ANO XXXI - Nº. 360 Mês de Outubro de 2012
O CONCELHO DE
VILA VELHA DE RÓDÃO
Publica-se na última semana de cada mês
Registo de Imprensa - Nº 108771
Mensário Regionalista
Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS
PUBLICAÇÕES
PERIÓDICAS
Castelo Branco
TAXA PAGA
Depósito Legal Nº. 4032/84
Director
JOSÉ FAIA P. CORREIA
Número Avulso: 0,80
Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011
31 Anos ao serviço do nosso Concelho
Ao
ANTÓNIO FERNANDO MARTINS
Estimado colaborador do nosso Jornal, em Fratel
A
EDITORIAL
O JORNAL E A
CASA DO CONCELHO
Pág. 2
CASA DO CONCELHO DE
VILA VELHA DE RÓDÃO
ALMOÇO DE
S. MARTINHO
falta de saúde que persegue há vários anos este
nosso amigo obrigou a que passasse grande parte
da responsabilidade que mantinha para com o
nosso Jornal, assinaturas, anúncios e pequenas notícias
no Fratel. Não perdeu, porém, a sua condição de nosso
colaborador, como atesta o bem elaborado artigo, no seu
estilo peculiar, que publicamos com muito agrado noutro
local deste mesmo número.
Sou dos que, com algum exagero, admito, afirmam
que, na nossa terra, somos todos “doidos” pelo Fratel!
Só que, verdade seja, há muitos para quem ser bairrista,
é só de garganta…
Não é esse o caso do António como, felizmente, de
tantos outros conterrâneos nossos: ele é dos que bem
pode orgulhar-se do seu bairrismo porque, durante mais
de 40 (quarenta) anos, se dedicou às causas que
pugnavam pelo engrandecimento da nossa terra e das
suas gentes.
Recordo que, há volta de meio século, quando o Fratel
definhava com a fuga dos jovens inconformados com a
falta de perspetivas quanto ao futuro (triste fim a que
não era estranho o garrote de um inconcebível
isolamento), um grupo de conterrâneos deslocados em
Lisboa e arredores decidiu dar a volta ao destino e ali
criou a Comissão de Festas e Melhoramentos da
Freguesia de Fratel. Como escreveu Fernando Pessoa,
“O Homem sonha, Deus ajuda e a obra nasce” e, desse
sonho, com muita dedicação e aproveitando a dinâmica
popular incentivada pela Revolução de Abril, a obra
nasceu e lá está! O Fratel não morreu… (Num aparte, a
propósito: na nossa terra não há (ainda?) uma única
referência pública a essa abençoada Comissão!!!)
Pois bem, a entrega do amigo António às causas do
Fratel vem já desses tempos, antes ainda do 25 de Abril.
Iniciou então a colaboração com o nosso Jornal, dado
DIA 11 DE NOVEMBRO DE 2012
DOMINGO - 13:00 H
A
Casa do concelho de Vila Velha de Ródão vai realizar o seu
Almoço de S. Martinho, destinado aos seus associados e
assinantes do jornal “ O Concelho de Vila Velha de Ródão”,
no próximo dia 11 de Novembro, na Casa do Sabugal, em Lisboa
- Av. Almirante Reis, 256 - 2º Esq.º.
A ementa inclui acepipes variados, sopa de legumes, novilho
estufado com batata cozida e legumes, sobremesa e bebidas.
Naturalmente não faltarão as castanhas assadas e animação durante
a tarde. O preço é dez euros por pessoa.
Os interessados podem fazer a sua inscrição até ao dia 7 de
Novembro para os telemóveis seguintes: 967018215 - 966182289 967285439
AOS SENHORES ASSINANTES
Com alguma frequência, recebemos jornais devolvidos pelos CTT, alegando “endereço insuficiente”,
“não existe”, “desconhecido”, “mudou-se”, etc., etc.
Solicitamos aos nossos assinantes que, sempre que não recebam o jornal, contactem a Direção
para corrigir a morada ou averiguar o que se passa, junto dos CTT.
Cont. Pág. 2
Ler é tão
importante
eé
tão bom!
(LER é um
PRAZER!)
PRÉMIO NOBEL DA PAZ
atribuído à
UNIÃO EUROPEIA
Pág. 6
Pág. 7
ESEL - Apresentação do livro
“Quadros da vida rural...”
Pág. 5
PASSEIO
FOTOGRÁFICO
Pág. 11
2
OUTUBRO DE 2012
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
Cont. 1ª Pág.
Editorial
O JORNAL
E
A CASA DO
CONCELHO
O
nosso jornal entra este
mês no seu 31º ano de
publicação. Desde o seu
primeiro número, em Outubro
de 1982, até Outubro de 1990,
administrado e dirigido pelo seu
fundador, Domingos Alves Dias
e, desde então até à presente
data, sob a administração e
direção da Casa do Concelho de
Vila Velha de Ródão, seu atual
proprietário.
No próximo mês de
Dezembro, de acordo com os
seus estatutos, a Casa do
Concelho de Vila Velha de Ródão
vai eleger os Corpos Sociais para
o triénio 2013/2015. Como é do
conhecimento dos nossos
associados, a maioria dos
elementos que integram os
atuais Corpos Dirigentes
desempenham as suas funções
há já vários mandatos e, pareceme que seria muito oportuno
providenciar agora a sua
substituição por outros
associados.
O movimento associativo
regionalista não vive os seus
melhores dias, mas penso ser
possível
manter
alguma
atividade na Casa do Concelho e
continuar a desenvolver uma boa
cooperação com a nossa
autarquia, assente na defesa
dos interesses e das tradições
do nosso concelho.
Gostaria também de manter
a publicação do nosso mensário
regionalista “O Concelho de Vila
Velha de Ródão”, pois creio que
se trata de um interessante
meio de comunicação entre
todos os Rodenses espalhados
pelo país e pelo mundo. Porém,
a queda da Casa do Concelho de
Vila Velha de Ródão, implicaria,
certamente, a extinção do
nosso querido jornal.
É minha convicção, no
entanto, que haverá muitos
associados interessados em
continuar com a nossa Casa bem
viva e, nesse sentido, apelo a
todos aqueles que queiram
colaborar, que contatem a
Direção para, em conjunto,
prepararmos
uma
lista
candidata aos Corpos Diretivos,
a eleger nas eleições de
Dezembro próximo.
Elísio Carmona
(Presidente da Direção da
Casa do Concelho)
ANTÓNIO
FERNANDO
MARTINS
também à estampa nessa época, no qual, para além da angariação
e cobrança de assinaturas e de anúncios, escreveu artigos de raro
brilho e ainda hoje recordados por muitos.
Já no Fratel, depois de aposentado, foi membro da direção da
Sociedade Filarmónica Fratelense e aqueles que têm memória e
são capazes de reconhecer o mérito a quem o tem, não deixarão de
recordar o seu trabalho empenhado, para além do rigor que punha
nas contas anuais, em que a sua competência era evidente nas
explicações pormenorizadas que, nas assembleias gerais, fazia
questão de dar aos sócios.
O António trabalhou no duro, de sol a sol, até assentar praça
na Armada. Viajou na sua condição de Marinheiro por outros
continentes e às suas qualidades de inteligência e de trabalho juntou
uma mais ampla visão do Mundo. Estudou, completando o curso
liceal, o que lhe permitiu novas oportunidades na vida.
A mesma força de vontade e a determinação com que venceu
na vida fizeram com que ultrapassasse os picos mais graves da
doença que o acometeu. Viu partir a Arlete, nossa conterrânea
também, sua esposa e mãe da sua filha. Esta, com o marido e os
netos que deu ao António, não lhe regateia atenções.
Apesar de tudo, mesmo só, é no Fratel que se sente bem…
Afinal como, felizmente, acontece com muitos outros
conterrâneos nossos, bem pode orgulhar-se do seu bairrismo, no
passado e no presente.
Como diretor, cabe-me agradecer ao António quanto fez a bem
do Jornal, com um reconhecido
BEM HAJA!
COOPERATIVA DE OLIVICULTORES DA
FOZ DO COBRÃO, C.R.L.
LAGAR N.º 7774 - Rua da Fábrica – Lagar
FOZ DO COBRÃO - 6030-155 VILA VELHA DE RODÃO
Contribuinte N.º 507 451 759
CONVOCATÓRIA
Ao abrigo dos estatutos, artºs. 21º e 22º, convoco os sócios da
Cooperativa de Olivicultores da Foz do Cobrão C.R.L., para
reunião em Assembleia-Geral ordinária a realizar no Centro de
Interpretação da Foz do Cobrão, no dia 03 de Novembro (Sábado)
ás 10h00 ou ás 11h00 com qualquer número de presenças, de
acordo com os nºs. 1 e 2 do artº. 22º, dos mesmos estatutos, se
não comparecer á hora marcada, em primeira convocatória,
a maioria dos sócios.
ORDEM DE TRABALHOS
1. Informações gerais.
2. Início da Campanha de 2012-2013.
3. Outros assuntos de interesse.
Foz do Cobrão, 2012-10-09
O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
Ernesto Simões Ferreira
Crónicas de um paraíso à beira do Tejo…
por José Emílio Ribeiro
[email protected]
TIRO-TE A BOINA, Ó RAFAEL…
O
Rafael é um dos tais amigos que tenho
no meu imaginário, com quem por
vezes converso, outras discuto,
algumas vezes concordo, mas de quem também
discordo. É assim uma espécie de conversa de
malucos, em que um diz e o outro logo desdiz,
mesmo que não tenha razões para isso.
Numa destas conversas, farto de políticos,
de políticas, de ditos e mais ditos na Internet
ou nas conversas de café, virei-me para o
Rafael e desabafei com ele: «Rafael, meu
amigo, estou farto disto, estou farto deles, não
aguento mais. Estou velho para mudar de país,
mas, também, emigrar para onde? Isto parece
ser mal geral. Estou a dar em doido, vou-me
passar da mioleira, ainda caio nas mãos de um
psiquiatra».
-Calma aí Zé, respondeu-me o Rafael, tem
calma, as coisas não estão ainda para isso e o
psiquiatra não te resolve nada.
-Isso é o que tu dizes, eu dou em doido
com tanta barbaridade. Os políticos não ouvem
ninguém, estão cegos, surdos, mas não mudos.
Se ao menos estivessem mudos ainda se iam
tolerando, mas vêm todos com a conversa que
a culpa é nossa que gastamos dinheiro a mais
em festas e folias, em luxos supérfluos. Eles
não assumem culpas, sempre foram uns
trabalhadores incansáveis em nosso proveito,
nunca foram corruptos, como diz uma tal
Cândida Almeida, figura alta da justiça (?)
deste país, nós é que somos os culpados. Todos
nos gozam, todos se servem de nós, ninguém
quer perder mordomias, ainda não ouvi
ninguém no parlamento levar a voz contra os
chorudos salários que auferem, nem contra as
mordomias que têm, são todos iguais, da
esquerda à direita, estão ali para se governar,
metade fazia o serviço deles, mas não querem
encurtar o rebanho.
-Pois é amigo Zé, disse o Rafael,
interrompendo a minha cadeia de pensamentos,
tens toda a razão, mas não vai ser o psiquiatra
que te vai valer.
