UFPB-PRG
XI Encontro de Iniciação à Docência
6CCSDNMT08-P
APERFEIÇOAMENTO DO CADERNO DE DIETAS POR EQUIVALENTES DO
AMBULATÓRIO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
(1),
(2),
(2),
Glauria Queiroz Morais
Denise Alexandre Costa
Quênia Gramile da Silva Mota
Tereza
(3)
(3)
Helena Cavalcante Vasconcelos e Sônia Cristina Pereira de Oliveira
Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Nutrição/MONITORIA
RESUMO
Nutrição é a ciência que estuda os alimentos e seus nutrientes, bem como sua ação, interação
e balanço em relação a saúde e doença, além dos processos pelos quais o organismo ingere,
absorve, transporta, utiliza e elimina as excretas. A dietoterapia é um tipo de tratamento que
tem por base a modificação dos alimentos pela adição de substâncias alimentares com
propriedades de cura, ao tempo de suprimir outras, cujo organismo doente se encontra
incapacitado de metabolizar, o que por si só neste último caso induz ou agrava a doença. A
terapia nutricional, ou a manutenção de uma nutrição apropriada, tem sido documentada como
a base para o cuidado do paciente desde a época de Hipócrates. Visando promover a saúde e
hábitos saudáveis, foram acrescentados novos alimentos e inclusão de um novo Grupo
(Equivalentes Dietéticos) ao Caderno de Orientação Alimentar do Serviço de Nutrição
Ambulatorial do
Hospital
Universitário Lauro Wanderley. O método utilizado para tal foi a
análise em tabelas de composição química de alimentos e em alguns rótulos da embalagem de
alguns víveres, com relação às calorias destes, de acordo com os grupos de alimentos que
cada um deles seria inserido. A partir da metodologia aplicada neste estudo, pôde-se observar
que há a necessidade de mudança do Caderno de Orientação visando ampliar as opções de
escolha do uso de alimentos disponíveis ao paciente, tendo em vista as limitações que o atual
caderno apresenta. Como demonstração de aplicação desta nova lista de equivalentes, foi
criado um caso clínico cujo paciente apresenta Diabetes Mellitus Tipo II e Hipercolesterolemia
no qual foi realizada uma avaliação nutricional com a prescrição de uma dieta a partir de dados
antropométricos hipotéticos. Com esta nova aplicação, cabe ao nutricionista a responsabilidade
pela seleção do que seja mais adequado e saudável à vida do seu paciente, encontrando
outras maneiras de incentivar as pessoas a ingerirem as melhores opções de alimentação.
Palavras-chave: Dietoterapia, Equivalentes, alimentos.
1 INTRODUÇÃO
Nutrição é a ciência que estuda os alimentos, seus nutrientes, bem como sua
ação, interação e balanço em relação à saúde e doença, além dos processos pelos quais o
organismo ingere, absorve, transporta, utiliza e excreta os nutrientes (CUPPARI, 2002).
O alimento tem o grande potencial de modificação e transformação que poderia
contribuir para um exercício profissional do nutricionista eficiente e abrangente, seja com
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
1)
Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
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relação à criação de novas preparações, ou ao desenvolvimento de cardápios e dietas menos
repetitivos, com maior variação de alimentos e técnicas de preparo (SILVA e BERNARDES,
2004.).
Segundo Krause, o processo de cuidado em nutrição consiste em avaliar o estado
nutricional e analisar os dados para identificar os problemas relacionados à nutrição,
diagnóstico nutricional, planejamento e priorização da intervenção nutricional para atingir estas
necessidades e avaliação dos resultados dos cuidados nutricionais. O cuidado fornecido como
resultado do segmento deste processo é chamado de terapia nutricional.
A terapia nutricional, ou a manutenção de uma nutrição apropriada, tem sido
documentada como a base para o cuidado do paciente desde a época de Hipócrates.
Entretanto, muitas enfermidades, assim como trauma e infecção, podem alterar a função do
trato gastrointestinal, diminuir o apetite e intensificar as demandas metabólicas, podendo
resultar em um estado nutricional precário levando a maior morbidade. Conseqüentemente, a
nutrição e os processos metabólicos do corpo estão em constante inter-relação e interação.
Naturalmente, decorre que a terapia nutricional deve apoiar ou modificar os eventos
metabólicos de um modo benéfico para diminuir a morbidade e mortalidade (KRAUSE, 2005).
A alimentação é o processo pelo qual os seres vivos adquirem do mundo exterior
os alimentos que compõem a dieta, que nada mais é que o conjunto de alimentos que o
indivíduo consome diariamente com substâncias nutritivas denominadas nutrientes. Mediante
uma alimentação variada em quantidades adequadas, pode-se obter uma dieta equilibrada, ou
seja, a que proporciona os nutrientes necessários para atender as necessidades do organismo.
A dietoterapia é um tipo de tratamento que tem por base a modificação dos
alimentos pela adição de substâncias alimentares com propriedades de cura, ao tempo de
suprimir outras, cujo organismo doente se encontra incapacitado de metabolizar, o que por si
só neste último caso induz ou agrava a doença.
