INDICAÇÕES
Cloridrato de verapamil oral está indicado em:
1.Isquemia miocárdica:
a) isquemia silenciosa;
b) angina crônica estável (clássica angina de esforço);
c) angina de repouso: angina vasospastica (variante de Prinzmetal) e angina instável ("in crescendo",
"pré-infarto")
2.Hipertensão arterial leve e moderada:
Para tratamento da hipertensão arterial leve e moderada, em monoterapia,cloridrato de verapamil tem a
vantagem de poder ser usado em pacientes nos quais outros medicamentos estão contra-indicados ou
não são bem tolerados, tais como nos portadores de asma, diabetes mellitus, depressão, transtornos da
função sexual, vasculopatia cerebral ou periférica, doença coronariana, hiperlipidemias, hiperuricemia e
senilidade.
3. Profilaxia das taquicardias supraventriculares paroxísticas e crise hipertensiva:
a) conversão rápida para o ritmo sinusal das taquicardias supraventriculares paroxísticas incluindo aquelas
associadas a feixes anômalos (Síndrome de Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine);
b) controle temporário da resposta ventricular rápida no flutter ou fibrilação atrial, exceto quando associado
com feixes anômalos (Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine);
c) redução dos níveis pressóricos na crise hipertensiva e na hipertensão refratária.
CONTRA-INDICAÇÕES
Cloridrato de verapamil é contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao cloridrato de
verapamil ou aos demais componentes de sua formulação.
Cloridrato de verapamil é contra-indicado em casos de: hipotensão (pressão sistólica menor que 90 mmHg);
choque cardiogênico; insuficiência ventricular esquerda grave; bloqueio AV de segundo e terceiro graus
(exceto em pacientes com marca-passo ventricular artificial em funcionamento); síndrome do nódulo sinusal
(exceto em pacientes com marca-passo ventricular artificial em funcionamento); insuficiência cardíaca
congestiva; bradicardia acentuada (abaixo de 50 bpm.); flutter ou fibrilação atrial associada a feixe anômalo
(Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine); administração simultânea de betabloqueadores por via
intravenosa; taquicardia ventricular.
POSOLOGIA
As doses de cloridrato de verapamil devem ser individualizadas de acordo com a severidade da doença
e administradas de preferência com a alimentação. Os comprimidos devem ser deglutidos com um pouco
de água, sem serem mastigados. A experiência clínica mostra que a dose média para todas as indicações
varia de 240 mg a 360 mg. A dose máxima diária não deve exceder 480 mg para tratamentos longos,
apesar de que uma dose superior a esta pode ser usada para tratamentos curtos. Não existe limitação de
duração do tratamento. Cloridrato de verapamil não deve ser descontinuado abruptamente em tratamentos
longos, sendo recomendado uma redução de dose.
Em pacientes com disfunção hepática, o metabolismo da droga pode ser retardada ou diminuída dependendo da severidade da lesão do fígado, podendo potencializar ou prolongar os efeitos do cloridrato de
verapamil. Portanto, um ajuste de dose faz-se necessário em pacientes com disfunção hepática, com
doses reduzidas para início do tratamento.
Adultos e adolescentes com peso maior que 50 kg:
Isquemia miocárdica, taquicardias supraventriculares paroxísticas e fibrilação atrial: 120 mg a 480 mg
divididos em 3 ou 4 doses;
Hipertensão:
Formas de liberação imediata: 120 mg a 480 mg divididos em 3 ou 4 doses;
Formas de liberação retard: 120 mg a 480 mg divididos em 1 ou 2 doses.Crianças (somente para
distúrbios do ritmo cardíaco):
Até 6 anos: 80 mg a 120 mg divididos em 2 a 3 doses;
De 6 a 14 anos: 80 mg a 360 mg divididos em 2 a 4 doses.
