AU
TO
RA
L
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
TO
AVM FACULDADE INEGRADA
O
PE
LA
LE
I
DE
DI
R
EI
ESPECIALIZAÇAÕ EM SEXUALIDADE
DO
CU
M
EN
TO
PR
OT
EG
ID
Educação: Sexualidade, Gestão Escolar e Sociedade.
RAFAEL MOREIRA LIMA
Brasília – DF
2013
RAFAEL MOREIRA LIMA
Educação: Sexualidade, Gestão Escolar e Sociedade.
Monografia apresentada a Universidade
Candido Mendes como parte parcial para
obtenção de titulo de Especialista na PósGraduação em Sexualidade.
Profª: Narcisa Castilho Melo.
Profª: Fabiane Muniz.
Brasília
2013
Dedicatória
Ao universo;
Aos seres pensantes;
Aos familiares próximos;
Aos amigos íntimos, em especial Gláucia Ribeiro, amiga enviada por DEUS, e;
Ao Senhor Jesus por tão sempre me proporcionar novos desafios.
Com carinho, dedico às professoras orientadoras, pela promoção do
conhecimento.
Agradecimento
Em primeiro e exclusivo lugar, DEUS.
A Maria do Socorro Lima(in memorian), mulher de força, que sempre deixou o
exemplo como ponto de sucesso;
A Dalva Moreira Lima, guerreira e buscadora de sonhos;
A Professora Orientadora Narcisa Castilho Melo, pela compreensão;
A Professora Orientadora Fabiane Muniz, pelo conhecimento;
Aos familiares, em especial irmã e primas;
A minha linda sobrinha Fernanda, que tenha como base o estudo e educação;
Aos amigos, pessoas de gratidão.
‘’…A sexualidade e um “dispositivo histórico”, visto que,
é uma invenção social, uma vez que se constitui,
historicamente, a partir de múltiplos discursos sobre
sexo: discursos que regulam, que normatizam, que
instauram saberes, que produzem “verdades”. Sua
definição de dispositivo sugere a direção e a
abrangência de nosso olhar… ’’
FOUCAULT
RESUMO
Neste mundo moderno, tecnológico e globalizado, devemos estar preparados
para a mudança de comportamento da sociedade, ainda mais com as questões
ligadas a sexualidade humana. Tal preparação torna-se mais sociável a
convivência com as diferenças raciais, sociais, sexuais e genéticas, de modo
que saibamos na essência que somos iguais perante a lei, não tendo nenhuma
distinção de qualquer natureza, conforme o Art. 5o da Constituição da
República Federativa do Brasil. Dignidade humana não pode ser comparada
com sexualidade alheia. Somos sujeitos com direitos e deveres com dignidade
humana. Entender quem é o heterossexual, o bissexual, o travesti, a transexual
ou o seja qual orientação for, é repeito ao conhecimento. Julgamos e
misturamos pelo simples fato de achar, mas é preciso que fique claro para você
leitor, que sexualidade não é uma mistura de gêneros sexuais, cada um tem o
seu papel e função social. Ninguém perde ou acha uma sexualidade, o que
precisamos é agir mais enquanto ser cidadão. O sujeito, enquanto cidadão
precisa ser respeitado diante a sua orientação sexual, afinal somos iguais com
orientações distintas. A relevância deste tema pode ser explorada em todos os
níveis educacionais, uma vez que a escola não pode ser omissa quanto ao
tratamento do comportamento alheio. É preciso entender para conviver. O
presente trabalho visa analisar aos comportamentos sociais perante a
Sexualidade alheia.
Palavra chave: Sexualidade Humana, Constituição Federal, Igualdade,
Cidadão, Escola.
METODOLOGIA
Para entender que as informações teóricas são essenciais para a prática
pedagogia, social e vivencial, dentro ou fora da sala de aula, foi estruturado
uma pesquisa sobre a sexualidade humana.
O universo foi de 40 pessoas, sendo de diferentes idades e
escolaridade, visando entender o ponto de vista dos participantes por meio de
um questionário de no máximo 10 questões quanto ao tema.
Optou-se pelo questionário justamente para identificar as semelhanças e
diferenças nos diversos entendimentos sociais quanto a sexualidade humana,
de modo que seja consolidado graficamente todas as respostas e em seguida
apontados as ponderações à cerca das respostas.
A aplicação do questionário durou 15 dias no mês de Dezembro/2012.
Dos 40 questionários aplicados apenas 12 pessoas entregaram com êxito,
sendo feito a consolidação dos resultados apenas com as pessoas
participantes. Ressalta-se que ao final desta produção será anexado o
questionário com as 10 questões em foco.
Diante as dez perguntas elaboradas e inseridas no questionário, pode-se
inferir várias coisas, mas a principal está na questão 5, cuja preocupação está
na mudança de comportamento da sociedade quanto a temática sexualidade
alheia.
É preciso que haja maturidade social para entender que somos iguais na
condição de ser humano e que não apenas por lei, temos os mesmos direitos.
Independente da Orientação Sexual, dogma religioso ou condição financeira.
A pesquisa, mesmo com 12 participantes, trouxe uma explanação do
quanto precisamos desmistificar sobre o tema, que ainda existem visões de
que sexualidade é salada de fruta, ou melhor, tudo é a mesma coisa. E não é.
O grupo tem idades distintas e grau de instrução que teoricamente
entenderia sobre a Sexualidade, mas não podemos generalizar, o importante é
entender que há diferenças e que além das orientações sexuais, o respeito é
essencial para manter a convivência em grupo, comunidades e em sociedade.
INTRODUÇÃO...................................................................................................09
CAPÍTULO I - DIREITOS E DEVERES DO SER HUMANO, SEXUALIDADE
EM FOCO..........................................................................................................11
1.1 Sexualidade.................................................................................................15
1.2 Sexualidade na escola.................................................................................17
CAPÍTULO II - ORIENTAÇÃO SEXUAL............................................................21
2.1 Violência infantil...........................................................................................21
2.2 Sexualidade alheia não é opção..................................................................22
2.3 - Dialogando sobre Educação Sexual..........................................................26
2.4 – Orientação Sexual....................................................................................28
CAPÍTULO III – A PESQUISA DE CAMPO.......................................................32
3.1 Gráficol.........................................................................................................33
3.2 Análise dos gráficos....................................................................................38
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................42
ANEXO..............................................................................................................44
INTRODUÇÃO
A cada momento devemos estar preparados para a mudança de
comportamento da sociedade, ainda mais com as questões ligadas a
sexualidade humana.
A temática carrega e sobrecarregam desvios de informações culturais,
diante de uma conduta ‘’achista’’ onde ser humano acreditava nas crendices do
povo. Mas a ciência e os estudos amadurecem e uma nova visão pode ser tida
diante do acesso a informação.
O corpo, na verdade, é o culto do ser ao prazer, assim essa
concentração onde a alma/corpo se distinguem através das condutas sociais.
Considera-se como má formação dos órgãos genitais e que não são
reconhecidos nem como masculinos nem como femininos – considera-se com
genitais ambíguos.
Para
toda
contextualização
há
uma
problemática,
assim
no
desenvolvimento do trabalho pretende-se entender por que a sexualidade
alheia é vista como uma salada de fruta, onde as pessoas confundem a
orientação sexual alheia.
No desenvolver do trabalho, pretende-se despertar o estudo e
informações corretas sobre o que é a Sexualidade Humana. De modo que haja
pesquisas sobre os teóricos, diferenciado sobre a Sexualidade Humana e
também disseminando sobre as diferenças conceituais.
A questão sexual antes era tida como fator determinante no
comportamento da sociedade, muita das mulheres eram reprimidas caso não
fossem ‘’virgem’’, assim o casamento não era tão concebido com purificação.
A igreja não está com toda a atenção focada para essas questões, ainda
mais que trabalho de sexo, sexualidade e identidade sexual os fiéis estão
tomando espaço e representatividade no catolicismo, assim culturalmente
muitas mulheres preservam as suas virgindades como forma de respeito a
igreja, mas em tempos modernos essa questão está sendo vista socialmente
como forma de preservar a pureza cultural.
Em um mundo moderno, onde as escolas, as empresas e a sociedade
estão adotando tecnologia para facilitar a comunicação. Será que estamos
9
amadurecendo enquanto ser cidadão ou a sociedade, neste mundo
globalizado, ainda se restringe aos pré-conceitos do passado?
