SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
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SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
ÍNDICE BAHIANEST
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SAEB Lança Calendário de
Eventos para 2015
12
8
Jorba traz como tema
Segurança e Qualidade em
Anestesia
Crônica: O Bom Golpe
16
Convênios ativos com a COOPANEST-BA
18
17
Anestesia venosa total
é tema de aula na SAEB
12
Protocolo Eras® – Otimizando
a recuperação pós cirurgia
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Anestesiologistas baianos compõem nova
diretoria da Febracan
Responsabilidade civil
em anestesiologia
100
95
75
BAHIANEST é uma publicação da SAEB - Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia em parceria com a COOPANEST-BA - Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas Estado da Bahia.
25Presidente Dr. José Admirço Lima Filho CRM/Ba 15.231 | Vice-Presidente Dra. Vera Lúcia Fernandes de Azevedo CRM/Ba 3.811 | Secretário Geral Dr. Fernando Cézar Cabral de Oliveira Filho
CRM/Ba 19.697 | 1º Secretário Dr. Alexandre Chaves Mira CRM/Ba 16.364 | 1ª Tesoureiro Dr. Libório Ximenes Aragão Filho CRM/Ba 19.851 | 2º Tesoureira Dra. Ana Cláudia Morant Braid CRM/
5 Ba 9.365 | Diretor Científico Dr. Lucas Jorge Santana de Castro Alves CRM/Ba 20.686 | Diretor de Defesa Profissional Dr. Paulo Cezar Medauar Reis CRM/Ba 6.428 | Presidente da COOPANESTBA Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo CRM/Ba 3.811 | Responsável pela revista: Dr. José Admirço Lima Filho CRM/Ba 15.231 | Textos e Edição Cinthya Brandão Jornalista DRT 2397
0 www.cinthyabrandao.com.br | Designer Gráfico Carlos Vilmar www.carlosvilmar.com.br | Fotografias Sr. Hitanez Freitas e Cinthya Brandão Tiragem 800 exemplares | Impressão Cartograf
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EDITORIAL BAHIANEST
Convênio entre SAEB e
Colégio Anchieta é renovado
A SAEB renovou o convênio com o Colégio Anchieta que
prevê desconto de 15% nas mensalidades dos filhos e/ou
dependentes legais dos sócios. Informações na secretaria
da SAEB: 71 3247-4333 ou através do site da escola www.
colegioanchietaba.com.br.
Caros Sócios,
Em 2015 estamos intensificando as nossas atividades
para continuar a promoção
científica da nossa especialidade! Manteremos nossos
encontros na SAEB através do
curso de CET e das nossas sessões de atualização. As ações
de comunicação através dos
diversos meios serão revistas
e ampliadas.
Queremos aumentar a proximidade entre os sócios e os
desejos futuros de crescimento da SAEB. Este ano planejamos uma Jornada mais envolvente e com uma programação
associativa mais intensa.
Contamos com a participação de todos para o crescimento da anestesiologia baiana.
Um cordial abraço e até a
JORBA.
Dr. José Admirço Lima Filho
Presidente da SAEB
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SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
LANÇAMENTO CALENDÁRIO
SAEB Lança Calendário de
Eventos para 2015
A SAEB fez o lançamento oficial do
calendário de eventos para o próximo
ano, em dezembro do ano passado, no
auditório da COOPANEST-BA, num café
da manhã com representantes da indústria farmacêutica e de equipamentos.
O presidente da SAEB, Dr. José Admirço Lima Filho, fez um balanço dos
eventos realizados em 2014. “Foram
mais de trezentas horas de atividades
científicas entre o Curso dos CETs, JORBA, aulas e cursos pré-jornada, todas
elas com ótima frequência dos sócios. A
diretoria mentem-se firme no propósito
de atrair e motivar a participação dos
anestesiologistas baianos nos encontros
promovidos pela SAEB”, salientou.
O diretor científico da SAEB, Dr. Lucas
Castro Alves também esteve presente. O
objetivo da iniciativa foi apresentar as
cotas de patrocínio para que os parceiros possam elaborar um planejamento
para estarem presentes nos eventos de
2015.
EDUCAÇÃO CONTINUADA
Salvador sediou 69ª edição
do Sábado da Raqui
O evento aconteceu dia 27 de julho, na
capital baiana e contou com participação
de dezenas de anestesiologistas e residentes. Sod a coordenação de Dr. Luiz Eduardo
Imbelonni, o curso aborda todos os apectos
preponderantes da técnica, considerada a
mais utilizada da especialidade. Dentre os
palestrantes estava Dr. M. A. Gouveia que
é referência em raquianestesia no país. O
evento tem o apoio da Cristália e já se tornou tradicional no calendário científico da
anestesiologia brasileira.
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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
Homenagens e reconhecimento
marcam encerramento das
atividades científicas da saeb
A SAEB realizou o encerramento programação científica de
2014 com emoção, descontração
e congraçamento. Antes da aula
do Prof. Yang Mendes sobre Falar em Público e Crescer Profissionalmente, duas homenagens
foram concedidas pelo presidente Dr. José Admirço Lima Filho.
O Sr. Isaías Gonçalves, gerente
da Cristália, recebeu o título de
Sócio Benemérito pela brilhante contribuição e parceria nos
eventos da sociedade e por ter
participado de praticamente
todas as Jornadas Baianas de
Anestesiologia. Emocionado e
com breves palavras, Sr. Isaias
falou da satisfação de estar presente em todos os eventos organizados pela Sociedade como
parceiro e amigo. Agradeceu o
reconhecimento e reafirmou sua
presença e colaboração nos futuros projetos.
A homenagem que marcou a
noite e ficará registrada na história da Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia foi para
Dr. Carlos Eduardo Aragão de
Araujo, ex-presidente da entidade e atual presidente da COOPANEST-BA. A sede da SAEB passou
a ter o seu nome pelo apoio, representatividade e fortalecimento do ponto de vista associativo
à anestesiologia baiana. A placa
foi recebida com muita alegria
e no discurso de agradecimento
um misto de emoção e de relatos
que evidencia o quanto sua vida
profissional e particular está in-
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timamente ligada às duas entidades, desde a infância ao lado
do pai, Dr. Eduardo Lins Ferreira
de Araujo Filho, quando o mesmo presidiu a SAEB, em 1955,
até os dias atuais à frente da
cooperativa. Dr. Carlos Eduardo
fez questão de dividir tal honraria com amigos e ex-presidentes da SAEB Dr. Aurino Lacerda
Gusmão e Dr. José Abelardo
Garcia de Meneses, presidente
do CREMEB. Num discurso muito
emocionado lembrou-se dos desafios e conquistas celebrados
pela Sociedade.
DESAFIO DE FALAR EM
PÚBLICO
Prof. Yang Mendes
Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo
Numa aula regada de descontração e utilização de recursos audio visuais, o Prof.
