Carta Pastoral
Octogesimo anno ineunte
Dom Alessandro Ruffinoni
A minha gratidão
aos sacerdotes,
às pessoas consagradas,
aos fiéis leigos que dão a vida
com alegria por amor à Igreja.
E aos que, por nossa culpa,
afastaram-se da comunidade
e moram nas periferias,
na esperança
de um reencontro.
1. No ano em que a Diocese de Caxias do Sul celebra os 80 anos de criação, achei
oportuno escrever minha segunda Carta Pastoral. Aproveito para destacar alguns
aspectos que desafiam nossa ação evangelizadora. Valho-me do ensinamento do Papa
Francisco, especialmente na Evangelii Gaudium, para despertar no bispo, presbíteros,
religiosos, religiosas, leigos e leigas um renovado interesse no seguimento de Jesus
Cristo diante da mudança de época. Pretendo tratar da vida espiritual dos presbíteros e
dos leigos e salientar as proposições da Assembleia do Clero, realizada em Veranópolis,
no ano de 2012. Igualmente, as visitas pastorais e o contato que tenho estabelecido
com as diferentes comunidades da Diocese estimularam meu desejo de orientar os
passos de nossa caminhada, afinal, ainda temos um longo caminho a percorrer (Cf.1Rs
19,7).
2. A Carta Pastoral é a voz do pastor, que exerce seu magistério episcopal na Igreja
Particular. Por meio dela, o bispo exerce a missão de ensinar, reger e santificar o Povo
de Deus. O Papa Francisco alertou-nos de que não se ama e não se pastoreia através de
documentos ou decretos. Ama-se com gestos. Assim, também acredito que não se
pastoreia uma Diocese na base de textos, mas na presença amiga, na visita gratuita, na
escuta atenta, no apoio cotidiano. É verdade, contudo, que precisamos de orientações
comuns para viver a comunhão e expressar que não trabalhamos isolados ou
autônomos, pois temos uma grande corresponsabilidade diante da Igreja.
3. Esta Carta Pastoral é dirigida a toda a Igreja Diocesana, especialmente aos presbíteros,
religiosos e religiosas, e também aos Conselhos de Assuntos Econômicos e de Pastoral
das comunidades. Igualmente, os movimentos de fiéis leigos e as novas comunidades
de vida são convidados a seguir o que aqui se propõe. Preferi fazer um texto sucinto e
claro em suas propostas. A intenção é colaborar diretamente com a renovação eclesial,
que todos esperam. Precisamos unir forças, ser criativos e colocar em prática um novo
estilo de pastoral. Já estamos atrasados. O mundo muda rapidamente, e, às vezes,
permanecemos com uma pastoral de manutenção, focada apenas em reuniões e
celebrações, gastando todo tempo sem priorizar a evangelização.
4. Que esta carta seja lida e comentada no Conselho Pastoral Paroquial, no Conselho de
Assuntos Econômicos (equipe administrativa), pelas catequistas e diversos ministros.
Na Visita Pastoral, será muito útil para encaminhar e orientar o nosso debate com as
lideranças.
5. Nossa Diocese tem muitas alegrias e esperanças, mas constatam-se angústias e
preocupações. As cidades crescem, e a migração é um fenômeno que nos faz refletir
sobre a pluralidade cultural e religiosa. O campo e a colônia esvaziam-se com o êxodo
rural, e algumas comunidades ficaram restritas a poucas pessoas. Portanto, o
atendimento religioso precisa ser aprofundado e revisto, diante da carência de
sacerdotes e das novas urgências da missão. A partir desse cenário, proponho que o
Jubileu dos 80 anos da Diocese de Caxias do Sul seja um kairós, um tempo oportuno
para avaliar, revisar e reorientar a caminhada desta Igreja. Não se trata apenas de uma
efeméride por causa da data, pensa-se muito mais em escutar com atenção e discernir
o que o Espírito está dizendo à nossa Igreja (Cf. Ap 2,29), através dos sinais dos tempos
em que Deus manifesta-se.
6. De março de 2014 a setembro de 2015, celebramos o Ano Jubilar. Essa é uma
oportunidade para recuperar a memória e contemplar o que os outros realizaram,
projetando o futuro com olhos atentos ao presente, questionando sobre a prática
pastoral e evangelizadora que pretendemos construir. Todos sentem e percebem que
não podemos deixar a situação como está. Algumas urgências já são conhecidas, mas
precisam ser assumidas com novo ardor.
RENOVAR A ESPIRITUALIDADE
7. A vida espiritual reflete-se em nosso estilo de vida. Não bastam palavras, atividades,
escritos e homilias para convencer as pessoas. É preciso testemunho e vivência cristã.
O ensinamento de Jesus convencia porque tinha autoridade, e não como os escribas (cf.
Mt 7, 28-29). Ele unia seu ser ao seu fazer, por isso rezava ao Pai. Jesus rezava sempre.
