INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE/ SOEBRÁS JULIANA GRAMINHO OLIVEIRA SOARES CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA MANAUS 2014 JULIANA GRAMINHO OLIVEIRA SOARES CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia do ICS – FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO MANAUS, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Especialista. Orientadora: Bruna Ramos Meireles dos Santos MANAUS 2014 Graminho, Juliana Correção do sorriso gengival: uma revisão de literatura/ Juliana Graminho. – Manaus: FUNORTE/ SOEBRÁS, 2014. número de f. :36 il. color. 23 Orientadora: Bruna Ramos Meireles dos Santos Monografia (Especialização) – FUNORTE/SOEBRÁS, Especialização em Ortodontia, 2014. 1. Sorriso gengival. 2. Hipertrofia gengival. I. Graminho , Bruna Ramos Meireles dos Santos. II.Instituição. Curso de Especialização em XXX. III. Título Dedico este trabalho aos meus pais, minha irmã e ao meu marido, que me deram todo apoio necessário durante os três anos de curso. Agradeço pelas suas privações e sacrifícios, pois sempre me ajudaram sem reclamar, acreditando em mim sempre! AGRADECIMENTOS A Deus, que me guiou durante essa trajetória, iluminou meus pensamentos, para que eu pudesse compreender com clareza os ensinamentos dos meus professores. Aos meus pais, sempre guerreiros em toda a minha vida de estudante, nunca mediram esforços para que eu conseguisse minhas formações e por sempre me mostrarem que o estudo é o melhor caminho. Minha irmã, que por várias vezes se privou de suas necessidades para que eu pudesse realizar o sonho de ser Dentista e Ortodontista, sempre me deu apoio incondicional. Ao meu marido, que sempre acreditou em mim, mesmo quando eu via dificuldades no meu caminho, ele sempre estava lá para dizer que eu iria conseguir, que eu era capaz. À professora Bruna Meireles que durante o curso além de ser uma excelente e competente professora, foi uma orientadora muito paciente. À professora Milly Moutinho e José Ricardo, que também foram muito importantes nessa caminhada de 3 anos, professores impecáveis, dedicados, sempre muito atenciosos, nunca mediram esforços para a nossa compreensão. Minhas amigas Daniele Quindós e Soraia Queiroga, pessoas especiais que conheci durante os três anos do curso de ortodontia, o apoio de vocês também foi importantes durante essa caminhada. Não poderia deixar de agradecer também a minha amiga e parceira de graduação e especialização Layane Cruz, são 8 anos de muito estudo e se não fosse pelo incentivo dela, talvez eu não estivesse concluindo o curso hoje. "Dentista é artista, cuida de cada detalhe, procura a perfeição, visa o bem-estar do paciente. Previne, mas também traz a cura. Ser dentista é ser humano, é se entregar, é dar o melhor de si. É usar de todos os artifícios possíveis para obter o melhor resultado. É modificar sorrisos e transformar vidas!" Cristiane Melo RESUMO O sorriso gengival leva com frequência, pessoas aos consultórios odontológicos em busca de tratamento, para isso, o profissional deve estar preparado para poder diagnosticar o problema, visto que, a hipertrofia gengival possui uma multiplicidade de fatores etiológicos, que podem estar associados ou não. Para diagnosticar e fazer um plano de tratamento adequado, o profissional pode utilizar vários exames, entre eles, a análise facial, que faz parte do cotidiano do especialista em ortodontia. Saber identificar se a causa do sorriso gengival é muscular, esquelética ou dentária, é muito importante para que o profissional possa indicar o tratamento adequado. Diante disso, foi realizada uma revisão de literatura com o objetivo de avaliar os trabalhos de pesquisas quanto ao padrão estético do sorriso, os vários tipos de tratamentos referentes a sua correção, mostrando que o problema pode ser corrigido desde a forma mais traumática como a cirurgia ou por um procedimento alternativo, simples e menos invasivo, como a toxina botulínica tipo A. É importante lembrar que em todo e qualquer tipo de procedimento estético, deve ser levado em consideração a opinião do paciente, e o profissional deve mostrar as possibilidades e o seu conhecimento, porém, o procedimento deve ser realizado de forma conjunta, a fim de agradar ambas as partes trazendo a harmonia do sorriso e a satisfação do paciente. Palavras-chave: sorriso gengival - hipertrofia gengival ABSTRACT The gummy smile often leads people to dental offices seeking treatment for it , the professional must be prepared to diagnose the problem , since gingival hypertrophy has a multitude of etiologic factors that may be associated or not. To diagnose and make an appropriate treatment plan , the professional may use several tests, including the facial analysis, which is part of daily orthodontic specialist . To identify the cause of the gummy smile is muscular, skeletal or dental is very important so that the dentist can provide appropriate treatment. Considering therefore, it was made a review with the objective to evaluate the research works on the aesthetic standard of the smile, the various types of tratments regarding its correction showing that the problem can be corrected from the most traumatic way as the surgery or an alternative procedure, simple and less invasive like the botulinum toxin type A. It is important to remember that in any type of cosmetic procedure that must be taken into account advice from the patient, the physician must show the possibilities and knowledge , however, the procedure should be performed jointly , in order to please both parties bringing the harmony of the smiling and patient satisfaction. Keywords: gummy smile - gingival hypertrophy LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Caso 1- Sobreposição no plano palatino demonstra verticalização dos dentes anteriores superiores e a sobreposição Mandibular demonstra verticalização e retração dos incisivos inferiores.................................. 16 FIGURA 2 - Caso 1- Sobreposição geral reflete que a rotação de plano palatino foi favorável no sentido horário e quantidade de crescimento mandibular foi significativa, resultando em notável melhoria nas relações esqueléticas............................................................................. 16 FIGURA 3 - Caso 2 - Sobreposição cefalométrica, mostra a abertura de mordida, com o avanço da coroa dos incisivos inferiores, resultando em uma posição mais inferior da posição da ponta incisal................................. 16 FIGURA 4 - Caso 3 - Superposição cefalométrica reflete no sentido horário rotação do plano oclusal, por meio de posterior impactação maxilar e osteotomia sagital.................................................................................. 16 FIGURA 5 - Sorriso inicial - caracterizado por exposição incompleta dos incisivos e arco plano........................................................................................... 19 FIGURA 6 - Sorriso final - caracterizado pelo aumento da exposição dos incisivos, melhor arco sorriso e proporção dentária.............................. 19 FIGURA 7 FIGURA 8 - Sorriso inicial........................................................................................ Sorriso 30 dias após a micro-cirurgia plástica periodontal................... FIGURA 9 - Linhas de referências estéticas: linha cervical (a), linha papilar (b), linha dos pontos de contato (c) e linha incisal (d)................................. 