Médico: alegrias e tristezas...
Texto do Dr. Jorge Martins Cardoso (Médico) - CRM 573
Um médico, alegremente, convidou-me a escrever alguma coisa sobre o Dia do Médico. Deixei de lado as
preocupações, e com muita alegria, o escriba, que por "acaso" é médico, aceitou o convite. Comentei com
o médico "desafiante" que o título seria o que está escrito acima, e que o médico "desafiado", diante do
atual quadro da saúde em Sergipe e no Brasil, iria escrever pouco sobre alegrias, e escrever mais da outra
palavra que consta no título. O médico que me fez o convite, sorrindo – pois estava alegre – pediu-me
moderação. Fiquei matutando. Conversei com os botões brancos, da minha única e solitária camisa
branca. O médico "convidado" decidiu alegremente "inverter" os papéis. A tônica e o tônico do texto
seriam alegria, alegrias e muitas alegrias. Que a outra palavra adversária fosse para os quintos dos
infernos, ou outro local parecido.
A primeira alegria surge quando recordo do início do curso na Faculdade de Ciências Médicas da UFS,
no remoto ano de 1972. Tinha então saudáveis e alegres 21 anos de idade. Uma segunda alegria vem das
recordações, - e elas são muitas - dos longos seis anos em que convivi com 33 colegas de turma. A
terceira alegria ocorreu em 1977, quando todos nós conseguimos o canudo de "doutores em medicina".
Afinal, estávamos todos contentes porque a partir de então éramos médicos. Muitas alegrias para todos os
lados e para todos os gostos.
Outras alegrias procedem das lembranças dos nossos professores, todos eles médicos, tais como: Dr.
Airton Teles Barreto, Dr. Antônio Garcia Filho, Dr. Fernando Sampaio, Dr. Hercílio Cruz, Dr. João
Cardoso do Nascimento Júnior, Dr. João Gilvan Rocha, Dr. José Leite Primo, Dr. José Machado de
Souza, Dr. José Maria Rodrigues, Dr. Júlio Flávio Prado, Dr. Lauro Augusto do Prado Maia, Dr. Lourival
Bonfim, Dr. Lucilo da Costa Pinto, Dr. Nestor Piva, Dr. Osvaldo da Cruz Leite, Dr. Oswaldo de Souza,
Dr. Paulo Freire de Carvalho, Dr. Tarcísio Carneiro Leão e Dr. Walter Cardoso, estes de saudosa
memória. E ainda: Dr. Albino Figueiredo Melo, Dr. Alexandre Gomes de Menezes Neto, Dr. Antônio
Leite Cruz, Dr. Cleovansóstenes Pereira de Aguiar, Dr. Dalmo Machado, Dr. Delso Bringel Calheiros,
Dr. Eduardo Garcia, Dr. Fedro Portugal, Dr. Geraldo Moreira Melo, Dr. Gilton Machado Rezende, Dr.
Hugo Bezerra Gurgel, Dr. Hyder Bezerra Gurgel, Dra. Ilma Fontes, Dr. José Abud, Dr. José Fernandes
Macedo, Dr. José Augusto Soares Barreto, Dr. Lauro de Britto Porto, Dr. Marcos Teles de Melo, Dr.
Raimundo Almeida, Dr. Raimundo Mendonça de Araújo, Dr. Raulino Galrão e Dra. Zulmira Freire
Rezende. Estes, ainda vivos, e espero que gozando de boa saúde. Pode ser que eu tenha esquecido o nome
de algum dos nossos professores de nossa turma (1972-1977). Se esqueci ou cometi algum engano, peço
mil desculpas. É com alegria que recordo deles, com maior ou menor intensidade.
Foi com estes médicos-professores que alegremente aprendi medicina. Aprendi "alguma coisa", é bem
verdade. Não por culpa dos professores, mas sim por culpa única e exclusiva do aluno. Tento explicar. A
maioria dos professores falava em bom português. Eu cismava que era latim. Outros citavam algumas
palavras em inglês. Eu achava que era russo. Já outros sapecavam alguns termos em francês. Eu, o aluno,
cismava que era alemão. Se falavam algo em espanhol, eu entendia como sendo italiano. Era uma
confusão dos diabos na minha cabeça. Lingüística é uma praga! E o que é mais curioso, eu mal sei falar
português! Geralmente as aulas transcorriam num clima ameno. Os alunos eram respeitosos com os
professores, porém havia os nossos momentos de pura diversão. Tempos bons, tempos felizes.