É fundamental entender que somos iguais por uma constituição, que
termos organização enquanto ser cidadão e que também somos educados
para respeito ao próximo, mas em uma realidade não distante, é possível
comprovar que não é bem como o script manda. O sujeito, enquanto cidadão
precisa ser respeitado diante a sua orientação sexual.
Desenvolve-se também, no decorrer deste trabalho, sobre a violência
infantil, ligando alguns fatores que potencializam as diferentes interpretações
quando a sexualidade alheia.
Entender que existem conceitos, contextos e aplicações práticas com
relação à Orientação Sexual é perceber que as teorias colaboram para inclusão
do que não pode ser tratada como diferentes, os gêneros que se atraem pelo
mesmo sexo. Outro fator quando a sexualidade está em foco é a exclusão
social, pois os comportamentos são distintos, mas todos somos seres humanos
e na condição de cidadão, devemos ser respeitados.
Salienta-se também quanto a educação sexual, que por sua vez,
conduz o processo de interação social, onde os sujeitos podem ter uma relação
de amor, carinho, estudo e acima de tudo, respeito.
Justamente com a visão e conceituação sobre a sexualidade e também
do reconhecimento deste tema quanto ao desenvolvimento global, aqui serão
sinalizadas as possibilidades e os limites da atuação desse tema para
educadores e para todos nós.
Quando tocamos no assunto Orientação Sexual, percebemos o quanto
precisamos excluir a ligação com Opção. Sejam questões históricas, cientificas
ou religiosas, precisamos visualizar o ser humano. Ninguém escolhe ser ou não
ser homossexual, bissexual, transexual ou travesti, certo? Logo ao tentar definir
um conceito é envolver fatores comportamentais, sentimentais, biológicos,
sociais, entre os gêneros masculino e feminino.
Por fim, após uma pesquisa de campo, será consolidado e demostrado
graficamente, o que um grupo de pessoas entendem sobre a temática,
consolidado as informações e fixando a importância de todos sermos vistos
como iguais.
10
CAPÍTULO I
DIREITOS E DEVERES EM SOCIEDADE: SEXUALIDADE EM
FOCO
Em um contexto social, todo sujeito é um cidadão e ser humano, logo
ser cidadão é gozar dos direitos e deveres plenos que são estabelecidos pela
lei como também pelos costumes sociais.
Entende-se que ser humano não é ser um profissional, somos todos
iguais perante a lei e devemos entender que temos o livre arbítrio para fazer o
que achamos correto, dentro das limitações legais.
A busca pela promoção da vida e contemplação de poder exercer a
cidadania é alvo de todo sujeito, mantendo os princípios e valores que estão
agregados à sociedade, mas quem nem sempre são usados de forma legal.
Entende-se que somos iguais e ao mesmo tempo diferentes, diante de
um cenário de dimensões continentais, acordamos e dormimos com situações
distintas.
Como o artigo 5º da Constituição Federal destaca que todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, eis o direito da igualdade
que está explicito na Constituição Federal. Entende-se, ser igual, todos os
homens e mulheres, na sua condição de ser humano, com a liberdade ampla e
sem delimitações sociais.
Não é o órgão genital que definira o grau de importância ou relevância
do sujeito, pois somos iguais, seja ele ou ela, logo independente da orientação
sexual, eu sou igual a você e você é igual ao outro e assim, sucessivamente.
Diante do exposto e necessário acima, percebe-se que somos iguais
perante a lei, não havendo distinção de nenhuma natureza, a não ser o gênero
masculino e feminino, logo não existe a vedação de obrigar alguém a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Direitos Humanos nem sempre são direitos dos humanos, isso é
perceptível quando a temática liga ao contexto da Sexualidade Humana,
justamente pelos paradigmas que a sociedade carrega do seu histórico cultural.
11
Não podemos apenas citar que a garantia da igualdade está nas LEIs e
sim na prática vivencial em nossas realidades, onde não haja qualquer tipo de
discriminação, seja ele por raça, gênero, idioma, nacionalidade ou tantos outros
motivos. Seja o papel social, gênero social ou seja status social, detemos das
mesmas condições legais do nosso pais
Retrata-se com as colocações acima, o entendimento de que direitos
humanos não são direitos sexuais, assim é preciso entender as limitações que
estão conectadas ás interpretações sociais ao confundir um contexto com
outro, logo ter os meus direitos enquanto ser cidadão é uma garantia legal.
Somos iguais, somos diferentes, somos parecidos, mas somos sujeitos
que temos as mesmas necessidades, sejam elas de realização, fisiológicas, de
segurança, ou seja, outras necessidades, mas fazemos parte do aparato de
Leis que regem os nossos direitos e deveres, enquanto ser cidadão e não
enquanto a orientação sexual.
Viver em sociedade e entender que somos frutos de uma geração, que
viveu em outra época e que as raízes hierárquicas ainda estão presentes em
nossas vidas. Mesmo em pleno Século XXI , precisamos amadurecer muito,
principalmente quando o assunto é diversidade ou orientação sexual, logo
começamos a entender que nem todos enxergam o ser humano e sim a sua
sexualidade.
Somos livres e pertencentes há uma única constituição, que rege a
convivência ética, respeito mútuo e o direito de ir e vir, mas na prática não é
isso que vivenciamos. Infelizmente temos ações excludentes e pensamentos
preconceituosos, logo ferimos a nossa sociedade.
Quando o assunto permite uma (re)visão de ideias, conceitos e
entendimentos, podemos desvendar que a tradução possibilita rumos e
possibilidades, assim
ser cidadão é gozar de um conjunto de direitos e
deveres que inserem o sujeito à sociedade em que ele está alojado. Mas como
viver em sociedade é entender que há desigualdades e semelhanças, é preciso
respeitar o direito alheio e permitir que os direitos de um indivíduo são
garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da
sociedade.
12
Não podemos visualizar o Direito como imposição de normas, leis e
regras que somente pune a sociedade, na verdade norteia e facilita essa
interação no contexto social.
O Direito serve, além de dar liberdade, monitorar colaborativamente para
que haja harmonia nesse contato de um com o outro.
A relação direta do Direito com a Sexualidade parte do principio da
isonomia, cuja contextualização de um complementa a aplicação do outro,
assim a busca continua por uma identidade atende aos princípios e valores
éticos sócias de ambos.
“Os seres superiores e o homem especialmente perde-se em
ilusões de outros objetivos, julgando-se impulsionado por
outras determinantes. Mas estudando cada ato de per si, cada
atividade peculiar que se desenrola, e investigando a origem e
o fim remoto ou disfarçado dos diversos fenômenos sexuais,
verificamos que tudo gravita inconscientemente em torno do
fulcro da sua perpetuação.” Egas Moniz, A Vida, pág. VII
A citação acima traz, indiretamente, a questão contextual, onde os
direitos e deveres da sociedade atual.
É importante perceber que a própria sociedade antiga, criava-se uma
rotulação para o comportamento sexual da sociedade que essa ação acabava
sendo tida como integrante da sociedade. Como a evolução da espécie
humana, o conhecimento torna-se uma ferramenta de consistência para a
aplicação e uso dos direitos e deveres da sociedade.
O homem evolui e nem sempre a sociedade acompanha os benefícios
que poderão estar inseridos para o povo, mas a evolução dos direitos e
deveres está diretamente ligada à necessidade.
As leis estão mais amplas e severas, pois a própria justiça toma posse
da importância e valorização do ser humano, como ser humano, no sentido
mais amplo na escada do contexto social. Mas ainda é preciso melhorar.
Seja uma lei que fortaleça o sexo feminino, ou seja, a que aprove o
casamento homossexual, o importante é evoluir, respeitar e entender que os
direitos e deveres sexuais, não podem atender ao passo massifico da
sociedade, afinal, todos somos iguais.
13
Ao falarmos sobre “O Direito à Intimidade, à Liberdade e à Honra entre
os sexos”, é possível afirmar que a presente frase faz uma ligação com a
liberdade de todos os seres humanos, que desde o seu nascimento devem ter
a abertura para viver em direitos, deveres e dignidades iguais.
Cada sujeito deve ser respeitado na sua particularidade e intimidade,
sendo tido como uma reeducação da sociedade em relação ao comportamento
o outro.
Esse direito não pode ser tido ou visto como obrigação, mas é preciso
que haja uma relação consistente das manifestações do individuo, onde ele
saiba se comportar perante a sociedade diante dos seus desejos.