22 FIGURA 10 - As seis linhas horizontais do sorriso: linha cervical (a); linha papilar (b); linha dos pontos de contato (c); linha incisal (d); linha do lábio superior (e) e linha do lábio inferior (f)................................................. 22 FIGURA 11 - Sorriso inicial e final de paciente com extrusão e lingualização dos incisivos superiores, sobremordida profunda e sorriso gengival.......... 23 FIGURA 12 - Sorriso inicial e final de paciente com extrusão e lingualização dos incisivos superiores, sobremordida profunda e sorriso gengival.......... 23 FIGURA 13 - Sorriso inicial........................................................................................ FIGURA 14 - Retalho total rebatido antes da osteotomia/osteoplastia....................... 24 20 20 24 Pós-operatório imediato. Observar procedimento de dermoabrasão gengival realizado................................................................................. 24 FIGURA 16 - Sorriso final........................................................................................... 24 FIGURA 17 - Sugestão de checklist, com cinco itens, para avaliação de características dentolabiais.................................................................... 28 FIGURA 18 - Sorriso gengival com exposição de 3,5mm.......................................... 30 FIGURA 19 - Correção do sorriso gengival com injeção de Botox............................. 30 FIGURA 20 - Oclusão satisfatória............................................................................... 30 FIGURA 21 - Fotografias pós tratamento.................................................................... 30 FIGURA 22 - Mecânica intrusiva na técnica do arco lingual modificado segmentado............................................................................................ 31 FIGURA 23 - Sistema de ancoragem absoluta palatina mediana para pósterosuperior, movimento da dentição maxilar............................................. 31 FIGURA 15 - LISTA DE SIGLAS UFES - Universidade Federal do Espírito Santo DRED - Diagrama de Referências Estéticas Dentárias EAV - Escala Visual Analógica CESUPA - Clínica Odontológica do Centro Universitário do Estado do Pará JCE - Junção Cemento-Esmalte MAAS - Sistema de Ancoragem Absoluta Palatina BTX-A - Toxina Botulínica Tipo A GSL - Linha do Sorriso Gengival SUMÁRIO 12 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 2 PROPOSIÇÃO...................................................................................................... 14 3 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 15 4 DISCUSSÃO......................................................................................................... 5 CONCLUSÃO....................................................................................................... 34 6 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 35 32 12 1 INTRODUÇÃO Pacientes portadores de sorriso gengival, devido à hipertrofia da gengiva, convivem diariamente com uma situação onde apresentam exposição exagerada de tecido queratinizado gengival, que impede a harmonização entre a estética da coroa clínica dos dentes, a demasiadamente oculta coroa anatômica e o abundante tecido gengival circunjacente. (OLIVEIRA; PAULIN; CROSIO, 2006) O sorriso gengival não é necessariamente antiestético aos olhos do público. Vários atores ou modelos, especialmente mulheres, expõem o tecido gengival durante o sorriso e, mesmo assim, são considerados portadores de sorrisos agradáveis. (SUZUKI; MACHADO; BITTENCOURT, 2011) O sorriso gengival tem como definição, a exposição excessiva de gengiva durante o sorriso, é considerada uma alteração estética que com frequência leva os pacientes aos consultórios odontológicos. A dificuldade existente na abordagem desse problema é decorrente da multiplicidade dos seus fatores etiológicos, que na maioria das vezes, estão presentes de forma conjunta. Sua etiologia está relacionada a problemas como: excesso vertical maxilar, protrusão dentoalveolar superior, extrusão e/ou erupção passiva alterada dos dentes anterossuperiores hiperatividade dos músculos elevadores do lábio superior e lábio superior curto, que podem atuar de maneira isolada ou associada. Por isso, sua correta identificação é fundamental para confecção de um plano de tratamento eficaz. (MACEDO et al., 2012); (SEIXAS; COSTA-PINTO; ARAÚJO, 2011); (PIRES; SOUZA; MENEZES, 2010). Na ortodontia não é suficiente apenas perceber o que interfere no sorriso, é necessário diagnosticar o que se encontra fora da normalidade, para que se possa estabelecer um plano de tratamento. Para um diagnóstico preciso, é necessário que alguns aspectos clínicos sejam avaliados, são esses: saúde periodontal, exposição dentária durante repouso, análise dimensional e funcional do lábio superior, mensuração da coroa clínica dos incisivos e caninos, e harmonia entre os planos oclusais anteriores e posteriores. Como exames complementares o profissional deverá também fazer análise facial, frontal e de perfil, estática e dinâmica, para que o mesmo possa avaliar as proporções entre os terços faciais e o espaço interlabial. (CÂMARA, 2010); (MACEDO et al., 2012); (PASCOTTO; MOREIRA, 2005); 13 O tratamento do sorriso gengival pode envolver, dependendo do diagnóstico, terapia ortodôntica, periodontal e cirúrgica. Quando o espaço interlabial em repouso é normal em um paciente com sorriso gengival, a sua causa é muscular, podendo ser corrigida com recursos da medicina estética, e quando em repouso há um aumento do espaço interlabial, a causa é do tecido ósseo, exigindo correção ortodôntico - cirúrgico. Dentro das possibilidades ortodônticas, a redução do overjet em pacientes Classe II divisão 1, proporciona uma melhora na linha do sorriso gengival. Outra alternativa é a intrusão dos dentes ântero-superiores reduzindo overjet e overbite, porém o tratamento ortodôntico - cirúrgico integrado, com o reposicionamento da maxila, apresenta melhores resultados. O tratamento periodontal, quando o paciente apresenta excesso de gengiva inserida, consiste em uma plástica periodontal, melhorando a proporção estética entre altura/largura da coroa dental. Outro aspecto a ser considerado é a postura dos lábios, que pode requerer uma abordagem integrada entre ortodontia e fonoaudiologia. A toxina botulínica tipo A, também possibilita um bom resultado estético, sem trauma cirúrgico. (DUTRA et al., 2011); (PASCOTTO; MOREIRA, 2005). 14 2 PROPOSIÇÃO O objetivo do trabalho foi apresentar por meio de uma revisão de literatura, o padrão estético do sorriso, e os vários tipos de tratamentos referentes a correção do sorriso gengival. 