PRÁ QUE NOME????
Fanzine Independente de Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa
Número 2,7182818284 – Ano 02 – Junho/2004
NESTA
EDIÇÃO
COLUNA DO CÉLIO
Agora com apoio extra.
Página 2.
TEM QUE HAVER
UMA RAZÃO
Tentamos encontrar uma
explicação
para
as
tendências e ideologias
políticas. Página 2.
CHATUM ENTRA
EM CENA
Fred chega à Reitoria,
mas não tem ninguém
para abrir a porta. São os
primeiros sinais da Greve
do Diploma. Página 3.
CONCURSO DA
PAÇOCA
Mais um grande concurso
com o aval do PRÁ QUE
NOME????. Página 5.
“Pra minhoca cega,
macarronada é suruba”
Final de semestre, greve, provas finais, matrículas... mais uma vez o ciclo se repete. E eu
tenho que escrever este Editorial mais uma vez. Enfim, cada um com sua função. Mas já que esta
empreitada me dá o direito de algumas linhas de inutilidades extras, então comentarei sobre
música.
Um dia desses tive de converter para MP3 algumas músicas de um tal de Emmerson
Nogueira, um curitibano que está fazendo sucesso em todo o Brasil interpretando músicas de
vários compositores internacionais e nacionais. O cara é bom interprete e toca um violão de 12
cordas, fez um CD duplo acústico e parece que já vendeu mais de um milhão de cópias... menos
em Curitiba. Segundo consta nos comentários que ouço de quem conhece o indivíduo, curitibano
não gosta de compositores curitibanos, porque “bom é o que vem de fora”. Vai entender esse
povo. O que aconteceu é que, depois de fazer sucesso nos Estados Unidos, o Emmerson teve de
se mudar para Belo Horizonte e fazer seus shows por lá, adicionando à cultura mineira mais um
nome de sucesso (mineiro realmente come quieto... já perceberam quantas bandas já foram
produzidas em Minas Gerais???). Talvez um dia o Emmerson venha a fazer show em Curitiba,
mas o grande problema é que se isso acontecer, vai ser no Guairão e a preços salgados. Com
certeza todo mundo até vai comentar que ele é curitibano e vai criticar o fato de ele ter se
vendido aos mineiros e não valorizado a cidade onde nasceu.
Por Roberto Shiniti Fujii
(paulistano graças aos Deuses e Ditador-Chefe Zen Noção)
É LONGE PACAS
Cudelino
conta
onde
Judas perdeu as botas.
Página 5.
CANTINHO DO
ESPORRO
Alguém finalmente se
lembrou que essa seção
existe. Página 4.
UTILIDADE DO
FANZINE
Para quem não viu, ta aí
do lado. Página 1.
NÃO COLABORE,
MAS TAMBÉM NÃO
RECLAME
Poul
Kaos
continua
indignado
com
os
acontecimentos
deste
setor. Página 4.
INUTILIDADES
RELIGIOSAS
Utilidade do seu fanzine: Parte XI
Bandeirolas de Festa Junina
Se você gosta de quentão e bolo de fubá e não se importa de limpar a
sujeira que aqueles seus amigos porcos fazem na sua casa, você está
quase pronto para dar uma festa junina. Quer saber por quê quase?
Simples, festa junina sem bandeirinha não é festa junina. Mas o PRÁ
QUE NOME???? está aqui para resolver os problemas que lhe
apoquentam o sono!
Primeiro, junte vários exemplares do PRÁ QUE NOME????. Você
pode fazer isso de várias maneiras, seja xerocando o seu exemplar,
comprando os de seus amigos ou roubando os das outras pessoas, não
importa, desde que você os consiga. Depois, destaque todas as folhas e as
dobre ao meio, no sentido da altura (Fig. 1). Faça um corte diagonal no
sentido da largura, com a folha ainda dobrada, dividindo-a em duas
(Fig.2). Pronto! Você agora tem em mãos duas bandeirolas, uma com
duas pontas e outra com uma. Repita o processo com todas as folhas
disponíveis, cole as bandeirolas num barbante comprido e boa festa!