-Talvez não amigo Rafael, retorqui eu,
porque já estarei de tal modo doido que nada
me poderá valer. É que isto só me faz lembrar
o tempo em que os judeus iam para os fornos
crematórios a cantar, sabendo que tinham
morte certa. Nós fazemos manifestações,
grandiosas, mas a comunicação social arranja
como símbolo, não a nossa desgraça, mas a
moça que beija o polícia e, logo a seguir, é a
que se despe em frente da Assembleia da
República que aparece nos jornais. Brincamos
com a nossa própria desgraça. Repara Rafael,
as fortunas que mais cresceram neste país no
último ano são de gente ligada aos bens de
primeira necessidade. Eu tenho medo, sempre
ouvi dizer: é pela boca que morre o peixe…
-Tens toda a razão, o teu país está podre,
vem apodrecendo de há uns anos a esta parte,
deram-vos a liberdade, mas vocês deixaram
que antes prevalecesse a libertinagem, o
oportunismo, o compadrio e a corrupção. Basta
veres o caminho que seguem os governantes
quando deixam as suas funções: altos cargos,
altas remunerações, mas sempre sem deixarem
as altas reformas a que se arvoram com os
direitos, que eles próprios estabeleceram, pelo
pouco trabalho útil que produziram enquanto
governo. São todos iguais, o pior é que ainda
têm por aí quem apenas veja o mal na cor dos
outros e tenha os do seu partido como
imaculados.
-Ó Rafael, e com tudo isso, tu não queres
que eu acabe na cadeira de um psiquiatra?
-Alto, Zé, o que tu precisas está ali sentado
a mesa da esplanada do café, a doutora Daniela.
-Dr.ª Daniela, mas essa é veterinária, ó
Rafael.
É verdade meu amigo, o que tu precisas,
tal como a maioria da gente deste país, é de
um bom veterinário, pois têm sido uns
carneiros, umas bestas, que têm sido
conduzidos ao belo prazer dos políticos. O que
vos falta é coragem para dizer basta, julgá-los
e castigá-los.
Disse-me isto e saiu porta fora da minha
imaginação, nem me deu tempo de lhe
responder, mas sei que ele tem razão, por isso,
como se dizia nos tempos antigos, eu digo:
“Tiro-te a boina, ó Rafael!”
Com a boina na mão continua o meu
paraíso. Deve estar à espera que eu, por
esmola, lhe ligue mais, mas ao tempo em que
escrevo esta crónica ele continua bem áspero
e seco. Não sei mesmo se a azeitona se vai
aguentar com tanta falta de água.
O vinho, esse vai compondo na adega,
enquanto a água-pé já escorre pelos copos para
se juntar às castanhas que estão prestes a sair
do assador! É que isto é o que nos interessa
verdadeiramente; do resto outros que cuidem…
Os campos continuam abandonados, a
agricultura, a parente pobre da nossa economia,
está moribunda, vai abrindo o olho na
esperança que a reanimem, mas também ela
já desvanece com a falta de vontade das
gerações na força de trabalho.
O meu paraíso, como outros paraísos, cada
vez vai sendo menos paraíso e mais inferno…
Outubro de 2012
ÁS Manuel Matas (Foz do Cobrão)
Distribuição de GALPGÁS
FABRICO DE PÃO DE TRIGO, CENTEIO E MILHO
BOLOS DE PASTELARIA, BOLOS FINTOS, DE CANELA,
BROAS DE MEL, BISCOITOS E BORRACHÕES
"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"
Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377
003 - Registo de Imprensa: Nº108771 - Depósito Legal: Nº. 4032/84 - Director: José Faia P. Correia
([email protected]) - Presidente da Direcção da Casa do Concelho: Elísio Carmona
([email protected]) Composição: João Luis Gonçalves Silva ([email protected]). Impressão:
Jornal Reconquista - Castelo Branco. - Colaboradores: Alexandra Fernandes, Ana Martins Camilo, António
Fernando Martins, António Silveira Catana, Elísio Carmona, Emílio B. Pereira Costa, Fabião Baptista,
Joaquim Dias Caratão, Jorge Manuel Cardoso, José Carlos Belo, José Eduardo, José Emílio Ribeiro, Luis
Ribeiro Pires Correia, Manuel Antunes Marques, Maria Dias Belo Carepo, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino.
Sede, Redacção e Administração: Av. Almirante Reis, 256 - 1º. Esqº. - 1000-058 LISBOA - Tel.: 218 494
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* Fax: 219 443 506
OUTUBRO DE 2012
3
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
PERDIGÃO
Fabião Baptista
AO QUE NÓS CHEGÁMOS...
D
ecididamente, o Povo tinha toda a razão, quando, no pretérito
dia 15 de Setembro, saiu à rua, para protestar, veementemente,
contra esta desastrosa política estatal, que nos está sufocando,
isto é, apertando o garrote da austeridade, ao redor do nosso pescoço, até
sermos completamente esganados.
Não há dúvida que o Povo não se enganou (o Povo nunca se engana),
quando premunizou o que vinha aí. Foi um movimento avassalador,
uníssono, espontâneo, patriota, majestoso, sem ser acicatado por sindicatos,
ideólogos políticos ou grupos de pressão. Ali estavam, ombro-a-ombro,
absorvidos pelas mesmas convicções, impulsionados pelos mesmos
sentimentos, galvanizados pela mesma emulação, indiferentes a partidos,
cromatologias ideológicas, a fazerem-se ouvir, na maior, mais serena e
mais convincente manifestação pública de que há memória. Era o Povo
anónimo a vibrar de indignação. Eram famílias inteiras, a fazer ouvir a
sua incontida revolta, contra quem nos está a atrofiar economicamente. E
o Governo, impávido e sereno, indiferente a tudo e a todos, embora vá
dizendo que somos o melhor e mais ativo Povo do mundo, fecha os ouvidos
e prossegue na sua desastrosa política de afrontamento ao Zé povinho.
Será que não há, em Portugal, quem seja capaz de corrigir os desmandos
cometidos há vários anos, de outra maneira que não seja a de sugar os
ordenados, pensões e reformas de quem trabalha ou então já trabalhou e
adquiriu o inalienável direito à sua pensão? Não haverá ninguém que seja
capaz de desatar este imbróglio? Em lugar de se sugar os vencimentos e
reformas, único sustento de milhares de famílias, por que razão não se
corta nas despesas, nas “gorduras” do Estado? Porque não se suprimem
tantas desnecessárias e esbanjadoras Fundações, Institutos, Empresas
Municipais, lesivas Parcerias Público-Privadas, subvenções e partidos
políticos e sindicatos? Porque não se acaba com as escandalosas
remunerações compensatórias, concedidas aos políticos que deixam de
exercer a sua atividade, na política? Porque não se reduzem os deputados,
na Assembleia da República, para 180, como prevê o art.º 151º da
Constituição da República, como até já foi proposto, assisadamente e com
nítido sentido de Estado, pelo líder do PS, António José Seguro? Porque
não se reduz a frota automóvel dos políticos (ministros, secretários de
Estado e deputados) e porque não se faz um espaçamento maior, na
renovação dos semoventes do Estado? Porque se mantêm três exPresidentes da República (Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio)
a receberem ordenados e todas as mordomias e proventos, tal como se
estivessem no ativo das suas funções (automóvel, secretária, motorista,
gasolina, gabinete)? Mas nisto não se pode tocar, não há coragem para se
mexer...
É um monstro devorador, criado por políticos e para políticos. Quem
gerou e vai alimentando, anos a fio, este monstro, não tem capacidade
para o liquidar. Desde o PS, ao PSD, desde o CDS ao PCP, desde o Bloco
de Esquerda aos Verdes, todos o conhecem bem. Todos sabem das suas
vorazes investidas, mas fingem ignorá-lo. Todos afinam pelo mesmo
diapasão, todos executam as mesmas coreografias políticas, estejam eles
no Poder ou Oposição, mesmo quando tudo parece ruir ao seu redor. Esta
a razão porque quando, no transato dia 15 de Setembro, a deputada do
Bloco de Esquerda, Catarina Martins, em frente ao Palácio de Belém,
misturada na multidão, protestava, energicamente, contra o Governo, foi
de imediato vilipendiada, assolada pelo Povo anónimo, com invetivas deste
género: “Esteja calada que vocês são todos iguais, são todos uns gatunos,
uns mentirosos, uns canalhas”. Perante estes “mimos”, que eram gritados
com raiva e fervor, Catarina Martins, bateu em retirada, esgueirou-se
sorrateiramente e o mais rápido possível. Este episódio foi decerto bem
significativo e emblemático, do conceito em que os políticos são tidos,
pelo Povo Português.
Embora seja contrário a este tipo de linguagem, o certo é que não
posso deixar de reconhecer uma certa veracidade, naquelas exaltadas
palavras. Portugal está a afundar-se, cada dia que passa, as FAMÍLIAS
estão a ficar cada vez mais depauperadas e o pior é que não se vislumbra,
pelo menos por agora, quem seja capaz de tomar medidas que nos conduzam
a uma profunda modificação, salvando-nos da ruína.
É um conflito de interesses que grassa por aí. De complexos ideológicos,
de tráfego de influências partidárias, de guerrilha contra a esfinge criada e
só destruída por Édipo. E isto porque muitos dos que agora se queixam,
contra o monstro, são os mesmos que o criaram e o têm alimentado, durante
largas décadas, colocando o País na miséria, na situação caótica em que
ele se encontra neste momento. E agora, quem tem de pagar a crise, é o Zé
Povinho, o qual nada contribuiu para este “tatu quo”.
Neste momento, o que o Povo queria é que houvesse dignidade,
processos honestos, pureza de ideais, novas atitudes e alternativas credíveis,
indo-se buscar o dinheiro, onde ele é esbanjado e não ao bolso de quem
trabalha ou recebe as suas míseras reformas, verdadeiras cobaias de
laboratório, submetidas a ensaios financeiros e sociais.
Para tanto era imperioso que surgisse alguém, desprendido do Poder,
revestido de equanimidade política e com sentido de Estado. Mas isso
será deveras difícil, mais difícil ainda do que encontrar uma mulher virgem,
num lupanar de prostituição...
C
omo foi divulgado no jornal do
passado mês de Setembro, o
GRUPO DE AMIGOS DE
PERDIGÃO leva a efeito o magusto/
convívio no dia 3 de Novembro, sábado.
A iniciativa tem como principal
objectivo reunir todos os conterrâneos e
amigos, os que estão na aldeia e os que
estão fora dela.
A amizade torna a vida mais feliz e,
por isso, mais fácil de ultrapassar os
escolhos que se vão deparando na vida de
cada um de nós. Esta é a minha maneira
de ver as coisas e encarar o mundo. Não
olhar à cor da pele nem à cor do clube, todos
temos qualidades e defeitos.
Por isso, em ambiente de amizade e
compreensão, o Grupo de Amigos deseja
reunir o máximo de sócios, conterrâneos e
amigos, em perfeita harmonia, alegria e
dignidade.
Como já foi anunciado, o convívio terá
como condimentos, entremeada e enchidos
para além das respectivas castanhas. Para
beber não faltará o bom vinho e a jeropiga.
Não faltarão ainda os doces que as senhoras
terão a alegria de confeccionar incluindo,
como não podia deixar de ser, o tradicional
doce da época, as papas.
Para animar um pouco mais a festa não
faltará a música, para que os mais
entusiastas possam fazer o gosto ao pé.
O convívio terá início a seguir ao
almoço, por volta das 14 horas, e se o tempo
o permitir, prolongar-se-á até o desejarem,
dado que temos iluminação.
O mesmo jornal também referia a
Assembleia Geral da Associação no dia 4,
domingo, pelas 14 horas. Contudo, a
pedido de vários sócios que residem longe
da aldeia foi alterada a hora. Assim será
como se descreve.
