O BAIRRO DO JATOBÁ: um bairro cidade Aristeia Candeia de Melo1; Thyago Ramon Ferreira Guedes2 ; Clodoaldo Jacobino2 Resumo - Este artigo é o resultado de um projeto apresentado ao Programa de Pesquisa – COOPEX - das Faculdades Integradas de Patos, como instrumento de conclusão das atividades de pesquisa referente ao período 2006 a 2007, do Curso de Licenciatura Plena em Geografia. O referente trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil espacial e os aspectos socioeconômicos do Bairro do Jatobá na cidade de Patos - PB. O estudo teve caráter exploratório, descritivo sob a ótica de vários teóricos que trabalham com a questão urbana. Este teve uma abordagem quanti-qualitativo, no qual foi realizado de forma aleatória nas ruas do bairro citado. A amostra investigatória contemplou uma população alvo de 40 moradores, através da aplicação de questionários in loco, sobre as condições de vida destes. A partir do estudo realizado foi observado que a expansão territorial do bairro indica uma necessidade imediata de Políticas Públicas voltadas para a mitigação dos problemas espaciais existentes na comunidade, buscando permitir um desenvolvimento espacial, que atendam a demanda de serviços básicos como saúde, educação e saneamento básico, concernente aos direitos da população residente em qualquer instância social, além de empreender e reorganizar a estrutura física e socioeconômica, por meio de suas vias de acesso que contemplem ao caminho da cidadania. Palavras–chave: urbana; crescimento; sócio; econômico. Abstract - This article i the result of the project presented to the Research program-COOPEX - of Integrated Universities of Patos, the instrument of conclusion of the research activities regarding the period 2006 to 2007, of the Course of Full Degree in Geography. The referring work had the objective characterizes the space profile and the socioeconomic aspects of the Neighborhood of Jatobá in the city of Patos - PB. The study had exploratory character, descriptive under the optics of several theoretical that you/they work with the urban subject. This had the quality-amount approach, in which was accomplished in the random way in the streets of the mentioned neighborhood. The sample investigation contemplated the population white of 40 residents, through the application of questionnaires in loco, about the life conditions of these. Starting from the accomplished study it was observed that the territorial expansion of the neighborhood indicates an immediate need of Public Politics returned for the mitigation of the existent space problems in the community, looking for to allow a space development, that you/they assist the demand of basic services as health, education and basic sanitation, regarding the rights of the resident population in any social instance, besides to undertake and to reorganize the physical and socioeconomic structure, through their access roads that meditate to the road of the citizenship. Keywords: urban; growth; socioeconomic. 1 Professora [email protected] das FIP de Patos-PB, dos Cursos de Licenciatura Plena em Geografia, História, Letras e Pedagogia.Enfermagem Biomedicina e Jornalismo. Professora Substituta da universidade Federal de Campina Grande, das disciplinas: Antropologia e Filosofia da Ciência. 2 – Alunos da pesquisa do Curso de Geografia das Faculdades Integradas de Patos. Introdução O processo de urbanização brasileiro decorre no início da década de 50, e se confunde com o seu processo de industrialização a partir do desenvolvimento das bases industriais implantadas no início da década de 1930 no governo de Getúlio Vargas, continuado e expandido, com Juscelino Kubitcshek. Isso possibilitou uma remodelação na estrutura espacial e das diretrizes políticas e sócio-econômicas capazes de modificar os paradigmas da sociedade brasileira, que até então, era considerado um país agro-exportador. A partir da década de 1980, o Brasil já era tido como um país urbano decorrente do grande fluxo migratório inter-regional, possibilitando a atração de grande contingente populacional para as cidades devido o elevado desenvolvimento expansionista das indústrias pelo país, contudo esse desenvolvimento industrial não se deu de maneira uniforme em todas as regiões, favorecendo os problemas sócio-econômicos, tais como: desemprego, subemprego, miséria, pobreza, violência e expansão das atividades informais e do tráfico. Isto possibilitou o crescimento desordenado das cidades com o surgimento dos guetos e a proliferação das favelas e das áreas periféricas, provocando uma problematização de gestão pública incapaz de conter esse crescimento e de atender as necessidades básicas desse contingente ocioso, como também, na ineficiência de políticas desenvolvimentistas que contribuiu para a evasão das populações de cidades muito pequenas aos grandes e médios centros urbanos, além dos quais, houve o crescimento de novos pólos regionais a partir do processo de desmetropolização e interiorização explicada por Santos (2005). A cidade de Patos – PB, localizada no Pediplano Sertanejo é considerada uma das mais importantes cidades do sertão do Nordeste por se apresentar como um