15 3 REVISÃO DE LITERATURA Foi realizado um estudo comparativo para examinar a natureza da linha do sorriso gengival (GSL), uma configuração específica dentolabial, caracterizado pela exposição da gengiva maxilar anterior, durante um sorriso cheio. Cinco tecidos moles, três dental e três variáveis esqueléticas foram selecionados, medidos e indicados para uma amostra de GSL, uma amostra composta por 27 indivíduos (11homens e 16 mulheres) e uma amostra de referência de 88 indivíduos (42 homens e 46 mulheres), ambos consistindo em pacientes ortodônticos brancos norte-americanos com uma idade média de 14 anos. Os resultados indicaram que, a capacidade de projetar um sorriso gengival foi relacionado para: excesso vertical maxilar anterior e capacidade muscular para elevar, significativamente, o lábio superior mais acima e maior sobremordida. Os fatores que não aparecem associados ao fenômeno GSL foram: comprimento do lábio superior, a altura da coroa clínica dos incisivos superiores, ângulo do plano mandibular, e o ângulo do plano palatino. A partir dos resultados deste estudo comparativo, o mecanismo biológico subjacente à linha de sorriso gengival, aparece para incluir os efeitos combinados de diversas variáveis: excesso vertical anterior da maxila, maior capacidade muscular para elevar o lábio superior durante o sorriso, fatores suplementares associados, incluindo overjet excessivo, abertura interlabial excessiva em repouso e overbite excessivo. (PECK; PECK; KATAJA, 1992) O artigo tem como objetivo apresentar o conceito de arco do sorriso e como relacionálo com a ortodontia, o reconhecimento da sua importância e impacto sobre o plano do tratamento, a forma como os procedimentos e mecanismos são adaptados para otimizar a aparência de um sorriso. Três casos foram apresentados para ilustrar como o tratamento é direcionado, enfatizando como a face e o sorriso ideal andam próximos. Nos casos, os autores discutem as várias maneiras de como tratar o paciente e por fim, relatam o tratamento de escolha. Todos os casos apresentados mostraram diferenças significantes no aspecto facial e dentário, onde as diferenças foram percebidas através das sobreposições cefalométricas (inicial e final) de cada paciente (Figuras - 1 até 4 ). Diante do estudo apresentado, os autores concluíram que o impacto do arco sorriso pode ser bastante dramático, sobre a aparência final facial e do sorriso, exigindo repensar algumas das mecânicas ortodônticas e conceitos de tratamento para, consistentemente, construir esse fator no diagnóstico e plano de tratamento. (SARVER, 2001) 16 Figura 1 - caso 1- Sobreposição no plano palatino demonstrando verticalização dos dentes anteriores superiores e a sobreposição Mandibular demonstra verticalização e retração dos incisivos inferiores. Fonte: SARVER (2001) Figura 2 - caso 1- Sobreposição geral reflete que a rotação de plano palatino foi favorável no sentido horário e quantidade de crescimento mandibular foi significativa, resultando em notável melhoria nas relações esqueléticas. Fonte: SARVER (2001) Figura 3 - caso 2 - Sobreposição cefalométrica, mostrando a abertura de mordida, com o avanço da coroa dos incisivos inferiores, resultando em O caso uma posição maisclínico inferior apresentado da posição da ponta incisal. Fonte: SARVER (2001) Figura - 4 - caso 3 - Superposição cefalométrica refletindo no sentido horário rotação do plano oclusal, por meio de posterior impactação maxilar e osteotomia sagital. Fonte: SARVER (2001) Este estudo teve como objetivo analisar a influência da exposição gengival maxilar, sobre a atratividade e classificações avaliadas por leigos. A pesquisa foi realizada com cento e vinte estudantes universitários (94 mulheres e 26 homens), onde foram apresentadas sete fotografias de um homem e sete fotografias de uma mulher, cada um com diferentes níveis de exposição gengival que variavam de -2 a 4 milímetros. As classificações, quanto a atratividade, foram dadas através de uma escala numérica de 0 a 10 pontos para cada uma das fotografias. As fotografias que não apresentavam exposição de tecido gengival (0 mm de 17 gengiva) foram classificadas como as mais atraentes, exposição gengival de mais de 2 mm foram classificados progressivamente como menos atrativos. A análise de regressão linear revelou que, os alunos que receberam tratamento ortodôntico, avaliaram as fotografias que representam o sexo feminino como mais atraentes, do que aqueles que representam o sexo masculino. Este estudo concluiu que a atratividade de um sorriso, é influenciada pela quantidade de exposição gengival maxilar, e os indivíduos considerados mais atraentes, foram os que apresentaram sorrisos cujo o montante de exposição gengival estava dentro do intervalo de 0-2 mm. (HUNT et al., 2002) Os autores tiveram como objetivo realizar um estudo transversal na cidade de Lima, no Peru, para comparar a percepção estética de leigos, em relação aos diferentes tipos de sorriso e seus pontos de vista. Foram usados 3 ângulos fotográficos para a avaliação: frontal sorrindo, sorriso com exposição apenas do terço inferior e uma fotografia só com a visão dental, de 18 estudantes que apresentavam: mordida aberta, profunda, cruzada, ideal e apinhamento, todos da Universidade Clínica Odontológica. Foi feito um livreto que incluía 3 exemplos de fotografias por página, num total de 54 fotos. A pesquisa foi realizada com um grupo de 91 adultos, selecionados aleatoriamente, classificados de acordo com o gênero e nível de escolaridade. Os avaliadores foram solicitados a examinar cada fotografia, por no máximo 20 segundos, sem poder reavaliar a foto vista anteriormente, o apelo estético de cada fotografia foi avaliado através da escala visual analógica (VAS), onde 0 era menos atraente e 100 para mais atraente. Os resultados mostraram que os desvios estéticos, perto de padrões ideais e padrões não-estéticos, foram notados pelos avaliadores, eles não diferenciaram a morfologia das más oclusões, simplesmente classificaram como não-estético. O ponto de vista facial pareceu influenciar diante das características específicas dos sujeitos fotografados, como forma facial, rosto, cor do cabelo, sexo, etc. Ao considerar as variáveis do estudo, o gênero teve um impacto na percepção estética. Os homens foram menos críticos do que as mulheres, que avaliaram a mesma fotografia, o grau de instrução não teve impacto significante sobre a percepção estética facial e dentária. Os resultados destacaram a importância do ponto de vista dos pacientes, para que os clínicos gerais e ortodontistas possam planejar e avaliar o tratamento ortodôntico. (FLORES-MIR et al., 2004) O artigo foi realizado para determinar a percepção estética de homens e mulheres, para as variações na exposição gengival superior e inferior no sorriso, na fala e em relação ao plano de inclinação incisal. Três tipos de fotografias foram usadas: sorriso, outra durante a fala, esta, usando síladas que produzem chiados (Shaa) e uma fotografia da definição de um bom alinhamento e simetria. Um programa de computador realizou as modificações nas 18 imagens, onde as figuras foram divididas em três grupos, cada um incluindo 25 figuras. No primeiro grupo, as figuras foram modificadas com exposição máxima dos incisivos inferiores de 2mm e superiores com gengiva exposta 3,3mm. No segundo grupo, foram usadas as fotografias durante a fala, as figuras também foram modificadas com movimento dos dentes e lábios como no grupo anterior. No terceiro grupo, foram usadas fotografias do sorriso, que foram modificadas pelas rotações da dentição para a posição paralela até a margem superior dos lábios, em 1 a 3 graus de acréscimo de inclinação 0, até 4 graus. A inclinação 0 foi definida como paralelismo da linha de concentração da gengiva. As fotografias foram classificadas pela atratividade por dois grupos de leigos, onde as imagens foram apresentadas como masculino e feminino. Os avaliadores marcaram imagens, de forma diferente, com exposição gengival superior. Os resultados mostraram que as imagens foram pontuadas como menos atrativas, quando a quantidade de exposição gengival superior e inferior foram aumentadas durante o sorriso e a fala, porém, também mostrou que as mulheres são mais tolerantes a exposição