Nome: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira Júnior
Curso: Administração – FEA USP/RP
Período: Diurno
Número USP: 6417990
CPF: 230.424.548-00
Carta-Proposta:
O representante discente do Conselho Gestor é o maior cargo político estudantil da faculdade. Sua
principal função é representar os alunos perante o Conselho Gestor do Campus, órgão este responsável
pelas principais decisões e que acabam determinando genericamente às decorridas em toda a
comunidade USP de Ribeirão Preto.
A quantidade de alunos que não fazem a menor idéia de quais são as atribuições de um representante
discente é absurda: o cargo, que é escolhido por nós mesmos, é simplesmente desconhecido por grande
parte de seus representados. Esse é apenas um dos fatores que demonstra o tamanho do desinteresse
político dos uspianos discentes.
É assim exatamente o primeiro ponto a ser proposto: os alunos precisam estar mais próximos de seus
representantes, e vice-versa; precisam conhecer, criticar, sugerir, concordar e discordar das ações, ou a
falta delas. Representatividade é, então, participar ativamente com aqueles que elegemos.
Em anos, essa é a primeira vez que temos uma eleição à representante discente. Já é um primeiro passo
para pensarmos em mudar algumas das atrocidades que existem nos processos de decisão dessa
universidade. Como vamos argumentar e lutar contra os métodos ditatoriais de nossos gestores, se nem
mesmo as escolhas de nossos representantes são feitas de forma democrática e abertas? Um ponto
básico de qualquer processo democrático é a oposição e a diferença de ideias. E, obviamente,
prevalecer sempre à opinião da maioria.
Está na hora de começarmos a tomar medidas mais efetivas e, se necessário, mais enérgicas em relação
a algumas decisões que estão sendo tomadas. Não é mais aceitável termos outros exemplos de ações
ditatoriais e unilaterais, como por exemplo, a normativa divulgada e aprovada há dois anos, um crime
contra os direitos estudantis e democráticos; ou como a tentativa do Conselho Gestor em fechar o
CEFER às 22hrs todos os dias, sendo que algumas aulas terminam às 22h30; ou como o fechamento, à
solda, no Centro de Vivência da FFCLRP, pelo atual Presidente do Conselho Gestor do Campus e atual
diretor daquela unidade, Professor Sebastião de Sousa Almeida (Sebá). Enfim, ações que vão contra os
interesses básicos dos alunos, não poderão ser mais aceitas dentro do Conselho Gestor!
Outro ponto extremamente básico, que precisa urgentemente ser colocado em prática, é a discussão
envolvendo gestores e alunos. É inaceitável que os responsáveis pelas principais decisões de nossa
universidade não estejam em contato constante e direto com nós, estudantes. Sem esse contato, não há
meios para que tenham a mínima percepção sobre as necessidades mais urgentes e os principais
problemas que os alunos enfrentam.
Devemos lutar, sendo incisivos e firmes em nossas posições e opiniões junto aos representantes
docentes. Brigar por mais voz nos processos decisórios é básico, nunca devemos parar!!! Também é
inaceitável que nos acomodamos com algumas vitórias e nos demos por satisfeitos!
Não podemos mais aceitar também que eles, dirigentes, interfiram prejudicando o uso de nossos
espaços. Precisamos, em caráter de urgência, de total autonomia e independência dentro daquilo que
nos foi destinado.
Enfim, a mudança tem que ser imediata. O regime totalitário e antidemocrático exercido por alguns dos
gestores desse campus deve ser questionado e combatido.
Apoio:
Atlética Filô
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