Dose de repetição:
0 a 1 ano: 0,1 a 0,2 mg/kg peso (dose usual de 0,75 a 2 mg) por 30 minutos após a dose inicial e caso a
resposta não tenha sido satisfatória;
1 a 15 anos: 0,1 a 0,3 mg/kg de peso (dose usual de 2 a 5 mg) por 30 minutos após a dose inicial e caso
a resposta não tenha sido satisfatória. Não exceder 10 mg em uma única dose.
cloridrato de verapamil
SUPERDOSAGEM
A superdose de verapamil pode causar hipotensão pronunciada, bradicardia e anormalidades do sistema
de condução (por ex.: ritmo juncional com dissociação AV e bloqueio de alto grau, incluindo assistolia).
Podem ser evidenciados outros sintomas secundários à hipotensão (ex.: acidose metabólica, hiperglicemia,
hiperpotassemia, disfunção renal e convulsões).
Todos os casos de superdose devem ser tratados como se fossem graves, e os pacientes devem ser
mantidos em observação por pelo menos 48 horas, sob cuidados hospitalares intensivos, especialmente
os que tiverem recebido superdose das formas retard, pois as conseqüências hemodinâmicas retardadas
podem ocorrer com estas formas.
Em caso de superdosagem devem ser tomadas medidas de suporte, tais como estimulação beta-adrenérgica, administração de solução parenteral de cálcio ou esvaziamento gástrico. Verapamil não pode ser
removido por hemodiálise. Tais medidas podem aumentar o fluxo do íon cálcio através dos canais lentos,
e têm sido utilizadas no tratamento da superdosagem com o verapamil. No caso de ocorrerem reações
hipotensoras clinicamente significativas ou bloqueio AV de alto grau permanente, devem ser utilizados
agentes vasopressores ou marca-passo cardíaco, respectivamente. Em caso de assistolia, devem ser
tomadas medidas usuais incluindo isoproterenol, ressuscitação cardiopulmonar e tratamento com outros
agentes vasopressores.
FÓRMULA
Cada comprimido revestido contém:
cloridrato de verapamil.........................................................................................................................80mg
Excipientes ..........................................................q.s.p............................................1 comprimido revestido
.
Excipientes: fosfato de cálcio dibasico diidratado, amido de milho, microcelulose, povidona, croscarmelose
sódica, talco magnesita, dióxido de silício, estearato de magnésio, álcool, ácido copolímero de metacrilato,
dibutilftalato, acetona, álcool isopropílico, dióxido de titânio, polietilenoglicol 6000, corante amarelo tartrazina
alumínio*, água deionizada.
PACIENTES IDOSOS
Uso em idosos: As doses de cloridrato de verapamil devem ser individualizadas, pois pacientes idosos
apresentam uma resposta acentuada ao verapamil.
Uso pediátrico: Deve-se ter bastante cautela ao administrar cloridrato de verapamil a este grupo de
pacientes.
Uso na gravidez: Durante a gravidez só se deve administrar cloridrato de verapamil quando existir uma
indicação absolutamente necessária, pois estudos indicam que o cloridrato de verapamil atravessa a
barreira placentária e pode ser medido no cordão umbilical.
Lactação: Estudos indicam que o cloridrato de verapamil atravessa a barreira placentária, pode ser medido
no cordão umbilical e é excretado no leite materno. Em virtude do sérios efeitos adversos provocados em
lactentes, a administração de cloridrato de verapamil deve ser suspensa durante o período de lactação.
Uso em pacientes com função hepática alterada: Considerando que o verapamil é intensamente metabolizado no fígado, ele deve ser administrado com cautela em pacientes com função hepática alterada. Em
pacientes com função hepática limitada, o efeito do cloridrato de verapamil, dependendo da gravidade do
caso, se intensifica e se prolonga devido ao metabolismo retardado do fármaco. Por conseguinte, nestes
casos deve-se ajustar muito cuidadosamente a dose e começar com doses menores.
Nº do Lote, Data de Fabricação e Validade: Vide Cartucho.
Farmacêutico Responsável:
Dr. José Aurélio Q. Sarmento - CRF-SP nº 42.204
SANVAL COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA.
Rua Nicolau Alayon, 441 - Interlagos.
São Paulo - SP - CEP: 04802-000
C.N.P.J. 61.068.755/0002-01
Indústria Brasileira.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
“medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999”
ANTIANGINOSOS E VASODILATADORES
SANVAL
Comércio e Indústria Ltda.
