ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 01/02/15
?????
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
1
Ano CXIV
Edição 05
Domingo, 01.02.2015
R$ 3,20
2
o jornal batista – domingo, 01/02/15
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Dia da Aliança
Batista Mundial
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
PUBLICAÇÃO DO
CONSELHO GERAL DA CBB
FUNDADOR
W.E. Entzminger
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A.B. Detter (1904 e 1907);
S.L. Watson (1920 a 1925);
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Salovi Bernardo (1995 a 2002)
INTERINOS HISTÓRICOS
Zacarias Taylor (1904);
A.L. Dunstan (1907);
Salomão Ginsburg (1913 a 1914);
L.T. Hites (1921 a 1922); e
A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
A
o ensejo de celebramos neste domingo o Dia da
Aliança Batista
Mundial (ABM), aproveitamos para trazer a saudação do diretor da Divisão
de Missão, Evangelização
e Reflexão, pastor Fausto
Aguiar de Vasconcelos.
“Reafirmo a alegria e o
privilégio que a ABM tem
de contar com a participação abençoadora dos
Batistas brasileiros - Convenção Batista Brasileira,
Convenção Batista Nacional e Convenção das
Igrejas Batistas Independentes - no seu rol cooperativo de 231 convenções
batistas em 121 países e
territórios. Encorajando e
promovendo a comunhão
e a cooperação de toda
essa gigantesca família
Batista, de 42 milhões
de membros em 177 mil
Igrejas Batistas locais, a
Aliança Batista Mundial
cumpre o seu objetivo de
ser ‘A sua rede de conexão com o mundo’. Os
Batistas brasileiros têm
um encontro com Batistas
de todo o mundo em Durban, no primeiro Congresso no continente africano,
que será realizado em
julho deste ano. A grande
celebração marcará a história dos Batistas, ao feitio do 10º Congresso no
Rio de Janeiro, em 1960.
O presidente, doutor Luiz
Roberto Soares Silvado,
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As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos.
As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557)
ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
será empossado como
um dos vice-presidentes
da ABM para o próximo
quinquênio. Ao ensejo da
95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira,
na mais bela cidade da
Região das Hortências, a
Aliança Batista Mundial,
na pessoa do presidente,
doutor John V. Upton Jr;
do secretário-geral, doutor Neville G. Callam; e
de todos os integrantes
da equipe da Sede em
Falls Church, roga ao Senhor para que abençoe
abundantemente o presidente e seus pares de
diretoria, os mensageiros,
e todas atividades convencionais, de modo a
impactar-nos a uma vida
integralmente submissa a
Cristo, sob a direção do
Espirito Santo”.
Parabéns, OJB!
da denominação Batista no
mundo inteiro.
Parabéns pelos seus 114
anos divulgando a Palavra
de Deus. Sem dúvidas, Deus
está neste negócio. É meu
desejo que o OJB cresça
mais e mais na expansão da
notícia de tudo o que acontece no âmbito do Reino de
Deus aqui na terra. Muito
obrigado pelo atendimento
online. Que Deus os abençoe em Cristo Jesus. Abraço
do seu leitor assíduo.
Quero, em primeira mão,
agradecer de coração a boa
vontade e amabilidade da
equipe de OJB em me enviar, via online, os exemplares semanais. Gostaria de
dizer que estou muito feliz
por ter o privilégio de ter
em meu e-mail a leitura dos
exemplares de OJB e poder
compartilhar aos meus amigos de contato. Tenho aprendido muito com as informações semanais do Jornal. É,
para mim, uma grande satisfação poder contar com este
canal de informação, que faz
a gente viajar nas notícias
José Gomes Magalhães,
Primeira Igreja Batista
no Guará - DF
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reflexão
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MÚSICA
Rolando de Nassau
A situação da música
em nossas igrejas
(Dedicado ao leitor pastor
Iomael Sant’Anna)
esejamos que,
em nossas igrejas,
seja cada vez mais
bela a “música de
culto”, em sua forma técnica
e por seu objetivo espiritual. A beleza não é um fator
decorativo, mas elemento
constitutivo do culto que devemos prestar a Deus.
A situação da música, aqui
examinada, tendo em vista
alguns fatores que podem
explicar o nosso propósito
ao executá-la, exige de nós a
apresentação do que ocorre
em quatro áreas fundamentais.
I – Recursos humanos: com
quem contamos. No meio
Batista brasileiro, sempre
houve musicistas que deram
colaboração, espontânea e
desinteressada, de remuneração à execução musical
nos cultos das igrejas. Entretanto, seria um trabalho mais
eficiente se os musicistas das
várias categorias (hinógrafos,
tradutores, compositores, arranjadores, cantores, coristas,
instrumentistas e regentes)
fossem formados como obreiros do culto, e identificados
como participantes do amplo ministério da adoração.
Por meio de aulas práticas,
em cursos breves oferecidos
pelos dirigentes musicais, os
musicistas receberiam noções sobre a genuína “música
de culto”.
D
O Estatuto da CBB diz
que a Convenção tem, entre
seus objetivos fundamentais, o programa cooperativo que mantém com as
Igrejas Batistas, inclusive na
área da música (Artigo 3º,
item II). Nessa área, a Associação dos Músicos Batistas
do Brasil é uma organização
auxiliar da Convenção. Entretanto, a Associação não é
responsável pela formação
de musicistas.
Cremos que seria muito útil
a criação de um Conselho
de Música, para assessorar
a diretoria da Convenção.
O Conselho, órgão consultivo, a pedido da diretoria da
Convenção, expediria instruções relativas à formação de
musicistas preocupados com
o culto e a melhoria do ambiente espiritual nos cultos
de nossas igrejas.
II – Patrimônio: o que temos em mãos. Os Batistas no
Brasil herdaram e desenvolveram um valioso patrimônio
hinódico e musical que, com
variações nas quantidades
em que é usado pelas igrejas, ainda pode ser por elas
explorado e renovado, em
benefício da elevação espiritual dos crentes em seus lares
e em suas congregações.
O Conselho de Música,
aqui sugerido, e a AMBB, poderiam promover cursos de
musicologia e de hinologia,
tendo em vista o aprimoramento de leigos e músicos
no conhecimento da música,
especialmente dedicada à
igreja e ao culto, que alguns
exageram: música sacra.
III – Execução musical:
como realizamos o louvor.
O Conselho de Música poderia expedir instruções sobre a promoção de recitais e
concertos (de orquestras, de
órgãos, de coros e de cantores) nos templos das igrejas
e em salas a isso destinadas
para mostrar à sociedade e à
comunidade local como louvamos a Deus “em espírito
e em verdade”, sem intuito
mercantilista.
A música executada nos
templos atende ao desejo
de crescimento espiritual
das pessoas que apreciam
algum gênero musical? E há
expectativa dos crentes que
frequentam os cultos, de ouvir música religiosa genuína?
A música gravada em discos
(LP, CD ou DVD) tem, em
sua maior parte, atendido
à ganância dos produtores
musicais.
Em 1976 as gravadoras solicitaram um planejamento
estratégico, a ser elaborado
por uma agência de propaganda. Muito do que seria
cantado e ouvido pelos evangélicos obedeceria àquele
plano. Na década de 90, a
música falsamente chamada
de “gospel” expandiu-se, por
meio de “shows”, festivais,
programas no rádio e na televisão, e gravações. A TV
Globo prometeu investir na
“gospel music”. Cumpriu o
prometido em 2012, com o
“Festival Promessas”.
IV – Música de culto: o
que ouvimos. O canto (vocal, coral e congregacional)
e a música (instrumental)
são apropriados ao culto da
igreja? São apreciados pela
congregação, que demonstra
adesão aos textos e às melodias, em consonância com os
momentos do culto? São reconhecidos pelos musicistas
o valor artístico e a utilidade
das melodias e dos textos?
Nas Igrejas Batistas do Brasil, grandes e pequenas, constituídas ou não por pessoas
de elevado nível cultural e
situação social, os musicistas
locais têm o cuidado de escolher melodias que ressaltam
a beleza e a eficácia dos atos
de culto? E de celebrações
especiais (Ceia do Senhor,
batismo, matrimônio) e de
comemoração das datas denominacionais? Ou são repetidas ano a ano, protocolarmente?
No âmbito da CBB e das
igrejas locais, os hinógrafos
e compositores batistas são
acompanhados e incentivados em seu trabalho de
criação de novos hinos para
o canto da congregação ou
do coro? Ou de composições
(antemas, cantatas, oratórios)
para serem apresentadas em
concertos musicais? Há relacionamento da CBB com
editoras, gravadoras e a mídia
para divulgar o trabalho de
musicistas batistas?
As obras de compositores
e cantores evangélicos são
examinadas por musicistas
batistas quanto à sua teologia
e doutrina? As novas composições são bafejadas pela
cultura musical profana, para
facilitar seu ingresso na mídia?
O Conselho de Música, por
nós sugerido, poderia elaborar repertórios de “música de
culto, como sugestões aos dirigentes musicais das igrejas.
A AMBB, com o respaldo
financeiro da CBB, poderia
promover concursos para a
composição de “música de
culto” e de música especial
para grandes eventos da denominação.
Seria interessante se o Conselho de Música, assessorado
pela Comissão de Apoio às
Igrejas, fizesse um recenseamento dos coros e das orquestras existentes nas igrejas
locais, com o objetivo de
serem organizados o Coro
Batista e a Orquestra Batista
do Brasil.
Torna-se oportuno lembrar:
1) que os instrumentos musicais devem acompanhar o
canto e sustentar as vozes; 2)
que o ideal para acompanhar
o canto coral e congregacional seria o órgão, especialmente o de tubos.
Devemos evitar o mau
exemplo de uma Igreja Batista na capital norte-americana:
entregou o louvor a um “disc-jockey” e saudou o “play-back” e o telão com palmas
ritmadas.