CONVOCATÓRIA
Nos temos do nº 1 do artº 173 do Código Civil, convoco a Assembleia Geral Ordinária
do Grupo de Amigos de Perdigão para, em Perdigão, na sede da Associação, nº 29
da Rua Central, reunir, pelas 10 horas e trinta minutos do dia 4 de Novembro,
domingo, com a seguinte Ordem de Trabalhos
Ponto 1 - Informação da Direcção;
Ponto 2 - Apreciação, discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento
para o ano de 2013;
Ponto 3 - Outros assuntos de interesses para a Associação.
Se à hora marcada na convocatória não estiverem presentes os sócios suficientes
para obter vencimento, a Assembleia funcionará meia hora mais tarde com qualquer
número de presenças.
A Presidente da Assembleia Geral
Diamantina Ramalhete Ribeiro
Desejamos, pois, que todos os
conterrâneos e amigos, façam o firme
propósito de estar juntos no convívio e
os sócios marquem presença na
Assembleia Geral.
Os telefones para marcação de
presença no convívio são: 272566354,
BANCO LOCAL DE
VOLUNTARIADO DE
VILA VELHA DE
RÓDÃO
P
rocuram-se JOVENS VOLUNTÁRIOS, a partir de
16 anos, no âmbito do voluntariado de proximidade.
O objectivo é integrar jovens em missões efetivas de
proximidade intergeracional, sensibilizá-los para o
envelhecimento ativo e para o fato do isolamento ou solidão.
Juntos podemos conversar, fazer companhia, ler jornais,
revistas, livros, acompanhar nas suas atividades diárias como
fazer compras, ir ao médico, cinema, espetáculos, passeios,
etc.
Dirige-te ao Banco Local de Voluntariado em Vila Velha
de Ródão, ou através do site da Câmara Municipal/Ação Social/
Banco Local de Voluntariado/Ficha de Inscrição
INFORMAÇÃO
No site da Casa do Concelho, http://
ccvvrodao.no.sapo.pt poderá ler a versão
electrónica do jornal, assim como ver um
pouco da história da Casa do Concelho,
do Jornal O Concelho de Vila Velha de
Ródão, e ainda do seu fundador
Domingos Alves Dias.
272105465 e 917482594.
É favor fazerem marcação para
melhor se poder providenciar da
quantidade de alimentos para o convívio.
Pelo Grupo,
Luis Correia
CDRC
FUTEBOL DE 11
FUTEBOL SOLIDÁRIO
R
ealiza-se dia 11 de Novembro - Domingo - em Vila
Velha de Ródão um jogo de futebol entre as equipas
do CDRC e Atalaia do Campo.
Venha assistir este jogo e seja solidário! Traga consigo
um bem alimentar - leite, massa, arroz, açucar, feijão, grão,
... - e a sua entrada será gratuita, revertendo os bens
conseguidos para a LOJA SOCIAL DE VILA VELHA DE
RÓDÃO.
Apareça e traga muitos amigos!
4
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
OUTUBRO DE 2012
O NÚMERO DE PORTUGUESES EMIGRADOS
CONTINUA A AUMENTAR
imagem: http://podbredasociedade.blogs.sapo.pt/21786.html
P
ortugal é, desde o século
XV
um País de
emigrantes. O destino dos
primeiros emigrantes naquela
altura foi o Norte de África. Com
a descoberta do Caminho
Marítimo para a Índia e até finais
do século XVIII, o Oriente foi o
destino de muitos portugueses. A
partir do século XVI, o principal
destino passou a ser o Brasil,
situação que se manteve até aos
anos 50 do século XX. Em
meados do século XIX os
portugueses emigraram também
para outros países da América do
Sul, para o Canadá, Austrália,
Angola, Moçambique, África do
Sul, Rodésia e Congo.
A partir de meados do século
passado verifica-se a grande fuga
para países da Europa: França,
Alemanha, Bélgica, Holanda e
Luxemburgo. Em pouco mais de
duas décadas, o número de
emigrantes
portugueses
ultrapassa os cinco milhões.
Devo confessar, e faço-o com
muito orgulho, que também fui,
ou continuo a ser, um desses
emigrantes.
Saí de Portugal muito novo,
quando tinha que me decidir entre
duas opções: ir para a guerra ou
sair de Portugal. Decidi-me pela
segunda e
em nada me
arrependo, até porque nem
sequer sei, se teria voltado vivo
caso fosse para a guerra .
Embora tenha sido um
emigrante privilegiado, devo dizer
que não foi nada fácil a adaptação
a um País que não era o meu,
com uma língua completamente
diferente, com usos e costumes
que nada têm a ver com os
nossos. Fui privilegiado, porque
tinha a esperar-me o meu irmão,
a quem devo muito, mas
principalmente o não ter passado
pelo drama que viveram a maior
parta dos nossos compatriotas. Fui
ainda bafejado pela sorte porque
concorri e acabei por ser admitido
numa empresa Portuguesa, a qual
servi até à reforma durante
quarenta anos.
Já estava na Alemanha
quando foram assinados os
acordos de emigração entre o
nosso Portugal e aquele País. Os
acordos então firmados, e ainda
hoje são válidos, não foram mais
do que uma venda de mão de
obra portuguesa. A Alemanha,
vinte anos depois do fim da
segunda grande guerra, resolvia
parte do seu problema de falta de
mão de obra. Portugal via-se livre
dos jovens recém-regressados da
guerra colonial para quem não
tinha empregos e estancava o
drama da emigração “a salto” para
França. Por outro lado resolvia os
seus problemas orçamentais,
criando assim uma autêntica fonte
de divisas. Na altura em que
assinou os acordos, o governo de
Português apenas se preocupou
com os aspectos financeiros,
esquecendo que estava a
“exportar” homens e não apenas
mão de obra. O governo da
ditadura apenas se preocupou
com as divisas que diariamente
iam chegar a Portugal. Não foi por
acaso que a então Junta de
Emigração como documentos de
apoio lhes entregava apenas vales
de correio para fazerem as suas
transferências. Acerca de
reagrupamento familiar os
acordos não perdiam uma
palavra. Os dramas vividos para
conseguirem levar para junto de
si as suas mulheres e filhos só
quem os viveu pode avaliar. Da
parte do Governo português,
preocupado apenas com as
remessas não havia qualquer
apoio e havia mesmo a
mentalidade de que, quanto mais
tempo estivessem sem as famílias
mais dinheiro mandavam para
Portugal.
Seguiu-se depois uma nova luta,
este relacionado com os filhos
que,
todos
queríamos
aprendessem a língua e cultura
portuguesa. Outras comunidades,
italianos, espanhóis e gregos
tinham cursos de língua materna
para os seus filhos. Soubemos
depois que isso fazia parte dos
acordos bilaterais com aqueles
países...
A comunidade portuguesa era
muito reduzida, e os alemães, que
continuavam a precisar dos
portugueses para a reconstrução
do País, decidiram pagar a
admissão
professores
portugueses, nas comunidades
onde o número de crianças o
justificassem.
Depois do 25 de Abril, e
quando os alemães começaram a
recusar admitir mais ou a
substituir os que passavam à
reforma, uma vez que nem fazia
parte dos acordos, o governo
português decidiu-se assegurar as
substituições. O ensino de
português era então encarado
como um investimento no futuro.
O actual governo no entanto
vê a coisa de uma forma diferente
e considera o ensino da língua
portuguesa para os filhos dos
emigrantes como um encargo.
Está a reduzir, com tendência
para acabar com os professores,
fazendo assim voltar tudo à
estaca zero.
Como emigrante e como
Conselheiro das Comunidades
Portuguesas, não posso deixar de
estranhar que seja agora este
mesmo governo quem está a
mandar emigrar em massa, os
portugueses. Repete-se assim a
história do governo fascista. Para
cúmulo este mesmo governo
mandou encerrar uma série de
consulados que pelo menos
seriam um ponto de apoio aos
novos emigrantes.
Não quero acreditar que os
senhores Passos Coelho e Vítor
Gaspar estejam desta forma a
pensar em resolver outra vez os
problemas do défice bem como do
descontentamento
dos
portugueses.
Esquecem, se é isso que têm
em mente, que principalmente na
Europa não há falta de mão de
obra nem de técnicos
especializados como havia nos
anos sessenta., e que por isso não
será assim tão fácil arranjarem
emprego. É certo que políticos
menos honestos, poderão ver
com a chegada de imigrantes
uma forma de poderem fazer
chantagem para baixarem os
ordenados e salários. Será que
aqueles governos estão em
concordância com o nosso?
A senhora Merkel afirmou
recentemente que teria trabalho
para todos os técnicos
portugueses. Eu, que conheço
bem a situação de trabalho na
Alemanha pergunto-me o que
fará com os jovens técnicos,
saídos das universidades do seu
País e que estão desempregados?
Será que os vai obrigar a
trabalharem a qualquer preço?
Ou será que os vai mandar a eles
emigrar porque tem quem
trabalha mais barato?
Esta vaga de emigração nada
tem a ver com a dos anos
sessenta. Naquela altura partiram
muitos jovens para trabalharem
nas obras e nas fábricas, por vezes
em condições muito difíceis.
Hoje, aqueles que querem partir
são jovens com formação
académica, que querem de facto
trabalhar , como aquele
enfermeiro de Braga que se
despediu por carta do senhor
FRATEL
CONSULTAS DE:
Homeopatia; Osteopatia;
Fitoterapia; Iridologia
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Presidente da República, mas
querem também viver as suas
vidas. Partem magoados com o
nosso País e certamente que não
vão poupar um cêntimo para
transferiram para Portugal.
Nalguns casos vão também
debater-se com os problemas de
língua mas de uma forma bem
diferente já que pelo menos falam
inglês e devido à sua formação
académica, (nos anos sessenta a
maioria dos emigrantes tinha
apenas a quarta classe). Estes
novos emigrantes facilmente
aprenderão a língua dos países de
acolhimento e terão por isso uma
integração bem mais facilitada.
Viverão as suas vidas, sem terem
que se preocupar com as remessas
para Portugal.
Como disse em nada me
envergonha o facto de pertencer
aos cinco milhões de emigrantes.
Tenho no entanto a noção do
desdém com que somos tratados
aqui por alguns dos nossos
compatriotas. Igualmente não
esqueço que, sobretudo no que
aos direitos fundamentais diz
respeito, somos tratados como
portugueses de segunda.
É por isso que me revolta ver um
ministro, ainda por cima o
Primeiro Ministro de Portugal
mandar estes jovens, que tão úteis
podiam ser ao País, emigrarem.
Repete-se assim, de uma forma
ainda mais dura aquilo que a
ditadura fez para pagar a guerra
colonial. Choca-me ver que
muitos jovens já partiram, cerca
de quarenta mil este ano e muitos
outros partirão, apontam os
prognósticos para mais de cem
mil no próximo ano. Fazem-no
porque, não lhes resta outra
alternativa se é que querem viver
a vida digna a que têm direito.
Lisboa, 24 de Outubro de 2012
José Eduardo
FESTAS DE FRATEL
ATINGIRAM OS
OBJECTIVOS
A
Comissão de Festas de Fratel deste ano, começou por
anunciar que as mesmas seriam mais modestas do que nos
anos anteriores mas que se iriam fazer todos os esforços
para que atingissem os objectivos. Manter vivas as tradições da
nossa terra, agradarem à população e, ao mesmo tempo
conseguirem-se alguns lucros para, como sempre a Sociedade
Filarmónica que por sua vez os vai aplicar em reparações do Lar
da Terceira Idade.