Principalmente nos momentos mais decisivos, a demora na oração fazia-se necessária.
Os discípulos, vendo-o rezar, pediram: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11, 2). Como
Jesus, necessitamos da oração. Sem esse alimento diário, cairemos no ativismo, na falta
de fé, de esperança e de caridade.
8. Muitos podem se questionar sobre a utilidade de dedicar momentos mais prolongados
à oração. Essa tentação pode fazer pensar que é perda de tempo cultivar a amizade
com Deus, que tanto nos ama. Entretanto, não podemos esquecer que somos fruto de
uma cultura que acentua em demasia a razão e a eficiência prática em prejuízo do
cultivo interior e da vida de oração, que se expressa no testemunho cristão de cada dia.
Faltando oração para o presbítero, o agente de pastoral e o leigo, facilmente emerge o
ativismo estéril. De outra forma, há quem pense mais nos seus projetos pessoais do
que no Reino de Deus, nas urgências da missão ou na defesa dos pobres.
9. Não podemos esquecer a fonte de nossa vocação. Pelo batismo, fomos chamados a ser
cristãos. Fazer memória de nossa origem cristã e vocacional possibilita-nos não perder
de vista a originalidade dos carismas pessoais que recebemos gratuitamente de Deus
em vista da missão de Jesus Cristo, e não para a própria glória pessoal.
10. Também é importante, para a nossa espiritualidade, saber compreender a vontade de
Deus diante dos sinais do tempo presente. Os sinais nem sempre são claros.
Precisamos fazer o discernimento para saber o que provém de Deus e o que é resultado
de nossos interesses, desejos ou expectativas em relação às pessoas e aos
acontecimentos. O discernimento não se realiza de modo intimista, mas por meio da
Palavra de Deus, da história e das pessoas com as quais convivemos.
11. Uma vida de oração ajuda também a conviver. Uma das dificuldades que o bispo
encontra não é tanto a transferência de um presbítero de um lugar para o outro, mas a
aceitação entre os colegas. Criticar um colega, às vezes sem fundamento, é uma prática
que deve ser banida de nossas conversas, pois é clara expressão de que falta oração
entre o clero. Onde não há espiritualidade não há comunhão. Muitas vezes, defendemse causas e ideias, mas despreza-se a pessoa ou o grupo que pensa diferente. A
competição e a falta de estima de uns pelos outros, frutos do individualismo, destroem
a fraternidade. Isso não ocorre apenas entre os padres, mas também entre as
lideranças paroquiais. O seguimento de Jesus Cristo faz-se em atitudes de diálogo
respeitoso, sem faltar com a caridade.
12. O Ano Jubilar leva-nos a contemplar muitos padres da primeira hora, que, em tempos
difíceis, souberam ser pastores de pessoas. Eles promoveram muitas iniciativas sociais,
caritativas, em vista do bem comum: organização de hospitais, escolas, sindicatos,
cooperativas, cursos profissionalizantes, círculos operários, a universidade etc. Cada
época carrega consigo suas virtudes e seus limites. Somos um presbitério com grandes
potenciais. Não podemos esconder os dons que Deus nos deu.
13. São Paulo adverte, hoje, a nós, padres: “Reaviva o dom de Deus que recebeste pela
imposição das minhas mãos” (2Tm 1, 6). São muitos os meios de que necessitamos
para que a nossa vocação não esmoreça: Liturgia das Horas, Lectio Divina, retiros,
leituras espirituais, celebração diária da Eucaristia. Além disso, a recorrência frequente
ao sacramento da reconciliação, a busca de orientação espiritual, a adoração ao
Santíssimo Sacramento e a devoção a Maria e aos Santos. Esses meios preparam-nos,
também, para realizar uma boa homilia. As pessoas estão sedentas de uma palavra que
vem do Evangelho, carregada de sabedoria da vida e sob a ação do Espírito Santo.
Atrevo-me a pedir, diz o Papa Francisco, “que todas as semanas se dedique à preparação
da homilia um tempo pessoal e comunitário suficientemente longo. Um pregador que não
se prepara não é espiritual: é desonesto e irresponsável quanto aos dons que recebeu”
(EG ...).
14. O povo sente quando há uma separação entre a pessoa do padre e o seu ministério.
Entre o cumpridor de muitas atividades e o homem de Deus, que deveria irradiar a
alegria do Evangelho. Muitos, por causa de posições pessoais, tornam-se amargos e
pesados na convivência. Isso é exercer o ministério conforme o coração de Cristo?
Onde estaria a causa desse distanciamento entre o ministério sacerdotal e a pessoa do
padre? Tem sentido permanecer no ministério com dualidade de vida? Um coração
dividido não tem força de atrair irmãos para o caminho de Cristo.