Historinhas budistas para
você ler e não entender
coisa nenhuma. Página 6.
AINDA BEM QUE
MORREU
Mais mortes bizarras, em
situações bisonhas, que
não fazemos a menor
idéia se são verdadeiras
ou não. Mas quem liga?
Página 5.
Fig. 1
Fig. 2
EXPEDIENTE
PRÁ QUE NOME???? é um
periódico (nós desistimos de
explicar isso.) de produção
independente, sem vínculo com
qualquer entidade ideológica,
política, filosófica, institucional,
religiosa, iniciática, ufológica,
biológica, física ou espiritual, sem
qualquer objetivo, justificativa ou
fundamentação teórica. Tudo que
aqui
está
escrito
é
de
responsabilidade de quem assinou,
e apenas cedemos o espaço. Para
publicar aqui, basta mandar sua
colaboração
para
[email protected], mais
uma taxa de rateio. Propaganda:
R$ 5,00 em um quarto da página
(sim,
somos
capitalistas...).
CONSELHO
DITATORIAL:
Roberto Shiniti Fujii, Vitor
Antonio Nardino, Igor Vinicius
Sartorato, Célio Roberto Jonck.
COLABORADORES: Rô, Poul
Kaos, Cudelino, Vincent o Abutre,
J. R. R. Toskien, Juliana Both.
TIRAGEM: 100 não-exemplares
DIAGRAMAÇÃO: Infelizmente
ainda no Microsoft Word e, por
isso, mandem o texto em DOC ou
RTF... nada de LATEX, ok?
REVISÃO: A sua... corrija se
quiser. Se você usa Kurumin
(knoppix) sorte sua!
P.s.: O Daniel “Dani”, o Bueno
não escreveu nada para esta
edição.
Prá que nome????
A genética da política
ideológica
Observando as tendências políticas da sociedade, é
possível a existência de vários alelos políticos que ocupam
a carga genética dos indivíduos na população humana.
Desde alelos dominantes até recessivos, poder-se-ia
realizar uma pesquisa a fim de se verificar a distribuição e
freqüência desses alelos na população humana.
Um desses alelos possíveis é o que induz ao fenótipo
Liberalismo. Quando em homozigose, possui a
característica de tornar a pessoa ferrenha defensora do
liberalismo conservador (também conhecida como
neoliberalismo). As características do alelo interagindo em
heterozigose vão depender do quanto de cada gene esteja se
expressando, pois pode haver uma união de vários genes
em diversos cromossomos.
Pessoas que possuem o alelo do liberalismo podem
encontrar o alelo para o socialismo, possuindo, então, o
fenótipo Social-Democrata. Essas pessoas tendem a
defender
uma
sociedade
capitalista
convivendo
pacificamente com um sistema socialista, de forma
sustentável. O ambiente, entretanto, pode influenciá-lo,
tornando-o verdadeiramente social-democrata (quando
convive com a burguesia) ou trabalhista (quando convive
com o operariado).
O alelo do socialismo também pode estar em
homozigose. Quando isso acontece, alguma enzima pode
entrar em ação e ocasionar o fenótipo Anarquista. Isso
provavelmente se deve ao fato de buscar o socialismo
perfeito e isso só é possível dentro de um ambiente
anarquista. Essa discussão e maiores experimentos poderão
causar a anistia dos anarquistas na Primeira Internacional
Socialista.
Há uma hipótese de que não haja apenas um alelo
socialista, mas alguns variantes desse alelo. Um desses
variantes é o alelo comunista, que pode estar em
homozigose e induz a pessoa a se agregar ao PCB. Na
heterozigose, o alelo comunista pode encontrar outras
variantes socialistas, permitindo que esses genótipos
convivam harmonicamente com os genótipos liberais (o
que não deveria acontecer).
