aborde a prática da manutenção desenvolvida na hidroelétrica de Itaipu,
em específico as atividades do processo de inspeção visual em estruturas de
concreto, que compõem o Sistema de Operação e Manutenção (SOM), visando
a obtenção de diretrizes para melhoria do processo estudado. Conclui-se que a
implementação de melhorias no processo está relacionada a três fatores
principais: mapeamento do processo e inserção de ferramentas “a prova de
1
falhas”, padronização da terminologia e uso de qualificadores para as
patologias observadas nas estruturas de concreto e utilização dos recursos de
sistemas de informações, redefinindo o conceito atual de entrada de
alimentação do processo.
PALAVRAS-CHAVE: manutenção, inspeção visual, estruturas em concreto.
ABSTRACT
The concrete dams have strategic function inside of the national scenery, such
in electric power generation as to the use of their reservoirs to the navigation,
agriculture and consumption, being indispensable the application of a
maintenance politics that guarantees its structural safety, as well as its
operation inside of the new patterns of the global economy. The objective of this
work is to propose a case study to approach the practice of the maintenance
developed in the Itaipu hydroelectric power station, in specific the activities of
the process of visual inspection in concrete structures, that compose the
Operation and Maintenance System (SOM), seeking the obtaining of guidelines
for improvement of the studied process. It is concluded that the implementation
of improvements in the process is related to three main factors: the mapping of
the process and insert of tools "Poka-Yoke", the standardization of the
terminology and qualifiers' use for the pathologies observed in the concrete
structures and the use of the resources of information systems, recreating the
current concept of entrance of feeding of the process.
KEY-WORDS: maintenance, visual inspection, concrete structures.
1 - INTRODUÇÃO
O presente trabalho desenvolve um estudo de caso que aborda a prática da
manutenção desenvolvida na Hidrelétrica de Itaipu, onde foram observadas as
atividades do processo de inspeção visual em estruturas de concreto, que
compõem o Sistema de Operação e Manutenção (SOM).
Segundo NUNES (2001- Referência 3) a sistemática de manutenção de Itaipu,
denominada Sistema de Operação e Manutenção (SOM), foi concebida com a
visão integrada das áreas de operação e manutenção. As atividades de
manutenção são definidas, analisadas, programadas e controladas, com
ênfase em ações pró-ativas baseadas na aplicação de manutenção preventiva,
corretiva e técnicas preditivas.
A necessidade de melhoria no Sistema de Operação e Manutenção (SOM), foi
evidenciada por diversos engenheiros e técnicos da empresa que, no decorrer
de anos de pesquisa, elaboraram diversos trabalhos relativos às carências de
cada área, indicando principalmente como medidas de intervenção, a utilização
de ferramentas da qualidade.
2
Em sua pesquisa MOTTA (2001- Referência 2) constatou necessárias as
seguintes ações, entre outras citadas, para a melhoria dos subsistemas que
compõem o Sistema de Operação e Manutenção (SOM).
Perspectiva Tecnológica:
•
Inclusão de ferramentas da qualidade;
•
Padronização da definição de dados;
•
Entrada única de dados;
•
Controle sobre a redundância de dados (réplicas).
Perspectiva Organizacional:
•
Padronização de procedimentos e produtos de Sistemas de Informação.
Ainda nesse aspecto, PEDRASSANI (2000 – Referência 4) ressalta a
importância do controle da interferência do fator humano e suas conseqüências
para a organização, em um estudo de caso realizado no setor de manutenção
da Hidroelétrica de Itaipu.
Como base para seu desenvolvimento, a pesquisa utilizou-se do trabalho de
um grupo de pesquisa português (PORTELA,1999 – Referência 5), que
desenvolveu e implementou uma metodologia para a melhoria do processo de
inspeção visual em uma barragem de concreto, através da padronização da
terminologia das patologias nas estruturas de concreto e uso de qualificadores
para tal, de modo a obter a informação com as características que pudessem
ser disponibilizadas para aplicação no processamento em sistemas
especialistas, que compõem uma das técnicas da inteligência artificial. Este
sistema especialista tem como finalidade o apoio à análise da segurança
estrutural da barragem, e a utilização em diversos subsistemas de auxílio a
operação e manutenção desta obra.
A principal contribuição deste trabalho está em inserir dentro do processo
estudado, ferramentas “à prova de falhas” para coleta dos dados das inspeções
e sua transcrição de forma automática nos sistema de gestão da manutenção.