gengival superior do que os homens. A inclinação incisal foi classificada como um resultado estético, quando acima de dois graus de desvio, em relação à horizontal. As avaliadoras do sexo feminino deram notas mais altas e significativas do que os avaliadores do sexo masculino. Imagens com o sorriso feminino tiveram pontuações baixas em ambos os grupos, sugerindo que a maior atratividade oral e dentária é esperado mais das mulheres do que dos homens. (GERON; ATALIA, 2004) O caso clínico apresentado foi de uma paciente, do sexo feminino, que buscou tratamento ortodôntico para melhorar o sorriso, ela apresentava boa relação esquelética e oclusal, e os principais aspectos negativos do sorriso eram: a exibição incompleta dos incisivos durante o sorriso (sorriso envelhecido) e um arco plano (Figura 8). Para melhorar seu sorriso e aumentar a sua juventude, foi necessário a extrusão de incisivos e a diminuição mésio-distal dos dentes para atingir uma proporcionalidade mais agradável. Com aplicação do laser para tecidos moles, foi realizado o procedimento para remodelar contornos gengivais, melhorando a localização das zênites (ponto mais apical do contorno gengival de cada dente) e melhorar a altura das coroas. O sorriso final apresentou uma melhora na exposição dentária, no arco e melhor proporcionalidade dos dentes (Figura 9), com a realização do contorno gengival. (SARVER; HILLS, 2004) 19 Figura 5 - Sorriso inicial - caracterizado por exposição incompleta dos incisivos e arco plano. Fonte: SARVER; HILLS (2004) Figura 6 - Sorriso final - caracterizado pelo aumento da exposição dos incisivos, melhor arco sorriso e proporção dentária. Fonte: SARVER; HILLS (2004) Este artigo apresentou uma abordagem sobre o diagnóstico e as alternativas terapêuticas para a correção do sorriso gengival, que podem complementar o resultado do tratamento odontológico estético. A análise facial durante o exame clínico do paciente é uma etapa de fundamental importância para o diagnóstico das alterações estéticas da face, para isso, é necessário que seja feita uma análise frontal (repouso e sorrindo) e lateral (perfil). A terapia ortodôntica em pacientes classe II divisão 1 com redução da protrusão dos incisivos superiores (overjet), proporciona uma melhora na linha do sorriso gengival. Outra alternativa seria a intrusão dos dentes ântero-superiores com consequente redução do overjet e overbite, porém o tratamento integrado ortodôntico - cirúrgico com reposicionamento da maxila, apresenta resultados mais significativos. Quando existe excesso de gengiva inserida, a remoção cirúrgica de tecido gengival em excesso pela plástica periodontal, melhora a harmonia do sorriso por diminuir o sorriso gengival e melhorar a proporção estética altura/largura da coroa dental. Outro aspecto a ser considerado é a postura e o formato dos lábios, os hipotônicos geralmente estão associados com falta de vedamento labial em repouso, e requer uma abordagem integrada entre ortodontia e fonoaudiologia. A toxina botulínica tipo A, comumente utilizada na correção de deformidades estéticas faciais, possibilita um resultado estético excelente sem o incoveniente trauma cirúrgico. (PASCOTTO; MOREIRA, 2005) Os autores procuraram estabelecer critérios objetivos para auxiliar o cirurgião-dentista, na avaliação crítica do sorriso, através do conhecimento dos principais problemas relacionados à estética bucal e facial, por meio de uma revisão de literatura, sobre as principais alterações que comprometem a estética do sorriso, propondo uma avaliação crítica do sorriso. Os pontos estudados pelos autores foram: as alterações de cor, dentes fraturados, alterações de número, alterações de forma, alterações estruturais, diastemas, componentes 20 gengivais, tipos de lábios, linha do sorriso e componentes faciais. Segundo os autores é fundamental o conhecimento da estética do sorriso, levando em consideração a queixa principal do paciente e os aspectos relacionados aos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade, os quais envolvem a gengiva, os dentes e a face (MENEZES FILHO et al., 2006). O objetivo do artigo, foi de apresentar a correção de um sorriso gengival realizado com bisturi eletrônico e microscópio operatório, por meio de um caso clínico, realizado em uma paciente jovem, do sexo feminino e que apresentava uma acentuada hipertrofia gengival (Figura 10), gengivite moderada e distância mésio-distal igual à altura cérvico-incisal. A cirurgia foi realizada do elemento 16 ao 26, no arco superior, e no arco inferior, teve extensão do dente 36 ao 46. Todo o procedimento foi feito com auxílio do microscópio D.F.Vasconcellos M900, onde não foi utilizado cimento cirúrgico para proteção da área operada e como medicação pós operatória, apenas um analgésico leve. Após 30 dias do procedimento, a área apresentou uma gengiva neo-formada com aspecto saudável (Figura 11), porém, com presença de placa bacteriana no espaço interproximal, sendo a paciente orientada quanto a sua higiene. O clínico geral, através de um diagnóstico preciso e criterioso, e com o conhecimento de técnicas modernas de microcirurgia plástica periodontal e o auxílio de instrumentos como o bisturi elétrico odontológico, pode melhorar a estética do paciente devolvendo ou aumentando sua auto-estima e possibilitando uma vida com mais saúde bucal. (OLIVEIRA; PAULIN; CROSIO, 2006) Figura 7 - Sorriso inicial. Fonte: OLIVEIRA; PAULIN; CROSIO (2006) Figura 8 - Sorriso 30 dias após a micro-cirurgia plástica periodontal. Fonte: OLIVEIRA; PAULIN; CROSIO (2006) 21 A proposta deste estudo foi verificar a influência do sorriso gengival no vedamento labial. O projeto promoveu o encontro de duas áreas do conhecimento: periodontia e fonoaudiologia, orientado por uma cirurgiã-dentista. Os experimentos foram realizados por uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogo e cirurgiões-dentistas que buscaram a relação em indivíduos portadores de sorriso gengival e as implicações miofuncionais orais. Para o trabalho, 18 indivíduos com sorriso gengival e dificuldade no vedamento labial foram submetidos à avaliação oromiofuncional e eletromiografia de superfície para verificar o esforço do músculo mentoniano para a realização do vedamento labial nas condições pré e pós cirúrgica. Foi realizada cirurgia periodontal para remover o excesso de tecido gengival e/ou volume ósseo da pré-maxila e, após 6 meses os pacientes foram reavaliados. Como resultado a diminuição da contração e tensão do músculo mentoniano foi clinicamente observado durante o vedamento labial e a análise eletromiográfica, revelou uma diferença estatisticamente significante no esforço do músculo mentual para o vedamento labial após a cirurgia. O vedamento labial é infuenciado pelo volume ósseo e/ou gengival e a cirurgia periodontal contribiu para um contato mais suave entre os lábios. (SANTOS, 2006) O artigo teve como objetivo propor um ponto de localização segura e reprodutível para a toxina botulínica - A (BTX- A), como um método suplementar para o tratamento de sorriso gengival, determinado pela avaliação das características morfológicas de três músculos elevadores do lábio. Foram usados 50 hemi-faces de 25 cadáveres adultos (13 masculinos e 12 femininos), onde as relações topográficas e as direções dos músculos elevadores dos lábios, ou seja, levantador do lábio superior (LLS) e zigomático menor (ZMI), foram avaliados. Os possíveis pontos de injeção foram examinados, através