pólo comercial que abrange mais de setenta municípios do sertão nordestino, (Associação Comercial de Patos, IBGE, 2005). Detendo um grande e diversificado número de serviços que atrai para a cidade pessoas de outras cidades e outros estados como: Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Devido a esse crescente aumento do numero de serviço, isto vem atraindo para o município um grande número de pessoas de outras cidades, este aumento considerável da população ocupada irregularmente, vem provocando o agravamento das desigualdades sociais e econômicas dos moradores dos bairros e que se verifica no número ascendente da população da cidade e principalmente da área em estudo – o bairro do Jatobá – nas últimas duas décadas. Devido à importância desse processo de ocupação crescente e desordenado, é que foi possível investigar a realidade dos moradores através da caracterização do perfil sócio-econômico no Bairro do Jatobá na cidade de Patos – PB, compreendendo os níveis de organização espacial através de suas delimitações territoriais e de infra-estrutura, bem como a identificação dos principais problemas. Metodologicamente, a pesquisa foi do tipo investigativo, descritivo e com abordagem quanti-qualitativo, leitura e fichamento de textos a luz de teóricos como: Spósito( 2001); Santos (2005) e Ross (2001). Objetivando a compilação de subsídios que validem cientificamente esse projeto. O trabalho foi realizado com uma população de ruas aleatórias onde os moradores quiseram participar e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e foi utilizada numa amostragem de quarenta pessoas (40). Como obtenção de coleta de dados foi elaborado um questionário, semi-estruturado contendo dados pessoais, individuais e sócio-econômicos, além de registros fotográficos, visitas quinzenais para observação das mudanças recentes na estrutura do bairro. A Relação Entre a Revolução Industrial e o Processo de Urbanização As novas técnicas de produção provocadas pela revolução industrial em meados do século XVIII promoveram uma ação direta e transformadora no espaço geográfico e no campo, tornando um agente repulsor para a população rural e concomitantemente atribuiu aos centros urbanos o papel de atrair grandes contingentes populacionais. Segundo Spósito (2002 pág. 49), o processo de urbanização está ligado diretamente à industrialização. Um grande contingente populacional expropriado da terra migra para a cidade em busca de trabalhos e melhores condições sociais. Lebrefeve apud SPÓSITO, (2001 pág. 38), afirma que rapidamente as indústrias se expandiram nas cidades transformando o seu caráter adaptandose as novas necessidades. Spósito (op. cit) demonstra que, de fato a industrialização revolucionou os paradigmas do sistema capitalista no século XVIII, pois permitiu uma nova visão holística sob os sistemas produtivos da época, isso se explica pela introdução das máquinas nas produções manufatureiras, a descoberta da máquina a vapor (1769), dos teares mecânicos de fiação (1767, 1768 e 1801), da locomotiva e da estrada de ferro (1829), no entanto, isso não constitui a causa da revolução industrial, mas decorre de processos de transformações pelos quais estava passando o próprio processo de produção industrial desde o século XVI. A partir dessa conjuntura a cidade ganha status mais relevantes no papel sócioeconômico no que diz respeito de suas novas atribuições funcionais, garantindo lhe um caráter mais dinâmico pelo desenvolvimento de uma gama de atividades produtivas agregadas, permitindo a absorção de mão-de-obra ociosa de outras áreas (principalmente da zona rural) provocando um crescimento demográfico e espacial do seu perímetro. Carlos (2001, p. 35) demonstra que: Enquanto pressuposto das condições de reprodução de capital, o espaço deve permitir o desenvolvimento, articulado e simultâneo dos processos de produção; distribuição, circulação e troca. A atividade produtora liga-se as demais na medida em que a produção e o consumo ocorrem em lugares diferenciados do espaço e em tempos diferentes. Paralelamente, o processo demográfico contribuiu para a ocupação do sitio urbano, pois oferecia mão-de-obra e um mercado consumidor para atender as necessidades e demandas das indústrias e do circuito econômico gerado por elas, o êxodo rural provocado pelo processo gradativo de substituição de técnicas modernas para o manejo agrícola impôs uma condição de expropriação de contingentes populacionais para as cidades. Nesse contexto, os espaços tornaram-se crescentes, tanto pela necessidade do funcionamento das indústrias, através de infra-estruturas, como também pela ocupação das pessoas oriundas do campo que acabara de chegar às cidades atuando nas indústrias diante da situação calamitosa as que foram expostos. Para Spósito (op. Cit.) a relação direta entre os processos da revolução industrial e de urbanização não se deu da mesma forma e nem com a mesma intensidade no continente europeu, embora que a partir do século XIX esse último processo tenha se configurado de maneira uniforme, em que no começo do referido século à proporção de pessoas nas cidades de mais de cem mil habitantes era da ordem de 10% (dez