UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
MANEJO DE CÃES COM UROLITÍASE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Roberta do Nascimento Ferreira
RIO DE JANEIRO
2007
Roberta do Nascimento Ferreira
MANEJO DE CÃES COM UROLITÍASE
Monografia apresentada como requisito
parcial à obtenção do grau de pósgraduado em especialista, Curso de
clinica e cirurgia de pequenos animais.
Orientador: Professora Débora Gondim
RIO DE JANEIRO
2007
II
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus, porque Ele me deu forças para
continuar nesta caminhada,
Ao meu marido Marcos Voto, que compreendeu
minha ausência quando necessário, porque desta
ausência dependia o meu futuro.
A meus pais,Valeria e Renato, porque tudo que sou
devo a eles.
A meu querido irmão Bernard que sempre estive me
ajudando para que eu chegasse até aqui.
Aos meus tios, primos, e minha avo pois estão
sempre comigo para mostrar que tudo pode ser
melhor.
A todos os meus amigos e pessoas que estimo que
colaboraram para o meu sucesso.
III
DEDICATÓRIA
“Aos meus Pais, pela vida, pelo carinho e apoio
incondicional e perene;
Aos amigos que estiveram ao meu lado nos
momentos mais difíceis;
Ao meu DEUS, que me deu a inspiração, a esperança e a fé.”
IV
EPÍGRAFE
A vida só pode ser compreendida olhandose para trás; mas só pode ser vivida
olhando-se para a frente.
Soren Kierkegaard
V
RESUMO
Este presente trabalho de cunho monográfico e bibliográfico vem ressaltar
o tema manejo de cães com urolitíase. Os urólitos ocorrem com freqüência em cães
e se formam, normalmente, na bexiga e uretra. Os cálculos localizados nos rins são
bem mais raros. A formação do cálculo se dá a partir do aparecimento de cristais na
urina. Esses cristais podem ter diversas composições (uratos, oxalato de cálcio,
fosfato triplo, sílica e cistina). Por fatores ainda não totalmente conhecidos, os cristais
começam a se agrupar formando o cálculo.
VI
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
______________________________________________ 10
2 A UROLITÍASE EM PERSPECTIVA __________________________________ 12
2.1 Definição de urolitíase ____________________________________________ 12
2.2 Incidência______________________________________________________ 18
2.3 Sinais Clínicos e diagnostico _______________________________________ 19
2.4 Tratamento clínico _______________________________________________ 21
2.5 Relato de caso __________________________________________________23
3 A ALIMENTAÇÂO E A UROLITÍASE _________________________________ 25
3.1 A questão alimentar na urolitíase em cães ____________________________ 25
CONCLUSÃO
______________________________________________ 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS ____________________________________ 32
VII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Previsão da composição mineral dos urolitos ___________________ 16
VIII
1-
INTRODUÇÃO
Este presente estudo de cunho monográfico e bibliográfico vem ressaltar o
tema manejo alimentar de cães com urolitíase.
Pontua-se que o estudo atual da patogênese da urolitíase, nos últimos
cinco anos, sobre os fatores mais importantes envolvidos na litogênese, com ênfase
nos cálculos de oxalato de cálcio e os distúrbios clínico-metabólicos associados a
urolitíase.
Estudos recentes revelam e sugerem que os cristais de oxalato de cálcio
monoidratados se ligam à superfície apical da célula epitelial renal, podendo ser
internalizados. A adesão dos cristais à célula renal epitelial é inibida por ânions
específicos, como glicosaminoglicanos, uropontina, nefrocalcina e citrato, que se
ligam à superfície do cristal.
Estudos sobre a identificação de moléculas no líquido tubular e na
superfície celular, que modulam a interação cristal-célula, assim como seu
mecanismo de ação são fundamentais para uma melhor compreensão da
patogênese da urolitíase.
Pontua-se que a formação do cálculo se dá a partir do aparecimento de
cristais na urina. Esses cristais podem ter diversas composições (uratos, oxalato de
IX
cálcio, fosfato triplo, sílica e cistina). Por fatores ainda não totalmente conhecidos, os
cristais começam a se agrupar formando o cálculo.
Menciona-se que alguns cães têm predisposição em formar os urólitos,
existem fatores que contribuem para o aparecimento deles, entre eles estão:
infecções urinárias, deficiência de vitamina A, dieta alimentar e retenção de urina.
Neste último caso, cães que não urinam dentro de casa devem ser levados para a
rua pelo menos três vezes ao dia para que não retenham a urina por muitas horas.
Nesta perspectiva, este presente estudo analisará a importância do
manejo dos cães para a prevenção da urolitíase, que como qualquer doença, pode
afetar diretamente a qualidade de vida do animal.