Embora a minha opinião possa ser suspeita até porque faço
parte da comissão de festas e porque não me foi possível estar em
Fratel quando das festas de Setembro, tive o especial cuidado de
ouvir fratelenses acho que não vou exagerar ao escrever que todos
os objectivos foram atingidos.
A nossa Banda, participou com dois concertos, a abrir os festejos
em Agosto e a encerrá-las em Setembro e ficou mais uma vez
provado, através da grande afluência de pessoas ao recinto o prova
que só por si a Banda do Fratel é uma atracção. A prova disso foi a
forma como os fratelenses a receberam durante a arruada do segundo
dia de festas e a forma generosa como contribuíram.
Nas festas de Agosto e de Setembro tivemos dois ranchos de
folclore que como todos sabemos são sempre do agrado das gentes
da nossa terra. Os grupos contratados para animarem os bailes
também agradaram se atendermos os grande número de pessoas
que encheram o recinto até de madrugada. Ouve ainda espaço para
um almoço de confraternização, também este muito concorrido e,
para alguns divertimentos e jogos de carácter bem popular.
Podemos por isso dizer que no aspecto dos festejos em si, eles
constituíram um êxito.
Depois, a sorte também esteve do lado da comissão de festas já
que as noites foram de autentico Verão o que muito contribuiu
para que as pessoas saíssem de casa e fossem à festa.
A comissão optou por fazer apenas alguns petiscos que acabaram
por se vender muito bem, sem que se verificassem desperdícios.
Quero aqui deixar uma palavra de louvor a todos aqueles que,
com o seu trabalho e dedicação, asseguraram que tudo tivesse
funcionado bem.
Tudo isto contribuiu para que o terceiro grande objectivo das
festas de Fratel fosse atingido. Assim, cerca de 80% do produto das
ofertas dos fratelenses acabou por reverter em lucro que como deixei
dito reverteu a favor da Sociedade Filarmónica, nomeadamente do
Lar da Terceira Idade.
Acho que isto é motivo de orgulho para todos aqueles que
trabalhámos na comissão de festas.
As contas destes festejos, nomeadamente o produto do peditório
feito aquando da arruada será, se é que ainda não foi, afixado na
sede da Sociedade Filarmónica, a exemplo do que aconteceu nos
anos anteriores.
Resta-me desejar tudo de bom à comissão do próximo ano.
Lisboa, 24 de Outubro de 2012
José Eduardo
OUTUBRO DE 2012
5
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
O Concelho de Vila Velha de Ródão
-
Notícias da Câmara Municipal
Biblioteca Municipal José Baptista Martins
Aos sábados de manhã na Biblioteca «Ensina-me
a…», em parceria com a Santa casa da
Misericórdia
Dia 10
10H00 – 12H00 – Ensina-me…. a bordar
Com a participação de idosos e cuidadores da
Santa Casa da Misericórdia
Destinatários: Todas as idades
Dia 17
10H00 – 12H00 – Ensina-me… jogos de
antigamente
Com a participação de idosos e cuidadores da
Santa Casa da Misericórdia
Destinatários: Todas as idades
Dia 24
10H00 – 12H00 – Ensina-me…a fazer flores de
tecido
Com a participação de idosos e cuidadores da
Santa Casa da Misericórdia
Destinatários: Todas as idades
-
Drª. Ana Martins Camilo
Casa de Artes e Cultura do Tejo
colaborar dirija-se à BMJBM e obtenha
informações.
Ao longo do mês
Ateliê de desenho e colagem «Olhó bicho!»,
dinamizado por Ana Rita Pires e Mito Elias
Destinatários: Crianças entre os 2 e os 5 anos.
Ateliê de som, pintura e movimento «Pintar
ao som das palavras», dinamizado por Ana
Elisa Aragão
Destinatários: Crianças do 1º e 2º anos do 1º ciclo.
Concurso de soletração «De letra em letra»
Destinatários: Crianças do 3º e 4º anos do 1º ciclo.
Exposições na Biblioteca
Exposição fotográfica «Memórias da Guerra
Colonial»
Org: Biblioteca Municipal José Baptista Martins
em colaboração com a Comissão Organizadora do
VII Encontro dos Ex- Combatentes do Concelho
de Vila Velha de Ródão.
Mural Zoológico Bi-Charada
Dia 9 | 17h30 | Exposição de moda
> Coleções dos alunos do 1º ano de mestrado em Design de
Vestuário e Têxtil – IPCB/ESART de Castelo Branco
Objetivo do mestrado > Pretende-se que os alunos
consigam exercitar e desenvolver a criatividade e o carácter
de investigação, através da experimentação de novas técnicas
e diferentes abordagens do design aplicadas à criação de
uma coleção em nome próprio. Procura-se que os alunos
explorem e apresentem características estéticas e técnicas
que afirmem a sua identidade criativa.
O objetivo é pensar o design de moda de uma forma
mais conceptual, como expressão máxima da liberdade
criativa.
Patente até 30 de Novembro
Dia 10 |21h30| Concerto “ADUFANDO - Sinais da Beira Baixa”, do MUSICALBI
De 20 a 30 de novembro
Troca de livros
Traga livros de que já não necessita e troque-os,
em igual número, pelos que a Biblioteca
Municipal disponibiliza.
Jornal «É absolutamente certo»
Está já a ser distribuído, gratuitamente, na
Biblioteca Municipal o nº4 do jornal de poesia e
recortes de papel «É absolutamente certo».
Entretanto, estão a ser recolhidos poemas e
recortes para o próximo número. Se quiser
EXPOSIÇÃO «MEMÓRIAS DA GUERRA COLONIAL»
ATÉ 17 DE OUTUBRO NA BIBLIOTECA MUNICIPAL
Depois do MASTIÇO editado em 2007,
ADUFANDO, marca o regresso do grupo
MUSICALBI ao mundo discográfico, bem com
o novo concerto para este ano. Baseado em temas
da beira baixa, ADUFANDO pretende levar-nos
numa viagem às vivências, tradições, costumes,
amor, crença, religião, bem como, à fusão entre a
ruralidade da música tradicional e a urbanidade
de diferentes influências musicais. A sonoridade
do MUSICALBI, além da riqueza tímbrica, já
habitual nos últimos trabalhos, remete-nos para
vários ambientes tendo em conta as influências
musicais trazidas pelos seus músicos, e que vão
desde a música africana ao jazz, do reggae ao Soul,
do Pop ao folk irlandês, entre outros.
ESEL - APRESENTAÇÃO DO LIVRO
“Quadros da vida rural...”
N
o passado dia 23, os ex-combatentes do
concelho de Vila Velha de Ródão reuniramse pela oitava vez. A iniciativa integrou a
inauguração da exposição «Memórias da Guerra
Colonial», organizada pela Biblioteca Municipal
em colaboração com a Comissão Organizadora do
VIII Encontro. A mostra apresenta mais de uma
centena de fotografias do espólio particular de
doze ex-combatentes na Guerra Colonial e pode
ser visitada até 17 de outubro.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO «PAGWAGAYA»
D
epois de, no passado dia 1 de outubro, ter
comemorado com os idosos da Santa Casa
da Misericórdia o Dia do Idoso com uma criativa
atividade de elaboração de recortes de papel para
o jornal «É absolutamente certo», a Biblioteca
Municipal José Baptista Martins de Vila Velha
de Ródão promove, no próximo dia 20, pelas
17H00, um encontro com o futuro. Nesse sábado
à tarde, será apresentado na Biblioteca Municipal
o livro «Pagwagaya», pelo seu autor Armando
Frazão.
A ação deste romance de aventuras e ficçãocientífica decorre, em parte, nas Portas de Ródão,
no século XXVII, um tempo em que natureza
deixou de ser generosa e subserviente e na qual o
homem já não reina, sentindo-se antes uma presa
impotente. Segundo o autor trata-se de uma
«aventura repleta de acção e perigos, onde vão
abrir os olhos para a Terra e para as suas criaturas.
Sobretudo vão aprender que nem sempre se pode
fugir.» A entrada é livre.
D
ecorreu no dia 28 de setembro, na Escola
Superior de Educação de Lisboa, a
apresentação do livro «Quadros da vida
rural no território de Ródão, no tempo da
Implantação da República» pela sua autora, a Dr.ª
Maria José Martins, o prof. Dr. António Nóvoa, a
Dr.ª Benedicta Duque Vieira, a presidente da
Câmara Municipal e a anfitriã do evento, a diretora
da ESEL. Marcaram presença nesta iniciativa
personalidades ilustres do panorama cultural
nacional e muitos naturais do concelho residentes
em Lisboa.
A obra pertence à coleção «Vidas e Memórias
de uma Comunidade», coordenada pela Biblioteca
Municipal José Baptista Martins e editada pelo
Município de Vila Velha de Ródão, e conta já com
seis títulos que podem ser adquiridos na Biblioteca
Municipal.
Contin. Pág. 11
6
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
OUTUBRO DE 2012
DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO – 16 DE OUTUBRO DE 2012
A
s crianças do Préescolar
do
Agrupamento
de
Escolas de Vila Velha de Ródão
comemoraram, no dia 16 de
Outubro, o Dia Mundial da
Alimentação. Através de
actividades lúdicas, as crianças
foram sensibilizadas para os
benefícios de uma alimentação
equilibrada e saudável. A
comemoração deste dia especial
contou com a participação das
famílias, que contribuíram com
fruta da época, bem como a
colaboração especial de uma
encarregada de educação que
ajudou na confeção de uma
deliciosa salada de frutas que foi
degustada ao almoço.
A
ssinalámos esta data, na
Biblioteca da nossa
Escola, com duas
histórias adequadas ao tema da
alimentação. Uma da autoria de
José Fanha “O dia em que a
barriga rebentou”, na qual o
autor nos alerta, de uma forma
divertida, para o perigo dos
excessos na alimentação e nos
indica o que devemos comer
para que tenhamos uma
alimentação saudável. Pai
Bisnau, mãe Bisnuca, filhos
Bisnica e Bisneco, constituíam
a terrível Família Bisnau que só
vivia para almoçar. E lanchar. E
jantar. E cear. E comer a todas
as horas do dia.
Nem usavam talheres!
Metiam as mãos, quer dizer,
metiam as asas pelo tacho
adentro e enchiam a boca de tudo
o que conseguiam apanhar.
Todos os dias era o mesmo:
grandes paneladas, muitos fritos
e fritadas, chouriços e
chourições, panelas e panelões
com comidas gordurentas,
batatas fritas e sumos, pastilhas,
gomas e mais, tanto mais que já
ninguém se espantou quando um
dia a barriga do Bisneco
rebentou!
A outra história, para os
alunos mais novos, da autoria de
Jeanne Willis, intitulava-se
“Tarte de mamute”. Um grupo
de homens das cavernas decide
juntar-se para caçar um mamute
pois estavam fartos de “caroços
e tremoços”. Esta aventura, com
muita confusão pelo meio,
despoletou também ela uma
conversa sobre qual o tipo de
alimentação que será mais
apropriada para todos.
Ambas as histórias foram
apresentadas em PowerPoint e
pensamos que foram bastante
motivadoras para a realização de
outros trabalhos na sala de aula.
Estiveram presentes na
Biblioteca da nossa Escola todos
os alunos do 1º Ciclo
acompanhados pelas respetivas
professoras
revelando-se
ouvintes atentos e a sua presença
encheu este espaço de boa
disposição.
Ler é tão importante e é tão bom!
(LER é um PRAZER!)
Como estamos de leituras no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão?
