Ano 26 • Nº 9 • SETEMBRO 2015
Indicadores do terceiro trimestre
mostram melhora, mas não
revertem quadro negativo
UCI – dessazonalizada SETEMBRO/2015
100%
Média histórica
84,0%
Mês anterior
81,3%
O encerramento do terceiro trimestre do ano mostrou que a
atividade industrial em Minas apresentou pequena melhora,
mas não o suficiente para trazer os indicadores a níveis
positivos. O crescimento no faturamento no período de
julho a setembro, em relação aos três meses anteriores, já
era esperado, tendo em vista que o terceiro trimestre para
a indústria é historicamente mais aquecido. No entanto, no
período de janeiro a setembro, as vendas acumulam queda
de dois dígitos. O indicador de horas trabalhadas também
apresentou melhora no trimestre em relação ao trimestre
imediatamente anterior. Enquanto isso, o emprego tem
mostrado quedas cada vez mais expressivas ao longo de 2015,
indicando que as empresas estão buscando ajustar os níveis de
produção à menor demanda.
81,6%
80%
60%
40%
20%
0%
Para o último trimestre do ano a expectativa de recuperação
da atividade é muito baixa, tendo em vista o cenário de
incertezas, tanto econômica quanto política, e os baixos níveis
de confiança dos empresários e consumidores.
INDICADORES INDUSTRIAIS DE MINAS GERAIS (Var.%)
Variáveis
Faturamento Real 1
Horas Trabalhadas
Emprego
Massa Salarial Real 2
Rendimento Médio Real 2
Set/15
Ago/15
dessaz.
Set/15
Ago/15
Set/15
Set/14
Jan-Set/15
Jan-Set/14
(2,8)
0,6
(0,4)
(2,7)
(1,1)
(1,6)
(2,2)
(1,1)
(3,6)
(2,5)
(17,4)
(11,5)
(8,8)
(13,1)
(4,7)
(14,5)
(9,8)
(6,1)
(8,3)
(2,5)
(%)
Utilização da Capacidade Instalada
Índice Original
Índice Dessazonalizado
1
2
Ago/15
Set/15
Set/14
Jan-Set/15
Jan-Set/14
81,7
81,3
82,4
81,6
86,0
-
82,8
-
85,5
-
Deflator IPA/OG – FGV Deflator INPC – IBGE
Páginas 2, 3 e 4
Páginas 5 e 6
Páginas 7, 8 e 9
• Faturamento real
• Massa salarial real
• Análise setorial
• Horas trabalhadas na produção
• Rendimento médio real
• Emprego
• Utilização da capacidade
instalada
2 |
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
Faturamento real
Faturamento real
145
Recuou em todas as bases de
comparação
Faturamento Real
Faturamento Real Média Móvel Semestral
Dessazonalizado – média 2006=100
140
135
• O faturamento real, na comparação com o
mês anterior, apresentou queda de 1,6%,
consequência do recuo nas vendas para o
mercado interno e externo.
• A maior influência e variação negativas foram
registradas no setor de Veículos Automotores
(-4,8 pontos percentuais (p.p.) e -24,2%,
respectivamente).
• Livre dos efeitos sazonais, o indicador
decresceu 2,8%.
• Quando comparado ao mesmo mês de 2014,
o indicador foi 17,5% menor.
• Ao analisar a média móvel dos últimos 12
meses, a variável recuou 11,2%.
• No acumulado de janeiro a setembro as
vendas registraram queda de 14,5%, frente ao
mesmo período de 2014, em virtude do menor
número de pedidos no mercado interno.
• O setor de Veículos Automotores demonstrou
a maior influência negativa (-8,5 p.p.),
enquanto o setor de Máquinas e Equipamentos
apresentou a maior variação negativa
(-48,1%).
