ANÁLISE DA PRESENÇA DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS
ÁGUA DO LAGO IGAPÓ DO MUNICÍPIO DE LONDRINA- PR
VENANCIO, M. M1.; FIORI, B. C1.; DA SILVA, C. V2.
1
Acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Apucarana
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Mestre e docente da Faculdade de Apucarana
RESUMO
Através da análise de duas amostras coletadas em quatro pontos um em
cada segmento do lago com a mostra em duplicata em toda a extensão do Lago
Igapó, na cidade de Londrina, Pr, será avaliado a qualidade da água. O
aparecimento destes coliformes no decorrer da análise será um indicador de que
a água do Lago pode afetar a saúde dos visitantes que de alguma forma tem
contato com esta água, estando suscetíveis a adquirir doenças provenientes
desses microorganismos.
PALAVRAS-CHAVE: água, qualidade, coliformes
ABSTRACT
Through the analysis of two samples collected at four points one in each segment
of the lake with the show in duplicate to the fullest extent Igapó Lake in the city of
Londrina, Pr, is evaluated water quality. The appearance of these coliforms during
the analysis will be an indicator that the water in the lake can affect the health of
visitors who somehow have contact with this water, being susceptible to acquiring
diseases from these microorganisms.
KEYWORDS: water, quality, coliforms
INTRODUÇÃO
O Lago Igapó é subdividido em quatro lagos, sendo que o Lago 1 (figura A)
fica situado na região dos bairros: Lago Parque, Parque Guanabara, Petrópolis,
Caiçaras, Colonial e Igapó; o Lago 2 e aterro: bairro Gleba Fazenda Palhano,
Lima Azevedo, Parque Guanabara e Parque Residencial do Lago; o Lago 3:
Jardim Presidente e Universitário; e o Lago 4: bairro Hedy e Jardim Tókio.
Este Lago é utilizado pelos habitantes da respectiva cidade e das cidades
vizinhas como ponto turístico e forma de lazer, tendo se tornado cartão postal da
cidade, pouco tempo após a sua realização.
A população acaba utilizando o lago muitas vezes para prática da pesca e
até mesmo natação, sendo que é notável que esta água é imprópria para o
consumo devido sua poluição, o que pode acarretar doenças causadas por
microrganismos, afetando diretamente a saúde daqueles que mantém algum tipo
de contato direto ou não com esta água contaminada.
A partir da revisão de trabalhos de JACOB (2013), CUNHA (2010),
LORENZO (2011) entre outros, já realizados envolvendo a análise desta água, é
inquestionável a presença de coliformes fecais. Eles atuam no organismo humano
e de animais causando gastrenterites leves ou mais graves se ingeridos através
de água e/ou alimentos contaminados, como por exemplos nadando nesta água
ou praticando a pesca de peixes que habitam este local sendo para o consumo
próprio.
Na água de rios e lagos localizados em perímetros urbanos, é visível os
problemas que, podem estar relacionados a poluição como: o assoreamento; a
contaminação devido ao despejo ilegal de efluentes residuais gerados por
indústrias, comércios e residências; eutrofização a partir da fertilização excessiva
da água por recebimento de nutrientes como o nitrogênio e o fósforo, causando o
crescimento excessivo de algas e plantas aquáticas; e a acidificação que ocorre a
diminuição do pH, como decorrência da chuva ácida ou efluentes ácidos, que
contribui para a degradação da vegetação e da vida aquática, segundo JACOB;
JUNIOR; CARVALHO (2013).
Com a análise de amostras coletadas no Igapó, será possível avaliar o
nível de contaminação desta água, ou seja, quais os microorganismos que podem
ser encontrados na mesma, confirmando a presença de coliformes fecais, e ainda
descrever a forma com que eles podem interferir na saúde pública.
REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Com a delimitação dos locais pré-determinados já realizados (figuras B, C,
D e E), as coletas serão realizadas onde uma amostra será colhidas em cada um
dos quatro pontos, em garrafas de plástico com capacidade para 500 ml,
esterilizadas em autoclave, mergulhadas em uma profundidade de cerca de 30
cm com a boca virada para baixo, evitando que contaminantes superficiais
adentrem o recipiente. As amostradas serão armazenadas em caixa térmica de
isopor, e direcionado ao laboratório de microbiologia da Faculdade de Apucarana,
onde os materiais necessários para a análise (tubos de ensaio, tubos de Durham,
pipetas de 10 ml e 1 ml, solução salina e caldo Lauril) já estarão esterilizados em
autoclave com temperatura de 121º C.