15. “Temos um longo caminho a percorrer”, mas não sozinhos. Deus vai conosco sempre,
pois a missão é Dele, com a nossa colaboração. A espiritualidade do essencial é
justamente não perder de foco o que acima refletimos: a Pessoa de Jesus Cristo. O
nosso estilo evangeliza muito mais que as inúmeras atividades que realizamos, mesmo
sendo elas necessárias. O nosso estilo evangeliza quando a nossa vida fundamenta-se
na fé e numa vida de intimidade com Deus, em vista da missão para com o Povo de
Deus.
A CONVERSÃO PASTORAL DA PARÓQUIA
16. A paróquia não é uma estrutura caduca, ainda tem o seu valor, ainda não deu
suficientemente fruto. É urgente encontrar novos caminhos, novos métodos e formas
de expressão mais eloquentes para o mundo atual. O Papa Francisco propõe,
seguidamente, que devemos ser uma Igreja "em saída". Devemos ser discípulos
missionários que "primeireiam", que se envolvem, acompanham, tomam iniciativa e
procuram os afastados. Bonita é a imagem do pastor que vive no meio das ovelhas, que
tem o "cheiro das ovelhas".
17. A paróquia precisa tornar-se uma casa acolhedora, uma Igreja com as portas abertas. É
uma casa paterna, ambiente familiar de amizade e de crescimento na fé. Não façamos
de nossa casa uma alfândega. Uma pessoa que procura a secretaria paroquial quer
encontrar acolhida, receber um sorriso e escutar uma palavra que ajude a enfrentar a
vida. “Percamos” tempo em dialogar, em dar um aperto de mão, em abençoar. Que as
pessoas que se encontram conosco possam ver uma Igreja próxima, amiga e
misericordiosa. Que ninguém saia aborrecido ou decepcionado. Muitos se afastaram da
comunidade porque foram maltratados. Mesmo quando não é possível atender o que
as pessoas pedem, é possível praticar a acolhida, a amizade e a boa educação.
18. Para transformar a paróquia numa comunidade de comunidades, é preciso que alguns
gestos e projetos sejam assumidos:
a) multiplicar, nas paróquias e capelas, as pequenas comunidades;
b) promover, em todas as atividades, a Leitura Orante da Bíblia;
c) acolher melhor, evitando a rispidez e a frieza no tratamento das pessoas, procurando
escutar suas angústias e necessidades;
d) ir ao encontro daqueles que se afastaram;
e) aceitar a pluralidade de experiências que os fiéis leigos realizam como expressão da
multiforme graça de Deus que atua na Igreja. Não pode um sacerdote proibir um
movimento ou grupo de frequentar a paróquia, que não pode ser "alfândega" pastoral.
Importante: movimentos e associações de leigos não podem, por sua vez, deixar de
acolher as orientações da paróquia e, muito menos, caminhar de forma paralela à
comunidade paroquial;
a) cuidar especialmente dos pobres e daqueles que a sociedade esqueceu, sobretudo os
usuários de drogas, menores explorados, vítimas do tráfico, idosos, jovens e doentes;
b) instituir o Conselho de Assuntos Econômicos (todas as paróquias são obrigadas pelo
Código de Direito Canônico). Esse Conselho não pode ter a mentalidade e atitude de
uma diretoria ocupada apenas com festas, salões e construções, pois deve ocupar-se
principalmente com a formação dos cristãos;
c) criar o Conselho Paroquial de Pastoral, pois não se concebe uma pastoral com o
protagonismo dos leigos sem esse Conselho - essa é uma exigência da missão.
19. Tudo isso supõe investir na formação de pessoas, mais do que em construções
materiais. Precisamos viver uma forte espiritualidade no seguimento de Jesus Cristo.
Não menos importante é a amizade, o apoio e a união entre nós. A paróquia deve ser
um ambiente familiar no qual leigos, religiosos e presbíteros realizam-se afetivamente
na fé. Ainda temos um longo caminho a percorrer para que nossas paróquias cheguem
a essa meta. Mas é urgente!
20. Outro sinal de conversão pastoral e mudança de estruturas é o Vicariato de Nova Prata,
que foi criado para melhorar o atendimento pastoral e os encontros de formação
naquela região. Essa descentralização não compromete a unidade diocesana e facilita a
evangelização, envolvendo padres e leigos que já demonstram boa vontade e alegria
em organizar e programar a ação evangelizadora no Vicariato.
O DIACONATO PERMANENTE
21. Com o fortalecimento de pequenas comunidades, seremos capazes de revitalizar as
paróquias. Isso implica uma multiplicação de ministérios, serviços e lideranças. Dos
ministérios da Igreja que devem ser retomados, o Concílio Vaticano II resgata a
vocação ao diaconato permanente. Penso que chegou o momento de nossa Diocese
acolher novamente esse ministério. Nas maiores cidades, onde os bairros crescem
rapidamente, o desafio para atender às demandas exige mais pessoas com maior
dedicação. O clero não dá conta, e os ministros fazem muito, mas não é suficiente.