A materialização comportamental da sociedade não pode ser tida como
regra de um universo, deve ser tido cada individuo em sua singularidade, onde
cada um deve ter a opção de escolha e a consequência das responsabilidades
daquilo que fora assumido. Cabe a sociedade excluir o senso e juízo de valor,
do que é certo ou errado, a importância é liberdade para manutenção e
disciplina do povo.
Quando o direito conecta a sexualidade e os direitos do casamento,
salienta-se que a hitória carrega uma bagagem que em tempos, sofre
consequencias da sociedade, que nem sempre entende o quanto está
marginalizando a sua própria sociedade.É entendido que a sexualidade faz
parte da contextualização de todos,de modo que no casamento, a legalização
vem sendo banalizada, gradativamente.
Sabemos que o casamento vai além de uma uniao estavel, é o
comprimisso e o comprometimento entre duas pessoas para manutenção da
vilha – há dois – em contato com a sociedade.No entento, com a modernização
dos costumes sociais e os reflexos de uma sociedade mais livre, o casamento,
não está como o valor que é merecido, as pessoas casam e desacasam muito
rápido.
As instituições religiosas, Igrejas, determinam a codição e principios do
casamento, sendo
que no catolicismo, o berço social trouxe as maiores
contribuições para essa formalização.Assim, quando a questão está focada no
comportamento social, sexual junto aos principios e valores de direito, percebo
o ato falho, a perda de valores e a visualização de um novo comportamento
social: talvez a poligamia.
14
Digo isso, não como regra, mas pela visualização dos exemplos reais do
nosso contidiano, pois a lei não é tida como fonte de ajuda e fidelização do
casamento.
O homem e a mulher, perante a lei e aos constumes religiosos-sociais,
devem entender qual é o seu verdadeiro papel no casamento, a união é um
novo rumo para usufluir dos benecifios da relação, tendo a sexualidade em
consenso.
Já na direito da família, existe uma relação, não apenas histórica, mas
vivencial quanto ao direito, a família e a sexualidade. Relação essa que
complementa a atuação de cada uma, colaborando e entendendo o quanto a
junção de ambas são essenciais.
Percebo que a sexualidade está mais em foco, uma vez que a mudança
de comportamento da sociedade está dando novos entendimentos do valores
da família e da aplicação do que é o direito. A sexualidade já veio
contextualizada na família e no direito, ao mesmo tempo
em que elas se
completam, elas também se incompleta.
A família, é a base, é o exemplo, é o histórico da tradição histórica. Que
em consequência do direito, formaliza-se a união e os princípios da moralidade,
cidadania e tantos mais. Já quanto
chegamos a sexualidade, deixamos
situações em aberto, a sociedade vem tomando rumo e buscando rumo, a nova
foram de ver está diferente do que era no passado, mudanças de valores,
comportamentos e princípios, dão um visão marginalizada do sentido real da
palavra e sua visualização no sujeito humano.
1.1 Sexualidade.
Falar em sexo, sexualidade, prazeres, desejos e fantasias são situações
que reprimem o sujeito, justamente por ser um tabu que ao longo dos anos tem
sido quebrado pela dialógica social. A convivência e a chegada da tecnologia
também permitiram que novos meios de informações, de modo que algumas
informações que fazem parte do nosso contexto diário sejam colaborativas.
O contexto é amplo, permitindo uma conscientização mais realidade
quanto ao tema colabora na convivência e aceitação quanto às diferenças
15
sociais. Seja na escola, na família, na igreja ou na sociedade, a temática pode
ser vista como mais um assunto social e não como um ‘’bicho de sete
cabeças’’.
Não podemos delimitar que o assunto é de responsabilidade da escola
apenas, há uma ligação com todas as instituições sociais que permeiam a
temática em prol da colaboração da informação.
“A escola pode ajudar, quando reserva um espaço de discussão
sobre a sexualidade, o aluno sabe que determinadas coisas que
poderá discutir no lugar e no momento apropriado, pois não ficam só
com ele as dúvidas e inquietações.”(SUPLICY,1999, p. 79).
Ninguém estuda para ter um gênero sexual, mas estuamos para
aprimorar os conceitos e entender que a cada dia podemos melhorar a nossa
visão cientifica e social do que chamamos de Sexualidade. López Onega,
(1990), relata que antes de falar sobre sexualidade humana, devemos entender
e esclarecer quando menos os seis principais significados que o termo sexo
pode assumir no discurso científico:
1. Sexo genético: decorrente dos cromossomas, o código biológico
mediante o qual cada pessoa terá suas próprias características
físicas, e que ao se reunirem dois cromossomas XX, o indivíduo será
fêmea ou se a união dos cromossomas for XY, nascerá macho;
2. Sexo gonadal: composto pelas glândulas responsáveis pela
diferenciação dos dois sexos – no homem representado pelos
testículos, que produzem os espermatozoides e os hormônios
masculinizantes (testosterona) e na mulher pelos ovários que
produzem os óvulos e demais hormônios responsáveis pelas
características sexuais femininas (progesterona);
3. Sexo anatômico: é o aspecto exterior do corpo humano que
distingue o aparelho sexual da mulher (vulva) do órgão sexual do
homem (pênis), também chamado de órgãos genitais;
4. Sexo psicológico: conhecido como "identidade sexual" – é a forma
como cada indivíduo percebe e reconhece sua própria condição
existencial enquanto pertencente ao universo masculino ou feminino;
5. Sexo social: também chamado de "papel de gênero", a forma
específica como a pessoa vai representar o personagem que cada
cultura atribui historicamente a mulheres e homens através do
processo de socialização;
6. Sexo erótico: hoje referido como "orientação sexual" ou seja, o
objeto de desejo para o qual o ser humano dirige sua libido, podendo
ser heterossexual, homossexual ou bissexual. (Onega,1990, s.p)
Diante do exporto, a questão vai além das teóricas ou preceitos sociais,
pois o cidadão, que é um ser social, tem desejos, anseios e vontades sexuais,
que estão alheias ao’’ olho nu’’, assim não é possível dizer que os valores
16
estão apenas na aparência e sim no comportamento do sujeito perante a
sociedade como todo.
A sexualidade permite uma junção de conceitos, que na prática vão
conectar com os desejos humanos, de modo que há uma grande importância
no desenvolvimento das pessoas, de modo geral. Entende-se também que
existe um ciclo vital, e que neste percurso de maturação ocorram as
necessidades sexuais.
Não podemos impor os comportamentos sexuais, mas é preciso
orientação para uma convivência saudável, pois a sexualidade demostra a
própria expressão cultural.
Para Carole Vance, argumenta sobre os significados sexuais sociais:
“O uso generalizado da expressão "construção social", como termo e
como paradigma, obscurece o fato de que os autores e autoras
construcionistas têm usado este termo com diferentes sentidos. É
verdade que todos rejeitam definições transhistóricas e transculturais
da sexualidade e sugerem, em vez disso, que a sexualidade é mediada
por fatores históricos e culturais. Mas uma leitura mais cuidadosa dos
textos construcionistas mostra que a construção social abrange um
campo teórico bastante diversificado das coisas que podem ser
construídas, indo desde os atos sexuais, as identidades sexuais, as
comunidades sexuais e a direção do desejo sexual (a escolha do
objeto) até ao impulso sexual ou à própria sexualidade” (VANCE,
,2000, p. 31).
Independe de religião, credo, estudo, classe social ou condição de
sujeito, os valores são facilitadores para o aceito de comportamento, pois como
o tema Sexualidade sempre é tocada na sociedade, entende-se que somos
seres humanos, iguais.
Ninguém deve ser visto ou respeitado pela posição profissional ou visão
social, e sim por ser cidadão como qualquer outro, mesmo que a sua
orientação sexual não seja igual a sua.
1.2 Sexualidade na escola.
Um ponto chave quando o assunto faz ligação da escola com a
sexualidade é quebrar os tabus. A escolha é a segunda casa, quem sabe a
primeira, de muitos alunos. Justamente neste espaço é que devem ocorrer as
trocas, experiências, informações e claro, as orientações.
17
‘’Propõe-se que a Orientação Sexual oferecida pela escola aborde com
as crianças e os jovens as repercussões das mensagens transmitidas
pela mídia, pela família e pelas demais instituições da sociedade.