130
125
120
115
110
105
100
95
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
Deflator: IPA/OG - FGV
Faturamento Real - Variação (em %) x Influência (em p.p.)
acumulada - Janeiro a Setembro de 2015
1,0
16,3
0,4
0,1
7,4
6,1
0,0
0,6
(0,3)
(6,9)
(0,0)
(0,1)
(2,8)
(0,1)
(2,7)
(0,2)
(3,8)
(15,9)
(8,9)
(0,4)
(23,8)
(31,5)
(0,2)
(29,9)
(1,5)
(33,3)
(48,1)
(0,4)
(0,4)
(0,4)
(8,5)
Variação
maior influência positiva
Influência
maior influência negativa
Veículos Automotores
Máquinas e Equipamentos
Metalurgia
Vestuário e Acessórios
Produtos de Metal
Alimentos
Têxteis
Farmacêuticos
Extrativa Mineral
Minerais Não Metálicos
Máquinas e Materiais Elétricos
Couro e Calçados
Bebidas
Celulose e Papel
Derivados de Petróleo e Biocombustíveis
Químicos
(2,6)
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
Horas trabalhadas
na produção
Horas trabalhadas na produção
Horas Trabalhadas na Produção
Horas Trabalhadas na Produção Média Móvel Semestral
Dessazonalizado – média 2006=100
130
125
Elevaram-se após ajuste sazonal
• As horas trabalhadas na produção recuaram
2,2%, frente a agosto.
• O setor de Veículos Automotores foi o que
registrou a maior influência negativa (-1,8
p.p.), e também a maior variação negativa ao
índice (-18,6%).
• Desconsiderando os efeitos sazonais, o
indicador aumentou 0,6%.
• Na comparação com o mesmo mês do ano
anterior, as horas trabalhadas apresentaram
decréscimo de 11,4%.
• Na análise da média móvel dos últimos 12
meses, o indicador foi 8,7% menor.
• De janeiro a setembro deste ano, frente ao
mesmo período de 2014, a variável registrou
diminuição de 9,8%.
• A maior influência negativa ficou com o setor
de Veículos Automotores (-3,2 p.p.), enquanto
as maiores variações negativas foram nos
setores de Máquinas e Equipamentos e de
Veículos (-28,0% e -27,7%, respectivamente).
120
115
110
105
100
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
Horas Trabalhadas na Produção - Variação (em %) x Influência (em p.p.)
acumulada - Janeiro a Setembro de 2015
0,3
0,1
0,1
4,1
3,2
0,5
(3,2)
(0,0)
(4,1)
(0,0)
(9,2)
(7,2)
(0,1)
(5,4)
(2,1)
(0,1)
(0,1)
(3,5)
(0,2)
(7,2)
(13,4)
(0,3)
(0,1)
(21,6)
(28,0)
(25,4)
(1,0)
(27,7)
(1,0)
Influência
maior influência negativa
(3,2)
Veículos Automotores
Produtos de Metal
Metalurgia
Máquinas e Equipamentos
Têxteis
Couro e Calçados
Minerais Não Metálicos
Máquinas e Materiais Elétricos
Bebidas
Farmacêuticos
Derivados de Petróleo e Biocombustíveis
Alimentos
Químicos
Celulose e Papel
Variação
maior influência positiva
Vestuário e Acessórios
(1,6)
(1,0)
Extrativa Mineral
| 3
4 |
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
Emprego
Emprego
Recuou diante do mês anterior
• O nível de emprego industrial registrou recuo
de 1,1%, ante agosto.
• A maior influência e variação negativas foram
apresentadas pelo setor de Produtos de Metal
(-0,3 p.p e -5,5%, respectivamente).
• Livre dos efeitos sazonais, o indicador foi 0,4%
menor.
• O índice retraiu 8,8% quando comparado ao
mesmo mês de 2014.
• O nível de emprego foi 5,2% menor, na análise
da média móvel dos últimos 12 meses.
• Na comparação do acumulado dos nove meses
do ano com o mesmo período do ano anterior,
o emprego decresceu 6,1%.
• O setor de Veículos Automotores registrou a
maior influência negativa no acumulado (-1,6
p.p.). A maior variação negativa foi do setor
de Máquinas e Equipamentos (-21,0%).
