Comunicação Nacional do Brasil Apresentação da Comunicação Inicial do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima Ministério da Ciência e Tecnologia Brasília 2004 Diretrizes para a Preparação das Comunicações Iniciais das Partes não Incluídas no Anexo I da Convenção Anexo da Decisão 10/CP.2 Circunstâncias Nacionais • Informações básicas sobre o país • Arranjos Institucionais • Necessidades específicas e preocupações decorrentes dos efeitos adversos da mudança do clima e/ou do efeito da implementação de medidas de resposta • Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal ano base 1994. • Descrição das Providências Previstas ou Tomadas para a Implementação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Brasil – até o ano de 2000. Processo de Elaboração •Coordenação Central – MCT – agosto 1994 •Desafio: Baixo nível de conscientização •Entidades Implementadoras – 1995/2004 •Entidades Governamentais •Empresas Públicas e Privadas •Universidades / Centros de Pesquisa •Associações Industriais / Organizações não Governamentais •Consultores •Critérios: eficiência; custo/benefício; descentralização; melhor capacitação. •Financiamento: GEF/USCS, ELETROBRAS, IBAMA e FAPESP •150 entidades e 700 especialistas envolvidos Processo de Revisão • Inventário – Controle da qualidade em consulta direta MCT/autores. • Descrição das Providências – Revisão nos moldes do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima IPCC por autores e especialistas nos diversos programas e ações (140 revisores). • Disponibilização no site de Mudança do Clima http://www.mct.gov.br/clima • Comentários e revisão permanente aberta ao público. Comunicação Nacional do Brasil Circunstâncias Nacionais Circunstâncias Nacionais • 8.514.876,6 km2 de extensão. • Possui 5 regiões político-administrativas, divididas em 26 estados e o Distrito Federal. • Abriga 1/3 das florestas tropicais do planeta e o Cerrado (Savana) que é uma das maiores regiões fitoecológicas existentes no planeta. • População em 1994 - 156.755.320 habitantes. • População em 2000 - 169.799.170 habitantes. • PIB per capita em 1994 - US$ 3.464,11. • PIB per capita em 2000 - US$ 3.492,63. Circunstâncias Nacionais • O Brasil apresentou nos últimos anos uma melhoria nos indicadores sociais, no entanto ainda possui um grande caminho a percorrer. • Ainda possui uma parcela significativa da população em situação de pobreza • 22 milhões de habitantes vivem em situação de pobreza absoluta, segundo dados do IPEA em 2000. • E apresenta grandes disparidades sociais e regionais. Densidade Demográfica no Brasil Comunicação Nacional Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal Emissões de CO2 Mudança no Uso da Terra e Florestas 77% 1990 Energia 21% Processos Industriais 2% Total 1990 979 milhões t CO2 Total 1994 Mudança no Uso da Terra e Florestas 75% 1030 milhões t CO2 1994 Energia 23% Processos Industriais 2% Variação 1990-1994 5% Emissões de CH4 Mudança no Uso da Terra e Florestas 13% Resíduos 6% Energia 4% 1990 Total 1990 12,3 milhões t CH4 Agricultura 77% Mudança no Uso da Terra e Florestas 14% Resíduos 6% Energia 3% 1994 Total 1994 13,2 milhões t CH4 Variação 1990 - 1994 7% Agricultura 77% Emissões de N2O 1990 Mudança no Uso da Terra e Florestas 2% Res. Energia Ind. 2% 2% 2% Total 1990 490 mil t N2O Agric. 