Lição 4
19 de Outubro a 25 de Outubro
Lições do Santuário
Sábado à tarde
LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Êxodo 40:9 e 10; Levítico 19:2; I Pedro 1:14-16; Êxodo 31:2-11;
Romanos 3:25-28; I Reis 8:31-53; Salmo 73:1-17.
VERSO ÁUREO: “E Me farão um Santuário, e habitarei no meio deles.” Êxodo 25:8.
O SANTUÁRIO É UM DOS PRINCIPAIS MEIOS USADOS POR DEUS para nos ensinar o significado do
Evangelho. Ao estudarmos o Santuário, durante esta semana, a imagem abaixo vai ser útil. A lição desta semana centra-se em algumas das principais ideias transmitidas pelo Santuário terrestre.
Mais tarde, estudaremos o sistema sacrificial.
Ano Bíblico: Marcos 15 e 16.
SOP: Ciência do Bom Viver (Livro), (Capítulo) A Obra em Favor Intemperantes, (171)
Comentário
Deus ordenou a Moisés acerca de Israel: “E Me farão um Santuário, e habitarei no meio deles” (Êxodo
25:8), e habitou no Santuário, no meio do Seu povo. Durante toda a sua fatigante peregrinação no
deserto, o símbolo da Sua presença acompanhou-os... Assim Cristo estabeleceu o Seu Tabernáculo no
meio do nosso acampamento humano. Estendeu a Sua tenda ao lado da dos homens, para que pudesse
viver entre nós, e tornar-nos familiares com o Seu caráter e vida divinos. “O Verbo Se fez carne, e habitou
entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João
1:14.
Desde que Cristo veio habitar entre nós, sabemos que Deus está relacionado com as nossas provações e
Se compadece das nossas dores. Todo o filho e filha de Adão pode compreender que o nosso Criador é o
Amigo dos pecadores. Pois em toda a doutrina de graça, toda a promessa de alegria, todo o ato de amor,
toda a atração divina apresentada na vida do Salvador na Terra, vemos “Deus connosco”. – O Desejado de
Todas as Nações, pp. 14 e 15 (Ed. P. SerVir).
O LUGAR DA PRESENÇA
Domingo, 20 de Outubro.
De acordo com Êxodo 25:8, qual foi o propósito do Santuário terrestre erigido no deserto? Que
admirável verdade isto nos ensina sobre o amor de Deus por nós?
No Jardim do Éden, o pecado pôs fim ao relacionamento face a face entre Deus e a Humanidade. O
pecado privou os nossos primeiros pais da comunhão imperturbada com Deus. Não obstante, o Criador
ainda deseja atrair-nos para Si mesmo e desfrutar de um profundo relacionamento de aliança com a
Humanidade caída, e Ele deu início a este processo lá no Éden. Séculos mais tarde, ao resgatar Israel do
Egito e ao estabelecer o Santuário e o sistema dos sacrifícios, Deus tomou, uma vez mais, a iniciativa de
trazer a Humanidade de volta à Sua presença.
O Santuário dá, assim, testemunho do desejo incessante de Deus de habitar no meio do Seu povo. Esta é
a ideia de Deus (Sal. 132:13 e 14). O Seu objetivo supremo é restabelecer um relacionamento, e o
Santuário foi o meio, por Si escolhido, para o efeito. O Santuário é a prova tangível da presença de Deus
entre o Seu povo, na Terra.
A partir da descrição feita em Números 2, é evidente que o Tabernáculo estava situado no centro do
quadrado do acampamento, onde, normalmente, no Médio Oriente, o rei teria a sua tenda. Por isso, o
Tabernáculo simboliza a presença de Deus como Rei de Israel.
Os Levitas, entretanto, montavam as suas tendas à volta do Tabernáculo (Núm. 1:53), e as restantes
tribos colocavam as suas um pouco mais afastadas, ao redor, a uma certa distância, em grupos de três
tribos (Núm. 2:2). Este arranjo ilustra, de forma concreta, tanto a proximidade como a distância de Deus.
Um outro propósito do Santuário era prover um local para um sistema centralizado, divinamente
ordenado, de culto de adoração. Devido ao facto de a presença de Deus, no meio do Seu povo, poder ser
posta em causa em função das impurezas e falhas morais desse mesmo povo, o Senhor determinou um
sistema de sacrifícios e ofertas, mediante o qual pessoas indignas tinham a possibilidade de viver e de
permanecer na presença de um Deus santo.
Desta forma, neste contexto, o Santuário revelava pormenores a respeito do Plano da Redenção, estando
incluídos neste não apenas os sacrifícios, mas também o ministério sacerdotal, que, de igual modo, faz
parte integral desse preciso Plano.
Com o Santuário, o Criador do Universo, Aquele que fez tudo o que foi criado (ver João 1:1-3),
desceu ao nível do Seu povo, para habitar entre viandantes sem abrigo, no deserto. Até que ponto
este facto, só por si, nos deve ajudar a evitar acolher preconceitos étnicos, culturais ou de classe,
contra qualquer pessoa?
Ano Bíblico: Lucas 1 e 2.
Comentário
Na construção do Santuário como morada de Deus, Moisés foi instruído a fazer tudo segundo o modelo
das coisas no Céu. Deus chamou-o ao Monte e revelou-lhe as coisas celestiais; e o Tabernáculo foi, em
todos os seus pertences, modelado à semelhança delas.
Assim, Ele também revelou a Israel onde desejava fazer a Sua morada, o Seu glorioso ideal de caráter. A
norma deste caráter foi-lhes mostrada no Monte, quando a Lei foi dada a partir do Sinai, e quando Deus
passou diante de Moisés e este proclamou: “Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em
iras e grande em beneficência e verdade.” Êxo. 34:6.