X
2-
A UROLITÍASE EM PERSPECTIVA
2.1
Definição de Urolitíase
Para Smith et al (2000) os cálculos do trato urinário podem ser originários
de placas de Randall situadas no revestimento dos ductos coletores nas papilas
renais1, que podem se destacar e ser eliminadas ou formar cálculos, alojados
freqüentemente na região das papilas e cálices.
Os cálculos tendem a ser assintomáticos até causarem obstrução, com
sintomas típicos de cólica renal ou ureteral.2 Nos ureteres, o local mais comum de
seu depósito é a junção uretero-vesical, ou acima desta, na porção pélvica do
ureter3.
A litíase urinária (urolitíase) é a formação de cálculos (urólitos) nos rins,
nos ureteres ou na bexiga. Os urólitos são concreções policristalinas compostas
principalmente por cristalóides orgânicos ou inorgânicos (90-95%) e uma pequena
quantidade de matriz orgânica (5-10%) e formam-se no interior das vias excretoras.
Para
melhor
compreensão
cristais
refere-se
1
à
presença
de
precipitados
SMITH, RC, Varanelli M. Diagnosis and management of acute ureterolithiasis: CT is truth. AJR
2000; 175:3–6.
2
LEVINE, JA, Neitlich J, Verga M, Dalrymple N, Smith RC. Ureteral calculi in patients with flank
pain: correlation of plain radiography with unenhanced helical CT. Radiology 1997;204:27–31.
3
LEE, FF Jr, Thornbury JR. O trato urinário. In: Juhl JH, Crummy AB, Kuhlman JE, eds. Paul & Juhl
Interpretação radiológica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2000.
XI
microscópicos
e
urólitos
(cálculos)
refere-se
à
presença
de
precipitados
macroscópicos.4
A urolitíase pode se apresentar como nefrolitíase, cálculo urinário, cálculo
renal e pode ser entendida como o depósito de sais minerais e na maioria das
vezes, estes urólitos são formados por cálcio. Este cálculo pode passar através do
ureter. Os principais fatores que causam cálculo renal são: elevados níveis urinários
de cálcio, oxalato, e ácido úrico. Isto pode ocorrer em conseqüência de uma dieta
rica nesses elementos. As anormalidades do metabolismo também exerce um papel
no desenvolvimento de cálculos, assim como a diminuição de inibidores na urina de
cálculo renal. O citrato e o magnésio, que se encontram normalmente na urina,
melhora esta função. A diminuição ou aumento dos níveis dessas substâncias leva à
formação de cálculos. Outro fator de risco é a baixa ingestão de líquidos que resulta
em urina concentrada. Este é o principal fator da formação dos cálculos.
A formação dos cálculos urinários comporta duas etapas: a formação de
um núcleo cristalino e o crescimento do núcleo cristalino, que determinará o
tamanho do cálculo. Várias teorias têm sido propostas para explicar o início da
formação dos urólitos: teoria da precipitação-cristalização; teoria da matriz de
nucleação e teoria dos inibidores da cristalização.
Ressalta-se a teoria da precipitação-cristalização, esta teoria envolve a
supersaturação dos cristalóides urinários, a qual facilita a precipitação dos cristais e
permite a constituição de um núcleo e o crescimento do cálculo. A formação seria
independente da presença de uma matriz pré-formada ou de inibidores da
cristalização.
4
LEE, FF Jr, Thornbury JR. O trato urinário. In: Juhl JH, Crummy AB, Kuhlman JE, eds. Paul & Juhl
Interpretação radiológica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2000.
XII
Na teoria dos inibidores, uma matriz orgânica pré-formada representa o
determinante primário da litogênese e as substâncias da matriz seriam promotores
da nucleação. A matriz orgânica afeta a litogênese por atuar como local da formação
de cristais (nucleação heterogênea); servir como molde para a organização e
modificação do cristal; servir como agente ligador que une os vários cristais e
promove a sua retenção; providenciar proteção que previne o crescimento dos
cristais. Diferentes proteínas são susceptíveis de constituir o primeiro elemento do
núcleo: proteína de Tamm-Horsfall, albumina, alfa e beta-globulina, uromucóide,
detritos celulares, bactérias e corpos estranhos (ex: fios de sutura) podem também
ter um papel iniciador da litogênese.
A Teoria dos Inibidores da cristalização indica que uma redução ou
ausência de inibidores orgânicos ou inorgânicos da cristalização são os
determinantes primários da cristalização. Potenciais inibidores da cristalização são:
citratos, pirofosfatos; difosfonatos; glicosaminoglicanos. (SAMPAIO et al, 2000).