Emprego
Emprego Média Móvel Semestral
Dessazonalizado – média 2006=100
130
125
120
115
110
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
Emprego - Variação (em %) x Influência (em p.p.)
acumulada - Janeiro a Setembro de 2015
0,0
0,7
0,0
1,0
(0,7)
(0,0)
(3,7)
(7,5)
(1,5)
(0,1)
(0,8)
(0,1)
(0,1)
(3,0)
(0,2)
(10,7)
(5,0)
(8,8)
(0,3)
(15,5)
(0,1)
(7,0)
(14,6)
(0,3)
(0,6)
(0,1)
(12,7)
(21,0)
(1,6)
(0,2)
(1,0)
Variação
maior influência positiva
Influência
maior influência negativa
Veículos Automotores
Vestuário e Acessórios
Máquinas e Equipamentos
Metalurgia
Produtos de Metal
Têxteis
Minerais Não Metálicos
Bebidas
Farmacêuticos
Alimentos
Extrativa Mineral
Máquinas e Materiais Elétricos
Derivados de Petróleo e Biocombustíveis
Couro e Calçados
Celulose e Papel
Químicos
(0,9)
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
Massa salarial real
Apresentou queda na comparação
com agosto
• O total das remunerações pagas foi 3,6%
menor em setembro.
• A maior influência negativa foi registrada no
setor de Veículos Automotores (-1,0 p.p.). O
setor de Químicos apresentou a maior variação
negativa (-10,1%).
• Desconsiderando os efeitos sazonais, a variável
decresceu 2,7%.
• A massa salarial recuou 13,1%, quando
comparada com setembro de 2014.
• Ao analisar a média móvel dos últimos 12
meses, o indicador variou negativamente
6,6%.
• De janeiro a setembro deste ano, frente a igual
período de 2015, a variável foi 8,3% menor.
• O setor Extrativo Mineral registrou a maior
influência negativa (-2,9 p.p.) e a maior
variação negativa (-29,2%).
Massa salarial real
Massa Salarial Real
Massa Salarial Real Média Móvel Semestral
Dessazonalizado – média 2006=100
160
155
150
145
140
135
130
125
120
115
110
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
Deflator: INPC- IBGE
Massa Salarial - Variação (em %) x Influência (em p.p.)
acumulada - Janeiro a Setembro de 2015
0,1
4,5
(5,7)
(0,1)
(7,0)
(2,1)
(0,1)
(4,5)
(0,1)
(0,1)
(3,1)
(0,1)
(4,7)
(0,1)
(1,0)
(0,1)
(5,7)
(3,3)
(0,2)
(0,2)
(3,6)
(0,3)
(3,8)
(12,6)
(0,5)
(21,1)
(16,8)
(0,4)
(29,2)
(2,1)
(0,5)
Variação
Influência
maior influência negativa
Extrativa Mineral
Veículos Automotores
Máquinas e Equipamentos
Metalurgia
Vestuário e Acessórios
Minerais Não Metálicos
Produtos de Metal
Couro e Calçados
Alimentos
Têxteis
Químicos
Derivados de Petróleo e Biocombustíveis
Máquinas e Materiais Elétricos
Celulose e Papel
Bebidas
Farmacêuticos
(2,9)
maior influência positiva
| 5
6 |
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
Rendimento
médio real
Apresentou queda em todas as
bases de comparação
• O rendimento médio real recuou 2,5% frente
a agosto.
• Em termos dessazonalizados, a variável
apresentou diminuição de 1,1%.
• Quando comparada com setembro de 2014, a
variável foi 4,7% menor.
• Na análise da média móvel dos últimos 12
meses, o indicador recuou 1,7%.
• No acumulado de janeiro a setembro deste
ano, comparado com o mesmo período de
2014, o rendimento médio real registrou queda
de 2,5%.
Utilização da
capacidade instalada
Mostrou queda no
acumulado do ano
• No mês de setembro, a utilização da
capacidade instalada (82,0%) foi 0,7 p.p.
maior diante de agosto (81,3%).
• Desconsiderando os efeitos sazonais, o índice
cresceu 0,3 p.p..
• Na comparação com setembro de 2014 o
indicador recuou 3,6 p.p..
• No acumulado do ano até setembro, o nível
médio de utilização da capacidade instalada
foi 82,8%, frente aos 85,5% registrados no
mesmo período do ano anterior.