Yang Mendes fez uma abordagem detalhada com dicas para
aqueles que necessitam utilizar
parte do seu trabalho falando
em público. Muitos dos anestesiologistas presentes ministram
aulas em congressos e jornadas
e, certamente, se beneficiaram
de tais informações. Segundo
o professor a resistência e o
despreparo de falar em público
são problemas culturais. “Essa
SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
Dr. Aurino Gusmão, Dr. Carlos Eduardo Araujo e Dr. José Abelardo Meneses
barreira é uma falha cultural.
Nós não aprendemos na escola
a falar em público, porém somos cobrados desde muito cedo
quando os professores solicitam
que apresentemos um trabalho
perante os colegas. E não nos
questionamos que não fomos
preparados para tal porque não
nos damos conta que isso é um
aprendizado. A partir daí vamos tendo problemas ao longo
da vida com experiências não
muito bem resolvidas do ponto
de vista da oratória, chegando a
desenvolver um trauma de falar
em público”, explica.
Yang Mendes discorre algumas sugestões para assegurar
uma apresentação segura. “A
dica mais básica refere-se ao
domínio do assunto a ser explanado: o conhecimento do tema.
O conhecimento dará muita segurança. A respiração também
é um fator importante, pois ajudará a controlar a ansiedade, o
medo e até a falta de concentração. Indico uma respiração mais
HOMENAGEM
Dr. José Admirço Lima Filho e Sr. Isaías Gonçalves
profunda, diafragmática, que te
leve a um patamar de tranqulidade antes da apresentação. É
importante também treinar o
que será falado. No teatro, por
exemplo, uma apresentação de
1h tem, no mínimo, de 4 a 6 meses de ensaio. Numa aula, normalmente, o palestrante estuda
o tema, prepara os slides, mas
não ensaia sua apresentação,
porque ele avalia que aquilo que
foi estudado, planejado e escrito
ou visualizado pela sua mente
será o que ele falará. Mas não
é. A fala, a didática oral é muito
diferente da didática escrita. E
aí está a grande barreira, a falta
de treinamento da própria aula
ou apresentação. Poucos palestrantes criam esse hábito, normalmente eles vão aprendendo
e aprimorando a cada explanação. Outro aspecto que merece
muita atenção é a expressão
corporal. Ela representa 55% da
comunicação. Nos preocupamos
muito com o que iremos falar e
não nos atentamos para a forma
HOMENAGEM
A PARTIR DESTA DATA, A SEDE DA SOCIEDADE DE ANESTESIOLOGIA DO ESTADO DA BAHIA
TERÁ A HONRA DE RECEBER O NOME DE DR. CARLOS EDUARDO ARAGÃO DE ARAUJO POR
SUA ENRIQUECEDORA CONTRIBUIÇÃO À ANESTESIOLOGIA BAIANA, FORTALECIMENTO DA
NOSSA ATUAÇÃO COMO SOCIEDADE, ESTÍMULO E PERSEVERANÇA, AJUDANDO-NOS A
QUEBRAR BARREIRAS E ENFRENTAR DESAFIOS. SUA MAIOR QUALIDADE É UNIR E VALORIZAR
AS PESSOAS NO SENTIDO AMPLO DE EQUIPE.
É com muita honra que a Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia homenageia
o SR. ISAÍAS GONÇALVES DA SILVA, pela brilhante contribuição e parceria nos
eventos da nossa sociedade. sua dedicação, compromisso e presença reafirmam a certeza
de que o sucesso é fruto do trabalho em equipe.
DR. JOSÉ ADMIRÇO LIMA FILHO
DR. JOSÉ ADMIRÇO LIMA FILHO
PRESIDENTE DA SAEB 2014/2015
PRESIDENTE DA SAEB 2014/2015
SALVADOR, 12 DE DEZEMBRO DE 2014.
SALVADOR, 12 DE DEZEMBRO DE 2014.
como vamos passar essas informações. São gestos que traduzem o nosso estado de espírito.
A entonação da voz, a gesticulação, por exemplo, são detalhes
fundamentais para uma comunicação de qualidade. O texto
em si representa somente 7%
da nossa comunicação. É muito pouco! Por isso, todos esses
aspectos devem ser seguidos
para se conquistar uma posição
tranquila, dinâmica e didática”,
finaliza.
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Programação:
JORNADA DE ANESTESIOLOGIA
Jorba traz como tema
Segurança e Qualidade
em Anestesia
Tudo pronto para o mais importante evento de anestesiologia do Estado. A 27ª edição da
JORBA acontecerá entre os dias
11 e 13 de setembro, no Sheraton da Bahia, no Campo Grande
– o espaço sediou a jornada de
2014 e foi aprovado por grande
parte dos sócios. A programação oficial do evento iniciará dia
12, sábado, porém as atividades
começam um dia antes com os
Whokshops, como explica o diretor científico da SAEB, Dr. Lucas
Castro Alves. “Mediante o sucesso do último ano, mantivemos
os cursos pré-congresso com os
Workshops de Ventilação Mecânica, Ultrassonografia Básico e
Avançado para o anestesiologista. Teremos diversas palestras
sobre temas importantes para o
anestesiologista que serão apresentadas ao longo desses dois
dias, sempre mantendo o rigor
científico usual”.
O ano passado a JORBA foi
destaque em público e crítica, o
que fez com que a diretoria se
empenhasse em preparar um
evento de conteúdo amplo e
bem elaborado. “Este ano a temática Segurança e Qualidade
em Anestesia tem o objetivo de
salientar os aspectos preponderantes para o exercício seguro e eficaz dos procedimentos
anestésicos. Nosso compromisso
com cada sócio é o maior motivador do trabalho desenvolvido
pela diretoria, por isso, nos debruçamos para criar um evento
dinâmico, atrativo do ponto de
vista científico e agradável para
viabilizar também momentos de
encontro e descontração”, salienta o presidente da SAEB, Dr.
Admirço Lima Filho.
As inscrições on-line podem ser feitas
através do site da SAEB: www.saeb.org.br.
Jornalista: Cinthya Brandão DRT/BA 2397
Contribuição: Dr. José Admirço Lima Filho
CREMEB 15.231 e
Dr. Lucas Castro Alves CREMEB 20.686
SÁBADO (12/09/2015)
Presidente: Dr. José Admirço de Lima
Filho (BA)
8h-8h30: SAVA o que cada
anestesiologista precisa saber antes
de entrar na sala de cirurgia?
Palestrante: Dr. Antonio Carlos
Brandão (MG)
8h30-10h Anestesia Obstétrica –
Velhos Problemas, novas condutas?
Presidente: Dr. Jedson Nascimento
(BA)
8h30-8h55: Analgesia de Parto: saindo da teoria para à prática
Palestrante: Dra. Norma Modolo
(SP)
8h55-9h20: Uso de vasopressor
em anestesia obstétrica: de volta
ao começo?
Palestrante: Dra. Liana Azi (BA)
9h20-9h45: Hemorragia Pós - parto: estou preparado para o caos?
Palestrante: Dra. Ruth Rios (BA)
9h45-10h: Discussão
10h-10h30: COFFE BREAK
Presidente: Dr. Jeconias Neiva (BA)
10h30-11h: A USG realmente mudou a
minha prática anéstesica?