Integralmente não significa
que não podemos tirar férias
da nossa fidelidade a Cristo.
Não tem cabimento viver
como um santo no domingo
e no resto da semana como
um profano.
Quando pensamos em submissão vem à nossa mente a entrega total, sim, não
podemos ser crentes pela
metade. Nunca me esqueço
de uma ilustração que ouvi:
uma criança que não tinha
as pernas foi até a frente e
entregou sua vida para Missões. Ela perguntou ao pastor
se Jesus aceitaria alguém pela
metade. O pastor respondeu:
Cristo aceita alguém pela
metade que se dá por inteiro,
mas não aceita alguém inteiro que se dá pela metade.
Grande verdade.
É a Cristo que temos de
prestar contas, não podemos
esquecer que Ele é o Senhor
de nossas vidas. Somos servos de Cristo, devemos obediência a Ele diariamente.
Integralmente submissos
a Cristo, vivamos na prática
para que o mundo creia que
Ele existe.
Integralmente
submissos a Cristo
Cleverson Pereira do Valle,
colaborador de OJB
O
tema deste ano
da nossa Convenção Batista Brasileira é muito
oportuno. Ser integralmente
submisso a Cristo é o nosso
dever. Estamos vivendo em
uma época de total apatia às
coisas de Deus. Entendo que
estamos bem semelhantes à
Igreja de Laodicéia.
A Igreja de Laodicéia orgulhava-se de ser rica, próspera;
era uma Igreja onde estavam
em paz, não havia problemas doutrinários, enfim, uma
Igreja onde qualquer um elogiaria. Se você observar bem
o texto de Apocalipse 3.1422, não encontrará nenhum
elogio de Jesus a esta Igreja,
pelo contrário, Ele diz que a
Igreja de Laodicéia não era
fria e nem quente, era morna. Uma Igreja morna causa
náuseas em Deus, significa
uma apatia espiritual, falta
de entusiasmo, sem fervor
espiritual.
A Igreja precisa buscar diariamente a face do Senhor, ser en-
tusiasmada com o Evangelho
de Cristo, viver este Evangelho
no dia a dia. O verdadeiro fervor espiritual acontece quando
os crentes desejam viver integralmente submissos a Cristo.
Não podemos ser crentes dentro das quatro paredes, viver
uma coisa no templo e outra
fora dele. É preciso vivermos
integralmente submissos a Cristo, mostrar, através de nossas
atitudes, a diferença.
Ser integralmente submisso
a Cristo é viver todos os dias
da semana, todos os dias do
mês, todos os dias do ano.
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reflexão
A culpa que GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
não admitimos
Paulo Francis Jr.,
colaborador de OJB
D
irigindo por uma
estrada, avenida
ou rua qualquer
de madrugada,
você se distrai com alguma
coisa, passa por um momento de bobeira, desatento, e
acaba por atropelar alguém.
Essa pessoa, ferida, pode
até estar morta. Você para o
carro. Em princípio, não vê
ninguém. Tudo está deserto.
Você desce e dá assistência
ao atropelado ou foge do
local?
Quero que viaje comigo
hoje para uma situação que
as pessoas pouco discutem:
a culpabilidade. A índole
humana não mostra a firmeza que se espera diante
de determinados fatos; uma
situação degradante nascida
pela questão da punibilidade. Ninguém quer assumir
a culpa. A natureza humana
tende, normalmente, a se
omitir. Além dessa tendência,
um agravante terrível costuma ocorrer: incrimina-se
outro pela besteira feita. Na
vida costuma-se envolver um
maior número possível de
pessoas para que a punição
“pulverizada”, seja branda.
Raciocine se já não participou de coisas desta ordem.
Na sua casa, no trabalho,
onde estiver, não há procedimento diferente deste.
Grosseiramente, joga-se a
farinha no ventilador. O setor
policial lida com esse problema constantemente.
Quer algo ainda pior? Como
atores fugimos da verdade,
da nossa incompetência. Por
vezes dizemos: “Nossa, fizeram isto?”. É como o sujeito
que mata a mãe ou pai e vai
ao enterro, chorar no ataúde.
Essa inclinação não é nova.
A queda do homem tem esse
matiz. Uma marca registrada
da humanidade. Herdamos
isso. Aquinhoamos com satanás nossos deslizes. Quando
não, todo o erro. Nos acertos
esquecemos do Criador. Egoísmo. Criminalmente, as vítimas
e seus defensores costumam
partir dessa premissa, quase
infantil no meu modo de ver.
Não é à toa que, dentro dos
presídios, o sentenciado diz
não ter responsabilidade na
ação cometida. Alega que
foi envolvido inocentemente
no lugar de outro. Diz que
“Fui preso forjado. Armaram
a minha detenção”. Os depoimentos não incriminam os
seus narradores.
Nessa linha, titubeamos
como sociedade. Admitamos. No campo do Direito
Civil, a culpa se contrapõe ao
dolo, a intenção. No Direito
Penal produz-se quando, sem
intenção de prejudicar, mas
sem proceder com o devido
cuidado, causa-se um resultado danoso, tipificado pela
lei. Entende-se também, no
caso de acidentes, que o fato
é causado sem dolo ou culpa,
e por isso não é punível. Isso
não que dizer que, dependendo da abrangência da
questão, não seja necessário
um júri para o veredito.
No campo político é de dar
dó. Não há expressão que retrate melhor essa observação.
O importante é confundir a
plateia. Velhos políticos – e
novos – já fizeram destas
jogadinhas. Jânio Quadros
tinha sempre a tiracolo as
danadas das “forças ocultas”.
Getúlio Vargas surpreendeu
em sua Carta-testamento: “Se
as aves de rapina querem o
sangue de alguém, querem
continuar sugando o povo
brasileiro, eu ofereço em
holocausto a minha vida”.
Dessa carta espetacular deduzimos: foi suicídio ou ele
foi assassinado pelas aves
que citou?
No Reino de Deus, culpa é
recurso pedagógico e nunca
arma depreciativa. É o que
nos orienta o pastor Ricardo
Gondim, que acrescenta: “Eu
preciso de culpa, você precisa de culpa”. De acordo com
ele, “Só quem não tem culpa
são os psicóticos, os sociopatas, os loucos. Toda pessoa normal lida com culpa.
No campo pedagógico você
pode usar a culpa para mudar”, acrescenta. Esclarece
que “Nós aprendemos com
os nossos erros. Aprendemos
com coisas boas ou más.
Também somos o resultado
das besteiras que fizemos.
Somos a somatória de besteiras e virtudes. Se só tivéssemos coisas boas seríamos
anjos”. Gondim enfatiza a diferença entre o Espírito Santo
e o diabo. “O Espírito Santo
nos convence do pecado e
satanás nos acusa do pecado.
OLAVO FEIJÓ
Pastor, professor de Psicologia
O crime da
má intenção
A grande revolução ética
de Jesus aconteceu durante o
Sermão do Monte, principalmente na série de afirmações
em que Ele reinterpreta a Lei,
começando com a expressão
“Eu, porém, vos digo...”. Que
é matar, por exemplo? Disse
Jesus: “Eu, porém, vos digo
que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra
seu irmão, será réu de juízo”
(Mt 5.22).
A revolução trazida por Jesus é a do coração. Sua ênfase
não é tanto sobre a maldade
concretizada. A ênfase do
Mestre está na intenção, na
motivação. Porque, na realidade, antes de cometer uma
maldade, geralmente a pessoa
sente a maldade no remoer da
sua alma. O ensino não pretende minimizar os atos criminosos. O que Jesus enfatiza é
o extremo perigo de cultivar
sentimentos negativos.
O apelo da Bíblia é “Filho
meu, dá-me teu coração”. O
apelo do Evangelho é o de
entronizar, no coração, o poder do amor de Cristo. Amor
que transforma, que limpa e
que constrói. Coração cheio
de amor de Cristo não pensa
em matar, em destruir. Pensa
em autodoação, em ajudar,
em cooperar. É essencial
aceitar a Cristo no coração: é
o modo poderoso de eliminar
as intenções ruins, as motivações maldosas. E encher
o coração de sentimentos
construtivos.
O Espírito Santo é específico
quando erramos. Você mentiu, você foi egoísta, você foi
mau naquele dia. Lembra? Aí
você se arrepende. O diabo
nunca é específico e sempre
nos trata com generalidades
você não presta, você não
vale nada. Como alguém vai
se arrepender de não prestar?
O diabo te deprecia como
pessoa”.
Mas, voltemos ao princípio: você desce do carro e
dá assistência à pessoa que
atropelou ou foge?
“Eu, porém, vos digo que
qualquer que, sem motivo, se
encolerizar contra seu irmão,
será réu de juízo; e qualquer
que disser a seu irmão: Raca,
será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco,
será réu do fogo do inferno”
(Mt 5.22).
WhatsApp
Carlos Henrique Falcão,
colaborador de OJB
A
primeira impressão é
que este instrumento
de comunicação do
celular incentiva os
grupos e separa as pessoas que
não possuem WhatsApp. As
pessoas formam grupos do seu
interesse e se comunicam entre
si. Marcam e desmarcam encontros, comunicam coisas importantes ao grupo e mandam
recados de emergência. Hoje,
quem não instalou o WhatsApp
no seu celular pode ficar sem
saber o que está acontecendo
ao seu redor. Pode não saber
que mudou o restaurante da
comemoração e não pode reclamar porque o organizador diz:
“Coloquei o aviso no grupo”.
Por outro lado, o WhatsApp
é um instrumento poderoso
de comunicação. Com o falecimento do meu pai, pastor
Falcão, pude notar o alcance
das informações por este instrumento. Rapidamente pessoas de todo o Brasil ficaram
sabendo e mandaram notas
de conforto e expressaram a
tristeza pela perda do amigo.