Visando promover a saúde e hábitos saudáveis, as principais orientações sobre
alimentação forma reunidas em guias alimentares, que são instrumentos de orientação e
informação à população.
Em 1916, o USDA (U.S. Departament of Agriculture) iniciou a idéia de agrupar os
alimentos em um folheto chamado Food for Young Children (KRAUSE, 2005). Esse sistema de
agrupamento de alimentos tinha como idéia principal apresentar um guia simples para a
alimentação saudável.
Entre estes, existe o Sistema de Equivalentes, no qual o nutricionista elabora um
cardápio adequado de acordo com as necessidades nutricionais do paciente. Juntamente com
o cardápio o paciente recebe uma lista com grupos de alimentos com suas respectivas calorias
e medidas caseiras, sendo denominada lista de equivalentes, a fim de fazer as devidas
substituições no planejamento alimentar prescrito pelo profissional, evitando uma possível
monotonia em suas refeições.
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O nutricionista é um profissional de saúde de nível superior que atua em todas as
áreas do conhecimento em que a alimentação seja fundamental para a promoção, manutenção
e recuperação da saúde, sem perder de vista o prazer que uma refeição deve proporcionar.
É
vedado
ao
nutricionista,
prescrever
tratamento
nutricional
ou
outros
procedimentos sem antes proceder à avaliação pessoal e efetiva do indivíduo sob sua
responsabilidade profissional, realizar consultas e diagnósticos nutricionais, bem como
prescrição dietética, através da Internet ou qualquer outro meio de comunicação que configure
atendimento não presencial.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Aperfeiçoar o Caderno de orientação alimentar do Serviço de Nutrição
Ambulatorial do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
2.2 Objetivos Específicos
-
Acrescentar alimentos na lista de equivalentes em seus respectivos grupos;
-
Analisar estes alimentos de acordo com as calorias de cada grupo, determinando
quanto vale 1 (um) equivalente;
-
Aumentar as opções de substituições na dieta dos pacientes atendidos no Serviço de
Nutrição Ambulatorial do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
3 METODOLOGIA
Pesquisou-se o Caderno de orientação alimentar do Serviço de Nutrição
Ambulatorial do Hospital Universitário Lauro Wanderley a fim de investigar os alimentos que
faltavam para completá-lo. Ao escolhê-los, realizou-se uma análise em tabelas de composição
química de alimentos e em alguns rótulos da embalagem de alguns víveres, com relação às
calorias destes e de acordo com os grupos de alimentos que cada um deles seria inserido.
Isso foi realizado com o intuito de determinar a medida caseira e em gramas de alimentos
usados na prescrição da dieta, utilizando-se uma tabela de medidas caseiras, que valessem 1
(um) equivalente cada um.
4 DISCUSSÃO
Com a contínua evolução do mundo, as pessoas também evoluíram em seus
hábitos alimentares numa velocidade muito rápida. Com o advento de novas tecnologias, os
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alimentos sofreram modificações, com uma grande variedade de cores, texturas e sabores
(SILVA e BERNARDES, 2004).
Diante do exposto, e a partir da metodologia aplicada neste estudo, pôde-se
observar que há a necessidade de incluir novos alimentos no Caderno de Orientação Alimentar
do Serviço de Nutrição Ambulatorial do HULW – Hospital Universitário Lauro Wanderley, que
estão cada vez mais presentes na mesa da população.
Diante disso, foi elaborada uma sugestão de mudança na lista de equivalentes
deste Caderno de Orientação Alimentar, visando ampliar as opções de escolha do uso de
alimentos disponíveis ao paciente, tendo em vista as limitações que o atual caderno apresenta.
Nesta modificação foi adicionado um novo grupo de alimentos denominado
Equivalente Dietético contendo uma série de dezessete alimentos classificados como Diet e/ou
Light. Ainda nesta modificação, foram inclusos outros alimentos nas listas já existentes. O
Caderno de Orientação Alimentar está disponível no Anexo I com as devidas alterações.
Como demonstração de aplicação desta nova lista de equivalentes, foi criado um
caso clínico cujo paciente apresenta Diabetes Mellitus Tipo II e Hipercolesterolemia. Neste, foi
realizada uma avaliação nutricional e a prescrição de uma dieta a partir de dados
antropométricos.
5 CONCLUSÃO
Tendo em vista a especificidade de patologias de alguns pacientes, faz-se
necessário a adição desses novos alimentos com a intenção de melhorar a qualidade de vida
dos mesmos oferecendo-lhes mais facilidade no momento da substituição do alimento na dieta
prescrita. Com esta nova aplicação, cabe ao nutricionista a responsabilidade pela seleção do
que seja mais adequado e saudável à vida do seu paciente, encontrando outras maneiras de
incentivar as pessoas a ingerirem as melhores opções de alimentação.
REFERÊNCIAS
SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da e BERNARDES, Sílvia Martinez. Cardápio: guia
prático para elaboração. São Paulo: Editora Atheneu/Centro Universitário São Camilo, 2004.
MAHAN, L. Kathleen & ESCOTT-STUMP Sylvia. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia.
11ª ed. São Paulo: Roca, 2005.
CUPPARI, L.; SCHOR, N. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. São Paulo.Manole,
2002.
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