22. De maneira especial, recordo que o diácono é uma vocação, um chamado de Deus.
Ninguém pode procurar o diaconato como promoção, mas unicamente movido pelo
desejo de se comprometer na missão de servir ao rebanho do Senhor. A presença do
diácono não substitui a missão do presbítero e tampouco reduz a função dos
ministérios leigos. Trata-se de vocações distintas, numa eclesiologia pós-conciliar que
promove uma Igreja toda ministerial, inclusive diversificando os graus do sacramento
da Ordem, admitindo homens casados na hierarquia, como diáconos permanentes.
23. Para que novamente possamos contar com os diáconos permanentes na Diocese, é
preciso que:
a) os presbíteros e Conselhos Paroquiais reflitam sobre o tema por meio do subsídio que
a Diocese preparou;
b) não se compreenda o diaconato apenas por causa da falta de clero ou para atender
demandas litúrgicas, pois será preciso preparar diáconos especialmente para cuidar da
caridade e da formação do laicato;
c) as comunidades identifiquem possíveis candidatos, sem garantir-lhes que serão
ordenados, pois isso depende de um processo formativo próprio;
d) o candidato tenha o reconhecimento da sua comunidade e família;
e) a escola diaconal, a ser instalada durante o Ano Jubilar, forme os candidatos, que
somente serão ordenados após três anos de acompanhamento;
f) os presbíteros possam contar com esse dom e acolher com alegria e
corresponsabilidade essa vocação que a Igreja consagrou desde o tempo de Santo
Estêvão.
CATEQUESE E FORMAÇÃO
24. A Assembleia de 2012 pediu que fosse avaliada a caminhada da Catequese Diocesana.
Não há dúvidas de que a catequese, em nossa Diocese, é uma grande riqueza, fruto de
um trabalho realizado por várias pessoas. Os diferentes subsídios foram preparados
tendo presentes as orientações da Igreja: o método catecumenal, a vida litúrgica, a
Leitura Orante da Palavra de Deus. Há incentivo, também, à participação da família e da
comunidade.
25. Para garantir a unidade e comunhão das diferentes iniciativas, propõe-se, neste Ano
Jubilar, a Escola Catequética, que tem como finalidade formar melhor os catequistas. É
uma instância para aprofundar os conteúdos bíblicos e teológicos, o método
catecumenal e mistagógico, a didática na era da comunicação digital, a psicologia das
idades e a espiritualidade no seguimento de Jesus. Atualmente, a Escola é oferecida
para catequistas da cidade de Caxias do Sul e arredores. Mas essa experiência poderá
ser estendida para outras regiões pastorais. A mesma equipe diocesana, reforçada e
enriquecida com padres e leigos das regiões pastorais, poderá deslocar-se para
diferentes lugares da Diocese. Essa iniciativa não poderia acontecer num momento
melhor para a nossa Diocese. Agradeço de coração a quem assumiu, em espírito de
serviço, esse trabalho de formação para catequistas. Esse será o principal projeto para
unir e manter a comunhão diocesana nas diferentes iniciativas que enriquecem a
catequese nessa Diocese.
26. Para avançarmos na caminhada, todas as paróquias da Diocese deveriam avaliar sua
catequese segundo os seguintes critérios:
a) o método deve ser de inspiração catecumenal, com centralidade bíblica (todas as
crianças deveriam ter acesso à Bíblia - a comunidade poderia adquirir e doar bíblias
para quem não tivesse condições de comprá-las);
b) a catequese deve estar integrada com a liturgia;
c) a família precisa ser convocada a participar do processo;
d) a comunidade paroquial deve estar envolvida no processo, pois a catequese não é
missão apenas de catequistas;
e) proposta catecumenal para adultos com catequistas preparados, e não apenas fazendo
um “cursinho” rápido para receber o sacramento da Eucaristia ou Crisma.
f) o ambiente da catequese merece mais cuidado. Percebe-se que em muitas paróquias as
salas de catequese foram adaptadas, tornando-se mais acolhedoras, iluminadas,
coloridas, com cadeiras e mesas bem-arrumadas e, sobretudo, com destaque à mesa da
Palavra de Deus. Não pode ser uma sala qualquer, fria, escura, com cadeiras sem mesa
de apoio. Nem mesmo a igreja paroquial ou um canto improvisado do salão paroquial
podem servir de sala de catequese;
g) catequistas devem participar da formação oferecida pelas paróquias, Regiões de
Pastoral e, especialmente, na Escola Catequética. Quem se nega a participar da
formação não quer crescer e, assim, não pode acompanhar crianças e jovens num
tempo de tantas mudanças. Catequistas de mais tempo de serviço precisam ser os
primeiros a participar dessa atualização.
LITURGIA E SACRAMENTOS
27. É desejo de muitos padres que a Diocese tenha um diretório litúrgico para os
sacramentos. O Ano Jubilar pode dar início a um trabalho de orientações que, uma vez
experimentadas, avaliadas e aprovadas, poderão compor o diretório litúrgico.