do estudo dos marcos superficiais pré-determinados. Nos resultados, não foram observadas diferenças significativas entre os indivíduos de sexo masculino e feminino ou, entre os lados esquerdo e direito. Os três vetores passaram perto de uma região triangular, formada por três marcos superficiais, e o centro desse triângulo, chamado de ponto Yonsei, foi sugerido como um ponto de injeção apropriado para BTX -A. A eficácia clínica da injeção foi demonstrada em casos selecionados, com ou sem tratamento ortodôntico. Em caso de seleção cuidadosa, BTX -A pode ser uma alternativa eficaz para o tratamento, em pacientes com exposição gengival excessiva, causado pelo músculo elevador do lábio hiperativo. (HAWANG et al., 2008) O objetivo da pesquisa foi avaliar a percepção de periodontistas, protesistas, ortodontistas e leigos sobre a estética do sorriso. A pesquisa foi realizada com grupos de: 30 periodontistas, 30 protesistas, 31 ortodontistas e 37 leigos. A coleta dos dados foi feita através de entrevista indireta, pelo site, no qual possuía quinze fotografias para serem avaliadas pelos 22 participantes. Cada fotografia foi intencionalmente modificada, acrescentando-se quatro alterações estéticas: exposição gengival, a recessão gengival, ausência de papila e contorno gengival. E os resultados demonstraram que a perda de papila, quando alterada em 2mm há comprometimento na estética do sorriso para os periodontistas, em 3mm para os ortodontistas e leigos, e 4mm para os protesistas. E as alterações na recessão gengival, comprometeram a estética do sorriso a partir de 2mm de acordo com os periodontistas e protesistas, e 4mm para os ortodontistas e leigos. Com os dados da pesquisa os autores concluíram que a percepção dos periodontistas, protesistas, ortodontistas e leigos são diferentes em relação à estética do sorriso, e que dentre as alterações avaliadas na pesquisa a papila e a recessão comprometeram a estética do sorriso. (BARRETO, 2009) O objetivo do autor nesse trabalho foi apresentar as seis linhas horizontais do sorriso e a sua importância, para a obtenção de resultados desejados nos tratamentos ortodônticos, apresentando as novas características do Diagrama de Referências Estéticas Dentárias (DRED), que foi criado para facilitar a visualização dos dentes anteriores superiores, sugerindo o que deve ser criado ou alcançado com esses dentes, objetivando melhorar a estética dentária. A avaliação clínica do DRED com as quatro linhas e a faixa de conectores (Figura 1) permitirá a utilização de um "check list" que poderá detectar os erros de posições dentárias e as suas relações com a gengiva. Com as linhas dos lábios superior e inferior, tanto o lábio superior quanto o inferior interferem de forma marcante na beleza do sorriso (Figura 2). Individualmente cada lábio irá influenciar no conjunto dentolabial e, juntos, irão criar desenhos que determinarão a exposição dentária aparente. O conhecimento das caracerísticas intrínsecas do sorriso auxilia a percepção estética desse. Saber avaliar o sorriso de cada paciente garante ao profissional a possibilidade de enxergar o que precisa ser feito, o que pode ser realizado e o que deve ser aceito. (CÂMARA, 2010) Figura 9 - Linhas de referências estéticas: linha cervical (a), linha papilar (b), linha dos pontos de contato (c) e linha incisal (d). Fonte: CÂMARA (2010) Figura 10 - As seis linhas horizontais do sorriso: linha cervical (a); linha papilar (b); linha dos pontos de contato (c); linha incisal (d); linha do lábio superior (e) e linha do lábio inferior (f). Fonte: CÂMARA (2010) 23 O objetivo desse artigo foi de mostrar o uso de mini-implantes na região anterior para intrusão de incisivos e correção do sorriso gengival. Na primeira parte desse estudo, o sorriso gengival é definido e classificado de acordo com suas etiologias. Entre eles, o tipo dentoalveolar, uma boa indicação para tratamento com mini-implantes foi dividido em três categorias: casos com crescimento vertical do complexo dentoalveolar anterior superior, casos com protrusão do complexo dentoalveolar anterior, casos com protrusão do complexo dentoalveolar anterossuperior e extrusão dos dentes posterossuperiores. Três casos com crescimento vertical excessivo do complexo dentoalveolar anterossuperior foram apresentados. Eles foram caracterizados com extrusão e lingualização dos incisivos superiores, sobremordida profunda e sorriso gengival (Figuras 11 e 12). Foram utilizados mini-implantes nas regiões anterior e superior e mola fechada de NiTi para intruir e vestibularizar os incisivos extruídos e lingualizados. Os autores concluíram que os miniimplantes podem ser utilizados com sucesso como ancoragem para intrusão de dentes anteriores. (KIM; FREITAS, 2010) Figura 11 - Sorriso inicial e final de paciente com extrusão e lingualização dos incisivos superiores, sobremordida profunda e sorriso gengival. Fonte: KIM; FREITAS, 2010 Figura 12 - Sorriso inicial e final de paciente com extrusão e lingualização dos incisivos superiores, sobremordida profunda e sorriso gengival. Fonte: KIM; FREITAS, 2010 Este artigo é um relato de caso clínico de tratamento de sorriso gengival que, por meio de cirurgia plástica periodontal associado ao peeling gengival, visou, após controle pósoperatório de 2 meses, o sucesso do tratamento. Paciente do sexo feminino, 20 anos, deu entrada na Clínica Odontológica do Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA, relatando insatisfação com a aparência do seu sorriso que exibia uma faixa de tecido gengival excessiva,dentes curtos, além de um ligeiro escurecimento da mucosa marginal. (Figura 13). 24 Foi realizado uma sondagem periodontal convencional e uma nova sondagem até o nível ósseo, o procedimento foi feito em toda região anterior, onde também foi realizado um levantamento radiográfico. A técnica de escolha foi aumento de coroa clínica através de gengivectomia e osteotomia/osteoplastia. Para remover a ligeira pigmentação foi realizado o procedimento de dermo-abrasão gengival, também chamado de peeling gengival com o gengivótomo de Kirkland. A fim de potencializar e diminuir o tempo cirúrgico foi confeccionado um guia de silicone em um laboratório, o qual foi colocado em posição e em seguida, incisões com o bisel inverso foram realizadas, contornando a margem cervical do guia de silicone. Um retalho de espessura total foi confeccionado (Figura 14), expondo tecido ósseo e assim, pôde ser observada a crista óssea posicionando-se cerca de 1mm da junção cemento-esmalte (JCE). Com as distâncias biológicas restabelecidas, o retalho foi reposicionado (Figura 15), finalizando com a sutura em colchoeiro vertical. O controle pós operatório foi realizado após 7, 30 e 60 dias, quando se pôde observar o restabelecimento da harmonia entre dentes, lábios e gengiva com características de saúde periodontal presentes, compatível com periodonto sadio (Figura 16). (PIRES; SOUZA; MENEZES, 2010) Figura 13 - Sorriso inicial. Fonte: PIRES; SOUZA; MENEZES (2010) Figura 15 - Pós-operatório imediato. Observar procedimento de dermoabrasão gengival realizado. Fonte: PIRES; SOUZA; MENEZES (2010) Figura 14- Retalho total rebatido antes da osteotomia/osteoplastia. Fonte: PIRES; SOUZA; MENEZES (2010) Figura 16 - Sorriso final. Fonte: PIRES; SOUZA; MENEZES (2010) 25 O artigo avaliou a influência de variações nas normas estéticas na percepção da atratividade do sorriso segundo dentistas e leigos. Alterações digitais foram