O AMIGÃO do Pastor
Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 16 - Nº 11 NOV/06
O DIA MAIS DRAMÁTICO
DA HISTÓRIA
Raymond L. Cox
A história está recheada de momentos
dramáticos! Eventos que abalam o mundo
competem entre si por fama e conhecimento
entre as futuras gerações.
Mas qual foi o dia mais dramático da
história?
Se entrevistássemos as pessoas comuns, as respostas seriam as mais variadas,
influenciadas pela experiência, interesses e
pontos de vista de cada uma delas.
A pessoa interessada em política diria
que o dia mais comovente da história foi o
da independência do país.
Alguém que se interesse por movimentos militares talvez dissesse que foi o dia
em que a bomba atômica aniquilou
Hiroshima.
Uma senhora poderia dizer que foi o dia
em que as mulheres conquistaram o direito
de votar.
As opiniões seriam ilimitadas.
Os cristãos, no entanto, por serem ad-
vertidos a “buscar primeiro o reino de
Deus” (Mt 6.33), devem notar que os eventos de significado espiritual são os momentos mais importantes da história.
A Queda, o Dilúvio, a confusão das línguas na Torre de Babel, a incineração de
Sodoma, a sarça ardente, as pragas do Egito são alguns entre os inúmeros acontecimentos registrados no Antigo Testamento.
O Novo Testamento apresenta dias ainda mais decisivos: o primeiro Natal, a Última
Ceia, o Getsêmani, a crucificação e ressurreição de Cristo, o Pentecostes.
Entre todos, o dia da ressurreição de
Cristo deve ter proeminência, pois num sepulcro emprestado o Salvador destruiu o
cetro da Morte. O domingo da ressurreição
é o dia mais comovente da história.
No entanto o futuro encerra um evento
ainda mais importante!
A Bíblia antecipa a história e denomina
isso de profecia. Se o dia mais importante
da história foi a primeira Páscoa, o dia mais
comovente das profecias será aquele em
que
“o Senhor mesmo, dada a sua palavra
de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e res-
soada a trombeta de Deus, descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente
com eles, entre nuvens, para o encontro do
Senhor nos ares, e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor” (1 Ts 4:16-17).
O momento futuro mais comovente para
os cristãos acontecerá
“num momento, num abrir e fechar de
olhos, ao ressoar da última trombeta. A
trombeta soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15:52).
Isso é que é dramaticidade!
Um trem estará em disparada pelos trilhos. O maquinista cristão se prepara para
soar o apito. Mas antes que ele possa tocar
a alavanca, a trombeta de Deus soa e o homem vai se encontrar com o Senhor nos
ares, enquato o trem avança noite adentro,
sem ninguém que o conduza!
Um marido incrédulo e bruto, cego de
raiva, levanta a mão para ferir a esposa
crente. Mas antes que o golpe aconteça, a
trombeta de Deus soa, a esposa desaparece
e o enorme punho soca o ar.
Um pastor infiel está pregando a um auditório. Talvez esteja negando a verdade da
segunda vinda de Cristo. Enquanto fala, a
trombeta soa, e os poucos fiéis da congregação desaparecem dos bancos. O pastor
tem à frente um grupo reduzido de pessoas.
Um grupo de não-salvos choram à beira
do caixão de um ente querido. De repente
alguém grita, pois o corpo desapareceu! O
Senhor retornou. A trombeta soou. O morto
querido ressuscitou e ascendeu na companhia dos redimidos.
Quando este momento dramático for
anunciado pelo relógio do tempo, funcionários desaparecerão de suas mesas; carros
ficarão sem seus motoristas e cairão em ribanceiras, baterão em postes e muros; os
homens que carregam um caixão perceberão
que a carga ficou leve. No mundo todo,
cristãos desaparecerão de jantares, salas de
estar, locais de trabalho e de suas camas.
Estarão se encontrando com o Senhor nos
ares!
Naturalmente alguns lugares não serão
Continuação na página 3
O AMIGÃO do Pastor
Página 2
NOV/06
AVISO AOS JOVENS
PASTORES
Editorial
Prezado leitor,
O primeiro artigo deste número do Amigão
do Pastor trata do Arrebatamento. Creio que
devemos procurar lembrar deste evento
escatológico iminente todos os dias, a fim de
sermos desafiados a viver uma vida cada vez
mais santa, mais consagrada e mais frutífera à
medida que a volta de CRISTO se aproxima.
As pessoas se preparam para enfrentar uma
série de catástrofes que podem vir a ocorrer
no mundo. Constróem até abrigos para
ataques nucleares. Mas não se preparam para
a volta de CRISTO. para aqueles que não se
prepararem, o Arrebatamento trará
conseqüências catastróficas. Porém, para os
que aguardam a Sua vinda, será uma gloriosa
bênção. Devemos nos lembrar, porém, que
imediatamente após o Arrebatamento, terá
ocasião o Tribunal de CRISTO, onde
haveremos de dar contar a DEUS das nossas
obras como cristãos. Nossa fidelidade e
nossas intenções em tudo o que temos feito
no serviço do SENHOR serão julgadas, e aí
ganharemos galardões ou não. Devemos
viver na espectativa de sermos reconhecidos
como servos bons e fiéis. Maranata!
O SENHOR te abençoe! Pr. Cleber R. Neves
(Extraído da carta que o pastor John
Murdoch escreveu a um jovem pastor.)
Regozijo-me com o fato de você ter
ouvido e obedecido ao chamado de Deus.
Você atendeu ao mais importante e digno
chamado que alguém poderia ter recebido.
Você é um ministro de Deus. Mantenha sua
posição com muita dignidade, humildade e
boa vontade.
Lembre-se de que Deus não está atrás
de grandes pregadores. Ele procura
homens que tenham paixão pelas almas
perdidas. Dedique-se ao estudo da Palavra,
mas acima de tudo seja um homem de
oração. O lugar de oração é um lugar de
poder, e nada a substitui.
Quando o desânimo atacar—e ele ataca
todos os pastores—não trace planos
fantásticos. Fique a sós com Deus. O plano
é dele.
Cuide bem de seu corpo; é o que eu
deveria ter feito. Exercite-se e durma o
suficiente; coma alimentos saudáveis, e não
apenas os de que você gosta. Sirva-se de
uma boa variedade de legumes, verduras e
frutas.
Seja amigável sem ser intrusivo. Seja
firme sem ser áspero. Seja gentil sem ser
tímido. Tenha postura, mas sem afetação.
Seja zeloso, mas não precipitado. Seja
tolerante, mas não contemporizador.
Mostre preocupação, mas não temor.
Almeje as alturas. O preço é o mesmo,
quer você mire gambás ou águias.
(Sword of the Lord)
Poucos recordes de velocidade são
quebrados na corrida contra a tentação.
(E. C. McKenzie - Sword of the Lord)
A TEORIA DA
EVOLUÇÃO NÃO
EXPLICA NADA!
A Teoria da Evolução explica a criação
do eletromagnetismo? Não.
Explica a criação dos átomos e
moléculas? Não.
Explica a criação do sistema solar? Não
Explica o fato de a Terra ter sido
posicionada a quase cento e sessenta
milhões de quilômetros do Sol, necessário
à criação e preservação da vida aqui
embaixo? Não.
Explica a descoberta da fórmula exata
de oxigênio e dióxido de carbono que a
flora e fauna necessitam para continuar
vivendo? Não.
O que explica isso tudo é a existência
de um Ser Supremo todo-poderoso, que
criou e continuará criando tudo o que
existe e existirá na Terra e em qualquer
outra parte do Universo.
(Sword of the Lord)
JÁ OUVIU SEUS
PRÓPRIOS SERMÕES?
Alguém disse que um determinado
pastor possuía tanto dom para o ministério
quanto uma ostra. Em minha opinião, o
comentário foi um insulto à ostra, pois esse
precioso bivalve mostra-se bastante
discreto e sábio ao abrir e fechar sua
concha.
Se alguns pastores fossem condenados
a ouvir seus próprios sermões, a sentença
lhes seria muito bem apropriada, e
imediatamente repetiriam o clamor de Caim:
“Meu castigo é maior do que posso
agüentar”.
(Spurgeon - Sword of the Lord)
O AMIGÃO do Pastor
Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo
Batista, Fundamentalista
Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, Patrícia
Elaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assinaturas: O jornal AMIGÃO do Pastor é sustentado por assinaturas e ofertas
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solicitarem previamente aos seus autores. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos seus próprios autores, não expressando
necessariamente a posição dos editores deste periótico.
O AMIGÃO do Pastor é um ministério do MINISTÉRIO MARANATA DE LITERATURA FUNDAMENTALISTA.
NOV/06
“o dia mais dramático” (da página 1)
tão afetados.
Provavelmente não haverá gente desaparecendo de bordéis nem de bares. Muitos bêbados, no entanto, cambalearão para
casa e descobrirão que seus familiares desapareceram.
Da mesma forma, o baile continuará
conforme a programação. Mas quando as
filhas voltarem para casa, os pais “antiquados”, para quem elas elogiaram os namorados lascivos, terão desaparecido.