Os dados variam consoante as idades dos alunos em questão. Se nos primeiros anos de escolaridade a
quantidade se destaca, devido a necessidade de estimular a curiosidade e à natureza das obras onde a
ilustração se revela tão importante quanto a mensagem textual, nos anos mais avançados a quantidade de
obras lidas reduz-se, também por conta da dimensão e da complexidade das obras propostas.
Vamos a alguns números que reportam ao ano letivo transato e dizem bem do trabalho que temos
desenvolvido em prol da leitura:
C ic lo s e n v o lv id o s
P ré -e s c o la r
1 º C iclo (1 º, 2 º , 3 º e 4 º a n o s )
2 º C ic l o (5 º e 6 º a n o s )
3 º C ic lo ( 7 º , 8 º e 9 º a n o s )
O b r a s li da s e e x pl or a d a s
32
1 45
24
9
S e s s õ e s d e h o ra d o c o n t o
32 *
3 9 S e s sõ e s (1 º an o ) *
*Hora do conto realizada com carácter regular (uma vez por semana).
AGENDA DE NOVEMBRO
01 de Novembro – Participação na Feira dos Santos
06 de Novembro – Pré-história ao vivo, projecto ANDAKATU
12 de Novembro - Comemoração do dia de S. Martinho - Magusto do pré-escolar
14 de Novembro -Magusto escolar
20 de Novembro - Reunião da rede interconcelhia das Bibliotecas Escolares
21 de Novembro - Torneio Inter-Turmas de Futsal
28 de Novembro - Dia Mundial da Ciência
A estas sessões poderiam referir-se outras atividades desta natureza, associadas à comemoração de dias
festivos (Dia dos Idosos, Dia da Alimentação, Dia das Bruxas, Dia dos Namorados…). Na Semana da
Leitura, durante todos os dias, os alunos lêem obras e/ou contos adequados à idade e ao tema do evento.
Destaque para o pré-escolar e primeiro ciclo onde a criação de leitores se revela fulcral e com a qual
procuramos responder à curiosidade dos alunos com uma variedade de obras sobre diferentes temáticas:
regresso à escola, afetos/sentimentos, estações do ano, profissões, cooperação/solidariedade, família, sentidos,
cores, formas, floresta/ambiente, Natal, sexualidade. O contato precoce com o livro e a leitura de histórias
nestes anos é fundamental para motivar os mais novos para o prazer de ler. E dispomos hoje de livros de
grande qualidade em termos literários e de ilustração, extremamente apelativos que os alunos adoram ler e
reler.
Este trabalho tem vindo a ser feito em estreita colaboração entre os responsáveis pelo Plano Nacional
de Leitura, as Bibliotecas Escolar e Municipal, as Educadoras e os docentes das turmas envolvidas e nos 2º
e 3º ciclos os responsáveis pela disciplina de Português. Os dados numéricos apresentados são uma mostra
do esforço que se tem feito para promover a leitura e criar bons leitores. Os alunos que se deixam “agarrar”
pelo hábito de leitura serão expeditos na compreensão de novas situações com as quais contactam, mostram
uma superior capacidade de explorar ideias e defender posições fundamentadas, como base no
desenvolvimento do seu raciocínio… numa palavra, serão melhores alunos e cidadãos mais conscientes do
seu papel.
As requisições na biblioteca escolar refletem, de ano para ano, este trabalho com os leitores autónomos
a procurarem as coleções próprias para a sua idade e a disputar as novidades que com frequência lhes são
proporcionadas.
OUTUBRO DE 2012
7
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
A ALDEIA CIMEIRA HOJE
(A propósito da Sardinhada!)
José Faia P. Correia*
E
screvemos em artigo anterior que, na Aldeia Cimeira, as casas de outrora eram exíguas e de
construção pobre, raras eram as que eram caiadas, ficando com a pedra de xisto à vista, e nas
quais famílias numerosas se acomodavam como podiam, casebres esses distribuídos por ruas
estreitas que mal davam passagem a um carro de bois.
PRÉMIO NOBEL DA PAZ
atribuído à
UNIÃO EUROPEIA
1. O Prémio Nobel da Paz/2012 atribuído à União Europeia
O Nobel da Paz será entregue pelo Comité Nobel Norueguês, em Oslo, no dia 10 de Dezembro,
aniversário do falecimento de Alfred Nobel, o seu criador. Curiosamente, este sueco tornou-se milionário
por via das numerosas descobertas que fez na área dos explosivos, em especial da dinamite, a qual
inventou em 1866 e passou a ser comercializada em grande escala a partir do final do século XIX.
Talvez impressionado pelo grau de destruição que os seus inventos provocaram, destinou a sua grande
fortuna à criação de uma fundação que deveria financiar, anualmente, cinco grandes prémios
internacionais: quatro destinados a quem se destacasse pelas descobertas nas áreas da Física, da
Química, da Medicina e da Literatura e um para quem mais se empenhasse em prol da paz e da
amizade entre as nações. No seu testamento, Nobel não faz qualquer menção a um prémio em economia.
Cada premiado recebe uma medalha de ouro com a esfinge de Alfred Nobel, na qual é gravado o seu
nome, um diploma e um prémio de um milhão de euros em dinheiro.
O Nobel da Paz é o único que se anuncia e é entregue fora de Estocolmo, por decisão expressa do
fundador dos prémios, sendo que, naquele tempo, a Noruega fazia parte do Reino da Suécia.
2. Em 2012 o Nobel da Paz foi atribuído à União Europeia. Porquê dessaa atribuição?
O Comité Norueguês justificou a atribuição do prémio pelo contributo da União para a paz e democracia
na Europa, nos últimos 60 anos.
De facto, o período de paz em que temos estado a viver na Europa desde o final da Segunda Guerra
Mundial, em 1945, terá sido o mais longo da história do Velho Continente em que se viveu sem
conflitos armados de monta. Para tanto, muito contribuiu a União Europeia (EU), desde a criação, em
1951, da sua primeira antecedente, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), a qual
teve como países fundadores a França, Itália, Alemanha Ocidental, Bélgica, Países Baixos e
Luxemburgo. Em boa verdade, tendo como inspiradores o ministro francês dos Negócios Estrangeiros,
Robert Schuman, e Jean Monnet, que foi o seu primeiro presidente, a CECA foi o primeiro passo
concreto com vista à integração económica, mas também para evitar uma 3ª Guerra Mundial.
Fonte: “Quadros da vida rural no território de Ródão”, de Maria José Martins
Hoje, esses velhos e nada confortáveis casebres deram lugar a casas modernas, algumas até de
certa volumetria e com garagem. Por seu turno, todas as ruas já permitem passagem de automóveis
ligeiros.
3. Da CECA à CEE
É curioso referir que a CECA, tendo como objectivo a integração das indústrias do carvão e do aço dos
países europeus ocidentais, foi com ela que se verificou, pela primeira vez, a transferência dos direitos
de soberania de alguns estados para uma instituição europeia, entre os quais estavam os que se
encontravam sobre controle dos Aliados, vencedores na Segunda Guerra Mundial.
À CECA juntaram-se duas comunidades semelhantes, em 1957, com as quais se fez a partilha de
algumas instituições. Em 1967, pelo Tratado de Roma, todas essas instituições foram reunidas na
Comunidade Económica Europeia (CEE), com a finalidade de estabelecer um mercado comum
europeu. Os Estados signatários foram: a França, Itália, República Federal Alemã, Bélgica, Países
Baixos e Luxemburgo.
À CEE aderiram posteriormente o Reino Unido, Irlanda e Dinamarca (1973), Grécia (1981), e, em
1986, Portugal e Espanha.
4. Finalmente, a União Europeia (EU)
A União Europeia (UE) é uma união económica e política, criada em 1992 pelo Tratado de Maastricht,
e conta atualmente com 27 Estados independentes. A última alteração ao fundamento constitucional da
EU, produzida pelo Tratado de Lisboa, entrou em vigor em 2009.
Os 27 Estados que constituem a União Europeia
Curioso, é que a esmagadora dos fratelenses que ali constroem têm laços à Aldeia Cimeira, diretos
ou por via do cônjuge, um indício do arreigado espírito de bairro desses nossos conterrâneos. É certo
que um ou outro se transferiu para o bairro recentemente construído junto à fonte, mas, ainda assim,
mesmo ao lado daquela parte da aldeia.
Por oposição, acontece que, os que nasceram ou foram criados fora da Aldeia Cimeira, ainda hoje
não se sentem para ali atraídos!
A pintura que se apresenta, da autoria de uma descendente do Fratel, de seu nome Maria Flores, e
a fotografia que reproduzimos referem-se a casas construídas no mesmo local, as antigas e as atuais, e
dão-nos conta do que foi e do que é atualmente a Aldeia Cimeira, porquanto refletem a alteração do
estatuto sócio-económico dos seus residentes ou que ali têm casa. Podemos dizer que, em uma geração
apenas, houve um nivelamento dos estatutos resultante da melhoria geral dos rendimentos, o qual tem
a ver com alguns fatores, de que salientamos: a depreciação, até ao desaparecimento, da pequena
propriedade rural que sobrevivia à custa da mão-de-obra barata, ou seja, já não há em toda a freguesia
a figura do pequeno agricultor, nem do assalariado rural, sendo a população maioritariamente formada
por reformados ou por funcionários de diversa natureza; a democratização do ensino, que passou a ser
gratuito, conjugada com a oferta de transporte desde as mais remotas povoações até às escolas, diminuiu
muito as despesas das famílias com filhos em idade escolar obrigatória e estes têm todos as mesmas
possibilidades de estudar; a aspiração do acesso a empregos nos sectores industrial e dos serviços, com
níveis mais elevados de remunerações.
Ou seja, hoje, no Fratel, somos mais iguais em termos económicos e sociais e, consequentemente,
em oportunidades de vida, o que se traduz numa maior coesão social.
Todavia, é a Aldeia Cimeira que vem organizando, com sucesso crescente, a sua sardinhada
anual, com cada vez mais aderentes de qualquer das outras zonas habitacionais.
Porquê? Ora aí está um interessante assunto para acalorada discussão a que me recuso assistir, mas que
gostaria muito analisar…
*ex-Prof de Sociologia
8
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
OUTUBRO DE 2012
Poetas do nosso Concelho
VERDADES DE
OUTROS TEMPOS
“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!
CRÓNICA DOS LUSÍADAS piquininos
Manuel Antunes Marques
O SERMÃO DE SANTO
ANTÓNIO AOS PEIXES
1
Jesus Cristo, Nosso Senhor
Dissera aos seus seguidores
Para ensinar a graça e o amor
Sois vós os meus pregadores
2
Santo António foi pregador
E tinha o”dom”da pregação
Pregava a Graça do Senhor
Para seu povo ter salvação
3
Sereis todos o “Sal da Terra”
Para impedirem a corrupção
O Sal da Terra o Amor gera
E leva os homens à Salvação
4
Mas se vosso sal não salgar
Depois da vossa pregação
Não há quem se possa salvar
Das trevas duma maldição
5
É preciso saber bem salgar
Pregar a todos a paz e amor
Para toda a gente se salvar
Com a ajuda de um salvador
6
Mas se acaso o sal não salga
Que havemos de fazer disto
Então já ninguém se salva
Por não seguirem Jesus Cristo
7
Se o Sal perder essa virtude
E o pregador a sua doutrina
É o povo todo que se ilude
Não aprende como se ensina
8
Mas quem pregar ao contrário
Que o sal não será para salgar
É de Jesus Cristo adversário
Que será preciso de desprezar
9
Quando esse sal já não salga
Ou a terra não se deixa salgar
Tomaremos uma nova alma
Para irmos pregar para o mar
10
Nosso sermão vai continuar
Mas agora para os peixinhos
Santo António foi para o Mar
Cantar o amor e os carinhos
11
O Maior milagre do Mundo
Aconteceu lá nesta ocasião
Vieram peixes do mar fundo
A pedir ao Santo a salvação
12
Peixes grandes e pequenos
Ouvindo o que o Santo dizia
Todos numa fila e serenos
Como uma santa romaria
13
Pregando a verdade e o amor
E distribuindo a todos o sal
Os peixes ouvem o pregador
Com a sua voz tão doutrinal
14
Chamando aos peixes irmãos
Para não corromperem o sal
Ouviram toda esta pregação
Deste sermão tão celestial
15
Os peixes são as criaturas
Que Deus primeiro criou
No mar, lá pelas funduras
Quem o sal primeiro provou
16
Os homens, a Jonas atiraram
Ao mar quando estava a pregar
Mas os peixes, Jonas salvaram
De novo à terra o foram dar
17
Mas os peixes de todo o Mar
Santo António foram ouvir
Ouviram o Santo a pregar
Para todas as mágoas carpir
18
O Homem que ouve o sermão
Do Santo António português
Dá-lhe Deus sempre salvação
Tem toda a Lisboa a seus pés.