Um alelo variante, ou do liberalismo ou do socialismo,
conduz a comportamentos muito estranhos. É o PseudoSocialista. São alelos que discursam sobre o bem estar
social, mas atuam no liberalismo descarado. Uma outra
variante, letal em homozigose, é a variante Trotskista. Ela
surgiu depois da Revolução Russa e começou a ter sua
freqüência diminuída até um mínimo. Quando em
homozigose, eles entram em discussões sobre o poder do
operariado e tendem a montar partidos pequenos que
racham em progressão geométrica e criam frentes
populares revolucionárias. Entretanto, esse alelo não
desapareceu da face da Terra provavelmente devido à
relação 2pq/q2, que explica a existência de genes letais na
população devido à estarem dissolvidos nos heterozigotos,
não sendo atingidos pela Seleção Natural.
É necessário um estudo aprofundado para se poder
verificar a relação entre esses genes e porque, fatores
evolutivos como mutações, deriva e migração acontecem
com números altos, contrariando as estatísticas de qualquer
outra relação genética.
Por Roberto Shiniti Fujii
(ditador e achando um sentido para a existência dos
partidos políticos)
Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa
MAIS APOIO PARA A
COLUNA
A COLUNA DO CÉLIO ESTÁ
AGORA SENDO APOIADA POR
PORQUE O CÉLIO ESTÁ COM
UMA TERRÍVEL DOR NA
COLUNA.
Por Célio Roberto Jonck
(colunista e ortopedicamente deficiente)
2
Prá que nome????
O Senhor dos Diplomas
Por J. R. R. Toskien
Capítulo IX – O Prédio Negro Está Fechado
Algum tempo depois que Fred e Sampaio haviam deixado seus companheiros o ônibus onde estavam entrou no
centro da cidade.
-Vamos descer aqui. - disse Fred Bolsista - É melhor irmos a pé, será mais fácil para nos escondermos.
Assim desceram do ônibus e começaram a caminhar em direção à Reitoria. Seguiam as ruas e a cada curva que
faziam nas esquinas se sentiam mais e mais cansados e desanimados. Andaram por muitas horas e nada de
chegarem à Reitoria.
-Espere, Sampaio. Acho que já vi essa rua antes.
-É porque já estivemos aqui. Estamos andando em círculos, Fred! Não chegaremos nunca!
-Calma, Sampaio. - disse, Fred, tentando esconder o próprio desespero. - Vamos sentar naquele banco e
descansar. Tome. Coma alguns biscoitos da Rô. Depois iremos pensar num jeito de sairmos desse labirinto.
Contudo, sem que os secundaristas pudessem perceber, uma figura decrépita e sorrateira se aproximou por trás
do banco onde estavam. Um ser magro, sujo e decadente, usando uma camiseta do Che Guevara que parecia ter
ido para a guerrilha junto com o próprio: Chatum, o antigo portador do Diploma.
-Malditosss capitalissstasszzinhossss! - sussurrava Chatum, com sua fala de língua presa típica de sua condição
de sindicalista de esquerda. - Elesss tentar ficar com nosssso camarada! Não podem, não vão conssseguir! Nósss
pegar elesss, pegar camarada de volta!
Chatum se aproximou lentamente do banco onde estavam Fred e Sampaio, a cada passo sua expressão
mostrava mais ódio. Até que finalmente pulou no pescoço de Fred, envolvendo-o com as duas mãos.
-Burguesszesss malditosss! Devolvam camarada prá nósss!
Sampaio se atirou em cima de Chatum e conseguiu tirá-lo de cima de Fred, mas o decrépito trosko o derrubou
com violência e subiu em cima dele aplicando bordoadas sem parar. Sampaio estava quase inconsciente quando
Fred o derrubou no chão e o ameaçou com um soco-inglês feito com uma catraca de bicicleta. Chatum arregalou
os olhos remelentos enquanto Fred o segurava com uma mão e tinha um golpe preparado na outra.
-Preste atenção, Chatum! Você já viu esta soqueira, não é? – disse Fred, agora com a voz firme e poderosa. –
Este é o soco inglês de Bill Bom e ele já conheceu a sua cara feia.
