PLANO DIRETOR MUNICIPAL
CASTANHEIRA DE PERA
09. PATRIMÓNIO
ARQUITETÓNICO
ARQUEOLÓGICO
março 2015
câmara municipal de castanheira de pera
lugar do plano, gestão do território e cultura
E
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
ÍNDICE
1. Introdução............................................................................................................................................ 3
2. Objetivos .............................................................................................................................................. 6
3. Património Arqueológico ..................................................................................................................... 7
3.1. Achados e Sítios Arqueológicos .................................................................................................. 7
3.2. Sítios com valores naturais e potencial arqueológico.................................................................. 7
3.3. Arqueologia Industrial .................................................................................................................. 8
3.4. Áreas de Sensibilidade Arqueológica .......................................................................................... 9
4. Património Arquitetónico ................................................................................................................... 10
4.1. Arquitetura Religiosa .................................................................................................................. 10
4.2. Arquitetura Civil .......................................................................................................................... 10
4.3. Núcleos Antigos ......................................................................................................................... 11
5. Conclusão.......................................................................................................................................... 12
6. Fichas de Inventário .......................................................................................................................... 13
6.1. Património Classificado ............................................................................................................. 14
6.1.1. Imóveis de Interesse Público .............................................................................................. 14
6.2. Património Inventariado ............................................................................................................. 15
6.2.1. Património Arqueológico .................................................................................................... 15
6.2.2. Património Arquitetónico .................................................................................................... 38
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9.2
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09. Património Arquitetónico e Arqueológico
1. INTRODUÇÃO
Património pode ser qualquer construção, tipologia arquitetónica, espaço ou conjunto existente em espaço
urbano que, pelo seu interesse arquitetónico, histórico, cultural ou social, constitui um bem que deve ser
protegido e promovido com vista à sua apropriação pela comunidade.
A ideia intemporal de património, no sentido de possuir e transmitir algo com valor, ganha propriedades
culturais na antiguidade clássica. Designa hoje a totalidade dos "bens" herdados do passado, sejam eles
culturais ou naturais. Entende-se aqui por passado tudo aquilo que foi produzido, mais ou menos
recentemente. O termo aplica-se a todo o conjunto de bens que pelas suas qualidades económica, artística
e cognitiva, que caracteriza e individualiza cada lugar e cada cidade. O valor memorial tem hoje um grande
peso na definição de património, tornando-o tão alargado, genérico e democrático que comporta em si quer
a obra erudita, quer a obra vernacular.
A defesa e a valorização do Património são fatores determinantes no processo de qualificação urbanística
dos espaços urbanos, contribuindo para o desenvolvimento económico e cultural, revelando-se um veículo
privilegiado de coesão social. O Património urbano tem um papel fundamental e insubstituível na produção
simbólica e na imagem das diferentes formas da cidade contemporânea.
Assim, a salvaguarda do Património é uma dimensão fundamental na definição e aplicação dos
instrumentos de planeamento e de gestão urbanística.
A produção bibliográfica sobre esta matéria é ainda muito limitada pelo que a avaliação de cada imóvel
com interesse patrimonial se reduz ao que é possível reconhecer diretamente, isto é, fatores como a
descaracterização da envolvente próxima, o estado de conservação do imóvel e a capacidade construtiva
do lote, não havendo lugar a qualquer tipo de caracterização arquitetónica do imóvel ou conjunto que
possibilite uma avaliação rigorosa.
Mesmo que a reação ao pensamento moderno tenha conduzido a um novo olhar sobre o antigo, é fácil
constatar que tal fenómeno tem facetas ambíguas não existindo ainda um consenso alargado entre os
técnicos e os especialistas que intervêm na gestão e no ordenamento dos territórios sobre princípios gerais
de intervenção em Património.
Assim, há que reconhecer, por um lado, a insuficiência da informação e a inexistência de um banco de
dados sobre o território, um interface entre o espaço físico e a gestão desse espaço, que permita o
reconhecimento das realidades em causa sempre que necessário. Esta dimensão – do conhecimento –
comporta, no entanto, a capacidade de avaliação dos elementos existentes, relacionados com a época em
que foram produzidos e o local ou a zona em que foram projetados.
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09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Este fator é determinante para uma sensibilização face aos valores em causa e para a alteração dos
comportamentos e atitudes para com o Património. Numa época em que o próprio conceito que lhe está
associado se alarga indistintamente, abarcando todo o tipo de realidades urbanas, há um sentimento de
dispersão feito de vagas referências patrimoniais que, na hora da decisão e nas opções do dia-a-dia,
acabam por fazer diluir os critérios de exigência que deveriam estar subjacentes.
Há que fazer um esforço de fundamentação das qualidades inerentes às várias dimensões de Património
bem como dos critérios que as suportam.
Deste modo, a presente proposta de inventariação do Património abre um novo quadro de ordenamento do
território concelhio, no que diz respeito à proteção e valorização dos imóveis e conjuntos que detêm, em si
mesmos, valores arquitetónicos, históricos ou urbanísticos.
Por outro lado, a sociedade não assenta hoje em referências lineares. O mundo está em transformação
rápida do ponto de vista tecnológico e económico e as consequências dessas mudanças não estão a ser
agradáveis.
A noção de património foi evoluindo não só na sua conceptualização, mas igualmente e sobretudo na
perspetiva globalizante do termo. Assim dever-se-á entender por património ambiental aquele constituído
não só pelo construído como também pelo natural.
Como património construído, e como refere a Convenção para a Salvaguarda do Património Arquitetónico
da Europa – Estrasburgo 1985 – dever-se-á considerar:

Monumento
Todas as realizações particularmente notáveis em virtude do seu interesse histórico,
arqueológico, artístico, científico, social ou técnico, incluindo as instalações ou os el ementos
decorativos que fazem parte integrante destas realizações.

Conjuntos Arquitetónicos
Grupos homogéneos de construções urbanas ou rurais, notáveis pelo seu interesse histórico,
arqueológico, artístico, científico, social ou técnico.

Sítios
Obras combinadas entre o homem e a natureza, parcialmente construídas e constituindo
espaços suficientemente característicos e homogéneos para se construírem como objeto de
uma limitação topográfica, notáveis pelo seu interesse histórico, arqueológico, artístico,
científico, social ou técnico.
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O conceito em análise, associado ao valor material, é tão antigo como a nossa civilização, confunde se com um sentimento de posse que se acumula e transmite de geração em geração. Neste sentido,
herança pressupõe também história, na qual se transmitem testemunhos e memórias.
Hoje a palavra adquiriu, tal como o conceito, outros valores que o ligam globalmente ao que à cultura
diz respeito e em especial ao edificado, que ao configurar -nos o habitat, se nos impõe de uma forma
imediata. Estas estruturas realizam também a dupla viagem passado / presente na medida em que
nos trazem o passado e nos transportam de volta a ele. O património desempenha assim um papel
importante na formação da nossa memória coletiva.
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2. OBJETIVOS
Pretende-se lançar as bases para um novo entendimento sobre a função urbanística, estética e de
consolidação da imagem urbana que os imóveis e conjuntos com valor patrimonial podem
desempenhar pela sua qualidade arquitetónica, paisagística ou histórica.