Os urólitos podem ser classificados em função de: localização – nefrólitos;
renólitos; ureterólitos; urocistólitos; uretrólitos; forma – lisos; facetados; piramidais;
laminados; "mullberry"; "jack-stone"; "stag horn"; ramificados; composição mineral –
fosfato amoníaco magnesiano (estruvita); oxalato de cálcio; fosfato de cálcio; uratos;
cistina; etc. A urolitíase no cão representa cerca de 0.4 a 2% das patologias mais
comuns na clínica médica veterinária. 5
__________________________________
5
LEE, FF Jr, Thornbury JR. O trato urinário. In: Juhl JH, Crummy AB, Kuhlman JE, eds. Paul & Juhl
Interpretação radiológica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2000.
XIII
A natureza dos cálculos não pode ser determinada unicamente pelo
exame da cristalúria e é necessário cautela na sua interpretação, pois pode ser
alterada por fatores, como: alterações na temperatura, evaporação, alterações no pH
e técnica de preparação da amostra. Como os cristais apenas ocorrem na urina
supersaturada com substâncias calculogênicas, representam um fator de risco para
a urolitíase.
A formação de cálculos é em parte inibida pelo fato de os cristais serem
eliminados à mesma velocidade que a urina. Num cão normal (trato urinário
anatômica e funcionalmente normal) existe cristalúria fisiológica que não justifica a
terapêutica.
A análise urinária constitui uma ajuda ao diagnóstico. A detecção de
hematúria pode corroborar o diagnóstico e a medição do pH pode ajudar a prever a
presença de infecção do trato urinário (urina fortemente alcalina) e o tipo de cálculos
(urina ácida sugere litíase de ácido úrico, oxalatos, cistina ou sílica e urina alcalina
sugere litíase de estruvita ou de fosfato de cálcio).
O exame bacteriológico da urina deve, em teoria, ser realizado em todos
os casos de urolitíase. No entanto, a sua interpretação deve ser baseada no método
de colheita utilizado (cistocentese, cateterização, compressão da bexiga ou micção
voluntária).
O único método que permite determinar a natureza dos cálculos é a sua
análise quantitativa. Aqueles devem ser recolhidos em recipientes limpos e secos e
sem o uso de conservantes ou outras soluções que alterem as propriedades físicas
dos minerais ou dissolvam os cristais superficiais.
XIV
A composição mineral do núcleo cristalino pode ser ou não idêntica à
composição da restante porção do cálculo. Cálculos compostos são formados por
diferentes camadas constituídas por diferentes minerais. Cálculos mistos são
formados por diferentes minerais misturados no cálculo. O núcleo dos urólitos deve,
então, ser analisado separadamente das camadas exteriores, uma vez que a sua
composição pode indiciar a causa inicial da urolitíase. Aconselha-se o envio de uma
amostra de urina e/ou dos próprios cálculos a um laboratório especializado para
determinação da natureza dos cálculos.
Tipo de
urolito
Densidade
radiográfica
pH
urinário
usual
Infecção urinária
Predisposição
sexual
Raças mais
afetadas
Idade
(anos)
mais
comum
Anomalias
clinicopatológicas
(1.0 – 3.0)
Fosfatoamoníacomagnesiano
(estruvita)
2.53
Neutro
a
alcalino
Muito comum,
especialmente
bactérias
produtoras de
urease (ex.
Staphylococcus,
proteus)
Fêmeas
(>80%)
Schnauzer
miniatura,
Bichon,
Coccker
Spaniel,
Caniche
miniatura
1-8
Geralmente
nenhuma
Oxalato de
cálcio
3.0
Ácido a
neutro
Rara
Machos
(>70%)
Schnauzer
miniatura,
Caniche
miniatura,
Yorkshire
Terrier,
Lhasa Apso,
Bichon, ShiTzu, Cairn
Terrier
5-12
Ocasionalmente
hipercalcemia
Urato
1.0
Ácido a
neutro
Incomum
Machos
(>90%)
Dálmata,
Buldogue
Inglês,
Schnauzer
miniatura,
Yorkshire
Terrier
1-4
Redução do
azoto ureico e
albumina,
concentrações
pré e pósprandiais
anormais de
ácidos biliares
em cães com
shunt portosistémico
Cistina
1.5
Ácido
Rara
Machos
(>95%)
Teckel,
Basset
Hound,
Buldogue
Inglês,
Yorkshire
Terrier, Irish
Terrier,
Rottweilers,
Chihuahua,
1-7
Geralmente
nenhuma
XV
Mastiff,
Spaniel
Tibetano
Silicato
2.5
Ácido a
neutro
Incomum
Machos
(>95%)
Pastor
Alemão,
Golden
Retriever,
Labrador
Retriever,
Old English
Sheepdog
4-9
Geralmente
nenhuma
Tabela 1 – Previsão da composição mineral dos urolitos (extraída de Small Animal Internal Medicine ,
Richard W. Nelson e C. Guillermo Couto, Mosby, 3ª edição)
A causa mais comum de cálculos de oxalato de cálcio é a hipercalciúria
idiopática (aumento dos níveis de cálcio urinário sem aumento do cálcio sérico). Os
mecanismos envolvidos na hipercalciúria estão relacionados a um aumento na
absorção intestinal de cálcio (hipercalciúria absortiva), perda renal de cálcio ou
aumento da desmineralização óssea. Outras causas de hipercalciúria incluem:
hiperparatireoidismo primário, doenças granulomatosas, feocromocitoma, uso de
glicocorticóides, hipertireoidismo, hipocitratúria, hiperuricosúria e hiperoxalúria.