Logo em seguida começamos
receber recados dos EUA,
Portugal e Itália. Pastores, missionários e crentes comuns
de todo o mundo ficaram sabendo quase em tempo real.
É ou não é um instrumento
poderoso de comunicação?
Percebi, então, que o surgimento de grupos que se fecham e não praticam a comunhão bíblica é um problema
do coração, e não do instrumento usado. Quem não ama
e não deseja se envolver com
o próximo vai promover a
divisão do grupo com ou sem
o WhatsApp. Aliás, esse é um
problema que Paulo tratou
com os crentes imaturos de
Corinto. Sem WhatsApp, usavam os líderes da Igreja para
formarem grupos. Uns diziam
que pertenciam ao grupo de
Paulo, outros pertenciam ao
grupo de Apolo e outros de
Pedro. Alguns mais ousados
diziam que pertenciam ao
grupo de Cristo, achando que
estavam fazendo a coisa certa,
como descreve I Coríntios
1.11-12. Paulo afirma que
Deus não faz diferença entre
pessoas para formar grupos,
segundo Romanos 2.11 e
Efésios 6.9. Tiago escreveu a
crentes que estavam formando o grupo dos amigos dos
ricos e discriminando o grupo
dos amigos dos pobres , como
diz Tiago 2.1-13.
Também notamos que o
primeiro grande pecado da
Igreja foi a tentativa da quebra
da comunhão. Estavam cheios
do Espírito Santo anunciando,
corajosamente, a Palavra de
Deus e vivendo unidos na
mente e coração. Ninguém
considerava sua coisa alguma,
mas compartilhavam tudo. A
comunhão era grande porque
tinham apenas um Senhor e
podiam ter uma vida comum
- Cristo. Ananias e sua esposa
Safira andaram na contramão
da comunhão. No lugar de
disporem a vida, como todos
estavam fazendo, retiveram
parte dela, mas declararam
que era tudo. Mentira! Deus
não deixou que a comunhão
fosse quebrada neste início da
vida da Igreja e eliminou os
dois do convívio. Deus não
permitiu que se formasse o
grupo dos que retém, como
relata Atos 4.32-5.11.
Comunhão é para as pessoas
que vivem em Cristo. Indica
maturidade espiritual. A Bíblia
nos exorta a amarmos todos
como Jesus amou, sem distinção, como está escrito em João
15.12. Este amor motiva o
crente a dedicar-se aos outros
com amor fraternal. Capacita
o crente a abençoar aqueles
que os perseguem, se alegrarem com os que se alegram e
chorarem com os que choram.
O amor capacita o crente a
ter a mesma atitude para com
todos e, ainda, a se unirem
com pessoas mais humildes,
de acordo com Romanos 12.916. O grupo de WhatsApp não
discrimina pessoas se seus
participantes estiverem cheios
do Espírito Santo. Lembre-se:
em Cristo somos um.
notícias do brasil batista
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notícias do brasil batista
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missões nacionais
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Saiba o que aconteceu na Trans Sul
Redação de Missões
Nacionais
A
s equipes de voluntários da Trans Sul
realizaram diversas
atividades evangelísticas com crianças. Para alcançarmos a nossa Pátria para
Cristo, não podemos deixar
de lado a evangelização dos
pequeninos, eles são o presente e futuro da nossa nação.
Os missionários e voluntários da Trans Sul também
tiveram a oportunidade de
entregar uma Bíblia e orar
pelo secretário de Cultura do
município de Santo Antônio
da Patrulha - RS.
O pastor João Marcos Mury
participou de um programa
de rádio em Santo Antônio
da Patrulha - RS. Na ocasião,
o pastor falou sobre a Trans
Sul e pediu que a cidade es-
tivesse orando pela operação
que acontecerá até dia 25 de
janeiro.
Aproveitando as
oportunidades
O pastor Alessandro, voluntário na Trans Sul em
Canoas, usou de uma boa
oportunidade para pregar
o Evangelho. Ao agir com
compaixão e graça com um
morador da região, ele não
poupou esforços em falar do
amor de Deus.
Uma das equipes que está
participando da Trans Sul
também aproveitou a oportunidade para falar de Deus
à população. Ao irem ao
centro de Porto Alegre - RS
comprar materiais para as
atividades com crianças, eles
proclamaram a salvação por
meio de Jesus no ônibus.
Conversão
Steffani foi um dos muitos
frutos da Trans Sul. Ela aceitou a Jesus e disse que quer
que todos saibam quem Ele é
também. Desde terça-feira os
voluntários estavam fazendo
estudo com ela e na quinta-feira, ela entregou o coração
a Jesus para a glória de Deus.
Interceda por essa menina,
ela foi a única que aceitou
Jesus em sua família e precisa
muito de nossas orações.
Louvamos muito a Deus
por essa oportunidade que
tivemos de ganhar mais vidas Steffani junto com as voluntárias que realizaram estudos bíblicos
com ela durante a semana
para Jesus.
Nova vida para ex-aluno
da Cristolândia SP
Redação de Missões
Nacionais
T
Entrega de uma Bíblia para o secretário de Cultura do município
de Santo Antônio da Patrulha - RS
Pregando a Palavra de Deus para a nova geração
Louvamos a Deus por
essas maravilhas. Que Ele
continue usando nossos
missionários para alcançar
vidas através do Evangelho.
Você também pode ser
parceiro da Cristolândia
na transformação de vidas. O jovem com o juiz Federal
Acesse: www.missoesnacio- William Douglas em sua visita a
nais.org.br/producao/#/pam Cristolândia SP
iago Canaes viveu sete anos na
cracolândia de São
Paulo e, para glória de Deus, foi alcançado
pela Cristolândia da cidade. Hoje, ele está ressocializado e fazendo curso
de Chef no Hotel Escola
SENAC, em Campos do
Jordão - SP.
O juiz Federal William
Douglas, que realizou uma
palestra na Cristolândia SP
em novembro do ano passado, ficou impressionado
com a mudança do jovem
que, na ocasião, coordenou o preparo do café da
manhã da missão.
Tiago Canaes antes e depois de recuperado pela Cristolândia
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o jornal batista – domingo, 01/02/15
notícias do brasil batista
Carta Missionária - Pastor Caleb & Rebeca Mubarak
(Ap 15.4b)
Retrospectiva 2014!
Norte da África, dezembro de 2014.
“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros.
E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9.6).
(Paz seja convosco!)
Nessa última carta de 2014, gostaríamos de apresentar a você uma retrospectiva 2014 do mundo árabe. Nossa intenção é relembrar os principais acontecimentos naqueles países, acontecimentos que os levaram uma vez mais às principais manchetes dos jornais mundiais durante o ano.
Oriente Médio
Outra vez as diferenças entre Israel e Palestina foi destaque em 2014. Após sete semanas de intensos combates, o conflito na Faixa de Gaza deixou mais
de 2 mil palestinos e 60 militares israelenses mortos. Grupos de direitos humanos mencionam que os ataques de ambos os lados, tanto os lançamentos
de mísseis palestinos contra o território israelense, quanto a destruição de casas de militantes do Hamas em áreas civis de Gaza pelas forças de Israel,
violaram o direito internacional humanitário e poderiam ser considerados crimes de guerra. Muitos dos mortos foram civis (mulheres e crianças em sua
maioria), provocando comoção e preocupação de muitas organizações humanitárias.
Na Síria, a guerra civil, que já dura três anos, seguiu deixando muitas vítimas durante esse ano e, embora a oposição hoje ocupe mais territórios no país,
os partidários do presidente seguem tendo sob seu controle as regiões com maior densidade populacional. E o que se viu durante o ano foi a continuação
do êxodo de muitos sírios tentando encontrar um porto seguro longe de sua terra natal. Hoje são mais de 2 milhões de refugiados e eles têm chegado
cada vez mais longe, um número considerável deles já chegou até mesmo a algumas regiões do norte da África.
E o que dizer do Estado Islâmico (Islamic State of Iraq and the Levant - ISIL)? Considerado por seus seguidores como o novo sistema de califado mundial
foi proclamado em 29 de junho de 2014 e Abu Bakr al-Baghdad foi nomeado como o novo califa e o grupo passou a usar esse nome e a operar principalmente na Síria e no Iraque. Desde então, esse grupo tem obrigado as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem ao islamismo, além
de viverem de acordo com a interpretação sunita da religião e sob a lei charia (o código de leis islâmico). Aqueles que se recusam podem sofrer torturas
e mutilações, ou serem condenados à pena de morte. Um dos principais jornais do mundo declarou que Abu Bakr al-Baghdad foi a personalidade mais
influente de 2014 em todo Oriente Médio.
Norte da África
No Egito, onde todos pensavam que as coisas seriam bem melhores após as manifestações e o desejo de mudanças governamentais trazidas pelo movimento da Primavera Árabe, as coisas não mudaram tanto e, na verdade, o que se ouve do próprio povo é que as coisas parecem estar cada vez piores.
O ano de 2014 marcou uma nova tentativa de recomeço para a nação egípcia quando um novo presidente assumiu o comando e, hoje, a esperança do
povo é que em 2015 as coisas possam ser diferentes. Lemos em um jornal local online que muitas mulheres têm sofrido diversos tipos de crimes relacionados à violência de gênero. Uma das vítimas cometeu suicídio jogando-se no rio Nilo, depois de ter tentado várias vezes denunciar o agressor. Mas,
não alcançando nenhum resultado com as denúncias, tomou essa dramática decisão. A mídia nacional controlada pelo governo tentou abafar o caso e
censurar a divulgação da notícia.