por cento), sendo que quarenta anos depois era de 20% (vinte por cento). A partir do que foi exposto pode-se verificar que o processo de urbanização no continente europeu se deu de maneira heterogênea de acordo com expansão da industrialização pelo continente. Urbanização Brasileira Historicamente, o espaço brasileiro foi construído de maneira gradativa de acordo com suas ocupações referentes ao processo de desenvolvimento econômico, aferindo o Tratado de Tordesilhas avançando territorialmente os limites delimitados, por meio de ocupação realizada e a implementação de atividades econômicas no sertão nordestino, as conquistas de territórios realizadas pelos bandeirantes paulistas no período colonial, a exploração da borracha estabelecida na Amazônia, à lavoura do café avançando pelo Centro-Sul e a colonização européia expandindo-se no Sul do país marcaram o surgimento de importantes cidades nessas regiões. Ross (2001, pág. 38) demonstra que o surgimento das cidades brasileiras não fugiu a regra ao processo de formação das demais cidades do mundo, estas se formaram por meio da introdução de atividades econômicas, pelos fatores naturais que contribuíam (relevo, clima, hidrografia, solos), pela posição geográfica privilegiada e pela referencia a proximidade de obras de grande infra-estrutura favorecendo a integração deste sitio ao circuito de produção. Segundo Ross (op.cit), a expansão econômica do interior da sociedade agroexportadora reproduzia relações sociais de trabalho que fixavam a população no campo, enquanto predominaram as relações escravistas de produção e a frágil industrialização, as vilas e as cidades tiveram grande importância como centro de atração populacional, característica que manteve mesmo com o surgimento de novos aglomerados urbanos. Essas mudanças realizadas na política e no sistema sócio-econômico brasileiro permitiram introduzir o trabalho assalariado a partir do final do século XIX, influenciando nas novas relações de ocupação do território. Esse fato atraiu para o Brasil a conquista de mercados internacionais, devido à intensificação da produção do café, que possibilitou a inovação de vias de ligação da produção para centros urbanos, responsáveis pela criação de novas cidades ao longo dessas. O trabalho assalariado difundiu a migração da população do campo para as cidades, onde se desfigurava a relação escravista do campo e passava a ser remunerado pelo trabalho que exercia nas cidades ocupando áreas habitacionais como cortiços, principalmente nas cidades litorâneas. Para Santos (1980, pág.52), O processo de urbanização brasileira configurou-se no século XX, pelo desenvolvimento de núcleos com mais de 20 mil habitantes, em seguida com a multiplicação destes para cidades de porte intermediário até alcançar o processo de metropolização. A cidade passou a atuar de maneira precisa nas relações produtivas em que transforma espacialmente a sua estrutura física dinamizando um circuito econômico integrado as necessidades das indústrias, mantendo relações diretas com o campo, atribuindo a este uma função inovadora a partir das novas diretrizes econômicas, garantindo um papel atrativo para a população local e de outras regiões a fim de ocupar os centros urbanos e de propor ofertas de trabalho e serviços gerados pelo desenvolvimento industrial. De acordo com Santos (op. cit), o aumento expressivo das cidades médias com populações acima dos cem mil habitantes entre as décadas de 1940 a 1990, enfatizando com dados os números referentes ao crescimento destas, onde destaca que em 1940 o Brasil detinha de 12 cidades com mais de 100 mil habitantes alcançando 101 em 1980, 145 em 1991 e 175 em 1996, além disso, observa-se uma proliferação de pequenas cidades de até 20 mil habitantes no país, dando caráter ao processo de urbanização em que as cidades brasileiras já nascem urbanas, ou seja, o processo sistemático do desenvolvimento espacial dessas localidades não segue um ritmo natural contínuo e sim já surgem de maneira desordenada. Enquanto que as cidades com mais de 500 mil habitantes eram representadas por dois núcleos em 1940, 13 em 1980 e 24 em 1996, presentes em apenas dois estados na década de 1940, e em 1996 eram 17 estados que acolhiam cidades desse porte, as cidades milionárias mantêm o mesmo crescimento gradual quanto ao numero desses núcleos no país, verificando que em 1960, apenas São Paulo e Rio de Janeiro detinham dessa grande contingência, já em 1970 eram cinco cidades, em 1980 dez cidades, e cerca de quinze em 2000. A intensificação das atividades secundárias e o crescimento das terciárias promoveram a saturação populacional das regiões metropolitanas que recebia populações oriundas do campo e das demais regiões menos desenvolvidas do país e as cidades não se preparava ou se configurava as necessidades para absorver esse contingente e suas necessidades, promovendo a valorização do solo urbano pela infra-estrutura desenvolvida nos bairros mais estruturados, do centro ou de áreas adjacentes, impondo uma exclusão a essa massa do espaço territorial vigente de estruturas básicas para as áreas mais afastadas delimitada aos arredores dos bairros denominados de