Palestrante: Dr. Renato Mestriner
Stocche (SP)
11h-12h30: ANESTESIA EM PEDIATRIA
– REVENDO CONCEITOS
Presidente: Dr. Lucas Castro Alves
(BA)
11h-11h25: Reposição volêmica em
pediatria. Indo além do HollidaySegar
Palestrante: Dra. Norma Modolo
(SP)
11h25-11h50: Analgesia em Pediatria: o bom, o ruim e o feio.
Palestrante: Dr. Vinícius Sepúlveda (BA)
11h50-12h15: PALS 2015 – O que
temos de novo?
Palestrante: Dr. Elio Ferreira de
Oliveira Júnior (BA)
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SALVADOR BAHIA | OUTUBRO 2014
12h15-12h30: Discussão
12h30-14h – ALMOÇO
14h-15h35: Qualidade de vida e
trabalho em anestesia
Presidente: Dr. Carlos Eduardo
Aragão Araujo (BA)
14h-14h25 Repercussões da sobrecarga de trabalho na qualidade de
minha anestesia
Palestrante: Dr. José Abelardo Garcia de Meneses (BA)
14h25-14h50: Como a tecnologia
de informação pode melhorar a
vida do anestesista?
Palestrante: Dr. José Admirço de
Lima Filho (BA)
14h50-15h15: A visão do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais
sobre as cooperativas médicas
Palestrante: Dr. Carlos Alberto
Freitas Barreto (BA)
14h15-15h30: Discussão
Presidente: Dr. Guilherme Oliveira
Campos (BA)
15h30-16h: Protocolo ERAS: o que
muda em minha prática
Palestrante: Dr. Enis Donizetti (SP)
16h-16h30: COFFE BREAK
16h30-17h30: Solenidade de Abertura
e Coral Santo Antônio
17h30-19h: PALESTRA: Viabilizando
Talentos - Como semear o
crescimento pessoal e profissional.
Prof. Gretz (o mais premiado
palestrante do Brasil)
8h30-10h: Hot Topics – E agora,
Dr.??
Presidente: Dra. Vera Azevedo
(BA)
8h30-8h50: BNM o que realmente
faz diferença na segurança e qualidade da minha anestesia?
Palestrante: Dr. Enis Donizetti (SP)
8h50-9h10: HEMOGASOMETRIA: o
que realmente me interessa naquela tirinha
Palestrante: Dr. Antonio Carlos
Brandão (MG)
9h10-9h30: Bloqueios de Neuroeixo para mamoplastias: é realmente uma opção pelo menor custo
Palestrante: Dr. Ricardo Azevedo
(BA)
9h30h9h40: Discussão
9h40h10h30: Hot Topics II – E agora,
Dr.??
Presidente: Dr. João José Borges (BA)
9h40-10h:
Videolaringoscópios:
estamos dando adeus ao velho
Macintosh??
Palestrante: Dr. Macius Pontes (BA)
10h-10h20: Obesidade Mórbida:
quando a experiência vira guideline!
Palestrante: Dra. Ana Cristina Pinho (RJ)
10h20-10h30: Discussão
10h30-11h: INTERVALO
DOMINGO (13/09/2015)
11h-11h20: Hot Topics III – E agora
Dr. ??
Presidente: Dr. Paulo Medauar (BA)
11h-11h20: Erro humano em medicina: o que isso significa para o
paciente, para a instituição e para
a mídia?
Palestrante: Dr. Alexandre Pustilnik (BA)
Presidente: Dr. Lucas Castro Alves
(BA)
8h-8h30: Monitorização da
Consciência intra operatória:
modismo ou uma questão de
segurança?
Palestrante: Dr. Rogean Nunes (CE)
11h20-12h
Presidente: Dr. Fenando Cezar de
Oliveira Filho (BA)
ANESTESIA OPIOIDE FREE – Como
fazer e porque!
Palestrante: Dra. Ana Cristina Pinho
(RJ)
19h: COQUETEL com Banda Santo
Remédio
Workshps
11/09/2015 (SEXTA-FEIRA)
WORKSHOP – VENTILAÇÃO MECÂNICA EM ANESTESIA
14h – 14h20 Conceitos de mecânica
ventilatória. Dr. André Luiz Aragão e
Silva (BA)
14h20 – 14h40 Modos ventilatórios
controlados. Dr. André Luiz Aragão
e Silva (BA)
14h40 – 15h Modos ventilatórios
assistidos. Dr. Guilherme Campos (BA)
15h – 15h20 INTERVALO
15h20 – 15h40 Monitorização:
entendendo curvas, loops e capnografia.
Dr. Alexandre Pustilnik (BA)
15h40 – 16h Otimizando oxigenação: prevenção de atelectasias. Dr.
Guilherme Campos (BA)
16h – 16h20 Estratégias de ventilação
protetora. Dr. Macius Pontes (BA)
16h20 – 17h Prática de simulações
em pulmão mecânico/encerramento
- Todos os instrutores
11/09/2015 (SEXTA-FEIRA)
WORKSHOP DE ULTRASSONOGRAFIA
CURSO BÁSICO
8h – 12h
Acesso venoso central
Supraclavicular
Interescalênico
Bloqueio axilar
Bloqueio femoral
CURSO AVANÇADO
14h – 18h
Ciático subglúteo
Ciático popliteo
Bloqueio neuroeixo
Paravertebral
TAP Block
Instrutores:
Cibelle Rocha (CE)
Fabrizzio Vargens Ferraz (BA)
Adriana Lorenzeti (PB)
Renato Stocche (SP)
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CRÔNICA
O Bom Golpe
Conto de Alexandre Figueiredo*
Não demorou pra eu descobrir, bom na astúcia que sou;
outro sim, cairia fácil sem nem
notar sua treta. E realmente era
golpe bom, diria eu: infalível. E
com aquele seu jeito manso, o
desgraçado enganaria a qualquer um, já chegou estampando
um sorrisinho relaxado de quem
sabe que vai levar a melhor. Deixei..., e ele acabou levando mesmo...!
Veio com uma conversa desinibida dizendo ter acabado de
chegar na cidade. Não era moço
bem aparentado não, mas usava roupa boa, e se via logo que
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não era daqui pelo jeito de falar. Trazia uma bolsa de alça e
disse estar viajando a trabalho.
Não estiquei a conversa, achei
logo que ia tentar me vender alguma coisa, já ia o despachando,
eu que não suporto vendedor
me enchendo, quando me interrompeu e pediu uma única coisa:
que o emprestasse uma panela
com água e fogo, queria cozinhar sua sopa, enquanto pegava
um embrulho de papel da sacola. E emendou a conversa na
própria justificativa de que aqui
não existem hospedagens, muito
menos restaurantes...
Eu não pude dizer não, como
negar a um pedido desse?! Negar
uma panela com água?! Como...?
E eu não sei negar por negar...,
apesar de ser ele um forasteiro
cheio de conversa pegajosa. Me
pegou desprevenido e, mesmo
a contragosto tive de consentir.
