TÉCNICA
Avaliação limnológica daDIVULGAÇÃO
microbacia do Lajeado
Passo dos Índios, Chapecó, SC.
AVALIAÇÃO LIMNOLÓGICA DA MICROBACIA DO LAJEADO PASSO DOS ÍNDIOS, CHAPECÓ, SC
J. Bottin*, J. Dal Magro**, G.M. Souza-Franco**, D.J.C. Mocelin
Universidade Comunitária Regional de Chapecó, Centro de Ciências Agro-Ambientais e de Alimentos, CP
747, CEP 89809-000, Chapecó, SC, Brasil.
RESUMO
Este estudo avaliou os ecossistemas aquáticos da microbacia hidrográfica do Lajeado Passo
dos Índios, Município de Chapecó, através das variáveis físicas e químicas da água, uso do solo,
e quantificação da vegetação marginal. Foram selecionados dezessete pontos de coleta, em seis
rios, com avaliação das seguintes variáveis ambientais: profundidade, transparência e temperatura da água, temperatura do ambiente, pH, alcalinidade total, turbidez, sólidos totais,
condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, DBO, DQO, nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato,
fósforo total, coliformes totais e termotolerantes, determinação do teor de matéria orgânica do
sedimento e aplicação de um Índice de Qualidade da Água (IQA). Os resultados demonstraram
contaminação desde as nascentes para os Rios Sanga Bela Vista, Lajeado Passo dos Fortes, Rio A,
e declínio da qualidade da água dos Rios Lajeado Passo dos Índios e Lajeado Palmital a partir da
região urbana. A análise de componentes principais separou o Lajeado Passo dos Índios em
relação aos pontos mais críticos quanto ao lançamento de efluentes. Os resultados do IQA indicaram a maioria dos pontos amostrados com qualidade da água mediana. O uso inadequado do
solo, despejo sistemático de efluentes urbanos e ausência de vegetação marginal são os fatores
que mais influenciaram no declínio da qualidade da água desta microbacia.
PALAVRAS-CHAVE: Ecossistemas aquáticos, IQA, poluição, impacto urbano.
ABSTRACT
LIMNOLOGICAL EVALUATION OF LAJEADO PASSO DOS ÍNDIOS WATERSHED,
CHAPECÓ, SC, BRAZIL. This study analyzed the aquatic ecosystems of the watershed of Lajeado
Passo dos Índios in the city of Chapecó, Brazil, throughout physical and chemical water variables,
ground use, and quantification of marginal vegetation. Seventeen sampling points were selected
in six rivers with evaluation of environment variables: deepness, transparency and water
temperature, environment temperature, pH, total alkalinity, turbidity, total solids, electrical
conductivity, dissolved oxygen, BOD and COD, ammoniac nitrogen, nitrate and nitrite, total
phosphorus, total and fecal coliforms, determination of the organic matter content of the sediment
and application of a Water Quality Index (WQI). The results show a contamination from the
springs up to the rivers Sanga Bela Vista, Lajeado Passo dos Fortes, Rio A, and a water quality
decrease of rivers Lajeado Passo dos Índios and Lajeado Palmital starting in the urban areas. The
analyses of main components separated the Lajeado Passo dos Índios towards the other most
critical points regarding the sewage disposal. The WQI results indicated a medium quality level
in the majority of the sampling points. The inappropriate use of the soil, systematic disposal of
urban wastewaters and the lack of a marginal vegetation are the factors that most influence in
the reducing of water quality from this watershed.
KEY WORDS: Aquatic ecosystems, WQI, pollution, urban impact.
Considerar a bacia hidrográfica e o uso e ocupação do solo são fatores essenciais para a avaliação da
degradação ambiental da bacia em questão ou da sua
contribuição para degradação de outras (BRIGANTE &
*Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais.
