Se Portugal Abandonar a Moeda Única
Os líderes, não apenas europeus mas, mundiais
advogam a manutenção da moeda única e a coesão
da Zona Euro, estando confiantes na capacidade da
Europa para superar este desafio.
Não
obstante,
reputados
analistas
internacionais, como Nouriel Roubini e Paul
Krugman, acreditam que o abandono do euro por parte da economia grega é
incontornável, o que concorrerá para a instabilidade da moeda única com
repercussões não somente ao nível europeu, mas também mundial. Tal
acontecimento colocaria toda a União Europeia (UE) em perigo de contágio, o
que agravaria, particularmente, a condição económico-financeira das economias
mais fragilizadas para uma situação cada vez mais semelhante à da Grécia.
De acordo com Krugman, Portugal tem 75% de hipóteses de permanecer na
Zona Euro e admite que a resolução dos problemas não passa, exclusivamente,
por essa nação, mas por uma intervenção comunitária.
Perante o cenário de saída da Grécia da Zona Euro, Portugal enfrentará
fortes tensões financeiras, perspectivando-se, entre outras consequências, uma
perda, em média, de 30% do valor do mercado bolsista português e prejuízos
substanciais no sistema bancário.
Estes são alguns dos potenciais danos para Portugal decorrentes do
abandono por parte da Grécia da Zona Euro. Mas, se for Portugal a sair da
moeda única o resultado de tal acontecimento seria mais gravoso para a
economia do país, prevendo-se uma desvalorização acentuada da nova moeda
face ao euro, na ordem dos 30 a 50%, que implicaria, nomeadamente,
diminuição acentuada do poder de compra, inflação, aumento dos empréstimos
bancários e perda de acesso aos mercados internacionais tanto no que diz
respeito às importações como no acesso ao crédito. Com as linhas de crédito
internacionais fechadas e as poupanças dos aforradores a saírem do país,
resultante da instabilidade, dar-se-ia o colapso do setor financeiro português.
O britânico Centre for Economics and Business Research estima que a
eventual saída de Portugal da Zona Euro poderia custar cerca de 10% do seu
PIB anual, o que corresponderia a uma perda de 17 mil milhões de euros.
No caso de algum país abandonar a moeda única está previsto um plano de
contingência ao nível da Zona Euro, com vista a mitigar o risco de contágio,
como seja a limitação dos levantamentos nos multibancos e a imposição do
controlo de fronteiras e de capitais, suspendendo o Tratado de Schengen.
Diferentes bancos portugueses já estão a preparar-se para a saída da Grécia
do Euro, prevendo a ocorrência de uma avultada fuga de capitais, existindo
planos de contingência para controlar os movimentos de capitais.
Todos os bancos da UE, cujos portugueses não são exceção, estão
protegidos por um Fundo de Garantia de Depósitos que, em caso de falência da
instituição bancária, reembolsa os depositantes até um montante de 100 mil
euros por cliente, por conta e por banco.
Os movimentos de capitais deverão ser feitos através de instituições
financeiras, dado que qualquer cidadão que se desloque na UE com um
montante igual ou superior a 10 mil euros (ou o equivalente em outras moedas)
terá que o declarar às autoridades aduaneiras, sob pena de apreensão do capital
e aplicação, cumulativamente, de outras sanções.
No que concerne aos instrumentos financeiros (ações, obrigações, títulos de
participação, bilhetes do tesouro, entre outros), se Portugal saísse do euro, os
investidores passariam a deter os mesmos títulos, mas denominados numa
outra moeda. No caso de os bancos ou as corretoras se revelarem incapazes de
restituir os ativos, essas aplicações financeiras estão protegidas pelo Sistema
Indemnização dos Investidores (SII) que garante um reembolso até 25 mil euros
por investidor (mas não por conta).
Perante a conjuntura económico-financeira actual, os aforradores e
investidores deverão procurar as melhores instituições financeiras para
proteger o seu património.
A Altavisa – Gestão de Patrimónios acompanha diferentes Clientes que,
preocupados com a situação do país, pretendem proteger o seu património.
A Altavisa é uma sociedade financeira independente e especializada na
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seus Clientes, particulares ou institucionais, como único, prestando-lhe, por
isso, um serviço individualizado. A Altavisa, tendo como principal missão a
preservação e valorização do património do Cliente, procura sempre os
investimentos mais vantajosos junto das melhores instituições financeiras
nacionais e internacionais.
Patrícia Â. S. Rocha
Altavisa - Gestão de Patrimónios, S.A.
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