REPÚDIO À
SUJEIÇÃO
São dez mil, identificados
Na pedra fria do Bom Sucesso!
Todos eles foram chorados,
Aquando da ida, sem regresso.
São os mártires do meu País,
Vítimas do chamado Ultramar.
Por lá andei, e Deus quiz,
Conceder-me a Graça de voltar.
Perdi amigos, chorei os dolos!
Quando a dúvida se reporta,
Às cabeças toscas dos tolos,
Convém lembrar,...abrir a porta!...
Agora, decorridos os anos,
Revisto o lado mau da História,
Vendo que nos cobrem de danos,
Somos subjugados por escória?
Sujeição aos acomodados,
Os tais que em traição se ficaram
E depois, não saciados,
Comem do todo que tiraram?
Aquela pedra nos separa!
Sepulcral, resistirá ao Tempo.
Honrar a Pátria, não se compara,
Ao vosso desconhecimento!
Silvério Dias, um ex-artilheiro
que cumpriu, por inteiro.
A LENDA DE
SÃO MARTINHO
Cavalga, em trote certinho
Em dia tempestuoso
O bondoso São Martinho
Um Santo bem virtuoso
Montava um cavalinho
A chuva cai inclemente
Trotava o São Martinho
Quando avista um indigente
Olhando o pobre mendigo
Que seguia p’la estrada
Quase nu e sem abrigo
Naquela manhã gelada
Tendo pena do velhinho
O Santo não hesitou
E com todo o carinho
A sua capa cortou
Movido pela fé santa
A sua espada guardou
Depois entregou a manta
Ao pobre que agasalhou
NÃO SE ESCOLHE
A FAMÍLIA
Aceita-se a família, não tem ´scolha
Mas por escolha aceitam-se os amigos,
Dente de animal dado nunca se olha
Serão estes provérbios muito antigos?
Lágrima que choramos e nos molha
Por nossos entes mesmo os mais antigos,
É sina que nós temos sem escolha
Fazem-nos sentir tristes, doloridos
Torrencialmente chovia
Ficou mal enroupado
P’ra seguir naquele dia
Sem capa, todo encharcado
De repente, a tempestade
Desaparece, o sol raiou
Vem luz, calor, claridade
Que a terra transformou
Este gesto, de bondade
Que o Santo praticou
Ficou p’rá eternidade
Que o povo recordou
Assim, quando me sinto triste e aflita,
É tão bom nos amigos me amparar,
Esta ideia de família tão convicta.
Por isso durante alguns dias
Ano após ano, que passa
Aparecem acalmias
Surge o Sol, com sua graça
Amigos, não devemos descurar,
Só eles nos entendem na desdita,
Mais que a família no desabafar.
O céu, todo venturoso
Irradia esse sol
Tão quente e saboroso
Brilhando como um farol
22 / 9 / 12
Maria da Conceição Gonçalves
Nesta data abençoada
Vai-se à adega, prova o vinho
Come-se a castanha assada
É DIA DE SÃO MARTINHO
Fabião Baptista
por: António Fernando Martins
S
atisfazendo uma vontade muito própria, é com prazer que dedico aos jovens leitores
do mensário “O Concelho de Vila Velha de Ródão” as seguintes palavras, fazendo
votos para que as mesmas tenham efeitos positivos na vida de cada um de vós.
Assim sendo, e em concordância com o tema que escolhi para subordinar este trabalho,
optei por me pronunciar, primeiramente, sobre o criar dos Homens nas terras do concelho
de Vila Velha de Ródão e da freguesia do Fratel, em particular, por ter sido naquela aldeia
que nasci e me fiz homem, para depois enfrentar o mundo em que vivemos, com as
dificuldades conhecidas pelas pessoas cujo passado corresponde aos tempos de outrora,
em que a vida era muito difícil, mormente a dos mais carenciados.
Aquela situação tem tendência a repetir-se na época que actualmente passamos, bastando,
para tal entender, estarmos atentos ao que se passa, diariamente, no que à vida da população
em geral diz respeito, com especial relevo para os mais necessitados, que são cada vez
mais.
Não me esquecendo daqueles tempos de má memória, diga-se em abono da verdade,
deparamos, agora, com espécies de dificuldades diferentes, mas que nos vão conduzir à
vida do “antigamente”, aquela em que os avós da juventude actual foram criados.
Sendo uma das muitas crianças que por aqui foram nascendo até meados do século passado
(como, aliás, já tive oportunidade de atrás o confirmar) e aqui fizeram a sua vida, muitas
delas, até obterem o exame da 4ª classe da instrução primária, sendo que aquele exame
representava o termo da escolaridade obrigatória para jovens, o mesmo era dizer, na opinião
dos homens de trabalho, que aqueles moços, e a partir de então, passavam a estar em
condições de começar a trabalhar, fazendo companhia aos mais velhos e aprendendo com
estes a fazer os trabalhos sazonais, para além de começarem a ganhar dinheiro, de que os
seus pais muito necessitavam.
Em face disso, e seguindo os conselhos daqueles que já tinham passado por situações em
tudo idênticas às dos novos trabalhadores, só lhes restava cumprirem uma de duas condições:
ou seguiam a vida dos próprios pais, normalmente ligada ao campo ou a actividades
artesanais àquele ligadas, ou mudavam de vida. A segunda condição, um sonho que muitos
desses rapazes acalentavam, resumia-se, tão-só, em partir rumo a Lisboa para, e a partir
do momento em que chegassem à cidade capital do nosso país, iniciar o desempenho da
função de marçano – aprendiz de caixeiro, incluindo nessa função tudo o que, nesse tempo,
à mesma dizia respeito. E não eram poucos os deveres aos quais tinham de responder.
Antes que me esqueça, e só para aqueles que não sabiam, esta função era só exercida por
jovens do sexo masculino, muitos dos quais, e já desempenhando essas funções naquela
cidade, conseguiriam dar seguimento, mas agora na vida real, ao sonho que, há muitos
anos, fazia parte do seu espírito e que consistia, em última análise, em prosseguir os
estudos ao nível secundário, sacrificando para tal muitas horas de descanso a que tinham
direito no fim de cada dia de trabalho, já que tinham de frequentar as aulas nocturnas em
colégios particulares, o que implicava terem que pagar do próprio bolso o valor da propina
mensal.
Foi deste modo que muitos daqueles jovens trabalhadores conseguiram dar a volta por
cima às próprias vidas, chegando, muitos deles, às universidades e conseguindo o curso
superior, o qual passou a ser, a partir dessa altura, uma ajuda muito importante no que ao
modo de vida dos próprios jovens dizia respeito, pelo que me atrevo a sublinhar que
aqueles actos merecem ser realçados, independentemente da data em que ocorreram e dos
jovens que os praticaram serem ou não da nossa família, o que, verificando-se, nos deixa
ainda mais satisfeitos.
Paralelamente à existência daqueles jovens, havia outros, que chamamos de minoria, que
o eram de facto, e porquê? Só porque eram filhos de pais com dinheiro bastante para que
aqueles continuassem os estudos a nível superior ao do ensino primário, se a sua vontade
fosse essa, o que, no entanto, era naquela altura e por estas terras bastante difícil de
encontrar, já que poucos eram os pais que reuniam aquelas condições para oferecer aos
respectivos filhos.
Em face disso, as crianças que reuniam aquelas hipóteses eram em número muito reduzido.
Esta situação implicava que as crianças que dela dispusessem, tivessem que mudar a sua
residência, durante o período anual de aulas, para uma das cidades onde era costume
matriculá-las - Castelo Branco ou Lisboa - onde era muito raro alunos desta zona serem
matriculados. Esta realidade compreende-se, bastando avaliar a distância a que se encontram
aquelas cidades do local em que nascemos e vivíamos, para chegar a uma conclusão rápida
e meritória, a qual nos leva a pensar na cidade de Castelo Branco, que recebia a quase
totalidade de alunos então existentes.
É um facto mais que comprovado que nesse tempo não havia as facilidades que hoje se
verificam, não só em matéria de transportes, como em outras matérias que compõem a
vida de muitos portugueses. Porém, este período parece estar no fim, a avaliar pela vida
quotidiana que vamos vivendo em Portugal e que se afigura pior do que o era num passado
não distante.
Sabendo que me alonguei um pouco mais do que era o meu propósito quando comecei
escrevendo algumas verdades que atrás deixo para vossa apreciação, às quais voltarei
quando a saúde e a disposição tal mo permitirem, não posso dar por findo este meu
palavreado sem enviar, e por este meio, respeitosos cumprimentos a todos os meus amigos,
dos quais me despeço com muito carinho… até sempre!
Outubro de 2012
9
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
OUTUBRO DE 2012
haja
SAÚDE
MENOPAUSA e THS
ACNE JUVENIL
A
– ALIMENTAÇÃO PODE AJUDAR
A
Acne é causada por
poros obstruídos que,
ao
infetarem,
aumentam a presença de
bactérias e o crescimento de
fungos na pele. O organismo
produz um sebo lubrificante que
tem como objetivo proteger a
pele e hidratá-la. O aumento
dessa secreção (devido ao
desequilíbrio hormonal) obstrui
mais ainda os poros, o que
resulta no aparecimento de
espinhas. A inflamação da pele
pode gerar nódulos, cistos e
cicatrizes. O tratamento da acne
enfatiza mudanças alimentares,
desintoxicação, identificação de
alergias alimentares e equilíbrio
hormonal.
Os jovens que sofrem de
acne devem seguir uma dieta
rica em: vegetais verde-escuros
ou alaranjados (ricos em
betacarotenos) que auxiliam na
manutenção e reparação da
pele.
Alimentos ricos em fibras
devem ser utilizados para a
eliminação de toxinas que
causam a acne, promovendo a
desintoxicação.
Nozes,
castanhas e amêndoas são de
elevada importância, pois são
ricas em vitamina E e ácidos
gordos essenciais, que são
excelentes para a pele, atuando
como
anti-inflamatórios.
Alimentos ricos em proteínas
são fundamentais para o
tratamento, dando preferência a
carnes magras, feijões, ervilhas,
iogurtes, ovos, peixes.