Enquanto fonte de conhecimento do território e instrumento de apoio ao planeamento e gestão desse
mesmo espaço, o Património deve assumir-se como uma componente estratégica na definição das
novas políticas de ordenamento do território e um veículo privilegi ado de sensibilização do potencial
patrimonial, nomeadamente na qualificação dos ambientes urbanos atuais.
Neste plano, o tema do património foi tratado a diferentes níveis, complementares e orientados num
único sentido: a proteção de uma memória física existente e a sua adequação a um uso contínuo e
valorizador.
Consoante a evolução do próprio conceito de património, entende -se que este representa um recurso
a utilizar, regrando os seus usos e cargas. Por ser uma componente viva e dinâmica de um territór io,
deve ser aproveitado e adequado aos fins capazes de o proteger e acautelar o seu abandono,
promovendo a sua fruição ativa quer segundo uma metodologia de recuperação quer segundo
métodos de reconversão e reabilitação urbana. Para além da qualificação d os ambientes urbanos,
este tipo de intervenção sobre o património cultural imóvel é também qualificador do espaço rural,
fazendo acrescer a proteção da paisagem no âmbito do património construído.
Efetivamente, em nosso entender não faz qualquer sentido deixar totalmente ao critério da DGPC a
proteção patrimonial de um imóvel, demitindo-se a Autarquia de o fazer. Sendo o Município
competente em matéria de salvaguarda do Património, cabe-lhe estabelecer políticas e estratégias
que conduzam à promoção do seu Património, bem como dotar os seus serviços das condições
necessárias à execução dessas políticas e à boa gestão do mesmo, competindo -lhe igualmente
informar tecnicamente do ponto de vista do impacto das novas intervenções.
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3. PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO
3.1. ACHADOS E SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS
Não se conhecem muitas informações fidedignas relativas à existência de vestígios arqueológicos no
concelho de Castanheira de Pera pelo que se trata de uma região praticamente isenta de estudos.
Apesar da pouca informação, podemos contudo fazer referência aos seguintes achados e sítios
arqueológicos, inventariados no endovélico da Direção Geral do Património Cultural:
1.Ponte de Pedra/Ponte das Cabras
2.Safra 2 - mamoa encontrada nas imediações do marco geodésico de Safra;
3.Fragmento de cerâmica, encontrados no Parque Eólico;
4.Lajedo, ou comumente designado por rochas com covinhas da Bragada que correspondem a rochas
gravadas do sítio da Bragada, encontradas no planalto que separa as povoações do Ameal e de Vilar.
Estas consideram um núcleo de dois painéis, sendo que o principal apresenta 56 covinhas e o segundo
contém apenas 3 covinhas;
5.Sarzedas de São Pedro (Eucaliptal) – seixo em arenito calcário.
Acrescem ainda a este património os vestígios de uma base de estrutura circular, encontrados durante um
trabalho de campo, no Cabeço do Pião, saindo de Castanheira de Pera, em direção ao Ameal, o fragmento
de cerâmica pré-histórica, descoberto no parque eólico, no troço final da ligação à rede elétrica nacional e
o antigo caminho de Sarnadas, e os troços de uma estrada coimbrã, localizada nas imediações de
Carregal, conforme refere a Monografia do concelho.
3.2. SÍTIOS
COM
VALORES
NATURAIS
E
POTENCIAL
ARQUEOLÓGICO
Não obstante não terem sido realizados levantamentos e estudos, os “ Rodados de carros de bois”, no
caminho em direção a Santo António das Neves e o “Caminho dos neveiros” são dois locais que devem
ser considerados como Áreas de Potencial Arqueológico.
Dado às suas características naturais e às várias histórias que lhes são inerentes, estes representam
tradicionais locais de passagem que devem ser considerados no presente relatório e em Planta de
Património.
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3.3. ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL
No âmbito do património industrial, o concelho de Castanheira de Pera apresenta vários exemplares que
se encontram inventariados no presente relatório e constam em Planta de Património.
Sendo maioritariamente edificações dos finais do século XIX e princípios do século XX, estes imóveis e
conjuntos edificados são manifestamente elementos representativos da atividade industrial têxtil que veio
compatibilizar-se com a produção artesanal, já há muito instalada neste concelho, entre os quais se
evidenciam as fábricas de Pereiros, Abelheiras, Souto Escuro, Esconhais e Rapos, sendo estas últimas
duas propriedades de António Alves Bebiano, Visconde de Castanheira,
Estas unidades industriais, conforme se identifica na figura seguinte, instalaram-se nas imediações Ribeira
de Pera, a qual teve um carater estruturante na sua distribuição e muito contribuiu para a sua produtividade
pelo que as mesmas recorriam inicialmente à força motriz da água para a sua laboração.
Figura 1. Localização das Fábricas
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Com o aparecimento destas unidades fabris, Castanheira de Pera transformara-se, em finais do século
XIX, num terceiro centro industrial dinâmico, assumindo 12% da produção nacional. Tal evidência,
conforme documento elaborado em 19141, comprovava a sua dimensão económica, o que justificou e
induziu a sua elevação e promoção a concelho.
Porém, destes tempos áureos, subsistiram somente quatro pequenas unidades industriais2 e restara
apenas as paredes e a maquinaria das suas antigas grandes fábricas que no seu conjunto, formam um
importante núcleo de arqueologia industrial a salvaguardar.
Além destas unidades, há que destacar ainda pela sua raridade, os Poços de Neve do século XVIII,
localizados no Coentral e classificados como Imóvel de Interesse Público.
3.4. ÁREAS DE SENSIBILIDADE ARQUEOLÓGICA
Por fim, salientam-se as Áreas de Sensibilidade Arqueológica que são relativas a todos os locais de culto
onde tenham havido enterramentos. Entre as muitas antigas capelas e igreja que se descobrem neste
concelho, referem-se em particular as seguintes:
1.Igreja Matriz do Coentral;
2.Capela de Nossa Senhora das Neves, no lugar de Camelo;
3.Igreja do Mártir de São Sebastião, no lugar de Pera;
4.Capela Velha de Pera;
5.Ermida de Nossa Senhora da Guia, no lugar de Sapateira;
6.Igreja Matriz de Castanheira.
A importância destas áreas está na possibilidade em sensibilizar os principais intervenientes no território
para a riqueza do subsolo, e estabelecer medidas de prevenção e de salvaguarda do património que ainda
se encontra por descobrir.
1
Albino FERNANDES, et al, Carta ao Ilustre Directorio do Partido Republicano, Castanheira de Pera, 1914
2
Segundo dados INE, CENSOS de 2012, existem apenas quatro empresas destinadas ao fabrico de têxteis.
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4. PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO
Foi elaborada uma planta relativa ao Património Arquitetónico do concelho de Castanheira de Pera, com
base numa recolha realizada sobre as diferentes freguesias do concelho e a partir da qual se pode verificar
uma clara hegemonia da antiga freguesia de Castanheira de Pera relativamente às restantes, no que se
refere à presença de elementos patrimoniais.
A vila de Castanheira de Pera, uma das zonas mais distintivas neste âmbito, é seguramente o núcleo mais
antigo da vila, e corresponde a um conjunto arquitetónico e urbanístico definido pelas ruas mais antigas e
respetivos edifícios.
Nos restantes aglomerados verifica-se uma presença reduzida de elementos arquitetónicos com
inequívoco valor patrimonial, surgindo, contudo, alguns exemplares interessantes, sobretudo no campo da
arquitetura religiosa.