periferia, caracterizados por uma área de quase nenhuma ou ausência de infra-estrutura admitindo os a uma situação calamitosa, resultando em uma má qualidade de vida. Ao mesmo tempo em que ocorre o processo de verticalização dos centros, as cidades expandem-se horizontalmente em direção as áreas periféricas, geralmente dotadas de péssima infra-estrutura, além disso, as atividades produtivas não conseguem inserir ao mercado de trabalho o grande número de pessoas, levando-os a uma posição a margem da sociedade resultando na inserção a marginalidade, ao tráfico de drogas, gerando violência, pobreza, prostituição como problemas gerados pela intensa urbanização desordenada e excludente das populações de baixa renda pertinentes à periferia. Caracterização da Área de Estudo: o município de Patos-PB A microrregião de Patos está na porção Central do Estado da Paraíba, integrante da mesorregião do sertão paraibano, inserido em terras da Bacia do Rio Espinharas, com uma área de 508,7 Km2, correspondendo a apenas 0,79% do território do Estado, cuja população, segundo estimativas do IBGE (2006) é de 97.276 habitantes. A cidade exerce uma influência num raio de 170 km, sobre uma população de mais 700 mil habitantes, de cerca de 70 municípios situados em microrregiões circunvizinhas, fazendo com que durante a semana, a população flutuante chegue aos 115 mil habitantes (ACP- Associação Comercial de Patos, 2005). A sede do município fica a 245 metros altitude do nível do mar, distando cerca de 300 quilômetros da capital do Estado – João Pessoa (IBGE, 2003). Na qualidade de cidade pólo, Patos tem uma outra característica determinante, que é a de receber influência de cidades circunvizinhas, quer na sua busca de infra-estrutura urbana, quer na busca de serviços, comércio, atendimentos de assistência médico-sanitária, aliada ao complexo educacional, o maior entre as cidades do Sertão Paraibano. O reflexo desses atendimentos faz girar na cidade, uma população diferente das apresentadas pelas estatísticas oficiais, é a chamada população circulante. Somente na sua área, o município recebe influência de populações como Pombal, Itaporanga, Piancó, Santa Luzia e Princesa Isabel, importantes cidades do interior da Paraíba. Um outro fluxo importante de pessoas é os que chegam de municípios do estado de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, que por aqui buscam abrigo na área de educação ou de outros serviços tais como hospitalares, primeiros socorros, comércio e outras atividades terciárias. Como se nota diferente de muitos outros municípios do Sertão Paraibano, Patos têm no setor industrial, comércio e de serviços os principais setores na geração de empregos e renda. A cidade de Patos, hoje o quarto centro paraibano em termos de desenvolvimento (IGBE, 2005). A cidade apresenta um setor econômico bem mais desenvolvido do que as demais sedes dos municípios, favorecendo regularmente a atração da população das cidades por ela polarizada, que incluem outras cidades fora as da microrregião de Patos. Devido a sua localização geográfica é considerada uma cidade pólo pela qual contribui com os municípios circunvizinhos através da oferta de variados serviços. Resultados e Discussão O bairro do Jatobá na cidade de Patos – PB está localizado na porção meridional da cidade e faz divisa ao norte com o bairro Monte Castelo, ao sul com o bairro Santa Cecília, se estendendo ao bairro Nova Conquista e o Mutirão, ao leste esta limitado ao rio da farinha, onde se observa um acentuado crescimento no perfil horizontal que já demarca terras próxima ao rio, e ao oeste limita-se com o Rio da Cruz, onde é nítido processo de horizontalidade do bairro no sentido do rio em que na sua extremidade é possível visualizar pontos do bairro da Maternidade - este localizado na porção oeste da cidade – devido a sua proximidade. A territorialidade do bairro sempre foi amplificada em relação a seus limites reais, onde os bairros adjacentes, que formam a zona sul da cidade, se confundem com o bairro do Jatobá. A idéia da população da cidade é que o bairro Jatobá tem início logo após a ponte do Figueiredo. No entanto, o bairro possui uma grande dimensão espacial adquirida recentemente e alongada no planisfério horizontal. Na atualidade, está subdividido em três áreas: a parte central, formada pela Rua Manoel Mota considerada a área de comércio bastante desenvolvido e detentora de serviços básicos atendidos pela prefeitura; a parte intermediaria, que são as ruas formadas no mesmo perímetro da rua central em que abriga os moradores fundadores ou os mais antigos do bairro, possuindo uma infra-estrutura projetada e organizada (adquirida com o tempo); e por fim, a região periférica que são as áreas mais afastadas da principal rua do bairro, considerada de ocupação recente com uma precária infra-estrutura (Figura 01). Figura 01 – Recorte do perfil territorial do bairro do Jatobá na cidade de Patos-PB. Fonte: www.patos.pb.gov.br O bairro Jatobá devido a sua infra-estrutura mais avançada se comparado a outros bairros da cidade e, principalmente, a outras cidades polarizadas por Patos, percebe-se que o bairro dispõe de grande numero de serviços