Já
determinamos que a equipe diocesana de liturgia prepare as orientações sobre os
sacramentos do Batismo e da Crisma, apresente diretrizes sobre a formação e atuação
dos ministros extraordinários da comunhão eucarística e atualize o ritual das exéquias.
28. É preciso definir questões práticas, tais como: taxas, cursos, orientações comuns a toda
a Diocese de Caxias do Sul, a fim de evitar que as pessoas aproveitem-se e busquem as
facilidades de outra paróquia pela ausência de orientações comuns em toda a Diocese.
29. Desde a primeira carta, tenho insistido sobre o valor do Sacramento da Reconciliação.
Nossas paróquias precisam oferecer mais oportunidades para o povo procurar o
perdão sacramental. Facilitar os horários, ser mais disponível e até estimular a busca
do confessionário é uma tarefa confiada diretamente aos padres. Como são realizadas
as confissões na comunidade? Igualmente, já pedi, diversas vezes, que se evitasse a
confissão comunitária com absolvição geral, porque a Igreja não a permite, a não ser
em casos de extrema necessidade. Não é esse o nosso caso. A sugestão de multiplicar os
mutirões de confessores em determinadas ocasiões, em diversas igrejas paroquiais, é
uma ideia que precisa ser implementada.
Infelizmente, há algumas paróquias
resistentes em acolher esse ensinamento. Se for necessário, o bispo irá pessoalmente
cuidar de que se cumpram as orientações da Igreja.
30. Outra preocupação deve ser a formação dos ministros da comunhão eucarística, tanto
os que visitam os enfermos quanto os que servem ao altar. É preciso garantir cursos de
formação e atualização para todos. Há uma pluralidade de orientações, que mudam à
medida que o presbítero é transferido. Falta uma unidade objetiva, que evite que os
leigos sintam-se inseguros com a mudança do seu pároco. A Diocese apresentará
alguns elementos fundamentais que garantam o decoro litúrgico e bom senso. A
pluralidade e a adaptação local devem ser mantidas, mas orientações comuns podem
ajudar.
31. Uma palavra sobre a celebração Eucarística. Quando celebramos a Missa, não fazemos
uma representação da Última Ceia: não é uma encenação, é a própria Última Ceia. É
como viver de novo a Paixão e a Morte redentora do Senhor. A Missa é uma comemoração
real: Deus se aproxima, e nós participamos do mistério da Redenção. A liturgia é o tempo
de Deus, o espaço de Deus, onde nós devemos nos inserir. Seria bom pedirmos a Deus que
nos dê o sentido do sagrado. Esse sentido nos faz entender a diferença entre rezar na
igreja, rezar o terço, fazer belas orações... e a celebração eucarística (Papa Francisco).
32. Ainda que a maioria das exéquias celebradas na Diocese seja com sepultamento, cresce
nas cidades a cremação dos defuntos. Diversas pessoas questionam-se sobre a validade
e a finalidade dessa prática. A Igreja Católica, desde o Papa Paulo VI, não tem mais a
proibição da cremação. Deus todo-poderoso e de infinita misericórdia não tem limites
para dar vida nova aos seus filhos pela ressurreição da carne. Essa verdade do Creio
significa que mesmo sendo desfeito nosso corpo mortal, ganharemos na ressurreição
um corpo glorioso. Há, contudo, uma orientação que é pertinente ser difundida: os
católicos preferem não espalhar as cinzas dos mortos. É conveniente colocar a urna no
cemitério, junto à sepultura, ou colocá-la no columbário dos crematórios, onde há
lóculos para essa finalidade. Espalhar as cinzas na natureza pode ter conotação
panteísta e contrária à fé católica. É muito importante manter uma referência da
pessoa falecida, seja no cemitério, seja no columbário. Igualmente, não se levem as
cinzas para as igrejas, pois não são locais adequados. No futuro, a Diocese poderá
pensar numa alternativa para depositar as urnas dos fiéis católicos, mas, por enquanto,
mantenhamos esses dois pontos: a cremação é permitida, mas evite-se espalhar as
cinzas.
33. Em todos os casos, fica sempre válido o princípio da caridade, do zelo apostólico e do
bom senso. Nenhum padre ou leigo está autorizado a negar os sacramentos e as
exéquias a um católico, mesmo que não contribua com o dízimo ou não possa pagar
taxas previstas.
JOVENS E VOCAÇÕES
34. A nossa Diocese sempre se destacou como uma Igreja de muitas vocações. Entretanto,
os tempos mudaram: as famílias não são mais numerosas, e os jovens são atraídos por
outras vozes e valores. A melhor propaganda vocacional, no entanto, é conquistar o
jovem pela alegria de servir e de amar a comunidade. Não se pode esquecer a oração,
porque a vocação é um dom de Deus a uma comunidade que reza pelas vocações. O
projeto de formar casais vocacionais em cada paróquia está sendo levado adiante pela
equipe diocesana da animação vocacional, que foi ampliada com a nomeação de mais
um padre para a promoção vocacional.