Devem ser eliminados
refeições prontas, salgadinhos,
snacks, refrigerantes, açúcar,
alimentos ricos em gorduras
saturadas e trans (bolachas
industrializadas p. exemplo),
pois acumulam toxinas. Os
hidratos de carbono de alto
índice glicémico (doces, farinha
Mónica Santo
(Dietista)
branca, açúcar refinado...)
aumentam a produção de
insulina, contribuindo para a
inflamação da pele. Os
alimentos causadores de
alergias alimentares, tais como
leite, trigo, chocolate e frutos do
mar devem ser consumidos com
moderação e sob cautela.
terapêutica hormonal
de substituição (THS)
da menopausa tem mais
riscos do que inicialmente se
pensava. Deve, por isso, ser
feita em casos selecionados e
durante pouco tempo.
Muitas mulheres, quando
entram na menopausa, têm
afrontamentos, os quais podem
ser muito incomodativos, mas
que passam ao fim de dois ou
três anos.
Além disso, com o decorrer
do tempo, os genitais podem
ficar mais secos e mirrados, o
que prejudica a vida sexual.
Pode ainda haver outros
sintomas na menopausa, como
dores
de
cabeça,
irritabilidade, depressão e
insónia.
A terapêutica hormonal da
menopausa substitui as
hormonas que os ovários
deixam de produzir. Pode ser
dada em comprimidos ou em
adesivos.
Geralmente,
esta
terapêutica controla os
afrontamentos e reverte as
O valor da assinatura para o ano de 2012 é de 10,00 euros, para território nacional, e de 12,50 euros
para o estrangeiro. Apelamos para que mantenham os pagamentos em dia, tanto mais que o valor
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Centro de Saúde de V. V. Ródão-ext. Sarnadas-Tel: 272997345
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Estação dos Caminhos-de-ferro de V. V. Ródão -Tel: 272541085
Estação dos Caminhos-de -ferro de Sarnadas de Ródão - Tel: 272997414
Farmácia Pinto -Tel: 272545135
Guarda Nacional Republicana -Tel: 272545121
Junta de Freguesia de Fratel -Tel: 272566187
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Junta de Freguesia de V. V. Ródão -Tel: 272541011
Posto de Informação Juvenil -Tel: 272545295
Alexandra Fernandes
(Médica de família)
As senhoras que têm a
menopausa antes do tempo,
podem ser aconselhadas a fazer
a terapêutica hormonal até aos
50 anos. Isto previne a
osteoporose e não parece ter
riscos significativos.
Jogos Olímpicos
SENHORES ASSINANTES:
Informamos que o pagamento de assinatura do jornal, ou quotas da Casa do Concelho, poderá ser feito por
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Em alternativa os pagamentos poderão ser efectuados nos nossos colaboradores, nos seguintes locais:
• Vila Velha de Ródão: Mota & Barreto Cont. Ldª - Tel: 272 545 553 • Foz do Cobrão: Octávio
Sotana Catarino
• Sarnadas de Ródão: Emílio B. Pereira da Costa - Tel:272 997 793 • Perais: Maria Dias Belo Carepo
- Telem: 962 788 650
• Fratel : Odete Martins, na Cooperativa de Pequenos e Médios Agricultores da Freguesia do Fratel,•
• Lisboa: Envio de cheque ou vale postal para: Casa do Concelho de Vila V. de Ródão - Av. Almirante
Reis, 256 – 1º Esq. - 1000-058 – Lisboa (Neste caso, a Fact.ª / Recibo será enviada posteriormente)
alterações dos genitais. Além
disso, quando tomada durante
vários anos, ajuda a prevenir a
osteoporose e o cancro do
intestino.
Infelizmente, a terapêutica
hormonal da menopausa
aumenta o risco de várias
doenças graves, como as
tromboses, o cancro da mama,
o enfarte do miocárdio e o
cancro do ovário. Embora este
aumento de risco seja pequeno,
ele está efetivamente presente,
sobretudo nas pessoas que
fazem o tratamento durante
mais que cinco anos.
Assim, de acordo com as
indicações atuais, só devem
fazer este tratamento as
senhoras que tenham sintomas
muito incomodativos. Contudo,
a duração do mesmo não deve
exceder 3 anos, na maioria dos
casos.
Para evitar a secura e a
atrofia dos genitais pode
utilizar-se cremes ou óvulos
com hormonas. Estes produtos
têm efeito apenas local e,
portanto, não têm riscos.
David Sequerra*
NO “REINO” DAS
MASCOTES OLÍMPICAS
A
propaganda adicional dos
J.O.
através
das
denominadas mascotes só
apareceu umas boas décadas
após a 1ª. edição que consagrou
a figura ímpar do Barão de
Coubertin.
Desde há um bem medido
meio século tomou forma uma
espécie de “reino” das
mascotes olímpicas com alguns
casos
de
espectacular
popularidade. E estamos a
lembrar-nos do simpático
ursinho Misha, em Moscovo1980 e do muito esquisito e
feroso Cobi, um cão
imaginário, em Barcelona1992.
A escolha da figurinha
excêntrica de COBI fez-se
entre uma elite de 17 artistas
concorrentes e valeu ao seu
autor, Janvier Mariscal, um
vultuoso prémio de 2,5 milhões
de pesetas.
Evocamos estes exemplos
a propósito da querela que já
se
esboça
quanto
à
imprescindível mascote dos
próximos Jogos Olímpicos, no
Rio de Janeiro, em 2016.
A tempo e horas, como as
Mascotes dos JO Londres 2012
acções de “marketing” exigem,
o boneco já está escolhido, mas
o nome gera uma acesa
controvérsia que, em nosso
juízo, tem um certo interesse
acompanhar.
De início pensou-se que o
designativo de “AMIJUBI”, de
boa sonância, seria o adoptado,
com a junção de sílabas das
palavras AMIZADE e JÚBILO.
Mas logo surgiram críticos e
novas hipóteses, atrapalhando o
Comité Organizador dos Jogos,
tanto mais que, anos antes, em
2014, o Rio de Janeiro será a
sede do Campeonato Mundial
de Futebol, com direito à
mascote da praxe, desafiando
imaginações que devem ser
extensíveis aos Jogos Olímpicos
que se lhe seguem.
Adiante-se, a propósito,
que a mascote para 2014 já tem
figura, mas falta-lhe o nome.
Está em curso uma muito
alargada competição através da
Internet para que se apure o
designativo a comercializar,
quanto antes.
No que respeita à mascote
olímpica está tudo mais
atrasado. Mas, até ao final do
corrente ano, saber-se-á como
se chama essa desejada
mascote, capaz de pedir meças
em simpatia e prestígio ao “Zé
Carioca” das inspirações
Disney.
Há quem queira optar por
uma figura feminina, chamada
“NEMA”, com ligação musical
à célebre “Garota de Ipanema”.
Outros apostam em
“Brazuca”, em “Guanabara” e
“JOBRI” (J.O.+ coliBRI).
É bem provável que haja
cidadãos portugueses a
concorrer, quem sabe se bons
beirões de Fratel ou de
Ródão?!
Logo que for oportuno
voltaremos a este tema das
mascotes.
Fica prometido!
*Membro da Academia Olímpica
Ex-Secretário Geral da Academia Olímpica de Portugal
10
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
OUTUBRO DE 2012
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Zona Industrial, nº 2 - Lote 1
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6030-245 Vila Velha de Ródão
Bordado à mão e à máquina
A qualidade do artesanato
Atelier
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“O ADRO”
"O MOTORISTA"
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Legumes frescos
COZINHA REGIONAL
Sarnadas de Ródão
Tel: 272 998 460
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de: Luis Pires Ferro
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Quartos e instalações ampliadas, e com ar condicionado
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ENCERRA AOS SÁBADOS
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Rua da Estrada, 1325 - Telef. 272 545 263 - 6030
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CHAVES DOS
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123456789012345678901234567890121
Chaves e Fechaduras de:
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Casa, Automóveis e Portas blindadas
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DISTRITO DE CASTELO BRANCO
OUTUBRO DE 2012
11
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
Contin. da Pág. 5
WORKSHOP GESTÃO DO
ORÇAMENTO FAMILIAR
O Concelho de Vila Velha de Ródão
- Notícias da Câmara Municipal -
Drª. Ana Martins Camilo
PASSEIO FOTOGRÁFICO
N
o passado dia 20
decorreu em Vila Velha
de Ródão mais um
passeio fotográfico organizado
pela Biblioteca Municipal José
Baptista Martins e dinamizado
pelo renomeado fotógrafo de
natureza Pedro Martins. Esta
iniciativa, que se realiza pela
quarta vez em território de
Ródão, levou 20 fotógrafos
amadores e profissionais da
região centro do país à
descoberta da natureza e da
cultura da vila. Desta feita, o
programa incluiu, para além de
um passeio de barco no rio Tejo,
uma visita ao Centro de
Interpretação de Arte Rupestre
do Vale do Tejo e ao Lagar de
Varas. Foi igualmente tema de
inspiração artística a presença
do artista plástico Manuel
Cargaleiro em Vila Velha de
Ródão, de onde é natural, tendo
sido visitados os locais públicos
onde estão instalados painéis de
cerâmica da sua autoria e
também o ateliê de trapologia/
tecelagem do Centro de
Formação Artística Manuel
Cargaleiro. No final da tarde, foi
apresentado ao público, na
Biblioteca Municipal, o livro
«Pagwagaya» pelo seu autor
Armando Frazão, que despertou
o interesse dos presentes para
uma visão literária do território
de Ródão no século XXVII,
especialmente a região das
Portas de Ródão onde decorre
uma parte significativa das
aventuras do livro. Tratou-se de
um evento que proporcionou aos
participantes uma oportunidade
para novos desafios artísticos e
para conhecer melhor a vida
cultural e a paisagem do
concelho de Vila Velha de
Ródão.
N
o dia 27 de setembro a
Biblioteca Municipal
acolheu uma atenta e
participativa plateia que quis
aprender a gerir melhor o seu
orçamento familiar. Nada
melhor do que uma especialista
na matéria para aconselhar o
público interessado. Susana
Albuquerque, Secretária Geral
da ASFAC, conferencista e
colaboradora regular de
programas na televisão e autora
do livro «Independência
financeira para mulheres»,
procurou, ao longo de duas
horas, ajudar a plateia a
descobrir que o dinheiro pode ser
um apoio, em vez de um
obstáculo nas suas vidas. Nesse
sentido, foram abordados
instrumentos e técnicas que
promovem uma relação de
respeito e valorização do
dinheiro e testadas algumas das
formas de controlar o orçamento
familiar.
Filmes a exibir no mês de NOVEMBRO
CINEMA na Casa de Artes e Cultura do Tejo
Bilheteira -30 min antes
Dia 17 (Sábado)
15H |Madagáscar 3
(Dobrado) 2D
Dia 23(Sexta-Feira)
21H| Terapia a Dois
Dia 30(Sexta-Feira)
21H | O Legado de Bourne
Realizador:
Eric Darnell
Atores:
Vozes de:
Pedro
Laginha,
Rui
Oliveira,
Leonor
Alcácer, Bruno Nogueira, Marco
de Almeida, José Pedro Gomes
Género: Animação/ Aventura
Classe Etária: M/4
Duração (minutos): 93
Realizador:
David
Frankel
Atores:
Meryl
Streep,
Tommy
Lee Jones,
Steve Carell,
Jean Smart, Ben Rappaport,
Marin Ireland, Patch Darragh
Género: Comédia/ Drama
Classe Etária: M/12
Duração (minutos): 100
Realizador:
Tony
Gilroy
Atores:
Jeremy
Renner,
Rachel
Weisz,
Edward
Norton, Joan Allen, Donna
Murphy, Scott Glenn
Género: Ação/ Aventura
Classe Etária: M/12
EM AGENDA
NECROLOGIA
AGRADECIMENTO
Duração (minutos): 135
AGRADECIMENTO
Carlos Alberto
Fernandes Barateiro
Maria do Céu Neto
Ribeiro Saraiva
Sua mulher, filhos, genro, nora e
netos, na impossibilidade de o
fazerem pessoalmente como era
seu desejo, vêm por este meio
agradecer sentidamente a todas as
pessoas que acompanharam o seu
ente querido nas cerimónias
fúnebres que se realizaram no
pretérito dia 8 de Setembro em
Foz do Cobrão. Bem hajam!