realizadas nos sorrisos de fotografias de dois indivíduos de sexos distintos. Foram criados 11 sorrisos para cada sexo: um sorriso ideal controle, sorriso ideal segundo normas consideradas e 10 sorrisos contendo variações individuais de cada uma das normas descritas no artigo. As fotografias foram avaliadas por dois especialistas em dentística e dois leigos, utilizando a escala visual analógica. Foi observado que o sorriso ideal controle, em ambos os sexos e de acordo com ambos os grupos avaliadores, foi julgado favoravelmente; e que os sorrisos contendo variações estéticas receberam diferentes avaliações, algumas variações foram menos aceitas que outras. Nas avaliações realizadas foram encontradas concordâncias e discordâncias entre os avaliadores. Os autores concluíram que: a ausência de desvios favorece a percepção estética dos sorrisos, mas algumas variações estéticas são perceptivelmente aceitas em relação a outras e que para o sucesso dos tratamentos estéticos está condicionada a participação conjunta de dentistas e pacientes na fase do planejamento. (RODRIGUES et al., 2010) O propósito do estudo foi de descrever a importância da análise facial na atribuição à estética anterior considerando o checklist como uma das ferramentas para a obtenção do sorriso harmonioso. Foram realizadas análises de referências tendo como fonte documentos que pudessem ser correlacionados com o tema, livros e artigos e demais fontes disponíveis em revistas eletrônicas em pesquisa online em órgãos indexadores como LILACS, SCIELO e BIREME. Os resultados desse estudo bibliográfico revelaram que a análise facial identifica as características positivas e negativas do perfil de cada pessoa. E que a percepção visual pelo profissional dentista é um pré-requisito para a apreciação da estética, e o restabelecimento desta não deve se limitar apenas na restauração do elemento dental, e sim a aplicação do conceito moderno de estética dental que envolve a análise criteriosa e a manipulação de todos os elementos faciais envolvidos na sua composição, a fim de criarmos sorrisos harmônicos e de alta atratividade. Faz-se de fundamental importância a avaliação personalizada de cada indivíduo, levando-se em consideração as diferenças étnicas existentes, assim como as diferenças relativas ao gênero e ao grau de maturação que o indivíduo se encontra. (BONI, 2011) O trabalho avaliou a influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso para os sexos feminino e masculino, e se existe diferença de opinião entre ortodontista, clínicos gerais e pessoas leigas. Na pesquisa, foram utilizadas fotografias da face durante o 26 sorriso de um indivíduo do sexo feminino e outro do sexo masculino. As fotos foram alteradas digitalmente para produzir cinco diferentes níveis de exposição gengival. As fotografias foram impressas em tamanho real da face, dispostas aleatoriamente em um álbum e foram classificadas por 30 ortodontistas, 30 clínicos gerais e 30 leigos, aonde foram avaliadas quanto à atratividade do sorriso, em péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo. O sorriso avaliado como mais estético para o indivíduo do sexo feminino, tanto para ortodontistas, quanto para clínicos gerais e leigos, foi aquele em que o lábio superior repousa na margem cervical dos incisivos superiores, mostrando toda a coroa dos incisivos. Para o indivíduo do sexo masculino, o sorriso mais estético para as pessoas leigas, foi com o lábio na altura da margem cervical dos incisivos superiores, sendo que, ortodontistas e clínicos gerais consideraram tanto o lábio na altura da margem cervical, como o lábio superior, cobrindo os incisivos superiores em 2mm como mais estéticos. Diante da pesquisa realizada através de fotografias, os autores concluíram que: a estética do sorriso para mulheres e homens foi influenciada pela quantidade de exposição gengival, havendo diferença de opinião entre ortodontistas, clínicos gerais e leigos. (DUTRA et al., 2011) Os autores do artigo, analisaram a percepção de 80 profissionais de Odontologia e 80 leigos, quanto à presença de alterações no plano gengival. Para o trabalho, foi utilizada a fotografia de uma mulher jovem sorrindo, que foi digitalmente modificada, produzindo alterações simétricas na altura gengival dos incisivos centrais e incisivos laterais, tornando o plano gengival progressivamente ascendente. Foi solicitado que os indivíduos escolhessem a foto mais agradável, depois o entrevistador questionou o indivíduo para verificar se o mesmo sabia o que estava sendo alterado na sequência das fotos, ou seja, se identificava as alterações feitas no plano gengival. A amostra de profissionais foi composta por quatro grupos: ortodontistas, protesistas, periodontistas e clínicos gerais. Os indivíduos leigos foram divididos em dois grupos: pacientes tratados na Clínica Integrada da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES e pacientes tratados em consultórios particulares. Os resultados da pesquisa mostraram que: as alterações simétricas, acima de 2mm, foram percebidas por dentistas e leigos, não existindo diferenças nessa percepção entre as especialidades odontológicas estudadas. O grupo de pacientes de consultórios particulares foi, significativamente, mais perceptivo que os pacientes da UFES. (FEU et al., 2011) O artigo teve como objetivo, apresentar um checklist de características dentolabiais e ilustrar como esse método de registro de dados, durante o diagnóstico ortodôntico, pode facilitar a tomada de decisões no tratamento do sorriso gengival, que, geralmente, envolve o 27 conhecimento da Ortodontia e de outras especialidades médico-odontológicas. A despeito do(s) fator(s) etiológico(s) envolvido(s), no sorriso gengival, existem aspectos a serem considerados durante a avaliação clínica dos pacientes. Os autores sugerem um checklist com 5 itens (Figura 17), para avaliação de características dentolabiais, são eles: registro distância interlabial, exposição dos incisivos superiores em repouso, arco do sorriso, proporção largura/comprimento dos incisivos superiores e as características morfofuncionais do lábio superior. Os autores usaram o checklist em 5 casos clínicos, no primeiro, paciente do sexo feminino, 13 anos, o exame revelou que a baixa proporção largura/comprimento dos incisivos superiores foi o único aspecto considerado desfavorável. No segundo caso, paciente do sexo feminino, 18 anos, os aspectos considerados desfavoráveis foram: baixa proporção largura/comprimento dos incisivos superiores e a hipermobilidade do lábio superior ao sorrir. Terceiro caso, paciente com 21 anos de idade, sexo feminino, baixa proporção largura/ comprimento dos incisivos centrais superiores e hipermobilidade labial, foram considerados aspetos desfavoráveis. No quarto caso, paciente 36 anos de idade, sexo feminino, apresentou espaço interlabial e exposição de incisivos superiores em repouso aumentados (porém com curvatura acentuada) e lábio superior curto, fino e com hipermobilidade. No quinto caso, paciente com 25 anos de idade, sexo feminino, apresentou o espaço interlabial e a exposição de incisivos superiores em repouso, encontravam-se bastante aumentados, o lábio superior curto mostrava também hipermobilidade, o arco do sorriso apresentava-se plano. A proporção largura/comprimento dos incisivos centrais superiores era satisfatória, embora houvesse desproporção entre o tamanho dos incisivos centrais e laterais. Todos os casos passaram