4.1. ARQUITETURA RELIGIOSA
O grupo respeitante à arquitetura religiosa compreende igrejas e capelas, bem como outras construções de
cariz religioso que se inserem em contextos urbanos diversos, como é o caso das alminhas, relativamente
dispersas pelo território.
O exemplar mais relevante é a Capela de Santo António, no Coentral, de origem barroca, classificada
como Imóvel de Interesse Patrimonial, juntamente com os Poços da Neve.
Os restantes exemplares da arquitetura religiosa do concelho que foram inventariados correspondem a
construções maioritariamente do século XVIII, geralmente constituída por uma nave única com capela-mor
e torre sineira adossada ao frontispício.
4.2. ARQUITETURA CIVIL
No campo da arquitetura civil começa-se por distinguir um conjunto de arquiteturas mais “eruditas” que
corresponde aos edifícios solarengos ou casas apalaçadas dos séculos XIX / XX, grupo extremamente
interessante pela sua presença e qualidade arquitetónica, caraterizando as suas envolventes em termos de
imagem.
Estas constituem um conjunto significativo e interessante, no qual se evidenciam algumas com funções
específicas, e outras integradas no conjunto edificado do núcleo mais antigo da vila, caraterizando-se pela
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sua implantação à face da rua, onde se destacam as janelas neogóticas bem como as elegantes varandas
em ferro forjado.
4.3. NÚCLEOS ANTIGOS
Ainda, de forma a fundamentar as estratégias de desenvolvimento propostas pelo Plano Diretor Municipal,
devem ser igualmente contemplados nesta análise os conjuntos arquitetónicos e urbanos notáveis, de que
são exemplos, neste concelho, os núcleos antigos de Castanheira de Pera, Coentral e de Pera pelo que
encerram elementos alusivos à memória e cultura coletiva local.
Com efeito, no núcleo de Castanheira de Pera, descobrem-se belos imóveis dos finais do século XIX e do
início do século XX e identificam-se, nos lugares de Pera e de Coentral, embora com dimensões mais
reduzidas e com valores patrimoniais menos evidentes, elementos de arquitetura local e soluções
construtivas que se ajustaram às características do território e que importa salvaguardar.
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5. CONCLUSÃO
Neste relatório, para além de se identificar aquilo que vulgarmente se chama de Património Classificado,
interessou detetar situações extraordinárias em termos de elementos de valor erudito e de valor mais
popular, bem como fazer a sua integração no quotidiano do concelho.
Outro compromisso assumido desde o início foi o de considerar o património, por um lado, como um
elemento individual valorizador da sua envolvente e, por outro, como parte de um conjunto mais alargado.
Interdependente e correlacionado, o seu uso torna-se mais viável e facilitado, conseguindo-se uma maior
integração de situações, como são a recuperação de um dado edifício para equipamento de utilidade
pública, o tratamento de espaços comuns em que este se integra e a gestão das transformações do
espaço envolvente.
Pretende-se, ainda, recolocar no âmbito mais vasto da requalificação urbana as questões que se levantam
na sociedade portuguesa relativamente à salvaguarda e conservação do património. Seja ele edificado,
arqueológico ou paisagístico, o património não deve continuar a ser entendido como domínio privativo, o
Estado tem a obrigação social de compreender, mediante soluções eficazes, que a necessidade de
salvaguardar nos diz respeito a todos.
Manter, conservar, reabilitar o património são atos de cidadania e traduzem o reconhecimento da nossa
memória coletiva.
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6. FICHAS DE INVENTÁRIO
No capítulo que se segue é apresentada uma descrição por valor patrimonial que se divide em “Património
Classificado” e “Património Inventariado” cujo levantamento consta nos inventários da Direção Geral do
Património Cultural, antiga Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e, ainda do Instituto de
Reabilitação Urbana.
Acrescem, ainda, a esta descrição novos elementos decorrentes da visita ao local e da bibliografia
existente.
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6.1. PATRIMÓNIO CLASSIFICADO
6.1.1. Imóveis de Interesse Público
Poços da Neve e Capela de Santo António
001
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Nº IPA – 1007020001
IIP, Dec. nº 1/86,
DR 2 de 03 janeiro 1986
Os poços da neve, de planta centralizada são exemplares únicos
dos neveiros que abasteciam a capital. A 4 km da aldeia de
Coentral, pela encosta da Serra da Lousã, encontram-se estes
elementos da arquitetura industrial do século XVIII juntamente com
uma pequena capela de planta retangular com capela-mor, também
retangular, adossada a Este maneirista, barroca.
Dos três poços da neve ainda existentes, dois apresentam planta
octogonal, uma planta circular, com cobertura em cúpula revestida
por
lajes
de
xisto.
Interiormente
são
circulares.
Os
poços
octogonais são bastante mais profundos que o poço circular e todos
Fonte: Antiga Direção Geral dos edifícios
e Monumentos
eles mostram apenas uma abertura estreita, uma porta de vão
retangular, rematada por verga de tijolo em arco segmentar, virada
a Este.
A capela de Santo António da Neve tem planta longitudinal,
composta por nave e capela-mor retangulares, a que se adossa uma
sacristia, do lado Sul. Os volumes articulados são cobertos por
telhado cerâmico de duas águas, na nave e capela-mor e de uma
água na sacristia. Na fachada principal, orientada, de empena
triangular, rasga-se uma porta com frontão contracurvado, ladeada
por duas janelas e rematada por óculo de vão moldurado. Sobre a
arquitrave que remata o frontão um escudo nacional em pedra
calcária.
Sobre
as
janelas
duas
lápides
com
inscrições.
Interiormente a nave e a capela-mor são rematadas por abóbadas
de berço. O arco triunfal, a pleno centro, assenta em pilastras de
capitéis salientes, cuja moldura se continua na sanca envolvente.
Fonte: Levantamento fotográfico
Filipe Lopo
Descrição adaptada da antiga Direção Geral dos Edifícios e Monumentos
Nacionais.
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6.2. PATRIMÓNIO INVENTARIADO
6.2.1. Património Arqueológico
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6.2.1.1. Achados e Sítios Arqueológicos
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Ponte de Pedra/Ponte das Cabras
001
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral . Sarnadas
CNS – 21829
Tipo - Ponte
Período – Idade Média e Moderno
Processo - 97/1 (301)
Acesso - Na estrada 1150 que liga Sarnadas ao Coentral, a segui r
à povoação de Sarnadas virar à direita num caminho com estrada
em cotovelo, onde ainda restam alguns troços de calçada.
A Ponte da Pedra localiza-se sobre a ribeira de Pera que corre num
vale muito encaixado, com orientação N-S. A ponte tem de largura
máxima cerca de 4m, por 15m de comprimento e possui um arco de
volta
perfeita.
Na
construção
desta
foram
utilizadas
pedras
aparelhadas de grandes dimensões, contrastando com o paramento
da ponte, o qual é constituído por alvenaria insossa, parecendo
assim indicar dois momentos de construção. A ponte mostra um
pavimento em pedra miúda bem encaixada entre si e já sem
qualquer resguardo. Associado à ponte existe uma calçada que
apresenta troços em bom estado de conservação, sendo constituída
por blocos graníticos de pequena e média dimensão; atingindo
cerca de 200m na sua totalidade. O troço da calçada vem de Oeste
e prolonga-se para N ao longo da ribeira, depois inflete para S,
Fonte: Levantamento fotográfico
subindo a encosta da Serra.