Trata-se de preencher lacunas nas informações que a criança e o
adolescente já possuem e, principalmente, criar a possibilidade de
formar opinião a respeito do que lhes é ou foi apresentado. A escola,
ao propiciar informações atualizadas do pontode vista científico e ao
explicitar e debater os diversos valores associados à sexualidade e aos
comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno
desenvolver atitudes coerentes com os valores que ele próprio eleger
como seus.’’(PCN, 1997, Educação Sexual)
Nenhuma escola, nenhum professor e nenhum gestor escolar avisa aos
pais que a escola vai ministrar aulas de Português, Ciências ou de outra
disciplina, quando o assunto é sexualidade, sexo, orientação sexual, muita das
vezes a própria escola fica receosa de tocar no assunto sem comunicar
família. O momento tem mudado esse comportamento escolar, mas ainda não
é tão significante.
Se o ensino consiste em simplesmente em dar aulas, em fazê-las repetir
por meio de exposições ou de provas, e aplicá-las em alguns exercícios
práticos sempre impostos, os resultados obtidos pelo aluno não tem
significação que no caso de um exame escolar qualquer, deixando-se de lado o
fator sorte. Unicamente na medida em que os métodos de ensino sejam ativos
isto é, confiram uma participação cada vez maior as iniciativas e aos esforços
espontâneos do aluno os resultados obtidos serão significativos. Nesse último
caso, trata-se de um método bastante seguro, que consiste, se assim pode se
dizer, em um espécie de exame psicológico continuo, em oposição àquela
espécie de amostragem momentânea que, apesar de tudo, constitui os testes
A escola pode prevenir e até mesmo identificar situações que estão
alheias à sexualidade humana, como abusos ou ameaças aos alunos. Na
verdade, a escola é uma das mais frequentes instituições sociais que
identificam certas mudanças comportamentais nos alunos, analisando e
direcionando os casos paras a providencias cabíveis.
Ainda com o PCN:
‘’Na condução desse trabalho, a postura do educador é fundamental
para que os valores básicos propostos possam ser conhecidos e
legitimados de acordo com os objetivos apontados. Em relação às
questões de gênero, por exemplo, o professor deve transmitir, pela sua
conduta, a equidade entre os gêneros e a dignidade de cada um
individualmente. Ao orientar todas as discussões, deve, ele próprio,
18
respeitar a opinião de cada aluno e ao mesmo tempo garantir o
respeito e a participação de todos.’’ (PCN, 1997, Educação Sexual)
O respeito nas orientações, dicas e sugestões torna-se essenciais. Os
alunos assumem o papel de receptor das informações e podem ser parceiros
colaborativos quanto ao que fora aprendido. A escola pode ter êxito nas ações,
promovendo e valorizando os profissionais que atuam diretamente com os
alunos, disseminando a cultura da equidade social.
É na escola que o aluno precisa aprender, esse é um dos ditados
populares que corrompem a sociedade, pois a aprendizagem não pode ter um
único lugar para que seja desenvolvida.
A escola é o espaço físico que permite uma construção do conhecimento
tendo como foco a interação com o professor e também a troca de experiências
com os alunos. Mas a visão não é essa, possivelmente os papeis dos atores
escolares não foram bem definidos socialmente ou a família entrega a
responsabilidade para a escola.
A Gestão da escola vai além de entender sobre a realidade interna, ela
planeja e programa-se para que haja aprendizagem e construção de todos,
independente se é aluno ou colaborador daquela instituição. Existem várias
atribuições que são de responsabilidade da gestão escolar, mas não devemos
entregar a responsabilidade apenas por ser o espaço que mais representa a
escola na sociedade, somos parte integrante do processo.
Já o Orientador é aquele que atua diretamente com o corpo docente,
que entende o problema e tenta soluciona-lo da melhor forma possível, de
modo que haja sintonia com a comunidade escola e que todos tenham
satisfação em entender que o processo é de ensino e de aprendizagem, que
nem sempre serão apenas flores no caminho do educador ou até mesmo dos
alunos que estão inseridos naquela realidade.
Quando Conceição (2010) expressa sobre a função do Orientador na
escola, relata:
O orientador educacional deve ser o agente de informação
qualificada para a ação nas relações interpessoais dentro
da escola, adotando a prática da reflexão permanente com
professores, alunos e pais, afim de que eles encontrem
estratégias para o manejo de problemas recorrentes. Esse
19
profissional não deve assumir posturas isoladas, pois a
excelência de seu papel é a mediação qualificada, se há
disputa entre o orientador e os demais envolvidos, isso é tão
visível quanto tangível. Sua formação deveria ser precisa,
mas na prática atuam nessa função vários tipos de
profissionais. Além do aspecto da formação, também
enfrentamos a variação de modelos. A presença do
orientador educacional na escola (mesmo que isso seja
obrigatório por lei) significa, portanto que houve a escolha
de determinado tipo de atuação e, por consequência, de um
modelo. No panorama de enfrentamento, quando ele está
presente, há que perguntar qual é o modelo de orientação
educacional que a escola quer, pois, sem essa informação,
poderemos estar diante da evidência de um equívoco
permanente e de mais um problema num campo que, por
excelência é o da resolução de problemas (CONCEIÇÃO,
2010, p. 49).
Diante do exposto, a Gestão e Orientação Educacional podem estar
conectadas, mas não possuem o mesmo fundamento. Ambas precisam de
foco, visão e ação, mas a gestão toma conta do todo e a orientação atua mais
cotidianamente.
Por entender que as ações educacionais colaboram para a continuação
dos processos escolares, entende-se que o aluno é o centro de uma escola,
ele precisa estar em constante evolução e crescimento, visando além da
promoção do saber, a continuidade dos estudos. Cabe, não somente ao
professor, o incentivo ao estudo como também a promoção diária do
conhecimento.
O Orientador Educacional, não é um professor com pensamento
diferente, é um profissional que estuda e promove ações além da
responsabilidade do professor.
20
CAPÍTULO
ORIENTAÇÃO SEXUAL
2.1 Violência infantil
Ao tentar retratar sobre a violência domestica/infantil percebe-se a
imensidão sobre os fatos e a tamanha propagação dos atos libidinosos que
vem ocorrendo nos últimos anos.
As mídias sociais têm explorado a cada dia sobre a temática,
apresentando os fatores e situações em que estão sendo expostas as nossas
crianças.
Será que é doença, desvio de personalidade ou condição social? Ou
será que a liberdade vai além dos limites? Antes de adentrar nos conceitos
teóricos ou nas explanações, destaca-se o que diz no Código Penal Brasileiro.
ASSÉDIO SEXUAL (ART. 216-A)
Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, sendo superior
hierárquico. Pena: detenção de 1 a 2 anos
Inclusão do § 2° - A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 anos
CAPÍTULO II
"Dos crimes sexuais contra vulnerável" - Estupro de vulnerável - Art. 217-A. Ter conjunção
carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. Pena: reclusão de 8 a 15 anos
CORRUPÇÃO DE MENORES (ART. 218)
Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem. Pena: reclusão de 2 a 5
anos/ Na presença de criança ou adolescente. Pena: reclusão de 2 a 4 anos/ Favorecimento da
prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. Pena: reclusão de 4 a 10 anos
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO (ART. 228)
"Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual" - Induzir ou atrair alguém
à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém
a abandone. Pena: reclusão de 2 a 5 anos e multa
CASA DE PROSTITUIÇÃO (ART. 229)
Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual,
haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente. Pena: reclusão de
2 a 5 anos, e multa
RUFIANISMO (ART. 230)
21
§ 1º Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se o crime é cometido por ascendente,
padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou
empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância. Pena: reclusão de 3 a 6 anos, e multa/ §2° Se o crime é cometido
mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação da vontade da vítima. Pena: reclusão de 2 a 8 anos, sem prejuízo da pena
correspondente à violência.
Há uma grande relevância no tema juntamente com as Leis que
amparam os casos que envolvem pedófilos, mas nem sempre podemos
entender que a Lei é assegurada, pois é preciso que haja denúncia para que a
justiça entre em cena.
Quando se fala em denúncia, mexe com a criança e com toda a
estrutura da família, pois o acusado, muita das vezes, é quem sustenta a casa
e faz uma lavagem cerebral usando da necessidade para promover a situação.
Não podemos ver apenas este exemplo como único, pois existem pedófilos que
estão na comunidade escolar, na igreja, na rua e até mesmo no convívio
familiar.