por tratamento ortodôntico, os dois primeiros fizeram gengivectomia após o tratamento, o último caso teve indicação ortocirúrgica, a paciente não aceitou a abordagem e a exposição gengival foi diminuída pela redução da biprotusão e do "platô" dentoalveolar anterossuperior. O checklist proposto no artigo, auxilia o diagnóstico e planejamento, conduzindo a correção do sorriso gengival dentro do paradigma de tratamento ortodôntico contemporâneo. (SEIXAS; COSTA-PINTO; ARAÚJO, 2011) 28 Figura 17 - Sugestão de checklist, com cinco itens, para avaliação de características dentolabiais. Fonte: SEIXAS; COSTA-PINTO; ARAÚJO (2011) O objetivo do trabalho foi avaliar a influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso. Para isso, foram utilizadas duas fotografias do sorriso (uma facial e outra aproximada somente do sorriso) e uma intrabucal frontal de quatro indivíduos (um homem e uma mulher da raça negra, e um homem e uma mulher da raça branca). As fotografias foram manipuladas no computador e cinco imagens foram criadas para cada fotografia original, com diferentes graus de exposição gengival, variando entre 0mm a 7mm. As imagens foram submetidas à avaliação de 60 indivíduos, que atribuíram uma escala visual analógica e uma de zero a dez para cada imagem. De acordo com os resultados obtidos, os autores observaram que: a exposição gengival de 0 e 1mm apresentaram as maiores notas, porém com diferenças estatística entre si. As exposições gengivais de 3mm, 5mm e 7mm receberam notas menores, sem diferença estatística entre os níveis de 5 e 7mm. Além disso, o uso de fotos do sorriso aproximada ou da face frontal sorrindo, não demonstrou qualquer diferença estatística e não demonstrou influenciar na percepção estética dos avaliadores, quanto ao julgamento dos diferentes padrões de sorriso. (SUZUKI; MACHADO; BITTENCOURT, 2011) Os autores revisaram literatura atual, acerca dos fatores etiológicos do sorriso gengival (hiperplasia gengival, extrusão dento - alveolar anterior, excesso vertical de maxila) e lábios superiores curtos ou hiperativos, durante o sorriso, com erupção passiva alterada, assim como da semiotécnica relacionada, visando auxiliar o cirurgião dentista na tomada de decisão e no estabelecimento do plano de tratamento adequado, para cada uma dessas etiologias. O sorriso gengival é determinado pela exposição excessiva da faixa de gengiva, comprometendo a estética gengival, pois seus fatores etiológicos são diversos e precisam ser identificados para um correto tratamento. Apesar de diversas terapias já consagradas, novas alternativas menos invasivas têm sido encontradas, com objetivo de se obter resultados 29 semelhantes aos apresentados pelos tratamentos tradicionais ou ainda melhores, promovendo, no entanto, um menor desconforto para o paciente. (MACEDO et al., 2012) Essa pesquisa teve como objetivo avaliar a influência da presença de variações das normas estéticas no sorriso e o grau de negatividade para cirurgiões dentistas e leigos. Foram utilizadas fotografias iniciais de dois pacientes, um do sexo masculino e um do sexo feminino ambos leucodermas. Os sorrisos das fotografias foram manipulados, incorporando normas de beleza descritas na literatura ao sorriso dos modelos, criando dessa forma o sorriso ideal controle para cada gênero. A partir deste sorriso obteve-se variações de quatro normas de beleza - altura de bordas incisais, altura de contorno gengival dos seis dentes anteriores, exposição dos dentes anteriores e exposição gengival variando em três ou quatro níveis. Os examinadores, compostos por 20 cirurgiões-dentistas e 20 leigos, avaliaram as fotos e deram notas, através da Escala Analógica Visual. Os resultados demonstraram que para as bordas incisais, cirurgiões dentistas consideraram como mais estético quando centrais e caninos estão na mesma altura, já os leigos consideraram quando todos os dentes encontravam-se na mesma linha incisal. Alterações na margem gengival só foram perceptíveis aos olhares de cirurgiões dentistas e para esses, todos os dentes na mesma linha de contorno gengival obteve os maiores escores. Na exposição gengival, para leigos quando maior o nível de exposição, menor foram as notas. Os cirurgiões-dentistas consideraram no sorriso feminino com 1mm de exposição esteticamente semelhante a ausência de exposição. (MEUSEL, 2012) O estudo apresentou um caso clínico de uma paciente de 13 anos, do sexo feminino, que foi para uma consulta, tendo como queixa principal, os lábios protrusivos e um sorriso gengival. O exame clínico mostrou um perfil convexo, uma mandíbula retrognata, incisivos superiores excessivamente vestibularizados e extruídos, má oclusão esquelética de classe II, com protrusão bimaxilar dentoalveolar. O tratamento foi iniciado usando a mecânica convencional para a intrusão e retração dos dentes anteriores superiores, melhorando assim o perfil dos tecidos moles e diminuindo o sorriso gengival. Mas só o tratamento ortodôntico não foi suficiente para a correção da exposição gengival excessiva durante sorriso, secundária a atividade muscular do lábio superior hiperativo, sendo necessário o uso da injeção de toxina botulínica tipo A, como tratamento para corrigir o sorriso gengival com exposição de 3,5mm (Figura 16). A correção do sorriso gengival, após 2 semanas com injeção de Botox, foi alcançada sem quaisquer efeitos secundários (Figura 19). A paciente passou a apresentar uma oclusão satisfatória (Figura 20) e um sorriso atraente (Figura 21). (PATEL; THAKKAR; SUTHAR, 2012) 30 Figura 18 - Sorriso gengival com exposição de 3,5mm. Fonte: PATEL; THAKKAR; SUTHAR (2012) A Figura 19 - Correção do sorriso gengival com injeção de Botox. Fonte: PATEL; THAKKAR; SUTHAR (2012) B C Figura 20 - Oclusão satisfatória. Fonte: PATEL; THAKKAR; SUTHAR (2012) A B C D Figura 21 - Fotografias pós tratamento. Fonte: PATEL; THAKKAR; SUTHAR (2012) Os autores tiveram como objetivo apresentar um caso clínico, onde foi realizado o tratamento ortodôntico de uma paciente do sexo feminino, coreana de 31 anos de idade, com apinhamento e sorriso gengival. A paciente apresentava exposição excessiva da gengiva nas áreas anterior e posterior da maxila, onde para corrigir o sorriso gengival, o tratamento de escolha foi intruir toda a dentição maxilar, em vez de se concentrar apenas nos dentes anteriores superiores. O alinhamento e nivelamento foram realizados, e um sistema de 31 ancoragem absoluta palatina - MAAS (Figura 22), bem como um arco lingual modificado (Figura 23), foi instalado para obter o movimento de toda a dentição póstero superior. No período de tratamento ativo de 18 meses, houve correção do sorriso gengival e do apinhamento, e os resultados foram estáveis após 21 meses pós-tratamento. O MAAS pode corrigir sorrisos gengivais pela intrusão total do arco superior, com várias vantagens: é uma modalidade de tratamento minimamente invasivo, que reduz o número de implantes de parafusos necessários, resistindo à forças ortodônticas de grande magnitude e promove forças ortodônticas em qualquer direção desejada. (HONG et al., 2013) j Figura 22 - Mecânica intrusiva na técnica do arco lingual modificado segmentado. Fonte: HONG et al., 2013 Figura 23 - Sistema de ancoragem absoluta palatina mediana para póstero-superior, movimento da dentição maxilar. Fonte: HONG et al., 2013 32 4 DISCUSSÃO No trabalho de SUZUKI; MACHADO; BITTENCOURT, 2011, os autores discutiram quanto ao resultado da sua pesquisa, mencionando