Líbia, é outro exemplo de que se as coisas podem não estar melhores após as manifestações da Primavera Árabe. A instabilidade econômica do país é
evidente e o povo não vê uma solução aparente para os prejuízos sofridos pelo país desde que aquela revolução interna teve início. Hoje, a esperança de
muitos está nas mãos de um general aposentado que declara limpar a Líbia de elementos militantes islâmicos e terrorista que ele descreve como tendo
“infectado o país”.
Tunísia, foi a nação onde o movimento da Primavera Árabe começou em 2010/11, tendo como ponta pé inicial o suicídio de Mohamed Bouazizi, vendedor ambulante de frutas de 26 anos, que levantou o movimento de reforma em toda a região e foi onde o primeiro ditador árabe caiu após governar o
país com mão de ferro por 24 anos. Porém, as mudanças tão esperadas ainda não chegaram e o que foi possível ver durante 2014 foi um retrocesso em
termos de liberdade de expressão e religiosa. Hoje, a presença de radicais religiosos por todos lados é algo mais comum de se ver no país, e manifestações e a violência continuam, levando o povo tunisiano a pressionar por mudanças políticas e sociais mais amplas.
Com sua forte política de recessão aos meios de comunicação, a Argélia segue não deixando que reais notícias sobre a situação interna do país chegue
com clareza ao Ocidente. Mas o que se sabe é que o nível de perseguição aos cristãos e a abertura de novas comunidades eclesiásticas aumentaram em
2014, uma vez que a própria constituição argelina define “O islã, os árabes e os berberes” como “Componentes fundamentais” da identidade do povo
argelino, e o país é tido como “Terra do islã, parte integrante do Grande Magreb, do Mediterrâneo e da África”.
O Reino do Marrocos, seguindo o mesmo exemplo de seus países vizinhos cedeu ao povo algumas de suas reivindicações quando da Primavera Árabe,
o que levou o país a respirar um pouco melhor em comparação às outras nações árabes. Mas o clima interno do país em 2014, principalmente entre a
população jovem, indica que a qualquer momento a panela de pressão poderá “estourar”, mostrando ao mundo o real sentimento de insatisfação do
povo marroquino em relação ao regime em que vivem. Em relação à perseguição religiosa, esse ano foi claro perceber que a cada dia a situação para
os crentes nacionais piorou e o sentimento de temor de algumas dessas comunidades as fazem “congelar” devido ao medo. Diversos casos de violência
contra menores foram divulgados por um jornal local através de artigos escritos por jornalistas formados fora do país mencionando um relatório realizado
pela UNICEF e pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos, o que causou uma tensão interna enquanto à liberdade de expressão na mídia.
E chega o Natal
A nossa ideia com essa retrospectiva foi justamente tentar mostrar a você o quanto o mundo árabe necessita crer naquele menino que nasceu, no filho
que nos foi dado, entender que todo o governo, definitivamente, está sobre os Seus ombros, e que só Ele pode ser chamado de Maravilhoso Conselheiro,
só Ele tem todo o poder, só Ele pode ser nosso Pai Eterno (conceito que muçulmanos relutam em compreender) e para que as nações árabes possam viver
dias melhores, dias pelos quais elas estão desesperadamente esperando há muito tempo. Está claro que isso só acontecerá quando elas, de fato, creem
no verdadeiro e único Príncipe da Paz.
Para 2015, gostaríamos de pedir a você que pense sobre as nações árabes e busque a direção do Senhor de como você poderia colaborar para que no
fim do ano essa retrospectiva possa ser mais esperançosa. Desejamos a você e sua família um próspero Ano de 2015!
Pastor Caleb & Rebeca Mubarak
o jornal batista – domingo, 01/02/15
notícias do brasil batista
9
Departamento de Ação Social da CBB
V
árias igrejas estão
comprometidas
com a missão ensinada por Jesus.
Portanto, encontram-se envolvidas em trabalhos sérios
que visam apoiar os mais
fragilizados de nossa sociedade, buscando demonstrar
o interesse que Deus possui
por cada pessoa, em suas
diversas necessidades.
Fundamentado nessa convicção, o Comitê de Ação
Social da Convenção Batista
Mineira tem apoiado Igrejas.
Sua coordenadora, Simone
Vieira, traz-nos relatos animadores sobre sua visita à
cidade de Juiz de Fora - MG.
A Primeira Igreja Batista em
Juiz de Fora - MG, visando
melhor servir, fundou a ONG
Faces da Missão
Reconstruir e, por meio dela,
realiza diversas ações de
amor. A Igreja possui uma
fazenda em que a ONG realiza o tratamento de homens
dependentes químicos. Além
desse serviço, a Igreja, por
meio da associação Restituir,
age em outras frentes: serviço
de convivência e fortaleci-
mento de vínculos destinado
aos idosos, crianças e adolescentes. Também executa
o Projeto “Ser”, destinado
às famílias de baixa renda e
à população em situação de
rua, além de inclusão digital
e atendimento ambulatorial.
O serviço com a população
de rua ocorre há 10 anos,
sempre às sextas. Há palestras, corte de cabelo, banho,
alimentação, troca de roupas,
informática, musicalização,
oficina de leitura, atendimento terapêutico e encaminhamentos diversos à rede de
atendimento e parceiros. No
Coral, composto pela população de rua e ex-moradores, há
o Jeferson, ex-morador de rua,
primeiro membro do Coral e
que, liberado semanalmente
para esta finalidade, continua
a participar apoiando outros e
sendo acompanhado em seu
desafio de uma nova vida e
ressocialização.
A Igreja Batista Nova Aliança criou a Associação Nova
Aliança (Ana). Por meio dela,
a Igreja expressa o amor de
Deus oferecendo diversos
serviços relevantes destinados
a crianças, adolescentes e idosos, são eles: assessoria jurídica, atendimento psicológico,
cursos profissionalizantes (manicure e pedicure, depilação,
cuidador de idosos, bordado à
mão, inglês básico, informática
básica), fisioterapia, neuropediatria, jiu-jitsu e bazar. Além
de realizar acompanhamento
das famílias que participam da
instituição.
Desejando aperfeiçoar seu
ministério, a Igreja Batista
Grajaú refletiu sobre a missão da Igreja, por meio de
uma palestra elaborada pela
coordenadora Simone Vieira.
Somente em atos de amor a
Igreja pode ser fiel a Deus.
É sempre bom ver sinais do
agir de Deus em nosso meio.
1º Encontrão Henrique Liebich
O Lar da Criança, em seus 53 anos de existência, acolheu e foi o lar provisório de mais de 700 meninos e meninas. Muitos entraram pequenos e saíram
adultos, outros permaneceram menos tempo, mas, para todos, ficaram as lembranças das amizades e brincadeiras, de um tempo que marcou suas vidas.
E pensando em rever as pessoas que fizeram parte desta época tão especial, alguns ex-acolhidos do Lar, através do Facebook, lançaram a ideia
da organização de um evento que promovesse o encontro de ex-acolhidos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da Criança. Assim nasceu o
1º Encontrão Henrique Liebich.
O evento acontecerá nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2015, no Acampamento Batista Pioneiro, em Bozano - RS, com preleção do pastor Helmuth
Matschulat, ex-diretor do Lar da Criança Henrique Liebich, além de diversas outras atrações, como gincana, mateada, noite da fogueira, noite dos
talentos, visita ao Lar da Criança, programação especial para crianças e adolescentes, esporte e outros.
O período de inscrição é do dia 20 de novembro de 2014 até o dia 28 de fevereiro de 2015, no site larliebich.org.br.
A Comissão Organizadora convida a todos os ex-acolhidos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da Criança para participarem deste momento
que, certamente, será marcado por muita emoção e alegria.
Liane Hartmann
Secretária - 55-3332-1095/3333-3412
Lar da Criança Henrique Liebich - Sociedade Batista de Beneficência Tabea
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o jornal batista – domingo, 01/02/15
notícias do brasil batista
Câmara convida pastor Batista
para posse de nova diretoria
Alvanir Previdello, pastor da
Igreja Batista da Paz - SP
O
s vereadores da
Câmara Municipal de Barrinha,
no interior de
São Paulo, convidaram o
pastor Alvanir Previdello, da
Igreja Batista da Paz, para
ministrar a Palavra de Deus
e orar na posse da nova diretoria daquela casa de leis no
dia 01 de janeiro deste ano.
Diante de um momento
tão difícil que enfrentamos
politicamente, ali foi possível
colocar, de maneira clara,
que buscando a sabedoria e a
orientação de Deus, os poderes legislativo e executivo terão condições de alcançarem
mais êxito em seus objetivos
e beneficiar a população e o
município através das suas
ações.
Senti-me lisonjeado pelo
convite e a maneira honrosa como fui recebido pelas
autoridades. Tenho somente
que agradecer a Deus e aos
nobres vereadores de nossa
cidade pela oportunidade
que me foi concedida e,
junto com muitos muníci-
Pastor Alvanir Previdello dirigindo a Palavra à nova diretoria
para 2015
pes ali presentes, tivemos a
oportunidade de abençoar
a nossa cidade, os nossos
vereadores, a vice-prefeita
que estava presente e nosso
prefeito.
O atual presidente, verador
Sant Clair, disse que esta é
apenas a primeira de muitas
outras oportunidades que teremos para levar a Palavra de
Deus aos nobres vereadores.
Fica aqui registrado minha
gratidão a Deus e a todos
os vereadores da Câmara
Pastor Alvanir Previdello ministrando a Palavra de Deus aos
vereadores e aos munícipes presentes
Municipal de Barrinha. A
nossa Igreja, em obediência
a Palavra de Deus, sempre
tem orado por todas as autoridades do nosso município.
“Exorto, pois antes de tudo,
que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de
graças por todos os homens,
pelos reis, e por todos que
exercem autoridade, para
que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda
piedade e honestidade” (I
Tm 2.1-2).