Aquele será um dia de grandes separações! Existem duas categorias de pessoas—os “tomados” e os “deixados”. É assim
que Jesus descreve a cena:
“Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro; duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a
outra. Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro, deixado” (Lucas 17:3436).
Nem mesmo a cova escapará desta divisão, pois somente os “mortos em Cristo”
serão ressuscitados nesse momemnto (1Ts
4.16). Os outros terão de esperar durante
mil e sete anos (Ap 20.5).
Não vai demorar muito para que o dia
mais dramático das profecias seja parte da
história. “Porque, ainda dentro de pouco
tempo, aquele que vem virá e não tardará”
(Hebreus 10:37).
Quando esse dia chegar, você será tomado ou deixado? Se ainda não está salvo,
suplico-lhe que aceite a Cristo como Salvador AGORA! Amanhã pode ser TARDE DEMAIS!
(Sword of the Lord)
VOCÊ SABE ONDE ME
ENCONTRAR
Um pastor idoso estava gravemente
enfermo. Na opinião do médico, não lhe
restavam mais que uns poucos dias de
vida.
A esposa fez uma ligação interurbana
ao filho, que era pastor de uma igreja
pequena, num vilarejo a mais de
quatrocentos quilômetros.
Em poucas horas, o filho estava ao lado
do pai, e os dois oraram juntos.
No sábado, a situação do pastor
continuava a mesma. O pai chamou o filho
e, com voz fraca e titubeante, falou: “Filho,
volte para sua igreja e pregue amanhã. Se
eu morrer, você sabe onde me encontrar”.
“Você sabe onde me encontrar”!
O AMIGÃO do Pastor
É maravilhoso um pai poder dizer isso a
seus filhos!
É maravilhoso chegar ao ocaso da vida
e sabermos onde estaremos na aurora da
eternidade—na casa do Pai, na companhia
do Salvador, que foi antes de nós para nos
preparar um lugar.
É maravilhoso um pai que está à beira
da morte saber que seus filhos aprenderam
o caminho para onde ele está indo, e que
eles também, pela graça de Deus, habitarão
numa mansão na casa do Pai, nas alturas.
“Você sabe onde me encontrar”!
Pais e mães, perguntemos a nós
mesmos: “Tenho a segurança espiritual que
me capacitará a dizer no fim da vida: ‘Sei
para onde estou indo’”?
E já transmitimos esse conhecimento e
fé a nossos filhos, para lhes dizermos com
segurança: “Vocês sabem onde me
encontrar”?
Poderemos responder afirmativamente
às duas questões se, pela graça de Deus,
enraizarmos nossa fé—e também a de
nossos filhos—firmemente Naquele que
morreu por nós; Naquele que está nos
aguardando na casa de Seu Pai, nas alturas.
(Herman W. Gockel)
NÃO SEI
Dr. Bob Jones
Desconheço muitas coisas, e não posso
conhecer outras tantas.
Não sei o que acontecerá hoje. Não sei
o que o amanhã me reserva. Não sei qual
será o resultado das tarefas que realizo.
Antes de chegar ao final, não sei aonde
a trilha da vida me levará.
Não sei onde os sofrimentos me
esperam nem onde a morte me espreita. Não
sei quando irei me deparar com o que
gostaria de evitar.
Não sei quando serei afligido por
moléstias e enfermidades. Não sei quando
terei de passar pelo fogo nem quando a
tragédia irá desabar sobre mim. Não sei
quando perderei um ente querido nem
quando me juntarei aos que foram antes de
mim.
Não sei por que a infelicidade faz parte
da vida. Não sei por que inocentes pagam
pelos pecadores. Não sei por que não
tenho o que quero e nem por que as coisas
que evito são jogadas para cima de mim.
Não sei como o ser humano agüenta as
tristezas e dores que lhes advêm. Não sei
como nossa alma consegue atravessar as
águas profundas e frias que a ameaçam
engolir Não sei como harmonizar o amor de
Deus pelos homens com as tragédias e
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sofrimentos que a divina providência lhes
permite acontecer.
Mas não preciso saber o quê nem onde
nem quando nem por quê nem como, pois
conheço QUEM. “Sei em quem tenho
crido” (2Tm 1.12). Ele me é perfeitamente
revelado em Jesus Cristo. O Deus que
conheço é um Deus de amor. Seu amor
manifestou-se na morte de Cristo na cruz
por nossos pecados. “…logo, já não sou
eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e
esse viver que, agora, tenho na carne, vivo
pela fé no Filho de Deus, que me amou e a
si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20).
O Deus que conheço é sábio. Ele é o
Autor de toda sabedoria e conhecimento.
Ele sabe “desde a antiguidade, as coisas
que ainda não sucederam” (Is 46:10). O
Deus que conheço é onipotente. Ele
“sustenta todas as coisas pela palavra do
seu poder” (Hb 1.3).
Posso confiar Naquele que é o próprio
amor perfeito, o poder e a sabedoria. Ele
sabe do que preciso e do que é melhor para
mim, e nada me acontece sem sua
permissão. Ele me dá forças para enfrentar o
que vier pela frente.
Você o conhece também?
(Sword of the Lord)
“ENCARAR MINHA
CONSCIÊNCIA JÁ É O
INFERNO!”
Num acesso de raiva, o pai tomou um
machado e acabou com a vida do próprio
filho. Foi preso, e enquanto aguardava o
julgamento teve tempo de sobra para sofrer
e lamentar o gesto insano.
Depois de ouvir o caso, o juiz declarou:
“O senhor sempre foi conhecido como um
homem honrado e obediente às leis. Esse
crime horroroso não foi premeditado. Sua
condenação será viver com a lembrança do
que fez!”
Poderia haver punição mais severa?
Achamos que não.
Shakeaspeare afirmou: “Ficar sozinho
com minha consciência já é o Inferno!”
(Sword of the Lord)
“No teste, o garoto escreveu: “Morte
natural é quando você morre sozinho, sem
a ajuda do médico.”
(Pulpit Helps)
Metade dos problemas desta vida são
causados por um “sim” muito rápido e um
“não” muito demorado.
(Josh Billings - Sword of the Lord)
O AMIGÃO do Pastor
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SEU ENCONTRO COM A
MORTE!
Peter Eldersveld
Talvez você não goste de falar sobre a
morte e esteja tentado a parar de ler esse artigo agora mesmo. Existe muita gente assim.
Algumas pessoas não se preocupam muito
com a morte—ou dizem não se preocupar.
Outras têm medo até de falar no assunto, e
certamente não querem ler sobre ele, embora, talvez, este seja o melhor jeito de acabar
com os temores.
Se você é um desses temerosos, espere
um pouco antes de colocar o papel de lado.
Por que ignorar um dos fatos mais óbvios
da existência? A coisa mais certa da vida é a
morte. Estamos cercados de evidências de
que ela existe.
Você sabia que pelo menos uma pessoa
morre a cada segundo? Dá para ignorar ou
fugir do assunto? O relógio ainda não marcou o seu tempo, mas algum dia, em algum
segundo, a morte baterá à nossa porta, pois
“está indicado ao homem morrer uma só
vez, vindo depois a seguir o juízo final”.
Quando esse momento chegar, você estará
pronto? Ou será pego desprevenido? O
tempo continua sempre em movimento, todavia faz uma parada para cada um de nós.
Onde é seu ponto de descida?
Deus governa sobre a morte e a vida.
Ele marca nossa hora com a morte, e não
podemos fugir do encontro.
Apesar de tudo, estamos sempre querendo saber o porquê da morte. Não somos
como os animais—possuímos uma alma
imortal. Fomos criados para a vida, e não
apenas para a vida temporária, mas para a
eterna. A morte é anormal e desnatural para
nós. Por que Deus permite que ela nos atinja?
Como bem sabemos, a Bíblia diz: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). “Não
vos enganeis: de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear, isso também
ceifará” (Gl 6:7). “Portanto, assim como por
um só homem entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos
pecaram” (Rm 5:12).
Nosso pecado é uma quebra da lei de
Deus. Ele não planejou que morrêssemos. A
morte tornou-se o castigo de Deus para
suas criaturas.
Talvez seja por isso que muita gente
não goste nem de falar no assunto. A última
parte de Hebreus 9.27 é o que realmente incomoda: “E, assim como aos homens está
ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27).
Se a morte fosse apenas o fim do pecador, não seria tão ruim assim. Todavia ela é
apenas o começo, e sua continuação é
infindável. O juízo final aguarda por todos
nós.
Quando morrermos nossas almas não
mergulharão no esquecimento nem desaparecerão como o vapor, embora nossos corpos estejam fadados a voltar ao pó da terra.
De jeito nenhum! Seremos levados ao tribunal do Deus Santo, que estará esperando
por nós.
Aparentemente os seres humanos
acham que o progresso que conquistaram
na vida está aniquila essa idéia antiquada, e
sentem indiganação quando alguém fala no
assunto.
Talvez a filosofia contemporânea ache o
assunto puramente acadêmico, contudo
isso não muda os fatos. Depois da morte
virá o julgamento, quer gostemos ou não.