LINHA GENÉRICA
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
Embalagem com 20, 30 e 500 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
“Este produto contém o Corante Amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza
alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao Ácido Acetil
Salicílico.”
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Cloridrato de verapamil é uma substância ativa que bloqueia o fluxo de cálcio para dentro da célula do
músculo do coração e das artérias (bloqueador do canal lento ou antagonista dos íons cálcio). O bloqueio
dos canais de cálcio do músculo das artérias, melhora a quantidade de oxigênio oferecida ao músculo
do coração. Com mais oxigênio, esse músculo do coração consegue relaxar melhor, e trabalhar melhor.
Esse relaxamento muscular também acontece nos músculos das paredes dos vasos sangüineos onde o
sangue vai poder circular mais facilmente (diminui a resistência vascular) e assim diminui a pressão alta.
Nas arritmias onde o coração está batendo muito rápido, cloridrato de verapamil age trazendo o coração
para o ritmo normal. Essas arritmias são: fibrilação atrial, “flutter” atrial, extrassístoles causadas por doença
das coronárias(artérias do coração) e pela Doença de Chagas.
Quando a pessoa toma o comprimido (por via oral) do cloridrato de verapamil, ele começa a fazer efeito
em 1 a 2 horas.
AÇÃO ESPERADA DO MEDICAMENTO
Cloridrato de verapamil oral (comprimido para ser tomado por boca) está indicado em:
1.Falta de oxigênio (isquemia) para o músculo do coração: sem dor no peito; com dor no peito (angina)
após esforço; dor no peito (angina) no repouso.
2.Hipertensão arterial (pressão alta) leve e moderada: cloridrato de verapamil tem a vantagem de poder
ser usado em pessoas com pressão alta e que também tenham asma (bronquite), diabetes, depressão,
impotência sexual, doença em vasos cerebrais, varizes, doença em coronárias, colesterol alto, acido úrico
alto e pode ser usado por idosos.
3. Previne as arritmias com rápido batimento cardíaco (taquicardias supraventriculares; "flutter" ou fibrilação
atrial) e diminui a pressão nas crises de pressão alta.
ARMAZENAMENTO
Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da
luz e umidade.
Reg. M.S. nº 1.0714.0245
60609.0075
neste caso quando usado em doses mais elevadas.
Farmacocinética das formas farmacêuticas orais:
Absorção: 90% a 92% da dose de cloridrato de verapamil é rapidamente absorvida pelo intestino. As
concentrações plasmáticas de pico são atingidas entre 1 e 2 horas.
Distribuição: Cloridrato de verapamil é transportado no sangue ligado às proteínas plasmáticas (90%). A
sua meia-vida é de 3,5 horas. É metabolizado no fígado através do citocromo P450.
Eliminação: A meia-vida de eliminação é do cloridrato de verapamil é de 3 a 7 horas. Aproximadamente
70% da dose administrada é eliminada por via renal sob a forma de seus metabólitos e 3% a 4% sob a
forma inalterada; 50% da dose é eliminada via renal em 24 horas e 70% em cinco dias. 16% da dose é
eliminada nas fezes. Estudos comparativos realizados com pessoas saudáveis e pacientes com disfunção
renal no estágio final revelaram que a farmacocinética do cloridrato de verapamil não sofre alteração com a
presença de disfunção renal. A meia-vida de eliminação em pacientes com insuficiência renal é prolongada
devido à diminuição da depuração e elevado volume de distribuição.
A biodisponibilidade sistêmica média do composto na forma inalterada após dose única é de 22% devido
a uma extensiva metabolização hepática de primeira passagem. A biodisponibilidade é aumentada em 1,5
a 2 vezes com administrações repetidas.
Em indivíduos idosos, a meia-vida de eliminação pode ser prolongada. Em indivíduos com insuficiência
hepática o metabolismo da forma de verapamil de liberação imediata é retardado e a meia-vida de eliminação prolongada em até 14 a 16 horas; o volume de distribuição é aumentado e a depuração plasmática
é reduzida em cerca de 30% em relação ao normal. Os valores da depuração do verapamil sugerem que
pacientes com insuficiência hepática podem atingir concentrações plasmáticas terapêuticas com um terço
da dose habitual requerida por indivíduos com função hepática normal.