Momento de execução dos Hinos Nacional e Municipal
Há 50 anos pastoreando Aracaju
Jabes Nogueira Filho,
pastor
N
a quarta-feira,
dia 13 de janeiro de 1965, tomava posse na
Primeira Igreja Batista de
Aracaju - SE o pastor Jabes
Nogueira. Era apenas um
recém-formado no Seminário, casado, e com uma
filha de dois meses, com
pouca – ou quase nenhuma – experiência efetiva de
pastoreio, vindo do interior
do Piauí.
Pelo que nos contam os
que testemunharam aquele
momento, considerando
a história eclesiástica e as
demandas que se apresentavam, aquele jovem – tinha
menos de 30 anos – não
parecia apresentar as credenciais necessárias para a
tarefa. Mas Deus não pensava assim. Sem dúvida, ele foi
trazido pelo Senhor da Igreja
para assumir a liderança do
rebanho. E por isso foi ficando. Agora, passados 50 anos,
os resultados e bênçãos podem dar testemunho.
Ele pastoreou, pregou, visitou, evangelizou e acom-
panhou; celebrou casamentos e batismos; apresentou
crianças e as viu crescer.
Depois celebrou o casamento das gerações seguintes e o ciclo continuou. E
de uma centena de almas
há cinquenta anos, vemos
hoje mais de milhares espalhadas por aí.
Mas, deixe-me voltar um
pouco. Eu nasci pouco depois; sou filho deste homem. Não foi sorte, foi
providência e bênção que o
Senhor reservou para mim.
E, ao longo dos anos, poucas vezes o vi apresentando
um tratado teórico sobre o
pastoreio ou argumentando
explicações. Mas foi isso
que ele fez: pastoreou na
prática.
Hoje sou pastor e, quando celebramos os cinquenta anos de sua chegada a
Aracaju, quero aproveitar
para apontar algumas marcas que ele deixou impregnada em seu ministério e
que me servem como paradigma. Sei que teria mais a
dizer, mas vou fazer apenas
alguns destaques.
Primeira: Bíblia. Meu pai
sempre amou, leu, estudou,
ocupou-se, tomou como
padrão e buscou compreender e viver este Livro. Por
seus registros, foram setenta e tantas vezes as leituras
completas enquanto a vista
lhe permitiu. E ainda hoje,
com a ajuda dos novos recursos eletrônicos, ele a
ouve sistematicamente. O
Salmo primeiro se aplica
a ele.
Segunda: púlpito. Nos
tempos de maior pujança,
ele chegava a pregar mais
de dez ou 15 sermões por
semana (muitos deles ainda tem o esboço arquivado
– obra de minha mãe). O
púlpito para o meu pai era
sagrado: nunca cedeu à
tentação de transformá-lo
em palanque ou a reduzi-lo a questiúnculas pessoais. Ali Deus falaria, e ele
era apenas o canal. Sem
dúvidas, ele levou a sério
o conselho paulino de II
Timóteo 4.2.
Terceira: atenção. A capacidade que meu pai sempre
teve de lembrar dos nomes, histórias, situações e
até graus de parentesco de
todas e cada uma de suas
ovelhas não só era notório
como invejável. Ele sempre
amou e acompanhou de
perto o seu rebanho, pastoreando de verdade. E se
quiser um exemplo prático
do conselho de Provérbios
27.23, veja o ministério
deste homem.
Quarta: postura. Aqui é
difícil definir. Talvez caráter ou dignidade. Ele se
deu ao respeito e honrou o
cargo e função a que alçado
pelo próprio Cristo. Não
se tratava de arrogância ou
petulância. Foi a santa alti-
vez daqueles que se sabem
ocupados em grande obra.
Eu vi encarnadas em meu
pai as palavras de I Timóteo
4.12. E por aí vai.
Sei que ainda tenho que
ralar muito o joelho no
chão se quiser pelo menos
seguir seus passos. Mas,
agora, é imperioso, pelo
menos, louvar ao grande
Deus pelos 50 anos que
meu pai pastoreou a nossa
Igreja. Aleluia!
Quanto a foto, ela não
é da posse. Se não me engano foi tirada lá nos primeiros anos da década de
1970 – mas a escolhi para
ilustrar este texto porque
as primeiras lembranças
que tenho do meu pai no
púlpito remetem àquele
móvel e a pose reflete bem
seu estilo. Quanto ao título, omiti deliberadamente
o nome da Igreja para dar
ênfase à cidade: mais que
apenas uma igreja local,
meu pai pastoreou Aracaju
e tenho como referências
as palavras ditas a Ezequiel: “Ouçam ou não,
Aracaju saberá que um
profeta esteve aqui” (Ez
2.5).
o jornal batista – domingo, 01/02/15
missões mundiais
Seminário no Chile completa 75
anos de história e parceria com
Missões Mundiais
Willy Rangel – Redação de
Missões Mundiais
N
o fim de 2014,
o Seminário Teológico Batista
em Santiago, no
Chile, completou 75 anos.
Desde muito antes do envio
do primeiro casal missionário Batista brasileiro a esse
campo, os Batistas brasileiros
são citados por várias vezes
como parceiros dos Batistas
chilenos. Quem recebeu as
palavras de gratidão pelo investimento na obra teológica
no Chile foi o casal Rawderson e Mayre Rangel. Eles
lecionam no Seminário com
aulas de Antigo Testamento e
Educação Cristã.
A parceria entre os Batistas
brasileiros e chilenos data
de 1908, quando ajudamos
os chilenos a se organizarem
em Convenção. E em 1910, o
Seminário Teológico Batista
do Sul do Brasil, no Rio de
Janeiro, recebeu o irmão chi-
leno Juan Domingo Alvarez,
para estudar teologia em solo
brasileiro.
A abertura oficial do campo
aconteceu em 1985, com o
envio do primeiro casal de
missionários Batistas brasileiros, Carlos Alberto e Abegair
Pires. Eles apoiaram o Seminário Teológico Batista em
Santiago durante uma década
inteira, de 1986 a 1996.
“O pastor Carlos foi reconhecido como homem
de coração missionário e
profundidade teológica. De
sua esposa, Abegair, disseram que foi uma mulher que
influenciou a vida de muitos
seminaristas, que a tinham
como mãe”, conta o pastor
Rawderson Rangel.
Após o casal Pires, foram
enviados ao Chile os missionários Armando e Catarina
de Oliveira. Eles estiveram
envolvidos com o ensino teológico durante 11 anos, de
2000 a 2011, período após o
qual seguiram para a Espanha.
“Muitas foram as vidas influenciadas por eles. É possível perceber que muitos de
seus antigos alunos desenvolvem hoje, de norte a sul
do Chile, a obra missionária,
levando suas Igrejas a participarem não apenas junto à
denominação, mas também
observando a realidade local,
desenvolvendo trabalhos em
presídios, ministérios com
crianças e música, algo que
era raro no Chile, e em diversas outras áreas pioneiras”,
destaca o pastor Rawderson.
No Seminário, atua hoje
o casal Rawderson e Mayre
Rangel, de Missões Mundiais,
porém, em todo o Chile,
vários missionários estão
envolvidos na missão de ser
voz de Deus nesse campo
sul-americano.
“A partir dos primeiros missionários, Carlos Alberto e
Abegair, até nossa chegada,
um período de 24 anos, pastores e líderes chilenos têm sido
capacitados. Do total de todas
as matérias lecionadas, 40%
são relacionadas a missões. Os
missionários deram aulas de
diferentes matérias para mais
de 2.200 alunos, juntando o
Seminário e os institutos regionais”, diz o pastor Rawderson.
Segundo o missionário, o
trabalho de capacitação de
nacionais tem obtido êxito
nos institutos organizados
para apoiar de norte a sul
do país. O trabalho apoiado
pelos Batistas brasileiros na
área de capacitação, feito
junto com os obreiros nacionais e missionários de outros
países, contribuiu muito para
o desenvolvimento da obra.
O pastor Rawderson conta que, em 1982, eram 188
Igrejas e, aproximadamente,
15.800 membros em todo o
Chile; em 2012, o número
cresceu para 500 locais (entre Igrejas e Congregações) e
35.000 fiéis.
“São Igrejas fortes, com
líderes preparados: este tem
sido o desejo dos Batistas
11
chilenos. Como Batistas brasileiros, temos somado nossos esforços para que, cada
vez mais, os Batistas chilenos
tenham pastores com visão
missionária e evangelística”,
destaca o missionário.
“Agradecemos a Deus e
seguimos neste ano na esperança de ainda maior crescimento do Reino de Deus
aqui nesse país onde servimos. Agradecemos a você
pelo apoio ao nosso trabalho
no Chile através de orações,
palavras de incentivo e ofertas”, conclui.
Promotores voluntários:
força para mobilizar
Quem pode ser promotor
voluntário de missões
“Todo membro de igreja
local devidamente envolvido
com missões e que seja um
apaixonado pela obra missionária e que tenha o reconhecimento do seu líder local pode
ser um promotor”, garante
Fernando Leiros.
Marcia Pinheiro – Redação
de Missões Mundiais
A
parceria com as igrejas é fundamental
para o avanço missionário nos campos.
O envolvimento de cada uma
que ora, oferta, mobiliza e/ou
envia vocacionados permite
que a JMM alcance suas próprias metas, levando a voz de
Deus às nações. É na ligação
entre Missões Mundiais e as
igrejas que atua o promotor
voluntário de missões.
Atualmente, a JMM conta
com 5.457 promotores espalhados por todo o Brasil,
segundo o pastor Fernando
Leiros, coordenador nacional
de Eventos e Mobilização.
Ele espera uma aproximação
maior entre os promotores e a
JMM por meio dos missionários mobilizadores.