Mas será que não existe mesmo outra
saída? Será que podemos conceber a existência de um Deus que não peça às suas
criaturas uma prestação de contas da vida
que ele mesmo lhes deu? Não concebemos
que a justiça terrena exista sem juízes e prisões, não é mesmo? Igualmente, não podemos pensar em Deus sem conceber a existência do Céu e no Inferno.
Sem dúvida nenhuma, quando atravessarmos os portais da morte, seremos chamados a prestar contas do que fizemos de
nossas vidas.
Que ninguém se engane: existe mesmo
um tribunal de justiça do outro lado desse
portal. Naquele momento solene o livro da
vida será aberto e o registro de nossos pecados será lido. Nessa hora nós nos veremos exatamente como Deus nos vê.
Naquele dia, nem mesmo tentaremos
emparelhar nossos erros com nossas boas
ações. Ninguém irá presumir que conseguirá se sustentar na própria “ficha corrida”,
não importa os méritos que a pessoa tenha
tido aos olhos de seus semelhantes.
NOV/06
Por mais estraho que pareça, milhões de
pessoas já compareceram diante desse tribunal sem nenhuma apreensão! Esperaram
tranqüilamente receber o veredicto de “Inocente”, e foi exatamente isso que ouviram!
Milhões de pessoas sabem que receberão o
mesmo veredicto. Elas não temem a morte
porque não temem o julgamento.
Quem é essa gente? Como lhes é possível encararm o Juiz sem tremor nenhum?
Essas pessoas são melhores que nós? Não.
São pecadoras como todos nós. Algumas
estavam entre as piores de seus dias. Porém
todas elas têm um Salvador que as acompanhou e acompanhará através do portal da
morte; um Salvador junto a elas diante do
tribunal. Essas pessoas acreditaram que Ele
iria salvá-las eternamente. Acreditaram que
ele morreu na cruz por elas; acreditaram que
quando ele ressuscitou, venceu a morte por
elas. Ele pagou a dívida que era delas, e por
isso vivem em liberdade.
Enquanto estava na terra, o Salvador
garantiu: “Portanto, todo aquele que me
confessar diante dos homens, também eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos
céus; mas aquele que me negar diante dos
homens, também eu o negarei diante de
meu Pai, que está nos céus” (Mt 10:32-33).
A Bíblia explica claramente como nos
preparar para a morte.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio para
nos salvar, morrer por nós, pagar nossos
pecados e garantir-nos a vida eterna. Quem
confiar nele como Salvador atravessará os
umbrais da morte em sua companhia e ficará junto a ele diante do tribunal de Deus.
Mas quem o rejeitar como Salvador terá de
fazer a jornada sozinho. E sabemos bem o
que isso significa—ninguém pode comparecer desacompanhado diante de Deus.
Quem morrer sem Cristo terá de viver para
sempre sem Deus. E é isso que faz do
Inferno...o Inferno!
Seu encontro com a morte está marcado.
Você irá sozinho ou terá Cristo a seu lado?
Sword of the Lord)
Muitas vezes, a pessoa de consciência
limpa simplesmente é fraca de memória.
Não reclame por não conseguir o que
quer. Agradeça por não receber o que
merece.
Tudo o que já vi me ensinam a confiar
em Deus para as coisas que não vejo.
Fale com Deus sobre as pessoas antes
de falar com as pessoas sobre Deus.
(Pulpit Helps)
O AMIGÃO do Pastor
NOV/06
E AQUELES OITOCENTOS DÓLARES?
Dr. John Rice
Num culto evangelístico de domingo,
em Saint Paul, no estado americano de
Minnesota, algumas pessoas aceitaram a
Cristo.
Depois da bênção apostólica, uma senhora de rosto bastante preocupado me
perguntou: “O que o senhor fez com minha
filha? Cadê a minha filha?”
“Ela está ali naquela sala conversando
com a esposa do pastor”, expliquei. Perguntei-lhe então: “A senhora já está salva? Não
gostaria de tomar sua própria decisão?”
“Não sei se sou salva ou não. Acho que
não. Tenho de conversar com alguém”. E a
mulher desabou a chorar. Sentamo-nos;
perguntei-lhe qual era o problema e por que
não sabia se estava salva ou não.
“Bom, sempre que começo a orar, Deus
me pergunta: ‘E aqueles oitocentos dólares’, e então não consigo terminar a oração.
Este é o único assunto que Deus fala comigo!”, ela exclamou.
“Qual é a história dos oitocentos dólares”, perguntei.
A mulher me contou sua triste história,
uma história que ninguém sabia. Seu marido morrera há catorze anos, e ela ficou sozinha com duas criança, sem ter como se sustentar. Certo dia, depois que os filhos foram
para a escola, ela colocou fogo na casa;
não sobrou nada. O seguro entregou-lhe os
devidos oitocentos dólares sem fazer nenhuma pergunta.
Com o dinheiro, a mulher se mudou para
Saint Paul, colocou os filhos na escola e começou uma vida nova.
A simpática mocinha que havia aceitado
a Cristo naquele culto e o filho mais novo
não tinham a menor idéia do que a mãe ha-
via feito. Ninguém nunca desconfiara de
nada. Porém Deus continuava lembrando-a
de que era ladra; sempre que começava a
orar, Deus lhe perguntava: “E os oitocentos
dólares?”
Avisei a mulher de que ela precisava
conversar com a companhia de seguro imediatamente e confessar o erro.
“Mas não tenho dinheiro. Não tenho
como restituir nada.”
Observei-lhe que ela se vestia muito
bem; que ela e a filha tinham bons empregos, e que se conseguisse pagar nem que
fossem alguns dólares por semana, estaria
mostrando sua boa intenção.
“Mas eu acabaria na prisão. Eu infringi
a lei e o mundo inteiro me chamaria de
ladrona. Não posso fazer isso.”
“Mas a senhora é ladra, mesmo que ninguém saiba. Se não pagar sua dívida, nunca
terá paz com Deus. Se tiver que ser presa,
que seja; Deus lhe dará paz de consciência
e de coração lá na cadeia, quando a senhora orar. Ele não atenderá sua oração enquanto esse pecado estiver entre vocês
dois.”
Ela fez nova objeção: “Eu nem me lembro qual era a companhia de seguro. Não
sei onde fica o escritório. Mesmo que tivesse dinheiro, não teria como pagar”.
“Invertamos a situação. Se uma companhia de seguro lhe devesse oitocentos dólares, e a senhora não soubesse o nome da
empresa, o que faria? Não tentaria descobrir
quem era?”
A mulher afirmou que sim, e que até
descobriria onde a companhia estava localizada.
Amados, vocês podem ser filhos de
Deus. Podem lhes ser tão queridos quanto
Davi, um homem segundo Seu coração; ou
como Sansão, um juiz de Israel; ou como
Pedro, o primeiro apóstolo. Mas advirto:
Deus odeia o pecado, mesmo cometido por
seus filhos mais queridos. Ele exige que
abandonemos o pecado, que o odiemos,
que sinceramente busquemos consertar os
erros que cometemos.
(Sword of the Lord)
ABSTINÊNCIA E
“MODERAÇÃO”
A revista americana “Reason” publicou
a história de um acidente provocado por
uma jovem de 25 anos. Ela batera de frente
em outro carro, matando o motorista e sua
filha menor de idade. As autoridades
encontraram uma garrafa de vodka quase
vazia no banco do passageiro do carro da
moça. O nível de álcool em sua corrente
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sanguínea era três vezes mais que o
permitido. A motorista se declarou culpada
pelas duas mortes.
Tragédias assim não são incomuns. O
que chamou a atenção foi o fato de a moça
ser autora de um livro sobre consumo
moderado de álcool e fundadora do
“Moderation Management” (algo como
“Bebendo com moderação”), uma
organização cujo objetivo é ajudar
alcoólatras a controlar a ingestão de
bebida. Não muito tempo antes, a moça
havia abandonado a organização e
começado a freqüentar um grupo de
Alcoólatras Anônimos, organização que
acredita que o alcoolismo é uma doença
que pode ser controlada apenas com a
abstinência.
Durante séculos o mundo tem
observado a batalha entre os que advogam
moderação e os que advogam abstinência.
O articulista da revista “Reason” é
advogado e psicólogo e já escreveu vários
livros sobre vícios em geral. Ele afirma que
uma pesquisa do governo nega as
afirmações de que o alcoolismo só pode ser
curado por meio de tratamento e que os
alcoólatras não conseguem reduzir o
consumo de bebida a níveis toleráveis.
Nenhuma das duas organizações
citadas—M.M. e A.A.—conseguiria
explicar o caso de meu pedreiro. Ele estava
fazendo um conserto lá em casa ontem e
perguntei-lhe se já havia aceitado a Cristo
como Salvador. Ele relatou como, de
maneira gloriosa, havia se convertido e
abandonado a bebida. O homem nunca fora
a uma reunião de A.A. e nunca ouvira falar
em M.M.