Em 6/12/2012 houve aprovação em votação no plenário da Câmara dos
Deputados sobre a violência sexual contra menores de idade.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem dois projetos de
lei importantes para o combate à violência. Um deles torna hediondos
os crimes envolvendo exploração sexual de menores de idade,
prostituição infantil e pedofilia. As penas passariam de quatro a 10
anos de reclusão para cinco a 12 anos, além de multa. O projeto
também amplia as condutas tipificadas, abrangendo o aliciamento,
agenciamento e a indução da criança ou adolescente à exploração ou
prostituição. Responsáveis pelos locais onde o fato ocorrer, como
proprietários e gerentes, também responderão pelo crime, assim como
clientes conscientes da situação de exploração.
2.2 Sexualidade alheia não é opção
Em uma sociedade moderna, nem tudo pode ser tido como ‘’novo’’ ou
assustador, no entanto a escolha do teórico para desenvolver a presente
pesquisa vai de interesse com sua linha de pesquisa, com a necessidade de
entender o ser humano enquanto sujeito.
Por ser um pioneiro no estudo e defesa travestis e homossexuais,
Magnus Hirschfeld sempre acreditou sobre uma verdadeira compreensão do
travestismo iria revelar a variedade de papéis no comportamento sexual
22
humano de modo a colocar um fim à intolerância e do ódio de todos os tipos
sexuais intermediários.
Destaco também que Hirschfeld teve forte influencia no desenvolvimento
da teoria do terceiro sexo, cujo os homossexuais estariam numa posição
intermediaria entre o homem heterossexual e a mulher heterossexual.Essa
teoria teve repercussão, pois ele dizia que estava a ideia de que os seres
humanos não podem ser taxativamente divididos em homem ou mulher. Assim,
Hirschfeld argumentou que os seres humanos possuem elementos masculinos
e femininos em proporções variáveis.
Em 1910, o médico alemão Magnus Hirschfeld – que desenvolveu a
teoria do Terceiro Sexo – cunhou o termo travestismo para designar aqueles
que,
independente
de
suas
inclinações sexuais,
sentem
prazer
em
vestir roupas consideradas do sexo oposto.
Ao longo do tempo, o termo começou a agregar significados pejorativos
e muitos travestis, hoje em dia, preferem ser chamados de crossdressers. Há,
ainda, por vezes, a diferenciação entre travestis,crossdressers, drag queens,
e transexuais.
Embora o termo seja relativamente novo, o fenômeno não o é. Desde
a antiguidade, algumas pessoas já demonstravam o desejo de se vestirem
como o sexo oposto.
Não
necessariamente
o crossdressing está
relacionado
à homossexualidade, porém ambos os comportamentos são vistos, muitas
vezes, com maus olhos e preconceitos.Felizmente, nos dias de hoje, já é
possível uma discussão um pouco mais aberta a respeito desses antigos tabus.
Muitos homens e mulheres assumem o crossdressing, como, por exemplo, o
cartunista Laerte que, desde de 2009, veste-se de mulher quando bem
entende.
Já existem, inclusive, algumas marcas especializadas em crossdressing.
Uma
delas
é
a XDress que
possui
um
catálogo
variado
de lingeries e fantasias para homens.
O crossdressing é um assunto interessante e que vale à pena ser
discutido e pensado para que o tabu que o envolve possa ser, cada vez mais,
destruído.Um fator muito importante na delimitação do teórico e busca de
informações sobre a sua realidade, foi perceber que Magnus Hirschfeld tinha
23
uma visão além da época e dos interesses da sociedade. Ele visava, de certa
forma, o tratamento por igual de todos, no entanto criou-se um comitê que
refletia a crença de que o conhecimento científico sobre a sexualidade
eliminaria a hostilidade face aos homossexuais.
A orientação sexual não pode ser determinante nas ações sociais da
humanidade, sendo que o próprio teórico, que é estudioso da temática, afirma
que sua teoria trata os seres humanos sem tanta distinção de homem e mulher,
ele argumentava que os seres humanos possuíam elementos masculinos e
femininos em proporções variáveis.
Percebo o quanto o assunto traz um pensando critico e colaborativo para
a nossa sociedade, que gradativamente vai amadurecendo e entendendo que
seres humanos são iguais, independente da sua orientação sexual.
A teoria de Hirschfeld colabora justamente neste sentido, focando na
interação sócio educacional e tirando o foco de quem ‘’eles’’ ou ‘’elas’’ são
diferentes ou de outro mundo.
Em uma sociedade moderna, nem tudo pode ser tido como ‘’novo’’ ou
assustador, no entanto a escolha do teórico para desenvolver a presente
pesquisa vai de interesse com sua linha de pesquisa, com a necessidade de
entender o ser humano enquanto sujeito.
Por ser um pioneiro no estudo e defesa travestis e homossexuais,
Magnus Hirschfeld sempre acreditou sobre uma verdadeira compreensão do
travestismo iria revelar a variedade de papéis no comportamento sexual
humano de modo a colocar um fim à intolerância e do ódio de todos os tipos
sexuais intermediários.
Destaco também que Hirschfeld teve forte influencia no desenvolvimento
da teoria do terceiro sexo, cujo os homossexuais estariam numa posição
intermediaria entre o homem heterossexual e a mulher heterossexual.Essa
teoria teve repercussão, pois ele dizia que estava a ideia de que os seres
humanos não podem ser taxativamente divididos em homem ou mulher. Assim,
Hirschfeld argumentou que os seres humanos possuem elementos masculinos
e femininos em proporções variáveis.
Em 1910, o médico alemão Magnus Hirschfeld – que desenvolveu a
teoria do Terceiro Sexo – cunhou o termo travestismo para designar aqueles
24
que,
independente
de
suas
inclinações sexuais,
sentem
prazer
em
vestir roupas consideradas do sexo oposto.
Ao longo do tempo, o termo começou a agregar significados pejorativos
e muitos travestis, hoje em dia, preferem ser chamados de crossdressers. Há,
ainda, por vezes, a diferenciação entre travestis,crossdressers, drag queens,
e transexuais.
Embora o termo seja relativamente novo, o fenômeno não o é. Desde
a antiguidade, algumas pessoas já demonstravam o desejo de se vestirem
como o sexo oposto.
Não
necessariamente
o crossdressing está
relacionado
à homossexualidade, porém ambos os comportamentos são vistos, muitas
vezes, com maus olhos e preconceitos.Felizmente, nos dias de hoje, já é
possível uma discussão um pouco mais aberta a respeito desses antigos tabus.
Muitos homens e mulheres assumem o crossdressing, como, por exemplo, o
cartunista Laerte que, desde de 2009, veste-se de mulher quando bem
entende.
Já existem, inclusive, algumas marcas especializadas em crossdressing.
Uma
delas
é
a XDress que
possui
um
catálogo
variado
de lingeries e fantasias para homens.
O crossdressing é um assunto interessante e que vale à pena ser
discutido e pensado para que o tabu que o envolve possa ser, cada vez mais,
destruído.Um fator muito importante na delimitação do teórico e busca de
informações sobre a sua realidade, foi perceber que Magnus Hirschfeld tinha
uma visão além da época e dos interesses da sociedade. Ele visava, de certa
forma, o tratamento por igual de todos, no entanto criou-se um comitê que
refletia a crença de que o conhecimento científico sobre a sexualidade
eliminaria a hostilidade face aos homossexuais.
A orientação sexual não pode ser determinante nas ações sociais da
humanidade, sendo que o próprio teórico, que é estudioso da temática, afirma
que sua teoria trata os seres humanos sem tanta distinção de homem e mulher,
ele argumentava que os seres humanos possuíam elementos masculinos e
femininos em proporções variáveis.
25
Percebo o quanto o assunto traz um pensando critico e colaborativo para
a nossa sociedade, que gradativamente vai amadurecendo e entendendo que
seres humanos são iguais, independente da sua orientação sexual.
A teoria de Hirschfeld colabora justamente neste sentido, focando na
interação sócio educacional e tirando o foco de quem ‘’eles’’ ou ‘’elas’’ são
diferentes ou de outro mundo.
2.3 - Dialogando sobre Educação Sexual
Não se pode determinar que a Educação Sexual tenha que ser vista com
um olhar de proibição ou até mesmo de não necessária para determinado
momento da vida da criança, pois, a informação é necessária para um
conhecimento prévio do mundo pela qual ela está tendo contato.