Já os cálculos compostos de estruvita (fosfato amôniomagnesiano) são
relacionados à infecção urinária por germes produtores de urease, principalmente
Proteus mirabilis e Klebsiella. Representam o tipo mais comum de cálculo
coraliforme. A presença de urease promove a hidrólise da uréia, que por sua vez
produz uma base (amônia) que não é completamente neutralizada. Este fato
provoca aumento do pH urinário e deposição dos cristais de estruvita. A litíase de
ácido úrico está relacionada a pH urinário baixo, pouca ingestão de líquidos e
hiperuricemia, geralmente secundária a dieta rica em purinas ou a distúrbios
metabólicos, como gota. Quando não estão associados a oxalato de cálcio, os
cálculos de ácido úrico são radiotransparentes.
XVI
Quando a cristalúria é acompanhada de urolitíase, geralmente os cristais e
os cálculos têm a mesma composição. A exceção pode surgir quando a infecção por
bactérias produtoras de urease secundária à presença de oxalatos promove a
alcalinização da urina e precipitação de estruvita. (SAMPAIO et al, 2000).
Os cálculos de cistina ocorrem em pacientes com cistinúria, que é uma
doença autossômica recessiva relacionada ao transporte intestinal e renal da cistina.
2.2 Incidência
Parisi (2006) chama atenção que a idade em que os cálculos aparecem
com maior freqüência está entre 1 e 6 anos, nos machos e normalmente esta
localizado na bexiga e na uretra.
Atualmente, estima-se que mais de 21 % dos cães levados a Médicos
Veterinários estão afetados, sendo algumas raças mais atingidas do que outras:
Chihuahua, Yorkshire, Caniche, Teckel e, principalmente, Dálmata. Esta raça é, na
verdade, geneticamente predisposta a determinados cálculos.
Sampaio et al (2000) que os Cálculos de oxalato de cálcio é o tipo mais
comum de cálculo renal, isolado ou associado a fosfato, correspondendo a mais de
65% de todos os cálculos renais.
XVII
A maioria (90%) dos cálculos urinários no cão encontra-se no aparelho
urinário inferior (cerca de 50-73% na bexiga). Cerca de 5 a 10% têm localização
renal ou multicêntrica (rim, uretere, bexiga).
2.3 Sinais clínicos e diagnóstico
Uma vez formado o cálculo, o animal pode apresentar um ou mais sinais
clínicos. Como sinais clínicos; Berstein (2004) menciona: a Hematúria, polaciúria,
disúria, estrangúria, a lambedura da genitália freqüente e pode ter incontinência
ocasional.
Uma das principais conseqüências clínicas das urolitíases é a cistite
devido a fricção que o cálculo causa na parede do órgão levando ao sangramento e
até o bloqueio parcial ou total do fluxo urinário. Dependendo da causa da
inflamação, a cistite pode ser tratada através de diversos métodos.
A cistite pode gerar um grande número de sintomas urinários. Alguns cães
têm dificuldade para urinar, outros urinam com maior freqüência e alguns se tornam
incontinentes. Os cães geralmente se recuperam com uma certa facilidade, mas
animais que desenvolveram cistite em decorrência de tumores têm um prognóstico
reservado.
A análise de urina quanto às suas características físico-químicas, exame
do sedimento e cultura bacteriana com identificação e antibiograma são
XVIII
imprescindíveis a um diagnóstico completo. A colheita de urina deverá ser efetuada
por cistocentese (após os cuidados de assepsia exigidos) ou por algaliação ou
esvaziamento manual por compressão da bexiga.
Na obstrução urinária a bexiga pode estar distendida sob tensão e a
parede lesionada é mais susceptível de ruptura. Assim, a cistocentese é o método
de eleição para a colheita de urina.