Perguntei: “Você está dizendo que não
teve de ir parando aos poucos e que
também nunca participou de uma reunião
de Alcoólatras Anônimos?”
Com um sorriso gentil, o ex-alcoólatra
contou que havia entregado sua vida a
Cristo e, desde então, nunca mais bebeu
nem quis beber.
Quem nunca toma o primeiro gole,
jamais será alcoólatra!
(Sword of the Lord)
“De acordo com as melhores evidências
disponíveis, a pena de morte, sem dúvida
alguma, diminui a criminalidade. Nenhum
dos 162 assassinos executados em
Kentucky até agora voltou ao crime.”
(Pulpit Helps)
Quanto mais discussões você ganhar,
menos amigos vai ter.
(Old Union Reminder)
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INCONVENIENTE?
PESSOAS ESTÃO
MORRENDO!
J. Hudson Taylor – Missionário na China
Quando estava em Ningpo, conheci
John Jones que, juntamente com o doutor
Parker, representava a Sociedade para a
Evangelização da China. Impossibilitado de
voltar à minha cidade, juntei-me a esses
irmãos e comecei a trabalhar ali mesmo.
Na tarde do segundo dia, eu e o senhor
Jones já estávamos em uma viagem que
nos aproximava de Sungkiang, cidade
grande e importante daquele país. Decidi
sair do navio e pregar o evangelho à
multidão que juntara no cais e espremia-se
junto aos portões da cidade.
Entre os passageiros do navio estava
Peter, um chinês distinto, viajado, que
estivera na Inglaterra. Como era de se
esperar, ele já tinha ouvido um pouco do
evangelho, mas nunca experimentara seu
poder salvador.
Na noite anterior, eu havia tido uma
conversa sincera com ele sobre a salvação
de sua alma. O cavalheiro ouviu com
atenção e chegou às lágrimas, porém não
observei nenhum resultado concreto.
Fiquei feliz, no entanto, quando ele pediu
para me acompanhar ao cais e ouvir a
mensagem da Palavra.
Fui até o camarote preparar folhetos e
livros que distribuiríamos em terra.
Assustei-me ao ouvir um barulho de água e
um grito, ambos vindos de fora do navio.
Corri para o convés e olhei rapidamente ao
redor. Peter havia desaparecido!
Todos os passageiros olhavam
desesperadamente para o lugar onde Peter
havia caído, mas ninguém fazia um gesto
para salvá-lo. O vento forte empurrava com
violência o barco para frente, apesar da
corrente de água que seguia firme em
direção contrária. A costa desprovida de
qualquer vegetação não oferecia nenhum
marco que nos indicasse a que distância
estava o náufrago.
Na esperança de encontrar Peter, atireime na água. Olhei ansiosamente ao redor,
em suspense agonizante; não vi nada, a
não ser um barco com apetrechos de pesca
que conseguiriam trazer Peter à tona.
“Venham cá!”, gritei, enquanto a
esperança brotava em meu coração.
“Venham cá e joguem a rede bem neste
lugar; um homem está se afogando bem
aqui!”
“Veh bin” (Isto é muito inconveniente),
foi a resposta insensível.
“Não fale em inconveniência!”, gritei em
O AMIGÃO do Pastor
agonia. “Um homem está se afogando,
gente!”
“Estamos pescando e não podemos ir
aí”, foi a resposta.
“Esqueçam a pesca. Eu lhes darei mais
dinheiro do que ganhariam em um dia de
pesca; mas venham já!”
“Quanto você vai nos dar?”
“Não temos tempo para discutir isso
agora! Venham imediatamente ou será tarde
demais. Eu lhes dou cinco dólares.”
“É muito pouco”, replicaram. “Por vinte
dólares salvaremos o homem.”
“Não tenho tanto dinheiro. Venham de
uma vez; eu lhes darei tudo o que tiver.”
“E quanto você tem?”
“Não sei bem—cerca de catorze
dólares.”
Finalmente, mas devagar, o barco se
aproximou e a rede foi lançada. Em menos
de um minuto, o corpo foi içado. Os
pescadores ficaram zangados, indignados
até, porque tentei ressuscitar Peter antes de
lhes pagar a exorbitante quantia. Meus
esforços de nada valeram; uma vida havia
se extinguido.
Culpado!
O incidente me foi profundamente triste
e cheio de significado, lembrando-me de
uma realidade bem mais infeliz. Será que os
pescadores não foram culpados da morte
do pobre chinês, pois tinham as
ferramentas para salvá-lo, se as tivessem
usado logo? Certamente foram culpados.
Mas paremos antes de fazer acusações,
pois não queremos que alguém maior que
Natã responda: “Tu és este homem”
(2Samuel 12.7).
É assim tão maldoso, tão desumano não
salvar o corpo físico? Quão maior será o
castigo daquele que deixar perecer uma
alma e disser como Caim: “Por acaso sou
guardador de meu irmão?” (Gênesis 4.9).
O Senhor Jesus ordena a mim e a você,
meu irmão, minha irmã: “Ide por todo o
mundo e pregai o evangelho a toda
criatura” (Marcos 16:15). Nossa resposta a
Ele será: “Não, agora é inconveniente”?
Vamos lhe dizer que estamos ocupados
com a pesca e não podemos ir? Que
compramos um terreno e não podemos ir?
Que compramos cinco juntas de bois ou
casamos ou estamos envolvidos em coisas
maiores e mais interessantes e não
podemos ir?
Mais cedo que pensamos, “importa
que todos nós compareçamos perante o
tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o bem ou o mal que tiver
feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5:10).
Não nos esqueçamos de orar, de batalhar a
NOV/06
favor dos perdidos, para não pecarmos
contra nossas próprias almas. Pensemos
naquele que afirmou: “Livra os que estão
sendo levados para a morte e salva os que
cambaleiam indo para serem mortos. Se
disseres: Não o soubemos, não o
perceberá aquele que pesa os corações?
Não o saberá aquele que atenta para a
tua alma? E não pagará ele ao homem
segundo as suas obras?” (Provérbios
24:11-12).
(Sword of the Lord)
O médico, achando que a menina à beira
da morte não estava ouvindo sua conversa
com a mãe, comentou: “Pobre criança, ela já
viu dias melhores”.
No entanto ela ouviu, e respondeu: “De
jeito nenhum, doutor. Meus melhores dias
virão quando eu vir o Rei em sua glória”.
(Willian E. Biederwolf)
O melhor caminho para o sucesso é ter
a sabedoria dos mais velhos e o
entusiasmo dos mais novos.
Perdão é desistir do direito de ferir
quem me feriu.
(Old Union Reminder)
Deste lado do túmulo, sofremos e
choramos quando eles se vão. Do outro
lado, eles se alegram e sorriem quando
chegam.
(Billy Sunday)
A misericórdia de Deus nos poupa do
que merecemos (o Inferno), e a graça de
Deus no dá o que não merecemos (o Céu).
(Shelton Smith - Sword of the Lord)
Vivemos o que cremos; o resto é papo
religioso.
(Pulpit Helps)
A SABEDORIA DE SALOMÃO
“Uma língua saudável é árvore de
vida, mas a perversidade nela quebranta o espírito.”
PROV: 15:4
O AMIGÃO do Pastor
NOV/06
dades diárias, e um dia todos nos encontraremos diante do livro, quer seja no tribunal
de Cristo ou no trono branco. Deus é um
guarda-livros.
O grande Daniel Webster disse que o
pensamento mais fantástico que lhe cruzou
a mente foi o de que um dia estará na presença de Deus. Certo evangelista disse:
“Todos nos tornamos covardes quando
pensamos no dia de prestação de contas”.
COMO DOMAR A
LÍNGUA
Dr. Bob Kelley
Um dos ensinos mais claros da Bíblia é
que o Deus que julga todas as coisas mantém um arquivo acurado de todas as nossas palavras, pensamentos, obras e também
motivos.
Psicólogos afirmam que dez mil pensamentos atravessam o cérebro humano diariamente. Eu lhes afirmo que Deus conhece
cada um deles.
Em Mateus 10 Jesus afirma que nem um
pardal cai sem o conhecimento de Deus. No
Salmo 147.4 Deus chama as estrelas pelos
nomes. Se ele toma ciência dos pardais e do
movimento das estrelas, certamente conhece e registra os caminhos dos homens. Um
conjunto musical evangélico canta o seguinte:
Ele vê tudo o que faço.
Ele ouve tudo o que digo.
Meu Deus escreve o tempo todo, o
tempo todo.
Meu Deus escreve o tempo todo.
Céu, um lugar de arquivos
Quero provar-lhes que o Céu é um lugar
de arquivos divinos.
Jó, um dos mais antigos escritores bíblicos, afirmou: “Minha testemunha está no
céu” (16.19).
Daniel teve uma visão “em que se abriram os livros” (3.16).
Malaquias falou sobre “um memorial
escrito” (3.16).
Paulo diz em Romanos 14.12: “Assim,
pois, cada um de nós dará contas de si
mesmo a Deus”.
Uma pergunta: É possível prestarmos
contas do que não foi registrado?