3
TABELA 1 – Planilha de descrição das atividades envolvidas no processo (criação da PIC).
4
TABELA 2 – Planilha de descrição das atividades envolvidas no processo (emissão da PIC).
5
TABELA 3– Planilha de descrição das atividades envolvidas no processo (execução da PIC).
6
TABELA 4– Planilha de descrição das atividades envolvidas no processo (transcrição da PIC).
7
TABELA 5– Planilha de descrição das atividades envolvidas no processo (análise técnica da PIC).
8
TABELA 6– Planilha de descrição das atividades envolvidas no processo (análise gerencial da PIC)
9
3 - MODELO PROPOSTO
Em relação às variáveis encontradas nos serviços de inspeção visual das
estruturas de concreto, definiu-se entre estas, os principais pontos críticos do
processo estudado. Estes pontos foram formatados de forma que foram
estabelecidas diretrizes para a modelagem do novo processo, dividindo-o em 3
principais pontos de atuação:
•
•
•
Redefinição do conceito de entrada de alimentação do processo,
buscando transformar dados coletados em informações, ampliando assim
a possibilidade de manipulação dos dados coletados por ferramentas
eletrônicas, principalmente para obtenção de relatórios de análise técnico
e gerencial.
Definição das patologias encontradas nas estruturas de concreto, sua
localização, terminologia, mensuração ou caracterização, definidos por
qualificadores ;
Mapeamento do processo estudado, definindo pontos onde poderão
ocorrer erros e nestes, inserção de ferramentas “a prova de falhas”.
3.1 - CARACTERIZAÇÃO DO MODELO APRESENTADO
Dentro das definições de estudo do modelo proposto, que compreende as
etapas de caracterização do processo, definição dos pontos críticos, estudo de
necessidades e delineação das diretrizes para a melhoria do processo das
inspeções visuais, foram definidos três elementos principais que delineassem
diretrizes para a melhoria do processo, os quais foram incorporados na
estrutura do processo no modelo proposto.
Para fins de análise, o processo estudado foi formatado em forma de um
fluxograma (Figuras 1, 2 e 3) que simula a execução de uma inspeção visual,
que compreende desde a confecção da Planilha de Inspeção e Controle (PIC)
à sua análise gerencial, onde neste, as diretrizes propostas para a melhoria do
processo foram inseridas. O fluxograma 1 (Figuras 1) é a visão geral do
processo de trabalho da inspeção visual e o fluxograma 2 (figuras 2 e 3)
detalha a inserção de novas patologias nas estruturas de concreto, seguindo os
novos conceitos propostos pelo estudo.
3.2 - ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO
Para a avaliação das expectativas dos usuários sobre o modelo proposto, foi
utilizada uma adaptação da metodologia proposta por Abreu apud Mendes
Jr.(1999 – Referência 1), que prioriza o aspecto das expectativas e percepções
do usuário.
Através da utilização de “workshops”, o modelo foi apresentado a todos os
participantes do processo estudado na empresa, em torno das dimensões
estabelecidas na metodologia da pesquisa.
10
MANUTENÇÃO PERIÓDICA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO
MENU DE INSPEÇÃO VISUAL
NECESSITA APOIO A
LOCALIZAÇÃO PRÓXIMO
PONTO?
1) CONFECÇÃO DA PLANILHA (PIC) CONFORME CRITÉRIO PRÉ ESTABELECIDOS
SIM
AJUDA
DESCRITIVO
FOTOS
VIDEO
1) DEFINIÇÃO DO INSPETOR CONFORME CRITÉRIOS DO SISTEMA
NÃO
1) ENTRADA REGISTRO INSPETOR = "NUMERO"
2) RECEBE PLANILHA DE INSPEÇÃO VIA SISTEMA NO IDIOMA DO INSPETOR
1)CARREGA PLANILHA NO EQUIP. MÓVEL (PDA)
2) ABRE MÓDULO DE CONSULTA DE PLANILHAS
3) CONFERE DADOS COM O SISTEMA ESCRITÓRIO (SOM)
LEITURA(S) DO(S) PONTO(S)
SUBSEQUENTE(S)
NÃO
CONFERE
DADOS?