**Curso de Pós Graduação em Ciências Ambientais.
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
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32
J. Bottin et al.
ESPÍNDOLA, 2003), pois os rios são sistemas complexos
influenciados pelas áreas de drenagem que formam
as bacias hídricas. Esta influência deve-se a condições geológicas naturais (tamanho e forma das bacias), clima e intervenção antrópica (TOLEDO & N ICOLLELA,
2002). TUCCI (1997) define o papel hidrológico da bacia hidrográfica como transformador de uma entrada
de volume de água concentrada no tempo (precipitação), em uma saída (escoamento) de forma distribuída no tempo. Assim, uma bacia hidrográfica é considerada uma unidade natural limitada pelo escoamento das águas superficiais, ao longo do tempo, resultante da interação da água com o entorno.
A supressão de vegetação e despejo de efluentes
de diversas origens nos corpos d’água são as principais formas de degradação dos recursos hídricos. Os
efluentes domésticos, industriais e uso agrícola despejam cerca de quatro bilhões de metros cúbicos de
contaminantes no solo a cada ano e,
consequentemente, parte deles chega à água
(TOMIAGARA & MÍDIO, 1999). Assim percebe-se que a
falta de planejamento na ocupação das bacias
hidrográficas, com supressão da vegetação marginal,
uso inadequado do solo, ocupação das margens dos
rios para habitação, comércio, indústrias e agricultura são práticas que têm contribuído sistematicamente
para o declínio da qualidade água.
A utilização de dejetos suínos como fertilizante
orgânico também pode contribuir para a contaminação dos recursos hídricos quando as quantidades aplicadas forem superiores à capacidade do solo e das plantas absorverem os nutrientes presentes nesses resíduos. O excesso de matéria orgânica promove contaminação das águas superficiais pelo deflúvio, quando a
capacidade de infiltração da água no solo for baixa, e
contaminação das águas subterrâneas quando a infiltração da água no solo for elevada (POTE et al., 2001).
No Oeste Catarinense concentra-se grande parte da
produção suinícola do país, e grande parte dos criadores não possui estruturas adequadas de manejo dos
dejetos que, com longos períodos de chuva, podem
percolar atingindo os cursos d’água. Além disso, a
maioria dos municípios não possui rede de captação e
tratamento de efluentes domésticos, que normalmente
são despejados nos rios sem tratamento (CASAN, 2007).
A microbacia hidrográfica do Lajeado Passo dos
Índios localiza-se no Município de Chapecó, região
oeste do Estado de Santa Catarina, cuja economia,
historicamente, está alicerçada na exploração dos recursos florestais, na criação de animais de corte e nas
atividades agroindustriais. Nas últimas décadas a intensificação destas atividades, além do acelerado crescimento populacional, têm alterado significativamente a dinâmica dos ecossistemas naturais e o aumento da demanda por água têm promovido a degradação progressiva dos recursos hídricos.
Este estudo teve por objetivo avaliar os ecossistemas
aquáticos da microbacia hidrográfica do Lajeado Passo dos Índios no Município de Chapecó, através das
variáveis físicas e químicas da água, uso do solo,
quantificação e integridade da vegetação marginal.
Área de estudo
O Município de Chapecó, localizado na região oeste
do Estado de Santa Catarina, posição geográfica
27º05’42" latitude sul e 52º37’04" longitude oeste, possui área de unidade territorial de 624,3 km 2 e população
de 164.922 habitantes, dos quais 93% residem na área
urbana e 7% na área rural (IBGE, 2007). A microbacia do
Lajeado Passo dos Índios (Fig. 1) pertence à sub-bacia
hidrográfica do Alto Uruguai (ANA, 2007).
A área de estudo localiza-se predominantemente
no perímetro urbano abrangendo a microbacia
hidrográfica do Lajeado Passo dos Índios (área de
drenagem 5,57 Km2) e seus tributários: Sanga Bela
Vista, Lajeado Passo dos Fortes, Sanga Iracema, Rio
A, Sanga Santo Antônio e Lajeado Palmital, enquadrados como rios de Classe 2 segundo portaria nº
274/79 do Governo do Estado de Santa Catarina.
Amostragem
Foram amostrados 17 pontos de coleta (Fig. 1),
compreendendo nascentes, segmentos intermediários e foz, com diferentes usos do solo. As coletas foram
realizadas bimestralmente, no período de abril a dezembro de 2006. A água foi coletada com garrafa de
Van Dorn ou diretamente nos cursos d’água com
menor vazão. O sedimento foi coletado com coletor de
fundo tipo Petersen.