1Coríntios 3.13 e 4.5 afirmam que Deus “manifestará” nossas obras.
Afirmo que Deus registra nossas ativi-
Arquivos da língua
Tudo o que disse até agora foi com a intenção de mostrar este ponto incisivo:
Deus mantém um registro acurado do uso
que fazemos de nossa língua, das palavras
de nossa boca.
Em Salmo 19.14 lemos: “As palavras dos
meus lábios e o meditar do meu coração
sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” Se
tomamos cuidado para que nossas palavras
sejam aceitáveis no mundo, devemos cuidar muito mais para que sejam aceitáveis no
dia do juízo.
Em Mateus 12.36 Jesus adverte que
“toda palavra frívola que proferirem os
homens, dela darão conta no Dia do
Juízo”.
Eis um aspecto em que somos bem descuidados. Levantamos de manhã, beijamos
a esposa, engolimos o café e, totalmente inconscientes de que Deus está anotando
nossas palavras, nos atiramos a um mundo
apressado, frenético, louco. Damos um
“chega pra lá” no pastor, somos grosseiros
com os amigos, descemos a língua nos inimigos e geralmente espirramos veneno
cada vez que abrimos a boca.
Como isso é diferente do cristianismo
do Novo Testamento!
Em Efésios 4.32 Paulo ensina que devemos ser “benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros” em amor. Em
Colossenses 4.6 ele afirma que nossa palavra deve ser “sempre agradável, temperada com sal”. Ou seja, nossa boca deve ser
um agente conservante, e não poluidor.
Nunca consegui entender como os santos na graça conseguem se livrar do cigarro, adotar novo estilo de roupa, abandonar
os divertimentos mundanos, mas acham
que têm o direito de conservar um vício—a
língua ferina, venenosa. A mesma graça que
destrói o hábito de fumar e dançar também
pode acabar com a língua maldosa.
Gosto das palavras de Agostinho:
“Quem fala mal de alguém ausente de minha mesa não é bem-vindo à minha mesa”.
Tiago 3: o capítulo da língua
Tiago 3 é o único capítulo da Bíblia dedicado a domar o tigre que vive na cova
Página 7
atrás dos dentes.
Muita gente hoje se preocupa com línguas estranhas; eu, porém, me preocupo
muito mais com as línguas desenfreadas.
Leiam cuidadosamente o capítulo referido e vejam as palavras terríveis que Tiago
usa para descrever a língua.
No versículo cinco ele chama a língua
de “pequeno órgão” que se gaba de grandes coisas. A língua adora o poder. É fanfarrona por natureza. Ela dinamita tudo e todos que estiverem em seu caminho. Alguém
disse que a língua destruiu mais impérios
do que a espada; acabou com mais lares
que o adultério e matou mais igrejas que o
dinheiro.
Lembrem-se de que o Anticristo falará
“grandes coisas”. A boca descontrolada
vive em más companhias.
Pensem no incêndio mais devastador
que já viram. A língua pode fazer a mesma
coisa com a reputação de uma pessoa. Ela é
fogo! Faz uma grande bagunça! É
contaminadora, é um mal desregrado.
Meus amigos, domamos leões, subordinamos raios, controlamos doenças; porém,
muitos de nós somos escravos da língua. O
dragão em nossa boca corre solto, sem
controle nenhum.
I. Transgressões da língua
Observo um grande problema com a
pregação hoje em dia. Alguns pastores se
referem ao pecado, mas poucos pregam sobre ele. Muitos denunciam o pecado, todavia poucos o definem.
Lembro-me que no início de meu ministério ouvia um pastor no rádio falar muito
sobre os modernistas, porém jamais citou
um único nome. Ele pregava contra os vícios mundanos dos cristãos, mas nunca
identificava esses vícios. Eu não quero carregar a mesma culpa, portanto vou apresentar alguns pecados cometidos pela língua,
segundo a Palavra de Deus.
Língua precipitada
Os cristãos geralmente pecam com a língua rápida demais.
Lemos em Provérbios 29.20: “Tens visto
um homem precipitado nas suas palavras?
Maior esperança há para o insensato do
que para ele”. A Bíblia está se referindo à
pessoa cuja língua começa a andar antes de
o cérebro estar engatado. Esse tipo de gente fala só pelo prazer de ouvir a própria voz.
Em Jó 8.2 Bildade pergunta: “Até quando falarás tais coisas? E até quando as
palavras da tua boca serão qual vento impetuoso?” Esse tipo de cristão é um tagarela cuja língua não cabe dentro da boca.
Continuação na próxima página
Página 8
“dominar a língua” (da página 7)
Leiam Juízes e conheçam Jefté. Ele pecou porque sua língua era rápida demais.
Língua bajuladora
Vocês já ouviram dizer que a bajulação
abre todas as portas? Não com Deus! Na
verdade, o Salmo 12.3 afirma: “Corte o SENHOR todos os lábios bajuladores”.
Elogios falsos nada mais são que mentiras. Bajular e elogiar só para ganhar favores pessoais é pecar contra Deus. Muitos
cristãos pecam ao elogiar o chefe e dizer
que ele está muito bonito com aquele terno,
quando na verdade o homem mais parece
uma briga de foice no escuro!Por favor, irmãos, nunca mintam para subir na vida.
Este é um pecado da língua.
Língua recriminatória
Não estou me referindo a fofocas. Estou falando de usar a língua como uma alavanca para rebaixar e degradar os outros.
Mateus 7.3-4 chama isso de “procurar argueiro”.
Aprendi que jamais edificarei a mim
mesmo se usar os outros como escada. Ser
capaz de elogiar o sucesso de terceiros é
marca da verdadeira espiritualidade.
Que pecado entre os fundamentalistas
de hoje! Pastores acabando com pastores;
igrejas menosprezando igrejas na tentativa
de promover seus próprios ministérios!
Meus amigos, esse tiro sempre sai pela
culatra. Esse bumerangue geralmente
retorna aos pés de quem o atirou. Oro para
que todos aprendam a lição, em benefício
próprio.
Língua caluniadora
Agora estou falando de fofoca, mexericos. Em Tiago 4.11 lemos: “Irmãos, não
faleis mal uns dos outros”—e acrescento:
“mesmo que seja verdade”. Que benefício
você colhe falando mal dos outros? Se
algo não precisa ser dito, não diga.
Vocês já ouviram alguém dizer: “Não
sou hipócrita. Digo o que penso. Se a carapuça servir, o problema não é meu”?
Existe uma única coisa errada nessa atitude—é maligna. Provérbios 29.11 afirma:
“O insensato expande toda a sua ira”, e
1Pedro 2.1 ensina que devemos nos despojar “…de toda sorte de maledicências”.
Salmo 101.5 “pega pesado” aqui: “Ao
que… calunia o próximo, a esse destruirei”.
Eli imaginou que Ana estivesse bêbada
quando orava no templo. E se ele tivesse
começado a fofocar sobre o que havia
pressuposto?
O AMIGÃO do Pastor
Outras línguas
Existem outras línguas incontroláveis
que poderiam ser mencionadas. Em Efésios
4.29 Paulo menciona a língua suja: “Não
saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”—piadas de duplo sentido, conversa de
sarjeta, crendices populares.
John Wesley afirmou que era perigoso o
cristão ser “dado a brincadeiras”. Quando
eu estava na faculdade, durante um culto o
palestrante contou uma história de “banheiro masculino”. Ele nunca mais foi convidado a voltar.
Em Tito 2.8 Paulo acerta outra língua—
“linguagem sadia e irrepreensível”. Creio
que o assunto tratado é a língua enfurecida,
destrambelhada. A Palavra de Deus ensina
que devemos ser sóbrios, tranqüilos, calmos, serenos. Língua solta e cabeça quente
é o mesmo que brincar com arma
engatilhada.
Alguém disse que “cabeça quente é fruto de coração frio”. Devemos nos fazer três
perguntas antes de abrir a boca: O que vou
dizer é verdadeiro? É necessário? É agradável?
II. Domando a língua
Apresentamos um retrato muito feio da
dona Língua! Não há rodeios: ou você controla sua língua ou ela controla você. O dr.
Bob Jones, pai, costumava dizer: “Todo ser
humano ou está no comando ou é comandado”. E isso é absolutamente verdade em relação à língua! Em Tiago 3.8, o apóstolo
afirma muito francamente: “…a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar”. Você está certíssimo, Tiago; ninguém
consegue domá-la.
Eu, porém, conheço Alguém que pode
muito bem fazer isso—o bendito Espírito
Santo! A chave para domarmos a língua se
encontra em Efésios 5.18-19, onde Paulo ordena que todos os crentes sejam cheios do
Espírito Santo; observem o resultado: “falando entre vós com salmos, entoando e
louvando de coração ao Senhor com hinos
e cânticos espirituais...”.
Meus amigos, se o Espírito Santo pode
controlar o que vocês dizem uns aos outros,
ele também pode controlar o que dizem uns
sobre e para os outros. Graças a Deus, o Espírito Santo é o freio da língua ordenado
por Deus. Uma língua desenfreada é
indicativa de um relacionamento fraco com
o Espírito Santo. Pensem nisso!