Rendimento Médio Real
Rendimento Médio Real Média Móvel Semestral
Horas Trabalhadas na Produção
Rendimento médio real
Dessazonalizado – média 2006=100
130
125
120
115
110
105
100
95
90
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
Deflator: INPC- IBGE
88
86
84
82
80
set/12
jan/13
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
| 7
Análise setorial
No período de janeiro a setembro, o faturamento real da indústria de Minas mostrou recuo de 14,5%, na comparação com o
mesmo período em 2014. Dos 16 setores pesquisados, 12 mostraram queda. O setor de Veículos Automotores e o de Máquinas e
Equipamentos foram os que tiveram os maiores pesos e as mais altas variações para o resultado, com influências negativas de 8,5
p.p. e 2,6 p.p. e variações negativas de 33,3% e 48,1%, respectivamente.
O emprego apresentou recuo de 6,1%, no mesmo período comparativo, influenciado pela queda em 14 setores dos 16 analisados.
As maiores influências foram do setor de Veículos Automotores (-1,6 p.p.), seguido de Vestuário (-1,0 p.p.) e de Máquinas e
Equipamentos (-0,9 p.p.). Os setores de Máquinas e Equipamentos (-21,0%) e Bebidas (-15,5%) foram os que apresentaram as
maiores variações negativas.
O indicador de horas trabalhadas na produção mostrou retração significativa no acumulado de janeiro a setembro, (-9,8%),
influenciada por 13 setores, sendo Veículos Automotores (-3,2 p.p.) e Vestuário (-1,6 p.p.) os de maior peso negativo e Máquinas
e Equipamentos (-28,0%) e Veículos Automotores (-27,7%) os de maior variação negativa. A utilização da capacidade instalada
média apresentou queda de 2,7 p.p. no período, provocada pelo recuo em 11 setores industriais.
A massa salarial (-8,3%) e o rendimento médio real (-2,5%) também reduziram no acumulado até setembro. O primeiro indicador
mostrou retração em 15 setores e o segundo em oito setores, dentre os 16 pesquisados. A indústria extrativa apresentou a maior
influência (-2,9 p.p.) e variação (-29,2%) na massa salarial. Com relação ao rendimento médio real, a maior variação negativa
também ocorreu no setor Extrativo (-28,0%).
Os setores de destaque foram: Veículos Automotores, Máquinas e Equipamentos, Metalurgia e Químicos.
contra mesmo período do ano anterior (%)
(0,9)
(4,8)
(12,7)
(16,8)
(27,7)
Rendimento médio
Massa salarial real
Emprego
UCI*
Horas trabalhadas
Faturamento real
(33,3)
Indicadores de atividade do setor de Máquinas e
Equipamentos
contra mesmo período do ano anterior (%)
(0,2)
(21,0)
(21,1)
Massa salarial real
(28,0)
Emprego
(2,9)
*Em pontos percentuais
Rendimento médio
UCI*
(48,1)
Horas trabalhadas
De janeiro a setembro o faturamento do setor Máquinas e
Equipamentos registrou queda de 48,1%, quando comparado
ao mesmo período em 2014. O recuo nas vendas para o
mercado interno provocou o resultado. A crise econômica e
política enfrentada pelo país vêm provocando a retração na
confiança e nos investimentos internos, atingindo o setor de
Máquinas e Equipamentos. A redução na produção do setor
fez com que as empresas promovessem o ajuste no quadro
de funcionários (-21,0%), consequentemente houve queda
nas horas trabalhadas na produção (28,0%) e na utilização
da capacidade instalada (-2,9 p.p.). A massa salarial (-21,1%)
também recuou como consequência da redução de funcionários
no período.
Indicadores de atividade do setor de Veículos Automotores
Faturamento real
O setor de Veículos Automotores mostrou retração de 33,3%
no faturamento entre janeiro e setembro deste ano, diante de
igual período de 2014, em decorrência da queda nas vendas
para o mercado nacional. A crise econômica e política do
País, as incertezas que envolvem os ajustes promovidos pelo
governo e a falta de perspectivas no curto e médio prazo vêm
gerando insegurança no mercado, tanto pelo lado da oferta
como da demanda. Os reajustes de preços devido ao aumento
dos custos de produção, a ausência de incentivos fiscais para
compra de automóveis, como ocorreu nos últimos anos, assim
como o encarecimento do crédito afetaram significativamente o
consumo de veículos automotores, bem como a sua produção.