A interpretação dos resultados das análises de urina deve ser cuidadosa,
pois certos fatores podem influenciar os resultados: método de colheita (colheita
não asséptica pode dar falsos positivos de infecção urinária); alterações de
temperatura (idealmente a análise deve ser feita à temperatura corporal);
evaporação da amostra (pode alterar a densidade urinária e a concentração dos
constituintes); alterações no pH (pode alterar a solubilidade dos cristais); técnica de
preparação (centrifugação ou não).
A análise da urina avalia problemas como a presença de sangue, bactéria,
cristais minerais, células cancerosas, proteínas e focos inflamatórios. Muitas vezes é
necessária uma cultura de urina para determinar com precisão se há bactérias
presentes e, em caso positivo, quais os antibióticos mais eficazes para o tratamento.
O diagnóstico dos cálculos urinários pode ser feito pela simples palpação
da bexiga (diagnóstico de cálculos grandes) no exame físico e pelo histórico do
animal.
Radiografias abdominais, algumas vezes com uso de contraste, são úteis
na visualização da estrutura da bexiga e na determinação da presença de cálculos.
Outra ferramenta que pode ser útil para o diagnóstico é a ultra-sonografia do
XIX
conteúdo da bexiga. Este procedimento também permite que se faça a medição da
espessura da parede da bexiga. (BERSTEIN, 2004)
2.4 Tratamento clínico
Para Algood (1983) nem todos os pacientes portadores de urolitíase
urinária devem realizar alguma forma de investigação e tratamento adicional. O
índice de recidiva de doença renal com calculo situa-se em torno de 50%. Na
maioria dos casos, apenas medidas simples como o aumento da ingestão hídrica e
modificação dos hábitos alimentares são necessárias.
A avaliação metabólica tem como objetivo verificar se existe algum
distúrbio metabólico responsável pelo aparecimento da urolitíase. Deve incluir:
exames de sangue - hemograma completo, uréia, creatinina, dosagem de proteínas
séricas, eletrólitos (sódio, potássio, cloro, bicarbonato, cálcio, magnésio e fósforo),
dosagem
de
paratormônio
e
vitamina
D;
Urina
-
Elementos
anormais,
sedimentoscopia e urinocultura; Urina de 24 horas - Volume, “clearance” de
creatinina, sódio e potássio urinários, dosagem de cálcio, magnésio, fosfato, oxalato,
citrato e ácido úrico; Análise mineralográfica do cálculo quando possível.5
Quando não for possível o tratamento clinico devido ao tamanho do
cálculo, o tratamento de eleição é o cirúrgico, pois normalmente, o cálculo é muito
grande, neste caso o animal apresenta uma obstrução completa das vias urinárias
ou há uma grande quantidade de cálculos vesicais. Após retirado, o cálculo deve ser
5
Algood CB, Sood N, Fairchild T, Mayo ME. Experimental study of ureteral calculus disease: effects
of calculus size, obstruction, and hydration. J Urol 1983;130:999–1004.
XX
analisado para se conhecer a sua composição. A partir daí, vai se instituir uma
terapia para prevenção do reaparecimento de novos urólitos.
O pH urinário deve ser ajustado (dependendo da composição do urólito), a
dieta controlada e a ingestão de água deve ser estimulada para que sempre haja um
grande fluxo de urina, evitando-se assim a chance dos cristais se unirem novamente.
Antibióticos também são usados.
Os animais que já tiveram cálculos ou são predispostos ao seu
aparecimento (apresentam cristais na urina) devem fazer o tratamento preventivo e
serem monitorados através de exames de urina freqüentes.
A questão dietética seria relativamente simples, se existisse apenas um
único e mesmo tipo de cálculo no cão, mas este não é, infelizmente, o caso: cálculos
de estruvita (fosfato de amoníaco e magnésio), oxalatos, uratos (no Dálmata), de
cisteína (caso do Teckel), silicatos, carbonatos, entre outros.6
Também
podemos
minimizar
significativamente
a
cristalúria
aumentando o volume urinário, com mudanças dietéticas e drogas apropriadas.
Quando diminuímos a quantidade de magnésio da alimentação, reduzimos a
probabilidade
de
formação
de
cálculos
de
estruvita
(fosfato
amoniomagnesiano). 7
Existem alimentos no mercado que promovem um aumento moderado do teor de sódio
permitindo associar a diluição da urina à sua acidificação. Permitem assim combater de forma eficaz os cálculos de estruvita evitando
simultaneamente
criar
condições
favoráveis
para
a
formação
de
cálculos
de
oxalato
de
cálcio.
O baixo nível de magnésio evita o aparecimento de cálculos de estruvita
(fosfato
amôniomagnesiano),
o
aumento
do
volume
urinário
reduz
simultaneamente a saturação da urina com oxalato de cálcio e estruvita. Trata6
ROYAL CANIN. As pertubações urinárias. E:\Roberta\As perturbações urinárias.htm Acedido em
março de 2007.