Fig. 1 - Localização da microbacia do Lajeado Passo dos
Índios e pontos de coleta.
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
Avaliação limnológica da microbacia do Lajeado Passo dos Índios, Chapecó, SC.
Em cada ponto de coleta foram medidas as variáveis ambientais: profundidade (m) e transparência
da água através de régua graduada e profundidade
de desaparecimento do disco de Secchi, temperatura
da água (ºC) utilizando termister, temperatura do
ambiente (ºC) através de termo-higroanemômetro, pH
utilizando-se pHâmetro, oxigênio dissolvido (mg/
L) utilizando-se oxímetro digital. Em laboratório foram determinados a alcalinidade total (mg/L),
turbidez (NTU), sólidos totais (mg/L), condutividade
elétrica (µS/cm), DBO (mg/L), DQO (mg/L), nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato (mg/L), fósforo total (mg/L), coliformes totais e termotolerantes (NMP)
e determinação do teor de matéria orgânica do sedimento (%) conforme procedimentos descritos em
APHA (1998).
A quantificação da vegetação marginal foi realizada através de observação em campo e de
mensurações utilizando-se o software Arc View Gis
9.0®, com imagens quickbird da Prefeitura Municipal de Chapecó (2005), considerando-se a vegetação
possível de ser identificada como arbustiva ou
arbórea.
Para síntese dos dados foi empregada a Análise de
Componentes Principais (ACP), através do programa
Statistica 6.0® (Stat Soft, 2001). Para construção da ACP
foram utilizados dados log-transformados (exceto pH)
das variáveis pH, alcalinidade total, condutividade
elétrica, DBO, oxigênio dissolvido, turbidez, sólidos
totais, amônia, nitrito, nitrato, fósforo. Ainda, foi realizada a análise de variância entre os pontos de coleta,
através do teste F, e analise posterior com aplicação do
teste Tukey com significância < 0,05.
Nos meses de agosto e dezembro foi utilizado o Índice de Qualidade da Água desenvolvido pela National
Sanitation Fundation (NSF), considerando parâmetros
físicos, químicos e microbiológicos. O IQA foi calculado pelo produto ponderado das notas atribuídas a cada
um dos nove parâmetros de qualidade da água que
compõem o índice: temperatura da água, pH, oxigênio
dissolvido, DBO, coliformes termotolerantes, nitrito,
fosfato total, sólidos totais e turbidez.
Vegetação marginal
tem os maiores fragmentos de vegetação nativa, 170
e 400 m respectivamente, porém em apenas uma das
margens sendo a outra ocupada por campos cultivados para pastagem. De todas as nascentes avaliadas, somente o ponto P5 possui 50 m de área de APP,
seguida pelo ponto P7, com cerca de 20 m. Nos demais segmentos não foi observada faixa de 30 m,
conforme prevê o Código Florestal, ou 15 m em ambas
as margens, conforme determinado pelo CONAMA
e PDDTC (Fig. 2).
Fig. 2 - Delimitação aproximada da vegetação marginal
dos cursos d’água da microbacia do Lajeado Passo dos
Índios (Fonte: SPP, 2006).
Como amplamente difundido na literatura, a qualidade da água está diretamente relacionada à integridade do ambiente (BELTRAME , 1994; GUNDERSON,
2000; R ODRIGUES, 2004) e as alterações das características ecológicas do meio influenciam na capacidade
de resiliência dos ecossistemas (GUNDERSSON, 2000).
Nos locais de coleta, observou-se que não há cumprimento das legislações federais ou municipal na conservação da faixa de APP. No entorno dos rios existem áreas degradadas e visivelmente impactadas com
edificações e atividades agrícolas que avançam até as
margens.
Variáveis físicas e químicas
Este indicador considera basicamente o grau de
preservação da vegetação marginal e quantificação
da Área de Preservação Permanente conforme previsto no Código Florestal Brasileiro, no Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial de Chapecó
(PDDTC, 2004) e na Resolução 369/06 do CONAMA.