-Por favor, companheiro sssecundarissta! – implorou Chatum, com os olhos cheios de medo. – Não machuque
nósss! Nósss ajuda companheirosss! Nósss ajuda! Chatum já foi do DCE! Nósss conhessce Reitoria! Nóss pode
levar ssecundarisstasss lá!
-Não podemos confiar nele, Fred! – gritou Sampaio, já se preparando para dar uma lição em Chatum. – Ele vai
nos levar para uma armadilha!
-Você promete que vai nos ajudar, Chatum? – perguntou Fred, com olhar determinado e ainda com o golpe
apontado para as fuças do trotskista.
-Sssim! Sssim! Nóss promete! Nósss promete pelo... pelo... pelo camarada! Sssim! Nósss promete pelo
camarada!
-Está bem, Chatum. Mas lembre-se que estaremos de olho em você! – falou Fred, libertando Chatum e se
levantando. – Vá na frente, nos mostre o caminho.
-Companheiro bonsszzinho! Chatum leva até reitoria!
Assim Chatum se pôs na frente dos alunos da Escola Técnica e os guiou pelas ruas do centro da cidade.
Realmente ele parecia conhecer aquelas ruas como a palma de sua mão. Provavelmente já havia feito muitas
passeatas e piquetes por ali, pensaram Fred e Sampaio. Embora já estivessem mais tranqüilos por estarem
conseguindo se aproximar da reitoria, sentiam-se cada vez mais desanimados com a aproximação da Reitoria.
Depois do que pareceram horas caminhando eles avistaram a fachada do teatro da reitoria e atrás dele as portas
do prédio negro.
-E agora? –suspirou Sampaio – Como vamos entrar?
Subitamente a maçaneta da porta dupla começou a se mover. Ao mesmo tempo os secundaristas avistaram um
grupo de pessoas se aproximando da reitoria. Pareciam alunos, mas estavam usando pastas estranhas.
-Alunosss da pósss-graduasssção! Esscondam! – disse Chatum – Elesss mausss! Nunca parar na greve,
resssceber verba de outrosss lugaresss, fazzzer graduassção paressscer inútil!
As portas da reitoria se abriram e os tais alunos da pós-graduação começaram a entrar. Fred fez um impulso de
correr até lá e entrar mas Chatum e Sampaio o seguraram.
Assim que o último pós-graduando entrou as portas se fecharam com um som seco.
-Como vamos entrar lá? – perguntou Fred, angustiado.
-Chatum ajuda ssecundarissta bonzzzinho! Mossstra outro caminho! Venham, venham!
Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa
3
Prá que nome????
CANTINHO DO ESPORRO
Reivindicação
Caros membros do Conselho Ditatorial,
Venho por meio desta, em meu papel de Senhor do
Inferno, reivindicar meus direitos. Recentemente foi tomada
de mim uma alma condenada à danação eterna, e o pessoal
do Recursos Penados detectou vocês como sendo os culpados
do fato. A alma em questão trata-se do Sr. Poul Kaos
(aproveito para parabenizá-los pela escolha do vodu como
meio de roubá-lo de mim. Nos vemos em breve...), o qual
não cumpriu sua pena e nem aceitou servir-me fielmente
antes de voltar, razões pelas quais eu o quero de volta. Não
sei como poderemos resolver esta situação, mas espero que
vocês encontrem uma solução sem que eu necessite iniciar o
Apocalipse.
Também estou enviando uma propaganda de meus
empreendimentos para ser veiculada neste periódico. O
dinheiro será depositado em vossa conta.
Abraços calorosos,
Satan D. Lúcifer
Caro Senhor do Inferno
Antes de mais nada o Conselho Ditatorial do Pra Que
Nome????, através da minha carniceira pessoa, gostaria de
dizer que se sente lisonjeada por receber a atenção de tão
ilustre personalidade, reconhecida pelo seu trabalho desde o
início dos tempos.
Agradecemos muito seus elogios pela nossa escolha,
embora ela tenha sido a única alternativa viável para a
recuperação de nosso estimado (ou não) Poul Kaos, já que
nenhum sacerdote, enviado divino, espírito de luz ou
divindade em sã consciência aceitaria trazer nosso mais
aclamado colunista para este planeta já tão massacrado.