PRAZO DE VALIDADE
O seu prazo de validade é de 24 meses e encontra-se gravado na embalagem externa.
Ao comprar qualquer medicamento, verifique o prazo de validade.
Atenção: Nunca use medicamento com o prazo de validade vencido.
Antes de utilizar o medicamento, confira o nome do produto gravado na embalagem, para não haver enganos.
Não utilize o medicamento caso haja sinal de violação e/ou danificação da embalagem.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe
ao médico se está amamentando.
CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
REAÇÕES ADVERSAS
As seguintes reações adversas forma relatadas:
Sistema Cardiovascular: Bloqueio atrioventricular (primeiro, segundo e terceiro), bradicardia sinusal,
parada sinusal, edema periférico, taquicardia, palpitações e hipotensão;
Sistema Nervoso Central: Dor de cabeça, tontura, parestesia, tremor e sonolência;
Sistema Gastrintestinal: Náusea, vômito, constipação, ileus, desconforto gastrintestinal, hiperplasia
gengival, dor abdominal;
Sistema Tegumentar: Angioedema, síndrome de Stevens-Johnson, exantema maculopapular, urticária,
eritema multiforme, diaforese, púrpura e prurido;
Sentidos: vertigem;
Sistema Urogenital: Ginecomastia, impotência e galactorréia;
Sistema Imunológico: Reações alérgicas;
Sistema Músculo-esquelético: Fraqueza muscular, dores nos músculos ou juntas;
Geral: Fadiga, elevação da enzimas do fígado e elevação do níveis de prolactina.
“TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA
DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.”
INGESTÃO CONCOMITANTE COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS
Digitálicos: o uso de cloridrato de verapamil em pacientes digitalizados é bem tolerado se a dose de digoxina
é adequadamente ajustada. O tratamento crônico com verapamil aumenta 50% a 75% os níveis séricos de
digoxina durante a primeira semana de terapia, podendo resultar em intoxicação digitálica. Desta forma, ao
iniciar o tratamento com cloridrato de verapamil em pacientes sob tratamento com digital é recomendável
reduzir os digitálicos à metade, restabelecendo a dose inicial em 1-2 semanas, caso haja necessidade
para o êxito terapêutico. Em pacientes com cirrose hepática, a influência do verapamil sobre a cinética da
digoxina é ampliada. O verapamil pode reduzir a depuração total corporal e a depuração extra-renal da
digoxina em cerca de 27% e 29% respectivamente. A dose de manutenção do digital deve ser reduzida
quando o verapamil é administrado, e o paciente deve ser monitorado cuidadosamente para evitar a super
ou subdigitalização, bloqueio AV e bradicardia excessiva. Sempre que se suspeitar de superdigitalização, a
dose diária do digital deve ser reduzida ou temporariamente suspensa. Em caso de interrupção de cloridrato
de verapamil o paciente deve ser reavaliado para evitar a subdigitalização.
Betabloqueadores: o tratamento concomitante com verapamil e betabloqueadores pode resultar em efeitos
aditivos negativos sobre a freqüência cardíaca, condução atrioventricular e/ou contratilidade cardíaca. A
combinação das formas de liberação prolongada de verapamil com betabloqueadores não foi estudada.
Entretanto há relatos de bradicardia excessiva e bloqueio AV, incluindo bloqueio cardíaco total, quando
a combinação foi usada para o tratamento da hipertensão. Para o tratamento da hipertensão, o risco do
tratamento combinado deve ser avaliado contra os potenciais benefícios. A combinação deve ser apenas
utilizada com cautela e sob monitoração cuidadosa do paciente.
Foi observada bradicardia assintomática (36 bat/min) com um marca-passo atrial afastado, em um
paciente que recebeu verapamil por via oral concomitantemente com timolol (betabloqueador) sob a
forma de colírio.