Abri o portão. E como sabia que
minha mulher não ia dar nenhuma negativa também, mandei-o
entrar. Ele entrou, entrou já com
o embrulho na mão, já ensaiando
abri-lo. Daí é que descarregou a
falar bonito..., e falava com uma
ponta de riso aberta e cheio de
palavras bem explicadas. Desconfiei que isso fazia parte de
sua maledicência. A Mazé, besta que sempre foi, logo de cara,
ofereceu-lhe ouvido, e foi aí que
ele se soltou!
Coloquei água numa panela e
acendi o fogo. A mulher já se divertia frouxa com a prosa dele,
ela que é toda dada pra gente
de fora e adora uma conversaria
emendada...! Como eu não participava, ele falava olhando para
mim, não no meu olho, meio
de banda, como se preocupado
com a desconfiança. Sabia que
eu o observava, e gesticulava as
mãos e os braços, todo trejeitado, parecendo até artista profissional. E o que fez foi coisa bem
ensaiada mesmo!
Antes da panela esquentar,
ele desembrulhou aquilo que havia trazido, e, muito rápido, colocou dentro da água. Não vi o que
era. A Mazé muito menos, que
havia dado de costas para pegar
mais água, que ele havia solicitado. A partir desse momento
assumiu o fogão, pediu que nos
afastássemos, ele mesmo faria
tudo, não daria nenhum trabalho. E convidou-nos para compartilharmos da sua sopa, disse
e redisse que seria um enorme
prazer nossa companhia, faria o
suficiente para nós três.
E contou a estória de um
sócio que outrora tivera - Chico malatirado, que sobreviveu
a treze tiros de espingarda..., e
tinha mais saúde que qualquer
um de nós. Depois descobriram
ser cria do coisa-ruim. “Ele, só
com um metro e meio de tamanho, derrubava boi bravo na
mão, sem nem apagar o fumo da
boca”, dizia todo empolgado...
Pediu uma colher-de-pau e
sal. E começou a mexer a fervura. Eu sentei na mesa, enquanto
a Mazé arrumava a toalha e os
pratos, vi que estava animada e
sorria fácil. Vi também que colocou pães na mesa. Ele continuou a mexer a sopa e me pediu
o favor de abrir um dos bolsos
da sua sacola e pegar uma vela.
Mandou-me acender e colocar
SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
sobre a mesa. E, cheio de bicos,
disse que seria uma noite boa,
jantar à luz de velas... Troquei
olhares com a Mazé e seu olhar
me pediu que fizesse. Fiz.
Ele continuou contando suas
prosas, emendava uma na outra
que nem dava tempo da gente
falar nada. Chegou até a falar
que seu pai conheceu Alexandre, personagem de Graciliano
que, em certa noite, laçou onça
achando que era cavalo bravo.
A sopa já fervia quando ele perguntou se não teria umas folhasde-louro e massa de macarrão.
Depois pediu um pouco de óleo.
E continuou a mexer. Não parava de tagarelar. Disse ter aprendido aquela receita com seu avô,
que era caixeiro-viajante; depois
contou uns outros causos dele e
de outros esquisitos parentes
seus.
Olhei para a mesa e vi que
a Mazé havia posto não os pratos do dia-a-dia, e sim aqueles
guardados para ocasiões de festa, e que só usávamos uma ou
duas vezes por ano, e nesse ano
não tínhamos usado ainda. E
também tinha posto na mesa a
garrafa de vinho que seu irmão
havia nos presenteado no natal.
Achei estranho, ela que é sempre
tão comedida, não concordei de
pronto, mas o jeito como estava
entusiasmada me desarmou de
qualquer ação contrária.
O cheiro de sopa já ganhava
a cozinha. Ele a mexia freneticamente. Pediu mais uns temperos, e, a cada dois ou três minutos, experimentava sugando as
gotas que deixava cair da colher
na palma da sua mão. Fazia com
certa estranheza, esticando a
boca em bico e espremendo os
olhos. Provava pouco a pouco, e
a cada prova, acrescentava ora
um, ora outro ingrediente que
pedia a Mazé – cebola, alho, pimenta... Tenho que admitir que
fazia bem feito, cheio de artimanhas, como se afinasse uma vio-
la de ouvido, nunca vi daquele
jeito.
Mais adiante pediu calabresa
e charque, que foram cortados
em pequenos cubos e jogados
no caldo. Ainda pediu farinha de
cuscuz para engrossar. Em seguida retirou do bolso umas pequenas folhinhas, que também
foram acrescentadas à mistura,
mexeu em mais três voltas e
bradou: “Acabou! Mais um minuto de fervura e estará pronta!
Sentem-se que eu mesmo terei o
prazer de servi-los”. Não deixou
a gente se aproximar da panela.
A Mazé me pediu que eu
abrisse a garrafa e servisse o vinho. Ela me olhava com o olho
macio..., não retruquei. O forasteiro estava seguro, acho até que
passou a se sentir em casa, repetia a serventia daquela receita,
que já vinha de outras gerações
passadas. Eu não acreditava nem
um pouco na sua conversinha,
continuava desconfiado dele,
mas não quis delongar naquilo,
queria mesmo era que acabasse
e fosse embora.
Ele desligou o fogo e sentouse junto a nós na mesa. Pediu um
brinde e nos agradeceu a gentileza. Disse estar feliz e realmente se comportava como tal. Acho
que estava mesmo..., os trouxas
caindo em sua conversa...! Bebemos e comemos pão, enquanto a
sopa “respirava”, como ele referiu. A Mazé aproximou seu prato e sentou-se ao meu lado, enquanto ele, todo articulado, nos
serviu; depois serviu a si. Não tirou a panela do fogão. Nisso ele
não parava de contar seus causos. Falou de um pássaro-preto
seu, já falecido de tuberculose,
que solfejava as músicas do Pixinguinha. Isso mesmo..., não
cantava não..., solfejava! Imitava
-o. E inventou mais umas outras
mentiras depois...!
Admito que a sopa estava
boa e repetimos os pratos, também os goles de vinho. Ele es-
banjou ainda mais sorrisos com
os elogios da Mazé. Vi que ela
estava contente, dificilmente recebíamos visita e a casa sempre
andava vazia depois que os meninos foram pra cidade. Eu até
estava satisfeito..., mais por ela,
é claro! Ainda continuava desconfiado do forasteiro que não
olhava no meu olho. Era certo
que tinha coisa diferente ali, só
ainda não sabia o que era.
Lá pras tantas, depois que a
garrafa secou, ele levantou-se,
nos encheu novamente de graças e disse que precisava partir, afirmando compromissos de
trabalho e apressou-se. A Mazé
ainda ensaiou oferecer-lhe repouso, mas eu sugeri mesmo
que era hora dele ir. Aí já seria
demais... Então, ele foi até a panela e, de um jeito meio dissimulado, tirou de lá uma pedra. Uma
pedra...!!! Lavou-a na torneira,
enrolou naquele mesmo papel
de embrulho que havia trazido,
nem se preocupou em enxugar,
e guardou-a na sacola. Até que
ele tentou disfarçar, mas eu a vi,
mal escondida entre suas mãos
inquietas - era oval, brilhante e
cinza.