Quanto às suas ameaças gostaríamos de ressaltar que
este Conselho Ditatorial não as teme de forma alguma, uma
vez que somos adeptos do budismo e não acreditamos nem
na existência de um Inferno quanto mais que ele tenha um
Senhor (aliás, qual é a vantagem de ser o senhor de um lugar
onde você não decide quem entra e quem sai?). Também não
acreditamos que exista um céu. Na verdade nem acreditamos
que este planeta exista, nem este computador onde eu estou
digitando esta resposta, nem o papel onde os leitores a lerão,
nem você, nem o Poul, nem eu, nem... afinal se nada existe o
que eu estou fazendo aqui? Narf!
Vicent, o Abutre
(respondedor de cartas, quando aparece alguma)
Pausa para o café
Edição de junho saindo quase em julho, manhãs frias,
provas de fim de semestre, greve de funcionários...pois é, se
piorar melhora! Eu digo que melhora porquê o próximo passo
é a greve dos professores, e em isso ocorrendo nós não teremos
aulas. Tudo bem que isso vai atrapalhar um bocado de coisas,
mas a maioria dos alunos (como eu) já não agüenta mais ter
aula, e umas férias prolongadas até que seriam bem vindas.
Mas enquanto a greve não chega, meu assunto é outro.
Quantos de nós já não foram até a coordenação só para
tomar um cafezinho ou um gole de chá quente numa manhã
fria de inverno? Eu acho que quase todos.
E quantas vezes você já presenciou a cena: alguém chega
seco por um café e percebe que a garrafa não está no lugar
costumeiro, daí a Rô nota a decepção do indivíduo e diz
“Espera um pouquinho que o café já ta saindo!”.
Provavelmente várias.
E agora a pergunta fatídica: quantas vezes você já levou
um pacote de açúcar, de chá ou de café na coordenação para
ajudar a manter o esquema funcionando? Para a maioria a
resposta será “Nenhuma”.
Talvez muitos não tenham se tocado, mas entre as funções
da Rô como secretária da Coordenação de Biologia não está
fazer café para os alunos. Ela faz café fresco todo dia e deixa à
disposição de nós alunos por iniciativa própria, porque sabe
que nós gostamos de tomar um cafezinho no intervalo das
aulas, e nós devíamos é agradecê-la por isso. O que muita
gente também ainda não percebeu é que a coordenação não
recebe verba para fazer café, ou seja, todo o pó de café, açúcar
e chá gasto no processo ou é comprado pela própria Rô ou
provém de doações. Ultimamente a maioria tem saído do
próprio bolso da Rô. Antigamente, o CAEB arrecadava as
doações de café e açúcar para a coordenação, hoje em dia os
alunos só se lembram da coordenação na hora de economizar
uma grana com café, ao invés de comprar na cantina tomam de
graça às custas da Rô (ou dos “otários” que ainda fazem
doações).
Vocês devem estar se perguntando por quê eu toquei neste
assunto, e eu vou explicar. A algum tempo atrás, foi
presenciada uma cena na coordenação realmente revoltante.
Um Zé Mané qualquer chegou na coordenação, serviu-se de
café (em copo grande, que fique registrado) e disse “Ah! Hoje
tem café!”. Nossa abnegada Rô respondeu de forma gentil a
constatação dizendo “Eu não fiz café estes dias porquê estava
faltando açúcar. Falando nisso, o café também está acabando.”.
Até aí, tudo bem. O revoltante foi que o infeliz teve a
petulância, a cara de pau, a falta de vergonha na cara de dizer
“Então é por isso que você fez chafé?”! Como que o
imprestável tem coragem de ir lá tomar café de graça, não
colaborar nem com um saquinho de açúcar, e ainda reclamar
que o café está fraco? O pior é que de fraco o café não tinha
nada! Se tu gosta de tinta, o problema é seu compadre. Se não
está contente, vai comprar café na cantina e não reclama. Ou
então manda sua mãe vir aqui fazer.