A necessidade de diminuição na capacidade produtiva provocou
o decréscimo no emprego (-12,7%) e, consequentemente, na
massa salarial (-16,8%). As horas trabalhadas reduziram 27,7%
em função do recuo no pessoal empregado e nas horas extras,
assim como pelas paradas técnicas e pelo maior período de
férias coletivas concedidas. A utilização da capacidade instalada
diminuiu 0,9 p.p. no período.
8 |
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
No período de janeiro a setembro de 2015, as vendas do
setor Metalúrgico reduziram 8,9%, na comparação com
o mesmo período do ano anterior. A queda na demanda
do mercado interno motivou a redução no faturamento do
setor. Cabe destacar que a desvalorização do Real provocou
o aumento da competitividade do setor no mercado
externo e o incremento no valor das vendas para o exterior.
Houve retração de 8,8% no quadro de funcionários no
período, devido à queda na produção e à paralisação de
algumas indústrias. Assim, as variáveis ligadas à produção
– horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada –
diminuíram 13,4% e 10,1 p.p., respectivamente. A queda
no emprego ocasionou a retração da massa salarial de
3,8%, enquanto o rendimento médio real cresceu 5,3%
devido à diminuição no emprego ter sido maior do que
nos salários.
Indicadores de atividade do setor de Metalurgia
No acumulado até setembro de 2015, o faturamento
no setor Químico apresentou expansão de 16,3%, em
virtude do acréscimo nas vendas para o mercado interno e
externo. A conquista de novos clientes pelas empresas de
adubos e fertilizantes provocou o resultado. Vale ressaltar
que o desempenho positivo da agricultura em 2015,
principal cliente do segmento, influenciou essa elevação.
O segmento de sabões, produtos de limpeza e artigos de
perfumaria também contribuiu para a elevação. O nível de
emprego cresceu 0,7% em decorrência da primarização de
mão de obra em algumas áreas produtivas. Somado ao
incremento nas horas extras e à menor concentração de
férias concedidas no período de janeiro a setembro deste
ano, justificou o aumento de 3,2% nas horas trabalhadas
e de 0,3 p.p. na utilização da capacidade instalada.
Em contrapartida, a massa salarial real reduziu 3,1%,
causando o recuo de 3,7% no rendimento médio real pago
aos trabalhadores.
Indicadores de atividade do setor de Produtos Químicos
contra mesmo período do ano anterior (%)
5,3
(3,8)
Rendimento médio
Massa salarial real
(8,8)
Emprego
Horas trabalhadas
Faturamento real
(13,4)
(10,1)
UCI*
(8,9)
contra mesmo período do ano anterior (%)
16,3
*Em pontos percentuais
(3,1)
(3,7)
Massa salarial real
Rendimento médio
0,7
Emprego
0,3
UCI*
Horas trabalhadas
Faturamento real
3,2
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
| 9
Indicadores Industriais Minas Gerais
FATURAMENTO REAL
(Variação em %)
HORAS TRABALHADAS
NA PRODUÇÃO
(Variação em %)
UTILIZAÇÃO DA
CAPACIDADE INSTALADA
(Variação em p.p.)