Conheci um homem que tinha um cachorro pastor alemão muito bonito e muito
bem treinado. Bastava o senhor Hickman virar a coleira para a esquerda ou direita, e o
animal parecia um marionete. Que bom se o
Espírito Santo tivesse esse controle sobre
NOV/06
nós!
III. O testemunho da língua
Gostaria de terminar com uma sugestão
bem prática. Depois de dezoito anos de
pastorado, descobri que setenta por cento
do testemunho de um cristão é determinado
pelo orifício movente em seu rosto.
O salmista nos oferece um conselho maravilhoso: “Seus louvores estarão continuamente em minha boca”. Se suas palavras
não vão engrandecer a Deus, fique de boca
fechada.
O tio Bud Robinson costumava viajar
de trem. Certa vez, enquanto comprava a
passagem, ele magoou o bilheteiro. Tio Bud
comentou mais tarde: “Sempre que ia à estação, eu ouvia as abelhas das bênçãos de
Deus zunindo no fundo de minha alma. Eu
sentia o cheiro da madressilva florindo”.
Depois de ter magoado o amigo com sua
língua, ele não mais ouviu as abelhas nem
sentiu o perfume da madressilva.
Meu amigo, você nunca ouve as abelhas nem sente o perfume da madressilva?
O problema pode estar em sua língua!
(Sword of the Lord)
UM MÉDICO
REALMENTE CRISTÃO
James R. Adair
Walter L.Wilson, um médico
praticamente calvo, bigodudo e meio
gordinho da Cidade de Kansas, dedicavase o mínimo possível ao tratamento de
doenças físicas; ele devotou quase todo o
seu tempo prescrevendo o Senhor Jesus
Cristo aos corações pecaminosos que
batem no peito da raça humana inteira.
O doutor Walter viajava cerca de
quarenta mil quilômetros anualmente
pregando o evangelho. Ele se tornou
famoso como o médico-pastor dos Estados
Unidos.
Era tão habilidoso ao lidar com o
público como ao tratar um caso médico
complicado. Gentil e compreensível, o
doutor Walter era apto ao usar ilustrações
de seu repertório de fatos diários; histórias
que prendiam a atenção de um garoto
inquieto ou de um executivo preocupado.
Em certa reunião de um Lions Clube,
numa das maiores cidades americanas, o
doutor Walter viu-se diante de um grupo
barulhento, aparentemente desinteressado
em ouvir um sermão previsível. O médico
pediu sabedoria especial a Deus e subiu à
Continuação na próxima página
NOV/06
O AMIGÃO do Pastor
CONDENADO À MORTE
“Fui sentenciado à morte. Joguei fora minha chance de viver. Aproveite sua oportunidade e viva para o Senhor!”
(Escrito em 1994)
Escrevo esta carta na esperança de alcançar e mudar a vida e a mente de alguém. Oro
para que meus leitores mudem de rumo e comecem a viver para Deus enquanto ele chama e
antes que algo verdadeiramente ruim lhes aconteça. por favor, ouçam o que digo, não somente vocês que são jovens, mas também os mais velhos.
Meu nome é K. R. Sou um rapaz negro, de 1.65 de altura e 19 anos. Tenho grandes
habilidades artísticas e consigo realizar o que outros não conseguem. Sou grato por muitas
coisas nesta vida. Uma delas é o fato de ainda estar vivo. Agradeço a Deus por isso!
Gostaria de fazer uma pergunta muito, muito importante: “Você está vivendo para
Deus?”
Pergunto porque tive a oportunidade de fazer as coisas certas, mas resolvi cair no
mundo. Por causa desta decisão é que estou vivendo um pesadelo.
Alguém há de perguntar: “Onde?” Tenham paciência, vou chegar lá. Escrevo esta carta
porque Deus enviou alguém para me pedir que o fizesse. Espero que ela toque alguém—se
não for você, talvez a pessoa a seu lado ou atrás de você—em tempo de salvá-lo.
Escute, você tem tempo de agir corretamente, de ter uma vida maravilhosa, de visitar
lugares e ver coisas novas. Acima de tudo, você tem oportunidade de se tornar alguém na
vida. Sabe, oportunidade é tudo o que algumas pessoas, como eu por exemplo, adorariam
ter novamente. O Senhor Deus está chamando você. É sua oportunidade de se aproximar
dele. Imploro que você aproveite a chance enquanto ele ainda está chamando,
Eu não soube ouvir o chamado de Deus. Ele me chamou muitas vezes. Certa vez busquei saber o que ele queria, e sua resposta foi que eu deveria mudar de vida, e eu mudei.
Aceitei a Cristo como Salvador, uni-me a uma igreja, batizei-me e até fui introdutor durante
os cultos. A essa altura tudo estava indo às mil maravilhas; diria até que foi a melhor época
de minha curta existência!
No entanto, parei de ir à igreja, voltei a infringir a lei, a usar drogas, a roubar, ao homicídio, ao roubo—em outras palavras—AO PECADO. Decepcionei a Deus—o maior erro que
poderia cometer—o que na verdade custou minha vida. Vocês nem imaginam como eu gostaria de poder voltar atrás! Todos sabemos que isso é impossível. Mas, como já disse,
todos têm suas oportunidades. Eu pisei feio na bola, e vocês verão o resultado.
Em 15 de dezembro de 1993, a Justiça de Arkansas me condenou à morte por injeção
por ter matado um homem durante uma tentativa de assalto a um caixa eletrônico, É muito
difícil lidar com a situação agora. Naquela ocasião eu tinha apenas 18 anos. Sou o mais
jovem condenado do corredor da morte. Podem ter certeza de que não quero morrer.
Todos os dias, a primeira pergunta que faço ao acordar é: “Por que eu, Senhor?” No
entanto, sei que sou o único culpado disso tudo. Deus me chamou, porém não lhe respondi. Dei-lhe as costas, e veja onde acabei: no corredor da morte!
Nem em meus piores pesadelos imaginei que algo assim pudesse me acontecer. Minha
situação é resultado de meu afastamento de Deus. Se eu tivesse me mantido fiel ao Senhor,
não estaria onde estou hoje. Como sei disso? Porque o Senhor diz: “Se eu estou no comando, você não precisa saber para onde vai!”
A razão de eu estar escrevendo esta carta é porque Deus está chamando você também.
Ele sabe qual é seu destino. Imploro a você que se volte para Deus, e não contra Deus.
Se você é traficante, ladrão, viciado, assaltante, malvado ou seja lá em que ruindades
Página 9
esteja envolvido, ouça a voz da experiência—“pare agora mesmo!” Esse tipo de
vida tem apenas um resultado: a morte.
A saída é uma só—a que leva a Deus.
Ele me enviou a lhe dizer isso. A salvação é
gratuita, mas apenas àqueles que a buscam.
A salvação não é questão de tentativa, e
sim de confiança—confiança no amor e na
misericórdia de Deus. Jesus é o único caminho. Ninguém é tão mau que não possa ser
perdoado.
Imploro que você dê ouvidos às minhas últimas palavras, mesmo que você
não queira dar atenção a mais nada do que
digo. Deus está mais preocupado com o tamanho de seu coração do que com o de sua
conta bancária. Ele está chamando você
agora!
Nota do editor em Inglês: Conversamos
com o Departamento de Justiça do Estado
de Arkansas e tivemos a confirmação de
que o autor do artigo aguarda a data de sua
execução.
(Sword of the Lord)
“um médico” (da página 8)
plataforma. Quando começou a história
sobre seu “velho amigo, Búfalo Bill”, todas
as atenções voltaram-se, de repente, para
ele.
Sua visita ao famoso show-man
aconteceu na tenda particular de William F.
Cody, que lhe foi especialmente desenhada
pela empresa que o doutor Walter havia
representado muito tempo antes. “Entrei na
tenda para acertar detalhes do programa”, o
médico explicou aos Leões. “No fim da
conversa, perguntei-lhe onde ele passaria a
eternidade. O coronel William F. Cody
(Búfalo Bill) mostrou despreocupação com
o assunto: ‘Minha idéia de felicidade total’,
orgulhou-se, ‘é mandar que meus caubóis
abram um buraco no meio da tenda e
enchem-no com água. Então mergulho meu
chapéu de quase quatro litros na água,
deixo meu cavalo beber primeiro, depois
enfio a cara no chapéu e bebo. Ouvir
dezessete mil pessoas aplaudindo com
todo entusiasmo, é minha idéia do Céu”.
Com este início, o doutor Wilson não
teve problema nenhum em explicar o que a
Bíblia tem a dizer sobre quem vai passar a
eternidade onde. No final da reunião, um
general da brigada aproximou-se do
médico, pois havia sido profundamente
tocado pelo evangelho. Para terminar a
reunião com chave de ouro, ele deu a mão
ao médico e o coração a Jesus.