Mas, por si mesmos, não eram capazes de atingir este ideal. Aquela revelação no Sinai apenas poderia
impressioná-los com a sua necessidade e incapacidade. O Tabernáculo, com os seus sacrifícios, deveria
ensinar outra lição – a lição do perdão do pecado e do poder de obediência para a vida, através do
Salvador.
Através de Cristo deveria cumprir-se o propósito do qual o Tabernáculo era um símbolo – aquela
construção gloriosa, com as suas paredes de ouro reluzente refletindo, em matizes do arco-íris, as
cortinas bordadas de querubins; o aroma do incenso, sempre a queimar, a invadir tudo; os sacerdotes
vestidos de branco imaculado, e no profundo mistério do compartimento interior, acima do Propiciatório,
entre as figuras de anjos prostrados em adoração, a glória do Santíssimo. Em tudo Deus desejava que o
Seu povo lesse o Seu propósito para o ser humano. Era o mesmo propósito apresentado pelo apóstolo
Paulo, muito mais tarde, falando através do Espírito Santo:
“Não sabeis vós que sois o Templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o
Templo de Deus, Deus o destruirá; porque o Templo de Deus, que sois vós, é santo.” I Cor. 3:16 e 17.
Grande foi a honra e o privilégio concedidos a Israel na edificação do Santuário; e grande também foi a
responsabilidade. Uma estrutura de extraordinário esplendor, que exigia para a sua construção os mais
custosos materiais e as maiores aptidões artísticas, deveria ser construída no deserto por um povo
acabado de sair da escravidão. Parecia uma tarefa estupenda. Mas Aquele que havia dado o plano da
construção empenhou-Se em cooperar com os construtores. – Educação, pp. 35 e 36.
“SEDE SANTOS”
Segunda, 21 de Outubro.
“Então tomarás o azeite da unção, e ungirás o Tabernáculo, e tudo o que há nele; e o santificarás,
com todos os seus vasos, e será santo. Ungirás, também, o altar dos holocaustos, e todos os seus
vasos; e santificarás o altar; e o altar será uma coisa santíssima.” Êxodo 40:9 e 10.
Êxodo 40:9 e 10 revela que o Santuário devia ser considerado “santo”. A ideia básica de santidade assenta
na separação e na singularidade, em combinação com o pertencer a Deus.
“O cerimonial típico era o elo de ligação entre Deus e Israel. As ofertas sacrificiais destinavam-se a
prefigurar o sacrifício de Cristo e, dessa forma, a preservar no coração do povo uma fé inabalável no
Redentor vindouro. Daí que, a fim de o Senhor poder aceitar os sacrifícios que Lhe ofereciam e de
continuar a Sua presença com eles, e, por outro lado, para que o povo pudesse ter um conhecimento
correto do Plano da Salvação, e uma noção certa do seu dever, era da máxima importância que a
santidade de coração e a pureza de vida, a reverência para com Deus e a estrita obediência às Suas
exigências, fossem conservadas em tudo o que estava associado ao Santuário.” – Ellen G. White, SDABC
(Comentário Bíblico ASD), vol. 2, p. 1010.
Leia Levítico 19:2; I Pedro 1:14-16. Qual é a principal razão invocada para que o povo seja santo?
A santidade de Deus transforma-nos e põe-nos à parte. A Sua santidade é a motivação suprema para a
conduta ética do Seu povo, em todas as esferas da vida (ver Levítico 19), quer se trate da observação de
regras dietéticas (Lev. 11:44 e 45), de respeito pelos sacerdotes (Lev. 21:8), ou de não conformidade com
anteriores desejos pecaminosos (I Pedro 1:14). É óbvio que Deus deseja que cresçamos em santidade, à
medida que nos aproximamos mais d’Ele. Esta transformação só pode ocorrer por meio da entrega
pessoal da nossa natureza pecaminosa e por meio da disposição em fazer o que é correto,
independentemente das consequências.
Pense em si pessoalmente, nos seus hábitos, gostos, atividades, etc.. Quanto daquilo que é e
daquilo que faz seria considerado “santo”? É uma pergunta difícil de responder, não é?
Ano Bíblico: Lucas 3-5.
Comentário
A promessa de Deus é: “Sereis santos, porque Eu sou santo” (Lev. 11:44). A santidade é o reflexo da glória
de Deus. No entanto, a fim de refletirmos esta glória, devemos cooperar com Deus. O coração e a mente
devem esvaziar-se de tudo o que conduz ao erro. A Palavra de Deus precisa de ser lida e estudada com
um sincero desejo de obter dela força espiritual. Esta Palavra é o Pão do Céu. Os que a recebem, e fazem
dela uma parte da sua vida, fortalecem-se em Deus. A nossa santificação é o objetivo de Deus em toda a
Sua conduta para connosco. Ele escolheu-nos desde a Eternidade, para que sejamos santos. Cristo
declara: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (I Tes. 4:3). É também sua vontade que os
seus desejos e as suas inclinações sejam mantidos em conformidade com a vontade divina? – Signs of
the Times, 30 de março de 1904.
A verdadeira santidade é integridade no serviço de Deus. Esta é a condição da verdadeira vida Cristã.
Cristo requer a entrega sem reservas, o serviço não dividido. Exige o coração, a mente, o intelecto e as
forças. O eu não deve ser acariciado. Quem vive para si mesmo não é Cristão. – Parábolas de Jesus, pp.
48 e 49.
Santos sereis, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo. Lev. 19:2.
Santidade não é um arrebatamento, mas uma inteira entrega da vontade a Deus; é viver por toda a
palavra que sai da boca de Deus; é fazer a vontade do nosso Pai Celestial; é confiar em Deus na provação,
tanto nas trevas como na luz; é andar pela fé e não pela vista; é apoiar-se em Deus com indiscutível
confiança, descansando no Seu amor.