Enfim entendi, tínhamos tomado sopa de pedra! Sopa de pedra!!!
Preferi não indagá-lo. Nada
falei.
Então, ele ainda sorrindo,
agradeceu acenando com as
mãos, pegou a vela queimada,
e se foi, bem ligeiro, ajeitando
a alça sobre o ombro. Sumiu no
negrume da noite.
Havia concluído seu golpe.
A Mazé nem percebeu nada,
estava toda relaxada, meio tonta
de vinho e ainda suspirava contentamento com a mesa posta
pra festa. Ajudei-a a recolher os
pratos e copos, fechamos a casa
e fomos dormir.
*Dr. Alexandre Figueiredo é
anestesiologista, Conselheiro do CREMEB
e cronista.
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ARTIGO CIENTÍFICO
Protocolo Eras® – Otimizando
a recuperação pós cirurgia
ERAS® é o conjunto de medidas que podem ser adotadas para
acelerar e aprimorar a recuperação pós cirúrgica. Consiste em um
padrão de cuidados pré, peri e pós
operatórios, realizados por equipe
multiprofissional integrada, que
permite a recuperação precoce de
pacientes submetidos a grandes
cirurgias.
ERAS representa uma mudança de paradigmas na assistência
peri-operatória de duas maneiras.
Primeiro ele re-examina as práticas tradicionais, substituindo-as
por melhores práticas baseadas
em evidências científicas, quando necessário. Em segundo lugar,
é extensivo a todas as áreas do
acompanhamento do paciente
submetido a um processo cirúrgico e isso logicamente, perpassa
pelo médico anestesiologista.
Em nossa especialidade somos capazes de promover medidas efetivas que podem melhorar
a assistência ao nosso paciente,
seja através do uso de técnicas
combinadas, do uso racional de
fármacos que tenham menor tempo de metabolização e até mesmo
da implementação de monitorização invasiva para melhor conduzir o paciente no intra-operatório.
TERMO DE
CONSCENTIMENTO
O termo de consentimento livre e esclarecido deve ser aplicado a todos os paciente que serão
submetidos a um procedimento
anestésico cirúrgico e bem como
os cuidados no pós-operatório
imediato. Nele deve constar todos
12
os procedimentos que serão realizados, bem como os riscos inerentes a cada procedimento. Preferencialmente deve ser aplicadado
durante a consulta pré-anestésica
para que o paciente tenha tempo
de questionar o anestesiologista
a respeito de suas dúvidas e anseios. Devemos lembrar que em
tempo de democratização da informação, ocorrida com o advento
da INTERNET e das redes sociais,
o paciente tem um maior acesso
ao conhecimento e muitas vezes,
uma boa conversa no momento
da avaliação pré-anestésica, tem
um efeito positivo semelhante
ao uso de benzodiazepínicos ou
ajudado até mesmo em diminuir
os casos de judialização em caso
de eventos negativos ou inesperados.
TEMPO DE JEJUM
Jejum pré-operatório sempre
foi um dogma da anestesia, e o
“NPO after midnight” (jejum após
a meia noite) é ainda uma realidade na maioria dos serviços de
cirurgia do mundo.
As evidências recentes apontam que a Síndrome de Mendelson se constitui uma entidade
rara, e que a pneumonite química
Figura 1: Diretrizes do protocolo ERAS
outras medicações para reduzir
a ansiedade desse momento. É a
hora de estabelecermos a relação
de confiança mútua que deverá
ser a tônica da relação médico paciente que ora se inicia. Isso tem
é uma complicação de baixo risco
e na maioria das vezes de resolução espontânea.
Desde o início do século os
Guidelines das Sociedades Americanas e Européia de Anestesia
SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
já sinalizam a possibilidade de
redução do tempo de jejum peri
-operatório para apenas 2h para
ingestão de líquidos claros e sem
resíduos.
O jejum prolongado aumenta
a resposta endócrina e metabólica ao trauma, diminui os níveis
de insulina, aumenta os níveis do
glucagon, ACTH, GH, Cortisol e ácidos graxos. Promove glicogenólise e neoglicogênese o que leva a
um catabolismo protéico. Aumenta também a resistência à insulina
que pode durar até 03 semanas
após a cirurgia. Além disso é um
dos fatores que mais gera insatisfação aos pacientes.
Os novos guidelines hoje não
só permitem jejum para sólidos de
6h e de líquidos claros para apenas de 02 horas, como também
estimulam a ingesta dos mesmos
e a suplementação pré-operatória
com carbohidratos de cadeia leve,
como a maltodextrina, melhorando a recuperação pós operatória
e aumentando a satisfação do paciente.
Além disso, os novos estudos
apontam para o retorno da ingesta oral de alimentos o quanto antes, diminuindo também o tempo
de jejum pós-operatório.
ANTIBIÓTICO PROFILAXIA
Embora não esteja diretamente ligada ao ato anestésico
prorpriamente dito, o momento
correto da administração do antibiótico, quando indicado, tem
uma efetividade de até cinco vezes quando feito 60 minutos antes da incisão cirúrgica e repetidos também no intra operatório
quando indicados. A escolha do
antibiótico deve ser determinado pela CCIH da instituição e
não uma simples preferência do
cirurgião. Vale ressaltar também
que os antibióticos são responsáveis por 14,7% dos quadros de
anafilaxia em anestesia, e que os
quadros fatais de anafilaxia em
anestesia correspondem a 78%
por uso de antibiótico. No mínimo
seria prudente que o mesmo fosse administrado na presença do
anestesiologista e com a anuência
do mesmo.
PROFILAXIA DE TVP
A trombose venosa profunda,
constitui uma das principais causas de morte em paciente internados não decorrentes da doença
propriamente dita. Possui alta incidência estima-se que seja responsável por 100000 mortes por
ano no EUA. Cerca de 10 a 15%
das autópsias hospitalares evidenciam embolia pulmonar, que
pode ser silenciosa em até 80%
dos casos. Pode ser prevenida na
grande maioria dos casos com o
uso das heparinas (HNF, HBPM)
e mesmo nos casos em que a te-
Figura 2: European Society of Anestesiology Guideline
rapia medicamentosa esteja contra-indicada (sangramento ativo,
coagulopatia, entre outros) pode
se lançar mão dos métodos mecânicos de prevenção como o uso de
meias elásticas e/ou compressão
pneumática intermitente.
Todos os pacientes submetidos a cirurgias de grande risco
como grandes cirurgias ortopédicas, abdominais, oncológicas
e grande trauma devem receber
profilaxia para TVP, assim como
os paciente de alto risco, que serão submetidos a procedimentos
de baixo risco, como por exemplo,
pacientes obesos, portadores de
doença oncológica, de insuficiência venosa periférica, portadores
de infecções, entre outros.
Atenção especial aos pacientes nos quais se pretende fazer
uso de anestesia regional (BNE,
Bloqueios Periféricos) para que
não se aumente os riscos de sangramento em sistema nervoso
central, trazendo danos adicionais
aos pacientes.
