LÍNGUA PORTUGUESA – 2ª SÉRIE EM
TAREFA DA SEMANA DE 19 DE MAIO A 23 DE MAIO – 9ª SEMANA
1. A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos.
Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas
vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de
baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura
de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador.
(Carta de Pero Vaz de Caminha. www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 04.12. 2012.)
O trecho acima pertence a um dos primeiros escritos considerados como pertencentes à literatura
brasileira. Do ponto de vista da evolução histórica, trata-se de literatura
a) de informação.
b) de cordel.
c) naturalista.
d) ambientalista.
e) árcade.
2. Sobre a poesia épica do Arcadismo, afirma-se:
I. A natureza apresenta-se como “pano de fundo” para as ações narradas.
II. O índio é idealizado como herói nacional por libertar o povo brasileiro do domínio português.
III. Seus principais representantes são Basílio da Gama e Santa Rita Durão.
Está correto o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
3. São características das obras do Classicismo:
a) o individualismo, a subjetividade, a idealização, o sentimento exacerbado.
b) o egocentrismo, a interação da natureza com o eu, as formas perfeitas.
c) o contraste entre o grotesco e o sublime, a valorização da natureza, o escapismo.
d) a observação da realidade, a valorização do eu, a perfeição da natureza.
e) a retomada da mitologia pagã, a pureza das formas, a busca da perfeição estética.
4. O culto exagerado da forma, o rebuscamento, a riqueza de pormenores, o conflito entre o profano e
o sagrado são características
a) do Renascimento.
b) da Ilustração.
c) do Realismo.
d) do Barroco.
e) do Simbolismo.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Esse texto do século XVI reflete um momento de expansão portuguesa por vias marítimas, o que
demandava a apropriação de alguns gêneros discursivos, dentre os quais a carta. Um exemplo dessa
produção é a Carta de Caminha a D. Manuel. Considere a seguinte parte dessa carta:
Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito
bons ares assim frios e temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E
em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem,
porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a
principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.
5. Assinale a alternativa em que as palavras grifadas estão empregadas em sentido conotativo.
a) ...porém a terra em si é de muito bons ares...
b) Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar...
c) ...querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem...
d) ...o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente...
e) ...esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.
6. Considere os dois trechos a seguir:
...não pudemos saber que haja ouro nem prata...
...me parece que será salvar esta gente...
Substituindo os trechos grifados por um pronome oblíquo correspondente, tem-se um resultado correto
gramaticalmente em:
a) ...não pudemos saber isso... / ...me parece que será salvar eles...
b) ...não pudemos saber-lhes... / ...me parece que será salvar-lhes...
c) ...não pudemos sabê-lo... / ...me parece que será salvá-la...
d) ...não pudemos saber-no... / ...me parece que será salvar-lhes...
e) ...não pudemos sabê-lo... / ...me parece que será salvá-los...
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora certo.
Estando em terra, chego ao Céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.
Se me pergunta alguém por que assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.
(www.fredb.sites.uol.com.br/lusdecam.htm)
7. A leitura do poema permite afirmar que o eu lírico se sente
a) confuso, provavelmente pelo amor que tem por uma senhora.
b) alegre, provavelmente porque seu amor é correspondido.
c) triste, provavelmente porque não consegue amar ninguém.
d) desconcertado, provavelmente porque a senhora o ama demais.
e) perdido, provavelmente porque foi rejeitado pela amada.
8. Sermão de Santo Antônio
Vos estis sal terrae. São Mateus, vs. l3
“Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da
terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal e impedir a corrupção; mas
quando a terra se vê tão corrupta como esta a nossa, havendo tantos nela que tem oficio de sal, qual
será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não
deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou
porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não
querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou
porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que
eles dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a
terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não e tudo
isto verdade? Ainda mal.”
(Pregado em Sao Luiz do Maranhão, ano de 1654.)
Nesse fragmento, não há
a) organização textual marcada por paralelismos sintáticos.
b) reflexão construída a partir de uma imagem metafórica.
c) intenção moralizante contra a depravação de costumes.
d) argumentação elogiosa aos evangelizadores.
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Questões de Português - Instituto São José Salesiano Resende/RJ