Era natural que estudantes fossem
atraídos pelo médico. Suas mensagens,
Continuação na próxima página
O AMIGÃO do Pastor
Página 10
QUANDO PAREI DE
FUMAR
C. E. DeWeese
Era um dia ensolarado de primavera em
1966. Minha cidadezinha no estado de
Mississippi é um cartão-postal na primavera.
As azaléias desabrocham, atletas correm pelas ruas e moradores cuidam de seus
jardins.
Meu dia começou como sempre. Saí da
cama, peguei o jornal, sentei-me confortavelmente na poltrona e acendi um cigarro.
Inalei e esperei até que a nicotina saciasse a
carência que havia se acumulado durante a
noite.
Aquele cigarro era o primeiro de muitos
que seriam fumados durante o dia.
O vício havia se instalado gradualmente.
Eu sabia que os pastores de minha denominação não podiam fumar. No entanto,
como alguns colegas, eu fumava mesmo assim.
Tão logo terminava um cigarro, já sentia
necessidade de outro. O vício exigia trinta
cigarros por dia. Eu mastigava chicletes
para disfarçar o hálito, mas o mau cheiro
permanecia. Minha esposa me beijava com
relutância, e eu não a culpava. Todavia meu
desejo pelo cigarro era profundo.
Fui atacado por uma tosse seca. Tossia
noite e dia, porém continuava fumando e
gastando dinheiro com cigarro. Continuava
“empestiando” minha casa. Continuava
tossindo. Tudo isso para ficar alguns momentos livres das garras da nicotina.
Eu queria parar de fumar. Tentava sempre, todos os dias, mas falhava sempre, todos os dias. Apenas alguns minutos, e lá
estava eu acendendo outro cigarro. Eu queria parar de fumar, mas não conseguia.
Num domingo ensolarado, saí da igreja
direto para o hospital. Um amigo da mesma
idade (trinta anos mais ou menos) estava
internado com câncer no pulmão. Naquela
época os pacientes podiam fumar no quarto. Durante minha visita, o amigo puxou um
cigarro do maço e, na cama mesmo, riscou o
fósforo. Fiquei observando enquanto ele
dava baforadas, inalava, exalava e tossia.
Pensei nas conseqüências do meu vício,
enquanto o outro fumava, mas assim que
entrei no carro, acendi um cigarro.
Dois dias mais tarde, fui de novo visitar
meu amigo. Ele usava uma máscara de oxigênio, pois mal conseguia respirar. Sua esposa estava presente. Antes de sair, orei
com eles. Ao entrar no carro, acendi um cigarro.
Voltei no dia seguinte. Ele estava na
U.T.I. Fiquei ao lado de sua esposa. Uma
hora depois, o médico apareceu e colocou a
mão no ombro da mulher. Entendemos o
que havia acontecido.
Ao sair do hospital, implorei: “Senhor,
liberta-me”. Fui direto para a igreja. Entrei
no santuário vazio e ajoelhei-me diante do
altar. Não havia mais ninguém no templo.
Peguei o maço de cigarros do bolso, coloquei-o no altar e admiti: “Senhor, não consigo fazer isso sozinho. Por favor, ajude-me.
Entrego-lhe este maço de cigarros”.
Uma paz extraordinária tomou conta de
mim. Sabia que seria difícil, mas também sabia que o poder de Deus é maior que qualquer vício.
Levantei-me, fui para casa e escovei os
dentes.
Uma hora depois a crise de abstinência
atacou. Parei e orei: “Senhor, ajuda-me a
vencer este ataque”; A crise voltou, e as
orações também. Os ataques foram se espaçando, embora continuassem fortes. O Senhor me deu graça e determinação para persistir.
Duas semanas se passaram. A vontade
desesperada de fumar ainda me atacava. Às
vezes me sentia zonzo, estranho. Deus me
deu forças para dizer não. Seis meses se
passaram. Eu pensava cada vez menos em
cigarro. Um ano depois meus pensamentos
sobre cigarro eram raríssimos.
Faz trinta e três anos que parei de fumar.
Não há mais crises. Não há mais fome de nicotina. Não há câncer de pulmão. A respiração é boa e estou de quinze a vinte mil dólares menos pobre.
“Posso todas as coisas naquele que me
fortalece” (Filipenses 4.13). E você também
pode.
(Pulpit Helps)
NOV/06
“um médico” (da página 9)
salpicadas de filosofia comum, levaram
inúmeros alunos, e até diretores e
professores, a se entregarem a Cristo.
Porém, aqui e ali o médico se deparava com
um estudante problemático que exigia
atenção especial.
Por exemplo, antes do culto na capela
de uma escola, um aluno de dezessete anos
se aproximou e, desdenhoso, perguntou:
“Doutor Wilson, o senhor é o pregador
desta manhã?”
“Eu mesmo”, o médico respondeu.
“Planejo falar sobre coisas interessantes, e
acho que você vai gostar.”
“É provável que não”, foi a resposta,
“uma vez que não acredito nas ‘lorotas’ que
vocês pastores contam.”
“Que coisa!”, o médico exclamou.
“Muito curioso. Agora que você me disse
que não crê nessas coisas, poderia me dizer
no que acredita? O que você crê me
interessa mais do que o que você não crê!
“Só creio no que posso compreender.
Esses mistérios não têm vez comigo”, o
jovem respondeu enfático, e foi sentar-se
ao lado da namorada ruiva; o médico subiu
ao púlpito.
“Vocês têm aqui um rapaz
extraordinário. Ele está no último ano do
colegial. Como formando, ele sabe tudo e
sabe que sabe tudo. Esse jovem acabou de
me dizer que só acredita no que entende.
Assim, quero lhe pedir que nos explique
como uma vaca preta come grama verde e
produz leite branco que vira manteiga
amarela que produz cabelo vermelho na
namorada que ingeriu as duas coisas.”
A risada que ecoou pela capela logo se
tornou em meditação, pois os alunos
entenderam que muitas coisas na vida têm
de ser aceitas pela fé e que nem tudo pode
ser explicado.
O rapaz e a ruiva ouviram com atenção a
mensagem, que durou uma hora e meia.
Durante todo este tempo, o médico fez
comparações entre os milagres de Deus
vistos na natureza e os milagres registrados
na Bíblia.
O doutor Wilson enfatizou a
extraordinária transformação que ocorre
quando uma lagarta (minhoca estofada,
como o doutor diz na brincadeira) se
reveste de sua própria cobertura e
transforma-se em uma linda borboleta, e
instintivamente deixa de se arrastar e passa
a voar.
“Da mesma maneira”, o doutor Wilson
enfatizou, “Deus toma a vida de um
pecador e a transforma até que brilhe com a
Continuação na próxima página
NOV/06
SENHOR, FAÇA-ME UM
DE SEUS SALMÕES!
Bert Hills estava tendo uma de suas
conversas diárias com um amigo, pastor
aposentado de Oklahoma. O velho pescador de almas perguntou se Bert conhecia a
parábola de Mateus 13.37-38. Não? Ele a recitou:
“O reino dos céus é ainda semelhante
a uma rede que, lançada ao mar, recolhe
peixes de toda espécie. E, quando já está
cheia, os pescadores arrastam-na para a
praia e, assentados, escolhem os bons
para os cestos e os ruins deitam fora”.
Com um brilho no olhar, o pastor disse:
Faz mais de quarenta anos que lanço a
rede do evangelho ao mar, e já vi muito peixe ser pego nesta rede.
Você já ouviu falar de um peixe que tem
a espantosa habilidade de se inflar e ficar
duas vezes maior que o tamanho original?
Já vi alguns desse tipo na rede de Deus. Se
as coisas não acontecem de acordo com o
que querem, esses peixes estufavam tanto
o peito que quase explodem.
Existem também as enguias. Quando
tentamos pegá-las com as próprias mãos,
elas escorregam pelos dedos. Peguei algumas na rede do Senhor. Quando achava
que podia confiar nelas, elas escapavam.
Não nos esqueçamos das medusas, ou
águas-vivas. Elas não têm barbatanas nem
espinha, e seguem a correnteza. Mesmo na
rede de Deus, as medusas seguem o vento.
Quando estão no meio dos crentes, agem
como crentes. Quando estão com gente do
mundo, seguem a multidão.
Às vezes pegamos algumas ventosas.
Esses peixes são encontrados no fundo
dos riachos e alimentam-se dos refugos
que chegam até eles. Os que caem na rede
ficam muito infelizes com a situação, e tentam voltar aos detritos da vida o mais rápido possível, pois é lá que se sente em casa.
O barbado é um peixe melhor, mas é preciso ter cuidado ao tocá-lo, uma vez que
suas barbatanas têm espinhos envenenados. Se pegar algum em sua rede, é preciso
coloque umas boas luvas antes de tocá-lo,
se não quiser setas envenenadas em sua
direção.
O AMIGÃO do Pastor
Não nos esqueçamos pescadas; esses
peixes são de briga. Qualquer coisa que
perturbe sua poça d’água conhece o poder
de sua fúria. Às vezes encontramos alguns
desses peixes na rede do evangelho. Se alguém tenta alterar a ordem existente, verá
que estão sempre prontos a contender pela
fé uma vez entregue aos santos.