Filipe Lopo
Descrição adaptada da Direção Geral do Património Cu ltural, Endovélico Portal
do Arqueólogo
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09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Safra 2
002
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Coentral
CNS – 16651
Tipo - Mamoa
Período – Calcolítico (?) e Idade do Bronze
Processo - 2001/1 (771)
Situado no topo de um cabeço (próximo do vértice geodésico de
Safra). É um pequeno montículo com cerca de 5 m de diâmetro. No
centro parece apresentar uma laje fincada que poderá ser um
esteio.
Descrição adaptada do endovélico da Direção Geral do Património Cultural,
Portal do Arqueólogo
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09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fragmentos de Cerâmica pré-histórica
003
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Parque eólico
Tipo – Achados isolados
Período – pré-história
No parque eólico, no troço final da ligação à rede elétr ica nacional
foi encontrado um fragmento de cerâmica pré-histórica.
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9.19
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09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Lajedo
004
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Castanheira de Pera
CNS – 21829
Tipo - Arte Rupestre
Período – Indeterminado
Processo - 2002/1 (720)
Conjunto de covinhas, distribuídas por dois pequenos afloramentos.
Um dos afloramentos tem cerca de 50 covinhas de diversos
tamanhos, havendo algumas interligadas por um sulco e outras
formando conjuntos alinhados. Outro pequeno afloramento tem 3
covinhas alinhadas.
Este conjunto corresponde ao Sítio da Bragada que “…integram 1
Fonte: Barreto, Kalidás, Monografia do
núcleo de dois painéis situado no planalto que separa as povoações
Concelho de Castanheira de Pera, 3ª
do Ameal (a Oeste), e de Vilar (a Este).”
Edição revista e atualizada da edição de
1989
“De dimensões muito diferenciadas e sem qualquer orientação
geométrica as gravuras embora apresentando picotagem marginal
forma aprofundadas por abrasão.
Encontram-se sobre superfícies horizontais.” 3
Descrição adaptada da Direção Geral do Património Cultural, Endovélico Portal
Fonte: Levantamento fotográfico -
do Arqueólogo
3
Filipe Lopo
BARRETO, Kalidás, Monografia do concelho de Castanheira de Pera, 3ª Edição revista e atualizada da edição de
1989, p 97.
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9.20
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09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Vestígios de uma base circular
005
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Cabeço do Pião
Tipo – Achados isolados
Período – desconhecido
Vestígios referente a uma base de estrutura circular, relativamente
bem conservados, de tipologia e cronologia desconhecidas. Estes
foram encontrados no Cabeço do Pião, saindo de Castanheira de
Pera, em direção ao Ameal.
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9.21
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09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Troços de antiga estrada coimbrã
006
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Carregal
Tipo – Via
Período –
“Pelos cimos do Carregal passava a estrada que conduzia Afonso
Henriques de Coimbra a Santarém e por certo foi palco de lutas
contra mouros no período da reconquista cristã.
É no viso desta estrada, que se encontram as almas do Coito(…)” 4
4
BARRETO, Kalidás, Monografia do concelho de Castanheira de Pera, 3ª Edição revista e atualizada da edição de
1989, p 55.
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9.22
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Sarzedas de São Pedro
007
U n i ã o d a s F r e g u e s i a s d e C a s t a n h e i r a d e P e r a e C o e n t r a l . S a r ze d a s d e S ã o P e d r o
CNS – 31363
Tipo – Achado (s) Isolado(s)
Período – Indeterminado
Processo - 2012/1 (206)
"Foi identificado num caminho aberto numa zona de eucaliptais um
seixo (¿), contudo não são conhecidos muitos exemplos de indústria
lítica em calcário, dada a fragilidade do suporte, o que deixa
dúvidas
quanto
à
sua
cronologia.
Seixo
de
arenito
calcário
apresentando possíveis levantamentos."
Descrição adaptada da Direção Geral do Património Cultural, Endovélico Portal
do Arqueólogo
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9.23
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Antigo Caminho de Sarnadas
008
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Sarnadas
CNS –
Tipo – Vias
Período – Indeterminado
Processo -
Entre Sarnadas e Coentral existe um caminho que, segundo fonte
popular, seria um antigo caminho romano. No mesmo, subsistem
ainda vestígios do seu pavimento, pedras soltas que se descobrem
ao longo do seu percurso.
Fonte: Levantamento fotográfico
Filipe Lopo
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9.24
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
6.2.1.2. Sítios com Valores Naturais e Potencial Arqueológico
Rodados dos Carros de Bois
001
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Coentral
No caminho de Coentral para Santo António das Neves descobre -se
um afloramento granítico demarcado por rasgos lineares, aos quais
o povo castanheirense lhe dá o nom e de “Rodados de Carros de
Bois”.
Segundo fonte popular, estes rasgos seriam alusivos ao percurso
diário dos carros dos bois que transportavam a neve até Constância
e Barquinha que seguia pela via fluvial para Lisboa.
Fonte: Levantamento Fotográfico
Filipe Lopo
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9.25
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Caminho dos Neveiros
002
U n i ã o d a s F r e g u e s i a s d e C a s t a n h e i r a d e P e r a e C o e n t r a l . S a r ze d a s d e S ã o P e d r o
Este caminho histórico, que percorre a Serra da Louçã, era muito
frequentado, nos séculos XVII a XIX, pelos neveiros durante a
invernia, quando estes iam recolher a neve para abastecer os poços
de Santo António das Neves.
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Fonte: Levantamento Fotográfico
Filipe Lopo
9.26
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
6.2.1.3. Arqueologia Industrial
Fábrica de Meias do Coentral
001
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Coentral
Designação: Fábrica de Meias - Manuel Alves Barata
Localização: Coentral Grande
Data da fundação:
Coordenadas: M -3979.28 P 43788.05
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9.27
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica dos Barretes de Sarnadas
002
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Sarnadas
Designação: Fábrica dos Barretes - José Antunes
Localização: Sarnadas
Data da fundação: século XX
Coordenadas: M -4603.02 P 42836.10
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9.28
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Lanifícios de Várzea
003
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera . Torgal . Várzea
Designação: Fábrica de Lanifício da Várzea ou do Torgal
Sociedade de Lanifícios da Foz, Lda
Localização: Várzea
Data da fundação: 1874
Coordenadas: M -4973.88 P 38891.95
Atualmente devoluta, esta unidade fabril era constituída por várias
áreas distintas: Armazéns de lãs sujas, Zona de lavagem, Zona de
secagem e Armazém para a transformação matérias-primas, onde é
feita a preparação dos lotes, Secção de cardação e fiação,
armazém de tecelagem, sendo que a sua produção era inicialmente
realizada através de máquinas movidas pela força motriz da água levada e turbina / Casa da caldeira a lenha.
Fundada em 1874, esta deixou de laborar em 1997, após terem
surgido vários problemas
financeiros, em 1970 – 1973, que
destabilizaram o seu funcionamento, recorrendo voluntariamente,
em 1974, à intervenção do estado.