FIM DA EXECUÇÃO DA
INSPEÇÃO VISUAL
MANUTENÇAO DO
SISTEMA
SIM
1) ABRE MÓDULO DE CONSULTA DE PLANILHAS
2) ACESSO AO PRIMEIRO PONTO DE INSPEÇÃO
3) LEITURA DO CÓDIGO DE BARRAS DA ETIQUETA
DADOS ETIQUETA
CONFERE COM
OS DO (PDA) ?
NÃO
EMITE ORDEM DE
MANUTENÇAO DA
ETIQUETA AO
SISTEMA
1) ACOPLAGEM DO (PDA) E
TRANSMISSÃO VIA SOFTWARE
SISTEMA (SOM)
CONSULTA
AJUDA
DESCRITIVO
FOTOS
VIDEO
1) ENTRADA
MANUAL DO
CÓDIGO
1) ACESSO MÓDULO DE
PESQUISA DE PLANILHAS (SOM)
2) ANÁLISE TÉCNICA
NÃO
SIM
SIM
DUVIDAS
NOS DADOS
RECEBIDOS?
DADOS ETIQUETA
CONFERE COM
OS DO PDA?
SISTEMA
CARREGA
PLANILHA DE
COLETA
CADASTRAR
NOVA(S)
PATOLOGIA(S)
1) ACESSO MÓDULO DE
PESQUISA DE PLANILHAS (SOM)
2) ANÁLISE GERENCIAL
NÃO
1) ABRE MÓDULO DE INSPEÇÃO DE PLANILHAS
2) ACESSO AO CAMPO DE INSPEÇÃO
APRESENTA
ALTERAÇÕES NA
PATOLOGIA
ARQUIVADA ?
SIM
1) ABRE MÓDULO
DE ALTERAÇÃO
DE PLANILHAS
2) INSERE
INFORMAÇÕES
ADICIONAIS DAS
PATOLOGIAS
ACOMPANHADAS
EMITE ORDEM DE
NOVA INSPEÇÃO
NÃO
RETORNO AO
MENU DE
INSPEÇÃO VISUAL
SIM
APRESENTA NOVA
PATOLOGIA ANTES
DA ARQUIVADA?
SIM
SIM
INSERIR
NOVOS
DADOS?
DUVIDAS
NOS DADOS
RECEBIDOS?
SOLICITA
APOIO
TÉCNICO
SIM
DUVIDAS
NOS DADOS
RECEBIDOS?
NÃO
VALOR DENTRO
DO LIMITE
ESTABELECIDO?
NÃO
SIM
NÃO
SIM
EMITE ORDEM DE
NOVA INSPEÇÃO
1) VALIDAR ENTRADA
DADOS
NÃO
1) ABRE MÓDULO DE
ACOMPANHAMENTO DE PATOLOGIAS
2) INSERE INFORMAÇÕES VALIDANDO
SITUAÇÃO ATUAL (OK)
NECESSITA EMISSÃO
DE SOLICITAÇÃO DE
MANUTENÇÃO APERIÓDICA?
SIM
EMISSÃO DE RELATÓRIO
GERENCIAL
1) SOLICITA MANUTENÇÃO APERIÓDICA AO
PONTO
NÃO
1) ABRE MÓDULO DE CONSULTA DE
PLANILHAS
2) ACESSO AO PONTO
SUBSEQUENTE DE INSPEÇÃO
FIGURA 1 – Fluxograma do processo de inspeção visual-
11
SIM
SIM
CADASTRAR NOVA(S)
PATOLOGIA(S)
1) PONTO= "CODIGO
PATOLOGIA"
2) DATA= "DATA"
3)LOCALIZAÇÃO= "PISO
"/ "PAREDE" / "TETO" /
"GALERIA"
SIM
APRESENTA
FISSURA?
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO FISSURA=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO
DA FISSURA) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA FISSURA)
"NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5)PROFUNDIDADE ="NUMERO"(mm)
6)ESPESSURA="NUMERO"(mm)
7) TIPO="LINEAR"/ "LINEAR C/ RAMIF." /
"SINUOSA" / "ALEATÓRIA" / "POLIGONAL"
8) IDADE= "RECENTE" / "ANTIGA"
9) CAUSA= "RETRAÇÃO"/ "AÇÃO
TÉRMICA"/ "AÇÃO QUÍMICA"/ "AÇÃO
ESTRUTURAL"
10) MOVIMENTO ="FECHADA"
/ "ABERTA"/ "DESLIZAMENTO"/
"ESMAGAMENTO"
1) PONTO= "CODIGO"
2) FINAL TRECHO
FISSURA=
X=(DIST. DO CODIGO
BARRAS AO INICIO DA
FISSURA) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO
INICIO DA FISSURA)
"NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" O U
"PY"
PROFUNDIDADE= "NUMER
O "(mm)
ESPESSURA= "NUMERO"(m
m)
5) INFORM. ADICION.=
"NOME"
APRESENTA
CONTINUIDADE?