Este método utilizado é o de presunção, que já foi utilizado em pesquisas
semelhantes a esta envolvendo ou não este mesmo lago em questão. O método
de presunção utiliza o Caldo Lauril Sulfato Triptose com tubos de Durham
invertidos, incubando-os em temperatura de 35- 37ºC por 24- 48 horas. Para
realizar a leitura serão observado a presença ou ausência de gás que é produzido
neste processo no interior dos tubo de Durham, confirmando a presença de
coliformes tanto totais quanto fecais na água em análise.
Após o teste presuntivo, será realizado o teste confirmativo para coliformes
totais e fecais, para obter um número mais preciso da quantidade destes
microorganismos, sendo feito a partir dos tubos com resultado positivo no teste
anterior, onde parte destes tubos, serão semeados em Caldo Verde Brilhante Bile
Lactose com tubos de Durham em seu interior, com incubação e tempo iguais ao
teste presuntivo, assim como a realização da leitura que também será igual, e a
outra parte dos tubos positivos, com Caldo Escherichia coli, novamente com tubos
de Durham em seu interior, porém com uma incubação de 44,5 ± 0,5º C por 2448 horas. A leitura segue as anteriores sendo positivo caso haja produção de gás.
CONCLUSÃO
Com a comprovação da presença de coliformes fecais e totais na água do
Lago Igapó após a análise em quatro pontos do lago (Lago Igapó 1 e 4), será
possível conscientizar a população que freqüenta este ambiente de que esta é
uma água poluída possuindo alterações em suas características que afetam seu o
uso, imprópria para o consumo humano e de animais.
Estes microrganismos associados à ingestão afetam gravemente os
organismos sendo avaliada como imprópria para nadar ou realizar pesca para o
consumo, ficando claro que se localizado microrganismos nesta água a mesma
pode ser prejudicial a saúde causando enfermidades intestinais leves ou mais
sérios, podendo ser adquiridos pela pele, ingestão de água ou alimentos
contaminados.
Doenças transmitidas pela via oral-fecal subtendesse a contaminação de
alimentos ou a ingestão desta agua por fezes. O organismo é ingerindo podendo
causar leptospirose, amebíase diarreias e disenterias, como a cólera e a
giardíase.
A presença dos coliformes fecais indicará que neste lago há o despejo de
esgoto, sendo muito provável, encontrar ovos e larvas de parasitas intestinais que
são eliminados através das fezes, concluindo assim que outros microorganismos
não estudados nesta pesquisa ainda podem habitar as águas deste local,
tornando-a ainda mais imprópria para o contato ou consumo.
Fig. A – subdivisão do Lago Igapó
Fonte: Imagem de DigitalGlobe de 26 jul. 2006 e MapaLink/ Tele Atlas de 2011
Figura: B - Lago Igapó 1
Figura: C - Lago Igapó 2
Figura: D - Lago Igapó 3
Figura: E - Lago Igapó 4
REFERÊNCIAS
JACOB, Amanda Cristina; JUNIOR, Antônio Maranzatto; CARVALHO, David
Vitturi de. Presunção de Coliformes Fecais no Lago Igapó através da análise
Microbiológica da Água, Londrina. Tese de conclusão de curso de Ciências
Biológicas. 2013.
LORENZO, Mariana. Caracterização dos impactos ambientais negativos e
medidas mitigatórias do processo de assoreamento do lago Igapó, LondrinaPR. 2011. Trabalho de Conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Gestão
Ambiental. Londrina, Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL. 2011, Londrina,
2011. 68 p.
Manual prático de análise de água. 2ª ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de
Saúde, 2006.
Qualidade das Águas: microbacias urbanas de Londrina, norte do Estado do
Paraná no período de 2007 – 2009. Instituto Ambiental do Paraná; Curitiba: IAP,
2011. p. 40.
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