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
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9.29
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Lanifícios de Pereiros
004
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Pereiros
Designação: Fábrica de Lanifícios - Tomaz, Costa
& Irmão, Lda
Localização: Pereiros
Data da fundação:1879 5
Coordenadas: M -5871.14 P 38106.93
5
Inquérito Industrial de 1881,Finistera, XXI, Lisboa, 1986, p. 278
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9.30
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Fiação e de Tecelagem de Lanifícios
de Além da Ribeira
005
União das Freguesias de Castanheira de Per a e Coentral.
Castanheira de Pera. Além da Ribeira
Designação: Fábrica de Fiação e de Tecelagem de
Lanifícios - Fábrica Barros III – Indústria de
Lanifícios, SA (designação inicial Fiandeira
Castanheirense – Industria Têxtil, Lda)
Localização: Além da Ribeira
Data da fundação:
Coordenadas: M -6136.31 P 37169.62
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9.31
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Lanifícios de Esconhais
006
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Esconhais
Designação: Fábrica de Lanifícios - Domingos Correia
de Carvalho, Sucessores, Lda e Fábrica Ceppas, Lda.32
Localização: Esconhais
Data da fundação: 1878 6
Coordenadas: M -5957.78 P 36891.32
A Fábrica dos Esconhais, constituída por dois núcleos, sendo o
primeiro edificado em 1879 e um segundo em 1879, foi a tercei ra
maior fábrica de tecelagem do país.
Não obstante a sua produção ser inicialmente realizada por
máquinas movidas pela roda hidráulica, possuía vários teares
manuais e mecânicos, sendo que algumas áreas da confeção
Fonte: www.dueceira.pt
estavam sob a direção de estrangeiros.
Porém, dada a sua excessiva dimensão e por não se ajustar ao
contexto local e regional, esta unidade desmembrou-se, em 1914,
em duas empresas - Esconhais de Cima e Esconhais de Baixo . 7
Além da sua maquinaria que testemunham os grandes momentos de
produção, resistiu ainda a sua proeminente chaminé.
6
Inquérito Industrial de 1881,Finistera, XXI, Lisboa, 1986, p. 278
7
Idem ibidem, p. 282
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9.32
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica Têxtil de Retorta
007
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Retorta
Designação: Fábrica Têxtil -Fernandes, Antunes &
C.ª, Lda
Localização: Retorta
Data da fundação:1866 8
Coordenadas: M -6293.84 P 36444.99
8
Inquérito Industrial de 1881,Finistera, XXI, Lisboa, 1986, p. 278
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9.33
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Lanifícios da Foz
008
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Foz
Designação: Fábrica de Lanifícios
Sociedade de Lanifícios da Foz, Lda
Localização: Foz
Data da fundação: 1866 9
Coordenadas: M -6545.89 P 36240.20
9
Inquérito Industrial de 1881,Finistera, XXI, Lisboa, 1986, p. 278
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9.34
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Lanifícios de Abelheira
009
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Retorta
Designação: Fábrica de Lanifícios – Manuel Fernandes
de Carvalho, Sucrs, Lda
Localização: Abelheira
Data da fundação: 1860 / 1879 10
Coordenadas: M – 5739.86 P 36045.91
10
Inquérito Industrial de 1881,Finistera, XXI, Lisboa, 1986, p. 278
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9.35
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Lanifícios de Souto Escuro
010
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Souto Escuro
Designação: Fábrica de Lanifícios
Sociedade Fabril de Tecidos, Lda
Localização: Souto Escuro
Data da fundação:
Coordenadas: M -5724.11 P 35659.97
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9.36
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Fábrica de Lanifícios de Rapos
011
União das Freguesias de Castanhei ra de Pera e Coentral.
Castanheira de Pera. Rapos
Designação: Fábrica de Lanifícios –
Manuel Barata Salgueiro
Localização:
Data da fundação: 1874 11
Coordenadas: M -5934.15 P 35171.62
11
Inquérito Industrial de 1881,Finistera, XXI, Lisboa, 1986, p. 278
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9.37
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
6.2.2. Património Arquitetónico
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9.38
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
6.2.2.1. Arquitetura Religiosa
Igreja Matriz do Coentral Grande
001
Un i ã o da s F r e gu e s i a s de C a s t a n he i r a d e P e r a e C oe nt r a l . L u g a r d e C o e n t r a l G r a n d e
Também designada por Igreja de Nossa Senhora da Nazaré,
apresenta uma traça simples e enquadramento airoso face ao
povoado uma vez que se encontra implantada, de forma destacada,
no cimo de uma grande escadaria de três lanços que acompanha a
encosta.
Capela de planta longitudinal composta pelos volumes articulados
da nave única, sacristia e torre sineira. Massa edificada disposta na
horizontalidade e cobertura em telhado de duas águas sobre nave e
capela-mor que se prolonga em aba corrida sobre a sacristia. A
fachada principal, orientada a Nascente, apresenta um pano único
aberto por portal ladeado por duas janelas retangulares estre itas
gradeadas e encimado por janelão retangular sobrepujado por
frontão triangular, em cujo tímpano é visível a representação da
Nossa Senhora num painel de azulejos. A torre sineira, adossada à
fachada lateral Norte, apresenta planta quadrangular de dois pisos
com acesso por escada de dois lances no lado Poente. No primeiro
piso apresenta frestas, a Nascente e a Norte, e no segundo piso é
aberta por quatro sineiras encimadas por cornija flanqueada por
quatro pináculos nos vértices que delimitam a base qua drangular do
coruchéu.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.39
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Alminhas no Coentral
002
Un i ã o da s F r e gu e s i a s de C a s t a n he i r a d e P e r a e C oe nt r a l . C o e n t r a l
1
As Alminhas, exemplares da arquitetura religiosa de cariz popular,
correspondem a pequenos oratórios de diferentes características
que se encontram, de um modo geral, nas orlas das estradas ou
2
arruamentos da freguesia.
Recorrendo, usualmente, ao granito aparente incrustado em muro,
placa ou parede, apresentam um nicho em arco sobre pilastras
lisas, que assentam sobre embasamento saliente, sobrepujado por
dois pináculos laterais e cruz ao centro. Em alguns casos, uma
3
grade de ferro resguarda o oratório com painel alusivo às almas,
pintado ou revestido a azulejo.
No Lugar de Sarnadas, na estrada de Pera (fig. 3 e 4), existe um
oratório de base quadrangular em empena triangular contém nicho,
em arco alteado, aberto numa moldura arquitetónica composta por
cruz flor delisada ladeada por 2 pináculos, protegido por 2 ferros
dispostos transversalmente, contendo representação da Virgem e o
Menino no alto do painel de azulejos em azul e branco sobre figuras
em atitude de oração.
4
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.40
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Capela da Nossa Senhora das Neves
003
Un i ã o da s F r e gu e s i a s de C a s t a n he i r a d e P e r a e C oe nt r a l
Coentral. Lugar de Camelo
Capela em honra de Nossa Senhora das Neves, cuja data de
fundação é desconhecida, sabendo-se, no entanto, que já existia
em 1721. Sabe-se, também, que em 1749 os moradores de Camelo
terão solicitado o seu alargamento.
Templo de reduzidas dimensões composto por na ve única e capelamor. Cobertura diferenciada em telhados de duas águas. Fachada
principal rematada em empena angular encimada por cruz de pedra,
ao centro, e pináculos nos dois vértices laterais. Apresenta portal
reto ladeado por duas janelas retangulares e estreitas. A sineira
encontra-se adossada à fachada lateral, encimando um pequeno
volume que se destaca da massa edificada principal.