O nosso coração é mau e não o podemos mudar. ... Educação, cultura, exercício da vontade, esforço
humano, todos têm a sua própria esfera, mas são impotentes. Eles podem produzir um comportamento
exterior correto, mas não podem mudar o coração; não podem purificar as fontes da vida. É preciso
haver um poder a operar do interior, uma nova vida de cima, antes de o homem poder ser mudado do
pecado para a santidade. Esse poder é Cristo. Unicamente a Sua graça pode despertar as faculdades
mortas da alma e atraí-la a Deus, para a santidade.
Nenhum homem recebe santidade como direito de nascimento ou por qualquer outra concessão
humana. A santidade é um dom de Deus, através de Cristo. Os que recebem o Salvador tornam-se filhos
de Deus. São Seus filhos espirituais, nascidos de novo, renovados em justiça e verdadeira santidade. A
sua mente está mudada. Contemplam as realidades eternas com visão mais clara. São adotados na
família de Deus, e tornam-se semelhantes a Ele, mudados pelo Seu Espírito, de glória em glória. De
pessoas que dedicavam supremo amor a si mesmas, tornam-se pessoas que dedicam supremo amor a
Deus e a Cristo. ... Aceitar Cristo como Salvador pessoal e seguir o Seu exemplo de abnegação – eis o
segredo da santidade. – Maravilhosa Graça (Meditações Matinais, 1974), p. 118.
Manifestar êxtases espirituais sob circunstâncias extraordinárias não é uma prova conclusiva de que
alguém é Cristão. Santidade não é um arrebatamento, mas uma inteira entrega da vontade a Deus; é
viver por toda a palavra que sai da boca de Deus; é fazer a vontade do nosso Pai Celestial; é confiar em
Deus na provação, tanto nas trevas como na luz; é andar pela fé e não pela vista; é apoiar-se em Deus
com indiscutível confiança, descansando no Seu amor. – Atos dos Apóstolos, p. 37 (Ed. P. SerVir).
UTENSÍLIOS DO SANTUÁRIO
Terça, 22 de Outubro.
Leia Êxodo 31:2-11. O que nos ensinam estes versículos sobre o fabrico dos objetos para o
Santuário terrestre? Que ligação há com Génesis 1:2? (Ver também Êx. 25:9.)
De todos os objetos no Santuário, a Arca do Testemunho era o símbolo supremo da presença e da
santidade de Deus. O nome da Arca deriva das duas tábuas de pedra inscritas com a Lei, chamadas o
“testemunho” (Êxo. 32:15 e 16), as quais foram colocadas dentro da arca (Êxo. 25:16, 21).
Em cima da arca estava o Propiciatório (também referido, noutras traduções, como “trono da
misericórdia”), com dois querubins cobrindo o tampo com as suas asas (Êxo. 25:17-21). Também é
apropriado chamar-lhe “a cobertura da expiação”, pois transmite a ideia de que o nosso Deus
compassivo e pleno de graça reconciliou Consigo mesmo o povo e fez todas as provisões para que este
mantivesse um relacionamento de aliança com Ele.
Este era o lugar onde, uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur, em Hebraico), tinha lugar a
expiação pelo povo e pelo Santuário (Lev. 16:14-16). Em Romanos 3:25, o apóstolo Paulo refere Jesus
como sendo a “cobertura da expiação”, (usualmente traduzido por “propiciação” ou “sacrifício da
expiação”), uma vez que Jesus é o lugar da redenção, Aquele por intermédio de Quem Deus fez a
expiação dos nossos pecados.
No Lugar Santo, no primeiro compartimento, o Castiçal dava continuamente luz (Lev. 24:1-4), e o Altar do
Incenso criava um fumo protetor, que escondia a presença de Deus dos olhos do sacerdote (Lev. 16:12 e
13). Sobre a Mesa do Pão da Presença estavam postos doze pães, representando as doze tribos de Israel.
Travessas, panelas, jarros e tigelas (Êxo. 25:29 e 30) também estavam depositados sobre a mesa. Embora
não tenha sido dada muita informação a respeito do significado destes utensílios, parece que
representavam os elementos de uma refeição de aliança (recordando Êxo. 24:11) e serviam como
lembrança constante da aliança de Deus com o povo.
Leia Romanos 3:25-28. Que grandiosa esperança podemos retirar da promessa de salvação “pela fé
sem as obras da lei”?
Ano Bíblico: Lucas 6-8.
Comentário
Diretamente em frente à Arca, mas separado por uma cortina, estava o Altar de ouro, de incenso. O fogo
sobre este Altar fora aceso pelo próprio Senhor, e era conservado religiosamente, alimentado com santo
incenso, que enchia o Santuário com uma nuvem fragrante, dia e noite. Esta fragrância estendia-se por
quilómetros à volta do Tabernáculo. Quando o sacerdote oferecia o incenso diante do Senhor, olhava
para o Propiciatório. Embora não o pudesse ver, sabia que ele ali estava, e enquanto o incenso subia
como uma nuvem, a glória do Senhor descia sobre o Propiciatório e enchia o Santíssimo. Era visível no
Lugar Santo, e frequentemente enchia os dois compartimentos, de modo que o sacerdote não conseguia
oficiar e era obrigado a permanecer à porta do Tabernáculo. – História da Redenção, pp. 154 e 155.
Os pães da proposição eram conservados sempre perante o Senhor como uma oferta perpétua. Assim,
isto tornava-se numa parte do sacrifício diário. Era chamado o pão da proposição, ou o “pão da
presença”, porque estava sempre diante da face do Senhor. Era um reconhecimento de que o homem
depende de Deus, tanto para o pão temporal como para o espiritual, e de que este é recebido apenas
pela mediação de Cristo. Deus tinha alimentado Israel no deserto com o pão do Céu e continuava a
depender da Sua generosidade, tanto para o pão temporal como para as bênçãos espirituais. Tanto o
maná como o pão da proposição apontavam para Cristo, o Pão Vivo, que está sempre na presença de
Deus por nós. Ele mesmo disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.” João 6:48-51. O incenso era
posto sobre os pães. Quando, cada Sábado, era retirado para ser substituído por outro pão fresco, o
incenso era queimado sobre o Altar, em memória, perante Deus. – Patriarcas e Profetas, p. 311 (Ed. P.