92% Total 1994 1994 Mudança no Uso da Terra e Florestas 2% 550 mil t N2O Energia Resíduos 2% Ind. 2% 2% Variação 1990 - 1994 12 % Agric. 92% Emissões de CO2 - 1994 Queima de Combustíveis Indústria Queima de Combustíveis 7% Transporte 9% Queima de Combustíveis Outros Setores 6% Emissões Fugitivas 1% Processos Industriais 2% Mudança no Uso da Terra e Florestas 75% Legenda Bioma AMAZÔNIA Bioma CERRADO Bioma CAATINGA Bioma PANTANAL MATA ATLÂNTICA Amostras RADAM 6 4 2 0 -75 -70 -65 -60 -55 -50 -45 latitude -2 -4 -6 -8 -10 -12 -14 longitude Emissões e Remoções de CO 2 TOTAL ENERGIA Queima de Combustíveis Fósseis Setor Energético Setor Industrial Indústria Siderúrgica Outras Indústrias Setor Transporte Transporte Rodoviário Outros Meios deTransporte Setor Residencial Setor Agropecuário Outros Setores Emissões Fugitivas Mineração de Carvão Extração e Transporte de Petróleo e Gás Natural PROCESSOS INDUSTRIAIS Produção de Cimento Produção de Cal Outras Indústrias MUDANÇA NO USO DA TERRA E FLORESTAS Mudança em Estoques de Florestas e Biomassa Conversão de Florestas para Outros Usos Abandono de Terras Manejadas Emissões e Remoções pelos Solos 1990 milhões t 979 203 198 23 61 29 33 82 71 11 14 10 8 5 2 4 17 10 4 3 758 -45 882 -189 110 1994 milhões t 1030 237 231 26 74 38 36 94 83 11 15 13 10 5 1 4 17 9 4 3 776 -47 952 -204 76 Part. 1994 (%) 100,0 23,0 22,5 2,5 7,2 3,7 3,5 9,2 8,1 1,1 1,5 1,2 0,9 0,5 0,1 0,4 1,6 0,9 0,4 0,3 75,4 - 4,6 92,4 - 19,8 7,3 Var. 90/94 (%) 5 16 17 12 21 32 11 15 17 1 10 25 21 - 5 - 18 0 - 0 - 9 11 13 2 4 8 8 - 31 Emissões de CH4 - 1994 Resíduos Agrícolas Cultura 1% de Arroz 2% Manejo de Dejetos 3% Fermentação Entérica Outros Animais 3% Mudança no Uso da Terra e Florestas 14% Resíduos 6% Queima de Combustíveis Emissões 2% Fugitivas 1% Fermentação Entérica Gado Bovino 68% Distribuição do Gado no Território Brasileiro De 0 a menos de 10.100 cabeças De 10.000 a menos de 25.181 cabeças De 25.181 a menos de 68.944 cabeças De 68.944 cabeças e mais Fonte: IBGE, 1996a. Emissões de CH4 1990 1994 Part. 1994 Variação 90/94 mil t mil t % % 12299 13173 100,0 439 401 3,0 - 332 293 2,2 - 12 107 108 0,8 1 Mineração de Carvão 59 53 0,4 - 10 Extração e Transporte de Petróleo e Gás Natural 47 54 0,4 15 3 3 0,0 8 9506 10161 77,1 7 8807 9377 71,2 6 8391 8962 68,0 7 Gado de Leite 1200 1257 9,5 5 Gado de Corte 7191 7705 58,5 7 416 415 3,2 338 368 2,8 9 242 259 2,0 7 96 109 0,8 14 Cultura de Arroz 240 283 2,1 18 Queima de Resíduos Agrícolas 121 133 1,0 10 1615 1805 13,7 12 1615 1805 13,7 12 737 803 6,1 9 Lixo 618 677 5,1 10 Esgoto 119 126 1,0 6 TOTAL ENERGIA Queima de Combustíveis Emissões Fugitivas PROCESSOS INDUSTRIAIS (Indústria Química) AGRICULTURA Fermentação Entérica Gado Bovino Outros Animais Manejo de Dejetos Animais Gado Bovino Outros Animais MUDANÇA NO USO DA TERRA E FLORESTAS Conversão de Florestas para Outros Usos LIXO E ESGOTO 7 9 - Emissões de N2O - 1994 Mudança no Uso da Terra e Florestas 2% Dejetos de Animais 6% Resíduos 2% Processos Industriais 2% Energia 2% Fertilizantes Sintéticos 4% Fixação Biológica 5% Resíduos Agrícolas 9% Emissões Indiretas de Solos 24% Solos Orgânicos 4% Animais em Pastagem 40% Emissões de N2O 1990 1994 Part. 1994 Variação 90/94 mil t mil t % % 490 550 100,0 12 