TEMPOS
SOCIOLOGIA
v
-áãttb, SBftÊk
ÊEÈSÈ iUUBIÊb
SOCIOLOGI
Volume único
Ensino Médio
Capítulo 5: A
acelerada
coordenação
Helena
metrópole
Bomeny
Doutora e m Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Estado do Rio
de Janeiro.
Professora titular de Sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Pesquisadora do CPDOC/FGV e professora da Escola Superior de Ciências
Sociais da FGV.
Coordenadora geral do Setor de Ensino de Graduação do CPDOC/FGV e
Coordenadora geral da Escola Superior de Ciências Sociais da FGV (2006-2010).
Bianca
Freire-Medeiros
Doutora e m História e Teoria da Arte e da Arquitetura pela Binghamton
University/SUNY.
Pesquisadora do CPDOC/FGV e professora da Escola Superior de Ciências
Sociais da FGV.
Dado* Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Tempos modernos, tempos de sociologia / coordenação
Helena Bomeny. Bianca Freire-Medeiros. - São Paulo : Editora do
Brasil, 2010.
ISBN 978-85-10-04823-1 (aluno)
978-85-10-04824-8 (professor)
Bibliografia
1. Sociologia (Ensino médio) I. Bomeny, Helena. II.
Freire-Medeiros, Bianca. III. Série.
10-01205
CDD-301
Índices para catálogo sistemático:
1. Sociologia : Ensino médio 301
F U N D A Ç Ã O
1 edição, São Paulo, 2010
a
E D I T O R A d o BRASIL
GETÚLIO VARGAS
5
A
metrópole
acelerada
Carlitos "engolido" pelas engrenagens em cena do filme T e m p o s m o d e r n o s .
O dia de trabalho chega ao fim. Os operários estão exaus-
rios e seguranças tentam contê-lo, mas Carlitos, incontrolá-
tos, mas o dono da fábrica dá ordem para acelerar a produ-
vel, cone para a rua. Aí, depois de borrifar o enfermeiro, é
ção. Carlitos tenta heroicamente acompanhar o ritmo, mas
metido numa ambulância que o conduzirá ao manicômio.
já não consegue: em uma das cenas mais famosas da his-
Na cena seguinte, Carlitos, bem mais calmo - não
tória do cinema, se atira sobre a esteira que passa à sua
mais usando o macacão de operário, e s i m o famoso temo
frente e é literalmente engolido pelas engrenagens circu-
preto, chapéu coco e bengala -, deixa a clínica psiquiátri-
lares que compõem a máquina gigantesca. Sob o olhar in-
ca. Antes de partir, escuta atentamente o conselho do mé-
crédulo do "rebanho", a "ovelha negra" enlouquece.
dico: "Vá com calma e evite a excitação". Será realmente
Após ser cuspido de volta pela máquina, tomado por
uma
possível viver sossegado nestes tempos modernos?
espécie de transe, Carlitos aperta os narizes dos cole-
gas com suas chaves como se fossem roscas, persegue até
Apresentando
Georg
Simmel
a rua a secretária do dono da fábrica, querendo apertar os
botões de sua saia, em seguida persegue outra mulher,
Um ótimo autor para nos acompanhar nesta cena e aju-
agora fixado nos botões de sua blusa e entra de novo na
dar
fábrica fugindo de u m guarda que se aproxima. Aí mesmo
sociólogo que estudou temas variados. Especialmente
é que as coisas pioram: ele liga e desliga máquinas, explo-
interessante para nós é seu ensaio sobre a vida nas me-
a compreender o surto de Carlitos é Georg Simmel,
de fusíveis, borrifa óleo nos colegas, saltita loucamente
trópoles modernas, no qual analisa a relação entre os d i -
pela linha de montagem, se dependura em u m enorme
versos aspectos da vida social e da vida psíquica, ou seja,
gancho, borrifa óleo no próprio dono da fábrica! Os operá-
entre o ambiente urbano e a personalidade das pessoas.
48
Embora o nome de Georg Simmel nem sempre apareça entre os dos pais da sociologia,
sua obra teve grande importância no desenvolvimento do conhecimento sociológico.
Uma de suas preocupações foi, assim como Durkheim, discorrer sobre os objetos e a
metodologia próprios dos estudos da sociedade.
Simmel teve sua obra marcada pelo intenso crescimento urbano por que passava
Berlim, capital alemã, no final do século XIX e início do século XX. Atento a essas mudanças,
desenvolveu um método de análise que ficou conhecido como m i c r o s s o c i o l o g i a ,
propondo olhar para os fenómenos sociais nas suas pequenas manifestações. Para ele, a
sociedade estava em constante transformação, sendo feita e refeita a partir das relações
do dia a dia.
Formado em história e filosofia, Georg Simmel foi muito influenciado pelo filósofo ImmaGeorg Simmel, c. 1900.
nuel Kant, embora tenha sido na análise sociológica que empreendeu seu maior esforço. Os
temas mais explorados em sua obra são a modernidade, o indivíduo moderno e a importân-
Georg
Simmel
cia social do dinheiro. Sobre esse tripé, analisou as mais diversas formas de interação,
tendo como pano de fundo a questão mais ampla da relação entre indivíduo e sociedade.
(Berlim, 1 de março de 1858 — Estras9
burgo, 28 de setembro de 1918)
Tempos
Suas principais obras são coletâneas de ensaios, e entre seus textos mais famosos
destaca-se A s g r a n d e s c i d a d e s e a v i d a d o espírito (1903).
nervosos
A Modernidade, incontestavelmente, m u d o u o ritmo da
produção. M a s não só isso: mudou o ritmo das ruas, das
cidades, da vida. N a verdade, tudo foi se acelerando. A s
formas de entretenimento são bons exemplos: a quietude exigida pela leitura contrasta radicalmente com a velocidade da montanha-russa ou do cinema de ação. Nossa capacidade de percepção também se alterou: pense
na quantidade de variáveis em que você precisa prestar
atenção enquanto joga uma partida de videogame.
Não
por acaso, as habilidades dos jovens do século X X I deixam os mais velhos perplexos: falam ao telefone, checam
e-mails,
escutam música e fazem o dever de casa ao mes-
mo tempo!
Georg Simmel viveu muito antes deste nosso tempo
Trânsito na cidade do Rio de Janeiro, 26 de março de 2008.
de hoje, mas formulou u m conceito que nos ajuda a pensar n a aceleração do cotidiano e em suas consequências
psíquicas: o conceito de intensificação
nervosa.
Os automóveis e transportes coletivos foram inovações
No contexto da cidade, dizia ele, somos frequentemente
tecnológicas que facilitaram a vida das pessoas nas cida-
expostos a estímulos - imagens, sons, rostos, anúncios -
des.
que acabam exigindo de nós u m a sensibilidade específi-
novos desafios à vida moderna, como os congestiona-
ca. Temos que ser capazes de nos concentrar, de manter
mentos de trânsito. Criadas para encurtar distâncias e
da vida
No entanto, essas mesmas tecnologias trouxeram
u m ritmo acelerado de produção e de nos adequar a u m
economizar tempo, elas também impingiram aos homens
tempo marcado por u m "calendário estável e impessoal".
a complexa tarefa de organizar o tráfego urbano. Surgiu,
Os avanços tecnológicos e a racionalização da vida - lem-
inclusive, a necessidade de uma área específica no cam-
bre-se do que M a x Weber ensinou - contribuem para que
po da engenharia para tratar dessa nova questão urbana:
o cotidiano se torne ao mesmo tempo mais simples e mais
a engenharia de transportes.
complicado.
49
Se você nasceu ou mora em uma cidade grande há
muito tempo, dificilmente pensa, antes de sair de casa, no
O ritmo do tempo nas cidades grandes
quanto é complicado caminhar em meio a uma multidão
apressada. Mas, para que isso não seja u m problema,
você precisou ser s o c i a l i z a d o , precisou adquirir certos saberes que hoje são automáticos no seu comportamento:
como desviar dos outros transeuntes enquanto presta
atenção no sinal de trânsito e nos carros; como ignorar
certos sons e estar atento a outros (uma sirene ou buzina,
por exemplo); como manter o foco quando tantas imagens
passam pela janela do ônibus; como agir quando está cercado por rostos estranhos.
Acertando os ponteiros: o relógio da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, 23 de outubro de 1963.
As relações e oportunidades do habitante típico da cidade
grande costumam sertão variadas e complicadas, e sobretudo: mediante a acumulação de tantos homens, com interesses tão diferenciados, suas relações e atividades engrenam
um organismo tão complexo que, sem a mais exata pontualidade nas promessas e nas realizações, o todo se esfacelaria
em um caos inextricável. Se repentinamente todos os relógios de Berlim andassem em direções variadas, mesmo que
apenas no intervalo de uma hora, toda a sua vida e tráfego
económicos, e não só, seriam perturbados por longo tempo.
A isto se acresce, de modo aparentemente ainda mais exteLinha 3-vermelha, a mais populosa do mundo em número de passageiros por quilómetro, 17 de abril de 2008 por volta das 19 horas,
em São Paulo, SR
rior, a grandeza das distâncias, que torna toda espera e viagem perdida uma perda de tempo insuportável. Assim, a técnica da vida na cidade grande não é concebível sem que
todas as atividades e relações mútuas tenham sido ordenadas em um esquema temporal fixo e suprassubjetivo.
Georg Simmel, A s g r a n d e s c i d a d e s e a v i d a d o
espírito,
1903.
O que hoje já se tornou u m comportamento em
grande medida naturalizado foi objeto de reflexão das
ciências e das artes na virada do século X I X para o X X .
Cientistas, filósofos, literatos e poetas escreveram sobre
os novos "choques" cotidianos e suas consequências - positivas e negativas - para a personalidade dos indivíduos.
Como explica o antropólogo Luiz Fernando Duarte, foi
nessa época que os psiquiatras criaram u m novo vocabulário clínico em torno da "doença dos nervos", com a intenção de explicar as "perturbações de caráter", "irritações", "tensões" e "surtos" a que estariam submetidos
os que vivem nas grandes cidades. Esse vocabulário,
aliás, se atualiza continuamente: hoje, por exemplo, é comum
Pedestres atravessam avenida na cidade de Manaus, A M .
50
explicarmos reações típicas da vida nas grandes ci-
dades usando a palavra "estresse".
Georg Simmel argumentou em seus escritos que,
medievais seria capaz de adquirir ao longo de toda a sua
para lidar com os novos estímulos e acelerações, com a
vida. M a s certamente a parcela daquilo que o homem me-
intensificação da vida nervosa, os habitantes das grandes
dieval conseguia apreender da cultura de sua época era
cidades desenvolveram u m comportamento estranho ao
maior que a que o homem de hoje consegue processar.
mundo rural e à cidade pequena, a que chamou de atitude
Isso mostra, segundo Simmel, que na vida moderna existe
de r e s e r v a . Homens e mulheres urbanos, para preservar
um fosso intransponível entre o que ele chama de c u l t u r a
sua sanidade mental, acabam se fechando, se protegendo
subjetiva e cultura objetiva.
dos estímulos exteriores, se distanciando das emoções
É fácil perceber que nas sociedades modernas o nú-
cotidianas. Aprendem a se tornar indiferentes àquilo que
mero de livros, de músicas, de espetáculos, de filmes, de
não lhes diz respeito diretamente, a mergulhar em si mes-
teorias, de ideias que estão à nossa disposição é enorme.
mos,
a prestar atenção apenas ao seu pequeno círculo de
Além disso, nossas sociedades se caracterizam pela pre-
convívio. Imagine, por exemplo, se você tivesse de cum-
sença de u m imenso acervo de máquinas, equipamentos,
primentar ou saber o nome de cada pessoa com que você
brinquedos, instrumentos, objetos de uso comum - uma
cruza no caminho entre sua casa e sua escola. Se você
lista interminável de bens que se multiplicam a cada dia,
mora em uma cidade grande, isso é simplesmente incon-
ocupando o lugar da novidade de ontem e já anunciando
cebível. Simmel descreve essa impossibilidade com as
que ficarão obsoletos amanhã, numa espiral sem fim. Es-
seguintes palavras.
ses bens são obras do intelecto, do engenho e da criatividade de homens e mulheres, mas não pertencem exclusi-
A atitude espiritual dos habitantes da cidade grande uns
vamente a seus criadores, porque estão disponíveis a
com os outros poderia ser denominada [...] como reserva.
todos que puderem usufruí-los ou adquiri-los: são bens
[Na cidade grande] somos coagidos àquela reserva, em
públicos. A propaganda cuida de mostrar essas novida-
virtude da qual mal conhecemos os vizinhos que temos
des a cada instante para convencer a todos de que vale a
por muitos anos, e que nos faz frequentemente parecer,
pena adquiri-los e usá-los.
ao habitante da cidade pequena, como frios e sem ânimo.
A vida metropolitana nos expõe a tudo isto: ao gosto
Decerto [...], o lado interior dessa reserva exterior não é
pelos bens produzidos pela cultura e à ansiedade por não
apenas a indiferença, mas sim [...] uma leve aversão, uma
sermos capazes de tudo conhecer e/ou adquirir; ao movi-
estranheza e repulsa mútuas [...]. Toda organização inte-
mento incessante das ruas e à sensação de solidão que
rior de uma vida de circulação ampliada [...] baseia-se em
experimentamos mesmo cercados por uma multidão; ao
uma gradação extremamente multifacetada de simpatias,
gosto de saber que não somos vigiados por nossos conhe-
indiferenças e aversões, das mais efémeras como das
cidos e ao medo de não sermos conhecidos por ninguém;
à sensação de liberdade ao caminharmos sem explicar por
mais duradouras. [...]
Essa reserva [...] garante precisamente ao indivíduo
que estamos vestidos assim ou assado, e ao receio de não
sermos socorridos por alguém, caso necessitemos. Aproxi-
[...] uma medida de liberdade pessoal [...].
Georg Simmel, A s g r a n d e s c i d a d e s e a v i d a d o espí-
mação e distanciamento são duas faces da mesma moeda.
São o paraíso e o inferno da vida moderna. Esse foi u m
r i t o , 1903.
tema estudado por Simmel, sobre o qual também escreA vida na metrópole acelerada seria marcada, por-
veram muitos pensadores geniais, como, por exemplo,
tanto, pela pluralidade de experiências e pelo anonimato
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, que revolucionou a
das interações.
maneira de pensar os assuntos da vida do espírito. Leia o
que Freud escreveu no boxe da página seguinte.
A cultura
subjetiva
e a cultura
objetiva
Enquanto Emile Durkheim apostava em u m reavivamento da moral como solução para a anomia ou para a falta
Georg Simmel nos aponta u m paradoxo fundamen-
de coesão da sociedade, Georg Simmel nos deixa como
tal da vida moderna: partindo do princípio de que a capa-
mensagem uma postura bem mais pessimista. Não é difícil
cidade dos indivíduos de absorver informações tem u m
imaginar o primeiro aconselhando Carlitos a se juntar a
limite, à medida que aumenta a oferta de informações dis-
uma corporação profissional. M a s não é fácil pensar no que
poníveis, reduz-se proporcionalmente a parcela desse
o segundo poderia dizer. O conselho do médico ao despe-
acervo que cada indivíduo pode reter. Para dar u m exem-
dir-se de Carlitos no manicômio - "Vá com calma e evite a
plo:
a simples leitura de uma revista semanal talvez nos
ofereça mais informação do que u m homem dos tempos
excitação" - não faria sentido para Simmel, porque a vida
moderna é por si só repleta de estímulos excitantes.
51
Sigmund
A vida moderna, que se mostrou tão promis-
Freud
Não existe, então, nenhum ga-
sora para o desenvolvimento da individualidade, do
nho no prazer, nenhum aumen-
gosto pessoal, da cultura subjetiva, enfrenta ainda
to inequívoco no meu senti-
outro desafio: a atração exercida pela cultura objeti-
mento de felicidade, se posso,
va, que iguala os homens e ofusca suas singularida-
tantas vezes quantas me agra-
des. A "vida do espírito" dos indivíduos urbanos
escutar a voz de um filho
enfrenta a tensão entre a originalidade e os cons-
meu que está morando a milha-
tantes convites para seguir os passos da civilização,
de,
res de quilómetros de distân-
S
i
g
m
u
n
d
F r e u d
1
9
3
fazendo o que todo mundo faz, gostando do que
0
cia ou saber, no mais breve
todo mundo gosta e tendo o que todo mundo tem.
tempo possível depois de um amigo ter atingido seu desti-
Haja nervos!
no, que ele concluiu incólume a longa e difícil viagem? [...]
Se não houvesse ferrovias para abolir as distâncias, meu
filho não teria jamais deixado a cidade natal e eu não pre-
TESTANDO
cisaria de telefone para poder ouvir a sua voz; se as viagens marítimas transoceânicas não tivessem sido intro-
SEUS CONHECIMENTOS
duzidas, meu amigo não teria partido em sua viagem por
mar, e eu não precisaria de um telegrama para aliviar minha ansiedade a seu respeito.
Sigmund Freud, 0 m a l - e s t a r n a civilização,
1930.
1. MONITORANDO A APRENDIZAGEM
1.
I m p r e s s i o n a d o c o m a v a r i e d a d e de e s t í m u l o s que os m o radores das cidades grandes d o início do século X X t i -
Recapitulando
n h a m de enfrentar a cada d i a , G e o r g S i m m e l analisou as
Você aprendeu com Georg Simmel que a cidade
situação. C o m p a r a n d o a época de S i m m e l c o m os dias
grande oferece a cada u m de seus habitantes múl-
de hoje, você acha que a l g u m a coisa m u d o u ?
habilidades q u e eles d e s e n v o l v i a m para lidar c o m essa
tiplos estímulos que contribuem para formar uma
2.
personalidade psíquica peculiar. U m cidadão urbano é socializado a cada dia para enfrentar situações
com
É interessante notar que o filme de Chaplin não localiza,
alto nível de excitação, que exigem o desenvol-
e m momento algum, e m que cidade se passa a história
vimento de habilidades específicas. Exemplos:
narrada. É como se T e m p o s m o d e r n o s pudesse ter como
mover-se na multidão, usar seletivamente os senti-
cenário qualquer metrópole industrial. O drama de Carlitos
dos e comportar-se de maneira reservada quando
julgar necessário.
Com
cidade do mundo capitalista dos anos 1930.
Simmel nos faz pensar sobre um interessante paradoxo:
mais complexo. A modernidade ampliou os horizon-
à medida que as metrópoles crescem aceleradamente,
tes dos indivíduos, mas trouxe novos desafios. Nas
metrópoles, a complexidade da vida aumenta por
causa da enorme massa de indivíduos que nelas vias filas para o atendimento em repartições pú-
blicas, supermercados e hospitais são grandes e
lentas; os congestionamentos de trânsito podem
durar muitas horas em cidades como São Paulo ou
Rio de Janeiro. Morar em grandes centros urbanos
muitas vezes significa ter de esperar quando se tem
pressa. Nada mais estressante do que isso.
52
e dos demais personagens, seus surtos e apostas, poderiam ser os mesmos de qualquer habitante de uma grande
a vida moderna nasceu u m paradoxo: o
cotidiano ficou ao mesmo tempo mais simples e
vem:
Leia o t e x t o a seguir.
•
suas diferenças internas t a m b é m aumentam, e isso as
torna semelhantes e m muitos aspectos. Por exemplo, há
mais semelhanças entre os centros de negócios de São
Paulo e Nova York - ambos com seus arranha-céus, seus
espaços climatizados, seus clientes de terno e gravata do que entre a rica zona norte de São Paulo e sua periferia.
Do mesmo modo, Kibera e Darahvi - respectivamente as
maiores favelas da África e da Ásia - t ê m mais semelhanças entre si do que com os espaços de moradia e lazer
reservados às elites do Quénia e da índia.
A p o n t e o u t r o s e x e m p l o s que a j u d a m a refletir sobre esse
a) A situação ilustrada na tira corresponde a algum ensinamento
processo de diferenciação e identificação entre os vários
de Georg Simmel sobre a vida nas grandes cidades? Qual?
lugares d o planeta.
b) Você acha que essa f o r m a de c o n v i v ê n c i a é p r ó p r i a dos
m o r a d o r e s das g r a n d e s cidades?
2. ASSIMILANDO CONCEITOS
1.
c) M e s m o nas cidades g r a n d e s haveria espaço para o u t r o
Observe a charge abaixo:
t i p o de sociabilidade entre os i n d i v í d u o s ? Cite e x e m p l o s .
d) Quais seriam as v a n t a g e n s e d e s v a n t a g e n s do c o m p o r t a m e n t o reservado dos i n d i v í d u o s na sociedade m o d e r n a ?
3. OLHARES SOBRE A SOCIEDADE
1. A canção abaixo traduz as impressões de seu c o m p o s i t o r
sobre a v i d a no m u n d o m o d e r n o .
STOP
STRESS
S t o p s t r e s s que eu tô ficando louco
Sfop s t r e s s me tira do sufoco agora
Interno ao mundo moderno de ténis, terno e gravata
Batendo lata com lata lotado de confusão
Eu já perdi a razão, o cabelo, o s w i n g , o sangue,
Maldito trânsito, charge de Jean. Fo/ha de S. Paulo,
abr. 2008.
a) Descreva a situação retratada na charge e interprete-a.
b) A situação retratada na charge se enquadra naquilo que Georg
Simmel chamou de paradoxo da modernidade? Explique.
c) De que f o r m a essa i m a g e m se articula c o m os ensinam e n t o s de S i m m e l sobre a " v i d a do e s p í r i t o " na cidade
grande?
O pandeiro, o tempero e todo dinheiro do mês
Sempre de mal com tudo, falando mal do mundo
Eu ia atrás dos passos de vocês
Estressadinhos da Estrela, complicadinhos da Troll
Tô fora da brincadeira de pilha eu tô legal
Sfop s t r e s s ...
Sem paradeiro, sem rumo, sem dica, sem direção
2. Leia a tira abaixo:
Sem solução, sem soluço, uhh! Sem confusão
Sozinho e sem destino, sem tino eu vou ficar
PESQUISA!
A SENHORA CONHECE
BEM SEUS
VIZINHOS?
LOSICO! AQUI DO LADO TEM
O . . . O . . . C O M O É MESMO
O NOME DELE?
Soltinho feito um menino sem ter com que preocupar
Vou me mandar desse estado vou me mudar de canal
Num verso de Jorge Amado cantado por Dorival
Bem longe desse negócio, troquei o estresse por uns
dias de ócio
E no mais, tchau!
Sfop sfress...
Não me acompanha que eu não sou novela
Sai do meu pé, tem horas que essa vida pela, mas espera
AQUI EM FRENTE
MORA A...A...
AHI ESQUECI O
NOME DELA!
Que saco! Por que que eu tenho que engolir?
BEM, MAS
CONHEÇO MUITO BEM
O PESSOAL AQUI
DE CASA..,
SERVE?
Correr, correr, correr... Atrás de quê? Peraí!
Parece que o mundo vai fugir, mas quem foge é a
minha paz
Ei rapaz me traz um chope bem gelado e um bom livro
Que eu tô fechando para reciclagem.
Sfop sfress...
Línox, Sfop S r e s s , CD P o s i t i v o , 2006.
© Madre Música Editora
53
a) Que aspectos da cultura o b j e t i v a , s e g u n d o a definição de
S i m m e l , estão presentes nesta canção de Linox?
•
em primeira mão, somos capazes de ter acesso a inúme-
b) 0 v e r s o " E u t ô f e c h a n d o para r e c i c l a g e m " traduz o dese-
ras outras quando estabelecemos contato, por meio de
j o de preservar a i n d i v i d u a l i d a d e o u , c o m o diria S i m m e l ,
relatos dos mais velhos, livros, filmes, viagens, e t c , com
de desenvolver a cultura s u b j e t i v a . Há o u t r o s versos e m
os modos de vida de épocas e lugares e m que uma ou
q u e essa m e s m a ideia aparece? Quais?
outra tecnologia ainda era desconhecida. Esse tipo de
c) A e x e m p l o de Linox, retrate u m a situação de estresse da
v i d a m o d e r n a e a p o n t e u m a estratégia (diferente d o iso-
contato com o a n t e s de determinada tecnologia toma fácil
perceber as transformações por ela geradas no d e p o i s .
Quem não sabe que, antes da energia elétrica, a família
l a m e n t o ou f u g a da cidade) para superá-la.
2.
Leia o trecho a seguir, retirado d o conto O h o m e m d a
se reunia ao redor do piano? Quem desconhece que, depois
escrito por Edgar A l l a n Poe e m m e a d o s d o sé-
da energia elétrica, o piano foi substituído pelo rádio e, ainda
multidão,
culo X I X .
mais recentemente, pela televisão? Alguém que tenha uma
geladeira que já parou de funcionar pode desconhecer as
A maior parte dos que passavam tinha o aspecto de gente
transformações que esse eletrodoméstico gerou na nossa
satisfeita consigo mesma e solidamente instalada na vida.
relação com o mercado de suprimentos? Quantos de nós,
Parecia que pensavam apenas e m abrir caminho por entre
acostumados que estamos às calculadoras de bolso, ainda
a multidão. Franziam o cenho e lançavam olhares para to-
sabemos fazer contas de cabeça ou na ponta do lápis?
dos os lados. Se recebiam um encontrão dos que passa-
Não parece haver dúvidas de que nossos comporta-
vam mais perto, não se descompunham, mas endireita-
mentos e hábitos podem sofrer alterações e m função do
vam as roupas e se apressavam e m prosseguir. Outros, e
desenvolvimento de novas tecnologias. O difícil é perce-
também esse grupo era numeroso, moviam-se de maneira
ber que algumas tecnologias t ê m impactos bem mais pro-
descomposta, tinham o rosto afogueado, falavam entre si
fundos sobre os seres humanos que a elas são expostos,
e gesticulavam, como se justamente no meio da multidão
chegando m e s m o , embora e m raros casos, a gerar trans-
incalculável que os cercava, se sentissem perfeitamente
formações internas radicais. Em outras palavras, embora
sós.
Quando tinham que parar, deixavam inesperadamente
seja fácil detectar que novas tenologias t ê m o poder de
de murmurar, mas intensificavam sua gesticulação, e es-
alterar nossos hábitos e nossas formas de agir, é b e m
peravam, com u m sorriso ausente e forçado, que tivessem
mais difícil registrar que algumas tecnologias t a m b é m po-
passado aqueles que os atrapalhavam.
dem alterar radicalmente nossos modos de ser (como
pensamos, como percebemos e organizamos o mundo
externo e interno, como nos relacionamos com os outros
a) O t e x t o descreve u m a cena passada na cidade de Londres
e c o m nós mesmos, como sentimos etc.) [...]
m a i s de 150 a n o s atrás. Quais d o s aspectos descritos são
Ana Maira Nicolaci-da-Costa. Revoluções
v á l i d o s para pensar u m a m e t r ó p o l e brasileira n o s dias
e transformações
de hoje?
tecnológicas
s u b j e t i v a s . P s i c o l o g i a ; Teoria
e
P e s q u i s a , Brasília, v. 18, n . 2 , 2 0 0 2 .
b) Que aspectos descritos p o r Poe p o d e m ser pensados
c o m o u m " m o d o de vida u r b a n o " i n d e p e n d e n t e m e n t e de
t e m p o e lugar?
c) O t e x t o fala da solidão e m m e i o à m u l t i d ã o . De q u e f o r m a
MULTIDÃO DE SOLITÁRIOS
isso nos remete ao p e n s a m e n t o de Georg S i m m e l sobre
as grandes cidades?
Para os jovens que moram com a família, o quarto costuma ser uma extensão da personalidade, o "esconderijo"
4. EXERCITANDO A IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA
que lhes permite ficar horas isolados, falando ao telefone,
Leia os dois textos abaixo.
ouvindo música, vendo TV, surfando na internet ou simplesmente sonhando. No Japão, esse hábito tão c o m u m
REVOLUÇÕESTECNOLÓGICAS ETRANSFORMAÇÕES SUBJETIVAS
produziu uma variante perversa - u m contingente que permanece recluso no casulo doméstico não apenas por algumas horas, mas por meses e até anos a fio. Estima-se
Todos reconhecemos que inovações tecnológicas dos
que mais de 1 milhão de japoneses entre 16 e 30 anos,
mais variados tipos introduzem transformações e m nos-
80%
sas vidas. Além das transformações que presenciamos
classificada como doença pela literatura médica japonesa.
deles do sexo masculino, vivam nessa situação, já
•
profissão, e t a m b é m os s o n h o s desses t r a b a l h a d o r e s . EnEles são chamados de h i k i k o m o r i ,
palavra que significa
trevistas c o m paulistanos ilustres e c o m a n ó n i m o s que
"recluso" ou "isolado da sociedade'.'
d i r i g e m seus carros m o s t r a m a visão que eles t ê m do tradormem a
balho dos m o t o b o y s , de sua relevância no c o n t e x t o da
maior parte do dia e ficam acordados à noite para evitar
m e t r ó p o l e e t a m b é m de suas inconveniências. O d o c u -
Sustentados pelos pais, os h i k i k o m o r i s
contato com as outras pessoas da casa. Passam o tempo
m e n t á r i o m o s t r a c o m o essa categoria de t r a b a l h a d o r e s
vendo TV, jogando games ou navegando na internet. Apro-
surgiu e c o m o ela se t o r n o u indispensável para alguns
veitam a madrugada para rápidas visitas a lojas de conve-
negócios na cidade.
niência para comprar comida e revistas. O contato social
Tema para d e b a t e : M o t o b o y s : solução ou p r o b l e m a nas
quase sempre se resume a relacionamentos virtuais com
metrópoles?
pessoas que não conhecem. É fato que alguns sofrem de
doenças como depressão e esquizofrenia, mas a grande
Aquele cara
maioria não demonstra sinais de desordem psíquica ou
Brasil, 2006. A n i m a ç ã o , duração 6 m i n u t o s , d i s p o n í v e l
neurológica. Eles simplesmente querem se isolar do mundo.
em
http://www.portacurtas.com.br.
Direção
de
Rafael
C o u t i n h o . Nas ruas de u m a cidade t o d a s as pessoas t ê m
Na opinião de psiquiatras japoneses, esses eremitas
modernos são vítimas dos próprios costumes do país. No
u m g r a n d e d e d o polegar no lugar da cabeça, exceto
Japão, os jovens sofrem imensa pressão para obter su-
uma.
cesso nos estudos e para se moldar às normas no trabaTema para debate: Se não f o r igual, dança.
lho e na sociedade. Os h i k i k o m o r i s são aqueles que não
aguentam a pressão e preferem retirar-se da comunidade
Desventuras de u m dia
a competir com os outros. Como expressar os sentimentos é um comportamento malvisto entre os japoneses,
Brasil, 2004. A n i m a ç ã o , d u r a ç ã o 10 m i n u t o s , d i s p o n í v e l
eles t a m b é m preferem guardar para si suas angústias.
em http://www.portacurtas.com.br.
Direção de A d r i a n a
Aos olhos de um brasileiro causa espanto o fato de os pais
Meirelles. Logo cedo, trânsito e preocupações o c u p a m os
desses jovens compactuarem com eles no isolamento.
p e n s a m e n t o s de Luiza. Mal c o m e ç a a trabalhar, ela já se
Mais uma vez, pesam aí os costumes. Numa sociedade
vê e n v o l v i d a nas situações cotidianas que a irritam e en-
que prega a homogeneidade, os pais acham melhor es-
t e d i a m . A s s i m ela passa o d i a , t e n t a n d o dar conta de seu
conder os filhos em casa do que expor publicamente sua
trabalho.
incapacidade de adaptação. (...) Por enquanto, a tarefa de
Tema para debate: A vida na cidade não é u m comercial
ajudar os solitários t e m sido realizada por redes de volun-
de m a r g a r i n a .
tários, muitos deles pais de h i k i k o m o r i s .
Lar, doce lar
Ariel Kostman. Veja,
São Paulo, Ed. Abril, 17 nov. 2004.
Brasil, 2004. A n i m a ç ã o , duração 7 m i n u t o s , d i s p o n í v e l
e m http://www.portacurtas.com.br.
Direção de Cláudio
Roberto & Gordeeff. U m p r é d i o , vários a p a r t a m e n t o s . Pelas janelas p o d e m o s i m a g i n a r o que se passa e m cada lar
A partir dos dois t e x t o s m o t i v a d o r e s , dê asas à sua
i m a g i n a ç ã o sociológica e escreva a respeito das transfor-
e c o m o os vizinhos se r e l a c i o n a m .
mações subjetivas desencadeadas pela difusão de novas
Tema para debate: Pela janela do quarto... pela janela...
t e c n o l o g i a s , articulando-as c o m o caso d o s
hikikomoris
japoneses. Procure t a m b é m destacar c o m o o c o m p o r t a -
6. DE OLHO NO ENEM
m e n t o s u b j e t i v o se articula c o m aspectos da sociedade
e m que os i n d i v í d u o s estão inseridos.
1.
(Enem, 2003) Em u m debate sobre o f u t u r o do setor de
t r a n s p o r t e de u m a g r a n d e cidade brasileira c o m trânsito
5. SESSÃO DE CINEMA
intenso, foi apresentado u m c o n j u n t o de propostas. Entre
as propostas reproduzidas abaixo, aquela que atende, ao
M o t o b o y s : vida loca
m e s m o t e m p o , a implicações sociais e a m b i e n t a i s pre-
Brasil, 2003. D o c u m e n t á r i o , duração 52 m i n u t o s . Direção
sentes nesse setor é
de Caíto Ortiz. Entrevistas c o m m o t o b o y s e u m a m o t o g i r l
(A) proibir o uso de c o m b u s t í v e i s p r o d u z i d o s a partir de
que realizam entregas pela cidade de São Paulo - m e t r ó pole conhecida por seus i m e n s o s c o n g e s t i o n a m e n t o s de
tráfego - revelam o dia a d i a , as habilidades e os riscos da
recursos naturais.
(B) p r o m o v e r a substituição de veículos a diesel por veículos a gasolina.
55
(C) incentivar a substituição do t r a n s p o r t e i n d i v i d u a l por
INGLATERRA
t r a n s p o r t e s coletivos.
(D) a u m e n t a r a i m p o r t a ç ã o de diesel para substituir os
Desde 2003, cobra-se o equivalente a 35 reais por dia dos
motoristas que utilizam as ruas do centro de Londres. A
veículos a álcool.
(E) d i m i n u i r o uso de c o m b u s t í v e i s voláteis d e v i d o ao
medida reduziu e m 3 0 % o número de veículos que trafegam na região.
p e r i g o que r e p r e s e n t a m .
2. ( E n e m , 2004) O excesso de veículos e os c o n g e s t i o n a -
NORUEGA
m e n t o s e m g r a n d e s cidades são t e m a s de frequentes re-
Em 1990, a capital, Oslo, instalou o pedágio apenas para
portagens. Os m e i o s de t r a n s p o r t e utilizados e a f o r m a
aumentar sua receita tributária.
c o m o são o c u p a d o s t ê m reflexos nesses c o n g e s t i o n a m e n t o s , além de causar p r o b l e m a s a m b i e n t a i s e económ i c o s . No gráfico a seguir, p o d e m - s e observar valores
m é d i o s do c o n s u m o de energia por passageiro e por q u i l ó m e t r o r o d a d o , e m diferentes m e i o s de t r a n s p o r t e , para
veículos e m duas condições de ocupação ( n ú m e r o de
passageiros): o c u p a ç ã o típica e ocupação m á x i m a .
3500-
Hoje arrecada 70 milhões de dólares por ano com a taxa.
COREIA DO SUL
Desde 1996, a capital Seul, cobra o equivalente a 4,80
reais por carro que passe, por duas de suas avenidas, com
menos de dois passageiros. A quantidade de veículos,
nessas avenidas, caiu 3 4 % e a velocidade subiu 10 quilómetros por hora.
Veja, São Paulo, 28 jun. 2006 (com adaptações)
| Ocupação típica
I Ocupação m á x i m a
(A) A p r e o c u p a ç ã o c o m u m entre os países q u e a d o t a r a m o p e d á g i o u r b a n o f o i o a u m e n t o de a r r e c a d a -
5 !o
C t/í
LU 10
S,
o
a
ção p ú b l i c a .
1000
(B) A E u r o p a f o i p i o n e i r a na a d o ç ã o de p e d á g i o u r b a n o
500-h
c o m o s o l u ç ã o para os p r o b l e m a s de t r á f e g o
—
Automóvel
Metro
Trem
Ônibus
(C) Caso a p r e f e i t u r a da cidade brasileira
Esses dados i n d i c a m q u e políticas de t r a n s p o r t e urba-
em
avenidas.
mencionada
a d o t e a c o b r a n ç a d o p e d á g i o e m vias u r b a n a s , isso
no d e v e m t a m b é m levar e m conta que a m a i o r eficiência
dará s e q u ê n c i a às e x p e r i ê n c i a s i m p l a n t a d a s sucessi-
no uso de energia ocorre para os
v a m e n t e e m C i n g a p u r a , N o r u e g a , Coreia do Sul e
(A) ô n i b u s , c o m ocupação típica.
(B) a u t o m ó v e i s , c o m p o u c o s passageiros.
Inglaterra.
(D) Nas experiências citadas, houve redução do v o l u m e
(C) transportes coletivos, c o m ocupação m á x i m a .
de t r á f e g o coletivo e i n d i v i d u a l na p r o p o r ç ã o inversa
(D) a u t o m ó v e i s , c o m o c u p a ç ã o m á x i m a .
d o a u m e n t o da velocidade no t r â n s i t o .
(E) t r e n s , c o m p o u c o s passageiros.
3. (Enem, 2006)
OS BENEFÍCIOS DO PEDÁGIO DENTRO DA CIDADE
(E) O n ú m e r o de cidades europeias que já a d o t a r a m o
pedágio u r b a n o c o r r e s p o n d e ao d o b r o do n ú m e r o de
cidades asiáticas que o fizeram.
4. ( E n e m , 2007)
A prefeitura de uma grande cidade brasileira pretende implantar um pedágio nas suas avenidas principais para re-
Não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um
duzir o tráfego e aumentar a arrecadação municipal. Um
povo. Há muito mais, contidos nas tradições, no folclore,
estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Económi-
nos saberes, nas línguas, nas festas e e m diversos outros
co e Social (BNDES) mostra o impacto de medidas como
aspectos e manifestações transmitidos oral ou gestual-
essa adotadas e m outros países.
mente, recriados coletivamente e modificados ao longo
CINGAPURA
Adotado, e m 1975, na área central de Cingapura, o pedágio fez o uso de ônibus crescer 15% e a velocidade média
no trânsito subir 10 km por hora.
56
do tempo. A essa porção intangível da herança cultural
dos povos dá-se o nome de patrimônio cultural imaterial.
Disponível em: www.unesco.org.br.
Acesso e m : 20 set. 2009.
Qual das figuras abaixo retrata p a t r i m ô n i o imaterial da
cultura de u m povo?
Cristo Redentor, Rio de Janeiro.
Largo do Pelourinho em Salvador, Bahia, 2001.
Esfinge de Gize, Egito.
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