35. O Bote Fé fez vibrar os nossos jovens na preparação e na celebração da Jornada
Mundial da Juventude. Várias iniciativas estão sendo programadas para continuar a
envolver as paróquias no trabalho com os jovens. A réplica da Cruz e o ícone de Nossa
Senhora estão passando pelas comunidades. Cada paróquia pode organizar a
permanência da cruz em seu território segundo a sua criatividade, especialmente
envolvendo os jovens na chegada dos símbolos, durante a sua permanência na
comunidade e na hora da despedida. É bom levar a cruz e o ícone também nas diversas
comunidades da paróquia, preparando celebrações e festas locais. Certamente, o amor
para com os jovens não pode reduzir-se a esse gesto, mas pode ajudar a manter vivo o
interesse e a chamar a atenção.
36. O grande desafio atual é superar uma pastoral com jovens apenas em eventos e datas
marcantes, procurando assegurar a participação afetiva e efetiva da juventude na vida
paroquial. Uma paróquia sem jovens fica empobrecida de dons. Por isso, seria muito
bom que o padre e o Conselho de Pastoral da paróquia se questionassem:
a) Onde estão os jovens da paróquia?
b) Como eles são escutados?
c) O que está organizado para que o jovem atue na comunidade?
d) Que espaços são dados para eles ocuparem?
e) Os mais velhos cedem vez e voz aos mais jovens? Como?
f) As diversas atividades da comunidade são coordenadas só por pessoas mais maduras,
ou dá-se espaço também para jovens?
37. Durante o Jubileu, está programado o encontro dos coroinhas. Esse serviço deve ser
sempre mais estimulado, como forma de aproximar a Igreja das crianças e dos
adolescentes. Eles gostam desse protagonismo que a celebração eucarística lhes
permite, sendo uma verdadeira escola vocacional para formar cristãos e até futuros
presbíteros e religiosos. Seria muito desejável que alguns fossem encaminhados ao
seminário familiar. Portanto, todas as paróquias estimulem o serviço dos coroinhas.
ECONOMIA SOLIDÁRIA E APOIO ÀS PARÓQUIAS
38. A Assembleia de Veranópolis sugeriu que se crie uma equipe para assessorar na gestão
econômica das paróquias e da Diocese. Sugere-se fazer uma auditoria, em nível
diocesano, da gestão econômica, tanto das paróquias como da Diocese. Os presbíteros
não são, ou não deveriam ser, homens de negócios. Contudo, é fundamental garantir
transparência na administração da paróquia. Como em toda sociedade, temos deveres
e precisamos ser exemplo de ética e justiça em tudo, especialmente com lisura na
questão financeira e observância dos direitos trabalhistas.
39. A equipe de assessoria está sendo criada e muito poderá ajudar nessas questões.
Entretanto, cabe ao pároco, como administrador da paróquia que lhe foi confiada,
cuidar dessas questões. Não é possível, simplesmente, que um pároco decida não pagar
as taxas que a Diocese estabelece. Sua função não lhe permite tal arbitrariedade. Em
caso de necessidade, caberá ao bispo e ao ecônomo diocesano reunir o padre e o
Conselho de Assuntos Econômicos para esclarecer dúvidas sobre a administração
paroquial. Não haverá conversão pastoral da paróquia se faltar transparência na
administração dos bens da comunidade. Muito se critica a administração pública, e não
podemos deixar de ser testemunho cristão no mundo dos negócios.
40. A economia solidária na Diocese também é um gesto eminentemente evangélico de
solidariedade entre as paróquias e os presbíteros. Sabemos que há comunidades que,
pelo fato de estarem iniciando a se organizar e por serem menos favorecidas de
recursos, têm dificuldades para se autossustentar. É urgente motivar paróquias e
padres para que participem com generosidade da economia solidária, isto é, um fundo
que recebe colaboração de paróquias e presbíteros para auxiliar comunidades. É a
solidariedade que impulsiona a missão. Se uma comunidade pode construir um grande
salão, ela pode também ajudar outra comunidade que não tem sequer lugar para reunir
os fiéis para celebrar a missa.
41. A ajuda terá um prazo limitado, até que a comunidade possa caminhar com as suas
próprias forças. O Conselho de Assuntos Econômicos da paróquia ajudada precisará
acompanhar o processo, promovendo iniciativas que ajudem a superar as dificuldades
e atingir a autonomia financeira.
42. Atualmente, constata-se que há paróquias e presbíteros sensibilizados pela situação e
que, por isso, colaboram com a economia solidária. Há também quem auxilie no
anonimato. Por questão de justiça, evitando que alguém receba em abundância e
outros pouco ou nada, solicitamos que toda contribuição seja depositada na conta da
economia solidária. Isso deve ser uma exigência da caridade organizada.