Culturalmente temos o costume de acreditar que a maioridade está
ligada diretamente com a liberdade, porém, a maturidade da criança vai de
acordo com o contato com o meio em que ela habita, da educação que recebe
com os costumes familiares e do relacionamento social, é interessante
ressaltar que cada caso é um caso. Seja o educador ou a família é deve de
compartilhar a informação no momento certo determinando quais são as
limitações da idade da criança.
Para VASCONCELOS apud Nunes
(2004 ) Educação sexual é pois
abrir possibilidades, dar informações sobre os aspectos fisiológicos da
sexualidade, mas principalmente informar sobre as suas interpretações
culturais e suas possibilidades significativas, permitindo uma tomada lúdica de
consciência. É dar condições para o desenvolvimento contínuo de uma
sensibilidade criativa em seu relacionamento pessoal. Uma aula de educação
sexual deixaria então de ser apenas um aglomerado de noções estabelecidas
de biologia, de psicologia e de moral, que não apanham a sexualidade humana
naquilo que lhe pode dar significado e vivência autêntica: a procura mesmo da
beleza interpessoal, a criação de um erotismo significativo do amor
A repressão não é solução bem como a promoção ilegal das
informações quanto a sexualidade. Em um estado laico percebe-se que nem
tudo é tão livre assim. Ainda há confusão de conceitos e mistura de ideias,
nem todos sabem como é contraído o vírus do HIV bem como o que são
26
DST’s, justamente por que a informação não chega lá na ponta, como é preciso
que aconteça.
A vida tem prazeres e as descobertas também proporcionam o sentido
do que é o novo, mas até que ponto a curiosidade pode beneficiar o sujeito?
Será que a explanação e abrangência mais efetiva das informações
melhorariam os índices de prevenção?
Explorar com curiosidade os prazeres corporais ligados à sexualidade,
entender a sexualidade como algo mais do que a relação sexual. Levar
em conta a questão do erotismo, da sensualidade, a importância de um
bom contato corporal, mas principalmente entender que a sexualidade
é um meio para que nos relacionemos como outro, não é um fim em si
mesma. (FOUCAULT, 1997, p. 134)
Sexualidade não é sexo e muito menos pornografia, o ponto exato em
que a sociedade precisa acreditar que nós seres humanos somos divididos em
dois gêneros: MASCULINO e FEMININO, consequentemente existem pênis e
vagina. Ao delongar determinadas palavras para as crianças muita das vezes
poderemos ser vistos como rudes ou atuais demais, porém, o que não
podemos é ficar reféns da informação incorreta ou até mesmo incompleta.
A educação sexual contempla de forma clara e objetiva o que em casa
muita das vezes não é esclarecido, uma vez que, as crianças são seres
humanos com desejos, anseios, vontades e curiosidades e com essa
construção continuada em busca de uma resposta temos que ter um olhar
normalizador para essa fase em que a própria criança está se conhecendo,
mas, o que não pode ser dado é uma punição subjugada por suas atitudes, o
correto é a sinalização de espaço físico para a realização de suas
necessidades, digo, não se pode fazer na sala o que se faz dentro do banheiro.
Os meios legais de comunicação seriam ótimas ferramentas de
transposição de informação desde que não fossem politizados de forma em
que hoje é visto, as crianças poderiam ser muito bem informadas assim como
são criadas as necessidades materiais de produtos da moda, podendo então a
escola fazer uma ligação positiva com o que a mídia apresenta para uma
realidade mais vivenciada em cada localidade. E nesse cenário escolar que
pode de feito palestras, atividades, feiras informativas para que a família e o
aluno tenham um contato mais preciso da informação, tendo a escola uma
27
noção de qual tipo de informação pode ser dada e qual é o público em que irá
comparecer, pois, os pais muita das vezes não se sentem seguros em falar
sobre sexualidade com seus filhos por falta de informação ou até mesmo receio
e nesse exato momento a escola com a equipe pedagógica fará o que é correto
naquela comunidade escolar. Deve-se ter consideração com o foco social onde
a criança está inserida, pois, nessa era da tecnologia a informação chega mais
rápido. O que é proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Orientação
Sexual servirá como um norteador para cada situação onde os valores: sociais,
religiosos, pessoais e familiares devem ser respeitados, porém, o certo
‘’Achismo’’ não deverá se inserido para embasamento das nossas crianças, é
orientar corretamente para que sejam plantadas boas ideias.
Freud fez a sua interpretação para as fases do desenvolvimento sexual
da criança até a chegada da adolescência, contudo, não pode ser vista como
uma regra ou até mesmo como um manual onde ficamos detidos apenas ao
conhecimento teórico, é preciso conviver também com as diferenças e
amadurecer com as experiências que são transmitidas pela criança, pois,
quando o pai e ou mãe está mais presente nessas transições de fases a
criança além de mais informada terá uma maturação mais consciente.
Um novo olha é necessário sim e com a inserção da informação correta,
não podemos e nem devemos julgar as crianças por situações que apenas
acreditamos que possa ser focado nas crenças e valores pessoais, é
importante estudar, conhecer e dividir o correto para que todos tenham uma
vida mais saudável. Não podemos fazer vistas grossas e não querer enxergar o
que é o ciclo da vida, não podemos acreditar que um menino é homossexual
por que ele gosta de brincar com meninas, existe um reflexo familiar que o
educador tem que valorizar promovendo a ligação direta com o que é certo, por
fim, sexualidade vai muito além da informação, é o encontro das experiências
do ciclo vital com o surgimento da dúvida que promovem o saber para
conhecer.
2.4 Orientação Sexual
28
Entender quais as diferenças sexuais quanto à orientação do sujeito é
entrar em um universo de desafios e curiosidades, muita das vezes esbarradas
nos valores sociais e nos princípios religiosos.
A educação permite uma (re) visão do que achamos que sabemos ou
entendemos, assim a escola, como uma das maiores instituições sociais pode
disseminar uma cultura mais colaborativa, promovendo o sabe amplo e
deixando mais claro quais são as reais diferenças entre a sexualidade.
Seja no Projeto Político da escola ou seja nas Leis vigentes, é preciso
citar a importância da convivência com o outro, na sua orientação ou distinção
sexual. Podemos perceber nos PCNs, salienta quanto a orientação sexual:
Constitui um processo formal e sistematizado que acontece dentro da
instituição escolar, exige planejamento e propõe uma intervenção por
parte dos profissionais da educação. O trabalho de Orientação Sexual
na escola é entendido como problematizar, levantar questionamentos e
ampliar o leque de conhecimentos e de opções para que o aluno, ele
próprio, escolha o seu caminho. A Orientação Sexual não-diretiva aqui
proposta será circunscrita ao âmbito pedagógico e coletivo, não tendo
portanto caráter de aconselhamento individual de tipo psicoterapêutico
(BRASIL, 1997, p. 121).
Permite também o trabalho nos três eixos sobre a sexualidade nas
escolas:
O corpo - A abordagem sobre o corpo deve ir além das informações sobre sua
anatomia e funcionamento, pois os órgãos não existiriam fora de um corpo que
pulsa e sente. O corpo é concebido como um todo integrado, de sistemas
interligadas e inclui emoções, sentimentos, sensações de prazer/desprazer,
assim como transformações nele ocorridas ao longo do tempo. Há que se
considerar, portanto, os fatores culturais que intervêm na construção da
percepção do corpo, esse todo que inclui as dimensões biológica, psicológica e
social (BRASIL, 1997, p. 140).
As relações de gênero: "[...] tem por objetivo combater relações
autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta
estabelecidos para homens e mulheres e apontar para a sua
transformação" (BRASIL, 1997, p. 144).
As Doenças Sexualmente Transmissíveis, com ênfase dada a
AIDS: As informações sobre as doenças devem ter sempre como
foco a promoção de condutas preventivas, enfatizando-se a distinção
entre as formas de contato que propiciam risco de contágio daquelas
29
que, na vida cotidiana, não envolvem risco algum (BRASIL, 1997, p.
147).
Ao contextualizar sobre Orientação Sexual, logo confundimos com a
Opção, mas a afirmativa não é usual. Optar é ter o direito de escolher e de
entender que é melhor a escolha feita, mas na questão da sexualidade isso
não é assim.
Ora, o indivíduo não pode ser pensado sozinho: ele só existe em
relação. Basta que haja relação entre dois indivíduos para que o social
já exista e que não seja nunca o simples agregado dos direitos de cada
um de seus membros, mas um arbitrário constituído de regras em que
a filiação (social) não seja nunca redutível ao puro biológico
(HÉRITIER, 1996, p.89).