TÉCNICA ANESTÉSICA
A escolha da técnica anestésica deve ser individualizada para
cada paciente, porém temos como
recomendação uma opção pela
escolha da técnica que proporcione que o paciente volte o mais
precocemente possível para suas
atividades habituais.
O uso de medicamentos com
rápida metabolização, ou que
possuam um antagonismo específico pode proporcionar uma melhor previsibilidade do despertar
do paciente após anestesia geral.
O uso de bloqueio neuromuscular
profundo, pode facilitar a manipulação ocirúrgica e diminuir a dor
associada a distensão abdominal
pelo pneumoperitônio nos casos
das cirurgias vídeolaparoscópicas. Dados recentes sugerem que
o uso de baixo volume corrente
diminui a morbidade pós operatória.
13
Figura 3: Monitorização para terapia volêmica guiada por metas
A opção por anestesia venosa
total com propofol pode ser uma
opção em pacientes com risco aumentado para náuseas e vômitos
no pós-operatório. O uso de monitorização da consciência pode
ajudar a diminuir o consumo de
anestésicos, bem como evitar a
depressão neurológica acentuada,
o que pode ser prejudicial, principalmente na populaçãoo idosa.
Sempre que possível devemos
utilizar a anestesia peridural torácica em associação o com a anestesia geral. Entre os benefícios,
podemos citar o menor consumo
de anestésicos e analgésicos no
intra-operatório, melhor controle
da dor no pós-operatório, evitando dessa forma o uso de opíoides
sistêmicos nesse período. Também alguns estudos demonstram
uma melhora da função pulmonar, com diminuição dos riscos de
pneumonia e atalectasias, diminuição do tempo de íleo e redução
da resistência à insulina.
Além dos bloqueios de neuroeixo, podemos lançar mão de
outras técnicas regionais para o
controle efetivo da dor no pós
-operatório, como o uso de TAP
BLOCK (bloqueio da fáscia do
musculo transverso abdominal)
ou até mesmo a colocação de
14
cateteres nas feridas operatórias
para instilação de anestésico local
com o auxílio de bombas elastoméricas. A associação de técnicas
visa diminuir os efeitos colaterais,
contribuindo dessa forma para
uma melhor recuperação do paciente.
REPOSIÇÃO HÍDRICA E
ELETROLÍTICA
Há muito tempo se discute se
a reposição volêmica numa cirurgia de grande porte deve obedecer a uma estratégia restritiva ou
liberal em relação aos líquidos,
bem como qual seria o líquido
ideal para essa reposição. Tanto
a sobrecarga de volume, quanto
a hipovolemia aumentam a taxa
de complicações pós-operatórias,
sugerindo que um balanço hídrico
próximo de zero seja a meta.
Hoje as evidências apontam
que ainda não dispomos de um
líquido ideal, seja ele colóide ou
cristaloide, porém devemos individualizar cada situação, podendo ser usada uma combinação de
ambos, em proporções variadas,
de acordo com as circusntâncias.
O cristalóide deve ser uma solução balanceada de íons, com osmolaridade semelhante à do plasma. Existe muito pouca indicação
para o uso da solução salina 0,9%
atualmente, devendo a mesma
ser evitada devido às potenciais
complicações no pós-operatório.
Em relação ao volume infundido, não se utiliza mais as fórmulas de outrora para reposição
de jejum ou perdas insensíveis, e
sim uma reposição volêmica guiada por metas, na qual possamos
assegurar uma perfusão tecidual
adequada.
Dispomos hoje de monitores
diversos que podem nos auxiliar
nessa tarefa. Desde monitorização minimamente invasiva, como
PVC, a análise do delta PP, da
VVS, bem como monitorização o
avançada como o uso de cateteres
de Swan Ganz, Saturação continua
Venosa de O2, medição da água
extravascular pulmonar e até
mesmo o Ecocardiograma transesofágico como monitor eficaz de
volemia.
A terapia volêmica guiada por
metas reduz a mortalidade em até
32% e permanência hospitalar em
1,16%, devendo ser empregada em
todos os pacientes submetidos a
cirurgias de grande porte.
PROFILAXIA DE NÁUSEAS
E VÔMITOS
As náuseas e vômitos no pós
operatório constituem um dos
sintomas mais desagradável para
pacientes em recuperação pós
anestésica e é um dos maiores
impedimentos à alta precoce do
mesmo. Acomete até 80% dos pacientes de alto risco e pode durar
até 72h após o procedimento cirúrgico.
O custo da profilaxia tem
diminuído e vários estudos demonstram que mesmo com a utilização de fármacos mais caros,
a profilaxia ainda é custo-efetiva
em relação ao tratamento.
Nos pacientes de alto risco
para náuseas e vômitos, é necessário o uso de anti-eméticos de
duas ou três classes farmacológi-
SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
cas diferentes, para garantir uma
profilaxia eficaz. A associação de
dexametasona no inicio do procedimento com um bloqueador
dos receptores 5HT-3 tem se mostrado a fórmula mais efetiva de
profilaxia. Caso necessário, pode-se se adicionar droperidol ou
metoclopramida ao esquema. Em
alguns pacientes, a associação de
anestesia venosa total com propofol, pode diminuir os sintomas
no pós operatório.
Vale lembrar que como os sintomas podem durar até 03 dias no
pós operatório, é desejável que se
faça uma profilaxia estendida, ou
com o uso de medicamentos com
meia vida prolongada, ou manter
a prescrição de horário como rotina, evitando prescrever tratamento se necessário.
Evitar jejum prolongado, uso
de opióides sistêmico, e restrição
ao leito, além de uma hidratação
adequada são também medidas
que auxiliam na profilaxia, além
de garantir maior satisfação ao
paciente.
PREVENIR HIPOTERMIA
Além da sensação de desconforto no pós operatório imediato,
a hipotermia durante a cirurgia
promove uma vasoconstricção do
subcutâneo, levando a uma menor
oxigenação tecidual, aumento da
produção de interleucinas inflamatórias e diminuição na produção do colágeno aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio
e consequente risco de isquemia
miocárdica.
Numerosas
meta-análises
tem mostrado que prevenir hipotermia durante a cirurgia reduz a ocorrência de infecção de
feridas, complicações cardíacas,
sangramento e necessidade de
transfusão sanguínea, bem como
a duração da recuperação pós
anestésica. O uso de manta térmica, colchões aquecidos ou de água
circulante e sistema de aquecimento de líquidos deve ser utilizado de forma sistemática nas
cirurgias de grande porte e a monitorização da temperatura deve
fazer parte da rotina.
“
A imediata mudança
para melhorar a
qualidade do cuidado
com o paciente
cirúrgico não
depende de novos
conhecimentos, mas
sim de como integrar
melhor o que já
conhecemos na pática”.
(BAXTER, 2005)
REALIZAÇÃO DE
AUDITORIAS
As medidas implementadas
com o objetivo de aumentar a recuperação pós operatória devem
ser avaliadas de forma rotineira,
para que a sua eficácia possa ser
comprovada. O impacto das novas
técnicas deve ajudar na elaboração de protocolos institucionais
que possam demonstrar a custo
-efetividade dessas medidas, justificando dessa forma a mudança
de paradigmas.