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9.41
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Igreja do Mártir São Sebastião
004
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Lugar de Pera
Igreja construída no século XVII que se encontra implantada de
forma destacada num amplo adro calcetado e ajardinado.
A massa edificada é composta por uma planta longitudinal de nave
única com torre sineira adossada ao frontispício. A fachada
principal apresenta pano único delimitado por cunhais de cantaria
coroados por pináculos e remate em empena angular de cornija
saliente encimada no topo por uma cruz de pedra. Sobre o pórtico,
ladeado por duas janelas estreitas, abre-se um janelão de verga
reta sobrepujado por tímpano. A torre sineira, de dois pisos
delimitados por cornija, apresenta, no segundo piso, quatro sineiras
acima das quais se encontra a cornija flanqueada por pináculos que
delimitam a base quadrangular do coruchéu.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.42
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Capela Velha de Pera
005
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Pera
Nº IPA – 00011328
Esta capela
que foi
recentemente recuperada,
é
um imóvel
seiscentista de nave única com capela-mor mais baixa e estreita.
Fachada
principal
com
alpendre
suportado
por
seis
colunas
toscanas assentes em muro aberto por dois pequenos portões de
acesso ao seu interior. Portal principal retangular de moldura em
cantaria de granito, ladeado por duas janelas.
Implanta-se no centro de um largo, rodeado por construções, em
terreno de ligeira pendente cujo desnível é vencido por escadaria
de três degraus, de acesso ao alpendre
No seu interior, o acesso ao coro-alto, em madeira, assente em
duas colunas de granito- faz-se por umas escadas de granito
interrompidas a meio por um púlpito com pé, ambos de granito. A
delimitar o altar-mor da nave que é de planta retangular, existe um
arco triunfal de volta perfeita com data aposta de 1695. A cobertura
da nave é em madeira pintada de azul, o chão da capela é
totalmente em pedra granítica. É também de realçar a existência de
grades de ferro com passagem da nave para a capela -mor e vice-
Capela Velha, antes das obras
versa, onde está desenhado em ferro, data que corresponderá ao
Fonte: IHRU
melhoramento na Capela. O retábulo do altar -mor é em madeira de
talha policromada em Estilo Nacional com uma arcada média
formada por um par de colunas pseudo-salomónicas que se
prolongam numa arquivolta torsa dividida por aduelas, lavradas por
uma gramática eucarística simples (cachos de uvas), envolvida por
outra arcada formada por duas pilastras com fustes preenchidos por
frisos de acanto. Agregados ao edifício encontram-se dois pequenos
quartos onde provavelmente funcionava a sacristia. Tem um
campanário com sino onde se encontra gravada a data de 1747.
Nesta Capela destacam-se as pinturas murais e de reboco. As
paredes da capela-mor apresentam-se inteiramente revestidas por
um reboco pintado de branco e decorado com uma pintura a imitar
um revestimento de azulejos azuis e cinza com padrões vegetalistas
repetitivos, apenas interrompida por um lambril com cercadura
geométrica de inspiração grega de cor azul. O altar -mor apresenta
um arco em pedra com pintura decorativa a vermelho, assim como
os dois nichos laterais também policrom ados. O arco triunfal em
Capela Velha, depois de obras
de recuperação
pedra apresenta do lado interior pintura decorativa vegetalista em
cores azuis, vermelhos e branco de grande qualidade técnica e
Fonte:www.cmcastanheiradepera.pt
artística.
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.43
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Alminhas em Castanheira de Pera
006
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Nº IPA – 1007010003
As Alminhas fazem parte da arquitetura religiosa baseada na
presunção de existência do Purgatório, onde as almas penavam até
obterem a sua Salvação através de orações.
1 – Incrustada a muro na Rua 4 de julho (figuras 1 e 2), em
Castanheira de Pera, uma edícula com decoração arquitetónica de
embasamento saliente em três planos crescentes de perfil em
ducina sobre os quais assenta, sobre pilastras lisas, entablamento
composto por arquitrave em arco de asa de cesto sobrepuja do por
pináculos e cruz ao centro; guarnição em grade serpentinada
simetricamente,
protege
oratório
que
abriga
painel
pintado
representando as almas do purgatório contorcendo-se no meio de
labaredas e erguendo os braços para o céu em sinal de clemência.
2 – No Lugar de Troviscal, na berma da E.N. 236, encontra-se um
nicho, setecentista / oitocentista, com decoração arquitetónica de
embasamento saliente em três planos crescentes sob pilastras lisas
unidas por arco em asa de cesto rematado por pináculos e c ruz ao
centro; grade de ferro resguarda oratório com painel pintado alusivo
às almas do purgatório aparecendo também, no canto superior
esquerdo, a Virgem Maria com o Menino ao colo.
Perpendicular à via, surgem umas segundas ALMINHAS compostas
por edícula simples e rústica, com nicho aberto em arco pleno
resguardado por moldura simples em empena angular escalena com
1
cruz latina relevada; grade composta por dois ferros transversais
em forma de cruz abafam oratório sem painel.
3 – No Lugar de Bolo, localiza-se uma edícula simples e rústica,
setecentista/
oitocentista,
com
nicho
aberto
em
arco
pleno
resguardado por moldura simples em empena angular escalena com
cruz latina relevada; grade composta por 2 ferros transversais em
forma de cruz que abafam oratório sem painel.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
2
9.44
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
4– No Lugar de Nossa Senhora da Guia (figuras 3 e 4), incrustadas
ao muro que circunda o adro da igreja, duas edículas incrustadas
lado a lado com idêntica decoração arquitetónica de embasamento
saliente em peanha sob pilastras lisas rematadas por pináculos que
flanqueiam cruz trevada, abrem por arco abatido para nichos com
painéis com a representação em azulejos azuis e brancos de Santo
António e a Virgem Maria.
3
5- No lugar de Safrujo, nas imediações de Sapateira (figuras 5 e 6),
implanta-se uma alminha setecentista na curva da Estrada Nova, no
desvio para o Torgal
4
5
Descrição adaptada da antiga Direção Geral dos Edifícios e Monumentos
6
Nacionais e do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.45
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Ermida de Nossa Senhora da Guia
007
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Lugar da Sapateira
Nº IPA – 1007010002
Capela de nave única e capela-mor com torre sineira adossada ao
frontispício, construída no século XVIII / XIX, cuja implantaçã o se
destaca em amplo adro murado e calcetado.
Ermida de planta longitudinal composta pelos volumes articulados
da nave, capela-mor, torre sineira e sacristia. Massas dispostas na
horizontalidade e cobertura diferenciada em telhado de duas águas
sobre nave e capela-mor, prolongando-se em aba corrida sobre a
sacristia e a domo no coruchéu da torre sineira. Fachada principal
voltada a Norte de pano único delimitado por cunhais de cantaria
coroados por pináculos; remate em empena angular de cornija
saliente tendo no topo cruz apontada com duas flores entrelaçadas
num ramalhete relevado na haste vertical da mesma. Sobre o
pórtico de verga reta abre-se um janelão, da mesma feição,
sobrepujado por tímpano. Torre sineira, adossada a Este, de dois
pisos delimitados por cornija, aberto no primeiro piso por frestas e
no segundo por quatro sineiras encimadas por quatro mostradores
de
relógio
flanqueado
por
pináculos
que
delimitam
a
base
quadrangular do coruchéu. Fachada Oeste em empena reta formada
pelo corpo da nave aberta por porta e janela e pelo corpo reentrante
da capela-mor rasgada por duas janelas. Fachada Sul cega com
remate em empena de ângulos quebrados, encimado por cruz.