Seu marido, filho e restante
Família, na impossibilidade de o
fazerem pessoalmente como era
seu desejo, vêm por este meio
agradecer sentidamente a todas as
pessoas que acompanharam a sua
ente querida nas cerimónias
fúnebres que se realizaram no
Feijó, no passado dia 29 de Julho.
Bem hajam!
FRATEL
Eugénio Ramos SãoPedro ,
natural do Fratel, faleceu no
passado dia 10 de Outubro no
Hospital Amato Lusitano, para
onde fora levado já bastante mal.
O Eugénio optou por passar a
viver no Fratel desde há já alguns
anos, após a reforma, tendo a
esposa, Dª Rosa, também nossa
conterrânea, ainda ficado em
Lisboa. Esta, no entanto, viria a
falecer, a poucos meses da Maria
da Luz irmã daquele e também já
residente na nossa terra. Assim,
aquele nosso conterrâneo ficou aqui
mais só ainda, já que o único filho e
neto viviam emigrados.
Para mim, a surpresa de o saber
hospitalizado só não foi maior
porque, quando em finais de
setembro nos encontrámos no Fratel,
fiquei chocado com o mau aspeto que
ele apresentava ao que ele me
confessou, sem rodeios: “Isto está
muito mau…”
O Eugénio, naquela sua maneira de
ser um tanto agaiatada, costumava
cumprimentar-me, simpaticamente,
com estas palavras: “Olá juventude,
como é que vai isso?” Forma
amistosa e lisonjeira para quem tinha
mais dez anos que ele!
A mossa deixada pela partida de
familiares e amigos não é recuperável
e, no Fratel, são muitos os que, com
a minha idade, já vi partir, como o
Eugénio, com saudade!
Dia 1
Feira dos Santos
Local: Campo de feiras de V. V. de Ródão
Organização: Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão
Dia 11
15h| Futebol: Campeonato distrital > Época 2012/2013
Vila Velha de Ródão X Atalaia do Campo
Local: Estádio Municipal de Vila Velha de Ródão
Organização: AFCB
Dia 18
15h | | Futebol: Campeonato distrital > Época 2012/2013
Vila Velha de Ródão X Águias Moradal
Local: Estádio Municipal de Vila Velha de Ródão
Organização: AFCB
Nos 1ºs sábados de cada mês
Prática de canoagem Local: Centro Náutico de V. V. Ródão
Público > 9h00 - 12h00 e 14h00 - 17h00
Infantis A > 9h30 - 12h30
Iniciados > 11h – 12h30
Infantis B > 14h – 15h30
Juvenis > 15h30 – 17h
Organização: Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão
12
OUTUBRO DE 2012
O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO
PERAIS
Motu Proprio
CONVÍVIO DOS CARMONAS
N
por
Octávio Catarino
SEM IMPRENSA
LIVRE NÃO HÁ
DEMOCRACIA…
S
ou do tempo em que não havia direito à opinião
livre, logo sem Imprensa livre; das nossas aldeias
sem luz, água ou saneamento, nem ruas transitáveis;
vias de acesso automóvel dignas desse nome, nem outros
bens essenciais que a Constituição de 1976 consagrou e as
Autarquias de abril cumpriram.
Portanto, devido ao meu interesse pela leitura, lembro-me de
meu pai me dizer, andava eu na Instrução Primária, lê muito,
filho, olha que é importante ler e saber interpretar um texto.
O meu pai foi correspondente de O Século, A Capital e o
Diário Popular, daí começar a interessar-me pela
Comunicação Social, mormente a Imprensa escrita, muito
jovem…, tendo assimilado com efeito, ao longo da vida
alguma “bagagem” de conhecimentos, também por ter
sentido o pulsar da Comunicação em dois regimes, em
Ditadura e em Liberdade!
Evidentemente, também eu estou deveras preocupado com o
estado a que “isto” chegou… Podia perorar sobre diversos
temas, mas não há espaço nesta coluna para discorrer, por
exemplo, sobre a indignação que me assiste quanto ao satus
quo e sobre o nosso futuro coletivo sem meta à vista, mas
que, em meu entender, tem de ser de esperança, “custe o que
custar”!
Hoje reporto-me pois à Comunicação Social, também em
crise, que nos é oferecida pelas TVs., Rádios e Jornais
repetitivos e cheios de comentadores bem vestidos e
fazedores de opinião, bem pagos e quase todos do bloco
neoliberal, esquecendo as virtualidades da socialdemocracia… Lá vem muito raramente um comentador da
escola antiga com um discurso de sensibilidade social
contrário ao Mercado Livre, responsável, afinal, a par do
liberalismo económico e da alta finança, pela grave crise que
assola os países mais vulneráveis e não só… Lembram-se
daquele anúncio de bancos que passava nas TVs. a convidarnos para irmos de férias e pagar depois? Este é um singelo
exemplo do Mercado sem regulação estatal.
Os media hoje não têm nada a ver com bons exemplos do
passado recente da responsabilidade de Jornalistas, como por
exemplo o Expresso, no início, a Visão, o Jornal do Fundão, o
Correio da Manhã ou a Rádio TSF, abocanhados por grandes
grupos económicos, para não referir outros como o Tempo, o
Jornal ou o Independente já extintos.
O problema nem é aquelas publicações estarem integradas
em grandes grupos económicos, mas sim por os seus
profissionais estarem sujeitos às regras do Mercado. Quer
dizer, os Jornalistas, hoje, não são livres no exercício da
nobre função de comunicar o pulsar da Nação porque
dependem do grande capital, dos resultados das empresas que
elegeram como principal valor da sua atividade o lucro. Dirme-ão que há Jornalistas com J grande que adquiriram o
estatuto de independentes pelo seu passado íntegro no
desempenho da profissão. Respondo: há sim senhor, mas são
cada vez menos, infelizmente. Os novos, pela precariedade
do lugar que ocupam no órgão de informação são,
tendencialmente, coagidos a agradar a quem lhes paga o
salário…senão vão para o olho da rua! Tudo bem, o lucro é,
naturalmente, o objetivo de quem investe. Mas a Cultura, por
exemplo, entregue a uma simples Secretaria de Estado, que
tratamento tem nos media? Tem tratamento quase residual
porque, para aumentar as audiências, é mais “barato” apostar
no sensacionalismo e informação inócua como é
demonstrável com este pequeno exemplo: há dias um jornal
de grande audiência trazia, com chamada na primeira página,
com foto e tudo, uma página no interior cujo título era apenas
e tão só este, “Rita Pereira ganha peso nas férias”!
Sem Imprensa Livre, meus senhores, não há Democracia! É
dos livros.
E por que não surgem Projetos Jornalísticos independentes
do poder económico?
o passado dia 13 de
Outubro
realizou-se
o
primeiro
encontro
dos
Carmonas, no restaurante da Senhora de
Mércoles em Castelo Branco, onde
compareceram cerca de 60 pessoas entre
descendentes e seus familiares da
família Carmona originária das Vilas
Ruivas. O almoço alargou-se pela tarde
dentro e terminou já à noitinha com um
bolo comemorativo do evento. O
encontro decorreu com bastante
animação, serviu para reencontrar e
reunir uma grande família que está
espalhada pelo país e reviver estórias
comuns. Participou também o elemento
mais velhinho da família, a tia Herminia
Carmona das Vilas Ruivas que conta com
93 primaveras. Esta feliz iniciativa
partiu do João Ventura e da Alexandra
ambos a residir no Coxerro e ficou
acordado entre todos repetir o evento
para o ano.
A família Carmona
MAGUSTO NOS PERAIS
O Grupo Sociocultural dos Povos da Freguesia de Perais vai promover um convívio com a realização de mais um tradicional magusto, no
dia 3 de Novembro pelas 16 horas, na sua sede em Perais, este evento é aberto a todos os seus associados e amigos.
JCBelo
GAFOZ FESTEJA 46 ANOS
A
caba de chegar à nossa Redação o
boletim “GAFOZ” do Grupo Amigos
da Foz do Cobrão onde se dá conta
da atividade recente da associação de
solidariedade social, da comemoração de mais
um aniversário, o 46º, e da próxima
assembleia geral que terá lugar no dia 3 de
novembro cuja ordem de trabalhos motivará
certamente a presença de muitos sócios como
de resto tem sido habitual.
O relatório e as contas da última festa
anual de agosto, excelentemente organizada
pela Comissão que a vem realizando desde há
12 anos, presidida pelo Amigo João Luis Silva,
com destaque na publicação, merece
certamente um forte aplauso das gentes da Foz
e da massa associativa do GAFOZ. Salientase, em primeiro lugar, a entrega à causa, pela
Comissão de Festas, subjacente à atividade
da Instituição Particular de Solidariedade
Social à qual foram sempre entregues os
resultados positivos dos convívios e que este
ano somou 2.540€. Em segundo lugar, de
realçar também a publicação de todos os
nomes e correspondentes contributos em
numerário para o convívio anual dos Amigos
da Foz do Cobrão e Sobral Fernando. E o
Peditório da última festa atingiu o montante
de 3.550 euros. De facto, a Comissão de Festas
da Foz, em rigor e transparência, merece nota
alta!
Mantendo a tradição, o GAFOZ “convoca”
a sua vasta massa associativa para comemorar
mais um aniversário na sua sede em Foz do
Cobrão, no dia 3 de novembro (sábado),
culminando um dia bem preenchido, aliás, já
O Centro de Dia, e sede, do GAFOZ
que às 9 h da manhã terá início um Passeio
Pedestre “ao encontro com a natureza”:
estrada nova, cabeço redondo, alto da serra,
Ladeira (com paragem junto do chafariz),
Ocreza, e margem esquerda arriba até à Foz
onde terá lugar o almoço recuperador de
energias… As inscrições para o repasto devem
ser feitas até às 19 horas do dia 2, sexta feira.
O “GAFOZ” insere na sua primeira
página a convocatória de uma assembleia
geral ordinária para a qual a direção chama a
atenção dos associados atendendo à
importância da ordem de trabalhos que inclui
a discussão e votação do orçamento para 2013,
a alienação de património e investimentos. A
Reunião Magna está aprazada para as 15 horas,
imediatamente antes da festa de anos prevista
para as 18horas.
Curiosa também é uma nota sobre o
caminho municipal nº 1355 IP2-Foz que “virou
estrada… para circular devagar porque as
curvas continuam lá!”
Entre outras rubricas, o boletim publica
também uma convocatória da Cooperativa de
Olivicultores da Foz do Cobrão, C.R.L. para
reunirem em assembleia geral, no Centro de
Interpretação da Foz do Cobrão, às 10 horas
de sábado, dia 3 de novembro.
O Amanhecer
à conquista das Beiras
Manuel Rodrigues &
Herdeiros, Lda.
Fábrica: Rua de Santana, 80
6030-230 - Vila Velha de Ródão
Tel.: +351 272 545 137
Fax: +351 272 545 153
Mercearia Sabores de Ródão
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Vila Velha de Ródão
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Tel.: 272511197
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AMANHECER
(junto ao
cruzamento da
Celtejo)
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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO