Confira como está a situação de cada um dos campus descentralizados da UFSM e a opinião de estudantes e das prefeituras sobre eles:
ENTRE
ERROS E
ACERTOS
Os três
campi
O que
deu
certo
O que
não deu
certo
O dizem os
estudantes
Impacto
na cidade
SILVEIRA MARTINS
Campus da UFSM em Silveira Martins (Udessm)
Frederico Westphalen
Palmeira das Missões
Centro de Educação Superior do Norte (Cesnors – FW)
Centro de Educação Superior do Norte (Cesnors – PM)
n Começo – Setembro de 2009
n Cursos – Três graduações tecnológicas (Gestão Ambiental, Gestão de Turismo e Agronegócio), Bacharelado em Administração (substituiu Tecnologia
em Processos Gerenciais) e Bacharelado Interdisciplinar
n Vagas – 50 para cada curso, num total de 200 vagas por ano (as vagas
do Bacharelado Interdisciplinar estão sendo revistas)
n Total de alunos – 232
n Vagas ociosas – 140
n Evasão – 15,51%
n Professores – São 28 vagas. Atualmente, há 23 contratados e os
concursos em andamento devem suprir o restante
n Servidores técnico-administrativos – 13 servidores. A Pró-Reitoria
de Gestão aguarda a disponibilização de mais pessoas para o quadro. A
defasagem não foi informada
n Novos cursos – Segundo a Udessm, está sendo realizado estudo para
verificar as potencialidades do campus
n Começo – Outubro de 2006
n Cursos – No começo, eram três, agora são seis graduações (Agronomia, Engenharia Florestal, Jornalismo, Relações Públicas, Engenharia
Ambiental e Sistemas de Informação), além do mestrado em Agronomia
– Agricultura e Ambiente)
n Vagas – 305 por ano (no começo, eram 150)
n Total de alunos – 1.018
n Vagas ociosas – 180
n Evasão – 20%
n Professores – 78 (há carência de cerca de 30 docentes)
n Servidores técnico-administrativos – 47 (há falta de funcionários, mas
não foi informado o número)
n Novos cursos – Em estudo. Existem demandas, mas ainda não há
definições
n Começo – Outubro de 2006
n Cursos – No começo, eram quatro, agora são sete graduações (Administração diurno e noturno, Ciências Econômicas,
Enfermagem, Zootecnia, Biologia e Nutrição)
n Vagas – 356 por ano (em 2006, eram 200)
n Total de alunos – 1.159
n Vagas ociosas – Cerca de 270
n Evasão – 20%
n Professores – 87
n Servidores técnico-administrativos – 35 (há falta de
funcionários, mas não foi informado o número)
n Novos cursos – Há sinalização dos ministérios da Saúde e da
Educação para a abertura de Medicina, ainda sem previsão de data
n O nível dos cursos é considerado bom pelos alunos
n Movimentou a cidade, desenvolvendo o comércio local
n Atraiu pessoas para a região da Quarta Colônia, que, até então, não
moravam no local
n O nível dos cursos é considerado bom pelos alunos
n A chegada do Cesnors impulsionou o crescimento da cidade
n Surgiram projetos conjuntos entre o Cesnors e a prefeitura
n Os cursos têm boa procura
n Os alunos avaliam a qualidade dos cursos como boa
n O campus ajudou a alavancar o crescimento da cidade
n Em alguns anos, a taxa de ocupação da Udessm foi de menos de 50%
n Obras se arrastam desde 2009
n Falta de professores
n Não há casa do estudante nem restaurante universitário
n Não há cursos noturnos, o que impossibilita quem trabalha durante o dia
n Falta de infraestrutura, como salas de aula e laboratórios
n Falta de vagas na casa do estudante
n Falta de professores
n Estudantes não contam com transporte coletivo na cidade
n Falta de vagas na casa do estudante
n Falta de professores
n Carência de cursos noturnos
n Apesar de ser um campus independente, a administração
está em Frederico Westphalen
“A unidade de Silveira Martins é a mais precária da UFSM. O campus está
em obras desde 2009, quando optaram por fazer uma restauração e não
uma reforma do prédio. Muito ainda precisa ser feito, e o restante está
bastante atrasado. Não temos laboratórios. Eu mesmo já tive de usar o da
Engenharia Florestal, no campus de Camobi. Também não temos casa do estudante nem restaurante universitário. Assim, além de pagarmos caro pelas
refeições, a especulação imobiliária fez o valor dos aluguéis subir. A cidade
é carente na recepção aos alunos. Não há sequer um hospital. Os cursos
são bons, mas há muitos professores substitutos e, quando os contratos
terminam, fica a insegurança sobre a permanência deles.”
Marcelo Flada Alves, 21 anos, coordenador do Diretório Acadêmico de
Gestão Ambiental da Udessm e integrante do DCE da UFSM
“Falta estrutura. As salas de aula são insuficientes e não há laboratórios
para alguns cursos. A assistência estudantil também é deficitária. A casa
do estudante tem apenas um bloco, com 36 vagas, quando existem mais
de 300 estudantes com bolsa de permanência por não encontrarem local
público para morar. São bolsas de cerca de R$ 300, que poderiam ter sido
usados para a construção de moradias na casa do estudante. As bolsas
suprem a demanda, mas não são o que desejamos a longo prazo. O restaurante universitário é bom, mas é compartilhado com o Colégio Agrícola. A
falta de professores tem sido permanente, algo que esperávamos que se
resolvesse com o Reuni, o que não aconteceu.”