NÃO
NECESSITA
CAPTURA
AUXILIAR?
CAPTURA
AUXILIAR 1
NÃO
APRESENTA
INFILTRAÇÃO?
SIM
AJUDA
DESCRITIVO
FOTOS
VIDEO
NÃO
SIM
NECESSITA
CAPTURA
AUXILIAR?
SIM
SIM
AJUDA
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO EXUDAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO DA
EXUDAÇÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA EXUDAÇÃO)
"NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5)EXTENSÃO= "PONTUAL" / "ABRANGENTE"
6) TIPO="CALCICA" / "CALCICA C/ FERROSO" /
"ALCALINO" (EFLORESCÊNCIAS) / "FERROSO".
7) IDADE="RECENTE" / "ANTIGA"
8) INFORM. ADICION. = "NOME"
CAPTURA
POR FOTO
VIDEO?
CAPTURA AUXILIAR(FOTO/VIDEO):
1)PONTO= "CODIGO"
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO PONTO DE
CAPTURA "NUMERO"(m)
2) D=(DIST. DO OBSERVADOR AO
PONTO)"NUMERO"(m)
3) Z= ALTURA "NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
SIM
PRECISA
DE NOVO
PONTO DE
CAPTURA?
NÃO
NÃO
NÃO
ANÁLISE
QUIMICA ?
NÃO
AJUDA
APRESENTA
EXUDAÇÃO?
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO INFILTRAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO DA
INFILTRAÇÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA INFILTRAÇÀO)
"NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5)VAZÃO="PEQUENA" (<1L/min) / "MÉDIA" (1 a 3L /
min)/ "GRANDE" (1 a 3L /min)
6) EXTENSÃO= "PONTUAL" / "ABRANGENTE"
7) INFORM. ADICION.= "NOME"
DESCREVER
OUTRO "NOME"
COLETA DA
AMOSTRA
CAPTURA
AUXILIAR 2
SIM
CAPTURA
AUXILIAR
2
NÃO
APRESENTA
CARBONATAÇÃO?
SIM
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO CARBONATAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO DA
CARBONATAÇÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA
CARBONATAÇÃO) "NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5)ESPESSURA="NUMERO"(mm)
6) T IPO="CALCICA" / "CALCICA C/ FERROSO"
/ "ALCALINO" (EFLORESCÊNCIAS) /
"FERROSO".
7) IDADE="RECENTE" / "ANTIGA"
PRECISA
DE NOVO
PONTO DE
CAPTURA?
NÃO
NÃO
AJUDA
SIM
CAPTURA AUXILIAR
(FOTO/VIDEO):
1)PONTO= "CODIGO"
X=(DIST. DO CODIGO
BARRAS AO PONTO DE
CAPTURA "NUMERO"(m)
2) D=(DIST. DO
OBSERVADOR AO
PONTO)"NUMERO"(m)
3) Z= ALTURA "NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
1) PONTO= "CODIGO"
2) FINAL TRECHO
CARBONATAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS
AO INICIO DA CARBONATAÇÃO)
"NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO FINAL DA
CARBONATAÇÃO) "NUMERO" (m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5) ESPESSURA="NUMERO"(mm)
6) INFORM. ADICION.= "NOME"
CAPTURA
AUXILIAR
2
NÃO
CONTINUA PG. 2
FIGURA 2 – Fluxograma do processo de inspeção visual- cadastro de novas patologias (parte 1)
12
CONTINUAÇÃO
APRESENTA
DESAGREGAÇÃO?