Sujeitos nascem homens e conduzem o processo de vida com
comportamentos de mulher, vice e versa, mas há algum erro ou as pessoas
não entendem que existem diferenças comportamentais diante dos gêneros
sexuais?
Ao tentar entender as reais diferenças do ser humano é preciso extrair
quais são essas diferenças, que os juízos de valores não mudarão as
Orientações Sexuais do cidadão, que é igual a você.
Diante dos estudos, entendimento e visão teórica, abaixo estão citadas
as diferenças dos gêneros, mas no anexo deste trabalho, detalha-se de forma
mais pontual e acadêmica quanto aos conceitos.
O Heterossexual é o sujeito que tem atração pelo sexo oposto, logo
menino gosta de menina, vice-versa. Já no homossexualismo, são sujeitos que
se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo, de modo comportamental.
Neste caso há estudo, artigos, publicações e diferentes correntes ideológicas
que acreditam que a interação do sujeito é quem colabora com a orientação
homossexual, mas há também fatores genéticos, religiosos e até mesmo
sociais, tendo novas descobertas sobre o contexto em diferentes estágios.
Quando falamos de bissexualidade logo entendemos de bilateralidade,
atração pelos dois gêneros, masculino e feminino. É isso mesmo, mas não
podemos afirmar que há graus igualitários para pelos dois gêneros, ou seja,
pode ser atraído mais por um homem e menos por uma mulher.
30
Falar sobre o travestismo é entender que existem visões erradas,
situações mal entendidas e também conceitos inaplicáveis. O Travesti é uma
‘’mãe melhorada’’, ele possui o órgão genital masculino, mas seu corpo,
comportamento e ações são extremamente femininos.
Já no transexualismo, é o oposto. O sujeito nasce homem em um corpo
de mulher, ou nasce mulher em um corpo de homem. Ao desenvolver
capacidade de entender que há algo diferente no processo, torna-se homem ou
mulher por meio de cirurgias. O processo de mudança de sexo não é rápido,
pois há fatores intersociais, culturais e psicológicos para que este processo
seja concluído.
Citando sobre o pansexualismo, afirma-se atração por pessoas, não
necessariamente homem e mulher .Já o hermafrodita é o sujeito que possui
os dois órgãos sexuais em um único corpo, conhecido como anomalia.
Na última década, o incremento de pesquisas sobre os
comportamentos sexuais e reprodutivos dos jovens brasileiros, tem
como intuito, não apenas retratar as práticas dessa população, mas
principalmente, proporcionar informações que possibilitem a promoção
de sua saúde preventiva, mais especificamente das doenças
sexualmente transmissíveis (DST) e do HIV/AIDS, ao mesmo tempo
em que busca proporcionar a possibilidade de planejamento das
gestações, para que essas não ocorram de forma indesejada
(FIGUEIREDO, 2008, p.93).
Diante do exposto acima, é preciso que haja a contextualização teórica
além da visão comum, pois enxergamos há casos em que não temos o
conhecimento suficiente para entender que o homossexualismo não é doença
e que o sujeito hermafrodita não é um ‘’buba’’ da vida. Cada um, na sua
orientação sexual ou com anomalias são seres iguais a todos.
31
CAPÍTULO III
A PESQUISA DE CAMPO
Ao ser ponderados os objetivos deste trabalho, será feita uma pesquisa
quantitativa. Dentre os objetivos gerais e específicos, também será objetivado
entender como o público alvo percebem a questão da sexualidade no contexto
em que está inserido.
Para o estudioso ANDER-EGG (p.28), ressalta que toda pesquisa é um
procedimento em que é necessário ter uma reflexão de modo sistemático,
controlado e critico, pois, a busca de novos dados e informações irão em busca
do conhecimento. Assim, deve-se ter um olhar mais cientifico para que se
tenha verdades naquilo que deseja uma resposta.
Optou-se pelo questionário justamente para identificar as semelhanças e
diferenças nos diversos entendimentos sociais quanto a sexualidade humana,
de modo que seja consolidado graficamente todas as respostas e em seguida
apontados as ponderações à cerca das respostas.
32
3.2 Análise dos gráficos
Diante as dez perguntas elaboradas e inseridas no questionário, pode-se
inferir várias coisas, mas a principal está na questão 5, cuja preocupação está
na mudança de comportamento da sociedade quanto a temática sexualidade
alheia.
É preciso que haja maturidade social para entender que somos iguais na
condição de ser humano e que não apenas por lei, temos os mesmos direitos.
Independente da Orientação Sexual, dogma religioso ou condição financeira.
A pesquisa, mesmo com 12 participantes, trouxe uma explanação do
quanto precisamos desmistificar sobre o tema, que ainda existem visões de
que sexualidade não é a mesma coisa.
O grupo tem idades distintas e grau de instrução que teoricamente
entenderia sobre a Sexualidade, mas não podemos generalizar, o importante é
entender que há diferenças e que além das orientações sexuais, o respeito é
essencial para manter a convivência em grupo, comunidades e em sociedade.
38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em um mundo informatizado cada vez mais deixamos de lado as ações
presenciais, mas nem tudo pode ser feito à distância. O sexo virtual já faz parte
da nossa evolução, visando uma mediação entre pessoas que buscam
satisfazer seus desejos em um mundo virtual.
Imaginemos um rapaz que seja pseudo-hermafrodita, ele não deixa de
ser homem, com a genética normal - com um cromossoma X e um
cromossoma Y – e mesmo assim nasce o pênis menor, assim
no
desenvolvimento não há reprodução suficiente às hormonas.
Em tempos, no atual momento a sociedade expressa seus anseios e
desejos, conduzindo assim o comportamento e atitudes para essa transição de
épocas, ressalto que a própria sociedade é quem reconhece e oprime as
condutas sociais.
Muitas das informações teóricas trazidas aqui no presente trabalho,
darão um novo olhar para o senso comum, que carrega vícios e juízo de valor
quanto ao outro, assim, serão trabalhados conceitos e aplicações sobre a
sexualidade humana
Com a imensidão do foco e delimitação do tema e visualização teórica
dos assuntos, não é possível concluir e sim considerar. O tema é rico, seu
contexto permite tantas outras considerações no decorrer de cada produção.
Compartilho uma citação muito importante quanto a temática e
principalmente quanto a pedofilia e o abuso de criança cuja citação esta no, no
livro “Psychosocial aspects of child abuse for primary care pediatricians”,
Pediatr Clin North Am 1998:
“A infância é a imagem que se usa para chamar a atenção e elevar no
espírito o sentimento de zelar pela inocência. A sociedade
frequentemente conclama para a proteção de nossas crianças e o
fortalecimento da saúde familiar. Ao mesmo tempo, milhares de
crianças experimentam a violência de maneira regular e suas vidas são
irremediavelmente alteradas. Para essas crianças, os locais de
violência não são a guerra da periferia das cidades ou o crime que
domina as ruas, mas dentro das suas próprias casas.” (Pediat.,
1998, p.391)
Ao detalhar sobre os direitos e deveres do ser humano, entende-se que
todos somos iguais, sem nenhuma distinção com ou sei a lei, sendo essencial
a manutenção continua dos bons costumes e resgate dos valores. É primordial
39
que tenhamos a distinção de que a vida, orientação e sexualidade alheia não
pode interferir no fluxo da sociedade, e nem apontar como se tudo fosse uma
simples escolha de vida.
A sexualidade é mantida com amor e respeito na sua concretização,
assim não podemos apenas entender que sou o certo e que os meus princípios
são os corretos, jamais. Cada ser sabe das suas responsabilidades, porém a
vida rejeita com o passar do tempo, tais ações que não são prazerosas para o
tempo.
Entende-se como primordial que haja entendimento, respeito e
convivência social com o homossexual, bissexual, travesti ou transexual,
somos seres humanos antes da nossa orientação sexual. As escolas podem
educar
de
forma
colaborativa,
diferenciando
os
gêneros,
tanto
em
comportamentos quanto em situações. Assim a criança em contato com o
mundo terá noção de cidadania e respeito com o outro.
As tecnologias podem favorecer a comunicação social, levando
programas e projetos há milhares de pessoas que não entendem ou não tem
acesso às informações sobre o contexto.