7
TILLEY, LARRY P. , SMITH, FRANCIS W.K. Consulta veterinária em 5 minutos, segunda edição
2003 , editora Manole
XXI
se de uma abordagem preventiva global face aos dois principais tipos de
urolitíase e promovem a
acidificação urinária que é desfavorável ao
crescimento bacteriano e inibe a precipitação dos cristais de estruvita por
diminuição da disponibilidade dos íons fosfatos.
2.5 Relato de caso
Guérios et al (1998) analisaram um cão da raça Poodle miniatura, do sexo
masculino, com 10 anos de idade foi atendido no HV da UFPR, em outubro de 1998,
com histórico de polaquiúria, distensão e dor abdominal, e diagnóstico de urolitíase
sem análise laboratorial. O paciente já havia sido submetido a duas cistotomias no
ano de 1997 e no início de 1998 para a remoção de urólitos. Durante este período
vinha sendo tratado para urolitíase de estruvita. Após o exame físico, procedeu-se a
urinálise, bacterioscopia de urina, bioquímica sérica e análise da composição
química do urólito removido na última cistotomia, além de avaliação ultrasonográfica. Os resultados da bioquímica sérica e do hemograma apresentaram-se
dentro da normalidade.
A bacterioscopia foi negativa e a urinálise parcial revelou células do
epitélio renal, cilindros granulosos e cristais de oxalato de cálcio. O urólito enviado
para análise apresentava coloração marrom, forma amorfa, superfície irregular,
consistência pétrea, 720 mg de peso e composição química de oxalato de cálcio. O
exame ultrasonográfico revelou presença de múltiplos urólitos radiodensos na bexiga
urinária.
XXII
Devido aos riscos cirúrgico e anestésico, idade do animal, intervenções
anteriores, possibilidade de remoção incompleta dos urólitos, persistência de causas
primárias predisponentes e principalmente os tamanhos diminutos dos urólitos,
optou-se por procedimentos terapêuticos menos invasivos (GUÉRIOS et al, 1998).
Procedeu-se à desobstrução uretral através da urohidropropulsão,
procedimento que se constituiu da introdução de um cateter uretral, distalmente ao
urólito, para aplicação de solução salina estéril, enquanto a uretra foi ocluída através
de compressão digital pelo reto. Uma vez dilatada a uretra, a compressão digital foi
removida permitindo que o urólito se deslocasse à bexiga urinária. Adicionalmente,
instituiu-se a fluidoterapia para restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico. Tendo em vista
não dispormos de um tratamento para a dissolução dos urólitos de oxalato de cálcio,
como medida terapêutica coadjuvante, foi recomendada dieta litolítica (Hill's
prescription diet canine u/d) a qual induz a polidipsia, pois contém altos níveis de
NaCl. O objetivo desta descrição visou enfatizar a importância da análise química
dos cristais envolvidos nas urolitíases, para instituir-se a terapia adequada, relatando
a composição do urólito, pois os de oxalato de cálcio são mais raros, predominando
os de estruvita.7
3-
A ALIMENTAÇÃO E A UROLITÍASE
7
GUÉRIOS
.
Urolitíase
de
oxalato
de
cálcio:
Relato
de
caso.
calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/veterinary/article/view/3853/3093 Acedido em março de 2006.
XXIII
3.1
A questão alimentar na urolitíase em cães
A alimentação dos animais de companhia também passou por uma
evolução visível nas últimas décadas. Na década de oitenta a maioria deles ainda
era alimentada com os restos de comida de seus proprietários, e poucas indústrias
de rações existiam e investiam no Brasil. Neste ponto, dois fatores contribuíram
para a expansão do segmento, o aumento do poder aquisitivo da população dos
grandes centros e a sofisticação dos padrões de consumo. Por outro lado, a
evolução dos hábitos em favor dos alimentos industriais está associada a um
conjunto de fatores cada vez mais difundidos: alimentação sadia, equilibrada e com
grande variedade de produtos disponíveis no mercado e, principalmente, a
praticidade (PetBR, 2007).8
A ANFAL-PET pontua que o Brasil é o primeiro mercado produtor de
alimentos balanceados para animais de estimação na América Latina e o
terceiro no mundo. O país perde apenas para os EUA e China. Atualmente são
3,2 milhões de toneladas ao ano. Com a grande gama de produtos alimentícios
para animais de companhia disponíveis para o consumidor, os proprietários
começaram
balanceados,
a
escolher
entre
oferecessem
aqueles
vantagem
que,
alem
adicionais
de
como
nutricionalmente
palatabilidade
e
qualidade de matéria prima, ausência de aditivos químicos condenados na
alimentação humana, corantes alimentícios, etc. Para atender a estes
consumidores, surgiram os alimentos diferenciados, denominados prêmium e
superprêmium.9
8
PETBR, A força dos nutrientes. Disponível em: http://www.petbrasil.com.br, Acesso em março de
2007.