básicos que atendem a demanda de seus moradores e dos moradores dos bairros adjacentes, seja no aspecto de serviços, comercio, lazer e atividades de produção. Devido a essa dinâmica constante e persistente do bairro em produzir essa gama de oportunidades é que os próprios moradores consideram o bairro como uma cidade, apesar de desprover de alguns serviços essenciais, por conta da ausência de instituições financeiras e de órgãos ligados ao poder estadual e federal os seus moradores consideram a idéia de que o bairro tem estrutura suficiente para se tornar emancipado, ou seja, independente da cidade de Patos, conforme se demonstra no resultado levantado na pesquisa in loco, por meio de questionários (Gráfico 01). Gráfico 01: O bairro do Jatobá possui estrutura para se tornar independente do município de Patos-PB 87,50% 100,00% Sim 80,00% Não 60,00% 12,50% 40,00% 20,00% 0,00% Fonte: Pesquisa direta. A infra-estrutura do bairro conta com um mercado público um centro de saúde (minihospital- SAMÚ), postos de saúde, uma representação do banco Caixa Econômica Federal (caixa aqui), uma subestação de energia da empresa ENERGISA, escolas do nível municipal e estadual, Universidade Federal de Campina Grande - próxima de suas mediações (bairro Nova Conquista), farmácias, mercadinhos, e fábricas de produção de bolas e calçados (fábricas de fundo de quintal), onde comercializam sua produção para fábricas maiores como a CARREIROS CALÇADOS S/A, além de centros de lazer como, o Jatobá Social Clube, o CSU- Centro Social Urbano a praça o Coração do Jatobá, além do Açude Jatobá que não está no perímetro urbano do bairro, mas fica nas imediações (Foto 01). Foto 01: Açude Jatobá - Fotografo: DIASSIS O Bairro possui uma grande dimensão espacial adquirida recentemente e alongada no planisfério horizontal em que atualmente está subdividida em três áreas: a parte central formada pela Rua Manoel Mota considerada a área de comércio bastante desenvolvido e detentora de serviços básicos atendidos pela prefeitura; a parte intermediaria que são as ruas formadas no mesmo período da central em que abriga os moradores fundadores ou os mais antigos do bairro possuindo uma certa infra-estrutura (adquirida com o tempo). E por fim, a região periférica que sã as áreas mais afastadas da principal rua do bairro, considerada de ocupação recente com uma precária infra-estrutura, se relacionada com a parte mais antiga. O bairro do Jatobá é um dos mais antigos da cidade, o seu processo de ocupação demonstra que a maior parte dos seus moradores é proveniente de cidades menores circundadas pela cidade de Patos, os fatores que levaram as transferências dessas pessoas, foi à procura por melhores condições de vida, empregos e questões pessoais. A localização distante ao centro faz do bairro Jatobá, uma área periférica devido a sua posição geográfica, e pelas condições de dependência econômica, a que se refere ao emprego, e a alguns serviços desprovidos no bairro, além do crescimento acelerado das ocupações ilegais dando um caráter territorial do bairro de expansão desordenada pelo seu aspecto físico das estruturas de moradias e das vias públicas. Onde insere ao contexto de delimitação das moradias exercidas pela própria população sem fiscalização dos órgãos competentes, permitindo um avanço desenfreado das construções ilegais no perímetro espacial do bairro. Além disso, possui afloramentos rochosos que não impede a construção de casas, e ainda campos destinados à pastagem que resiste essa urbanização. Dessas edificações surgem espaços que não são aproveitados e que acabam se tornando deposito de entulhos e lixo urbano. Há tempos que todos os bairros adjacentes ao jatobá, com exceção do bairro Mutirão, não possuem sua própria identidade e sim é sempre confundido ou integrado ao bairro jatobá como a maior referencia da zona sul da cidade, a população desses bairros sempre idealizou a possibilidade do complexo jatobá se tornar independente, essa idéia se fundamenta na grandeza espacial e da disposição dos serviços básicos para atender sua população, mesmo havendo uma dependência com a parte central da cidade. Com o desenvolvimento espacial do circuito urbano do Bairro Jatobá verifica-se que segundo o (Gráfico 02) a maior parte de seus moradores são constituídos de outras áreas, famílias que destinaram sua vida de suas áreas nativas para garantir uma melhor qualidade de vida no bairro, comprovada pela permanência destes durante um considerável período de tempo a que se refere a sua fixação, conseguindo melhores condições, desde a integração da posse do solo de maneira ilícita e facilitada pela ausência de uma política fiscalizadora, até a inserção no contexto social de seus moradores na busca de oportunidades oriundas ao bairro ou fora dele, mesmo assim mantendo-se ligado a área ocupada. Gráfico 02: Procedência dos moradores do bairro do Jatobá 50% 50% 45% 40% Zona rural 35% 30% Outro bairro da cidade 22,50% Outra cidade do estado 17,50% 25% Outro estado 20% Outro país 10% 15% 10% 0% 5% 0% Fonte: Pesquisa direta Castells (1984, p.86), chamou a atenção para: O fenômeno da especulação da terra e da manutenção de sua escassez, assim como