A truta é um bom peixe, mas não chega
a lugar nenhum. O tempo passa, e a truta
continua sempre no mesmo lugar. Se a água
se agita durante uma reunião, a truta pode
até se afastar para um lado; no entanto,
quando o encontro termina, ela volta para o
lugar de antes.
Nem todas as pessoas conseguem diferenciar um salmão pequeno de uma truta,
porém as diferenças são muitas. O salmão
muda de água em água até alcançar o oceano; ali, mergulha profundamente para se alimentar das coisas providenciadas por
Deus. Quando recebe um chamado do Senhor, esse peixe encaminha-se para o lugar
da desova. Só a morte o impede de fazer
isso. Uma vez lá, o salmão entrega sua vida
para que outro salmão venha a existir.
Bert ouviu tudo com ponderação. Depois de se despedir do velho amigo, caminhou rua abaixo. Silenciosamente ele orava:
“Senhor, faça-me um de seus salmões”.
(R. C. Cunningham)
“um médico” (da página 10)
beleza divina e é perfumada com as graças
celestiais.”
No final da palestra, o médico
observou, visivelmente decepcionado, o
jovem retirar-se do auditório. Porém,
exultou de alegria quando o diretor da
escola o procurou: “Doutor, a perfeição das
coisas de Deus me impressionam
sobremaneira. Por favor, explique-me como
encontrar o Salvador esta manhã”. Seus
olhos se encheram de lágrimas, e ele
continuou: “Tenho fracassado muito na
vida. Ando em círculos, sem chegar a lugar
nenhum. Quero que Deus tome conta de
mim a partir de hoje”.
Depois de uma breve conversa com o
doutor Walter, o diretor pediu que Cristo
limpasse sua vida e fizesse habitação nela.
(Sword of the Lord)
“Se você agir corretamente mil vezes,
ninguém diz nada. Erre uma vez, e vai ouvir
sobre o erro mil vezes.”
(Pulpit Helps)
A morte não é um ponto final, e sim uma
vírgula na história da vida.
(Amos J. Tarver)
Página 11
MULHERES RECATADAS
X MULHERES IMORAIS
Pr. David Cloud
Provérbios 7.7-23
Vi entre os simples, descobri entre os
jovens um que era carente de juízo, que ia
e vinha pela rua junto à esquina da
mulher estranha e seguia o caminho da
sua casa, à tarde do dia, no crepúsculo, na
escuridão da noite, nas trevas. Eis que a
mulher lhe sai ao encontro, com vestes de
prostituta e astuta de coração. É
alvoroçada e contenciosa,, cujos pés não
param em casa; ora está nas ruas, ora, nas
praças, espreitando por todos os cantos.
Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara
impudente lhe diz: Sacrifícios pacíficos
tinha eu de oferecer; paguei hoje os meus
votos. Por isso, saí ao teu encontro, a
buscar-te, e te achei. Já cobri de colchas
a minha cama, de linho fino do Egito, de
várias cores; já perfumei o meu leito com
mirra, aloés e cinamomo. Vem,
embriaguemo-nos com as delícias do
amor, até pela manhã; gozemos amores.
Porque o meu marido não está em casa,
saiu de viagem para longe. Levou consigo
um saquitel de dinheiro; só por volta da
lua cheia ele tornará para casa. Seduziuo com as suas muitas palavras, com as
lisonjas dos seus lábios o arrastou. E ele
num instante a segue, como o boi que vai
ao matadouro; como o cervo que corre
para a rede, até que a flecha lhe atravesse
o coração; como a ave que se apressa
para o laço, sem saber que isto lhe custará
a vida.
1. São diferentes nos caminhos que
percorrem. A mulher estranha não tem
medo de sair “na escuridão da noite, nas
trevas” (Pv 7.9). Seus “pés não param em
casa; ora está nas ruas, ora, nas praças”
(Pv 7.11-12). A mulher recatada, por outro
lado, tem cuidado por onde, quando e com
quem anda. Ela evita lugares onde
tentações morais estão à espreita. Ela evita
ficar a sós com homens. Ela se esquiva de
situações que podem arranhar sua
reputação.
2. São diferentes no modo de se vestir
(Pv 7.10). A mulher imoral usa “vestes de
prostituta”—roupas
apertadas,
transparentes, apelativas—para chamar a
atenção dos homens de maneira sexual. A
mulher recatada, por outro lado, veste-se
Continuação na próxima página
Página 12
“mulheres recatadas” (da página 11)
de modo a NÃO chamar esse tipo de
atenção.
3. São diferentes em espírito (Pv 7.1011). A mulher imoral é “astuta de
coração...alvoroçada e contenciosa”. A
mulher recatada é de “espírito manso e
quieto” (1Pe 3.4).
4. São diferentes em semblante (Pv
7.13). A mulher imoral tem “cara
impudente”. A mulher recatada, por outro
lado, usa de “modéstia” (1Tm 2.9). Paulo
usa aqui o termo grego “aidos”, que “revela
a idéia de olhos abaixados” e significa
“timidez, (em relação a homens, por
exemplo), simplicidade (em relação a Deus)
ou reverência” (Strong).
5. São diferentes em sua religião. A
mulher imoral entrega ofertas e cumpre
suas obrigações religiosas (Pv 7.14), porém
seu coração está longe de Deus. Ela vai à
igreja, no entanto é hipócrita, pois sua vida
particular é indecente. A mulher recatada,
por outro lado, serve a Deus de todo o
coração. Ela é a mesma pessoa tanto na
escuridão da noite quando na luz do dia.
6. São diferentes em sua definição de
amor. A mulher imoral confunde amor com
luxúria, achando que “amor” não passa de
romance e satisfação sexual, não importa o
estado civil da pessoa (Pv 7.18). Esta é a
definição de amor segundo os padrões do
cinema e do rock and roll. A mulher
recatada, por outro lado, sabe que o amor
verdadeiro é compromisso divino dentro do
casamento. O verdadeiro amor significa
obedecer aos mandamentos de Deus (1Jo
5.3).
7. São diferentes no modo de encarar a
vida. A mulher imoral vive apenas o
momento presente; ela não quer saber
como as coisas terminam, mas
simplesmente como se iniciam. Ela não se
preocupa com o julgamento de Deus, pensa
O AMIGÃO do Pastor
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37270-000 Campo Belo - MG
IMPRESSOS
O AMIGÃO do Pastor
somente no prazer do pecado (Pv 7.22-23).
A mulher recatada, por outro lado, sabe que
o prazer do pecado dura pouco; ela
concentra-se nas coisas eternas e não nas
temporárias (Hb 11-24-16).
(Way of Life)
A GRANDE DIFERENÇA
Um orador famoso foi honrado com um
banquete. Depois de todos os discursos e
celebrações, pediram-lhe que recitasse uma
poesia, em obséquio aos convidados. Ele
concordou e deu oportunidade para um
pedido especial.
Depois de alguns minutos de silêncio,
um velho pastor falou: “Cavalheiro, o
senhor poderia recitar o Salmo 23?”
Uma expressão estranha sombreou o
rosto do orador momentaneamente; ele
então respondeu:
“Posso e recitarei, mas com uma
condição: que depois de mim, o senhor,
meu amigo, faça o mesmo”.
“Eu?”, o pastor respondeu em surpresa.
“Não sou orador eloqüente como o senhor.
Todavia, se este é seu desejo, recitarei.”
O orador famoso começou o Salmo de
forma magistral, e manteve o auditório
completamente embevecido. Quando
terminou, a platéia explodiu em palmas.
Quando as palmas terminaram, o velho
pastor se levantou, e o silêncio foi
profundo. Ao término da apresentação, não
se ouviu nenhum ruído de aplausos. Quem
ainda estava com os olhos secos,
mantinha-se em atitude de oração.
O famoso orador colocou a mão no
ombro do velho servo de Deus e com voz
trêmula exclamou: “Meus amigos, eu toquei
seus olhos e ouvidos. Este homem tocou
seus corações. Eu conheço o Salmo do
Bom Pastor, mas ele conhece o Bom Pastor
do Salmo!”
(Sword of the Lord)
Deus prova nossa paciência porque
deseja expandir nossa alma.
(Pulpit Helps)
NOV/06
O QUE WESLEY JAMAIS
CONHECEU
E. Pratt, reverendo metodista da África
do Sul, em visita à terra natal de John
Wesley, escreveu sobre coisas que este
nunca chegou a conhecer.
John Wesley nunca andou de trem nem
de navio nem de bicicleta. Nunca usou
máquina de escrever nem jamais viu uma
máquina de costura. Nunca usou caneta
tinteiro nem pregou sob luz elétrica.
Nunca enviou um telegrama nem falou ao
telefone. Nunca usou máquina fotográfica.
No entanto, sua vida foi mais completa e
rica do que a de milhões de pessoas de
nossos dias.
(Sword of the Lord)
À beira da morte, um nobre inglês
afirmou: “O que gastei, eu tinha; o que
mantive, eu perdi; o que eu dei, eu tenho!”
(Sword of the Lord)
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