Foi observada diminuição da depuração do metoprolol e propranolol quando ambas as substâncias foram
administradas concomitantemente com verapamil. Um efeito variável foi observado na administração
concomitante de verapamil e atenolol.
Flecainamida: estudo realizado em voluntários sadios revelou que a administração concomitante de
flecainamida e cloridrato de verapamil resulta em redução da contratilidade do miocárdio, prolongamento
da condução AV e prolongamento da repolarização.
Agentes com elevado índice de ligação às proteínas plasmáticas: cloridrato de verapamil apresenta elevados
índices de ligação às proteínas plasmáticas, portanto, deve-ser administrado com cautela em pacientes
recebendo outros medicamentos com essa propriedade.
Agentes anti-hipertensivos: o cloridrato de verapamil administrado concomitantemente com agentes
anti-hipertensivos orais (ex.: vasodilatadores, inibidores da enzima de conversão da angiotensina, diuréticos, betabloqueadores) terá um efeito aditivo na redução da pressão arterial, devendo neste caso haver
uma monitoração apropriada do paciente. O uso concomitante de agentes que atenuam a função alfaadrenérgica com verapamil pode resultar em redução na pressão sangüínea que pode ser excessiva em
alguns pacientes. Segundo um estudo realizado, a administração concomitante de cloridrato de verapamil
e prazosin resultou em queda brusca da pressão sangüínea.
Agentes antiarrítmicos
Disopiramida: até que sejam obtidos dados sobre possíveis interações entre verapamil e fosfato de
disopiramida, não se deve administrar disopiramida entre 48 horas antes e 24 horas após a administração
de verapamil.
Quinidina: em pequeno número de pacientes com cardiomiopatia hipertrófica (HSS), o uso concomitante de
verapamil e quinidina resultou em significativa hipotensão. Até que maiores dados sejam obtidos, a terapia
combinada de verapamil e quinidina em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica deve ser evitada.
Os efeitos eletrofisiológicos da quinidina e do cloridrato de verapamil sobre a condução AV foram estudados
em 8 pacientes. O cloridrato de verapamil neutralizou significativamente os efeitos da quinidina sobre a
condução AV. Houve um relato de aumento dos níveis de quinidina durante o tratamento com verapamil.
Outras
Álcool: foi mostrado que o verapamil inibe significativamente a eliminação do álcool resultando em concentrações sangüíneas elevadas de etanol que podem prolongar os efeitos tóxicos do álcool.
Cimetidina: as interações entre cimetidina e verapamil administrado cronicamente não foram estudadas.
Foram obtidos resultados variáveis em estudos de curta duração em voluntários sadios; a depuração do
verapamil foi tanto reduzida quanto permaneceu inalterada.
Ciclosporina: o tratamento concomitante com verapamil aumenta os níveis circulantes da ciclosporina.
Fenitoína e fenobarbital: redução do nível plasmático e do efeito de verapamil.
Lítio: foi relatado aumento da sensibilidade aos efeitos do lítio (neurotoxicidade) durante o tratamento
concomitante do lítio com verapamil; foram observados tanto níveis aumentados ou diminuídos, quanto
inalterados de lítio. Os pacientes que forem tratados com ambas as substâncias devem ser monitorados
cuidadosamente.
Carbamazepina: o tratamento concomitante com verapamil pode aumentar as concentrações de carbamazepina. Isto pode provocar efeitos colaterais da carbamazepina, tais como diplopia, cefaléia, ataxia
ou tonturas.
Rifampicina: o uso concomitante de rifampicina pode reduzir acentuadamente a biodisponibilidade oral
do verapamil.
Teofilina: o uso concomitante com verapamil inibe a depuração e aumenta os níveis plasmáticos da
teofilina.
Agentes anestésicos inalados: quando usados concomitantemente, os anestésicos por inalação e os
antagonistas do cálcio, tais como o verapamil, devem ser titulados cuidadosamente para evitar depressão
cardiovascular excessiva.
Midazolam: o uso concomitante com cloridrato de verapamil eleva as concentrações plasmáticas de
midazolam.