8 9 1,6 11 Setor Industrial 3 4 0,7 14 Outros Setores 5 5 0,9 9 8 14 2,5 61 Produção de Ácido Nítrico 0 1 0,1 38 Produção de Ácido Adípico 8 13 2,4 63 451 503 91,5 12 19 20 3,7 7 13 13 2,4 5 6 7 1,2 11 426 476 86,6 12 Fertilizantes Sintéticos 14 21 3,8 51 Esterco Animal 12 13 2,4 12 Fixação Biológica 21 26 4,8 25 Resíduos Agrícolas 36 43 7,8 19 Solos Orgânicos 16 23 4,1 38 Animais em Pastagem 207 219 39,7 6 Emissões Indiretas 120 132 24,0 10 6 7 1,2 9 11 12 2,3 12 11 12 2,3 12 12 12 2,2 6 TOTAL ENERGIA (Queima de Combustíveis) PROCESSOS INDUSTRIAIS (Indústria Química) AGRICULTURA Manejo de Dejetos Animais Gado Bovino Outros Animais Solos Agrícolas Queima de Resíduos Agrícolas MUDANÇA NO USO DA TERRA E FLORESTAS Conversão de Florestas para Outros Usos LIXO E ESGOTO (Tratamento de Esgoto Doméstico) Comunicação Nacional do Brasil Descrição das Providências Previstas ou Tomadas para a Implementação da ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Brasil Cap.1 - Programas e Ações Relacionados com o Desenvolvimento Sustentável • Programa Nacional do Álcool. • Programas de Conservação de Energia. • Contribuição da Geração Hidrelétrica para a Redução de Emissões. • Novas Fontes Cogeração). de Energia Renovável (inclui-se • Programa Brasileiro de Biocombustíveis - Probiodiesel. Evolução da Produção de Etanol – 1970 a 2000 Fonte: Balanço Energético Nacional - BEN, 1986/1990/2001 Produção de veículos leves 2000000 1800000 1600000 1400000 1200000 Álcool 1000000 Gasolina 800000 600000 400000 200000 Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, 2001. 19 99 19 97 19 95 19 93 19 91 19 89 19 87 19 85 19 83 19 81 19 79 0 Cap. 2 - Programas e Ações que Contêm Medidas que Contribuem para Enfrentar a Mudança do Clima e seus Efeitos Adversos • Setor Elétrico Brasileiro. • Perspectivas do Gás Natural no Brasil e seu Papel na Redução do Crescimento das Emissões de GEE. • Programas da Petrobras para Melhorar Aproveitamento do Gás Natural da Bacia de Campos. o Oferta por Fonte e Consumo Final de Eletricidade 1970 1980 Fonte 1990 1999 2000 (TWh) Geração Total* Geração Hidrelétrica Geração Térmica 45,7 139,3 222,8 332,3 347,7 39,8 128,9 206,7 292,9 307,6 5,9 10,4 16,1 39,4 40,1 2,2 4,0 5,0 2,8 7,4 6,4 0,7 2,0 3,8 Nuclear Carvão Mineral 1,4 2,6 Gás Natural Petróleo 3,7 5,2 5,4 16,0 14,1 Outras 0,8 2,6 5,0 10,0 10,8 -0,2 26,5 39,9 42,4 45,7 139,1 249,4 372,2 390,1 6,1 16,4 31,7 57,5 58,5 39,6 122,7 217,7 314,7 331,6 Importação Líquida Oferta Bruta de Eletricidade Perdas, Distribuição e Armazenagem Consumo Final Fonte: MME, 2001, exceto desagregação referente à geração térmica em 2000 (normalizada a partir de e&e – Economia & Energia – elaboração própria). * Inclui centrais elétricas de serviço público e autoprodutores. Cap.3 - Pesquisa e Observação Sistemática • Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia - LBA. • Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG7 e a Mudança do Clima. • Programa Rede Piloto de Pesquisa no Atlântico Tropical. • Modelos Regionais do Clima. Cap. 4 - Educação, Treinamento e Conscientização Pública • Programas de Educação Ambiental. • Programas de Educação em Conservação de Energia e Uso Racional de Derivados de Petróleo e Gás Natural. • Aumentando a Conscientização nas Questões Relativas às