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'Não será mais do mesmo'
4901180 - O GLOBO - ECONOMIA - RIO DE JANEIRO - RJ - 09/12/2014 - Pág 24
Nova dona do shopping carioca, a Saphyr Shopping Centers tem dez unidades em carteira e
planeja figurar entre as cinco maiores empresas do setor no país até 2017
RIO - Na última semana de novembro, entre as datas de inauguração do Pátio Roraima, em
Boa Vista, e do Manaus ViaNorte (AM) – totalizando aporte de R$ 435 milhões –, a Saphyr
Shopping Centers arrematou o carioca Fashion Mall, da BRMalls, por R$ 175 milhões. O
décimo empreendimento da carteira da empresa vai receber R$ 20 milhões em investimento
nos próximos dois anos. Serão direcionados para mudanças nas áreas comuns, substituição
de escadas rolantes e elevadores. A meta é manter o perfil do shopping, com foco no
segmento de luxo, melhorando serviços e o mix de lojas. A academia Bodytech está entre as
novidades que chegarão ao shopping de São Conrado.
— Nossa meta é tornar a experiência no Fashion Mall mais exclusiva e agradável. Não será
mais do mesmo. Vamos buscar um mix que traga ineditismo, nomes que contribuam para
uma experiência diferenciada, com excelência em serviços — explicou Paulo Stewart, diretor
executivo da Saphyr, reconhecendo que a unidade sentiu a concorrência do Shopping
Leblon e, mais recentemente, do Village Mall, na Barra.
Com shoppings em cidades como Maceió (AL), Betim e Pouso Alegre (MG), São Paulo,
Campinas e Sorocaba (SP), e dois em construção — o Bossa Nova, no Aeroporto Santos
Dumont, e o Cosmopolitano, em São Paulo —, a Saphyr ganhou impulso dois anos atrás,
quando fechou uma joint-venture com a Hemisfério Sul Investimentos (HSI), antiga
Prosperitas, gestora de recursos com foco na área imobiliária. Em 2010, as duas empresas
foram parceiras no projeto do Shopping Guadalupe, aberto no ano seguinte na Zona Norte
carioca.
— Em 2012, a previsão era de R$ 840 milhões em investimentos. Já vamos para R$ 1,3
bilhão até 2017. Isso prova nossa confiança no setor, que passa por ajustes, mas é
promissor.
Em dois anos, o portfólio da empresa subiu de dois para dez empreendimentos. Até 2017, a
previsão é chegar a R$ 400 milhões em resultado operacional. A meta é estar entre as
grandes companhias do setor no país, atrás de BRMalls, Multiplan, Aliansce e Iguatemi.
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Para Luis Henrique Stockler, da consultoria ba}, a Saphyr tem um portfólio interessante em
mãos:
— O Fashion Mall tem grande potencial, mas faltava bom posicionamento. Pode-se manter o
foco em luxo, mas com mais serviços para quem mora em São Conrado. E o Bossa Nova é
um projeto de grande procura no mercado — diz.
Foram cinco meses de “namoro” com a BRMalls — líder em shoppings na América Latina,
com 48 unidades — até a conclusão do negócio. O casamento saiu no melhor momento,
avalia Stewart:
— Compramos o Fashion Mall por um preço melhor do que seria dois anos atrás. A crise
econômica gera essas oportunidades. Virão outras.
BOSSA NOVA: ‘JOIA DA CARTEIRA’
A previsão é de crescimento das fusões e aquisições no setor, explica Rodrigo de Castro,
sócio coordenador da área imobiliária do Veirano Advogados.
— Este ano, percebemos queda no trabalho de incorporação imobiliária e aumento no
volume de fundos de investimento consultando oportunidades em empresas de shoppings.
Há uma tendência de consolidação e reorganização de portfólios de quem está no mercado
— explica ele.
O salto da Saphyr pode vir também do nome, herdado do cavalo que deu a Stewart o título
de campeão brasileiro sênior de hipismo, aos 19 anos. Há 30 no mercado de shoppings, o
executivo não abandonou a carreira de cavaleiro. Competiu nas Olimpíadas de Seul (1988)
e, aos 50, treina para estar na do Rio, em 2016.
Em paralelo, trabalha na construção do Cosmopolitano, parceria com o Carrefour, em São
Paulo. Orçado em cerca de R$ 350 milhões, será lançado em março de 2015, com abertura
prevista para 2017. Terá quase 230 lojas, uma torre comercial e outra residencial. Além do
Bossa Nova, “a joia da carteira”. Forever 21 e Osklen já confirmaram espaços. Terá também
hotel, centro de convenções, business center, restaurantes e deve funcionar acompanhando
o aeroporto, das 6h às 23h.
Ficha Técnica
Empresa: ANEPAC
Autor:
Estado: RJ
Categoria: Infra-estrutura e Habitação
Cidade: RIO DE JANEIRO
Tipo Veículo: JORNAL
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Desapropriação milionária
4901188 - O DIA - RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - RJ - 09/12/2014 - Pág 03
Prefeitura indeniza donos de imóveis na Vila Autódromo, pagando até R$2,3 milhões
A Prefeitura do Rio deu início a mais um capítulo para retirada total da comunidade Vila
Autódromo, na Barra da Tijuca. Após o reassentamento de 342 famílias em um conjunto
habitacional há sete meses, o município liberou, nos últimos 10 dias, R$ 12 milhões para
desapropriações de nove imóveis. Uma das casas obteve indenização de R$ 2,3 milhões. Os
altos valores causaram espanto entre os moradores da Vila Autódromo, que acusam a
prefeitura de favorecer um grupo de proprietários. O Núcleo de Terras e Habitações da
Defensoria Pública do Rio, que presta assistência aos moradores, criticou o custo das
desapropriações, alegando falta de transparência no processo.
No trecho sem asfalto da Avenida Autódromo 58, uma casa de dois andares com piscina
integra o núcleo de “classe média” da comunidade. Neste imóvel, o município pagou R$ 2
milhões pelo terreno. De acordo com o presidente da associação dos moradores da Vila
Autódromo, Altair Guimarães, os proprietários que receberam a bolada milionária do
município possuem um poder aquisitivo mais alto em relação aos vizinhos. Mas há 40 anos,
quando a comunidade foi erguida, todos os terrenos foram conquistados da mesma forma.
“Todos aqui se apropriaram dos espaços para construir as casas e depois foram legalizando.
A prefeitura está tão desesperada para acabar com a comunidade que está pagando
qualquer preço”, declarou Altair. Titular do Núcleo de Terras e Habitações da Defensoria
Pública do Rio,Maria Lúcia Pontes, vai pedir explicações ao município.
“Em nenhum momento a Defensoria foi informada sobre o cálculo destas desapropriações. É
um absurdo pagar R$ 2 milhões numa casa naquela localidade, enquanto parte dos
moradores já foram para um conjunto habitacional do governo. Não há isonomia no
processo”, concluiu a defensora. Hoje, ela e outros moradores do local vão se reunir para
discutir os critérios das desapropriações.
Na lista das indenizações, ainda restam 81 casas. Até o momento, 27 famílias receberam
indenização. Em nota, a prefeitura informou que, das 583 famílias que residiam na
comunidade, 280 precisaram ser removidas. Deste total, 204 optaram pelo imóvel no
conjunto habitacional Parque Carioca, e, posteriormente, mais 140 famílias pediram o
reassentamento.
Ficha Técnica
Empresa: ANEPAC
Autor: Angélica Fernandes
Estado: RJ
Categoria: Infra-estrutura e Habitação
Cidade: RIO DE JANEIRO
Tipo Veículo: JORNAL
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