“Precisamos ser mais unidos
e focados em prol de missões
dentro das igrejas locais, de
modo que esses voluntários
que amam missões sejam fomentadores do ideal missionário, juntamente com as lideranças locais. Com esta atitude e
pensamento, o Reino de Deus
em todo o mundo, a começar
na igreja local, crescerá, e
vidas se renderão ao Senhor
Jesus”, comenta Fernando
Leiros.
Para gerar essa maior aproximação, a JMM quer aumentar
o número de encontros com os
promotores. A ideia é estreitar,
valorizar e aumentar a relação
com esses agentes de mobilização de missões.
Nesses encontros, os promotores ficam por dentro da
ideia da campanha de mobilização; aprendem a usar cada
peça publicitária e informativa,
melhorando e dinamizando o
potencial de comunicação de
cada item.
“Nesses eventos, os promotores voluntários ouvem uma
palavra inspiradora que mexe
com seu coração e incendeia a
alma, para que cada vez mais
se engajem nesta tão bela missão”, conta o pastor Fernando.
Leiros espera que este ano
a JMM realize 25 encontros
missionários por todo o Brasil
e 40 Congressos Conexão.
Além disso, a mobilização
missionária deverá contar ainda com diversos congressos
nas igrejas locais, que serão
auxiliadas por nossos missionários mobilizadores.
Promova missões o ano inteiro
É possível viver e promover
missão transcultural o ano todo
através de nossos informativos
impressos ou disponíveis na
internet. Temos uma grande
quantidade de materiais informativos e publicitários que
permitem ao promotor uma
atualização sobre o que de
mais importante acontece em
nossos campos missionários.
O que a JMM espera dos
seus promotores
Oração, amor pelas vidas,
evangelização, comunhão
com o próximo, vida de santidade e dedicação à obra. O
melhor de um bom cristão.
É isso que a JMM espera dos
seus promotores. “É preciso
viver missões”, segundo o
pastor Fernando Leiros.
Recado para quem deseja
ser um promotor voluntário
de missões
“Peça a Deus que lhe dê
forças para esta linda missão.
Em seguida, tome uma atitude.
Comece a procurar informações do que acontece nos
campos pelo mundo afora
através da Revista “A Colheita”, no portal e na página da
JMM no Facebook, nas cartas
de nossos missionários. Enfim,
fale com seu líder, compartilhe
com outros o seu desejo de
viver mais a obra missionária.
Você poderá se surpreender ao
ver que existem outras pessoas
como você. Dê o primeiro
passo. Os demais acontecerão
naturalmente”, afirma Leiros.
Confira a agenda de eventos
2015 da JMM em
www.missoesmundiais.com.
br ou www.facebook.com/
MissoesMundiais
12
o jornal batista – domingo, 01/02/15
notícias do brasil batista
Trinta anos de Mães Unidas
em Oração no mundo
Maria Nery, colaboradora de
OJB
O
Ministério Mães
Unidas em Oração (Moms In
Prayer International) celebrou seus 30 anos,
realizando um Congresso
Mundial, denominado “Festival of Joy”, no Hotel Sheraton,
na cidade de Dallas,Texas,
Estados Unidos da América.
O evento aconteceu nos dias
17 a 21 de outubro de 2014.
Agradecemos a Marlae Gritter,
vice-presidente, que junto
com o staff propiciou condições para que o Brasil estivesse representado. A celebração
contou com a participação de
mulheres de diferentes partes
do mundo, entre elas Jane
Esther Monteiro de Souza de
Paula Rosa - coordenadora
do Brasil -; Rosângela de Luna
Ormerod - coordenadora de
Mães Unidas em Oração na
Igreja Batista Peniel do Rio
Comprido - RJ e assessoria
de Imprensa de Mães Unidas
em Oração -; Janilda Alves
Ichter - coordenadora de Mães
Unidas em Oração de Língua
Portuguesa no estado do Texas
– USA - ; e Élica Braga Almeida - coordenadora de Mães
Unidas em Oração de Língua
Portuguesa na cidade de Orlando, Flórida e intérprete.
A visão do Ministério é cobrir todas as escolas (Educação
Infantil até a Universidade) do
Brasil e do mundo por uma
rede de proteção espiritual
através das orações de suas
mães, sendo um apoio positivo e forte incentivo para que
os filhos, suas escolas e seus
colegas sejam guiados por
altos valores bíblicos, morais e
éticos. É lá onde eles estudam
que tudo acontece. A missão é encorajar duas ou mais
mães biológicas, adotantes,
ou espirituais a assumirem o
compromisso de se reunirem,
regularmente, uma vez por
semana e orar durante uma
hora, em favor de seus filhos,
suas escolas, seus colegas,
seus professores, funcionários,
diretores e todas as demais
pessoas que tenham alguma
influência sobre eles, tanto nas
escolas, quanto na sociedade
em geral.
Moms In Prayer International é um ministério interdenominacional criado no Canadá
pela norte-americana Fern
Nichols, em 1984. Deus não
chamou uma organização,
uma instituição, uma Igreja ou
uma denominação. Não! Deus
tocou no coração de uma mãe:
Fern Nichols.
Está presente em 146 países. O Livreto: “Mães Unidas
em Oração”, um guia para as
reuniões semanais dos grupos,
está traduzido em 56 idiomas.
O Livro: “Todo Filho precisa de
Uma Mãe que Ora”, escrito por
Fern Nichols e que é um best
seller mundial, foi autografado
pela escritora para centenas de
mães ali presentes.
Além de vários Workshops
com temas relevantes, contou
com a participação de vários
cantores e oradores oficiais em
todas as noites, e a presença
ativa de Fern Nichols - fundadora e presidente do Ministério. Segundo a coordenadora
do Ministério no Brasil, Jane
Esther, o evento foi único e
singular. “Um fim de semana
absolutamente incrível que,
certamente, terá impacto sobre
a vida de todas as mães que
estiveram lá”, disse ela.
Jane Esther contou ainda que
outro momento importante
foi o treinamento dado para
as líderes de diferentes países,
que aconteceu durante dois
dias após o encerramento do
Congresso. “Trabalhamos a
liderança espiritual da mãe,
visando o caráter de cada uma,
a paixão pelo Ministério e a
piedade pelas demais mães,
aliados à fé, coragem e perseverança. Estudamos sobre
toda a legalidade espiritual
das mães sobre os seus filhos,
além de orar pelas escolas de
todo o mundo, pois a base do
ministério são as escolas. É lá
que tudo acontece. Fazer parte
deste Ministério de Intercessão
de Mães Unidas em Oração
é ter a certeza de que nada,
absolutamente nada, resiste ao
poder da oração. A mãe tem a
“fé” que vê o invisível, a “fé”
que crê no incrível e a “fé”
que recebe o impossível. Toda
mãe comprometida com Deus
e com a oração só deixa de
orar pelo seu filho quando ela
morre. Foi tudo inesquecível,
maravilhoso”, acrescentou.
A irmã Jane Esther agradece ao pastor Joaquim Carlos
do Nascimento e sua esposa
Marlene, que a hospedou em
Dallas antes do início do Congresso, a Margareth Kepler
Fanini e Janilda Alves Ichter e
seu esposo Nelson pelo apoio
logístico em Dallas e cidades
vizinhas. Também agradece a
Jeanette Évile, seu esposo John
Hamlett, seus filhos Rebecca e
Daniel, respectivamente irmã,
cunhado e sobrinhos que a
hospedaram após o Congresso
na cidade de Richmond, na
Virginia. Bem como a todas
as mães Unidas em Oração do
Brasil pelo apoio em oração. A
Deus toda honra e toda glória.
“Se você ainda não é uma
‘Mãe Unida em Oração’, entre
em contato com o Ministério
através do site: www.maesunidasemoracao.org ou envie
um e-mail para: [email protected]. Faça
parte desse lindo exército de
oração no Brasil”.
Dia da Família Batista em Minas Gerais
reúne cerca de 1.900 pessoas
Litza Alves, jornalista da
Convenção Batista Mineira
A
pós um ano de muitas conquistas e vitórias, a Convenção
Batista Mineira planejou fechar o ano com uma
grande festa de confraternização, no desejo de promover
a comunhão entre as Igrejas
e estreitar o relacionamento
entre a Convenção Batista Mineira (CBM) e associadas. Foi
o maior evento já realizado
pela Convenção neste sentido.
Cerca de 1.900 convidados e
mais de 50 colaboradores estiveram no CBTL em Ravena,
desfrutando de muitas horas
de descontração, lazer e gratidão a Deus pelas bênçãos
recebidas ao longo do ano.
As atividades começaram
logo pela manhã. Por volta
das 9h um café foi servido aos
primeiros irmãos que chegaram ao local. O almoço foi
preparado por 20 pessoas que
trabalharam durante toda a madrugada. Ao todo, 16 pacotes
de arroz e 600 quilos de carne,
além de salada e farofa foram
servidos aos convidados, que tiveram a oportunidade de fazer
a refeição junto aos irmãos da
Igreja, rever amigos, conhecer
novas pessoas e desfrutar das
atividades de lazer nas piscinas,
quadras e trilhas de caminhada
do acampamento. As crianças
desfrutaram de um espaço especialmente planejado para
elas com pula-pula, grade para
escalar, escorregador inflável e
balanço.
A equipe que trabalhou na
organização do evento foi liderada por Adriano Cruz, que
contou com a colaboração de
50 voluntários que se desdobraram para atender a todas as
demandas e garantir que todos
fossem atendidos da melhor
forma possível. Além da equipe de seguranças, cedida gentilmente pelo Colégio Batista
Mineiro, uma ambulância do
Hospital Evangélico e enfermeiros da empresa Cuidar,
estiveram a disposição para
prestar atendimento.
A equipe de comunicação
da CBM trabalhou colhendo
o depoimento dos convidados
na intenção de saber o impacto deste primeiro evento para
as igrejas representadas, e a
repercussão foi unânime. Os
depoimentos enfatizaram a
importância de um encontro
como este para unir Igrejas e
Convenção.