Set/15 Set/15 Jan-Set/15 Set/15 Set/15 Jan-Set/15 Set/15 Set/15 Jan-Set/15
Ago/15 Set/14 Jan-Set/14 Ago/15 Set/14 Jan-Set/14 Ago/15 Set/14 Jan-Set/14
Indústria Geral
(1,6)
(17,5)
(14,5)
(2,2)
(11,4)
(9,8)
0,7
(3,6)
(2,7)
Indústria Extrativa
32,2
5,8
(2,7)
(0,4)
3,7
4,1
0,0
1,5
0,6
Indústria de Transformação
(4,2)
(19,4)
(15,3)
(2,4)
(12,7)
(11,0)
0,7
(3,9)
(2,6)
Alimentos
2,3
(0,9)
(3,8)
(1,3)
1,5
0,5
2,0
3,6
1,2
Bebidas
10,7
13,4
0,6
(0,9)
(0,5)
(7,2)
4,3
10,1
(2,7)
Têxteis
(1,9)
(31,5)
(23,8)
(2,0)
(13,1)
(7,2)
1,6
(7,8)
(4,4)
Vestuário
(0,4)
(33,6)
(29,9)
0,5
(25,1)
(25,4)
(1,8)
(9,8)
(1,1)
Couro e Calçados
(2,8)
(9,9)
(0,3)
(2,8)
(8,8)
(3,5)
0,7
1,5
0,5
Celulose e Papel
15,1
37,8
6,1
2,8
(4,8)
(4,1)
(15,0)
2,1
(0,5)
(10,9)
(11,5)
7,4
(6,2)
(12,6)
(3,2)
7,4
3,1
2,8
Químicos
7,5
25,8
16,3
2,0
1,2
3,2
0,0
0,3
0,3
Farmacêuticos
33,7
(6,4)
(15,9)
(2,2)
(8,3)
(9,2)
(0,1)
0,0
(1,4)
Minerais Não Metálicos
(3,3)
(3,3)
(2,8)
(3,4)
(10,2)
(2,1)
(2,5)
(2,7)
(2,5)
Metalurgia
(2,5)
(13,7)
(8,9)
7,9
(9,4)
(13,4)
5,1
(9,3)
(10,1)
Produtos de Metal
69,9
(24,2)
(31,5)
0,2
(17,2)
(21,6)
9,6
(0,8)
(4,8)
Máquinas e Materiais Elétricos
18,1
7,5
(6,9)
(2,5)
(14,6)
(5,4)
0,1
(4,7)
(2,1)
Máquinas e Equipamentos
(11,4)
(39,4)
(48,1)
(8,6)
(23,8)
(28,0)
(5,1)
(9,9)
(2,9)
Veículos Automotores
(24,2)
(50,2)
(33,3)
(18,6)
(40,4)
(27,7)
(0,4)
(1,4)
(0,9)
POR SETOR
Deriv. Petróleo e Biocombustíveis
10 |
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
Indicadores Industriais Minas Gerais
EMPREGO
(Variação em %)
MASSA SALARIAL REAL
(Variação em %)
RENDIMENTO MÉDIO
REAL (Variação em %)
Set/15 Set/15 Jan-Set/15 Set/15 Set/15 Jan-Set/15 Set/15 Set/15 Jan-Set/15
Ago/15 Set/14 Jan-Set/14 Ago/15 Set/14 Jan-Set/14 Ago/15 Set/14 Jan-Set/14
Indústria Geral
(1,1)
(8,8)
(6,1)
(3,6)
(13,1)
(8,3)
(2,5)
(4,7)
(2,5)
Indústria Extrativa
(0,2)
(1,5)
(1,5)
(5,4)
(7,9)
(29,2)
(5,2)
(6,4)
(28,0)
Indústria de Transformação
(1,2)
(9,3)
(6,5)
(3,4)
(13,5)
(6,0)
(2,3)
(4,6)
0,4
Alimentos
0,0
2,5
(0,8)
(1,2)
(4,0)
(1,0)
(1,3)
(6,3)
(0,1)
Bebidas
0,2
(7,8)
(15,5)
4,2
(13,1)
(5,7)
4,0
(5,7)
10,8
Têxteis
(2,1)
(17,1)
(7,0)
(2,7)
(15,4)
(4,7)
(0,6)
2,1
2,7
Vestuário
(2,1)
(16,6)
(14,6)
(0,4)
(11,4)
(12,6)
1,7
6,2
2,5
Couro e Calçados
(0,3)
(9,2)
(0,7)
(4,8)
(28,7)
(5,7)
(4,5)
(21,5)
(5,1)
Celulose e Papel
1,0
1,5
1,0
2,5
(4,8)
(7,0)
1,4
(6,2)
(7,8)
Deriv. Petróleo e Biocombustíveis
(3,7)
(12,3)
(7,5)
(4,1)
(21,2)
(4,5)
(0,4)
(10,2)
3,3
Químicos
1,0
0,9
0,7
(10,1)
(29,7)
(3,1)
(11,0)
(30,1)
(3,7)
Farmacêuticos
(1,0)
(8,6)
(10,7)
1,8
0,4
4,5
2,8
9,9
16,9
Minerais Não Metálicos
(0,5)
(6,0)
(3,0)
(1,6)
(4,3)
(3,6)
(1,1)
1,9
(0,6)
Metalurgia
0,8
(10,1)
(8,8)
(3,7)
(8,0)
(3,8)
(4,5)
2,3
5,3
Produtos de Metal
(5,5)
(17,0)
(5,0)
(4,0)
(20,6)
(3,3)
1,6
(4,3)
0,8
Máquinas e Materiais Elétricos
(0,5)
(11,2)
(3,7)
(6,8)
(13,8)
(2,1)
(6,4)
(2,9)
1,2
Máquinas e Equipamentos
(3,2)
(19,8)
(21,0)
(5,1)
(33,1)
(21,1)
(2,0)
(16,6)