da manutenção da escassez de moradias para a manutenção do status quo capitalista, que agravam as condições de pobreza urbana. Em síntese, a partir do fim do século XX a pobreza urbana passa a ser compreendida dentro das formas e estruturas que a cidade assume, relacionada à esfera socioeconômica da desigualdade, da qual Marx foi o grande teórico. A partir daí, a pobreza também passa a ser estudada nos seus aspectos culturais e políticos, explicitando a intrincada relação existente entre a pobreza, a cidadania, a segregação espacial e a exclusão social. A sua população resulta de migrações entre bairros e intermunicipais, famílias desintegradas que constrói ou alugam casas, ou ainda herdam de seus parentes (ocupantes mais antigos), essas pessoas vivem de forma precária, pois não possui uma renda fixa a não ser as dos benefícios do governo federal, ou estão à mercê da informalidade. Gráfico 03: Período de residência dos moradores do bairro do Jatobá 32,50% 35,00% 25% 30,00% 5 anos 25,00% 20,00% 17,50% 12,50% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Fonte: Pesquisa direta. 12,50% 10 anos 11 a 15 anos 16 a 21 anos acima de 20 anos De acordo com o (Gráfico 03) é possível verificar pela análise dos dados e refletir de maneira generalizada que a maior parte dos moradores que vivem ou residem a um tempo considerável, em sua maioria no período que compreende entre os seis (6) e dez (10) anos, ao período superior a vinte (20) anos, onde a união das pessoas inerentes ao período é superior ao número de novos moradores que se inserem ao bairro no intervalo mais recente, o que tem permitido aos moradores segundo o (Gráfico 04) a aquisição por parte dos mesmos da casa própria. Gráfico 04: Tipo de estabelecimento residencial dos moradores do bairro do Jatobá 28% Alugada Emprestada Própria 67% 5% Fonte: Pesquisa direta. Essa permanência de maior tempo na maioria dos moradores residentes do bairro permite uma compreensão de desenvolvimento espacial dessas áreas do que nos núcleos mais recentes de urbanização a que se refere ao bairro Jatobá, no entanto esse crescimento desordenado permitiu um agravante no meio de vida, pois não foram assistidos pelos órgãos públicos competentes e o bairro evoluiu por si só diante de suas possibilidades, elevando os problemas de infra-estrutura refletindo na qualidade de vida de seus moradores (Gráfico 05). A necessidade pela sobrevivência obriga que as pessoas desde cedo ingressem ao mercado de trabalho, a população do bairro está empregada em áreas do setor informal varejista e calçadista em sua maioria na confecção de bolas e calçados destinado ao aumento da produção da principal fábrica do setor, a CARREIROS CALÇADOS LTDA. Gráfico 05: Participação da família no mercado de trabalho 46,60% 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 31,20% Mãe 22,20% Pai Filhos Fonte: Pesquisa direta. A referida empresa é a maior empregadora de funcionários do bairro, operando com remuneração abaixo de um salário mínimo, trabalhando no espaço físico da empresa de maneira formal, observa-se também a proliferação de fabricas de fundo de quintal onde essa tem seu funcionamento não regulamentado pela prefeitura, sonegando impostos e exercendo uma pratica salarial conforme a vontade do dono da fábrica. A inserção dos familiares ao mercado de trabalho estabelece a composição da renda família referente ao exercício do trabalho conforme o Gráfico 06. Gráfico 06: Forma de trabalho exercida 25,00% 22,10% 22,10% 19,50% 20,00% 12,90% 15,00% 15,60% Carteira assinada terceirizado Informal Aposentados 7,80% Liberal 10,00% Autônomo doméstica 5,00% 0% 0,00% Fonte: Pesquisa direta. O aumento da população do bairro gerou um elevado numero de trabalhadores disponíveis ao mercado de trabalho, no entanto o mercado não cresceu o suficiente para atender a demanda crescente, nem o bairro e nem a cidade, promoveu um desenvolvimento econômico necessário à absorção da mão-de-obra onde elevou o desemprego, mas grande parte foi absorvida pelo mercado informal, na venda de produtos importados, onde a maior parte dos produtos é sonegada, buscou desenvolver pequenos comércios na porta de suas casa, com venda de produtos comestíveis (balas, doces, pipocas) alem da profissionalização de outros, destinados à produção artesanal com recursos próprios, ou no uso da própria força e para realização de tarefas braçais e domésticos. O Gráfico 07 demonstra que no universo de quarenta pessoas entrevistadas, incluindo outras pessoas da família que exercem trabalho para o sustento dos componentes familiar, verifica-se que apenas 7,8% das pessoas que trabalham possuem carteira assinada assistidos pelos direitos trabalhistas, enquanto que 22,1% das pessoas economicamente ativa trabalham na prestação de serviços por empresas terceirizadas por meio de contratos, sem direitos trabalhistas e de certa forma submissos as regras estipuladas no contrato sem direito de negociação e reivindicação. Além disso, o mesmo percentual está apresentado para aqueles que se declararam informais, ou seja, promovem bicos diários sem renda fixa e sem nenhuma perspectiva de renda. Gráfico 07: Nível de renda familiar 10% 3% 25% Menos