Mudanças do Clima no Brasil. • Publicação da Convenção de Mudança do Clima e do Protocolo de Quioto em português. •Criação do site brasileiro de mudança do clima http://www.mct.gov.br/clima - disponível em quatro línguas - português, inglês, espanhol e francês. Cap. 5 - Efeitos da Mudança Global do Clima nos Ecossistemas Marinhos e Terrestres • Zona Costeira. • Branqueamento de Corais. • Saúde. • Setor Elétrico. • Agricultura. Comprimento do litoral de acordo com o grau de ocupação - PLC Densidade de Ocupação (habitantes/km) Ano Total < 1.000 1.000-5.000 5.000-10.000 > 10.000 Comprimento (km) 1980 Porcentagem (%) Comprimento (km) 1991 Porcentagem (%) 3.824 2.683 385 560 7.452 51,3 36,0 5,2 7,5 100 3.328 2.867 512 745 7.452 44,7 38,5 6,9 10,0 100 Branqueamento de Corais • Em Abrolhos - BA, duas ocorrências de branqueamento relacionam o fenômeno a um aumento da temperatura das águas superficiais: o primeiro ocorreu durante uma anomalia de temperatura no verão de 1994, quando 51 a 88% das colônias do gênero Mussismilia foram afetadas; o segundo está relacionado com o forte evento El Niño que se iniciou no final de 1997 no oceano Pacífico e causou, também, um aumento da temperatura das águas costeiras. Durante o evento de Abrolhos, foi observado que cerca de nove espécies de corais apresentaram suas colônias parcial ou totalmente branqueadas, com percentuais variando entre 10 a 90%. Saúde • Os eventos climáticos extremos (os temporais, as inundações e as secas) têm importante impacto na saúde da coletividade, quer ocasionando o aparecimento de surtos de doenças transmissíveis, quer provocando vítimas por acidentes. • O Brasil, pela sua localização geográfica e tamanho, é sujeito a fortes variações climáticas que conduzem a mudanças no meio ambiente, que favorece o surgimento de doenças infecciosas endêmicas sensíveis ao clima, tais como malária, dengue, cólera, leishmaniose (leishmaniose tegumentar e leishmaniose visceral), leptospirose e hantavirose. Cap. 6 - Formação de Capacidade Nacional e Regional • Instituto Interamericano para Pesquisas em Mudanças Globais - IAI. • Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima IPCC. • Centro de Previsão de Tempo e Estudos do Clima CPTEC / INPE. Cap. 7 - Integração das Questões sobre Mudança do Clima no Planejamento de Médio e Longo Prazos • PROCONVE - Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores. • Medidas contra o Desflorestamento na Região Amazônica. • Projeto de Estimativa do Desflorestamento Bruto na Amazônia - PRODES. • Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC. • Prevenção de Queimadas (PREVFOGO, PROARCO, etc.). PROCONVE Fatores Médios de Emissão de Veículos Leves Novos Poluente* Ano / Modelo Combust ível NOx CHO HC Gasolina 54 4,7 1,2 0,05 nd Gasolina C 33 3 1,4 0,05 nd Et anol 18 1,6 1 0,16 nd Gasolina C 28 2,4 1,6 0,05 23 16,9 1,6 1,2 0,18 10 Gasolina C 22 2 1,9 0,04 23 Et anol 16 1,6 1,8 0,11 10 Gasolina C 18,5 1,7 1,8 0,04 23 Et anol 13,3 1,7 1,4 0,11 10 Gasolina C 15,2 1,6 1,6 0,04 23 Et anol 12,8 1,6 1,1 0,11 10 Gasolina C 13,3 1,4 1,4 0,04 2,7 Et anol 10,8 1,3 1,2 0,11 1,8 Gasolina C 11,5 1,3 1,3 0,04 2,7 Et anol 8,4 1,1 1 0,11 1,8 Gasolina C 6,2 0,6 0,6 0,013 2 Et anol 3,6 0,6 0,5 0,035 0,9 Gasolina C 6,3 0,6 0,8 0,022 1,7 Et anol 4,2 