INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Irene Madalena Martins Oliveira Mendes
Relatório para obtenção de Grau de Bacharel
em Engenharia Civil
Novembro de 2007
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DA GUARDA
Relatório de Estágio
construções j. ramiro, l.da
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
. ESTAGIÁRIO
Nome: Irene Madalena Martins Oliveira Mendes
Morada: Rua dos Carvalhos nº2- Caldas de S. Paulo – 3400 – 521 Penalva de Alva
.
EMPRESA
Nome: construções J. Ramiro Lda.
Morada: Rua João Sousa Caetano nº6- Ponte das Três Entradas -
3400 731 São
Sebastião da Feira.
. ACOMPANHANTES
Nome: Elsa de Fátima Terras Silva (Instituto Politécnico Guarda)
Morada: Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro nº50 – 6300 Guarda
Nome: Maria Isabel Mendes Moreira (Construções J.Ramiro Lda.)
Morada: Rua João Sousa Caetano nº6- Ponte das Três Entradas – 3400 731 São
Sebastião da Feira.
ESTÁGIO
6 Meses (Maio / Novembro) de 2007
Irene Madalena Martins Oliveira Mendes
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Relatório de Estágio
construções j. ramiro, l.da
AGRADECIMENTOS
È com muito gosto que termino mais uma etapa da minha vida, e
consequentemente, início a minha carreira profissional como Eng.ª Técnico Civil.
Muitas vezes vacilei, no entanto sempre tive vontade própria, coragem e muito apoio
das pessoas mais próximas.
Assim, agradeço aos meus pais, marido, irmão, amigos e todos aqueles que
directa ou indirectamente contribuíram, e sempre estiveram a meu lado tanto nos bons
como nos maus momentos para a realização de um sonho, sem os quais ser-me-ia
impossível realizar.
A todos os professores do departamento de Engenharia Civil pelo esforço que
fazem diariamente para transmitirem os seus conhecimentos, para que eu e outros
colegas possamos pertencer a classe de engenheiro. Agradeço em especial á professora
Elsa Silva pela sua disponibilidade e apoio durante a elaboração do relatório de estágio.
Agradeço também ao gerente da empresa Construções J. Ramiro Lda. e seus
colaboradores que me acolheram durante a realização estágio e onde neste momento
continuo a trabalhar.
A todas estas pessoas o meu muito obrigado!
Irene Madalena Martins Oliveira Mendes
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Relatório de Estágio
construções j. ramiro, l.da
INDICE GERAL
Plano de Estágio
1
CAPÍTULO I
“A EMPRESA”
I.1. A empresa Construções J. Ramiro , Lda.
3
I.1.1. Introdução
3
I.1.2. Algumas Obras
4
I.1.3. Referências Comerciais
8
I.1.3.1. Clientes
8
I.1.3.2. Fornecedores
8
I.1.3.3. Referências Financeiras
9
I.1.4. Volume de negócios
10
I.1.5. Estrutura Interna da Empresa
11
I.1.5.1. Memória descritiva
11
I.1.5.2. Organigrama da Empresa
12
I.1.5.3. Quadro de Pessoal
13
I.1.5.3.1. Consultores
14
I.1.5.3.2. Quadro Técnico
14
I.1.5.4. Relação de Equipamento
15
CAPÍTULO II
“PREPARAÇÃO DE OBRA”
II.1. Introdução
18
II.2. Visita ao local
19
II.3. Consultas
20
II.4. Plano de trabalhos
21
Irene Madalena Martins Oliveira Mendes
Pág.I
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II.5. Mapas comparativos
22
II.6. Reunião para adjudicação
25
II.7. Adjudicação
25
CAPÍTULO III
“DIRECÇÃO DE OBRA
III.1. Introdução
27
III.2. Implantação (topografia)
29
III.3. Desmatação
30
III.4. Movimentação de terras
31
III.5. Execução de muro de suporte
32
III.6. Sapatas, Vigas de Fundação e Laje Térrea
34
III.7. Pisos
36
III.8. Cobertura
37
III.9. Alvenarias
38
III.10.Revestimentos exteriores e vãos exteriores
39
III.11.Revestimentos interiores e vãos interiores
41
III.12. Instalações
42
III.12.1. Electricidade, T.V e telefones
42
III.12.2. Aquecimento central
42
III.12.3. Rede de águas e águas residuais
43
III.12.4. Rede de águas pluviais
43
III.13. Autos de medição
44
III.13.1. Autos medição dono de obra
44
III.13.1. Autos medição subempreiteiro
45
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Pág.II
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CAPÍTULO IV
IV.1 ORÇAMENTAÇÃO
Orçamentos
47
CONCLUSÃO
50
BIBLIOGRAFIA
51
ANEXOS
Anexo I Plano de Trabalhos
54
Anexo II Peças desenhadas
55
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Pág.III
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INDICE DE FIGURAS
Figura 1: Aspecto geral do terreno
29
Figura 2: Casa de pedra degradada
30
Figura 3: Terreno depois de desmatado
30
Figura 4:Abertura de caminho de acesso á obra
31
Figura 5: Pormenor ferro armado na sapata
32
Figura 6:Sapata depois de betonada e ferro muro armado
32
Figura 7,8:Primeiro lanço muro
33
Figura 9: Auxilio máquina na cofragem
33
Figura10: Execução Murete
34
Figura 11: Parte da ampliação da moradia
35
Figura 12: Alçado principal moradia
35
Figura13,14:Colocação de armadura
36
Figura15,16:Escoramento de lajes
36
Figura 17: Armadura da cobertura
37
Figura 18: Betonagem da cobertura
37
Figura 19:Aplicação Isolamento térmico na cobertura
37
Figura 20: Alvenarias tijolo
38
Figura 21: Execução reboco
39
Figura 22: Revestimento exterior
39
Figura 23: Caixilharia aplicada
40
Figura 24: Aspecto final aplicação mosaico
41
Figura 25: Aspecto final aplicação madeira
41
Figura 26: Quadro principal
42
Figura 27: Caldeira aquecimento
42
Figura 28: Folha rosto autos de medição
45
Figura 29: Folha rosto pedido cotação
49
Irene Madalena Martins Oliveira Mendes
Pág.IV
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PLANO DE ESTÁGIO
Após conclusão das cadeiras do curso, foi-me proposto para trabalho de estágio
e respectivo relatório final, todo o processo que envolve uma reconstrução / ampliação
de uma moradia e a colaboração na parte de orçamentação de outras obras.
A obra designou-se “ Alteração / Ampliação de uma Moradia Unifamiliar”. A
estagiária acompanhou todo o processo, desde a fase de reconhecimento do terreno, á
elaboração do orçamento, negociação com o Dono Obra, adjudicação, preparação obra e
acompanhamento da mesma nas diversas fases de construção. Durante o estágio
também colaborarei na orçamentação de diversas obras públicas assim como
particulares.
Em resumo, os trabalhos efectuados durante o meu estágio nas Construções J. Ramiro
Lda. foram:
● Visita ao local da obra e elaboração do orçamento.