Os levantamentos mostraram que as margens dos
rios possuem estreitas faixas de vegetação marginal
descontínua ou ausência completa de vegetação,
principalmente nas regiões urbanizadas. Nas áreas
de influência dos pontos P15 e P16 (zona rural) exis-
O resultado das médias dos dados abióticos são
apresentados na Tabela 1. A profundidade da coluna
d’água variou de 0,10 a 0,80 m. No mês de agosto foi
registrada a menor temperatura da água (ponto P1,
10ºC) e no mês de abril a maior temperatura (ponto
P17, 35,8º C). Segundo classificação de Köeppen, o
Município de Chapecó apresenta clima Cfasubtropical úmido com verões quentes e invernos frios e chuvosos. As variações observadas para a temperatura da água acompanharam a sazonalidade das
duas estações.
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
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J. Bottin et al.
Tabela 1 - Valores médios e desvio padrão dos dados físicos e químicos da microbacia do Lajeado Passo dos Índios, no
período de abril a dezembro de 2006.
Fator
P1
Ponto de coleta
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
P12 P13
P14
P15
P16
P17
7,5
1,8
7,71
1,1
7,6
0,8
7,3
0,8
7,1
0,8
7,4
0,7
6,1
0,3
6,3
1,6
5,7
2,0
6,7
0,5
8,4
1,1
6,3
1,2
9,0
1,4
6,7
1,5
4,8
2,5
85,5
5,7
164,1 64,6
55,0 4,3
32,8
6,8
77,9
5,1
43,1
30,
127,1 205,6 147,0 223,5 57,3 133,2 62,7
12,1 36,0 16,0 36,4 5,0 11,8 11,0
86,1
9,9
232,0 267,21
50,5 114,8
32,3
2,6
39,5
4,8
20,0
4,1
18,1
5,6
24,5
1,9
1,3
0,8
37,1
3,1
66,1
14,0
34,2
2,9
58,3
10,3
23,5 31,7
2,3 5,1
23,9
3,5
33,1
1,8
62,2
11,4
59,1
17,0
6,7
0,5
6,8
0,4
7,1
0,4
6,8
0,3
6,8
0,1
6,8
0,3
7,0
0,2
7,2
0,4
6,8
0,5
7,3
0,4
6,6
0,5
6,7
0,5
7,3
0,5
7,3
0,3
7,2
0,4
16,9
4,0
16,9
3,7
17,1
3,7
19,1
6,0
18,2
3,5
15,8
3,6
19,7
4,1
18,1
5,5
17,9
5,4
20,0
5,2
19,6 22,4
4,8 5,2
18,6
5,7
20,8
6,6
19,5
7,9
20,7
9,3
18,9
10,7
48,1
66,1
9,6
2,1
16,1
4,2
68,5
91,6
11,4
3,4
20,0
5,3
46,7
22,0
25,5
17,7
23,9
6,9
22,6 40,6
27,1 41,4
26,6
15,8
70,9
38,4
59,7
14,3
118,3
32,3
3,7
2,0
4,7
1,3
3,1
0,8
2,8
0,8
4,8
0,9
2,6
0,8
5,2
0,5
4,7
2,1
4,4
1,8
5,7
0,8
4,2
1,4
4,9
0,9
4,3
0,9
6,3
1,7
5,3
1,0
3,7
1,9
2,5
0,6
3,3
2,5
3,7
1,5
3,2
1,3
2,5
1,1
3,3
0,4
2,1
0,8
1,8
1,4
1,3
0,6
1,5
0,3
1,5
0,5
0,8
0,1
6,0
1,3
2,3
0,5
1,1
0,5
1,2
0,6
23,1
12,8
16,9
5,3
39,3
38,6
17,9
18,9
22,1
7,8
3,7
0,5
29,7
15,2
25,8
13,9
14,4
3,6
24,1
7,3
13,3 8,5
2,4 1,5
26,1
4,9
13,0
4,3
14,8
5,6
15,4
7,1
0,682 0,052 2,483 5,78
0,11 20,01 30,71 2,2
3,14
0,43
4,36
1,05
0,172 0,93
0,05 0,56
0,832 0,34
0,48 0,29
4
0,72
3,8
1,97
OD
x 7,5
DP 0,9
CE
x 113,6
DP 12,8
Alc.
