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Cidades - [email protected]
Diário de
Caxias
Anele de Paula
[email protected]
“A Justiça
Eleitoral de
Codó estará dia
13 no povoado
Lagoa da City,
no dia seguinte,
no povoado
Limoeiro”
O Estado do Maranhão - São Luís, 7 de janeiro de 2012 - sábado
Secundário
S
e tem um personagem que
ninguém se lembra por aqui
e muito menos emite qualquer preocupação é com o eleitor
caxiense. Ele atua como personagem secundário e nem para vilão
serve na ótica dos políticos locais,
mas, é justamente o eleitor, principalmente o mais humilde, que será
penalizado em todo esse processo.
É que assim como acontece em
todo período eleitoral, a Justiça dá
prazos para transferência de documentos, retiradas de novas ou segundas vias, justificativas e etc. E é
impossível não dizer: a sede do Cartório Eleitoral agora é longe. Tão
longe que para quem sai de qual-
quer ponto da cidade e precisa chegar até lá para resolver alguma pendenga tem que desembolsar entre
R$ 8,00 e R$ 10,00, dependendo do
humor do mototaxista.
quer pendenga no CE. E isso vale também para os candidatos a
vereador desprovidos de cargos
públicos e bens materiais, mas
que sonham em vê seu rostinho
Como nosso sistema de transporte
público ainda é precário, tal qual o
de um povoado na zona rural, não
sairá barato resolver qualquer
pendenga no Cartório Eleitoral
Como nosso sistema de transporte público ainda é precário tal
qual o de um povoado na zona rural, não sairá barato resolver qual-
estampado na propaganda eleitoral. Estes também gastarão
muita sola de sapato rumo ao
Cartório Eleitoral.
Caravanas
Água
Assim como acontecia no período, quando o cartório ainda era localizado no centro da cidade, caravanas se deslocarão até o cartório
e desta vez os candidatos terão que
desembolsar o transporte e o lanche da galera. Por ser distante, ninguém sairá da fila para lanche.
No conjunto do Projeto Minha Casa Minha Vida, menina dos olhos
da Prefeitura de Caxias e sua equipe de marketing, os moradores começam a viver os problemas da
obra inacabada. A falta de água nas
torneiras das residências já é parte da rotina dos novos inquilinos.
Apuração
Itinerante
Como o Cartório ainda não definiu o seu esquema de trabalho na
apuração para este ano, por causa da distância dificilmente o povão se desloque até a sede do CE
para acompanhar a apuração em
tempo real através de telão.
A justiça Eleitoral de Codó estará
dia 13 no povoado Lagoa da City, no
dia seguinte em Limoeiro e no dia
15 em Santana Velha. Em todos estes povoados a Justiça Eleitoral vai
fazer alistamento, revisão, transferência e segunda via de títulos.
Ainda falta água em ruas e até
bairros do município de Codó
No bairro Trizidela, por exemplo, o desabastecimento de água é crônico; no morro, a parte mais alta do núcleo residencial
é crítica, pois os moradores não conseguem nem fazer os serviços domésticos mais simples, mas a conta sempre chega
C
ODÓ – Muitas ruas de Codó ainda enfrentam falta
de água durante todo o
dia. Em alguns bairros, a situação
parece crônica. Um desses exemplos é o que acontece no bairro
Trizidela. Quem vive nos morros,
que é a parte alta do bairro, reclama porque dificilmente há água
para fazer serviços domésticos
simples. Em outros locais da cidade, a situação não é diferente.
A torneira do aposentado
Domingos Moreira, que mora
no Bairro Codó Novo, fica na
porta da casa, uma tentativa de
diminuir o trajeto da água até o
fundo da casa. A localização
dela em nada ajuda. Ele disse
que há dias em que as crianças
deixam de ir à escola porque
não há água para tomar banho.
“Tem dia que a água até que
chega durante o dia, mas é raro. O certo mesmo é só de noite. A gente não tem o que fazer,
é assim sempre”, disse o aposentado irritado.
Na área visitada por O Estado, quem fica acordado na
maioria das vezes até de madrugada consegue guardar nos
quintais pequenas quantidades de água em reservatórios
improvisados para o uso limitado no restante do dia.