Também é com alegria que recordo os quatros anos em que trabalhei no Hospital de Riachuelo, ao lado
dos médicos Dr. Cleovansóstenes Pereira Aguiar, Dr. Hélio Luna, Dr. José Lealdo Lima e Dr. Francisco
Rollemberg. Do Instituto Médico Legal (IML), no qual trabalhei aproximadamente 16 anos, trago boas
recordações dos médicos Dr. Evenor de Sena e Silva e Dr. Jorge Carvalho Mendonça. Da Secretaria de
Estado da Administração – Perícia Médica do Estado -, local em que trabalhei por dois anos, também
tenho boas lembranças. Também trabalhei em Divina Pastora e Santa Rosa de Lima. Em Aracaju, durante
10 anos trabalhei em um consultório do C. M. O. na Praça Tobias Barreto, de nossa propriedade, hoje
transformado num centro de documentação e pesquisa. Sempre de bem com a vida.
O que me trouxe alegrias, muitas alegrias mesmo, foi ter trabalho na luta contra a poliomielite a partir de
1981, ao lado do saudoso médico Dr. José Machado de Souza, além dos médicos Dr. José Sousa
Vilanova, Dr. Sérgio Vasconcelos Garcez, Dra. Fátima Medeiros, Dr. Hélio Araújo de Oliveira, Dr. Josias
Passos, Dr. Ivaldo Santa Rita, entre outros, além do também saudoso médico Dr. Jussuê Batista Moreno
(da FSESP, hoje Funasa), além de outros sespianos da velha guarda. Da nossa turma de 1977, um faleceu
agora em 2007, que foi o médico Dr. José Raimundo de Aragão, nascido em Itabi e pessoa muito querida
em São Cristóvão, com o qual tive momentos muito descontraídos. Rendo aqui uma especial homenagem
a ele.
Ser médico é ser alegre é ser feliz. Somos nós médicos que prevenimos doenças, curamos pessoas,
salvamos vidas, aliviamos as dores alheias, consolamos os necessitados. Embora a misteriosa e
metabólica confusão lingüística, foi o que eu aprendi com os meus professores durante o curso de
medicina. É verdade que em algumas ocasiões, nem sempre as coisas correm bem, contudo isto é natural.
O médico não é um Deus. O médico é feito de carne e osso, como qualquer ser humano. Embora não seja
perfeito, tanto quanto possível, ele deve ser competente, ser rápido, ser preciso, ser seguro e até mesmo
tentar ser perfeito. Principalmente porque nós lidamos com nossos semelhantes. Apesar das adversidades,
manter sempre o bom-humor. Vocês médicos conscientes, nós médicos conscientes, sabemos que temos
limitações. Ora bolas, vamos superá-las!
O escriba, que por "acaso" é médico, fez concurso público em 1978 para ter acesso a Secretaria de Saúde
Pública. Depois de quase 30 anos recebe como "vencimento efetivo", a alegre fortuna de R$ 634,84.
Alegria rima um pouco com dia, não é mesmo? Pois, mais alegrias, porque tenho certeza e esperança de
melhores dias. O dublê de escriba e médico, formado em 1977, agora em dezembro de 2007, completará
30 anos de formatura. Três longas décadas. A maioria de meus colegas de turma irão se hospedar em bons
apartamentos no "novo" Hotel da Ilha, na Barra dos Coqueiros e comemorar uma data muito importante.
Espero que todos estejam e fiquem contentes. Não sei ao certo, mas acho que eles irão de carro. O
escriba, médico por "acaso", vai fazer o possível para estar lá. Usando o meu curioso metabolismo
lingüístico, ousada e alegremente, tem a esperança de chegar lá no meu helicóptero e vai ficar hospedado
na suíte presidencial.
Alegria, alegrias e muitas alegrias. Não falei? A palavra adversária teve seu momento de glória lá em
cima, no título. No texto ela não teve e não tem vez. Desejo alegria aos meus professores, alegrias aos
meus colegas de turma e muitas alegrias a todos os médicos de Sergipe. Afinal, hoje é um dia alegre.
Hoje é o Dia dos Médicos.
FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia_arquivo.php?id=77277
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