Régis Piovesan, 20 anos,
coordenador geral do DCE de Frederico Westphalen
“O campus está crescendo desde que cheguei, em 2011, mas
ainda há muita coisa para avançar. A casa do estudante tem só
36 vagas, e lutamos pela ampliação. É preciso, pelo menos, mais
uma casa com o mesmo número de vagas, além de uma estrutura
semelhante à da União Universitária de Santa Maria, com moradia
provisória para quem chega à cidade. A falta de professores é
um dos maiores problemas. Só no meu curso, no começo do ano,
faltavam nove. Quando abrem concurso, não se inscreve ninguém
ou quando as pessoas vêm para cá ficam por pouco tempo. O bom
é que o campus contribui positivamente para a região. Muita gente
que estudaria fora acaba ficando por aqui.”
Alisson Gabriel de Arruda, 20 anos,
coordenador geral do DCE em Palmeira das Missões
“A vinda da Udessm trouxe uma nova realidade para o município e para a
microrregião da Quarta Colônia. Algumas mudanças ainda são necessárias,
mas, em geral, o impacto foi positivo. Acredito que é preciso somar forças
com as demais lideranças da região para a consolidação do campus. Entre
as mudanças positivas, está a chegada de mais moradores, a economia se
movimentou, surgiram mais restaurantes e, principalmente, a autoestima
da população melhorou, afinal, somos um município de pequeno porte com
universidade. Por outro lado, não notamos uma procura crescente por esse
tipo de qualificação técnica. Já conversamos com o reitor para que seja
feito um estudo para a implantação de graduações noturnas, afinal, a região
vive basicamente da agricultura e, durante o dia, as pessoas estão em seus
trabalhos.”
Rozimar Bolzan (PDT), prefeito de Silveira Martins
“Hoje, somos uma cidade de 30 mil habitantes com quatro universidades. Para
acolher todos esses estudantes, precisamos crescer em termos estruturais. A
chegada do Cesnors fez crescer a economia. As mudanças para o ramo imobiliário, por exemplo, foram significativas. Temos quase dois terços do perímetro
urbano em expansão, com novos lotes habitacionais sendo construídos, e isso
demonstra a demanda por imóveis. Algumas pousadas surgiram voltadas para
o público universitário. Com mais jovens, também surgiram empreendimentos,
como restaurantes. Temos enfrentado um problema que qualquer prefeito quer
ter, que é o da demanda por pavimentação, esgoto, iluminação, porque a cidade
está crescendo. Temos um censo arbóreo, com levantamento de cada árvore da
cidade, suas espécies e época de poda graças ao curso de Engenharia Florestal.
A mão de obra se tornou mais qualificada. Algo que ainda temos de resolver é a
falta de transporte coletivo. Estamos buscando saídas para isso.”
Roberto Felin Junior (PP),
prefeito de Frederico Westphalen
“A vinda do Cesnors colabora muito com a cidade. São pessoas
acostumadas a morar em grandes centros e que chegam
trazendo boas ideias. A universidade também colabora para
o desenvolvimento econômico de Palmeira. A vida noturna da
cidade começou a ficar mais movimentada, o comércio ganhou
um fôlego importante, e o setor de imóveis teve um impulso.
Além disso, a parceria entre a prefeitura e a universidade é
forte. Temos apoio técnico em muitos projetos, como o do
hospital público regional, que tem um custo estimado em R$
300 milhões e deve atender 72 cidades da região. O negativo é
a dependência com Frederico Westphalen. Teria de haver uma
autonomia maior.”
Eduardo Russomano Freire (PDT),
prefeito de Palmeira das Missões
O que diz a Udessm
O que diz o Cesnors
“O campus tem ofertado cursos para as demandas da Quarta Colônia em consonância com a proposta
original. Já temos um terreno doado pela prefeitura para construção da casa do estudante. Os acadêmicos
contam com o Programa de Auxílio a Moradia. Também está previsto o início da instalação do RU para este
ano. A procura pelos cursos tecnológicos tem diminuído. A demanda pelo Bacharelado em Administração
é regular, pois como é uma oferta recente, a comunidade ainda está descobrindo. Em contraponto, já está
em construção um novo prédio com orçamento de R$ 4,5 milhões com previsão de entrega para agosto de
2015.”
José Cardoso Sobrinho, diretor da Udessm
“Todos os cursos têm boa procura e ótima avaliação do MEC. A estrutura atual necessita de mais sala de aulas,
ampliação das bibliotecas e renovação dos laboratórios de informática (para todos, há projetos para busca de recursos). Há uma casa do estudante em cada campus, com 36 vagas em cada uma delas. Há necessidade de um maior
número de vagas. A previsão inicial era de construir mais três blocos em cada campus. Certamente, as unidades
estão plenamente envolvidas com a comunidade, e várias ações estão sendo implementadas em conjunto com os
os campus de Palmeira das Missões e Frederico Westphalen.”
Genesio Mario da Rosa, diretor do Cesnors
Palmeira das Missões e Frederico Westphalen
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