43. Em vista do Ano Jubilar, podemos intensificar nossa participação na economia
solidária. Por isso, cada paróquia da diocese e, igualmente, cada presbítero deveriam
definir que:
a) de maio de 2014 a setembro de 2015, para bem marcar o Ano Jubilar, todos façam uma
contribuição mensal;
b) cada um avalie, considerando as diversas situações paroquiais e pessoais, com que
quantia pode colaborar;
c) mensalmente seja descontado, na cúria, um valor estabelecido pela paróquia e outro
valor da participação pessoal dos presbíteros diocesanos.
44. A Assembleia de Veranópolis salientou que é fundamental a elaboração de critérios
para o auxílio, para oferecer cada vez mais transparência na aplicação do dinheiro.
Procuremos ser generosos com essa medida, afinada com a mensagem e a prática do
Papa Francisco: "Não bastam boas palavras, é urgente atitudes concretas". É muito
louvável que se continue crescendo nesse espírito fraterno, contudo, precisamos
promover mais a gratidão, a solidariedade e o respeito entre nós.
PADRES NA TERCEIRA IDADE
45. A Diocese de Caxias do Sul conta com diversos presbíteros em idade avançada. Alguns
ainda atendem paróquias, e outros necessitam de cuidados de saúde. Há, também,
aqueles que deixaram a paróquia e as atividades e residem na Casa do Padre ou junto
aos familiares. É nosso dever agradecer-lhes pelos anos dedicados ao bem do Povo de
Deus e da Igreja. É compromisso da Diocese acompanhar todos os padres que, por
motivo de saúde ou idade avançada, precisam de ajuda. Por isso, ninguém deve
preocupar-se com o seu futuro. A Diocese tem uma casa com pessoas prontas para
acolher. Nenhum padre ficará sem hospital ou sem acompanhamento, se precisar.
Valorizemos a Casa do Padre, que possui enfermeiros e responsáveis para apoiar os
padres idosos e ou doentes.
46. Quero recordar, também, que a Igreja, que é mãe e mestra da vida, estabeleceu que os
bispos, ao completarem 75 anos, apresentem a carta de renúncia. Para os padres, não
se exige isso, mas seria desejável que o padre idoso ou de saúde fragilizada colocasse o
cargo à disposição. O padre poderia permanecer numa comunidade paroquial, sem as
responsabilidades de administração paroquial. Um bom padre nunca sobra: ele poderá
escutar, aconselhar, confessar, visitar famílias e doentes.
47. Às vezes, como bispo, estou diante de um dilema: se escuto o padre, vou magoar o
povo. Se escuto o povo, que pede renovação, vou machucar o padre. Bonito seria se o
padre, por livre iniciativa, pedisse que outro colega, mais novo e com mais saúde,
continuasse o trabalho apostólico com novo vigor e entusiasmo. Sabendo que muitos
preferem continuar morando na paróquia, peço que, em todas as casas paroquiais, a
equipe do Conselho Econômico reserve um quarto e um ambiente, com certo conforto,
para acolher, se for preciso, um padre idoso. É um belo gesto, e um exemplo muito
forte de solidariedade, acolher na casa paroquial um presbítero idoso, que muito pode
colaborar com sua experiência de vida.
O ANO JUBILAR
48. Para marcar o Ano Jubilar, estamos fazendo uma programação específica. Recordamos
os 75 anos do Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida. Diversas celebrações e
eventos contribuirão para fortalecer essa caminhada. Para essa ocasião, foi preparada
uma oração para agradecer a Deus por esses oitenta anos, e renova-se a súplica pelas
vocações sacerdotais e religiosas. Sugiro que em todas as celebrações essa oração seja
rezada junto com o povo.
49. O centro espiritual da Diocese é, sem dúvida, o Santuário de Nossa Senhora de
Caravággio. É para o Santuário que, no Ano Jubilar, estamos convocando todas as
comunidades da Diocese para um encontro de fé e espiritualidade. Cada Região
Pastoral pode organizar a peregrinação no período em que achar melhor e da forma
que seja mais favorável à sua realidade. Que essas romarias sejam organizadas em
sintonia com a equipe do Santuário Diocesano.
50. Não posso deixar de agradecer a Deus pelo bem realizado e pelos numerosos
sacerdotes que, desde o início, trabalharam em Caravaggio. Sobretudo, o nosso apoio e
agradecimento à equipe atual. Sabemos que o Santuário tem um horário muito
exigente. Nos finais de semana e em outras festividades, há milhares de peregrinos que
querem uma bênção, uma missa, uma reza do terço, a bênção do Santíssimo.
Precisamos reforçar e rejuvenescer sempre mais a equipe e as estruturas. Um sinal de
renovação é a instalação da web TV, que transmite ao vivo tudo o que acontece no
Santuário, a rádio FM, ainda em fase de instalação, e o plano diretor, que abrangerá o
Santuário e arredores.
