Irrigação de eucalipto com efluente sanitário:
Incremento de produtividade agrícola da
cultura de eucalipto irrigado com efluente
sanitário proveniente de lagoa facultativa
Autores:
Alex Henrique Veronez - SABESP/UNICAMP
Bruno Coraucci Filho - UNICAMP
Introdução
Questões Essenciais:
1) Há incremento de Produtividade?
2) Há contaminação do ambiente?
3) É viável economicamente?
Objetivo do Trabalho:
Verificar se ocorre incremento de produtividade.
IRRIGAÇÃO COM EFLUENTES SANITÁRIOS
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A aplicação de efluentes sanitários na irrigação de culturas agrícolas → Alternativa
→ Liberar as águas de cursos naturais para fins mais nobres;
Permite o aproveitamento da água e dos nutrientes presentes no esgoto no
desenvolvimento da planta;
Recomendações Importantes:
Escolher plantas adequadas;
Dimensionar o sistema de irrigação para manter condições sanitárias suficientes
para reduzir o risco de contaminação do ambiente;
Deve haver um elo perfeito entre a engenharia sanitária e de irrigação;
Eucalipto apresenta condições favoráveis:
Questões ambientais;
Utilizado para: lenha, carvão vegetal, celulose e papel, fabricação de casas,
móveis e estruturas;
Cultura em expansão no Brasil (principalmente na Região Sudeste);
Demanda pouca mão-de-obra → menor risco de contaminação do trabalhador;
IRRIGAÇÃO COM EFLUENTES SANITÁRIOS
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Existem experiências da aplicação de efluentes na irrigação de culturas agrícolas
em diversos países do mundo;
Várias pesquisas mostraram que aplicação de efluente aumenta a produtividade
agrícola;
As lagoas estabilização são amplamente utilizadas no tratamentos de esgotos no
Brasil, devido principalmente a sua simplicidade;
Em alguns casos, as lagoas de estabilização não atendem padrões de
lançamento mais restritivos, sendo necessária a implantação de pós-tratamento;
Assim, a utilização do efluente na irrigação de culturas agrícolas pode ser uma
alternativa viável, pois o sistema solo-planta absorve dos esgotos os nutrientes
nele presentes, realizando a depuração dos poluentes e fornecendo condições
para o desenvolvimento da planta.
MATERIAL E MÉTODOS
Localização
Área Total: 18.000 m2
Local: UGRHI 08 – Franca/SP - Colégio Agrícola de Franca (CETEPS)
“LAY OUT” do experimento
Legenda
T – Tratamento
R – Repetição
P - Poços
TRATAMENTOS
T1 - Água
T2 - Água
T3 - Efluente
T4 - Efluente
T5 - Efluente
T6 - Efluente
T7 - Efluente
T8 - Nada
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necessidade hídrica sem adubação
necessidade hídrica + adubação
1/3 necessidade hídrica + adubação
1/2 necessidade hídrica + adubação
necessidade hídrica + adubação
necessidade hídrica sem adubação
1,5 necessidade hídrica + adubação
Sem irrigação e sem adubação
Instalação da Pesquisa
Plantio
Plantio: Manual (3 x 2) - 3 m nas entrelinhas e 2 m nas linhas
Espécie: Eucalyptus urograndis
Fonte de água e efluente
Represa
Barramento no Córrego Pouso Alto
Afluente do Rio Canoas
(manancial responsável por 80% do
abastecimento público de Franca)
ETE City Petropólis
Operada pela SABESP
Volume 6741 m3
Vazão estimada é de 270 m3.dia-1
Tempo de detenção: 25 dias
Corpo Receptor: Córrego Pouso Alto –
Classe 2
Instalação da Pesquisa
Sistema de irrigação
Aspersor: Subcopa de baixa pressão e diâmetro
interno acentuado (tipo pingo setorial)
Instalação da Pesquisa
Sistema de irrigação
Irrigação/Chuva
Irrigação de
2007 a 2012
Instalação da Pesquisa
Coletores de drenagem livre
Foram implantados, na linha central de plantio, de cada parcela, 3
coletores de drenagem livre, distantes um do outro aproximadamente
1,00 m e instalados a 0,30; 0,60 e 0,90 m de profundidade.
Monitoramento do DAP
Mensalmente
Fotos Aéreas da Área da Pesquisa
Aferição de Produtividade
Corte
Agosto/2012
RESULTADOS
Ø  Tratamentos irrigados com efluentes tiveram maior produtividade que T8;
Ø  Produção T3 48% maior que T8;
Ø  Produção T6 similar a T2;
Ø  Irrigação com água natural não representou aumento de produtividade;
Ø  Produção de eucalipto fertiirrigado 68 m³/ha.ano (TOMAZELLO FILHO, 2006). T3 produziu
103,47 m³/ha.ano – acréscimo de 52%.
CONCLUSÕES
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A produtividade do eucalipto, aferida por meio do volume produzido de madeira,
foi maior nos tratamentos irrigados com efluente quando comparado aos demais;
A adubação química, da forma que foi praticada, pode ser substituída pela
irrigação com efluente doméstico, pois a produtividade do tratamento T6 (irrigado
com a necessidade hídrica da planta com efluente e sem adubação química) foi
similar a do tratamento T2 (irrigado com água natural na necessidade hídrica da
planta mais adubação química);
A aplicação de água natural na irrigação da cultura de eucalipto mostrou ser
desnecessária, pois não representou acréscimo de produção do T1 (irrigado com
água natural e sem adubação) em relação ao tratamento que não recebeu
irrigação e nem adubação (T8);
A melhor produtividade foi no tratamento T3 (48% maior que a cultura de
sequeiro). Além disso, conforme as conclusões de Veronez (2009) e Salomão
(2012), esse tratamento apresentou pequenos riscos de contaminação da água
subterrânea.
CAMPO EXPERIMENTAL
TRABALHOS DESENVOLVIDOS
Ø 
Ø 
Avaliação da produtividade (DAP) e da qualidade dos líquidos percolados
– 1ª Etapa (VERONEZ, 2009);
Avaliação da produtividade (DAP) e da qualidade dos líquidos percolados
– 2ª Etapa (SALOMÃO, 2012);
Ø 
Avaliação da qualidade da água subterrânea (CINTRA, 2015);
Ø 
Avaliação Econômica (VERONEZ, 2015).
OBRIGADO !!! Contato: Alex Henrique Veronez e-mail: [email protected]
Tel. (16) 3712-2086 
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