CURSO INTERNACIONAL SOBRE
CULTIVO DE CAMARÕES
PROJETO SOED – SOUTHERN OCEAN EDUCATION
AND DEVELOPMENT
RELATÓRIO FINAL
Coord. : Prof. Edemar Roberto Andreatta - UFSC
Francisco de Oliveira Neto - EPAGRI
Florianópolis – SC – Brasil de 21/11 a 19/12 de 2007
SOED –
CURSO DE TREINAMENTO EM CULTIVO DE CAMARÕES
PARA TÉCNICOS MOÇAMBICANOS
Santa Catarina – Brasil
21 de Novembro a 19 de Dezembro de 2007
Objetivos:
- Dar treinamento específico para Extensionistas de Moçambique
na área tecnológica do Cultivo de Camarões.
- Criar oportunidade para conhecer outras áreas de Aqüicultura no
Estado de Santa Catarina como as fazendas de moluscos marinhos
e laboratórios de reprodução de peixes, camarões e moluscos..
Participantes:
Extensionistas do Ministério das Pescas de Moçambique e
Professores da Universidade Eduardo Mondaine.
Organização:
- Universidade Federal de Santa Catarina
- EPAGRI.
Laboratórios da UFSC envolvidos:
- Estação Experimental Yakult
- Laboratório de Camarões Marinhos - LCM
- Laboratório de Moluscos Marinhos - LMM
- Laboratório de Peixes Marinhos - LAPMAR
- Laboratório de Peixes de Água Doce – LAPAD
Coordenadores:
- Prof. Edemar Roberto Andreatta
- Prof. Walter Quadros Seiffert
- Francisco de Oliveira Neto.
PROGRAMA
Dia 21-11-2007 – Recebimento da delegação moçambicana no Aeroporto
Hercílio Luz em Florianópolis e translado para a Estação
Experimental Yakult em Barra do Sul (180 km do aeroporto)
(Responsáveis pela ação: Prof Walter Quadros Seiffert e Andreatta)
Dias 22-11 a 02-12 – Reconhecimento de Unidades de produção da
micro- região, treinamento em manejo de água, biologia,
protocolos de manipulação de equipamentos, manejo da
alimentação em sistema de bandejas, armazenagem de rações,
equipamentos e práticas de manejo (coleta de parâmetros,
biometrias, transferências..).(Prof. Walter, José e Jairo Souza)
Dias 03-12 – Sustentabilidade ambiental e qualidade de água (Prof. Luis)
Dias 04 a 07 – Curso teórico-prático completo envolvendo todos os
aspectos da Indústria do cultivo desde a escolha de áreas,
projetos de Implantação de unidades, licenciamento
ambiental, princípios da produção, Ecologia de viveiros,
manejo de enfermidades,
colheita e tratamento pós colheita
( Prof. Andreatta) – Retorno a Florianópolis.
Dias 08 e 09 - Livres para visitar os mercados e alguns pontos turísticos.
Dias 10 a 14 – Visitas às Unidades de Produção de Moluscos, aos
Laboratórios de Moluscos Marinhos, Peixes Marinhos e Peixes
De Água Doce, visita ao Departamento de Aqüicultura
(Francisco de Oliveira Neto e Prof. Andreatta)
Dia 15 – Livre
Dia 16 – Livre.
Dia 17 – Sistemas de produção intensiva de camarões em
agregados microbianos. (Rodrigo Schveitzer - LCM)
Dia 18 – A microbiologia na Aqüicultura. ( José Luis Mouriño - LCM)
Dia 19 – Avaliação do Curso e encerramento com a entrega dos
certificados (até 12:00, estando livres para retorno a partir do dia 19 a
tarde).
Participantes:]
Alda Maria Jacundo Salia da Silva
Departamento de Aqüicultura do Ministério das Pescas
Luisa Simbine
Instituto Nacional de Investigações Pesqueiras
José Luis Gigante
Instituto Nacional do desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala
Ossufo Lourenço
Instituto Nacional do desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala
Érica Helena Tovela
Universidade Eduardo Mondlane
Desenvolvimento:
O cronograma do curso foi executado de acordo com o planejamento.