0,7 0,6 0,040 1,1 6 0,6 0,7 0,036 1,6 Et anol 4,6 0,7 0,7 0,042 0,9 Gasolina C 4,7 0,6 0,6 0,025 1,6 Et anol 4,6 0,7 0,7 0,042 0,9 Gasolina C 3,8 0,4 0,5 0,019 1,2 Et anol 3,9 0,6 0,7 0,040 0,8 Gasolina C 1,2 0,2 0,3 0,007 1 Et anol 0,9 0,3 0,3 0,0012 1,1 Gasolina C 0,79 0,14 0,23 0,004 0,81 Et anol 0,67 0,19 0,24 0,0014 1,33 Gasolina C 0,74 0,14 0,23 0,004 0,79 0,6 0,17 0,22 0,013 1,64 Gasolina C 0,73 0,13 0,21 0,004 0,73 Et anol 0,63 0,18 0,21 0,014 1,35 (g/km) Pré 1980 Emissões evaporat ivas de combust ível CO (g/t este) 1980-83 1984-85 Et anol 1986-87 1988 1989 1990 1991 1992 1993 Gasolina C 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Et anol 2000 Fonte: Cetesb, 2001. *Médias ponderadas de cada ano-modelo pelo volume de produção. nd – não disponível. Gasolina C – 78% de gasolina mais 22% de álcool anidro (v/v). RCHO – formaldeído+acetalde ído. PRODES Desflorestamento Observados em 1999 SNUC • Somando-se as terras indígenas às unidades de conservação federais e estaduais, o percentual de áreas protegidas, com diferentes graus de proteção, alcança, no ano 2000, 20,78% do território nacional, sendo que a Amazônia Legal concentra 94% das terras abrangidas (IBAMA). Página de Mudança do Clima no Brasil http://www.mct.gov.br/clima Responsabilidades comuns, porém diferenciadas • A Convenção reconhece que a maior parcela das emissões globais, históricas e atuais, de gases de efeito estufa é originária dos países desenvolvidos, que as emissões per-capita dos países em desenvolvimento ainda são relativamente baixas e que a parcela de emissões globais originárias dos países em desenvolvimento crescerá para que eles possam satisfazer suas necessidades sociais e de desenvolvimento. • Por esse motivo, os países desenvolvidos devem tomar a iniciativa no combate à mudança do clima e a seus efeitos. • Para os países em desenvolvimento, o desenvolvimento econômico e social e a erradicação da pobreza são as prioridades primordiais e absolutas. Responsabilidades Históricas • O aumento da temperatura média da superfície terrestre resulta de um processo de dupla acumulação: • cerca de metade das emissões anuais mundiais de gases de efeito estufa se acumulam na atmosfera aumentando a concentração desses gases, e • com o aumento anual da concentração dos gases de efeito estufa, a radiação infravermelha que deveria ser liberada de volta ao espaço é absorvida e re-emitida, aumentando a temperatura da superfície terrestre. • Por esse motivo, os países desenvolvidos, que são responsáveis por maior parte das emissões históricas, desde a Revolução Industrial, são os maiores responsáveis pelo aumento atual da temperatura média da superfície terrestre. • Os países em desenvolvimento, por seu processo de industrialização recente, não contribuíram significativamente para o problema. Contribuição Histórica do Brasil Contribuições para a Mudança do Clima em 1990 da emissão de Combustíveis Fósseis e Mudança no uso da terra por país Brasil 1,0% Austrália África do Sul 1,2% 1,3% Itália 1,7% Índia 1,9% Soma de outros países com menos de 1% 19,1% Polônia 2,8% Japão 4,2% Estados Unidos 42,6% Reino Unido 10,5% China 6,4% Canadá 2,9% França 4,5% Elaborado pela equipe da COPPE ( Prof. Pinguelli) com base na proposta brasileira para Quioto em 1997 (MCT/MRE)