x 49,8
DP 5,1
pH
x 6,9
DP 0,4
Tº Ág.
x 15,8
DP 6,0
DQO
x 33,7
DP 35,0
DBO
x 3,2
DP 0,8
MO
x 2,5
DP 0,1
Turb.
x 78,9
DP 68,4
NH4 +
x 0,016
DP 0,07
N02 x 0,005
DP 0,003
NO3 x 0,30
DP 0,12
PO4 x 0,38
DP 0,23
0,108 0,964 0,074 0,04
0,02 0,13 0,01 0,02
8,1
1,0
7,5
0,3
0,008 0,139 0,012 0,002 0,060 0,003 0,185 0,228 0,193 0,370 0,006 0,325 0,008 0,066 0,406 0,390
0,007 0,094 0,009 0,002 0,036 0,002 0,113 0,146 0,127 0,420 0,003 0,183 0,006 0,007 0,532 0,485
1,76
0,36
3,12
0,45
2,43
0,49
0,17
0,16
1,59
0,19
1,08
9,14
2,83
0,23
2,32
0,67
3,17
0,40
3,16
0,71
1,37 3,78
0,67 1,67
0,78
0,33
1,35
1,12
2,06
1,10
2,76
1,28
0,50
053
0,75
0,62
0,66
0,67
0,37
024
0,36
0,26
0,34
0,32
0,63
0,44
1,03
0,48
0,91
0,52
0,80
0,49
0,30 0,48
0,21 0,38
0,62
0,57
0,41
0,38
1,32
0,76
1,08
0,72
Em relação ao pH, todas as amostras permaneceram dentro do limite legal (6,0 a 9,0) e os valores médios variaram de 6,6 (P12) a 7,3 (P11 e P16). A microbacia
do Lajeado Passo dos Índios possui solo com características ácidas (EMBRAPA 2004), o que pode resultar em
águas com tendência à acidez, principalmente nas
nascentes. Considerando-se a média das 8 coletas o
pH revelou esta tendência, onde cinco das seis nascentes avaliadas apresentara pH ligeiramente ácido
nos meses de maior pluviosidade (Fig. 3).
No presente estudo verificou-se amplitudes de
valores de alcalinidade total entre os pontos de
coleta (de 17,2 mg/L no ponto P7 a 66,0 mg/L no
ponto P9), indicando variação espacial, porém relativa estabilidade em cada ponto considerandose a sazonalidade. A alcalinidade é um fator relativamente estável que tem influência nas alterações de pH e os resultados deste fator indicam que
os ambientes possuem boa capacidade de tamponamento.
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
Avaliação limnológica da microbacia do Lajeado Passo dos Índios, Chapecó, SC.
Fig. 3 - Valores de pH e alcalinidade total na microbacia do Lajeado Passo dos Índios, no período de abril a dezembro
de 2006.
Fig. 4 - Valores de turbidez e sólidos totais na microbacia do Lajeado Passo dos Índios, no período de abril a dezembro
de 2006.
O oxigênio dissolvido apresentou valores médios
abaixo do limite mínimo de 5mg/L (CONAMA, Resol.
357/05) no ponto P17. No ponto P15 foi registrado o
maior valor médio (9 mg/L). Como a solubilidade deste
elemento depende da temperatura e pressão do ambiente, o excesso de matéria orgânica e diminuição da pressão resultam na redução da solubilidade do oxigênio
na água (Esteves, 1998). O Ponto P17 recebe a contribuição das duas principais microbacias da região urbana
dos Municípios, Lajeado São José e Lajeado Passo dos
Índios, o que representa toda a carga orgânica proveniente dos despejos domésticos e industriais destas
microbacias. O excesso de matéria orgânica pode ter influenciado nos baixos valores de OD neste ponto.