(0,2)
Veículos Automotores
(1,9)
(14,7)
(12,7)
(8,3)
(23,8)
(16,8)
(6,5)
(10,7)
(4,8)
POR SETOR
Economia em Perspectiva
Variável
PIB Mundial (variação %)
2015
3,1
PIB Brasil (variação %)
(3,02)
Produção Industrial Brasil (variação %)
(7,0)
Produção Industrial Minas Gerais (variação %)*
(7,6)
Faturamento Industrial Minas Gerais (variação %)*
(13,9)
Exportações Brasileiras (US$ bilhões)
191,3
Exportações de Minas Gerais (US$ bilhões)*
22,0
Taxa de Câmbio (R$/US$ - fim do período)
4,00
IPCA (% a.a.)
9,85
Selic final período (% a.a.)
14,25
Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)
35,85
Formação Bruta de Capital Fixo (% do PIB)
17,4
Fonte: FIEMG, Banco Central do Brasil, Tendências Consultoria e Banco Mundial
*As projeções das variáveis de Minas Gerais serão revistas ao final de cada semestre.
ANO 26 - Nº 9 - SETEMBRO 2015
Nota Metodológica
A Pesquisa Indicadores Industriais é elaborada pela Assessoria Econômica da FIEMG em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria - CNI.
As informações referentes ao mês de setembro de 2015 resultam de levantamento feito em 230 empresas. Os indicadores são divulgados na
base média 2006=100 e obtidos através da média ponderada dos indicadores dos setores, onde os pesos representam a participação relativa dos
mesmos na indústria do estado, com base na média dos dados da PIA 2007 e 2008. São divulgados também os resultados dessazonalizados para
todas as variáveis, a partir de modelos estruturais utilizando-se o sistema Tramo Seats. Variáveis pesquisadas: Faturamento Real – faturamento
líquido, exclusive IPI, referente a produtos industrializados pela empresa; Emprego – total de pessoas existentes no último dia do mês remuneradas
diretamente pela empresa, com ou sem vínculo empregatício, com contrato de trabalho por tempo indeterminado ou temporário, ligadas ou não ao
processo produtivo; Horas Trabalhadas na Produção – total de horas trabalhadas pelo pessoal empregado na produção; Massa Salarial Real –
valor das remunerações pagas ao pessoal empregado total da empresa; Rendimento Médio Real – razão entre a Massa Salarial Real e o Emprego;
Utilização da Capacidade Instalada – percentual da capacidade de produção operacional utilizada no mês.
A partir de janeiro de 2013, a Pesquisa Indicadores Industriais passou a ser divulgada de acordo com a CNAE 2.0.
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Ficha Técnica
Realização:
Sistema FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
Presidente: Olavo Machado Junior
Responsável Técnico:
Assessoria Econômica da FIEMG
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – Av. do Contorno, 4456 - Funcionários - Belo Horizonte - MG
Gerência de Imprensa: (55) 31 3263-4449 / 3263-4444
Assessoria Econômica da FIEMG: (55) 31 3263-4394 / 3263-4388
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Indicadores do terceiro trimestre mostram melhora, mas não