A maioria dos entrevistados destacaram que estavam
felizes pela inciativa da CBM
em proporcionar um evento
deste porte, de forma gratuita
e organizada. Pediram que o
acontecimento se repita todos
os anos e prometeram voltar
trazendo mais irmãos nos eventos seguintes. Igrejas de várias
cidades organizaram caravanas
trazendo números expressivos
de pessoas para o Acampamento Batista. Alguns irmãos se
emocionaram ao rever amigos
de outras Igrejas que há muito
não viam. Outros, pediram que
o encontro fosse amplamente
divulgado para que outras Igrejas também tivessem o privilégio de participar.
Tudo contribuiu para que o
dia fosse proveitoso, inclusive
o sol, que predominou, e o calor fez a alegria da turma que
só deixou a piscina no culto
de encerramento que contou
com louvor, e uma palavra do
secretário-geral Márcio Santos.
O pastor ressaltou as conquistas dos Batistas mineiros ao
longo do ano de 2014, que
fechou com um balanço positivo com os novos projetos que
foram colocados em prática.
Ele lembrou de alguns acontecimentos importantes como
a criação da primeira estação de rádio Batista no estado
(CBM), a criação do informativo digital Expresso Mineiro, a
produção da Revista Reflexões
Bíblicas, cursos de capacitação, como o Pró-Jetro, entre
outras coisas. Após a palavra
do pastor Marcio, os pastores
se ajuntaram e recitaram a
benção apostólica, despedindo os irmãos.
Por tudo isso, a CBM entendeu que este era o momento
para celebrar a Deus em família. Mais do que isso, celebrar
a Deus com a Família Batista
este ano tão especial para a
nossa denominação.
o jornal batista – domingo, 01/02/15
ponto de vista
Eu não sabia o que era
Educação Cristã Missionária
13
Elizabeth Fragoso Vieira
Medrado, educadora cristã
da Igreja Batista do Cabo PE
E
stávamos às vésperas
da nossa Campanha
Pró Educação Cristã
Missionária, preocupadas em como conseguir
um alvo maior para atendermos às necessidades do SEC
e CIEM, em um período de
30 dias. Foi quando tivemos
a ideia de solicitarmos ao
nosso pastor o ensejo da
semana de oração. Em caráter de urgência, reunimos
a diretoria da MCA para
planejarmos as atividades
desta semana, que não estava em nossos projetos.
Como “A união produz a
força”, as irmãs se aplicaram
a todas as tarefas que eram
necessárias e, assim, podemos realizar o trabalho a
contento. Convidamos para
aquela ocasião, ex-alunas
do SEC, algumas delas que
foram recomendadas por
nossa Igreja. Durante cada
noite de reunião, tínhamos
o testemunho de uma “secista”. Também tínhamos o
momento de dividirmos a
congregação em dois grupos
para receberem informações
históricas, e assuntos gerais
sobre SEC e CIEM.
Na noite de encerramento
da semana fizemos uma avaliação do aprendizado em
grupos. Convidamos alguns
voluntários para ir à frente
falar sobre o que aprenderam. Para a nossa surpresa,
irmãs que lideraram o trabalho foram testemunhar que,
apesar de terem experiência
no trabalho da UFM, ainda
não haviam compreendido,
tão bem, o que era Educação
Cristã Missionária, como nesses dias. Vimos o trabalhar do
Espírito Santo naqueles dias
conscientizando cada crente
a sentir as necessidades do
nosso trabalho da UFMBB.
Enfim, chegamos ao desafio da Semana em Foco da
MCA. O grupo estava coeso
em cada atividade. Em tudo
havia pontualidade, presteza
e fervor espiritual. Todas as
atividades foram cumpridas
na íntegra. Porém, chegou
o final do mês e tínhamos
que alcançar o alvo de R$
6.000,00, e não tivemos tempo para trabalhar isso.
A Campanha foi lançada
nas classes de EBD, e teve
como divisa Isaías 52.7. Cada
classe recebera um par de sapatos representando os “pés
formosos”. No final da Campanha, cada classe faria o
sorteio com seus alunos para
o sorteado ganhar o par de
sapatos. Para glória de Cristo,
todas as classes ultrapassaram
seus alvos.
Também participaram da
Campanha, as MCA’s das
nossas Congregações. Convém salientar uma experiência que tivemos com uma
delas. Pensando que as irmãs
daquela Congregação, por
estarem mais distantes, estivessem sem compreender
o objetivo da Campanha,
fomos ali fazer uma visita de
esclarecimento e, para nossa
surpresa, a coordenadora nos
chamou à frente durante a
reunião para receber de suas
mãos o alvo levantado por
aquelas irmãs. Mesmo assim, resolvemos dar a nossa
palavra sobre a importância
do SEC e CIEM para a nossa
denominação Batista e acrescentamos a necessidade de
ajudar o SEC a restaurar o seu
patrimônio. Quando concluímos a palavra, a congregação
se moveu a levantar uma
oferta naquele momento. Alguns irmãos se expressaram
dizendo que nunca haviam
entendido tão bem a importância da existência dessas
duas instituições educativas.
Encerramos a Campanha
Pró Educação Cristã Missionária com o culto de celebração à noite. Contamos
naquela ocasião com a presença da ex-aluna do SEC,
a educadora Léia Paiva, que
nos trouxe riquíssima mensagem bíblica de motivação
para o chamado vocacional.
Tomou parte especial na programação do culto, um grupo
de jovens. Entre estes, alguns
já decididos ao chamado
vocacional. Apresentaram
um jogral extraído da Revista Visão Missionária, com o
seguinte tema: “Prepara-te”,
acompanhado pelo Coro
principal da nossa Igreja,
que cantou lindas músicas
inspirativas dando ênfase à
mensagem do jogral. Após a
mensagem, o pastor da Igre-
ja, Sandro Henrique Rosendo, fez o apelo vocacional
e oito jovens foram à frente,
entre esses estavam alguns
que participaram do jogral.
Em reunião com as senhoras da nossa Igreja, quando
relatávamos o quanto o Senhor nos auxiliou para que
tivéssemos alcançado maravilhosos resultados durante o
mês de Educação Cristã, uma
irmã testemunhou dizendo
ter percebido que, diferentes
de outras Campanhas, desta vez havíamos dedicado
mais ao trabalho espiritual do
que ao prático para adquirir
ofertas. Mesmo assim, conseguimos um valor inesperado
acima do nosso alvo, totalizando em R$ 16.675,00.
Aqui, convém dizer, que um
irmão visitou à nossa Igreja
e, tomando conhecimento
da Campanha, ofertou um
cheque de R$ 8.000,00.
Não poderia deixar de relatar aqui a experiência de certa ocasião, quando falamos
em um domingo pela manhã,
na abertura da EBD, sobre a
importância da existência do
SEC e CIEM, um jovem nos
procurou para dizer que estava se decidindo ao chamado
vocacional e falou que, até
aquele momento, não sabia
o que era Educação Cristã
Missionária.
Louvamos a Deus por todos
quantos têm entendido a necessidade e responsabilidade
que temos de manter o SEC e
CIEM de portas abertas para
preparar obreiros e obreiras
para a seara do Senhor. “Convém que eu faça as obras
daquele que me enviou, enquanto é dia”.
Batistas de Roraima realizam
sua XXIII Assembleia Convencional
Mauro Souza Gomes,
pastor, presidente da CBRR
N
os dias 20, 21 e
22 de novembro
de 2014, os Batistas roraimenses
celebraram mais um ano convencional. Sob o tema: “Vivo
para a glória de Deus”, com a
divisa em I Coríntios: “Assim,
quer comais quer bebais, ou
façais, qualquer outra coisa,
fazei tudo para glória de Deus”
(I Co 10.31), a Convenção
Batista de Roraima se reuniu
em sua XXIII Assembleia anual
para celebrar Jesus Cristo, ao
passo que também deliberou
sobre assuntos inerentes ao
seu caminhar no contexto da
sociedade roraimense, bem
como, sobre suas perspectivas
de avanço, não somente como
denominação, mas enquanto
agente propagador do genuíno
evangelho de Jesus Cristo e sua
permanência n’Ele.
Após a realização da abençoada programação, que
contou com a massiva participação das Igrejas e Congregações a ela arroladas,
elegeu a sua diretoria para
o novo ano convencional.
Segue a diretoria eleita para o
interstício novembro/2014 a
novembro/2015: Pastor Mauro Souza Gomes (presidente);
pastor Adailson Nobre da
Silva (1º vice-presidente);
pastor Carlos Godoi (2º vice-
-presidente); Debora de Lima
Batista (1ª secretária:); pastor
Amarildo Rocha da Silva (2º
secretário) e Vereane Pinto
do Carmo (3ª secretária).
O objetivo é dar continuidade aos trabalhos já desenvolvidos até aqui em nosso
estado, mas também com a
responsabilidade de preservar
o conceito do bom nome dos
Batistas brasileiros, caminhando sempre sob a égide do Espírito Santo do Senhor, como
uma denominação ordeira,
sem mesclas com os modismos que têm solapado muitas
de nossas Igrejas pelo Brasil a
fora. O nosso campo começa
a se ressentir da necessidade
de líderes sérios e comprometidos com o Evangelho do
nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo, para que possamos
combater os “delírios espirituais”, mesmo que, ainda de
maneira tímida, começam a
emergir em nossos arraiais.
14
o jornal batista – domingo, 01/02/15
ponto de vista
Je ne suis pas Charlie
Eu não sou Charlie
José Marcos da Silva,
pastor da Igreja Batista em
Coqueiral - PE
E
u não sou Charlie,
porque não posso
concordar com a “liberdade” que ataca a
liberdade do outro.