As médias da variável turbidez permaneceram
dentro do limite do CONAMA (Resol.357/05) de 100
UNT e os sólidos totais apresentaram variação de 76
mg/L (P12) a 275 mg/L (P2). No ponto P1 foi registrada a maior amplitude de valores para turbidez, de
162 UNT (junho) a 5,62 UNT (dezembro). No entorno
deste ponto não existe vegetação marginal significativa e são realizadas atividades de bovinocultura, com
acesso direto do gado para dessedentação, fatores que
podem ter contribuído para o assoreamento das margens e entrada de material alóctone. A redução desta
variável no período chuvoso pode estar relacionado
à divisão da propriedade rural em piquetes, ocorrendo restrição do uso desta parcela nos meses de maior
índice pluviométrico, além do aumento do volume de
água exercendo efeito de diluição do material alóctone
transportado para o curso d’água.
Estudos realizados por TOLEDO & NICOLELLA (2000)
e DO CARMO et al. (2005) em rios com influência agrícola
e urbana, evidenciaram a tendência de aumento da
turbidez e sólidos totais nos meses de maior vazão devido ao carreamento de materiais em suspensão. Neste
estudo foi verificado, de modo geral, que o tipo de atividade realizada no entorno dos rios da microbacia (e
não o índice pluviométrico) é o fator que mais influencia os níveis de turbidez e sólidos totais. Doze dos
dezessete pontos de coleta apresentaram diminuição
dos níveis destas variáveis na estação chuvosa (Fig. 4).
Um fator ambiental importante na detecção de fontes poluidoras é a condutividade elétrica da água. A
análise desta variável permite verificar a influência
direta e indireta das atividades desenvolvidas nas
bacias hidrográficas como lançamentos de efluentes
domésticos, industriais e dejetos animais, onde o resultado da poluição pode ser detectado pelo aumento
da condutividade elétrica no curso d’água (MORAES,
2001). Os maiores valores médios de CE foram
registrados nos pontos P9 (205,6 mg/L) e P11 (223,5
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
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J. Bottin et al.
mg/L), considerados os mais críticos em relação ao recebimento de efluentes domésticos, e pontos P16 (232,0
mg/L) e P17 (267,2 mg/L), que representam a contribuição total de efluentes da área urbana do município.
A DQO foi avaliada nos meses de abril, junho e
outubro e foi registrada variação de 9,5 mg/L (P4) a
118 mg/L (P17). Para DBO, quatro pontos apresentaram média superior ao limite de 5,0 mg/L estabelecido
pelo CONAMA (Resol. 357/05), três localizados no
Lajeado Passo dos Índios e um no Lajeado Palmital.
Excetuando-se o ponto P4, a relação DQO/DBO foi
superior à proporção 3/1, considerada normal para
águas naturais (CETESB , 2005), em todos os pontos
amostrados. Os pontos P6 e P17 apresentaram a maior
distância entre os valores: 13/1 e 38/1, evidenciando
presença de matéria orgânica não biodegradável. Em
relação ao ponto P6, o mês de outubro influenciou fortemente a média da DQO com 174mg/L, indicando
fonte difusa e ocasional de lançamento de efluentes.
Considerando-se a média das cinco coletas, as formas de nitrogênio avaliadas (amônia, nitrito e nitrato) tiveram os menores valores registrados no ponto
P5 e os maiores nos ponto P9 (NH4+), P13 (NO3-) e P16
(NO2-). Das três variáveis, somente a amônia esteve
acima do permitido pelo CONAMA (Resol. 357/05)
para rios de classe 2 (pontos P9, P11, P16 e P17, todos
localizados no Lajeado Passo dos Índios).
A transformação do nitrogênio pelas bactérias resulta primeiramente na forma amoniacal, seguida de
nitrito e nitrato. Assim a forma como o nitrogênio aparece em um corpo d’água indica o tempo de residência do nutriente nestes ambientes. Os altos níveis de
amônia encontrados no Lajeado Passo dos Índios,
principalmente a partir do ponto P9, são forte
indicativo de lançamentos de efluentes não tratados.
Em relação ao fósforo, em todos os pontos
amostrados foram encontrados valores muito superiores ao limite estabelecido pelo CONAMA (Resol. 357/
05) para ambientes lóticos (0,050 mg/L). Concentrações elevadas de fósforo nos rios da microbacia têm
origem nas características de uso do solo da bacia de
drenagem, onde ocorre adição de quantidades elevadas de fosfato químico e orgânico nas áreas agrícolas.