O protocolo ERAS foi implementado em cerca de 40 hospitais
da Europa e está em fase de implantação em diversos países dos
seis continentes. Nos locais onde
já foi implantado foi observada
uma redução de 30% no tempo de
internamento e 50% no índice de
complicações.
No Brasil, ainda não temos
nenhuma instituição em que os
protocolo ERAS tenha sido im-
plantado, porém temos em Cuiabá, no Hospital Universitário Júlio
Müller, o PROJETO ACERTO (Aceleração da Recuperação Transoperatória), que também constitui
em conjunto de medidas para acelerar a recuperação do paciente,
porém com o foco maior nos cuidados cirúrgicos, mas que já sinaliza que essas mudanças estarão
cada vez mais próximas de nossas
instituições.
Dr. Elio Ferreira
de Oliveira
Júnior CREMEB
18665
Membro da
Comissão
Científica da
SAEB
BIBLIOGRAFIA
1.
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3.
4.
5.
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www.erassocity.org
K. Mortensen, M. Nilsson, K. Slim, M. Schäfer, C. Mariette, M. Braga, F. Carli, N. Demartines, S. M. Griffin, K. Lassen and the Enhanced Recovery
After Surgery (ERAS®) GroupBritish Journal of Surgery, Volume 101, Issue 10, pages 1209–1229, September 2014, DOI: 10.1002/bjs.9582 Urbach DR, Baxter NN. Reducing variation in surgical care: Requires innovative methods for getting evidence into surgical practice. BMJ :
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implantação de um protocolo multidisciplinar de cuidados peri-operatórios em cirurgia geral. Rev Col Bras Cir. 2006;33(3):181-8.
15
SESSÃO ATUALIZAÇÃO
Anestesia venosa total
é tema de aula na SAEB
A SAEB promoveu mais uma
Sessão de Atualização em Anestesiologia com o tema “Farmacocinética Descomplicada - O que
devo saber para entender melhor
Anestesia Venosa Total”, em 10/06,
no auditório da COOPANEST-BA. A
aula teve o patrocínio da Astrazeneca e foi ministrada por Dr. José
Eduardo Oroz, TSA Ph.D, Membro
da Diretoria Científica da SAESP,
membro do Comitê de Anestesia
Venosa da SBA e Corresponsável
pelo CET / SBA - Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
CONVERSA COM O
ESPECIALISTA
Bahianest: Quais os benefícios da
Anestesia Venosa Total?
Dr. José Eduardo Oroz: Nós podemos
e devemos explorar as vantagens da
anestesia venosa total, pensando na
qualidade da anestesia, do despertar
e do pós operatório para o paciente
e para o anestesista. Isso foi tema do
último Congresso Brasileiro de Anestesiologia, em Recife, Qualidade de
Vida do Paciente e do Anestesista.
Nós não podemos perder isso de vista. Além disso, é importante ressaltar
que com a anestesia venosa total é
possível oferecer um pós operatório
mais tranquilo para o paciente, com
redução, principalmente, de náuseas
e vômitos pós operatórios. O paciente desperta mais orientado, com o
estado mental mais claro, com bem
estar, reconhecendo o ambiente e as
pessoas mais rapidamente. O paciente que é mantido com anestésicos
inalatórios acorda tão rapidamente
quanto aquele mantido com propofol, com anestesia venosa, só que ele
desperta com o estado mental mais
confuso, sem reconhecer com clareza as pessoas, se tiver com dor não
consegue referir, consequentemente
16
custos e também atrapalha a rotina
do paciente e da família.
fica nervoso, irritado. Então é mais
desgastante para o paciente e para a
família.
Bahianest: Quais os pontos de maior
impacto na recuperação pós anestésica do paciente submetido à anestesia
venosa total?
Dr. José Eduardo Oroz: Existe uma
significativa redução de náuseas e
vômitos no pós operatório que são
um temor para o paciente, maior até
que a dor pós operatória. Ele entende que há muitos recursos para tratar a dor, tomando um analgésico. Já
para conter náuseas e vômitos não
acontece o mesmo. Nem sempre conseguimos tratar com eficiência esses
sintomas. Além disso, ocorre um risco
complicações cirúrgicas com sangramentos e edemas, podendo atrasar a
alta, ocupando mais leitos hospitalares, o que implica num aumento dos
Bahianest: Diante das abordagens
dos benefícios, quais os maiores entraves na escolha desta técnica anestésica?
Dr. José Eduardo Oroz: Na medida
em que entendemos como funciona a
técnica, existe a possibilidade de explorarmos ainda mais esses recursos,
e tirar proveito em benefício dos nossos pacientes. A técnica ainda precisa
ser mais explorada entre os anestesiologistas. Quando um colega faz
uma anestesia balanceada, mantida
com anestésico inalatório, na prática
é mais simples começar a anestesia,
basta ligar o vaporizador do agente
inalatório. Quando se faz uma anestesia venosa total, demanda a montagem de uma, duas bombas. É preciso
conectá-las na linha de infusão do
paciente, programá-las. Se o colega
entende o que a bomba está fazendo
e como a droga age, de que maneira
e em que tempo, isso fica muito fácil.
Porém se não compreende isso, ele
não conseguirá explorar essas vantagens que a anestesia venosa total
possibilita.
SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
DIRETORIA FEBRACAN
Anestesiologistas baianos
compõem nova
diretoria da Febracan
Dr. Hugo Eckener Dantas,
atual 1º Tesoureiro da COOPANEST-BA, é o novo presidente
da Federação Brasileira das Cooperativas de Anestesiologia
(Febracan), que antes ocupava
o cargo de 1º Diretor Secretário.
Outro anestesiologista baiano
eleito para a diretoria é Dr. José
Admirço Lima Filho, presidente
da SAEB, escolhido como Tesoureiro da instituição. A eleição
aconteceu em novembro do ano
passado, durante a assembleia
realizada no 61º Congresso Brasileiro de Anestesiologia, em Recife (PE).
A trajetória associativa de
Dr. Hugo Eckener Dantas co-
meçou bem cedo, assim que
finalizou a residência médica.
Associou-se à Sociedade de
Anestesiologia do Estado da
Bahia enquanto residente e,
assim que terminou a especialização, passou a fazer parte da
diretoria da SAEB como membro do Conselho Fiscal, depois
secretário e, em seguida, tesoureiro. Passou a fazer parte
da diretoria da COOPANEST-BA
até que, em 2014, foi escolhido
para ocupar o cargo de secretário geral da Febracan, até ser
eleito presidente da instituição
para a gestão 2015/2018.