Nos estudos e leitura das apostilas, é possível ver que há prática do
homossexualismo era tida, mesmo que sem denominação igual ao tempo
moderno, essa ação considerava-se o homem protetor e acolhedor de outro
homem em todos os momentos, tendo ou não a prática sexual, mesmo assim
era possível que ele tivesse uma futura esposa. Mesmo a antiguidade a o culto
ao corpo era normal, assim os homens mantinham relações com homens, na
verdade era uma busca pelo prazer e realizaçao do prazer de corpo e alma,
ocorria muito em Esparta, Alexandria, Roma e Atenas e demais outras.
O que pretendo considerar, não é a pessoa, mas a condição a
questão diante das diversidades sexuais, pois quando falamos em sexualidade
é de suma importante destacar que opção é uma coisa e orientação é outra.
Considerando que a orientação sexual está diretamente ligada ao sujeito
enquanto ser social.
Salienta-se também que a Secretaria de Educação Fundamental, em
sua cartilha orientativa, traz uma visão consistente de como é possível conviver
e não excluir, de que somos iguais e que a orientação sexual alheia não
invalida a condição de ninguém de ser humano, gozando dos direitos e deveres
40
que é de todos nós. De acordo com a produção, ‘’a discussão sobre a inclusão
da temática da sexualidade no currículo das escolas de primeiro e segundo
graus tem se intensificado a partir da década de 70, por ser considerada
importante na formação global do indivíduo. Com diferentes enfoques e
ênfases há registros de discussões e de trabalhos em escolas desde a década
de 20. A retomada contemporânea dessa questão deu-se juntamente com os
movimentos sociais que se propunham, com a abertura política, a repensar
sobre o papel da escola e dos conteúdos por ela trabalhados. Mesmo assim
não foram muitas as iniciativas tanto na rede pública como na rede privada de
ensino. ’’
Por fim, é necessário cuidar de nossas crianças, educar para a vida e
ensinar que nem tudo é doce. A pedofilia, por mais explicação teórica, social e
cientifica que tenha, ela mexe com a estrutura da criança.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARATANGY, L. R. O sexo é um sucesso. São Paulo: Ática, 1992.
BARROSO, C. e BRUSCHINI, C. Sexo e juventude. Como discutir a
sexualidade em casa e na escola. 3.ed. São Paulo: Cortez, 1990.
BRASIL. Código Penal. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto, Márcia V.
dos Santos Wíndt e Lívia Céspedes. 39. ed. São Paulo: Saraiva 2001, 794.p.
BRASIL. Constituição Federal, de 05.10.88. Atualizada com as Emendas
Constitucionais Promulgadas.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais:
orientação sexual, 1997.
BRASIL Cartilha Orientação Sexual. Secretaria de Educação Fundamental,
2009.
BRASIL. Agência. Pedofilia. <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-1205/camara-aprova-pedofilia-como-crime-hediondo.html>
Acesso
em:
30/01/2013 às 23h.
CAVALCANTI, R. C. (org.).aúde sexual e reprodutiva. Ensinando a ensinar.
Brasília: Cesex, s/d.CHAUÍ, M. Repressão sexual. São Paulo: Brasiliense,
1992.
D'Agostino, Rosanne. Nova lei de estupro e pedofilia beneficia condenados.
<http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/08/25/ult5772u5061.jhtm>
Acesso
em: 30/01/2013 às 23h.
FIGUEIREDO, Regina et al. (2008). Comportamento sexual, uso de
preservativos e contracepção de emergência entre os adolescentes do
município de São Paulo: estudo com estudantes de escolas públicas de Ensino
Médio. São Paulo, Instituto de Saúde.
FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade 1: a vontade de saber. 12. ed.
Trad.Maria Thereza da Costa Albuquerque e J.A. Guilhon Albuquerque. Rio de
Janeiro:Graal, 1997.
HÉRITIER, Françoise. Masculino / Feminino: pensar a diferença. Paris: Editions
OdileJacob, 1996
Moraes, Danielle. Apostila AVM. Aula 2. Tratamento Médicos (próteses,
hormônios etc.) Disciplina: Sexualidade na Visão Biomédica. Curso de Pós
Graduação em Sexualidade Humana. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010
42
Moreira, Patrícia. Apostila AVM. Aula 4. O Homem na Historia da Sexualidade.
Disciplina: O Sexo na Historia. Curso de Pós Graduação em Sexualidade
Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010.
Moreira, Patrícia. Apostila AVM. Aula 2. Sexualidade Oriental versus
Sexualidade Ocidental. Disciplina: Antropologia. Curso de Pós Graduação em
Sexualidade Humana. Rio de Janeiro. UCAM/AVM. 2010.
Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 1. Sexualidade Infantil. Disciplina:
Sexualidade/Desenvolvimento Humano. Curso de Pós Graduação em
Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010.
Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 2. Drogas e Sexualidade. Disciplina:
Tópicos Especiais no Estudo da Sexualidade. Curso de Pós Graduação em
Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010.
Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 1. Historia da Sexualidade I. Disciplina: O
Sexo na Historia. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana a
Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010.
Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 5. Papéis de Gênero (papeis sexuais)
Disciplina: Introdução ao Estudo da Sexualidade. Curso de Pós Graduação em
Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM. 2010,
LÓPEZ Onega, P. Dicionário de La Vida Sexual. Barcelona, Editora Dístein de
1990.
Sexualidade na visão psicológica. Volume 7 – Universidade Candido Mendes.
SUPLICY, Marta et al. Sexo se aprende na escola. 2. ed. São Paulo: Ed. Olho
d’Água,1999.
VANCE, Carole. (2000). A antropologia redescobre a sexualidade – um
comentário teórico in:PHYSIS. Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.5,
n.1, pp.07-31.
NUNES. César. DA SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO SEXUAL NO
BRASIL.,<http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFile/1329
/1138> Acesso em: 30/01/2013 às 23h.
Weil, Pierre; Tompakow, Roland.O Corpo Fala – a linguagem silenciosa da
comunicação não-verbal.64ª Ed.Editora Vozes, 2001.
43
ANEXO
Prezados amigos, estou finalizando a minha especialização em Sexualidade,
abaixo estão 10 questões sobre o tema. Independente do seu grau de
conhecimento, peço que respondam e me devolvam para consolidação dos
dados.
A veracidade dos dados fará diferença ao final dos resultados.
Muito obrigado.
Rafael Moreira
1 – Idade
E. () Até 20 anos
F. () De 21 a 30 anos
G. () De 31 a 40 anos
H. () Acima de 41 anos
2 – Sexo
C. () Masculino
D. () Feminino
3 – Escolaridade
E. () Ensino Médio (Segundo Grau)
F. () Graduado
G. () Especialista
H. () Mestrado ou Doutorado
4 – Religião
E. () Católica
F. () Evangélica
G. () Não tem definição
H. () Sem religião
5 – Você percebe que a Sexualidade alheia ainda é um fator de
curiosidade para a Sociedade atual?
E. () Sim, muito. Isso prejudica a convivência.
F. () Sim, mas a sociedade tem se acostumado com o comportamento
alheio.
44
G. () Não percebo, mas cada um deve cuidar de si e não preocupar com as
orientações alheias.
H. () Prefiro não comentar.
6 – Concorda que as leis contra os crimes sexuais são necessárias?
E. () Sim, concordo plenamente.
F. () Concordo parcialmente
G. () Não tenho conhecimento das leais
H. () Prefiro nem comentar
7 – Você vê diferença entre Orientação Sexual e Opção Sexual?
E. () Sim, são expressões diferentes.
F. () Sim, são expressões e contextos diferentes.
G. () Não vejo diferenças.
H. () Tem o mesmo sentido, significado.
8 – Enquanto criança você teve acesso às informações sobre a
sexualidade e sexo?
E. () Sim, apenas na escola.
F. () Sim, em casa e na escola.
G. () Apenas ouvia na televisão, rádio ou em revistas.
H. () Não tive orientações básicas.
I.
9 – É nítido o crescimento de casos de pedofilia na comunidade familiar,
você vê isso como?
E. () Distúrbios de personalidade.
F. () Problemas psicológicos.
G. () Falta de respeito com os valores da vida.
H. () Falta de DEUS.
10 – Sabendo que seu filho (a) desde criança apresenta comportamentos
homossexuais, como você reagiria?
E. () Se fosse, seria um filho como qualquer outro.
F. () Por ser criança, não tomaria decisões precipitadas.
G. () Iria ao médico pedir suporte.
H. () Faria a educação da vida, reprimindo e mostrando o correto.
45
Download

rafael moreira lima - AVM Faculdade Integrada