Prazosina: o uso concomitante com cloridrato de verapamil eleva as concentrações plasmáticas de
prazosina.
Sinvastatina/lovastatina: o uso concomitante com cloridrato de verapamil eleva as concentrações
plasmáticas de sinavastatina/lovastatina.
Ácido acetilsalicílico: o uso simultâneo com cloridrato de verapamil aumenta a possibilidade de ocorrerem
sangramentos, hemorragias.
Agentes bloqueadores neuromusculares: dados clínicos e estudos em animais sugerem que o verapamil
pode potencializar a atividade de agentes bloqueadores neuromusculares (despolarizantes e do tipo curare).
Caso essas substâncias sejam administradas simultaneamente com verapamil, pode ser necessária uma
redução da dose do verapamil e/ou do agente bloqueador neuromuscular.
INTERAÇÕES COM ALIMENTOS
Mostrou-se que o suco de grapefruit aumenta os níveis no sangue do verapamil, que é o componente de
cloridrato de verapamil. Portanto, não se deve ingerir suco de grapefruit com cloridrato de verapamil.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis. Informe ao seu
médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica. Informe
ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste
medicamento.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Não há contra-indicação relativa a faixas etárias.
Cloridrato de verapamil é contra-indicado a pessoas alérgicas ao cloridrato de verapamil ou aos outros
componentes da fórmula do medicamento.
Cloridrato de verapamil é contra-indicado em casos de hipotensão (pressão baixa); insuficiência grave do
coração; bloqueio do coração; bradicardia acentuada (coração batendo muito lento); flutter ou fibrilação
atrial associada a doenças como Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine; taquicardia ventricular
(batimentos rápidos do coração por problemas no ventrículo).
Cloridrato de verapamil não deve ser dado ao mesmo tempo com medicamentos betabloqueadores na
veia.
Insuficiência cardíaca: cloridrato de verapamil deve ser evitado em pacientes com disfunção do ventrículo
esquerdo grave e em pacientes com qualquer grau de disfunção do ventrículo se eles estiverem recebendo
medicamentos betabloqueadores.
Hipotensão: ocasionalmente a ação farmacológica do verapamil pode produzir diminuição da pressão
sangüínea abaixo dos níveis normais que pode resultar em tonturas ou hipotensão (pressão baixa) com
sintomas.
Aumento de enzimas do fígado: foi relatado aumento dos exames de sangue que mostram as funções
do fígado. Tais aumentos, algumas vezes, foram transitórias e podem desaparecer mesmo se a pessoa
continuar o tratamento com verapamil. Por isso é prudente que sejam feitos exames de sangue para analizar
a função do fígado, de tempos em tempos, nas pessoas em tratamento com verapamil.
Associação a feixe anômalo (Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine) o uso do verapamil nesses
pacientes é contra-indicado (ver Contra-indicações).
Bloqueio atrioventricular: o efeito do verapamil sobre a condução elétrica do coração pode causar bloqueio de primeiro grau sem sintomas e bradicardia (batimentos lentos) transitória, especialmente durante
as fases iniciais do tratamento com a titulação das doses. Bloqueios de graus superiores, entretanto,
raramente são observados. Bloqueio de primeiro grau acentuado ou desenvolvimento progressivo para
um bloqueio de segundo ou terceiro grau, deve-se diminuir a dose ou, raramente, suspender o tratamento
com cloridrato de verapamil.
Bradicardia/assístole: cloridrato de verapamil afeta a condução elétrica do coração e raramente produz
bloqueio de segundo e terceiro graus, bradicardia e, em casos graves, assístole (o coração para de
contrair). Quando ocorre asístole, esta normalmente apresenta período curto de duração (segundos ou
menos) com retorno espontâneo ao ritmo normal. Caso isso não ocorra, recomenda-se iniciar tratamento
apropriado imediatamente.
Uso em idosos: as doses de cloridrato de verapamil devem estudadas caso a caso pelo médico, pois
pacientes idosos apresentam uma resposta maior ao verapamil.
Uso pediátrico (em crianças): deve-se ter bastante cuidado ao administrar cloridrato de verapamil a este
grupo de pacientes.