O mundo assistiu, estupefato, o ataque à sede da
Revista francesa Charlie Hebdo. De fato, esse foi um
triste episódio que marcou
a história da França e da
humanidade. Antes de qualquer outra palavra, quero
que os leitores desse texto
entendam que, nem de longe, sou a favor das ações criminosas dos irmãos Kouachi.
Ninguém tem o direito de
tirar a vida alheia, por mais
que se sinta injustiçado.
A imprensa mundial deu
ampla cobertura ao fato e
pessoas do mundo todo saíram às ruas com cartazes
dizendo “Eu sou Charlie”,
como forma de expressar a
sua solidariedade aos assassinados no episódio. Isso foi
bonito e digno. Certamente,
temos que reagir a episódios tão brutais como este.
Porém, o que o mundo todo
está deixando de ver é que
a ação dos irmãos Kouachi
não é um fenômeno isolado,
surgido da cabeça de duas
pessoas que, de uma hora
para outra, decidiram matar. Eles estão plenamente
errados, mas, o erro não é
inexplicável.
Durante anos, a Revista
Charlie Hebdo destila ataques a muçulmanos, cristãos
e judeus do mundo todo,
principalmente aos mais de
seis milhões de muçulmanos
franceses. Quer ver como é
isso? Faça uma rápida con-
sulta ao setor de imagens de
qualquer site de busca, com
a frase “imagens ofensivas
da Charlie Hebdo”. Dentre
tantas, você verá uma retratando a Trindade e outra, o
nascimento de Jesus. Se você
for cristão, vai se indignar,
sem dúvida.
O povo muçulmano foi
vitimado por essa Revista
com charges ofensivas a
Maomé que, segundo um
dos princípios fundamentais
do Islã, não pode ser retratado de maneira alguma,
quanto mais como o foi nas
tantas formas desrespeitosas
dos cartuns daquela Revista. É um direito inerente à
prática da fé muçulmana,
e esse princípio deve ser
respeitado, mesmo que, de
acordo com o nosso sistema
de crenças e valores, o classifiquemos como algo sem
grande importância.
Lendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos
percebemos que todos os
seus artigos falam de direitos, sendo que, o penúltimo,
e apenas esse, fala de dever.
Nele (artigo 29) diz: “No
exercício dos seus direitos e
liberdades, todo ser humano
estará sujeito apenas às limitações determinadas pela
lei, exclusivamente com o
fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito
dos direitos e liberdades de
outrem...”. A grosso modo,
o que isso diz em linguagem burilada é o que meu
pai, analfabeto, aprendeu
de minha avó e passou para
mim: “O meu direito termina
quando começa o direito do
outro”. Isso é tão simples,
que é inerente aos acordos
de convivência mais rudimentares, presentes em todo
e qualquer grupo social. Será
que a Charlie Hebdo se esqueceu disso?
Por que não há justiça para
regulamentar os excessos
incabíveis? Que liberdade de
expressão é essa que não leva
em conta o respeito ao outro?
Sou um cristão Batista,
logo, sou a favor da liberdade do indivíduo, inclusive
para discordar do que eu
concordo, mas, sei que o
limite dos meus posicionamentos não podem ultrapassar os limites do respeito
ao outro. A Charlie Hebdo
desrespeita o islamismo e
o cristianismo de maneira
aberta e sem limites, consciente de que, quando uma
caneta é usada da maneira
errada, mata mais que mil
fuzis. Um fuzil mata uma
pessoa, mas, uma caneta
pode matar uma alma, uma
nação, uma religião.
Concluo asseverando que
discordo plenamente das
ações dos irmãos Kouachi,
da Al-Qaeda, e de qualquer
outro grupo terrorista, mas
também discordo de liberdade de expressão que fere
a liberdade do outro. Tudo
tem limite. Religiosamente
falando, sou contrário ao
Islã, mas, serei sempre a favor da liberdade de qualquer
pessoa ser muçulmana, espírita, judia, budista, candomblecista, e assim por diante,
tendo o direito de seguir a
sua fé sem ser ridicularizada por isso. Jamais teremos
paz, enquanto não tivermos
respeito pelas diferenças. A
Charlie Hebdo desrespeita
isso e o faz de maneira abusiva e sem limites. Por isso,
Je ne suis pas Charlie!
o jornal batista – domingo, 01/02/15
ponto de vista
15
Formação
teológica
Eusvaldo Gonçalves dos
Santos, colaborador de OJB
E
stamos no início do
ano, vários seminaristas terminarão o curso
teológico, portanto,
serão executados em concílio
para pastorear uma Igreja.
Conheço Igrejas que ficaram
marcadas em sua história por
homens que foram aceitos
como pastor sem nenhuma
convicção de uma chamada
especial de Deus para o ministério. A razão não é a formação, mas, o chamado de
Deus. Para alguns, o ministério é apenas uma aventura,
uma curiosidade, ou mesmo
Q.I. - quem indica.
Como um jovem sabe se
é ou não chamado para o
ministério pastoral? Creio ser
uma indagação importante
que merece respeito e solenidade. Antes, quero lembrar
aos pastores que já estão no
ministério, que não encontram realização e não satisfazem a Igreja. Com filosofias
da modernidade, há várias
maneiras de um homem se
destacar, pela sua personalidade, ambição, inteligência,
liderança e política. Porém, a
Bíblia restringe os objetivos
do ministério pastoral, por
tratar-se de uma chamada
especial. A Igreja precisa de
um pastor para pastorear o
rebanho e o pastor precisa de
um rebanho para concretizar
o propósito e a vontade de
Deus, na execução da Obra.
O ministério pode ser uma
experiência frustrante e carente de ajuda. A semente
do Evangelho começa criar
raízes no coração de um
adolescente, jovem, adulto.
Quando recebemos uma
chamada telefônica é muito
importante saber quem está
do outro lado da linha, isso
fará a diferença quanto a resposta da chamada. Pode ser
uma pessoa conhecida em
quem confiamos, ou pode até
ser uma cilada.
Temos uma chamada para
todas as pessoas. A vocação
é uma particularidade do
próprio Deus, que chama e
sustenta aquele que foi chamado, e também sua família,
dependendo da sua submissão. Essa descrição traz uma
pergunta, o que devemos
responder?
Duas opções, uma chamada vocacional, que é algo
mais profundo e fundamental, é Deus falando por meio
de uma proclamação humana
do Evangelho, que Ele chama
para Si e a chamada para uma
nova vida, em união com
Cristo, pela graça, como diz
Efésios 2. É a chamada para
sair da escravidão do pecado e para entrar no Reino
Celestial.
Essa compreensão do Evangelho nos leva a perder o
gosto pelas outras literaturas e passamos a cultivar a
cultura Bíblica. O chamado
para pregar o Evangelho e
plantar Igrejas é também um
ministério, para o qual todo
salvo está apto e qualificado.
Mas, o ministério pastoral
exige uma ponderação do
candidato, é uma chamada especial, sua família está
sempre dentro do contexto
normal. A compreensão da
chamada ilumina a mente e
abre uma questão, o que vai
acontecer se eu for pastor?
Quais serão as minhas prioridades? O próprio Evangelho
vai definir a identidade. Paulo deveria tornar-se instrumento para levar o Evangelho
perante reis, magistrados,
Israel e gentios, como relata Atos 9.15. Para Paulo, o
conhecimento de Cristo foi
tão sublime que ele considerou como perda tudo pela
excelência de Cristo Jesus,
segundo Filipenses 3.8.
A chamada ao ministério
pastoral cumpre os propósitos de Deus, em um relacionamento intimo com o Pai
por meio do filho. Muitos
veem o ministério como uma
mistura de uma feliz e doce
comunhão com Deus.
Uma abordagem mais aceita hoje é colocar aquele que
julgamos dotado para tal envergadura, treiná-lo em uma
faculdade, colocando-o em
uma determinada Igreja. Temos faculdades e seminários
ótimos, que desempenham
uma ótima instrução teológica, ajudando as Igrejas na
manutenção da sã doutrina,
treinando mestres e eruditos
para o avanço do Evangelho.
A vivência cristã nos informa que um pastor alcança
eficácia no ministério após
cinco ou sete anos de experiência no pastorado. Quando
um candidato ao ministério
entra para o pastoreio, sem
o treinamento em uma Igreja
local, ele não tem experiência eclesiológica ou como
cuidar das almas. Ele passa
anos isolado do movimento
da Igreja local. Ao se formar,
tem um pensamento de que
o amor pela Igreja virá automaticamente junto com a
prebenda.
Entretanto, o amor pela
Igreja é demostrado por um
compromisso, no reconhecimento que Deus está edificando a sua Eklesía no seu
Reino, para o cumprimento
dos seus propósitos e vontade. O envolvimento com
a Igreja diz respeito às suas
prioridades, como salvo,
como chefe de família, como
pastor, no amor pela Igreja
de Cristo.
A profissionalização pode
representar uma ameaça
constante e ofensa ao Evangelho de natureza espiritual
da Obra. Contudo, a história
está recheada de grandes
pregadores que nunca receberam treinamento especial
para o ministério. Também
temos o registro de eruditos
que ganharam honras acadêmicas. As qualificações
para plantador de Igrejas são
as mesmas para pastorear.
A Igreja não deve contratar
homens dotados para manter
o grupo, deve ter uma estratégia para o desenvolvimento e
preparo do seu pastor.
O ponto principal é Aquele
que chama. Ele ama a sua
Igreja, Ele está edificando
a sua Igreja, Ele garante a
eficácia da sua Igreja, Ele
morreu pela sua Igreja. Portanto, como Igreja, temos
que estar certos da direção
ministerial. O que é chamado gasta-se em beneficio da
própria Igreja.
Estas opiniões foram consultadas no livro “Eu sou
chamado?”, Dave Harley,
Editora Fiel, 2013.
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