de 01 salário 1 a 3 salários 4 a 5 salários Mais de 5 salários 62% Fonte: Pesquisa direta. Observado a ocupação dos moradores distribuídos de suas funções e a participação dos componentes familiares no mercado de trabalho verifica-se que para estes obter uma condição adequada de sobrevivência e necessário a participação da família no objetivo de aumentar seus rendimentos, no entanto, a conseqüência da informalidade como forma de trabalho por números consideráveis apresentados acima, destina a essas pessoas condições salariais abaixo do estipulado pelo mercado, onde estes se submetem as cargas horárias elevadas para conseguir obter uma remuneração satisfatória a suas necessidades. Esses salários são agregados à participação de família nos programas assistencialistas do governo federal e estadual para complementar a renda no mês, contudo se mantém uma dependência por parte destes em relação a esses programas tornando-os ociosos, e sem projetar uma situação mais equivalente à busca de suas necessidades, a questão salarial de seus moradores esta enquadrado no patamar satisfatório onde a soma da quantidade de pessoas que se declaram ganhar entre menos de 1 salário, até 3 salários mínimos é elevado corresponde a um percentual de 87,5% dos entrevistados o que se obtém em números a distribuição dos rendimentos dos moradores do bairro Jatobá (Gráfico 08). Gráfico 08: Nível de instrução educacional 3% 10% Analfabetos 50% 37,5% Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Fonte: Pesquisa direta. O bairro Jatobá provém de escolas de Ensino Básico, exclusivamente da rede privada, escolas de Ensino Fundamental I e II e Médio, exclusivos da rede pública, e disponibiliza em suas proximidades de uma escola agrotécnica e uma universidade federal (UFCG), diante da analise de que o bairro é bem distribuído por serviços educacionais de todos os níveis, observa que a educação dos moradores do bairro ainda é precária ao que se refere na instrução destes, onde 10 % dos entrevistados se declararam analfabetos 38 % possui o ensino fundamental, 49% possuem o ensino médio, e apenas 3% possui ensino superior. A maior dificuldade da população em inserir no sistema educacional não é por falta de instituições, mas sim por condições econômicas, em que as pessoas inerentes aos dados do ensino fundamental e médio demonstram falta de oportunidades para dar continuidade aos estudos devido o trabalho. As condições de vida e a baixa renda dessas pessoas impõem à participação destas, de maneira efetiva no campo de trabalho, onde destina a maior parte do seu tempo trabalhando em buscas de um melhor rendimento salarial dando pouca importância à permanência dos estudos. O bairro do Jatobá possui infra-estrutura suficiente para atender as necessidades dos moradores do bairro, providos de serviços na área da educação, saúde e comércio, além disso, esta favorecida de áreas de lazer como praças, bares, clubes e o açude do jatobá, localizada nas suas imediações (Gráfico 09 ). Gráfico 09: Principais meios de lazer dos moradores do bairro do Jatobá 3% 0% 0% 40% Bar Praça 18% 0% Cinema Shopping 39% Cyber Centro Clube igreja 0% Fonte: Pesquisa direta. Segundo os dados catalogados na pesquisa, percebe que os moradores têm poucos meios de lazer, onde das oitenta e cinco pessoas consultadas, 40% destes freqüentam a igreja como o principal meio de lazer e afirmam que não se interessam pelas outras opções de lazer, 38,9% dos consultados relatam que o bairro não provém de formas de lazer e nem opções que agradem os moradores e procuram-nos outros bairros, inclusive o centro, para o lazer das famílias, 17,6% freqüentam as praças do bairro, principalmente por jovens e adultos em que ocorre casos de prostituição e trafico de entorpecentes; e apenas 3,5% freqüentam os bares do bairro destino procurado não só pelos moradores do bairro mas sim de outros bairros. O bairro do jatobá obteve um crescimento vertiginoso nos últimos vinte anos, e por conseqüência ampliaram-se os problemas tanto na área econômica, social, física ou de segurança, provindas pelo movimento desordenado dessa população remanescente, expostas a uma situação calamitosa em que se destinam a informalidade e as atividades ilícitas para sobrevivência ou pela influencia das áreas adjacentes ao bairro que são mais pobres (Gráfico 10). Gráfico 10: Principais problemas do bairro do Jatobá segundo os moradores Insegurança 12% 24% 12% 8% 26% 18% Desemprego Drogas Prostituição transito Saúde Fonte: Pesquisa direta. O Gráfico demonstra que os principais problemas do bairro citados pelos entrevistados foram: à insegurança, desemprego, prostituição, drogas, transito e saúde, em que no universo de quarenta entrevistados, estes enunciaram mais de um problema, portanto tomaremos como dado estatístico relacionado a partir da quantidade de vezes que o problema foi enunciado. A partir da catalogação dos dados verifica-se que 82,5% dos entrevistados têm como a prostituição o principal problema do bairro, onde muitas crianças e jovens se prostituem nas praças do bairro como fonte de renda e por sobrevivência, acompanhado deste problema vem os das drogas, onde 57,5% citam o problema e