Uso na gravidez: durante a gravidez só se deve usar cloridrato de verapamil quando for absolutamente
necessário, pois o cloridrato de verapamil pode atravessar a placenta e pode ser medido no cordão
umbilical.
Amamentação: cloridrato de verapamil não deve ser usado durante a amamentação
Uso em pacientes com função hepática alterada: o verapamil deve ser usado com cuidado em pacientes
com função do figado alterada. Nestes casos deve-se ajustar muito cuidadosamente a dose e começar
com doses menores.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis. Informe ao seu
médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
(Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a
sua saúde).
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
“NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.
PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.”
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Cloridrato de verapamil contém como princípio ativo o cloridrato de verapamil, composto que apresenta a
propriedade de inibir seletivamente o fluxo dos íons cálcio para a célula, através da membrana (bloqueador
do canal lento ou antagonista dos íons cálcio). O cloridrato de verapamil é o cloridrato de isopropil-(N-metilN-homoveratril)-aminopropil-3,4-dimetoxifenil-acetonitrilo.
Farmacodinâmica das formas farmacêuticas orais: O cloridrato de verapamil reduz a necessidade
de oxigênio do miocárdio alterando os processos metabólicos das células musculares cardíacas e, indiretamente, diminuindo o pós-carga. O bloqueio dos canais de cálcio do músculo liso arterial promove a
perfusão miocárdica, mesmo em tecidos pós-estenose, produzindo relaxamento. A ação anti-hipertensiva do
cloridrato de verapamil é resultado de uma diminuição da resistência vascular periférica, sem a ocorrência
de taquicardia reflexa. A pressão arterial sangüínea não é afetada significativamente. A atividade elétrica
nos nódulos sinoatrial (SA) e atrioventricular (AV) depende do fluxo de cálcio pelos canais lentos. Com a
inibição dessa passagem, o verapamil diminui a condução AV e prolonga o período refratário no nódulo AV.
Esse efeito é resultado de uma redução no fluxo ventricular em pacientes com flutter e/ou fibrilação atrial e
uma rápida resposta ventricular. Com a interrupção da reentrada no nódulo AV, o verapamil restabelece o
ritmo sinusal normal em pacientes com taquicardia supraventricular paroxística (PSVT), incluindo síndrome
Wolff-Parkinson-White (W-P-W). Verapamil não afeta a condução em feixes anômalos.
Verapamil não altera o potencial de ação atrial normal ou o tempo de condução intraventricular, mas reduz
a amplitude, a velocidade de despolarização e condução.
Em estudos empregando corações de coelhos, as concentrações de verapamil que induziram alterações
significativas nas fibras SA nodais ou em fibras nas regiões superior e média do nódulo AV produziram
efeitos reduzidos nas fibras localizadas na região inferior do nódulo AV (região NH) e nenhum efeito no
potencial de ação atrial ou feixes de His.
Verapamil não induz espamos arteriais periféricos, nem altera os níveis séricos totais de cálcio.
Verapamil reduz a pós-carga e a contratilidade miocárdica. Na maioria dos pacientes, incluindo os que
apresentam desordens cardíacas orgânicas, a ação inotrópica negativa de verapamil é atingida com a
redução da pós-carga; o índice cardíaco geralmente não é reduzido, mas em pacientes com disfunção
cardíaca moderadamente severa a severa (pressão pulmonar acima de 20 mm Hg, quantidade ejetada
inferior a 30%), pode ser verificada piora aguda da disfunção cardíaca. O pico terapêutico é atingido em
3 a 5 minutos após administração em bolus de verapamil.
Nas arritmias taquicárdicas, cloridrato de verapamil por via oral promove a manutenção do ritmo sinusal
e faz a profilaxia de crises da maioria dos pacientes com taquicardia paroxística supraventricular. Produz
reversão e/ou redução da freqüência ventricular em pacientes com fibrilação e "flutter" atrial e reduz ou
elimina a extrassistolia, especialmente em arritmias da insuficiência coronariana e da Doença de Chagas,
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cloridrato de verapamil SANVAL