SerVir).
Estes dois compartimentos sagrados não tinham janelas para deixar entrar luz. O Castiçal, feito de
puríssimo ouro, era conservado a arder noite e dia, e proporcionava luz aos dois compartimentos. A luz
das lâmpadas do Castiçal refletia sobre as tábuas chapeadas de ouro dos lados do edifício, sobre os
móveis sagrados e sobre as cortinas de belas cores com querubins trabalhados com fios de ouro e prata,
cujo aspeto era glorioso e indescritível. Nenhuma linguagem pode descrever a beleza, a graça e a santa
glória que estes compartimentos apresentavam. O ouro do Santuário refletia as cores das cortinas, que
eram semelhantes às diferentes cores do arco-íris. – Spirit of Prophecy, vol. 1, p. 274.
O CENTRO DA ATIVIDADE DIVINA E COMUNITÁRIA
Quarta, 23 de Outubro.
Leia I Reis 8:31-53. Que mais nos ensinam estes textos sobre a função do Santuário?
Aquando da cerimónia de dedicação do Templo acabado de construir, o rei Salomão apresentou sete
casos de orações específicas que podiam ser oferecidas no Templo. Elas exemplificam a extensa função
do Templo na vida dos Israelitas. O Templo era um lugar para se procurar perdão (v. 30); para juramento
de voto (vs. 31 e 32); para súplica, quando derrotados (vs. 33 e 34); para petição, quando perante uma
seca (vs. 35 e 36) ou outras calamidades (vs. 37-40). Também era o lugar para um estrangeiro orar (vs. 4143), bem como o lugar para implorar a vitória (vs. 44 e 45).
Que o Templo fora projetado para ser uma “casa de oração para todos os povos” (Isa. 56:7) torna-se
evidente no facto de Salomão ter contemplado, como suplicantes, o indivíduo israelita, o estrangeiro e
todo o povo.
O Santuário era o centro ideológico de toda a atividade em Israel. A religião não era parte da vida
do crente, nem sequer era uma parte importante; era toda a sua vida. O que nos diz isto sobre a
função que a fé deve desempenhar também na nossa própria vida?
Quando as pessoas queriam receber conselhos ou julgamento ou estavam arrependidas dos seus
pecados, iam ao Santuário. O Santuário era também o centro de onde irradiava toda a vida de Israel,
durante os anos passados no deserto. Quando Deus pretendia comunicar-Se com o Seu povo, fazia-o a
partir do Santuário (Êxo. 25:22). Por isso, era apropriado que fosse chamado a “tenda da congregação”
(por exemplo, Levítico 1:1).
Pense na sua vida de oração. Que profundidade, riqueza, afirmação de fé e transformação de vida
inclui? É provável que a primeira pergunta que precisa de fazer a si, pessoalmente, seja: Quanto
tempo passo em oração?
Ano Bíblico: Lucas 9-11.
Comentário
A humildade de Salomão quando começou a governar, quando reconheceu perante Deus: “Sou ainda
menino pequeno” (I Reis 3:7), o seu evidente amor a Deus, a profunda reverência pelas coisas divinas, a
sua desconfiança em relação a si mesmo e a exaltação do Infinito Criador de tudo – todos esses traços de
caráter tão dignos de imitação – foram revelados durante os serviços relacionados com a conclusão do
Templo, quando durante a sua oração de dedicação ele se ajoelhou, prostando-se na humilde posição de
suplicante. Os seguidores de Cristo hoje devem guardar-se da tendência de perder o espírito de
reverência e piedoso temor. – Profetas e Reis, p. 29 (Ed. P. SerVir).
A oração oferecida por Salomão, na dedicação do Templo, exalava sentimentos da mais elevada piedade,
misturados com profunda humildade.
Em tudo o que foi dito durante os serviços de dedicação, Salomão procurou remover da mente dos que
estavam presentes as superstições em relação ao Criador, que tinham obscurecido a mente dos pagãos.
Ele disse-lhes que o Deus do Céu não é como o deus dos pagãos, que estão confinados aos templos
construídos para eles, mas que o verdadeiro Deus Se reuniria com o Seu povo, através do Seu Espírito,
quando se reunissem na Casa dedicada à Sua adoração. O Senhor visita o Seu povo nos seus lares, ou
onde quer que estejam, e anima-os com revelações especiais da Sua bondade. E, em qualquer lugar, os
filhos de Deus têm o privilégio de adorar o seu Pai Celestial. – Review and Herald, 30 de novembro de
1905.
Devido aos pecados de Israel, a calamidade que Deus disse que viria sobre o Templo, se o Seu povo se
afastasse d’Ele, cumpriu-se algumas centenas de anos após a construção do Templo. Deus prometeu a
Salomão, se ele permanecesse fiel, e se o Seu povo obedecesse aos Seus mandamentos, que aquele
glorioso Templo permaneceria para sempre, em todo o seu esplendor, como evidência da prosperidade e
das exaltadas bênçãos que recaíam sobre Israel, devido à sua obediência. – Spiritual Gifts, vol. 4a, p.
114.
Tal como os patriarcas da Antiguidade, os que dizem amar a Deus devem construir um altar ao Senhor,
onde quer que armem a sua tenda. Se houve um tempo em que cada casa deve ser uma casa de oração,
esse tempo é hoje. Pais e mães devem muitas vezes erguer o coração a Deus em humilde súplica por si e
pelos seus filhos. Que o pai, como o sacerdote da casa, deponha sobre o altar de Deus o sacrifício da
manhã e da tarde, enquanto a esposa e os filhos se unem em oração e louvor. Numa casa assim, Jesus
gostará de permanecer.