culpam pela influencia dos moradores dos bairros adjacentes como o Mutirão, o Alto da Tubiba, o Novo Conquista e o Monte Castelo, justamente pelo crescimento da parte periférica do bairro onde recebem pessoas de outras áreas e estão incluídas numa situação de extrema pobreza e são aliciados pelo tráfico. Como influência dos problemas já citados acima isso promove um impacto direto na segurança do bairro onde 37,5% dos entrevistados temem com a insegurança instaurada no bairro devido à expansão de suas áreas e a locação de pessoas de outras áreas já envolvidas no mundo das drogas ou prostituição, em que afirma que não existem rondas permanentes e nem posto de policiamento no bairro para manter a segurança e tranqüilidade no bairro. O problema da segurança está associada à problemática da ineficácia ou negligência dos órgãos públicos e isso agrega ao problema da saúde afirmado por 75% dos entrevistados, pois mesmo o bairro contendo de três postos de saúde demonstra a insatisfação dos serviços que não são capazes de suprir a grande demanda da população do bairro que é crescente, além disso, foi inaugurado recentemente o mini-hospital que atende pacientes com complicações de baixa e media complexidade. Existe um problema específico à estrutura física do bairro, que foi citado por 25% dos entrevistados, onde este mantém apenas uma via de acesso entre o centro e o jatobá, a ponte do Figueiredo, que possui um alto fluxo de veículos como bicicleta, motocicleta, carros e ônibus, entre o centro e a zona sul da cidade. Esse fluxo possui picos de relevância as seis da manha, ao meio-dia, as dezoito e principalmente aos finais de semana, explicado pela saída dos moradores para utilizar serviços do centro e para trabalhar e aos finais de semana pela atração de grandes contingentes de outros bairros para o Jatobá para o lazer. Considerações Finais A pesquisa pôde demonstrar que o Bairro do Jatobá, inserido na cidade de Patos – PB encontra-se arranjada de maneira planejada a que se refere à parte mais antiga do bairro, onde se deu sua origem, isso promoveu o desenvolvimento de atividades econômicas e os serviços diversificados de maneira que a população sentisse segura em relação a suas necessidades, o que tornou o bairro mais planejado e bem estruturado se compilado aos outros bairros adjacentes, isso promoveu uma propagação para os demais bairros transfigurando a identidade destes para o jatobá. A idéia de que o bairro poder-se-ia tornar independente da cidade de Patos deve ser considerada, se comparado com outros núcleos urbanos que são legalmente considerados como cidades e não provêm de serviços, estrutura, territorialidade e população equivalente ao bairro do Jatobá, porém este último, ainda não detém de serviços básicos e mantém uma interdependência com o centro da cidade em que emprega a maior parte de seus moradores e os favorece com serviços essenciais que não se encontra na área. O Jatobá tem grande relevância quanto sua ocupação, no entanto possui dimensões territoriais menores do que a idéia errônea configurada pelo restante da população em não reconhecer os limites dos outros bairros componentes da Zona Sul.. Foi possível caracterizar o perfil sócio-econômico dos seus moradores a partir dos dados catalogados através dos questionários, onde se observa que estes possuem uma qualidade de vida regular, estabelecida pela má distribuição de renda entre os que obtêm de melhores salários e os que vivem em condições precárias. A maior parte dos moradores possui renda de até um salário mínimo para sustentar um grande número de componentes familiares, e que agrega a sua renda à participação de outros rendimentos de maneira assistencialista ou realizando bicos como uma forma de complementar sua renda. O rápido crescimento trouxe desenvolvimento para o bairro, mas consigo vieram os problemas de drogas e prostituição causando insegurança na população, além disso, o precário atendimento nos postos de saúde onde muitos se queixaram de não ser suficiente para atender a demanda diária, e um trânsito caótico principalmente no ponto de acesso a área com tráfego exacerbado. Faz-se necessário desenvolvimento de políticas públicas de contenção do crescimento desordenado através da fiscalização intensiva dos órgãos municipais, elaboração de projetos para melhorar o assentamento dos moradores recentes, saneamento básico das áreas recém ocupadas, construir vias de acesso para desafogar o trânsito do bairro através da alça sudeste que esta em fase de construção, ampliar os postos de saúde para suprir a demanda diária, criar incentivos para inserir as fábricas fundos de quintal na legalidade, e colocar em prática os planos de administração organizacional estabelecidas pelo Plano Diretor, pois resulta em realidade concretas de maneira satisfatória e, por conseguinte em melhorar a qualidade de vida da comunidade. Referências BAENINGER, R. Migrações Internas no Brasil: municípios metropolitanos e não metropolitanos. Anuais do II Encontro Nacional sobre Migração. Belo Horizonte: Abep, 2000. BRASIL. Ministério das Cidades. Estatuto das Cidades: lei 10.257/2001. 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