Paradas programadas podem gerar queda de 90 mil toneladas
de celulose
08/09/2014 – Uma avaliação da PPI América
Latina revelou que com as paradas de
manutenção previstas para as fábricas de
BEK, sigla em inglês para celulose
branqueada, previstas para este segundo
semestre diminuirão a produção em quase
91 mil toneladas.
Nos primeiros seis meses de 2014, as
paradas no Brasil reduziram a produção de
BEK em 220 mil toneladas, o que não foi
suficiente para compensar a pressão sobre
os preços. Mesmo assim, as empresas puseram estoques de celulose no mercado. O caso
brasileiro é o da Suzano, que começou a vender celulose e, até o fim do ano, serão 1,5 milhões
de toneladas comercializadas.
No Uruguai também haverá paradas de manutenção de fábrica e, neste caso, 32 mil toneladas
de celulose deixarão de ser produzidas. Mesmo assim no início de junho, a região uruguaia de
Montes Del Plata ganhou uma nova usina de celulose branqueada que começou a operar na
América Latina. Ela sozinha colocará no mercado 1,3 milhões de toneladas por ano.
Tradição contradiz situação
Historicamente o segundo semestre é de demandas melhores em todo o mundo. Na Ásia, as
compras estão em um bom ritmo e na Europa os negócios começam a melhorar. As grandes
empresas exportadoras de celulose brasileiras acreditam que os preços por tonelada já
atingiram fundo do poço na Ásia.
O motivo são os US$ 575 registrados pela Arauco, empresa de origem chilena. As empresas
brasileiras não anunciaram seus preços.
Entre os dias 27 de julho e 6 de agosto a Fibria teve um tempo de inatividade em Jacareí (SP),
o que resultou numa não produção de 36 mil toneladas de celulose branqueada. Segundo a
empresa, cerca de dois mil trabalhadores foram envolvidos na operação e 64 empresas foram
contratadas.
Em agosto a linha 1 Suzano Mucuri (BA) e as linhas de celulose da Cenibra em Belo Oriente
(MG) também pararam.
A nova fábrica da Suzano no Maranhão teria um tempo de parada planejada para setembro,
mas a empresa confirmou adiamento da operação para o primeiro trimestre de 2015.
Fonte: Painel Florestal / Adaptado por CeluloseOnline
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