Ao invés de ficar criticando, este tipo de gente devia é
agradecer pelo fato da Rô não cobrar o cafezinho, e de
preferência colaborar trazendo um pacote de açúcar ou café de
vez em quando.
por Poul Kaos
(colunista e tomador de cafezinho que não reclama)
Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa
4
Prá que nome????
Devido ao enorme sucesso de matérias anteriores, decidi
relatar as experiências de minhas viagens pelo mundo. Mas ao
invés de falar sobre lugares conhecidos, como Turcomenistão,
Bahrein, Djibuti ou Kiribati, achei mais interessante comentar
sobre locais mais exóticos, locais para os quais todo mundo já
foi mandado, mas não sabia o caminho.
Como alguém já disse “indo audaciosamente onde nenhum
homem jamais esteve”, o Guia de Viagens Cudelino – PRÁ
QUE NOME???? apresenta:
Isto aqui é bomba!
O que não falta no Oriente Médio são atentados
terroristas. É homem-bomba, carro-bomba e, algumas
vezes, até bomba-bomba mesmo.
Mas ninguém entendeu quando, em 1999, dois carrosbomba explodiram no meio de uma estrada às 17:30h
vitimando três terroristas palestinos. A bomba explodira
sozinha? Jeová resolvera dar uma força aos israelenses?
Nada disso. Alguns dias antes, o horário de verão havia
terminado em Israel. Mas os palestinos se recusaram a
acertar o relógio – e continuaram uma hora à frente. Os
terroristas, confusos, acertaram suas bombas-relógio pelo
horário palestino - mas o relógio de cada um deles estava
acertado pelo horário de Israel. E os carros acabaram
explodindo no meio do caminho. E nem era o Comando
Terrorista Lusitano pela Libertação do Bacalhau!
Raios! Raios múltiplos!
Americano é louco por montanha. Tanto que um ponto
turístico muito visitado no Arizona é o Monte Lemmon.
Destaca-se ali um lugar chamado Windy Point (ponto da
ventania), de onde se pode admirar os penhascos. O Windy
Point tem um mirante, cercado por ferro fundido. Num
nublado dia de 1998, um homem se encontrava sozinho no
lugar, no finzinho da tarde. E uma tempestade (daquelas
típicas de verão) se aproximava.
Naquela falta crônica do que fazer, o cara resolveu
aproveitar o tempo e a privacidade para esvaziar a bexiga,
tentando mirar o fundo do desfiladeiro. Enquanto ele tirava
a água do joelho, um raio atingiu a cerca.
A eletricidade correu pelo metal, até achar um ponto de
menor resistência para poder dar tchau e ir embora.
Encontrou dois: o chão (mais tradicional) e o jato de urina
do homem. O pau dele, que funcionou como fio terra,
explodiu na hora.
Nem no desenho de Tom e Jerry!
Sexo bizarro sempre será, de acordo com a definição,
bizarro. Mas a imaginação humana não tem limites. No
meio de uma ardorosa sessão de sexo, Dick Grayson e seu
parceiro, Tony Maloney, resolveram tentar algo novo.
Dick enfiou um tubo de cartolina no ânus do
companheiro e introduziu o hamster do casal no canudo,
que, naturalmente, foi parar vocês sabe onde. Tony a-dorou! Mas na hora do bicho sair... cadê o hamster? Nada!
Numa tentativa desesperada, Dick acendeu um fósforo
na ponta do tubo - esperando que a luz atraísse o roedor pra
fora do parceiro.
Mas o gás intestinal que saia do... bem, o gás pegou
fogo, subiu pelo tubo de cartolina e Tony virou um lançachamas! Dick sofreu queimaduras de segundo grau e teve o
nariz quebrado (o roedor foi expelido e atingiu o seu nariz).
Tony sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus no
ânus e em parte do intestino grosso. O hamster se encontra
desaparecido.
Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa
Onde Judas Perdeu as Botas
Todos já ouviram ou disseram “Lá onde Judas perdeu as
botas”, mas poucos sabem de onde surgiu a expressão. Menos
ainda sabem que este lugar realmente existe. O local onde Judas
perdeu as botas fica nos chamados Vilarejos de Judas, próximos
a Jerusalém, que são assim chamados devido à passagem do
apóstolo Judas pela região antes de sua morte. Como todos
sabem, Judas fez o serviço de dedo-duro por 30 dinheiros, e logo
depois ficou com fama de traidor. Com medo de represálias por
parte da população local, ele tentou fugir e decidiu comprar um
cavalo. Mas como todos os moradores da região eram judeus,
Judas levou a pior na transação e teve que dar todo seu dinheiro
pelo cavalo.
Ele viajou a cavalo até um vilarejo próximo, onde se
deparou com um rio sem pontes. Vendo um homem com uma
canoa, pediu para que o ajudasse a atravessar, mas o dono da
canoa, também judeu, pediu as botas do viajante como
pagamento. Assim sendo, este foi o local onde Judas perdeu as
botas. Do outro lado do rio e sentindo fome devido à viagem,
Judas foi a uma casa pedir comida, mas a senhora judia que o
atendeu quis suas meias em troca do alimento, e foi aí que Judas
perdeu as meias. Descalço, ele sentiu dificuldades para seguir
viagem e decidiu tentar conseguir um camelo. E conseguiu, mas
nessa, Judas perdeu as calças. Desesperado e só de cuecas, Judas
chegou a uma colônia romana e decidiu que agora que estava
livre dos judeus tentaria conseguir algum dinheiro em jogos de
azar. Foi até uma taverna e sentou-se em uma mesa com alguns
jogadores romanos. O que ele não sabia é que os romanos em
questão pertenciam à Máfia, e tinham artimanhas para nunca
perder no jogo. Foi ali que Judas perdeu as cuecas. Com
vergonha de ficar por aí pelado, Judas saiu correndo, com os
mafiosos na sua cola, e antes que eles o pegassem decidiu se
matar enforcado, como todos sabem.
E é devido a essa ilustre passagem de Judas por estes
vilarejos que eles recebem seu nome, sendo um belíssimo local
para se visitar e reviver um pouco da história.
por Cudelino
(colaborador e historiador itinerante)
Concurso da Paçoca
PRÁ QUE NOME????
Aproveitando os costumes das festas juninas, o PRÁ QUE
NOME???? lança o Concurso da Paçoca. O concurso é simples:
o vencedor será aquele que conseguir dizer a frase “Fica foda
fazer final de filosofia” com uma paçoca na boca e sem cuspir
nenhum farelo. Só existem duas regras a serem seguidas:
1º - Não é válido engolir a paçoca, nem parte dela, antes de
pronunciar a frase.
2º - Serão permitidas no máximo duas mastigadas na paçoca
antes de pronunciar a frase.
A premiação será um pote de paçocas (cheio de paçocas,
sem sacanagem) para o primeiro que realizar a proeza. Quem
quiser participar deve encontrar um dos Ditadores deste
periódico e executar a façanha.
5
Prá que nome????
Pedagogia Materna
Tudo o que sempre necessitei saber, aprendi com a minha Mãe:
1. Minha mãe me ensinou a apreciar um trabalho bem
feito:
"SE VOCÊS QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA.
ACABEI DE LIMPAR!!"
2. Minha mãe me ensinou religião:
"É MELHOR VOCE REZAR PARA QUE ESTA MANCHA
SAIA DO TAPETE"
3. Minha mãe me ensinou lógica:
"POR QUE EU ESTOU DIZENDO..., E PONTO FINAL!"
4. Minha mãe me ensinou ironia:
"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA
RAZÃO VERDADEIRA PARA CHORAR!"
5. Minha mãe me ensinou o que é osmose:
"FECHA A BOCA E COME!!!!!!!!!!!"
6. Minha mãe me ensinou força de vontade:
"TU VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TUDO"
7. Minha mãe me ensinou odontologia:
"ME RESPONDE DE NOVO E EU ARREBENTO TEUS
DENTES CONTRA A PAREDE!!!!!!!"