● Adjudicação da obra.
● Acompanhamento no Planeamento e Controlo de Qualidade da empreitada.
● Acompanhamento na fiscalização/análise do Plano de Segurança e Saúde da
empreitada.
● Acompanhamento na elaboração de medições/autos de medições da
empreitada.
● Orçamentação de diversas obras públicas / particulares.
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CAPÍTULO I
“A EMPRESA”
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I.1. EMPRESA “CONSTRUÇÕES J. RAMIRO, Lda.”
I.1.1. INTRODUÇÃO
A empresa CONSTRUÇÕES J.RAMIRO Lda. é uma empresa que exerce a sua
actividade no sector da Construção Civil, Obras Públicas Particulares e movimentação
de terras, tendo por objecto social a construção civil e obras públicas. Desde a sua
constituição, a empresa tem sido responsável pela execução de diversas obras
particulares e públicas, desde a construção de vivendas, obras de Saneamento (Estações
de tratamento de águas residuais, Estação Elevatória), Estações de Tratamento de Água
empreitadas de carácter público, nomeadamente, em termos remodelação e restauro de
património público, bem como outras infra-estruturas.
Os Sistemas de Gestão e Segurança no Trabalho e Gestão do Ambiente são
desenvolvidos em coerência com os requisitos legais, os regulamentos, normas em
vigor, e as normas de “Boas Práticas”. Desenvolver os negócios com crescimento
sustentado e vantajoso, aperfeiçoando os serviços existentes e afirmando a presença no
mercado competitivo.
A empresa CONSTRUÇÕES J.RAMIRO Lda. tem como objectivo incutir aos
seus trabalhadores a protecção do Ambiente, tentando utilizar correctamente os recursos
existentes para que as gerações futuras não sejam descuradas. Tem como objectivo
manter e desenvolver elevados níveis de conhecimento, no cumprimento das actividades
profissionais. Visa compreender e assimilar as especificidades de cada Projecto e
proporcionar as melhores soluções cumprindo os requisitos dos Clientes em termos de
custos, prazos, qualidade e segurança. Tem capacidade para elaborar um estudo do
projecto de forma a minimizar o custo da construção, propor processos construtivos,
executar soluções técnicas inovadoras e informar os Clientes desde o planeamento á
gestão de todas as fases e pormenores, desde a Fase de Construção até á Recepção.
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I.1.2. ALGUMAS OBRAS
Na listagem seguinte apresento algumas das obras já executadas e em execução
por esta empresa.
Obra: Requalificação Urbana do Bairro do Outeiro
Dono de Obra: Câmara Municipal de Manteigas
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 784.054,19€
Obra: Subsistema de Saneamento de Penalva de Alva –ETAR
Dono de Obra: Águas do Zêzere e Côa, S.A.
Prazo: 120 dias
Adjudicação: 121.969,12€
Obra: Rede de Saneamento de Barcel
Dono de Obra: Município Mirandela
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 420.000,0€
Obra: Rede de Saneamento de Chelas
Dono de Obra: Município Mirandela
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 350.000,00€
Obra: Subsistema de Saneamento de Penalva de Alva – Estação Elevatória
Dono de Obra: Águas do Zêzere e Côa S.A.
Prazo: 90 dias·
Adjudicação: 71.415,44€
Obra: Subsistema do Alto do Mondego - Subsistema de Abastecimento de Lapa dos
Dinheiros
Dono Obra: Águas do Zêzere e Côa S.A
Prazo: 60 dias
Adjudicação: 44.324,00€
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Obra: Restauro da Capela de São Sebastião Boidobra - Covilhã
Dono Obra: Fábrica da Igreja
Prazo: 90 dias
Adjudicação: 100.000,00€
Obra: Obras de adaptação das novas instalações da 2º Conservatória de Coimbra
Dono Obra: Direcção Geral Regional. Notariado
Prazo: 120 dias
Adjudicação: 66.175.81€
Obra: Alargamento do Cemitério de São Julião – Figueira da Foz
Dono Obra: C.M. Figueira da Foz
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 541.640,38€
Obra: Casa Repouso Nossa Senhora da Guia 1ª fase
Dono Obra: Centro de assistência Paroquial de Loriga.
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 431.077,00€
Obra: Casa Repouso Nossa Senhora da Guia 2ª fase
Dono Obra: Centro de assistência Paroquial de Loriga.
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 800.091,70€
Obra: Construção de moradia unifamiliar - Oeiras.
Dono Obra: Particular
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 150.00,00€
Obra: Reconstrução moinho - Benfeita
Dono Obra: C.M. Arganil
Prazo: 90dias
Adjudicação: 25.000,00€
Obra: Construção do açude da Volta - Alvôco das várzeas / Oliveira do Hospital
Dono Obra: Município Oliveira do Hospital
Prazo: 90 dias
Adjudicação: 75.000,00€
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Obra: Requalificação Urbana do Jardim do Lago - Covilhã
Dono Obra: Município da Covilhã
Prazo: 60 dias
Adjudicação: 113.834,50€
Obra: Construção e um lar para 3ª idade no Teixoso
Dono Obra: Município
da Covilhã
Prazo: 545 dias
Adjudicação: 414.986,23€
Obra: Construção do museu auditório do Sabugal
Dono Obra: Município do Sabugal
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 1.402.235,48€
Obra: Hotel Quinta da Geia – Aldeia das Dez
Dono Obra: Apartrural, Lda
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 649.813,43€
Obra: Arranjo do Cruzamento, Rua 1º Maio Rua Dr. Sobral Manteigas
Dono Obra: Câmara Municipal de Manteigas
Prazo: 90 dias·
Adjudicação: 108.823,47€
Obra: Remodelação da Escola do 1º ciclo dos Olivais
Dono Obra: Câmara Municipal de Coimbra
Prazo: 180 dias
Adjudicação: 230.974,84€
Obra: Construção do Jardim Infância de Aldeia de Sto António
Dono Obra: Câmara Municipal do Sabugal
Prazo: 365 dias
Adjudicação: 159.256,60€
Obra: Obras de Reparação da Cobertura do tribunal Judicial de Montalegre
Dono Obra: Direcção geral Administração Justiça
Prazo: 90 dias
Adjudicação: 80.253,60€
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Obra:Alteração/Ampliação de uma moradia unifamiliar
Dono Obra:Particular
Prazo: 6 meses
Adjudicação: 130.000,00€
Obra: Freiria
Dono Obra: Particular
Prazo: 365dias (em execução)
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Adjudicação: 450.000,00€
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I.1.3. REFERÊNCIAS COMERCIAIS
I.1.3.1. CLIENTES
Alguns dos clientes da empresa são:
-
Município de Covilhã
-
Município de Sabugal
-
Município de Manteigas
-
Município de Carrazeda de Anciães
-
Município de Oliveira do Hospital
-
Município de Mirandela
-
Município Figueira da Foz
-
Município de Arganil
-
Águas do Zêzere e Côa S.A.