9
PETBR, A força dos nutrientes. Disponível em: http://www.petbrasil.com.br, Acesso em março de
2007.
XXIV
A indústria da alimentação animal está tão afinada a indústria de
alimentação humana que a denominação “ração”, largamente utilizada para
expressar “dieta balanceada” em outras produções animais, como aves e suínos, é
substituída, neste segmento, pela expressão “alimentos completos”, ou “alimentos
especiais”. Esta denominação foi oficializada pelo Ministério da Agricultura (2002),
através da Instrução Normativa nº 8, de 11 de outubro de 2002, que fixa padrões de
identidade e qualidade de alimentos completos e de alimentos especiais destinados
a cães e gatos.
A qualidade da indústria de alimentação animal no preparo dos alimentos
balanceados é tão exigente quanto à fabricação de alimentos para o consumo
humano. Todo o processo é estudado para oferecer um produto que satisfaça
plenamente a um mercado sempre exigente. Quando a matéria-prima chega à
fábrica, técnicos examinam a qualidade dos cereais, carnes e peixes e já iniciam a
separação os produtos de acordo com a análise de suas características nutricionais,
bacteriológicas e de digestibilidade predominantes. Tudo deve passar por um
controle rigoroso que vai determinar se as matérias-primas estão de acordo com as
exigências para entrar na composição dos produtos. As linhas de produção são
totalmente automatizadas e asseguram a precisão na dosagem dos ingredientes,
eliminado o risco de erro humano e evitando também o contato físico com os
ingredientes. Além do controle sanitário oficial, as indústrias mantêm seu próprio
sistema de análise em diferentes fases do processo de produção (PetBr, 2006).10
10
PETBR, A força dos nutrientes. Disponível em: http://www.petbrasil.com.br, Acesso em março de
2007.
XXV
Na formulação dos alimentos premium e superpremium existem uma série
de substâncias e componentes que fazem desse grupo uma alimentação super
balanceada e saudável, com casa vez mais inovações para melhor adaptação para
cada tipo, idade e diferentes raças de animais. Dentre esses componentes estão: os
prebióticos, os oligossacarídeos, betacarotenos, vitamina E, vitamina C e fontes de
proteína animal de altíssima absorção.
Gibson e Roberfroid (1995), definem prebiótico como ingredientes
nutricionais não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, estimulando
seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas
intestinais, melhorando a saúde do seu hospedeiro.
Para uma substância ser classificada como prebiótico, ela não pode ser
hidrolizada ou absorvida na parte superior do trato gastrointestinal, e deve ser um
substrato seletivo para um limitado número de bactérias comensais benéficas do
cólon, as quais terão crescimento e/ou metabolismo estimulados, sendo capaz de
alterar a microflora intestinal favorável e induzir a efeitos benéficos intestinais ou
sistêmicos, ao hospedeiro. (Dionizio et al, 2002)11
No intestino delgado os oligossacarídeos (FOS) são resistentes à ação
das enzimas intestinais e pancreáticas. Neste local os FOS têm um efeito osmótico
por sua capacidade de retenção água. Estas moléculas de oligossacarídeos que não
são digeridas nem absorvidas no intestino delgado, alcançam o intestino grosso
onde são fermentados pelas bactérias anaeróbias que compõem a flora intestinal,
11
GIBSON G.R., ROBERFROID M. B. (1995) Dietary Modulation of the Human Colonic Microbiota:
Introducing the Concept of Prebiotics. J.Nutr.,125:1401-12.
XXVI
produzindo grandes quantidades de ácidos graxos voláteis, como o ácido acético,
ácido propiônico e ácido butírico, além de gás carbônico, amônia e hidrogênio.
Como resultado, o pH no lume do intestino grosso torna-se bastante ácido (Otero,
2003).12
A microflora intestinal desempenha inúmeras funções no organismo
humano e animal, muitas das quais ainda estão sendo desvendadas; mas são
consideráveis as evidências de seu desempenho na proteção do organismo contra
infecções e outras doenças, por bloquear a colonização de microrganismos
patógenos e estimular a resposta imunológica local. Além disso, efetua diversas
atividades enzimáticas, contribui para o fornecimento de vitaminas e minerais e
participa no metabolismo de substâncias que fazem parte da circulação enterohepática, facilitando a digestão e, provavelmente, induzindo à regularização dos
movimentos peristálticos. (Oliveira e Batista, 1999).13
O beta-caroteno é um dos muitos carotenóides precursores da vitamina A
e, por isso, é designado pró-vitamina A, transportado no sangue primariamente pelas
LDL. Antioxidante, lipossolúvel, é um potente seqüestrador do oxigênio singlet (uma
molécula altamente reativa capaz de ocasionar enormes danos celulares.),
principalmente em baixas pressões de oxigênio (Batlouni, 1997).