De todo o lar Cristão deve resplandecer uma santa luz. O amor deve revelar-se nas ações. Deve irradiar
de cada relação doméstica, mostrando-se através de uma profunda bondade, de uma cortesia amável,
abnegada. Há lares em que este princípio é vivido, lares em que Deus é adorado e nos quais reina o mais
genuíno amor. Destes lares sobem a Deus as orações matutinas e vespertinas como incenso suave, e as
Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da manhã. – Christian
Education, pp. 221 e 222.
“ATÉ QUE ENTREI NO SANTUÁRIO DE DEUS”
Quinta, 24 de Outubro.
Vez após vez, os Salmos mostram que o Santuário desempenha uma parte significativa no
relacionamento entre os crentes e Deus. Bem conhecida é a firme convicção que David expressou no
final do Salmo 23, ao dizer: “habitarei na casa do Senhor por longos dias” (v. 6). O desejo mais intenso de
David, manifestado no Salmo 27, era o de estar na presença de Jeová, uma presença cuja experiência é
melhor no Santuário. A fim de mostrar quanto prezava o Santuário, David recorreu a uma gama
completa de expressões para se referir a ele, chamando-lhe “Casa do Senhor”, “Templo”, “Tabernáculo” e
“Tenda”. É nesse lugar que se pode meditar e “contemplar a formosura do Senhor” (Sal. 27:4).
As atividades de Deus no Santuário ilustram alguns pontos cruciais: Ele guarda o adorador em segurança
e esconde-o no Seu Santuário, mesmo em tempos de adversidade (Sal. 27:5). Deus providencia um
refúgio seguro e garante paz de espírito a todos os que vêm à Sua presença. Estas expressões associam a
beleza de Deus com aquilo que Ele faz pelo Seu povo. Além disso, o cerimonial do Santuário, com o seu
significado simbólico, demonstra a bondade e a justiça de Deus.
O objeto supremo do mais profundo desejo de David não era simplesmente estar só no Santuário, mas
era que Jeová aí estivesse presente com ele. É por essa razão que David resolve “buscar” a Deus (Sal. 27:4,
8).
Leia o Salmo 73:1-17. Que perceção teve Asaf depois de entrar no Santuário?
No Salmo 73, Asaf abordou o problema do sofrimento. Ele não conseguia entender o aparente sucesso
dos ímpios (vs. 4-12) ao mesmo tempo que os fiéis eram afligidos. Ele próprio quase vacilou (vs. 1-3), mas
ter ido ao Santuário fez, para ele, toda a diferença (vs. 13-17). Aí, Asaf pôde ver o mesmo poder e glória
de Deus que David menciona no Salmo 63:2 e pôde, ainda, reconhecer que as condições do presente
mudariam um dia e a justiça seria feita. Ele conseguia refletir de novo sobre a verdade e receber
confirmação de que, no fim, os ímpios estariam em terreno escorregadio (Sal. 73:18-20) e os fiéis
estariam em segurança (vs. 21-28). Para aqueles que buscam a Deus, o Santuário torna-se num lugar de
confiança, um baluarte de vida, onde Deus os colocará “sobre uma rocha” (Sal. 27:5). Com a verdade que
o cerimonial do Santuário ensina, podemos realmente aprender a confiar na bondade e na justiça de
Deus.
Ano Bíblico: Lucas 12-14.
Comentário
Muitos procuram fazer um Céu para si mesmos, obtendo riquezas e autoridade. “Tratam maliciosamente
de opressão; falam arrogantemente” (Sal. 73:8), pisando os direitos humanos, e desrespeitando a
autoridade divina. O orgulhoso pode, durante algum tempo, ter grande poder e pode ver o êxito em tudo
o que empreende. Mas, no fim, encontrará apenas deceção e desgraça. – Patriarcas e Profetas, p. 94 (Ed.
P. SerVir).
O mundo tornou-se ousado na transgressão da Lei de Deus. Por causa da Sua longa clemência, os
homens espezinharam a Sua autoridade. Fortaleceram-se na opressão e na crueldade contra a Sua
herança, dizendo: “Como o sabe Deus? Ou: Há conhecimento no Altíssimo?” Sal. 73:11. Mas, há um limite
além do qual não podem passar. Perto está o tempo em que atingirão o limite prescrito. Até mesmo
agora quase excederam os termos da longanimidade de Deus, e a medida da Sua graça e misericórdia. O
Senhor interpor-Se-á para vindicar a Sua própria honra, para livrar o Seu povo e reprimir os excessos da
injustiça. – Parábolas de Jesus, pp. 177 e 178.
O Salmista … na sua experiência mudou muitas vezes de opinião. Às vezes, quando obtinha visões da
vontade e dos caminhos de Deus, era grandemente exaltado. Depois, ao divisar o reverso da misericórdia
e do imutável amor de Deus, tudo parecia estar envolto numa nuvem de trevas. Porém, por entre as
trevas, obteve um vislumbre dos atributos de Deus, que lhe deu confiança e fortaleceu a sua fé. Quando,
no entanto, meditava nas dificuldades e no perigo da vida, eles pareciam tão medonhos que pensava ter
sido abandonado por Deus por causa dos seus pecados. Ele encarava o seu pecado sob uma luz tão forte
que exclamou: “Rejeitará o Senhor para sempre, e não tornará a ser favorável?” (Sal. 77:7).
Mas, ao chorar e orar, ele obteve uma visão mais clara do caráter e dos atributos de Deus, sendo
educado por instrumentos celestiais, e chegou à conclusão de que as suas ideias sobre a justiça e a
severidade de Deus eram exageradas. Rejeitou as suas impressões por serem o resultado da sua
fraqueza, da sua ignorância e das suas enfermidades físicas, e uma desonra para Deus, e, com fé
renovada, exclamou: “Isto é enfermidade minha; e logo me lembrei dos anos da dextra do Altíssimo” (Sal.