-
Direcção Geral Notariado
-
Direcção Geral Justiça
-
Particulares
I.1.3.2. FORNECEDORES
Alguns dos fornecedores da empresa são:
ALVAQUECE INSTALAÇÃO ELÉTRICA UNIPESSOAL, Lda.
SOTANGRAN
BETÃO LIZ
PAVICER
J.JUSTINO
J. BARTOLOMEU
SECIL PRÉ-BETÃO
SANEABI
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EQUITECTO
MACOIMBRA
PRÉ-BEIRA – PRÉFABRICADOS DE BETÃO
MATERDOMUS
AREIAS DO CENTRO
LOPES & LOPES
BARBOT
CANOLIVA
A. FONTES PEREIRA
MAQUISEIA
I.1.3.3. REFERÊNCIAS FINANCEIRAS
As referências financeiras da empresa são:
BANCO POPULAR – Agência de Covilhã
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS – Agência Oliveira do Hospital
FINIBANCO – Agência Torrozelo
CAIXA CRÉDITO AGRICOLA- Agência de Avô
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I.1.4. VOLUME DE NEGÓCIOS
Construções J. Ramiro, Lda. nos últimos anos teve um decréscimo no seu volume de
negócios, o que se torna evidente pelo aumento da concorrência, e, como esta empresa
não despreza o factor qualidade dos trabalhos em função do factor preço, facto pelo qual
o resultado do volume de negócios é o que se expressa no gráfico que se segue.
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I.1.5. ESTRUTURA INTERNA DA EMPRESA
I.1.5.1. MEMÓRIA DESCRITIVA
O mercado da construção civil encontra-se dirigido essencialmente para o cliente
particular e nas obras públicas os principais clientes são as autarquias.
Apesar de todas as dificuldades que cada vez mais se tornam evidentes a todas
as empresas, esta continua a empregar cerca de 30 trabalhadores, sendo que dispõe de
um a vasta gama de equipamento para a realização dos trabalhos, no entanto, este factor,
está sem dúvida relacionado com a capacidade do gerente, que tem vindo a demonstrar
um forte espírito empreendedor, grande vontade de vencer e eficiente capacidade de
aproveitamento das oportunidades que o mercado lhe tem oferecido. A aposta na oferta
de um serviço de elevada qualidade, cumprimento de prazos e fidelização dos clientes
são outros factores patentes no sucesso e crescimento da empresa no mercado da
construção.
A qualidade dos materiais/produtos empregues na realização das obras, a escolha
dos fornecedores e o cumprimento dos prazos de entrega, é preocupação constante dos
promotores quando se pretende apostar num serviço de elevada qualidade e no
cumprimento dos prazos de entrega. A selecção dos fornecedores tem por isso sido alvo
de grande atenção e preocupação. Os principais fornecedores localizam-se na região.
Apesar do sector da construção ser um sector com fortes perspectivas de
crescimento mundial, é também um mercado sujeito a fortes pressões concorrenciais
principalmente nos mercados tradicionais. Torna-se por isso, cada vez mais necessário
que a empresa concentre esforços no sentido de elevar a sua competitividade
apresentando-se no mercado com produtos e serviços de qualidade.
A gerência da empresa é assegurada em termos executivos por um único gerente,
sendo este que gere toda a organização das Construções J. Ramiro Lda., todavia, quando
tal se verifica necessário, a gerência recorre também a assessoria externa.
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I.1.5.2. ORGANIGRAMA DA EMPRESA
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I.1.5.3. QUADRO DE PESSOAL
Construções J. Ramiro, Lda., dispõe de um quadro técnico e dirigente que se
caracteriza por uma grande capacidade profissional. De um modo geral, a empresa
dispõe os recursos humanos necessários ao desenvolvimento da sua actividade, sendo
que fazem parte dos seus quadros 30 colaboradores, que se distribuem de acordo com as
seguintes categorias:
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I.1.5.3.1. CONSULTORES
A empresa Construções J. Ramiro, Lda., quando necessário recorre a consultores
externos, entidades com capacidade reconhecida no sector, o que reforçam a capacidade
de actuação da empresa, melhorando assim a capacidade de resposta nos projectos /
actividades que a empresa se propôs executar.
Quadro 1: Entidades a que a empresa recorre
Departamento
Área
Produção
Técnico
Contabilidade e Gestão
Contabilidade
Habilitações
Licenciatura em Eng.ª Civil
Gabinete de Contabilidade e
Gestão
I.1.5.3.2. QUADRO TÉCNICO
Do quadro técnico de Construções J. Ramiro Lda. fazem parte um Engenheiro
Civil, um Contabilista.
Quadro 2: Quadro técnico
Departamento
Área
Produção
Técnica
Contabilidade e Gestão
Contabilidade
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Habilitações
Licenciatura em Eng.ªCivil(1)
Licenciatura em Economia(1)
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I.1.5.4. RELAÇÃO EQUIPAMENTO
Equipamento de apoio, este quadro mostra a relação de equipamento disponível
para a execução das obras a que esta empresa se propõe executar.
Quadro 3: Relação equipamento
Equipamento
Marca
Compressor Atlas Coop
Atlas Coop
Ano
de
Aquisição
Quantidade
1992
1
Martelo eléctrico
1992
3
Aparelho de soldar
1993
2
Auto Betoneira
2000
1
Guincho
1992
1
Betoneira
Crapin 200L
2007
2
Betoneira
Crapin 200L
2000
2
Veículo de Transporte
Mitsubishi
1994
1
Retroescavadora
Caterpilar
1995
1
Viatura
Toyota
2007
1
1995
1
Empilhador
Viatura de apoio
Nissan 4*4
2006
1
Compressor
Atlas Coop
1997
1
Veículo de Transporte
Clio
2000
1
Giratória de Rastos
Caterpilar 215 LC
1998
1
1999
1
Máquina moldar ferro
Compressor
Atlas Coop 200
1999
1
Viatura Pesada
Mitsubishi Canter
2000
1
Mesas de andaime
Soima
2000
100
Viatura pesada
volvo
2000
1
2007
4
2001
2
2001
1
Gerador
Retroescavadora
Electrobomba
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JCB 1CX
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Ano
Equipamento
Marca
Empilhador
Monitou
2002
1
Rebarbadora
Blak Decker
2002
2
Prumos Metálicos
IT
2002
250
2002
2
2006
2
2003
1
2003
10
2003
1
Máquina de Lavar pressão
Viatura Apoio
Nissan
Maquina de cortar pedra
Pilares Metálicos
Peri
Grupo motobomba
Aquisição
Quantidade
Cilindro
Bomag
2003
1
Mesas de Andaime
IT
2003
60
2004
1
2004
500
Bomba de água
2004
1
Pranchas 400mm
2004
1
2004
1
2004
220m2
Guarda Corpos
Prumos Metálicos
Retroescavadora
Soima
JCB 3 CX
Madeira de cofragem
Bicos ripper
Caterpillar 215
2004
1
Auto grua
_
1999
1
Saltitão
2001
1
Cintas camião
2004
6
Semi-reboque
Galucho
2004
1
Camião
MAN
2004
1
Deposito 6500 lts
2004
1
Quadro de Obras
2004
2
Viatura de apoio
2002
1
Quadro 3 : Relação equipamento ( continuação)
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Pág.16
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CAPÍTULO II
“PREPARAÇÃO DE OBRA”
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II.1. INTRODUÇÃO
Para facilitar a leitura, durante o relatório utiliza-se a seguinte sigla:
D.O. – Dono de Obra
O trabalho realizado na empresa pela estagiária foi dividido em duas partes
distintas, no entanto inter-ligadas entre si, o trabalho efectuado no escritório e o
trabalho realizado em obra.