51. Mas uma coisa muito importante, que todos devemos ter no coração, é o amor ao
Santuário. O Santuário tem, sim, uma equipe responsável, mas ele é, também, da
Diocese e de todos os padres e leigos. É nosso compromisso tornar esse lugar uma casa
de acolhida, de paz e serenidade. Por isso, é importante que as paróquias preparem e
disponibilizem uma equipe para ajudar, quando for solicitada, na liturgia do Santuário.
Exorto, também, que todo padre, diocesano e religioso dediquem, de vez em quando,
um dia de serviço, sobretudo em ocasião das romarias e em outros momentos de forte
concentração de romeiros. Passar um dia ou umas horas no Santuário renova as forças
e a fé.
A VISITA PASTORAL
52. A visita pastoral é o encontro que o bispo realiza, oficialmente, às paróquias e
comunidades de sua Diocese a cada cinco anos. É o sinal de comunhão de cada
comunidade paroquial com a Igreja diocesana. Com essa visita, o bispo prepara-se para
visitar o Papa em Roma, o que é feito a cada cinco anos, num gesto de comunhão e
unidade com toda a Igreja de Jesus Cristo.
53. A visita pastoral à paróquia pretende: oferecer ao bispo a oportunidade de estar em
meio ao seu rebanho; dar-lhe a possibilidade de conhecer mais e melhor aqueles que
pastoreia; ajudar a comunidade visitada a resolver eventuais dificuldades na área
religiosa e/ou administrativa; corrigir e chamar a atenção se algo não estiver de acordo
com as normas da Igreja universal e/ou diocesana; oportunizar o encontro entre bispo,
presbíteros, religiosos, religiosas e leigos que estão a serviço da paróquia; celebrar com
seu povo, orando a Deus por ele.
54. É uma oportunidade de o bispo trazer conforto e estímulo aos servidores do
Evangelho; ver melhor as dificuldades da evangelização e do apostolado; verificar a
aplicação do plano pastoral diocesano; estimular energias talvez enfraquecidas e,
finalmente, convocar a todos para que sejam discípulos missionários.
55. Durante os dias em que terei a alegria de fazer a visita pastoral às paróquias, quero ter
a oportunidade de me encontrar:
a) com os presbíteros da paróquia, para saber como estão se sentindo na comunidade,
quais seus projetos pessoais e suas preocupações. Com eles, verificarei o livro tombo
atualizado, bem como o livro de registros. Deles quero ouvir os passos que a
comunidade está fazendo para a conversão pastoral da paróquia;
b) com o Conselho de Assuntos Econômicos, para conhecer suas alegrias e desafios na
missão de acompanhar a administração da paróquia. Vamos ver como estão as contas
e, especialmente, como se pretende investir os recursos para a formação de ministros,
catequistas e lideranças da comunidade. Cuidarei também para estimular que toda
paróquia participe, de acordo com suas possibilidades, da economia solidária da
Diocese.
c) com o Conselho Pastoral Paroquial, que é o grande organismo de comunhão dos leigos
com os presbíteros da comunidade. Partindo das orientações desta Carta Pastoral,
veremos juntos como está a situação da catequese, da liturgia, da formação de leigos,
da caridade e da missão que a paróquia realiza por meio de tantos serviços e pastorais.
Também me ocuparei de incentivar que as lideranças cresçam na espiritualidade, no
espírito fraterno e na amizade entre si.
d) com toda a comunidade: as lideranças paroquiais, as autoridades civis da região, todo o
Povo de Deus, preferencialmente numa celebração eucarística de encerramento onde
poderemos rezar pela nova evangelização da Diocese.
56. Com esta Carta Pastoral, espero que aconteça, entre nós, uma verdadeira conversão.
Sobretudo, espero ver todos os padres e leigos apoiando a juventude, rezando pelas
vocações, celebrando, com alegria e fé, a Eucaristia e a Palavra, e acolhendo a todos.
Que a celebração do Ano Jubilar e dos 75 anos do Seminário Menor Nossa Senhora
Aparecida desperte em nós um maior interesse e amor aos nossos seminários e
seminaristas. Eles são um dom de Deus, que devemos apoiar e visitar mais
seguidamente.
57. Sob a proteção da Virgem Maria, Nossa Senhora de Caravaggio, invoco sobre toda
nossa Diocese as bênçãos de Deus, na certeza de que esta carta é apenas o início de
uma maior aproximação e encontro entre o bispo, os presbíteros, religiosos e todo o
Povo de Deus. Somos herdeiros de uma fé que fez a história da região. Queremos
continuar a transmitir essa fé às novas gerações, mas sabemos que ainda temos um
longo caminho a percorrer.
Caxias do Sul, 17 de abril de 2014,
no Ano Jubilar de nossa Diocese,
na Quinta-feira Santa, dia do Sacerdócio e da Instituição da Eucaristia.
+ Alessandro Ruffinoni
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