77:10).
Ele estudou fervorosamente os desejos de Deus, expressos por Cristo, quando esteve envolto na coluna
de nuvem, dados a Moisés para que fossem fielmente repetidos a todo o Israel. Ele trouxe à mente o que
Deus tinha feito para assegurar para Si mesmo um povo a quem pudesse confiar uma verdade sagrada e
vital para as gerações futuras. Deus operou maravilhosamente para libertar mais de um milhão de
pessoas; e enquanto [Asaf] considerava as Suas garantias e promessas feitas a eles, sabendo que eram
para todos os que necessitam delas, assim como eram para Israel, apropriou-se delas, dizendo:
“Lembrar-me-ei, pois, das obras do Senhor: certamente que me lembrarei das Tuas maravilhas da
Antiguidade. Meditarei, também, em todas as Tuas obras, e falarei dos Teus feitos” (Sal. 77:11 e 12).
A sua fé apropriou-se de Deus, e foi fortalecido e encorajado; embora reconhecesse que os métodos de
Deus eram misteriosos, sabia, no entanto, que eram misericordiosos e bons, pois este era o Seu caráter,
tal como tinha sido revelado a Moisés: “E o Senhor desceu numa nuvem, e Se pôs ali junto a ele; e ele
apregoou o nome do Senhor. Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus
misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade” (Êxo. 34:5 e 6).
[Asaf], ao apropriar-se destas promessas e privilégios, decidiu que já não seria precipitado nos seus
juízos, ficando desanimado e abatido, em completo desespero. A sua alma ganhou coragem ao
contemplar o caráter geral de Deus, tal como está demonstrado nos Seus ensinos, na Sua paciência, na
Sua grandeza e misericórdia insuperáveis, e viu que as obras e as maravilhas de Deus não devem ter uma
aplicação confinada. – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 3, p. 1149.
Sexta, 25 de Outubro.
ESTUDO ADICIONAL: Leia, de Ellen G. White, “O Tabernáculo e as Suas Cerimónias”, pp. 303-315, em
Patriarcas e Profetas, ed. P. SerVir.
“Para a edificação do Santuário eram necessários grandes e dispendiosos preparativos. Era necessária
uma grande quantidade dos materiais mais preciosos e caros. Todavia, o Senhor apenas aceitava ofertas
voluntárias. ‘Diz aos filhos de Israel que Me façam uma oferta. Deverão contribuir para essa oferta todos
os que quiserem dar alguma coisa de boa vontade', foi a ordem divina repetida por Moisés à
congregação. A devoção a Deus e o espírito de sacrifício eram os primeiros requisitos no momento em
que se preparava uma morada para o Altíssimo.” – Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 303, ed. P.
SerVir.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
Dedique mais algum tempo à questão da justiça de Deus. Atualmente, vê-se tão pouca justiça
neste mundo! Por que razão, então, sem a esperança suprema da justiça de Deus, não haveria, de
outro modo, nenhuma esperança de justiça?
Alguém escreveu: “O Tabernáculo é um pedaço de terreno sagrado, no meio de um mundo que
perdeu a direção.” Que significado tem isto para si, pessoalmente?
Leia I Pedro 1:14-16. De que maneira compreende a santidade de Deus? Para si, o que significa ser
pessoalmente santo? Como é que podemos tornar-nos santos?
Os filhos de Eli são um exemplo de pessoas que estavam “perto” de Deus, mas que perderam o
apreço pela Sua santidade (I Sam. 2:2-17). Como é que se pode perder o sentido da santidade de
Deus? Que razão torna cruciais a oração, o estudo e a obediência, ajudando-nos a preservar a
noção da Sua santidade?
“A parte mais importante do ministério diário era a oferta efetuada a favor do indivíduo. O
pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do Tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça
da vítima, confessava os seus pecados, transferindo-os, assim, simbolicamente, para o sacrifício
inocente. Pelas suas próprias mãos era então morto o animal, e o sangue era levado pelo
sacerdote ao Lugar Santo e aspergido diante do véu, atrás do qual se encontrava a Arca que
continha a Lei que o pecador tinha transgredido. Através desta cerimónia, mediante o sangue, o
pecado era simbolicamente transferido para o Santuário.” – Ellen G. White, Patriarcas e Profetas,
pp. 311 e 312, ed. P. SerVir. Até que ponto esta citação nos ajuda a compreender as maneiras como
a “salvação pela fé” era revelada no cerimonial do Santuário?
Ano Bíblico: Lucas 15-17.
Leitura Adicional (Comentários de EGW):
Ellen G. White, “O Tabernáculo e as Suas Cerimónias”, Patriarcas e Profetas, pp. 303-316 (Ed. P. SerVir).
Moderador
Texto-Chave: Salmo 27:4-14.
Com o Estudo desta Lição, o Membro da Classe Vai:
Aprender: A compreender na mensagem do Santuário a beleza do caráter de Deus, bem como a Sua
verdade e bondade.
Sentir: Imitar a experiência de David no Santuário.
Fazer: Decidir experimentar não apenas a “oração do Santuário”, mas a “vida do Santuário”.
Esboço da Aprendizagem:
I. Aprender: Beleza, Verdade e Bondade no Santuário
O pedido de David centrou-se no Santuário (Sal. 27:4). Isto tratou-se de uma coisa casual ou era o
objetivo da sua vida?
David desejava “contemplar a formosura do Senhor” refletida no Santuário. O que é que isto envolvia de
facto?
David também desejava “aprender [a verdade de Deus] no Seu Templo”. Qual é a verdade presente da
mensagem do Santuário que deve ser investigada cuidadosamente nestes dias do fim?
David viu “a bondade do Senhor” no Santuário (Sal. 27:13 TIC). Que experiências estiveram incluídas
neste encontro (Sal. 27:6-12)?