O trabalho realizado no escritório resumiu-se ao estudo dos projectos das
várias especialidades, com objectivo de conseguir acompanhar os trabalhos
realizados em obra; a execução de relatórios semanais; o contacto com os
subempreiteiros afectos á obra, todo o aprovisionamento dos materiais necessários,
análise dos resultados dos ensaios de compressão ao betão; assistir às reuniões de
coordenação realizadas semanalmente com o representante D.O. e o Projectista;
apoio na execução de medições e de autos de medição mensais.
Em obra controlou-se, os trabalhos realizados diariamente, desde a
montagem de armadura, a betonagens, compactações, impermeabilizações e
acabamentos. No âmbito do plano de segurança e saúde teve-se especial atenção ao
uso de andaimes com os respectivos sistemas de segurança; o uso de protecção
individual dos trabalhadores, como capacete, botas, coletes reflectores.
A localização da empresa foi um factor importante quando se tratou de concorrer
a esta obra, pois o estaleiro da obra (temporário), situa-se a cerca de 20 km de distância
do estaleiro fixo da empresa o que representa desde logo menores encargos com o
transporte de pessoal, como também na transferência de equipamentos e transporte de
materiais.
A relação da empresa com o dono de obra foi-se adquirindo pouco a pouco uma
vez que este era Inglês, no entanto tinha como representante em Portugal o arquitecto /
Projectista promotor do projecto.
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Pág.18
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II.2. VISITA AO LOCAL DE OBRA
O conhecimento do local da obra é de extrema importância pois desde logo se
tiram algumas conclusões sobre o procedimento de execução da obra, podendo assim
minimizar os custos durante a execução, bem como as necessidades que esta possa vir a
ter:
- Topografia e relevo do terreno.
- Vias de acesso à obra.
- Necessidade ou não de ramal de água para a obra.
- Quadro de obra (electricidade).
- Localização do estaleiro e sua organização dentro de obra /vedação
obra.
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II.3. CONSULTAS
A execução das empreitadas tem como base a pesquisa de possíveis
subempreiteiros ou encomenda de materiais ou equipamentos, para as diferentes
especialidades presentes neste tipo de obra como indico no seguinte mapa de consultas.
Quadro 4: Consultas
ESPECIALIDADE
Nº Consultas
Betão armado
2
Electricidade
3
Aquecimento/ Gás
3
Rede de águas, Pluviais
3
Pinturas e Revestimentos
2
Serralharias
3
Rebocos e estuques
2
As repostas destes possíveis fornecedores são posteriormente estudadas e
colocadas sobre uma tabela que tem como base comparar o nosso preço (preço seco) A,
com o preço dado por estes possíveis fornecedores como exemplifico a seguir (ver II.5).
(A)
Preço seco /Preço de Venda
Na elaboração do concurso, o departamento de orçamentação procedeu assim como o director
técnico à recolha de preços determinadas especialidades encontrando assim o preço seco dessa
especialidade ou tarefa sendo que a estes era adicionado uma percentagem (aproximadamente
22%), sendo decomposta da seguinte forma (1.03*1.07*1.1*1.02).
1.03 – Encargos administrativos.
1.07 – Estaleiro (viaturas, encarregado, director técnico)
1.10 – Lucro
1.02 – Seguro para erros
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II.4. PLANO DE TRABALHOS
Atendendo o período de duração da obra, para a referida empreitada, a
elaboração do plano de trabalhos foi de extrema importância pois é através dele que se
executam a sequência de todos os trabalhos, consegue-se ter a percepção se a obra está a
decorrer como previsto, se está atrasada ou adiantada. Define-se também caminho
crítico da empreitada, decide-se a entrada dos diversos subempreiteiros das diferentes
especialidades, serve também para o cálculo das quantidades de trabalhos mensais e
para a elaboração do novo cronograma financeiro que deverá ser enviado ao dono de
obra.
(1)
Este plano de trabalhos tem como base o mapa de quantidades presente no
caderno de encargos elaborado para a execução da obra. Servirá, também, como anexo
para as adjudicações (ver II.6.) a qualquer subempreiteiro e para a requisição de
materiais ou equipamentos, já estes acompanham sempre os mapas comparativos (ver
II.5.).
O plano de trabalho da respectiva obra, foi efectuado pela estagiária, e encontrase no anexo I.
(1)
Decreto-Lei n.º 59/99
Artigo 159.º (Plano de Trabalhos)
O plano de trabalho, que se destina à fixação da sequência, prazo e ritmo de execução de cada
uma das espécies de trabalhos que constituem a empreitada e a especificação dos meios com
que o empreiteiro se propõe a executá-los, inclui obrigatoriamente o correspondente plano de
pagamentos.
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II.5. MAPAS COMPARATIVOS
Após serem recebidas as respostas às consultas (ver II.3.) procedeu-se à
elaboração dos mapas comparativos (ver folha tipo a seguir), mapas elaborados através
de uma folha de cálculo “Excel”, que tem como finalidade demonstrar / comparar os
diferentes preços fornecidos pelos possíveis fornecedores sendo elaborado um mapa
comparativo para cada especialidade, e para cada equipamento ou material.
Estes mapas indicam, além da comparação de preços fornecidos com o preço
seco, a sugestão, pelo director de obra, a quem adjudicar, nome das empresas
consultadas, prazo de execução (plano de trabalhos) (ver II.4.), garantias, condições de
pagamento e os vários pareceres para aprovação dessa especialidade, material ou
equipamento.
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MAPAS COMPARATIVOS
Exemplo Electricidade
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Quadro 5- Mapa comparativo electricidade, telefones, sinalização e TV
COMPARAÇÃO
DE
PROPOSTAS
ART.