SIM
AJUDA
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO DESAGREGAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO DA
DESAGREGAÇÃO) " N U M E R O "(m)
3) Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA
DESAGREGAÇÃO) " N U M E R O "(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU " P Y "
5) PROFUNDIDADE= "NUMERO"(mm)
1) PONTO= "CODIGO"
2) FINAL TRECHO DESAGREGAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO
DA DESAGREGAÇÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO FINAL DA
DESAGREGAÇÃO) " N U M E R O "(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU " P Y "
5) PROFUNDIDADE="NUMERO"(mm)
6) INFORM. ADICION.= "NOME"
CAPTURA
AUXILIAR
1
1) PONTO= "CODIGO"
2) FINAL TRECHO EROSÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO
INICIO DA EROSÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO FINAL DA
EROSÃO) " N U M E R O "(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5) PROFUNDIDADE="NUMERO"(mm)
6) INFORM. ADICION.= " N O M E "
CAPTURA
AUXILIAR
1
NÃO
APRESENTA
EROSÃO?
SIM
AJUDA
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO EROSÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO DA
EROSÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA EROSÃO)
"NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU " P Y "
5)PROFUNDIDADE= " N U M E R O "(mm)
NÃO
AJUDA
DESCRITIVO
FOTOS
VIDEO
APRESENTA
VEGETAÇÃO
ADERIDA?
SIM
1) PONTO= "CODIGO"
2) FINAL TRECHO VEGETAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO
INICIO DA VEGETAÇÃO) " N U M E R O "(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO FINAL DA
VEGETAÇÃO) "NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU " P Y "
5) INFORM. ADICION.= "NOME"
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO VEGETAÇÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO DA
VEGETAÇÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA
VEGETAÇÃO) "NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5)QUANTIDADE= "POUCO" / "INTENSA"
CAPTURA
AUXILIAR
1
RETORNO AO MENU DE
INSPEÇÃO VISUAL
AJUDA
NÃO
PATOLOGIA EM
JUNTA?
SIM
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO AFETADO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO
DA PATOLOGIA) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA
PATOLOGIA) "NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5)DESCANTILHAMENTO= "NULO"/"POUCO"
/ "INTENSO"
6)MASTIQUE= "OPERANTE" /"RESECADO" /
"DESPRENDIMENTO"
1) PONTO= "CODIGO"
2 ) FINAL TRECHO PATOLOGIA=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO
INICIO DA PATOLOGIA) "NUMERO"(m)
3 )Y=(DIST. DO PISO AO FINAL DA
PATOLOGIA) "NUMERO"(m)
4 ) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5 ) INFORM. ADICION.= "NOME"
CAPTURA
AUXILIAR
1
CADASTRAR NOVA(S)
PATOLOGIA(S)
SIM
NÃO
NÃO
AJUDA
APRESENTA
CORROSÃO DE
ARMADURA?
SIM
1) PONTO= "CODIGO"
2) INICIO TRECHO AFETADO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO INICIO
DA CORROSÃO) "NUMERO"(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO INICIO DA
CORROSÃO) " N U M E R O "(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU " P Y "
5)DESAGREGAÇÃO= "NULO"/
"SUPERFICIAL" / "INTENSO"
6)CAUSA ="CARBONATAÇÃO" /"DIFUSÃO
ÍON CLORO" / "DIFUSÃO O 2"
1) PONTO= "CODIGO"
2) FINAL TRECHO CORROSÃO=
X=(DIST. DO CODIGO BARRAS AO
INICIO DA CORROSÃO) " N U M E R O "(m)
3)Y=(DIST. DO PISO AO FINAL DA
CORROSÃO) "NUMERO"(m)
4) DIREÇÃO= "BR" OU "PY"
5) INFORM. ADICION.= " N O M E "
APRESENTA OUTRA
PATOLOGIA ANTES
DA CADASTRADA?
CAPTURA
AUXILIAR
2
NÃO
FIGURA 3 – Fluxograma do processo de inspeção visual- cadastro de novas patologias (parte 2)
13
4 - CONCLUSÃO
Através do estudo realizado no processo de inspeções visuais, o presente
trabalho contribuiu para a discussão de melhoria do processo, principalmente
com os enfoques relacionados às novas tecnologias computacionais, os
recursos da tecnologia da informação e aplicação de ferramentas da qualidade.
A partir da aplicação destes enfoques, pôde-se visualizar o processo como
objeto de estudo e como elemento de intervenção, principalmente com enfoque
na recuperação das informações para análise técnica e gerencial.
Para a coleta de dados foram utilizados elementos documentais relacionados
ao processo estudado e seu entorno, observações diretas de todas as
atividades que compõem o processo estudado e principalmente entrevistas,
sendo estas de caráter informal, o que contribuiu de forma que a pesquisa não
interferisse no desenvolvimento dos trabalhos e conseqüentemente na
descaracterização do elemento a ser pesquisado.