Fachada Este constituída pelo corpo saliente da sacristia, aberto
por janelas gradeadas e pelo corpo da nave com lanço de escadas
que acede ao coro-alto. Torre sineira com porta no primeiro piso.
No interior, nave única de pavimento em tijoleira e cobertura de
madeira disposta em três planos. Arco triunfal pleno abre para
capela-mor com altar-mor
composto por
retábulo de colunas
pseudo-salomónicas decoradas a pâmpano rematadas por frontão
contracurvado unido no vértice por dois lanços semiesféricos;
integra nicho contendo imagem do orago. Iluminação feita por
janelão do frontispício, da nave e capela-mor.
Descrição adaptada da antiga Direção Geral dos Edifícios e Monumentos
Nacionais.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.46
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Igreja da Misericórdia de Castanheira de Pera
Lar Idosos de São José
008
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera. Praça Visconde de Castanheira de Pera
Nº IPA – 1007010004
A Igreja da Misericórdia de União das Freguesias de União das
Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral e Coentral/ Lar de
Idosos de São José, é um exemplar da arquitetura civil assistencial
e religiosa, revivalista, neogótica, do século XX.
Com planta retangular, massa simples e volumes dispostos na
verticalidade (articula em H com construções recentes anexas),
apresenta uma cobertura diferenciada em telhados de três, duas e
uma água, sendo que a sua fachada principal de pano único é
delimitada por cunhais de cantaria, flanqueada por coruchéus,
conjugada ao centro com frontão triangular encimado por imagem
de vulto. Descobre-se ainda uma escadaria de guardas e corrimão
serpenteantes que dá acesso o pórtico em arco quebrado cujo
frontão é aberto por um óculo, encimado pela inscrição: "Sa lus
Populi Suprema Lex". Ladeia o portal um duplo andar de janelas de
dois lumes, separadas por mainel, servindo ambos os pisos, com
moldura reta rematada no topo por um frontão triangular embebido e
trifacetado e disposto na base, simetricamente, em avental; sobre
os vértices dos quatro frontões superiores abrem-se quatro óculos.
A fachada norte, de pano único aberto nos pisos superiores por
janelas geminadas na verticalidade, com moldura reta, simples; na
mansarda por janela apontada, duas janelas de verga escalena e
duas retas e, no piso térreo por janelas retas. Está adossada a um
edifício, à altura do segundo piso, colocado transversalmente que
faz a ligação a outro anexo (Centro de Dia), paralelo, formando com
o edifício principal uma planta em H. Na sua fachada sul, simétrica
à sua fachada oposta, encontra-se o anexo, a nível do piso térreo,
por um passadiço coberto a telhado que contorna a esquina da casa
para a fachada posterior.
O seu interior é decorado pelo altar neogótico branco e dourado da
Capela de São José que exibe a imagem do orago.
Descrição adaptada da antiga Direção Geral dos Edifícios e Monumentos
Nacionais.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.47
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Igreja Matriz de Castanheira de Pera
009
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera. Avenida Adrião Reis
A Igreja Matriz de Castanheira de Pera foi construída no século
XVIII e tem como santo padroeiro S. Domingos. Encontra -se
fundada, provavelmente, sobre a antiga ermida de São Domingos,
do século XIV. Elevada sobre uma ampla escadaria encimada por
um antigo cruzeiro, tem sofrido, ao longo dos tempos, diversas
obras de restauro. Atualmente pode-se apreciar um conjunto
arquitetónico interessante com torre sineira adossada, do qual se
destacam o altar em talha dourada, os azulejos pintados à mão e o
neoclássico da sua sóbria fachada, aberta por portal reto e
encimado por óculo.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
Fonte :IHRU
9.48
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Alminhas do Couto
010
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Carregal
As alminhas do Couto ou do “Coito” localizam-se ao longo de um
caminho florestal, no limite poente do concelho, nas imediações de
Carregal, as quais foram alvo de recentes obras de conservação.
Fonte: Levantamento Fotográfico
Filipe Lopo
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.49
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
6.2.2.2. Arquitetura Civil
Escola Primária de Pera
001
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Pera
Nº IPA – 00020833
Escola primária que foi construída no séc. 20, cujo sistema
estrutural é constituído por paredes autoportantes
Fonte :IHRU
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.50
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Casa na Praça Visconde de Castanheira
Edifício Eduardo Correia
002
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera. Praça Vis conde de Castanheira de Pera
Edifício residencial e comercial, oitocentista, com loja no primeiro
piso e habitação no segundo, localizado na Praça Visconde de
Castanheira, nºs. 19 a 29, Rua da Manhã, nºs. 2 a 8, Rua Alves
Barreto, Visconde de Nova Granada, nºs. 2 e 4
Fonte :IHRU
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.51
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Casa Bissaya Barreto
003
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
C a s t a n h e i r a d e P e r a . R u a A l ve s B a r r e t o
Edifício oitocentista, onde nasceu em 1886, o Prof. Doutor Bissaya
Barreto. Neste encontra-se a seguinte inscrição:
INSCRIÇÃO: "NASCEU EM 27 DE OUTUBRO DE 1886 NESTE
LOCAL O / PROFESSOR DOUTOR FERNANDO / BAETA BISSAYA
BARRETO ROSA / ESTA PLACA PRETENDE MANTER VIVA A
LEMBRANÇA
/
DA
FIGURA
E
OBRA
DO
ILUSTRE
CASTANHEIRENSE / QUE HONROU E PRESTIGIOU A SUA
TERRA.
/
HOMENAGEM
DA
CÂMARA
MUNICIPAL
DE
/
CASTANHEIRA DE PERA / 4 DE JULHO DE 1992
Neste imóvel, que se encontra atualmente desocupado, instalou-se,
a biblioteca municipal que esteve em funcionamento até 2004.
Fonte :IHRU
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.52
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Edifício dos Correios, Telégrafos
e Telefones, CTT, de Castanheira de Pera
004
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera. Praça Visconde de Castanheira de Pera
Atual Estação de Correios de Castanheira de Pera, construída no
século XX, cujo sistema estrutural é constituído por paredes
autoportantes.
Fonte :IHRU
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilit ação Urbana
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9.53
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Paços do Município
005
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera. Praça Visconde de Castanheira de Pera
Na segunda década do século XX foram comprados os terrenos e
iniciada a obra de construção do edifício, em pedra, da atual
Câmara Municipal de Castanheira de Pera. Foi restaurado em 1984.