DESIGNAÇÃO
UN QUANT
PREÇOS SECOS
UNIT
TOTAL
OBRA
Reconstrução de moradia Unifamiliar
ASSUNTO
Electricidade, TV & telefones
ADJUDICAÇÃO
Nº
/ /
ADIT.Nº
FIRMAS CONSULTADAS - PREÇOS COMPRA-(PC)
Engitérmica
E.T Electr e Telec
Alvaquece
UNIT
TOTAL
UNIT
TOTAL
UNIT
TOTAL
Rui Electricista
UNIT
TOTAL
/ /
UNIT
TOTAL
ELECTRICIDADE
Iluminação
1,5 Armaduras
1.5.1 Armaduras de iluminação embutidas completamente
electrificadas e equipadas, incluindo lâmpadas
conforme C.E, Sendo de:
un
1.5.1.12 A12
3,4 Aparelhagem e Equipamento
3.4.1 Tomada de TV/TSF para montagem de encastrar un
4 Alimentadores
4.1.1
Tubo de plastico VD, instalado em roço (incluindo
abertura e tapamento), ou embebido no betão, com:
ml
4.1.1.1 VD 40mm
5 Aparelhagem
5.3.3 Fornecimento e instalação de aparelhagem eléctrica
de comando marca Legrand
un
9 Video Porteiro
9,1
Fornecimento e montagem de Kit´s c/grupo de video
para a entrada do monitor com intercomunicador un
10
10,1
10,2
10,3
Quadros
Quadro geral (Q.G)
Quadro parcial de cozinha (Q.P.C)
Terra de protecção instalação eléctrica
CAP.II - TELEFONES
1.1.1 Fornecimento e aplicação tomada RITA
2,1 Fornecimento e aaplicação de fio TVHV 3x2x,5
3 Cabos e condutores
3.1.1 1x2x0.5mm2
Electricidade Preço de venda
Telefones Preço de venda
venda
15,00
200,00 €
150,00 €
10,00 €
3.000,00 €
- €
40,00 €
- €
- €
4,00
60,00
3,58 €
60,00
Não forneceu cotação
1,00
175,00 €
7,00 €
2.250,00 €
- €
28,00 €
- €
- €
13,71 €
2.625,00 €
- €
54,84 €
- €
- €
214,80 €
2,00 €
120,00 €
1,09 €
65,40 €
9,50 €
570,00 €
8,85 €
531,00 €
80,16 €
4.809,60 €
1.200,00 €
1.200,00 €
986,00 €
986,00 € 1.500,00 €
1.500,00 €
1.500,00 € 1.600,00 €
700,00 € 690,00 €
250,00 € 400,00 €
1.600,00 €
690,00 €
400,00 €
un
un
1
1,00
1,00
vg
1.750,00 €
800,00 €
600,00 €
1.750,00 €
800,00 €
600,00 €
1.500,00 €
700,00 €
300,00 €
un
ml
10,00
15,00
25,00 €
45,82 €
250,00 €
687,30 €
20,41 €
27,22 €
204,10 €
408,30 €
22,00 €
33,92 €
220,00 €
508,80 €
ml
15,00
0,55 €
8,25 €
0,50 €
7,50 €
0,59 €
8,85 €
13.440,00 €
1.029,00 €
14.469,00 €
Prazo de Entrega
TRANSPORTE
CONDIÇÕES DE PAGAMENTO
TOTAL
INFORMAÇÃO D.O.
COEF.ESTALEIRO
14.756,31 €
DESPACHO D.P.
13.975,30
18.580,67
DECISÃO SOBRE A ADJUDICAÇÃO
ADJUDICAR A ALVAQUECE
GARANTIAS E RETENÇÕES
PRAZOS
PAGAMENTOS
C.E=______________
CÁLC. PREÇO SECO P.S.=_____________
30 dias
PARECER D. APROVISIONAMENTO
PENALIDADES E OUTRAS CONDIÇÕES
ABONOS
MODALIDADE CONTRATUAL
CONTRATO ____ ADJUDICAÇÃO ____
INDICES REFERENTES AO N/ ORÇAMENTO
COEF.APROX. DO MÊS CR= ___________
PS
PCO
ACTUAL
PS
€
€
LAC= ----------------------------- =
I= ---------------------=
DESPACHO D. OBRA
N.ENCOMENDA ____
ACUMULADOS
ANTERIOR
PCO
€
------------------------- =
€
€
€
REVISÃO DE PREÇOS
VISTOS
BASE MÊS ____________
D.O.
D.P.
D.A.F
D.Q.
GE
FORMULA
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II.6. REUNIÃO PARA ADJUDICAÇÃO
Após o preenchimento dos mapas comparativos (ver II.5.) e de elaborados os
planos de trabalhos (ver II.4.), passou-se a informação recolhida ao gerente, que por sua
vez falou com os subempreiteiros para um possível acerto de preços, bem como
condições de pagamento, a sua entrada em obra e outras formalidades (sendo este
processo também acompanhado pelo director técnico de obra).
O período para a decisão de adjudicação corresponde à sua necessidade de
entrada em obra, sendo normalmente uma questão de preço, o que nem sempre é uma
mais-valia para quem tem de controlar a obra e para a própria execução dos trabalhos,
pois hoje em dia, o tempo de permanência em obra é que dita um maior ou menor custo
da obra.
II.7. ADJUDICAÇÃO
Após conversação e acerto de preços com os subempreiteiros aos quais se
solicitou cotação, a gerência e o director técnico da obra, decidem a adjudicação. Por
fim segue em carta registada o contrato com o plano de trabalhos anexado bem como o
mapa de quantidades para ser assinado pelo subempreiteiro. Este contrato terá de ser
cumprido na íntegra, sendo que nele estão indicadas as condições de pagamento, multas
por atrasos, entre outras cláusulas.
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CAPÍTULO III
“DIRECÇÃO DE OBRA”
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III.1. INTRODUÇÃO
Este relatório vai-se debruçar numa obra que é a “Alteração e Ampliação de
Moradia Unifamiliar”, esta estava inserida numa quinta a qual não possuía acesso de
viaturas. A casa a reconstruir estava muito degradada (ver figura 2). Era uma casa de
pedra onde antigamente habitavam pessoas no primeiro andar, e as lojas serviam de
abrigo ao gado.
A envolvente á casa estava cheia vegetação, restos de uma vinha, era
considerada uma quinta há muito tempo abandonada!
O terreno adjacente á casa era muito inclinado, houve necessidade e execução de
muro de suporte de contenção de terras (ver figuras 5 e 6).
O objectivo do D.O. foi aproveitar todas as paredes em pedra existentes e as que
se fizeram de novo foram revestidas a pedra semelhante á existente. Como a casa
existente era pequena, executaram-se dois blocos simétricos um de cada lado, sendo as
paredes destes em betão armado. Todas as outras paredes exteriores dos pisos são em
tijolo 30x20x15. A moradia é composta por laje térrea e primeiro e segundo piso, sendo
as lajes maciças.
A direcção de obra, foi iniciada logo após o conhecimento da intenção de
adjudicação da mesma. Abrem-se novas pastas referentes a essa empreitada (a pasta que
refere obra em fase de orçamentação tem como simbologia cor verde clara ás riscas
brancas) e seguiram-se os passos descritos no capítulo II. É após a assinatura do
Contrato / consignação da obra por parte do dono de obra e do empreiteiro, que o tempo
de execução começa a contar, salvo outra indicação pelo dono de obra.