12
OTERO, R. M. L., Oligosacáridos Como Ingredientes Funcionales: Prebióticos.Disponível em:
http://www.icofma.es, Acesso em março de 2007.
13
OLIVEIRA, S. C. M., BARBOSA, J. F. MALUF, W. R. Tupinambor (helianthus tuberosus) - a
alcachofra que adoça a sua vida UFLA, Boletim Técnico de Hortaliças No 40, 1a edição Novembro
1999.
XXVII
A vitamina E, cuja forma mais prevalente e ativa é o alfa-tocoferol, é o
antioxidante lipossolúvel predominante nos tecidos. Estudos laboratoriais
demonstraram que a vitamina E é um antioxidante extremamente potente, que
captura os radicais peroxila, interrompendo a cadeia de peroxidação lipídica.
Protege os lipídeos poliinsaturados da lesão pelos radicais livres e parece
essencial à proteção das lipoproteínas circulantes e ao funcionamento
adequado das membranas celulares (Batlouni, 1997).14
Além de prevenir a peroxidação lipídica, a vitamina E parece exercer
outros efeitos nos fatores de risco cardiovasculares. Reduz a adesão e a agregação
plaquetária, inibe os fatores de coagulação dependentes de vitamina K pela porção
oxidada da vitamina E2-quinona, bem como a estimulação da produção de
endotelina e atenua a inibição da produção de óxido nítrico mediada pela LDL
oxidada (LDL-ox). Uma propriedade da vitamina E, compartilhada pelo probucol, é a
inibição da secreção de Interleucina-1 (IL-1) pelos monócitos, inibindo a proteína
quinase C, enzima importante nos eventos precoces da ativação celular. A IL-1 está
envolvida na proliferação de células musculares lisas e na diferenciação de
monócitos, e seus níveis estão acentuadamente aumentados nas lesões
arteroscleróticas. (Batlouni, 1997).15
Em cães, a vitamina E talvez seja o antioxidante mais estudado.
Segundo o fornecimento mínimo recomendado de vitamina E, para se obter o
benefício do efeito antioxidante é necessário uma complementação de 5 a 6
vezes mais do que a quantidade recomendada pela AAFCO (1994), que é em
torno de 50 mg por quilo de matéria seca.
14
BATLOUNI M. Hipótese Oxidativa da Aterosclerose e Emprego dos Antioxidantes Na Doença
Arterial Coronária. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 68: 1997 .
15
BATLOUNI M. Hipótese Oxidativa da Aterosclerose e Emprego dos Antioxidantes Na Doença
Arterial Coronária. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 68: 1997 .
XXVIII
Dzanis (2003) cita que as doses efetivas de vitamina E para cães e
gatos ainda não estão bem estabelecidas.
Segundo Dzanis (2003), estudos em curtos períodos mostraram que a
suplementação de vitamina C para cães e gatos, em dosagens de 0,3 a 0,5 g
dia, por animal, respectivamente, não mostraram nenhum efeito adverso,
entretanto, a utilização por longos períodos pode aumentar o risco de urolitíase
por cálculos de oxalato de cálcio.
CONCLUSÃO
Observou-se neste presente estudo a importância do manejo dos cães para o
tratamento da urolitíase, salientando que embora alimentos funcionais tenham
comprovação científica quanto à efetividade de seus efeitos benéficos para cães,
precisam ser avaliados em ensaios de curta e longa duração. Já o aumento da
diluição urinária e a redução do magnésio da alimentação tem um resultado
excelente na redução de incidências dos dois principais tipos de cálculos urinários, o
de oxalato e o de estruvita. Se levarmos em conta a predisposição genética que
aumenta muito as chances do aparecimento da urolitíase, podemos prevenir o
aparecimento dos cálculos proporcionando uma alimentação balanceada e práticas
saudáveis de rotina do animal, como saídas mais freqüentes para evitar a
concentração da urina. Para os animais que já apresentam o problema ou tenham
recidivas, devemos fazer uma alimentação especial com rações que já existe no
mercado e acompanhamento periódico pelo médico veterinário com exames de urina.
XXIX
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XXXII
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MANEJO DE CÃES COM UROLITÍASE Roberta do