Dr. Hugo Eckener Dantas
Conheca a atual diretoria
da Febracan:
Presidente - Hugo Eckener
Dantas de Pereira Cardoso
Vice- Presidente - Wagner
Ricardo Soares de Sá
Primeiro Diretor Secretário Valdir Cavalcanti Rizzuto
Segundo Diretor Secretário Giorgio Pretto
Diretor Tesoureiro - José
Admirço Lima Filho
CONVÊNIOS COOPANEST
Convênios ativos com a COOPANEST-BA
AGEMED
ALLIANZ
AMIL/MEDIAL
APUB
ASFEB
ASSEFAZ
BANCO CENTRAL
BOA SAÚDE
BRADESCO
CAIXA
CAMED
CAPESAÚDE
CASSEB
CASSI
CODEVASF
CONAB
EMBRAPA
FACHESF
FIOSAÚDE
FUSEX
G BARBOSA
GEAP
GOLDEN CROSS
HAPVIDA
INB
INFRAERO
MEDISERVICE
MINERAÇÃO CARAÍBA
MULTISAÚDE
NORDESTE
NOTREDAME
OMINT
PASA
PETROBRÁS AMS
PETROBRÁS DIST.
PLAMED
PLAN ASSISTE
PLANSERV
PORTO SEGURO
POSTAL SAÚDE
PROASA
PROMÉDICA
SUL AMERICA
UNAFISCO
UNIMED FEIRA DE SANTANA
UNIMED ILHÉUS
UNIMED ITABUNA
UNIMED JEQUIÉ
UNIMED NACIONAL
UNIMED NORTE/NORDESTE
UNIMED SEGUROS
UNIMED SUDOESTE
UNIMED VTRP
VALE
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ARTIGO JURÍDICO
Responsabilidade civil
em anestesiologia
Devido à relevância, o
tema Responsabilidade
Civil está sempre presente
nas discussões do
cotidiano, uma vez que é
um assunto diretamente
ligado às necessidades e
questionamentos sociais. A
matéria foi um dos ramos
do Direito Civil que mais se
desenvolveu nos últimos anos.
A ideia do instituto é de que
todos devem reparar o prejuízo
causado a outrem em virtude de
uma ação ou omissão, visando
restaurar o dano causado que tenha levado a diminuição do bem
jurídico da vitima. Este dano
pode ser material, que é aquele
causado diretamente a vitima ou
ao seu patrimônio, bem como o
dano imaterial, causado a personalidade, a honra, imagem, liberdade, etc.
A prática médica passou a
ser mais analisada, ensejando,
consequentemente o aumento
das ações judiciais que visam à
reparação moral e material decorrentes de negligência (descuido), imprudência (falta de
cautela) ou imperícia (falta de
pratica ou conhecimento).
As expectativas do doente se
ampliaram: O uso dos serviços
médico se confunde com o direito à cura; se esta não ocorre, logo
suspeita de um erro médico. É
notório que as pessoas, cada vez
mais, mostram-se menos inertes
e tolerantes nas suas relações,
de modo que, o acesso à justiça
18
passou a ser vista como uma solução a reparar o dano sofrido,
com o consequente ressarcimento através de indenizações.
Os profissionais da área de
saúde, principalmente o médico,
na maioria das vezes, são taxados como bem recompensados
financeiramente,
tornando-se
foco de litígios judiciais, antes
mesmo de qualquer aferição de
culpa.
O estudo sobre a responsabilidade médica passou a ter
maior destaque nos debates
cotidianos. A proporção de processos por erro profissional envolvendo médicos praticamente
dobrou entre os anos de 2000 e
2012. Em igual período, os processos administrativos nos Conselhos Regionais de Medicina
tiveram um aumento maior do
que 30%.
A anestesiologia é responsável por cerca de 5% das ações judiciais ingressadas no nosso país.
Até a primeira década dos anos
50, os cirurgiões eram também
responsáveis pelo procedimento
anestésico. Em seguida, com o
desenvolvimento da especialidade como autônoma, os anestesistas ganharam posição de destaque, tornando-se essenciais a
realização do ato cirúrgico.
A responsabilidade civil do
médico anestesista é analisada
através da aferição da culpa.
Não decorre do mero insucesso
ou insatisfação com o tratamento. Somente após comprovação
de que a ação ou omissão culposa (negligencia, imprudência, ou
imperícia) resultou em um dano
ao paciente, é que será possível
a imputação de condenação civil
indenizatória.
O médico somente poderá
ser responsabilizado quando
agir de modo imprudente, negligente ou imperito, haja vista
que o exercício da medicina não
é exata.
De acordo com o artigo 14,
§4o do Código de Defesa do
Consumidor, a responsabilidade
do médico anestesista decorre
de uma obrigação de meio. O
anestesista tem o dever de empregar todos os meios cabíveis
e necessários ao objetivo espe-
SALVADOR BAHIA | AGOSTO 2015
rado (ato anestésico), porém não
garante o resultado.
O dever de cuidado não será
infringido quando o evento danoso para a saúde do paciente
não pode ser previsto pelo profissional.
O médico anestesista deve
cumprir as diligências profissionais com o zelo necessário. É na
chamada avaliação pré-anestésica que o médico tem conhecimento das informações psicológicas e fisiológicas do paciente,
necessárias para adoção do melhor método a ser utilizado para
realização do procedimento cirúrgico.
É imprescindível que o paciente seja esclarecido sobre
os riscos e diagnósticos de seu
tratamento, inclusive com a formulação do termo de consentimento informado. O paciente ou
seu representante também devem participar e decidir sobre
as condutas a serem seguidas na
terapêutica.
No momento do procedimento cirúrgico, dentro da sala
operatória, o anestesista deve
preparar o paciente para o recebimento do ato cirúrgico, devendo acompanhar a monitorização
completa do mesmo, evitando
as possíveis complicações e
aguardar o término da cirurgia
para auxiliar o paciente no reestabelecimento da sua consciência. É vedado ao anestesista
a realização concomitante de
procedimentos anestésicos em
pacientes diferentes.
Os profissionais de saúde envolvidos no ato cirúrgico podem
responder
concorrentemente
pelos atos ali praticados. Porém,
nos períodos pré e pós-operatórios, a responsabilidade do
anestesista se mostra autônoma
e individual.
É importante que o médico se
estruture para o exercício profissional, valendo-se de todos os
meios adequados, com um cuidado objetivo. O prontuário médico corretamente preenchido é,
e efetivamente tem sido, a principal peça de defesa do médico
nos casos de denúncias por mal
atendimento com indícios de
imperícia, imprudência ou negligência, ou seja, na presunção da
existência de erro médico. Este é
o primeiro documento a Justiça
e o próprio Conselho solicitam
aos hospitais/médicos denunciados para apreciação dos fatos da
denúncia.
Diante do expressivo aumento das demandas judiciais
acerca do tema revela-se importante uma relação mais próxima
entre médicos e pacientes. Esta
é uma relação de fidúcia, devendo apresentar total respeito e
transparência mútua.
‘
A responsabilidade
civil do médico
anestesista é analisada
através da aferição da
culpa.
Ana Barbara Martins Costa – Bacharel
em Direito pela Universidade Católica do
Salvador – UCSAL. Pós – Graduanda em
Direito Médico – Universidade Católica do
Salvador – UCSAL. Advogada inscrita na
OAB\BA sob nº 41.846
Fábio Follador Coelho – Bacharel em
Direito pela Universidade Católica do
Salvador – UCSAL. Advogado inscrito na
OAB\BA sob nº 36.340
19
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