Para gestão de cada obra são necessárias 4 pastas. (Pasta1 de cor verde clara ás
riscas brancas (fase de orçamentação); pasta 2 verde escuro (obra adjudicada); pasta 3
cor vermelha (pasta de fornecedores) pasta 4 cor amarela (obra recepcionada) A pasta 2
contem todos os documentos originais dessa mesma obra quer correspondência recebida
e expedida com o dono de obra, com os subempreiteiros, contratos, adjudicações (D.O./
subempreiteiros), consignação; conta da obra entre outros.
Estas pastas de obra (2 e 3), acompanham o director de obra no dia-a-dia, com o
arquivo de consultas a fornecedores, cópias de correspondência, etc.
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Estava ao encargo da estagiária, toda a encomenda de materiais para a obra,
assim, fazia-se o aprovisionamento dos mesmos com o tempo necessário para que os
trabalhos decorressem sem problemas. Como a obra possuía diversas especialidades,
houve necessidade de contratar diversos subempreiteiros. Todos os trabalhos foram bem
coordenados, pelo que a obra decorreu bem e sem problemas.
A seguir apresenta-se um pequeno resumo com acompanhamento de fotografias
desde o início da obra.
(3)
Decreto-Lei n.º 59/99
Artigo 150.º (Conceito e efeitos contrato / consignação) - Capitulo II
Chama-se consignação / contrato da empreitada ao acto pelo qual o representante do
D.O. faculta ao empreiteiro os locais onde hajam de ser executados os trabalhos e as
peças escritas ou desenhadas complementares do projecto para que se possa proceder á
execução.
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III.2. IMPLANTAÇÃO (topografia)
Devido à localização da obra e da sua área de implantação, necessitou-se de
apoio topográfico dado por uma empresa exterior, a qual fez a implantação da obra e
esteve sempre presente quando necessário (implantação de sapatas, entre outros).
Figura 1 - Aspecto geral do terreno
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III.3. DESMATAÇÃO / DEMOLIÇÕES
A preparação do terreno é importante assim como a sua limpeza, pois este
encontrava-se coberto de todo o tipo de vegetação restos de uma vinha, silvas, e uma
pequena casa em pedra muito degrada. Esta casa antigamente servia de casa de
habitação no 1º andar e as lojas como abrigo para o gado; pelo que houve necessidade
de separar materiais e dar-lhe destino final consoante o tipo de material retirado. Estes
materiais foram separados em obra e transportados a vazadouro próprio.
Figura 2- Casa em pedra degradada
Figura 3- Parte do terreno depois de desmatado
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III.4. MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS
O acesso á obra apenas se fazia a pé (é uma quinta desviada da estrada
municipal); pelo que, houve necessidade da abertura de um caminho de acesso para
transporte de todos os materiais e todos os equipamentos afectos, que após a sua
execução vai servir de acesso á respectiva propriedade. Na abertura do caminho
respeitou-se ao máximo as árvores existentes, tentando evitar um impacto visual
“chocante”. Houve necessidade de colocação de tout-venant e devidamente compactado
após a abertura do mesmo.
Figura 4 – Abertura de caminho de acesso obra
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III.5. EXECUÇÃO DE MURO DE SUPORTE
Foram executados muros de suporte ao terreno adjacente ao local da moradia,
garantido assim a sustentabilidade das terras. O Muro foi cheio contra o existente o que
veio a trazer alguns problemas com o seu enchimento devido ao levantamento da
cofragem, mesmo tendo fixado ferros na sapata prevendo esse problema, o aço usado
foi o A400 NR, Diâmetros de 20, 16, 12,colocadas conforme as disposições construtivas
regulamentares e respeitando o constante no Cap. IV do REBAP. O betão colocado foi
da classe C20-25 com as dosagens de cimento Portland, água e inertes por metro cúbico
de betão posto em obra, indicadas no Regulamento de Betões e Ligantes Hidráulicos.
Figura 5 - Pormenor do ferro armado na sapata
Figura 6 - Sapata depois de betonada e o ferro do muro devidamente armado
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A cofragem usada era composta por painéis de 2,50x2,00m, vigas Doka 3.90m e
5.90m. A seguir apresento o pormenor do primeiro lanço do muro depois de executada a
cofragem e o seu escoramento.
Figuras 7, 8 - Primeiro lanço de muro
Devido a pressão do betão depois de vibrado a cofragem começou a subir. Como
solução e atendendo aos meios disponíveis no momento colocou-se o balde da máquina
a exercer pressão descendente sobre a cofragem até o betão começar a tomar presa.
Figuras 9- Auxilio máquina na cofragem
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III.6. SAPATAS, VIGAS DE FUNDAÇÃO E LAJE TÉRREA
As fundações executadas são directas, constituídas por sapatas isoladas e sapatas
contínuas. Como é uma reconstrução e por opção do D.O. foram aproveitadas as
paredes exteriores em pedra existentes (ver figuras 10 e 12), sendo estas apenas
reforçadas e a pedra limpa. As paredes interiores mais regulares ficaram em pedra á
vista, às outras encostou-se uma parede de tijolo 30x20x11, devidamente
impermeabilizada. O alçado principal da moradia ficou simétrico uma vez que se
aproveitou o existente, ampliando-se dois blocos simétricos um de cada lado. Executouse um murete de um vão livre, (ver figura 10) o qual levou uma janela Velux no telhado,
permitindo assim a entrada de luz natural.
Figura 10 -Execução do murete
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Após a execução e posterior descofragem das vigas de fundação da parte
ampliada procedeu-se a execução do piso térreo, sendo este composto por um
enchimento com saibro proveniente das escavações, uma camada de regularização
composta por brita e uma armadura para evitar a fissuração da mesma (malha sol
CQ30), o betão utilizado para o enchimento foi C20/25 sendo aplicado com uma
espessura de aproximadamente 10cm. Todos os elementos de betão em contacto com o
solo foram devidamente impermeabilizados.
As paredes da parte ampliada foram executadas em betão armado C20/25 e aço
A400Nr
Figura 11 - Parte da ampliação da moradia
As paredes da ampliação já betonadas e descofradas, podemos verificar o
aproveitamento das paredes existentes.
Figura 12 - Alçado principal da moradia
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III.7. PISO 1º ANDAR / 2º ANDAR
Após a conclusão do piso térreo dá-se início ao levantamento da estrutura,
execução de pilares (armação de ferro, cofragem e enchimento). As lajes são todas
maciças. Durante a armação do ferro a estagiária chamou á atenção dos trabalhadores
para o posicionamento correcto da armadura, foram verificados diâmetros, recobrimento
da armadura e espaçamentos dos varões.
Figura 13,14 - Colocação de armadura
As figuras seguintes mostram ao escoramento das lajes com prumos metálicos.
Teve que ser executada com segurança uma vez que se tratava de um vão muito extenso
que foi betonado de uma só vez, tendo-se especial atenção á betonagem de modo a
equilibrar a estrutura.