Apenas foi decidido pela permanência da delegação Moçambicana na primeira
noite em Florianópolis para que os viajantes pudessem descansar depois da longa
viagem. Também, o almoço que o coordenador do Projeto ofereceria na sua
residência, não foi possível realizar por problemas de saúde dos donos da casa.
Como alternativa, os convidados foram levados a um restaurante pelo
Oceanógrafo Sergio winckler da Costa. Todas as demais atividades foram
rigorosamente cumpridas.
O Curso envolveu na primeira semana as atividades práticas. Os
extensionistas puderam participar da despesca dos camarões (colheita), dos
processos de armazenamento de rações e alimentação dos camarões em sistemas
de bandejas, coleta de parâmetros de qualidade de água e biometrias.
Durante o desenvolvimento do Curso, especialmente na Estação
Experimental Yaklult, nos deparamos com uma série de problemas extra-classe.
O primeiro problema foi a dificuldade para colocar a disposição dos
estudantes os recursos financeiros para seus gastos extras. Houve atraso na
chegada do recurso do SOED e precisaram ser mobilizados recursos da própria
fazenda.
Havia também por parte dos estudantes uma expectativa de que receberiam
diárias, o que lhes permitiria realizar economias para o seu retorno. Ficaram
desapontados quando lhes foi esclarecido que o Projeto apenas pagaria todos os
custos, inclusive os custos extras.
Na fazenda, durante o período do curso foi observada uma pressão de
insetos, bastante importante e que tornou o ambiente desconfortável. Na mesma
direção, o período foi marcado pela falta de chuvas, impondo que a estação
precisasse utilizar da água de ponteiras que , apesar de ser limpa, tem maior
dureza e odor.
.
O restaurante escolhido para as alimentações, que se localiza perto da
Estação, precisou ser mudado por conta da reclamação de que a comida era
repetitiva. Assim passamos a deslocar os estudantes 12 km para as refeições do
almoço.
Na parte teórica do curso, de o3 a 07 de dezembro participaram 05
estudantes de pós-graduação, o que possibilitou elevar o nível das discussões.
A idéia era exatamente a de permitir a integração entre os dois grupos,
facilitando a troca de experiências dos estudantes dos dois países.
Durante todo o desenvolvimento do curso e das visitas realizadas nas áreas
de Moluscos e peixes de água doce foram observados graus de interesse
diferenciados entro os participantes. Este fato foi observado por todos os
professores e pelo pessoal da EPAGRI, que colaboraram no desenvolvimento do
curso.
Os problemas e as dificuldades apresentadas, não impediram que o curso
cumprisse com seus objetivos. Todos os candidatos, independentemente do
maior ou menor grau de aproveitamento, adquiriram conhecimentos suficientes
para viabilizar implantação e operação de pequenas unidades de produção de
camarões.
Salienta-se que as os problemas e dificuldades havidos não tem a
conotação de crítica, mas dar ciência e chamar a atenção para a necessidade de
um melhor encaminhamento das atividades que se sucederão dentro do Projeto
SOED.
A coordenação do Curso agradece a importante colaboração dos
Professores e especialmente a colaboração dos técnicos do SEDAP – EPAGRI
que, sob a organização do Dr Francisco de Oliveira Neto, propiciaram aos
Extensionistas conhecer as áreas de desenvolvimento da indústria de Moluscos
Marinhos e Peixes de Água Doce do Estado de Santa Catarina.
Reconhecemos também o empenho do Técnicos da Yakult, Jairo de Souza,
José Roberto Argento Neto e da equipe de funcionários da Fazenda que tiveram
direto envolvimento com o grupo de estudantes moçambicanos.
Yakult Shrimp Research Station and Teaching Farm
Students examine concrete gate which controls
the water level within shrimp ponds.
Students Erica Helena Tovela, (Jairo Souza instructor), Alda Salia da Silva, Luisa
Simbine and José Roberto Argento (instructor) discuss shrimp culture at the Yakult
farm.
José Luiz Gigante learns how to use a refractometer to measure water salinity.
Learning to work in the Yakult Laboratory
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