A mensagem do Santuário é um modo de vida; é possível entrar agora no Santuário Celestial, com
ousadia, pela fé, e permanecer lá (ver Heb. 4:16; 6:19 e 20; 10:19-22; 12:22-24). Isto refere-se a uma
experiência de oração ou também a alguma coisa mais?
II. Sentir: Tornar Autêntica a Experiência do Santuário
De que maneira podemos tentar igualar o desejo de David de estar no Santuário? Como podemos ter a
experiência da beleza de Deus, da Sua verdade e bondade no Santuário, como estilo de vida?
III. Fazer: Viver a Vida do Santuário
Decidir viver a experiência da “oração do Santuário” e, mais incessantemente, a “vida do Santuário”.
Sumário:
Podemos aprender e experimentar lições de beleza, verdade e bondade no Santuário.
CICLO DA APRENDIZAGEM
1º PASSO – MOTIVAR!
Realce da Escritura: Salmo 27:4.
Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: As lições do Santuário podem ser contidas em três
qualidades – “beleza, verdade e bondade” – que são sintetizadas no cântico de David, dedicado ao
Santuário (Salmo 27).
Só para o Moderador: No Salmo 27:4, David corajosamente identifica o seu único grande objetivo na
vida, o seu único grande pedido: “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do
Senhor, todos os dias da minha vida.” A “casa do Senhor” é outra expressão aplicada ao Santuário. A
única grande busca de David centrava-se no Santuário! No Salmo 27, ele sintetiza a tripla experiência que
desejava ter no Santuário. O versículo 4 apresenta duas facetas dessa experiência: “contemplar a
formosura do Senhor, e aprender [a verdade] no Seu Templo. (A palavra hebraica traduzida por
“aprender” (baqar) refere-se a um exame cuidadoso da evidência, a fim de determinar a verdade sobre
um assunto.) Mais para o final do Salmo (no versículo que serve exatamente de paralelo ao versículo 4),
David aponta com rigor o terceiro aspeto da experiência do Santuário que ele anseia ter: ver “a bondade
do Senhor” (v. 13 TIC). Beleza, verdade, bondade – de acordo com os filósofos – constituem a “estrela
tripla do valor”, aquilo por que vale realmente a pena viver e por que vale a pena morrer. (Ver Ellen G.
White, Patriarcas e Profetas, p. 543, ed. P. SerVir, para obter a mesma ênfase nestas três qualidades.)
David insiste que todos estes valores estão incluídos na mensagem do Santuário. Vamos, durante esta
semana, analisar como tal acontece!
Atividade de Abertura: Pergunte aos membros da Classe: “Se tivessem apenas um pedido a fazer ao
Senhor, um único objetivo a buscar na vida, o que escolheriam?” Dê oportunidade a vários membros de
partilharem as respetivas respostas, e, a seguir, leia a resposta inspirada a esta pergunta no Salmo 27:4,
13.
Pense Nisto: Quando David escreveu o Salmo 27, ele era “um fugitivo a quem se procurava prender,
encontrando ele refúgio nas rochas e cavernas do deserto”. – Ellen G. White, Educação, p. 164. Uma
questão a debater: O foco central no Santuário, por parte de David, era unicamente para este tempo de
circunstâncias especiais, ou manteve-se a paixão da sua vida? (Ver II Sam. 7:1-13; I Crónicas 22, 28; 29:1-9;
e os numerosos salmos de David referentes ao Santuário.)
2º PASSO – ANALISAR!
Só para o Moderador: Vamos olhar, esta semana, para as importantes lições que se podem aprender a
partir do Santuário. Sintetizámo-las sob as categorias mencionadas por David, na sua inclusão inspirada
na experiência que desejava ter do Santuário (Sal. 27:4, 13): beleza, bondade e verdade. O Salmo 27 pode
ser chamado o “Cântico do Santuário” – ele tem mais referências ao Santuário do que qualquer outro
Salmo.
I. Bastião da Beleza
(Recapitule com a Classe o Salmo 27:4.)
A palavra hebraica no’am, aqui traduzida por “formosura”, é um termo dinâmico que descreve a beleza
que toca o observador pelo seu encanto, a sua agradabilidade. David ansiava por contemplar no
Santuário esta beleza do Senhor – uma beleza que o Senhor possui em Si mesmo (no Seu caráter) e
também uma beleza que o Senhor transmite. O salmista escreve noutras passagens: “força e formosura
[estão] no Seu Santuário”; “adorai ao Senhor na beleza da santidade” (Sal. 29:2; 96:9). Há, em hebraico,
pelo menos catorze palavras diferentes para “beleza”, utilizadas pelos autores bíblicos inspirados, ao
descreverem esta experiência estética em ligação com o Santuário.
O Santuário no deserto era uma estrutura magnificente.
“Nenhuma linguagem pode descrever a glória do cenário apresentado dentro do Santuário (…) Tudo isto
não passava de um pálido reflexo dos esplendores do Templo de Deus no Céu.” – Ellen G. White,
Patriarcas e Profetas, p. 307, ed. P. SerVir. Imaginem-se só os metais preciosos: de acordo com Êxodo
38:24 e 25, a construção desta tenda portátil no deserto utilizou mais de uma tonelada de ouro (29
talentos, 730 siclos = 1000kg) e quase 4 toneladas de prata (100 talentos, 1775 siclos = 3440kg). Procure
imaginar a incomparável beleza do Templo de Salomão, o qual, segundo indica Ellen G. White, era “a
estrutura mais magnificente alguma vez feita por mãos humanas” e, no entanto, era apenas um “pálido
reflexo” da “imensidão e glória” do Santuário Celestial. – O Grande Conflito, p. 345, ed. P. SerVir.