Figuras 15, 16 - Escoramento das lajes com prumos metálicos
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III.8. COBERTURA
Iniciamos a cobertura pela execução da estrutura em betão armado mantendo-se
o mesmo procedimento das lajes anteriores, garantindo apenas um bom encastramento
entre as vigas inclinadas. A telha colocada foi de aba e canudo assente sobre isolamento
térmico “ roofmate SL 40” ( ver figura 19) caleira embutida na cobertura. As caleiras
são ocultas na cobertura, aplicadas perpendicularmente ás telhas, perto do beirado em
alumínio.
Figura 17 – Armadura cobertura.
Figura 18- Betonagem cobertura.
Figura 19 – Aplicação de isolamento térmico na cobertura.
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III.9. ALVENARIAS
Alvenarias foram executadas em tijolo de barro, sendo executadas paredes
duplas, na parte exterior aplicado um tijolo de 30x20x15 assente sobre argamassa de
cimento e areia e na parte interior tijolo de 30x20x11, colocou-se ainda isolamento
térmico no interior destes dois panos de parede, garantindo também uma caixa-de-ar.
Nas aplicações das alvenarias de tijolo teve-se o cuidado de não empregar os
tijolos sem os mergulhar em água durante alguns segundos, não assentando nenhuma
fiada sem previamente se humedecer a fiada precedente. A argamassa, mais branda que
é impregnada para as outras alvenarias, estender-se-á em camadas mais espessas do que
o necessário, afim de que, comprimidos os tijolos contra as juntas e leitos, a argamassa
ressoa por todos os lados. A espessura dos leitos e juntas não será superior a 0.01m.
Os tijolos serão dispostos em fiadas, atendendo-se ao tipo das paredes
determinado no projecto, de modo a conseguir-se um bom travamento. Os paramentos
vistos destas alvenarias serão perfeitamente planos.
Figura 20 -Alvenarias de tijolo.
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III.10. REVESTIMENTOS EXTERIORES E VÃOS EXTERIORES
Finalizadas as alvenarias, foi executado o reboco e assentes as cantarias (soleiras
e peitoris) (ver fig. 22.)
A tarefa seguinte foi o rejuntamento das juntas da pedra existente com massa
hidrófuga e colocada pedra de granito semelhante á existente nas zonas onde foi
construído de novo ficando toda a moradia revestida a pedra de granito. Foi um
processo que demorou algum tempo, devido á natureza dos trabalhos.
Figura 21 – Execução de reboco
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Figura 22 - Revestimento exterior
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Todos os vãos exteriores da moradia foram executados em madeira - alumínio
sendo o alumínio lacado cinza mate com vidro duplo composto por vidro exterior de
6mm, baixo e emissivo (termicamente melhorado) e vidro interior de 4mm.
O porquê da colocação deste tipo de materiais?
Como se trata da composição de dois materiais (madeira e alumínio) nobres e
puros, face interior em madeira e face exterior em alumínio, esta caixilharia garante um
isolamento térmico e acústico ao mais alto nível e estanquidade perfeita. Na face
interior, a beleza incondicional da madeira e o seu calor natural proporcionam um
ambiente requintado e acolhedor, face exterior em alumínio lacado garante uma total
durabilidade e ausência de manutenção.
Figuras 23 – Caixilharia aplicada
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III.11. REVESTIMENTOS INTERIORES E VÃOS INTERIORES
Os revestimentos interiores aplicados foram de natureza diversificada, desde
azulejo nas instalações sanitárias e cozinhas, madeiras nas restantes divisões.
O pavimento interior em madeira foi soalho maciço em madeira de Garapa, com
espessura de 20mm e largura de 10mm, régua única. Os rodapés são em madeira maciça
de Kâmbala em réguas de 0.08x0.02m. Os gradeamentos, assim como as escadas
interiores da casa são em madeira de Kâmbala. As portas interiores são opacas e lisas
em madeira de Kâmbala.
Toda a madeira aplicada estava estabilizada com a humidade média do local de
aplicação e perfeitamente desempenada. Antes, durante e no fim da aplicação da
madeira, foi medido o teor de humidade no local, para não se correr o risco da madeira
sofrer deformações.
Figuras 24 – Aspecto final aplicação mosaico
Figuras 25 – Aplicação de madeira
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III.12. INSTALAÇÕES
III.12.1. ELECTRICIDADE, TV E TELEFONES
Figura 26 - Quadro principal
A instalação eléctrica foi marcada de acordo com o pedido do D.O. uma vez que
não obriga a projecto desta especialidade, porque não excede 50KVA, sendo esta
executada de acordo com o regulamento em vigor tendo sido no final da obra vistoriada
pela CERTIEL.
A rede de TV e Telefones foi executada de acordo com o projecto de ITED,
sendo também esta vistoriada no final dos trabalhos pela ANACOM.
III.12.2. AQUECIMENTO CENTRAL
O aquecimento colocado, foi composto por caldeira a gasóleo com acumulação
de águas quentes sanitárias, tubagem, radiadores em alumínio e ventilo - convectores.
Como não existia projecto para esta especialidade foi encomendado um estudo a três
empresas da especialidade. Como a empresa não dispunha de técnicos nesta área
solicitou a colaboração externa, para comparação e avaliação do melhor estudo para a
obra em questão, sendo a proposta com a solução mais adequada a este tipo de edifício e
mais económica a adoptada.
Figura 27- Caldeira aquecimento
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III.12.3. REDE DE ÁGUAS E ÁGUAS RESIDUAIS
A rede de águas e a rede de águas residuais executou-se da forma prevista em
projecto, não sendo executada qualquer alteração, foram canalizadas todas as águas para
caixas de visita exteriores ao edifício que depois foram devidamente encaminhadas para
uma fossa pré-fabricada.
A rede de águas (quentes e frias) foi executada em tubo PPR (Polipropileno
reticulado), ficando garantida a recirculação nas águas quentes evitando assim o
desperdício de água, toda a tubagem foi ainda protegida por mangas térmicas e
chumbada com argamassa de cimento para que esta não fosse deteriorada ou mesmo
partida antes da colocação do pavimento, toda a tubagem ficou em carga, não se
verificando a existência de fugas.
A rede de esgotos domésticos foi executada em tubo PVC de diferentes
diâmetros sendo os tubos de queda com diâmetro110mm, todos os ramais nas casas de
banho como na cozinha ligavam a sifões de pavimento, sendo os ramais de diâmetros
40mm, 50mm e 75mm na ligação sifão/tubo de queda, as sanitas ligações independentes
em tubos PVC Ø90 de classe PN 4.
III.12.4. REDE DE ÁGUAS PLUVIAIS
A rede de águas pluviais é composta pelo conjunto de caleiras e tubos de queda,
com ligação a uma rede de recolha de águas nos pavimentos onde se encontram diversos
sumidouros localizados estrategicamente para recolha das águas.
O sistema de recolha das águas provenientes da cobertura e feita através de
caleiras em alumínio e tubos de queda, tubos estes que descarregam para a rede pluvial
onde foram deixados previamente os tubos de entrada destas águas.