Quem dorme demais não
consegue encher nada. Para tentar evitar que isso aconteça, muitos moradores revelam que se revezam durante a madrugada até
Anele de Paula
“
Todo mês
eu pago de
R$ 12,00 a
R$ 15,00 pela
conta de
água, tendo
esta chegado
ou não até
a minha
moradia”
Andrea da Conceição
Moradora do bairro Codó Novo
Reservatório de água construído no bairro Nova Jerusalém, em Codó, nunca entrou em funcionamento
que a água comece a cair nas torneiras instaladas nas residências.
Problema antigo - O problema
da falta de água nos bairros já
persiste há mais de dois anos e
esta não é a primeira vez que é
denunciado. Na época, o responsável por solucionar o problema
era Pauly Maran, que hoje ocupa
o cargo de secretario de Planejamento da atual administração.
Depois que foi denunciada,
Rápidas
Exploração
Rede Mandioca
CODÓ - O promotor de
Justiça da Infância e
Juventude da Comarca de
Codó, Tharles Rodrigues
Alves, disse que o estado de
pobreza do povoado Km17
é preocupante. Por isso,
convocou a comunidade
para discutir o assunto em
audiência pública. A primeira
audiência já foi realizada.
Segundo o promotor, em
Km17, que fica muito
próximo da estrada, é
comum as crianças ficarem
expostas à exploração da
prostituição e ao trabalho
de limpeza dos pneus de
caminhões (bate-pneus).
Presente em todas as
regiões do Maranhão, a
Rede Mandioca articula mais
de100 grupos, associações e
empreendimentos produtivos
em mais de 80 municípios.
Atualmente estão associados
à articulação estadual
lavradores, agroextrativistas,
artesãos e criadores de
pequenos animais. Sua
plenária estadual acontece
a cada dois anos e elege os
14 membros de sua
coordenação – dois por
região. A Cáritas Brasileira
Regional Maranhão presta
assessoria técnica aos
filiados à Rede Mandioca.
há dois anos, a falta de água em
cerca de oito travessas, que recebem o nome de Goiânia, no
Bairro Santo Antônio, o problema foi solucionado. Uma das
medidas apresentadas por
Pauly Maran, na época, foi a
construção dos reservatórios
erguidos em Codó Novo, Nova
Jerusalém, São Pedro e mais
um que seria construído no
próprio Santo Antônio.
A questão é que estes reser-
vatórios acabaram se transformando em um elefante branco. O dinheiro público foi aplicado, a obra executada, mas
nunca entrou em funcionamento. Tanto que o problema
permanece até hoje.
As obras já estavam paralisadas na época em que a primeira denúncia foi feita. A conclusão, garantiu a autoridade, dependia de novos recursos oriundos do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), versão 2.
A lavradora Andrea dos Santos da Conceição mora a menos de 50 metros de um desses
reservatórios na Rua Nossa Senhora dos Milagres, no Bairro
Codó Novo, e criticou a não
conclusão da obra.
A rotina dela continua muito
difícil. Torneira sem água, roupa
por lavar e serviços domésticos
para fazer e nada de água nem
de dia e nem durante a noite.
Direção do
SAAE não
sabe de obra
Em busca de explicações para a
falta de funcionamento do sistema de água potável de Codó,
O E s t a d o procurou o Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de
Codó (SAAE).
O atual diretor, Paulinho Maclaren, não quis se aprofundar
sobre o assunto e informou apenas que nunca recebeu nenhum
documento sobre o projeto dos
reservatórios e que, por isso, não
tem como assumir a responsabilidade deixada por gestões anteriores e muito menos concluí-lo.
Outra informação repassada pelo gestor é que o projeto
inicial teria sido feito com erros, pois esqueceram de incluir
no projeto os poços artesianos
que encheriam as enormes caixas d’água (algumas chegam a
mais de 700 mil litros). Nenhum poço do SAAE hoje teria
tal capacidade.
Na Secretaria Municipal de
Infraestrutura, o secretário Márcio Esmero, explicou que o projeto inicial, que seria da administração anterior, foi considerado inviável pela Caixa Econômica Federal, motivo pelo qual
teve de ser refeito.
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