Para ajudar a nossa imaginação, repare-se que, segundo I Crónicas 22:14, David reuniu para uso no
Templo 100 000 talentos de ouro – cerca de 3500 toneladas (no valor de milhares de milhões de euros ao
preço dos nossos dias) – e um milhão de talentos de prata – cerca de 35 000 toneladas. Com base na
beleza deste Santuário, aprendemos que (1) Deus é um grande apreciador daquilo que é belo (Êxo. 28:2,
40; II Cró. 3:6); (2) o caráter de Deus, revelado por meio do Santuário, é belo – por exemplo, a Sua
santidade (Lev. 19:2; Sal. 96:9); (3) os caminhos da salvação, traçados por Deus e tipificados no Santuário
(Sal. 77:13), são espantosamente belos; e (4) é desejo de Deus conceder-nos esse mesmo caráter belo (I
Pedro 1:16).
Pense Nisto: Em que aspetos devem os nossos “Santuários” de Igreja (arquitetura e decorações) ser
também belos nos dias de hoje?
II. Templo da Verdade
(Recapitule com a Classe o Salmo 27:4, parte final.)
David não desejava apenas ver a beleza do Senhor no Santuário, mas desejava também “aprender [a
verdade] no Seu Templo”. A mensagem do Santuário não é meramente uma experiência de admirável
beleza; é, de igual modo, uma busca diligente e refletiva da verdade.
Nos 150 Salmos, há em média uma referência explícita ao Santuário por cada Salmo, e essas referências
permitem vislumbres das muitas verdades ligadas ao Santuário, como sejam o culto e o louvor (Sal. 96:9;
150:1), o julgamento (Sal. 11:4 e 5) e a oração (Sal. 28:2). O salmista dirigiu-se ao Santuário quando
tentava compreender a razão por que os ímpios prosperavam enquanto os justos sofriam; e no
Santuário (talvez enquanto olhava o fogo que consumia o sacrifício, representando a divina retribuição
sobre o pecado) “entendi eu o fim deles” (Sal. 73:17). A verdade presente da mensagem do Santuário para
estes dias finais está particularmente concentrada nos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse, os
quais estudaremos em lições posteriores. Cada um de nós deve, por e para si mesmo, estudar a
mensagem do Santuário, buscando compreender diligentemente a sua verdade à luz das Escrituras.
Pense Nisto: Que aspetos da “verdade presente” da mensagem do Santuário são mais centrais e
também mais fortemente contestados nos dias de hoje?
III. Fortaleza da Bondade
(Recapitule com a Classe o Salmo 27:5-13.)
Não basta ver a beleza da tipologia do Santuário ou entender a verdade do Santuário para estes dias
finais. O Santuário não é simplesmente um objeto de contemplação estética ou de estimulação
intelectual. É uma realidade prática. David mostrou de que modo a “bondade de Deus”, encontrada no
Santuário, é experimentada na vida prática. Ele descreve como encontrou proteção e confirmação no
Santuário (vs. 5, 11 e 12), e como esta compreensão o levou espontaneamente a um culto jubiloso (v. 6,
última parte). No ponto mais alto do Salmo, David apresenta o significado supremo do Santuário como
sendo a comunhão pessoal com o Deus do Santuário: “Quando Tu disseste: Buscai o Meu rosto; o meu
coração Te disse: O Teu rosto, Senhor, buscarei” (v. 8). O Salmo dedicado ao Santuário termina com uma
esperança para o futuro, quando a confirmação final surgir juntamente com a plena revelação do Senhor
no Seu Santuário (v. 14).
Pense Nisto:
1. Até que ponto o tema do Santuário é para si, pessoalmente, uma mensagem de beleza, verdade e
bondade?
2. Que relevância tem para a sua vida pessoal a doutrina do Santuário? Em que aspetos ela é uma
realidade viva?
3º PASSO – PRATICAR!
Só para o Moderador: A planta da base do Santuário no deserto tem, na realidade, a forma de uma cruz
(ver o estudo de domingo). A disposição dos variados artigos de mobiliário no Santuário ilustra os passos
principais de ir ao encontro de Jesus e de permanecer em ligação com Ele, em culto e oração. Siga o
sacerdote no “caminho do Santuário”:
Vá à Sua presença (“pelas portas, em seus átrios”) com ações de graças (Sal. 100:4).
Viva a experiência do arrependimento, da confissão e do perdão junto ao altar do sacrifício, o qual é uma
representação da Cruz (Heb. 13:10-13; Levítico 4 – ver a Lição 5).
Descubra a purificação do pecado e a renovação diária na pia de cobre (Tito 3:5, a palavra grega loutron
traduzida por “lavagem” também significa “bacia”).
Descubra o alimento espiritual diário da Palavra de Deus na mesa dos pães da proposição (João 6:48, 63;
Deut. 8:3).
Receba o poder do Espírito Santo no candelabro (Apoc. 4:5).
Faça orações de intercessão no altar do incenso (Apoc. 8:4).
Descubra a purificação profunda junto do trono de Deus, representado pela arca (Lev. 16:30; ver a Lição
6).
Pergunta para Reflexão:
De que modo estes passos coincidem com o princípio da vida Cristã e também com a conservação da
comunhão Cristã?
Pergunta para Aplicação:
De que modo podem estes passos ser aplicados de forma prática na vida de oração diária de uma
pessoa? (Há quem tenha chamado a isto “a oração do Santuário”.)
Atividade: Desenvolva a sua própria “oração do Santuário” com base nos passos atrás delineados.
4º PASSO – APLICAR!
Só para o Moderador: O livro de Hebreus apresenta uma extraordinária lição do Santuário: por meio da
fé, podemos AGORA entrar com ousadia no Santuário Celestial, e “viver” no Santuário Celestial. (Ler Heb.
4:16; 6:19 e 20; 10:19-22; 12:22-24.)
Atividade: Convide os membros da Classe a fazerem a experiência da “oração do Santuário”, conforme a
descrição na secção anterior, e depois, melhor ainda, a escolherem a “VIDA no Santuário”!
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Lição 4 19 de Outubro a 25 de Outubro Lições do