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III.13. AUTOS DE MEDIÇÃO
III.13.1. AUTOS MEDIÇÃO DONO DE OBRA
Como se trata de uma obra particular, os autos de medição foram executados de
acordo com o previsto no contrato ou seja por fases de acordo com os trabalhos
executados na obra. No entanto, quando cada fase estava concluída, e, em conjunto com
o representante do D.O. elaborava-se o respectivo auto de medição. Caso o
representante do D.O. não pudesse estar presente elaborava-se de igual modo o mapa de
quantidades dos trabalhos executados, sendo este enviado ao representante do D.O. para
ser aprovado, para de seguida se proceder ao envio da factura e o respectivo auto de
medição elaborado pelo empreiteiro.
III.13.2. AUTOS MEDIÇÃO DOS SUBEMPREITEIROS
As medições com os subempreiteiros são normalmente feitas até ao dia 25/26 de
cada mês, o auto de medição tinha que chegar ao subempreiteiro antes do dia 28, pois
era até esse dia inclusivé que tinham que enviar a factura desse auto, caso contrário esta
poderia dar entrada só no mês seguinte, conforme vinha indicado na adjudicação
Os pagamentos normalmente são efectuados entre o dia 10 e 15 do mês seguinte
ao da entrada da factura do subempreiteiro, estes pagamentos eram efectuados passados
30 dias.
Na página seguinte apresenta-se como exemplo um desses autos de medição.
Na folha de rosto dos autos de medição dos subempreiteiros indica-se o nome do
subempreiteiro, o número da adjudicação ou aditamento, valor da adjudicação, quem
esteve presente nas medições, o valor do auto, os valores dos trabalhos a executados.
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CONSTRUÇÕES J.RAMIRO LDA
SUBEMPREITEIRO: Alvaquece, Instalações eléctricas
unipessoais Lda.
OBRA:Alteração / Ampliação moradia
Unifamiliar
SITUAÇÃO DE TRABALHOS (ART. Decreto Lei 59/99 de 2 Março)
1ª Situação Mensal
Adjudicação
Adicionais Aprovados
Situação Anterior
Situação Actual
Saldo
4.500,00€
0,00 €
4.500,00€
€
0,00 €
AUTO DE VISTORIA E MEDIÇÃO DE TRABALHOS
Aos vinte dias do mês de Agosto do Ano Dois mil e seis no local onde estão a ser executados os
trabalhos que constituem a subempreitada acima designada, adjudicada a Alvaquece Instalação
Eléctrica Unipessoal Lda pelas Construções J. Ramiro, LDA compareceram, como representante do
empreiteiro o Sr. José Ramiro como representante do subempreiteiro o Sr. José João para, de
harmonia com a legislação em vigor, e as condições do caderno de encargos respectivo, procederem
ao exame de medição dos trabalhos, tendo verificado que se encontram executadas as quantidades de
trabalho que constam da descriminação que se segue a este auto:
Valor da Medição
IVA (20%)
Retenções
Valor Liquido a Receber
4.500,00€
900,00 €
5.400,00€
PELO QUE O VALOR LÍQUIDO DA FACTURA É DE:
(Cinco mil quatrocentos euros)
Tendo-se verificado que todos os trabalhos se encontram executados de harmonia com as condições
do respectivo contrato, e não havendo mais nada a considerar, lavrou-se o presente auto que depois de
lido em voz alta e julgado conforme, vai ser assinado pelos representantes do dono da obra e do
empreiteiro.
Figura 28: Folha de rosto dos autos de medição dos subempreiteiros
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CAPÍTULO IV
ORÇAMENTAÇÃO
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IV. ORÇAMENTOS
A estagiária também colaborou na orçamentação de diversas obras públicas. O
procedimento efectuado é o seguinte:
Na chegada do processo da obra á empresa, este é encaminhado para o técnico
responsável pela orçamentação. O processo é analisado para se verificar se existe algum
esclarecimento a fazer ao D.O. /projectista, para o mesmo ocorrer durante o prazo
estabelecido para “esclarecimentos”.O mapa de quantidades é introduzido no nosso
programa WinSim (programa utilizado pela empresa). De seguida, vai-se ao mapa de
medições analisa-se quais os preços que é necessário solicitar extra empresa e
selecciona-se as empresas a contactar ( 3 por cada especialidade ). È enviado um fax a
cada empresa com o pedido de cotação no qual é mencionada o tempo para resposta ao
mesmo. Após a chegada das cotações é elaborado um mapa comparativo (ver quadro 5
da página). Depois de preenchido o mapa comparativo analisamos o preço mais
económico e é esse o preço colocado em concurso.
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PEDIDO COTAÇÃO
Exemplo Folha Rosto
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Para:
Citi XXI
De:
Madalena Oliveira
Fax:
229 955 066
Data:
09 De Maio de 2007
Att.:
Sr. Artur Pereira
págs. .: 1
CC:
N/ Ref.:
 Urgente  Apreciar p.f.  Comentar p.f.  Responder p.f.  Fazer circular
p.f.
Obra: “Arrematação Da Empreitada de Reformulação Da Praça do Município
– 2ª Fase (Jardim Contíguo à Praça Do Município e Livraria Municipal - SEIA ”
Assunto: Pedido de preços
Exmº Sr.:
Vimos por este meio solicitar o vosso melhor preço para os
materiais da vossa especialidade para a obra em epígrafe.
Agradecíamos resposta até as 12h do dia 11 de Maio.
Sem mais de momento, desde já agradecemos a atenção
despendida ao assunto, subscrevemo-nos com os melhores
cumprimentos.
De V/ Ex.as
Atenciosamente,
Figura 30: Folha de rosto de pedido cotação
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CONCLUSÃO
O acompanhamento de uma obra desta natureza é uma mais-valia para quem
está a iniciar no mundo do trabalho, uma vez que englobava diversas especialidades. A
orientação da mão-de-obra do equipamento em obra assim como no entendimento com
os diversos subempreiteiros das diversas especialidades, fez com que a estagiária
adquirisse novos conhecimentos com a certeza que aprendeu a solucionar problemas,
que a tornam mais perspicaz na resolução de outros que possam surgir noutras
empreitadas.
Assim terminei mais uma etapa da minha vida, com mais conhecimento a nível
profissional e pessoal. O estágio serviu para perceber a diferença entre a teoria e a
prática…. Todos os dias é um desafio com mais conhecimento e aprendizagem!
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BIBLIOGRAFIA
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A bibliografia usada durante o estágio é a seguinte:
- Peças desenhadas e peças escritas do projecto de execução da obra “ Alteração
/ Ampliação de Moradia Unifamiliar”
- Dados fornecidos pela empresa
- R.E.B.A.P Regulamento de estruturas de Betão armado e Pré – Esforçado
- Regulamento Geral Dos Sistemas Públicos E Prediais De Distribuição De
Água E De Drenagem De Águas Residuais
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ANEXOS
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ANEXO I
PLANO DE TRABALHOS
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ANEXO II
PEÇAS DESENHADAS
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