Apresenta fachada principal voltada para desafogado largo, com
árvores de grande porte e uma fonte; rodeado por eixos viários que
dão acesso ao núcleo histórico - Rua Silva Bernardes, fachada
lateral direita; Travessa Silva Bernardes, fachada posterior; Rua
Manoel Alves Tomaz, fachada lateral esquerda, confrontando com o
edifício dos CTT
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Ur bana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
Fonte :IHRU
9.54
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Escola Primária Viscondessa de Nova Granada
006
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
C a s t a n h e i r a d e P e r a . R u a D r . J o s é F e r n a n d e s d e C a r va l h o
A Escola Primária Viscondessa de Nova Granada e a Cantina
Escolar Albino I. Rosa são dois equipamentos construídos p ara fins
escolares no século XX, sendo que a escola foi mandada construir
pela Viscondessa de Nova Granada, em 1911
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
Fonte :IHRU
9.55
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Casa e Jardim da Criança Rainha D. Leonor
007
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
C a s t a n h e i r a d e P e r a . R u a D r . J o s é F e r n a n d e s d e C a r va l h o
Edificada em 1939, pelo Dr. Bissaya Barreto a Casa da Criança
Rainha D. Leonor esteve inserida num programa de beneficência
Fonte :IHRU
levado a cabo em toda a região centro. Assumindo as funções de
equipamento social, a Casa da Criança pretendia albergar os filhos
dos operários e dos trabalhadores. Funcionou durante muitos anos
em regime de externato e internato. Hoje em dia é uma creche e
jardim-de-infância.
Enquadrado
num
belo
jardim,
constitui
um
bom
exemplar
arquitetónico no estilo de cor e azulejo que caracteriza a obra do
Dr. Bissaya Barreto.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.56
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Casa na Rua Dr. José Fernandes de Carvalho
008
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
C a s t a n h e i r a d e P e r a . R u a D r. J o s é F e r n a n d e s d e C a r v a l h o
Casa apalaçada com quinta, envolvida por muro aparelhado de
granito. Edifício composto por planta regular, definido por volume
de dois pisos, com cobertura única, em telhado de quatro águas.
A fachada principal simétrica encontra-se dividida em três setores,
com escadaria central, com aberturas, decoradas com molduras em
granito, e um varandim com proteção em gradeamento de ferro.
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9.57
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Casas Apalaçadas na Rua João Bebiano
009
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera. Rua João Bebiano
A
testemunhar
os
tempos
áureos
da
indústria
têxtil,
estas
edificações particulares, destinadas à habitação de uma classe com
maiores
recursos
económicos,
constituem
exemplares
da
1
arquitetura dos inícios do século XX, construídas pelos proprietários
das antigas fábricas.
Salienta-se a oitocentista Casa da Quinta dos Barros (figura 3)
localizada numa quinta murada.
2
3
Fonte: IHRU
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.58
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Ponte dos Esconhais
010
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera . Castanheira de Pera
Nº IPA – 1007010004
Esta ponte oitocentista assente em dois arcos plenos une as duas
margens da ribeira de Pera que constitui uma das linhas e água
mais importantes do concelho e se integra na bacia hidrográfica do
rio Zêzere. Nesta última encontra-se a recente construída "Praia
das Rocas", zona de lazer e desporto.
A partir da construção da represa, acedida por vários lances de
escadas, com diferentes níveis de passagens, é possível observar a
queda de água que transforma este local num aprazível espaço
cenográfico.
Fonte: IHRU
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.59
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Bairro dos Pobres de Castanheira de Pera
011
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral
Castanheira de Pera. Rua João Bebiano
Bairro construído para habitação dos operários da indústria dos
lanifícios em 1953.
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9.60
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Escola Primária de Sarzeda de São Pedro
Escola Cipriano Lopes de Almeida
012
U n i ã o d a s F r e g u e s i a s d e C a s t a n h e i r a d e P e r a e C o e n t r a l . S a r ze d a d e S ã o P e d r o
Nº IPA – 00020827
Esta escola primária foi fundada em 1929 pelo benemérito da terra Cipriano Lopes de Almeida,
Apresenta uma planta retangular de acentuada horizontalidade,
coberta por telhado de quatro águas; paredes rebocadas e pintadas
de branco.
A fachada principal é demarcada ao centro por um alpendre
sustentado por duas colunas com cobertura de três águas, com
muro central cego que ostenta, ao centro, uma cartela retangular
com o escudo nacional e uma inscrição, sendo o seu acesso
realizado por dois lanços de escadas laterais.
Na fachada posterior, apresenta uma cobertura de três águas,
assenta em quatro pilares, que resguarda um espaço destinado ao
recreio.
Descrição adaptada do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
Fonte: IHRU
9.61
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
6.2.2.3. Núcleos Antigos
Núcleo antigo do Coentral Grande
001
Un i ã o da s F r e gu e s i a s de C a s t a n he i r a d e P e r a e C oe nt r a l
Coentral. Lugar de Coentral Grande
O assentamento de Coentral Grande, embora não correspondendo a
um valor patrimonial de extrema relevância, pode ser inventariado
como um conjunto urbanístico e arquitetónico interessante pela
unidade das soluções construtivas utilizadas ao nível do edificado e
pela adaptação do mesmo às características topográficas do
terreno.
Este conjunto, que culmina, a Poente, no adro da Igreja de Matriz,
caracteriza-se por edifícios de dois pisos, alinhados à face dos
arruamentos que se dispõem ao longo da encosta, destin ando-se,
essencialmente,
à
função
habitacional.
Revelam
um
estilo
arquitetónico muito simples onde se podem encontrar, como únicos
elementos de ornamentação, as molduras em granito de portas e
janelas.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.62
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Núcleo antigo do Lugar de Pera
002
Un i ã o da s F r e gu e s i a s de C a s t a n he i r a d e P e r a e C oe nt r a l . L u g a r d e P e r a
O Lugar de Pera, apesar das suas reduzidas dimensões, apresenta
um conjunto edificado extremamente interessante que se implanta,
de um modo geral, ao longo do seu principal arruamento, a estrada
que liga a vila sede do concelho à aldeia do Coentral Grande.
Este conjunto, que culmina, a Norte, no adro da Igreja de São
Sebastião, caracteriza-se por edifícios de dois pisos, alinhados à
face da rua, destinando-se, essencialmente, à função habitacional.
Revelam um estilo arquitetónico simples caracterizado por panos de
alvenaria retos e delimitados por cunhais, onde se podem encontrar
portas e janelas paramentadas a granito.
câmara municipal de castanheira de pera | lugar do plano, gestão do território e cultura
9.63
Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera
09. Património Arquitetónico e Arqueológico
Núcleo Antigo da Vila de Castanheira de Pera
003
União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Castanheira de Pera.
Conjunto arquitetónico e urbanístico definido pelas ruas mais
antigas da vila de Castanheira de Pera, algumas recentemente
calcetadas e interditas ao trânsito automóvel, e respetivos edifícios.
Englobando, entre outras, a Praça Visconde de Castanheira de
Pera, a Rua Dr. Bissaya Barreto, a Rua Manuel Alves Tomaz, a Rua
Dr. Eduardo Correia e a Rua Dr. José Fernandes de Carvalho,
compreende a zona mais antiga e consolidada da vila caraterizando
-se, particularmente, pela exiguidade dos arruamentos à face dos
quais se implantam os edifícios, definindo frentes relativamente
contínuas, geralmente com dois pisos. Nestas ruas podem -se
encontrar construções dos finais do século XIX e do início do século
XX marcadas pela presença do granito nas molduras de portas e
janelas, merecendo destaque as janelas neogóticas bem como as
elegantes varandas de ferro forjado.
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9.64
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Património Arquitetónico e Arqueológico