alguns adjetivos utilizados na literatura como “ideal”, “aceitável” e “agradável” dizendo que são termos difíceis de serem interpretados. A exemplo disso, a avaliação realizada em relação a influência da exposição gengival na estética do sorriso, mostrou um resultado onde 3mm de gengiva apresentou nota média de 5,02 ou seja, 50%, e mesmo o valor absoluto da nota 5,0 não é suficiente para qualificar a exposição gengival de 3mm.. Porém, podemos encontrar na literatura, trabalhos que afirmam que as exposições gengivais de até 3mm são consideradas agradáveis. Assim sendo, é difícil afirmar que a exposição de 3mm ou, até mesmo, as de 5mm e de 7mm são antiestéticas, pois a qualificação de um sorriso como estético, ou não, depende de inúmeros outros fatores, isso explica por que alguns modelos de beleza nacionais e internacionais expõem gengiva ao sorrir e nem por isso seus sorrisos são considerados antiestéticos. Já o trabalho de revisão de literatura de MACEDO et al., 2012 destaca que, durante o sorriso, normalmente um indivíduo expõe de 1 a 3mm de gengiva, ressaltando o tecido gengival interdental e ainda a margem gengival. E que durante o sorriso, dentes anteriores e superiores devem ser completamente expostos, juntamente com 2mm de gengiva acima dos incisivos centrais. Pesquisas como as de MENEZES FILHO et al., 2006; MACEDO et al., 2012 e CÂMARA, 2010, concordam com a importância de um trabalho individualizado para cada paciente, destacando a importância de que o profissional deve estar preparado e atento à causa do problema e que, apenas após um correto diagnóstico acerca de qual fator etiológico está presente em cada caso, é que se pode propor um plano de tratamento adequado. Saber interpretar as nuances do sorriso dá a cada ortodontista a oportunidade de atuar de forma consciente na estética bucal dos pacientes, permitindo que o diagnóstico esteja integrado com o prognóstico, dando uma visão realista dos resultados que podem ser obtidos. E para auxiliar no diagnóstico, é importante inicialmente proceder a uma análise facial frontal e de perfil do paciente, estática e dinâmica, a fim de avaliar a proporção entre os terços faciais e o espaço interlabial em repouso. Os trabalhos de pesquisa de FLORES-MIR et al., 2004 e RODRIGUES et al., 2010 destacam também a importância do ponto de vista dos pacientes, para que os clínicos gerais e ortodontistas possam avaliar e planejar o tratamento, pois o 33 sucesso do mesmo está condicionado a participação conjunta entre os profissionais e pacientes, durante a fase de planejamento. No artigo do MENEZES FILHO et al., 2006 os autores relatam que as mulheres apresentam uma porcentagem maior de sorriso alto e médio, enquanto os homens apresentam uma porcentagem maior de sorriso baixo. No artigo, CÂMARA, 2010 também foi relatada em relação ao gênero que também parece influenciar na altura do sorriso. Embora não existam muitos estudos a respeito do assunto, ele cita em seu trabalho uma maior tendência para as mulheres apresentarem a linha do sorriso média (55,9%) e alta (37,7%), e os homens a média (54%) e baixa (23,8%). Esses achados são semelhantes aos valores encontrados no trabalho de PECK, PECK, KATAJA, 1992, que também observaram que os sorriso médios (52%) e altos (32,5%) são mais comuns nas mulheres, e os sorrisos médios (48%) e baixos (33%) nos homens. No trabalho de FEU et al. (2011), a avaliação realizada foi quanto à percepção das alterações no plano gengival, onde foram usados leigos e grupos de dentistas com diferentes especialidades, cujos resultados mostraram que alterações simétricas acima de 2mm, foram percebidas pelos profissionais e leigos, não existindo diferenças entre as especialidades odontológicas estudadas. Já no trabalho de DUTRA et. al. (2011), que avaliou a influência da quantidade de exposição gengival, na estética do sorriso, para os sexos feminino e masculino, e se existia diferença de opinião entre ortodontista, clínicos gerais e leigos. Os resultados mostraram que a estética do sorriso, para mulheres e homens, foi influenciada pela quantidade de exposição gengival, havendo diferença de opinião entre os avaliadores. E o trabalho de BARRETO (2009), que abordou a percepção sobre a estética do sorriso, por meio de uma pesquisa onde foram acrescentadas quatro alterações estéticas como: exposição gengival, recessão gengival, ausência de papila e contorno gengival, mostrou que, a percepção dos periodontistas, protesistas, ortodontistas e leigos são diferentes, e dentre as alterações avaliadas na pesquisa, a papila e a recessão foram as alterações que mais comprometeram a estética do sorriso. 34 5 CONCLUSÃO Diante do estudo realizado através de uma revisão de literatura, foi possível concluir: As especialidades da área da odontologia estão entrelaçadas umas nas outras, principalmente quando o procedimento envolve estética. Nesse trabalho, podemos ver a participação dos especialistas em ortodontia, dentística, protesista, periodontista, buco-maxilo e até mesmo a fonoaudiologia e a medicina estética. Por isso é importante que se faça um diagnóstico preciso e criterioso, para que o profissional possa proporcionar ao paciente o tratamento mais adequado para o seu caso. É importante que se estabeleçam padrões dos tipos de sorriso, daquele que agrada os leigos e profissionais no geral, para que os clínicos e os especialistas na área de odontologia, tenham uma base para se espelhar, e com o seu conhecimento e o auxílio de exames complementares possam melhorar a estética do paciente devolvendo ou aumentando a sua auto-estima. O tratamento deve ser realizado sempre de forma conjunta, levar em consideração os aspectos relacionados aos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade, os quais envolvem a gengiva, os dentes e a face, sem esquecer que a queixa principal do paciente é de extrema importância, principalmente quando ela está relacionada a estética. Faz-se de fundamental importância a avaliação personalizada de cada indivíduo, levando-se em consideração as diferenças étnicas existentes, assim como as diferenças relativas ao gênero e ao grau de maturação que o indivíduo se encontra; Existem vários tratamentos para a correção do sorriso gengival dentre eles estão: impacção de maxila, remoção de tecido gengival através de cirurgia periodontal, intrusão dentária, a utilização de mini-implantes e a toxina botulínica tipo A. Saber diferenciar os casos é o primeiro passo para o sucesso do tratamento. O sorriso gengival pode ser corrigido ou não, isso vai depender da insatisfação do paciente e do nível de exposição. 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Alessandra Oliveira. Avaliação da percepção de periodontistas, protesistas, ortodontistas e leigos sobre parâmetros periodontais relacionados à estética do sorriso. 2009. 80p. Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal -RN, 2009. BONI, Márcio Wilson. Parâmetros para otimizar a estética do sorriso. 2011. 67p. Dissertação (Especialização em prótese dentária), Instituto de Pós Graduação em Odontologia - IOPG, Campo grande – MS, 2011. CÂMARA, Carlos Alexandre. Estética em Ortodontia: seis linhas horizontais do sorriso. Dental Press J. Orthod., (LOCAL), v. 15, no. 1, p. 118-131, Jan./Feb. 2010. DUTRA,Milene. Influência da exposição gengival na estética do sorriso. Dental Press J. Orthod, 16(5): 111-8. Sept-Oct, 2011. FEU, Daniela. 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