A aplicação de ferramentas da qualidade, na qual destacamos o método 5W1H
para análise e melhoria do processo, foi de suma importância para a
sistematização dos dados, de forma que se pôde através deste, definir quem
são os elementos que compõem cada atividade, o que é executado, quando é
que cada um atua, onde ela é executada, por que ela acontece e como as
atividades são planejadas, executadas e analisadas.
Com base no estudo de caso, definiram-se os pontos críticos do processo,
estabelecendo assim possíveis pontos de intervenção em cada uma das
atividades, tendo sido formuladas diretrizes de como estas poderiam ser
melhoradas, definindo assim possíveis intervenções no processo atual,
gerando um novo modelo proposto para o processo das inspeções visuais.
Nesta fase foi de suma importância a intervenção via entrevistas dos
funcionários, contribuindo de forma positiva com informações, visto o profundo
conhecimento destes do processo, realimentando assim o ciclo de coleta de
dados e refinando alguns destes.
Com base neste novo modelo proposto, foi construído um fluxograma para fins
de visualização do processo como um todo, mas sem perder os detalhes que
cada atividade necessitava expor, auxiliando assim na compreensão do
funcionamento da rotina e do fluxo das atividades. Este instrumento mostrou-se
bastante eficaz, de forma que todos os entrevistados puderam compreender
cada ponto proposto de melhoria e a localização de cada um no processo
estudado. Esta afirmação se faz com base em entrevistas, ocorridas durante
“workshops” desenvolvidos na empresa.
Segundo a percepção dos participantes envolvidos no estudo, pôde-se através
dos “Workshops”, visualizar os pontos críticos do processo e os pontos
propostos de intervenção, o que possibilitou o atendimento aos objetivos
propostos no trabalho:
Com a utilização dos recursos de sistemas de informações, foi redefinido o
conceito atual de entrada de alimentação do processo, buscando coletar dados
de modo que estes estejam organizados e estruturados;
14
A padronização proposta para a terminologia das patologias observadas nas
estruturas de concreto, bem como seus qualificadores para a sua mensuração
e caracterização, direcionou a coleta dos dados de modo a auxiliar nas
análises dos fenômenos observados;
O Mapeamento do processo estudado definiu os possíveis pontos de
ocorrência de erros e passíveis de melhorias nas atividades e a inserção das
ferramentas “a prova de falhas”, propostas através do fluxograma descrito no
item três, que descreve os possíveis pontos de implantação e os métodos e
equipamentos necessários para o funcionamento destas ferramentas.
5 - RECOMENDAÇÕES
Sob o aspecto da instituição pesquisada, espera-se com esta análise,
desenvolver diretrizes que possam auxiliar na melhoria dos processos de
inspeções visuais em estruturas de concreto, pertencente a um sistema
corporativo de gestão da manutenção, e desenvolver esta análise de modo a
disponibilizar as informações de forma sistematizada e padronizada, para que
possam ser usadas com eficácia por este sistema corporativo, sendo sua
estrutura inicial definida já sob os aspectos futuros de utilização por sistemas
especialistas, pertencentes às técnicas de inteligência artificial.
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. MENDES JR, Ricardo. Programação da produção na construção de edifícios
de múltiplos pavimentos. 1999. 235 f. Tese (Doutorado em Engenharia de
Produção). UFSC, Florianópolis, 1999.
2. MOTTA R., Angel Virginio. Desenvolvimento de sistemática para análise de
sistemas de informação: uma aplicação para gestão da manutenção. 2001.
97f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de
Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
3. NUNES, Enon Laércio. Manutenção centrada em confiabilidade (MCC):
Análise da implantação em uma sistemática de manutenção preventiva
consolidada. 2001. 146 pg. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção,
UFSC, Florianópolis.
4. PEDRASSANI, Edson Luis. Método para registro, análise e controle de
falhas humanas na manutenção de centrais hidrelétricas. 2000. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa
Catarina, 2000.
5. PORTELA, E. T. A. “Novas Metodologias de Apoio ao Controlo de
Segurança de Barragens de Betão. Uma Abordagem Através de Sistemas
Periciais” 1999. Tese de Doutoramento, IST, Lisboa, 1999.
15
16
17
18
19
20
21
23
24
25
Download

DIRETRIZES PARA A MELHORIA DE UM PROCESSO DE