8. Minha mãe me ensinou retidão:
"TE AJEITO COM UMA PORRADA!!!"
OBRIGADO, MÃNHEE!!!
Por Juliana Both
(colaboradora e homenageando sua mãezinha)
ANEXOS PARA A SUA SOBREVIVÊNCIA
NA FACULDADE
Pois é, está chegando a época do XII Encontro Internacional
de RPG, e com ele as provas, te deixando sem tempo de bolar
uma aventura para mestrar no Encontro. Isso não é motivo para
se desesperar, o PRÁ QUE NOME???? decidiu trazer até você,
amigo rpgista, a solução de seus problemas: a fantástica Tabela
de Aventuras Instantâneas do TWERPS.
Alguém se lembra deste finado sistema? Não? Mas nós sim,
e para o deleite de todos reproduzimos aqui sua famigerada
tabela sem pagar nenhum direito autoral.
Contos budistas para
aumentar sua cultura...
Certa vez, disse o Buddha uma parábola:
Um homem viajando em um campo encontrou um tigre. Ele
correu, o tigre em seu encalço. Aproximando-se de um
precipício, tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem
em suas mãos e pendurou-se precipitadamente abaixo, na
beira do abismo. O tigre o farejava acima. Tremendo, o
homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro
tigre a esperá-lo. Apenas a vinha o sustinha.
Mas ao olhar para a planta, viu dois ratos, um negro e outro
branco, roendo aos poucos sua raiz. Neste momento seus
olhos perceberam um belo morango vicejando perto.
Segurando a vinha com uma mão, ele pegou o morango com
a outra e o comeu.
"Que delícia!", ele disse.
Tanzan e Ekido certa vez viajavam juntos por uma estrada
lamacenta. Uma pesada chuva ainda caía, dificultando a
caminhada. Chegando a uma curva, eles encontraram uma
bela garota vestida com um quimono de seda e cinta, incapaz
de cruzar a intercessão.
"Venha, menina”, disse Tanzan de imediato. Erguendo-a em
seus braços, ele a carregou atravessando o lamaçal.
Ekido não falou nada até aquela noite quando eles atingiram
o alojamento do Templo. Então ele não mais se conteve e
disse:
"Nós monges não nos aproximamos de mulheres”, ele disse a
Tanzan, "especialmente as jovens e belas. Isto é perigoso. Por
que fez aquilo?”
"Eu deixei a garota lá”, disse Tanzan. "Você ainda a está
carregando?"
Hyakujo, o mestre Zen chinês, costumava trabalhar com seus
discípulos mesmo na idade de 80 anos, aparando o jardim,
limpando o chão, e podando as árvores. Os discípulos
sentiram pena em ver o velho mestre trabalhando tão
duramente, mas eles sabiam que ele não iria escutar seus
apelos para que parasse. Então eles resolveram esconder suas
ferramentas.
Naquele dia o mestre não comeu. No dia seguinte também, e
no outro.
"Ele deve estar irritado por termos escondido suas
ferramentas," os discípulos acharam. "É melhor nós as
colocarmos de volta no lugar”.
No dia em que eles fizeram isso, o mestre trabalhou e comeu
exatamente como antes. À noite ele os instruiu,
simplesmente:
"Sem trabalho, sem comida”.
Yamaoka Tesshu, um jovem estudante Zen, visitou um
mestre após outro. Ele então foi até Dokuon de Shokoku, um
dos grandes mestres da época. Desejando mostrar o quanto já
sabia, ele disse, vaidoso:
"A mente, Buddha, e os seres sencientes, além de tudo, não
existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia. Não
há realização, nenhuma desilusão, nenhum sábio, nenhuma
mediocridade. Não há o Dar e tampouco nada a receber!"
Dokuon, que estava fumando pacientemente, nada disse.
Subitamente ele acertou Yamaoka na cabeça com seu longo
cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito irritado,
gritando xingamentos.
"Se nada existe," perguntou, calmo, Dokuon, "de onde veio
toda esta sua raiva?"
Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa
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Edição 11