Porém, o incremento a partir da área urbana, assim
como a presença de compostos nitrogenados, evidenciam o uso urbano como principal agente causador da
deterioração da qualidade da água nesta microbacia.
No sedimento de fundo foi determinado o teor de
matéria orgânica. Em relação a esta variável, todos os
rios apresentaram sedimento do tipo mineral, segundo classificação de Naumann in ESTEVES (1998), com
menos de 10% de matéria orgânica. No ponto P13
registrou-se o menor índice, em média 0,83% e no ponto P14 o maior índice com 6,01% em média.
Os sedimentos minerais não são raros nas
microbacias na região. SCHUSTER & SOUZA -FRANCO
(2003), avaliando os rios da microbacia do Lajeado
São José, que faz limite com o a microbacia estudada,
encontraram 4,2% como maior teor de matéria orgânica de sedimentos.
Em rios de pequeno porte, o teor de matéria orgânica tem origem predominantemente alóctone, através do carreamento de materiais do entorno (principalmente da vegetação marginal) e depende do volume de vazão e velocidade de corrente. Os rios da
microbacia avaliada possuem sedimento associado a
estas duas condições: nos pontos onde foram
registrados ausência de vegetação marginal significativa e maior velocidade de corrente, apresentam o
menor índice de matéria orgânica no sedimento.
Através da realização da Análise de Componentes Principais, resultaram dois fatores associados às
raízes características, explicando mais de 50% da
variância total em relação às variáveis originais, promovendo a separação entre as amostras referentes aos
pontos correspondentes ao Lajeado Passo dos Índios
(segmentos intermediários) e nascentes do Lajeado
Passo dos Índios e Sanga Iracema, formando 3
grupamentos distintos na microbacia estudada (Fig.
6). Os pontos P8, P9, P11, P16 e P17 contribuíram para
a separação do Lajeado Passo dos Índios (segmentos
intermediários), em relação à condutividade elétrica,
alcalinidade total, nitrito, nitrato e fósforo. As mesmas variáveis foram responsáveis pela separação do
segundo grupamento (quadrante oposto) formado
pelos pontos P5 e P7 (nascentes).
Fig. 5 - Valores de DBO e DQO na microbacia do Lajeado Passo dos Índios, no período de abril a dezembro de 2006.
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
Avaliação limnológica da microbacia do Lajeado Passo dos Índios, Chapecó, SC.
Fig. 6 - Resultado dos dois primeiros eixos da Análise de
Componentes Principais, com dados log-transformados
(exceto pH) das variáveis pH, alcalinidade total,
condutividade elétrica, DBO, oxigênio dissolvido,
turbidez, sólidos totais, amônia, nitrito, nitrato, fósforo.
Em relação à condutividade elétrica, alcalinidade
total e nitrito indicadas na ACP, a análise de variância
(Fig. 7) mostra que o Lajeado Passo dos Índios teve maior
amplitude do que os demais rios. Esta amplitude de va-
lores ocorre devido ao uso de solo em toda extensão do
rio, com nascente bem preservada (ponto P7), em seguida atravessando toda região urbana, recebendo forte
carga de efluentes domésticos e industriais. Entre os
pontos P11 e P17 estão localizados a estação de tratamento de efluentes do município, duas agroindústrias,
uma fábrica de sabão, um laticínio e um lixão desativado,
onde o incremento de conteúdo mineral e orgânico pode
ter influenciado nos valores elevados destas variáveis.
Condutividade elétrica, fósforo, amônia e oxigênio
dissolvido foram os fatores responsáveis pela deterioração das águas do rio Guaíra, onde ocorreu declínio
da qualidade da água na região urbana e à jusante
(TOLEDO & NICOLELLA, 2002). Da mesma forma, observou-se que na microbacia do Lajeado Passo dos Índios
a maioria das nascentes apresentou menores valores
médios de grande parte das variáveis analisadas, que
tiveram níveis aumentados na região urbana e à jusante
onde, assim como no Rio Guaíra, também ocorre
declínio da qualidade da água. Em relação aos fatores
nitrato e fósforo a análise de variância (Fig. 8) não mostrou diferenças significativas para o fósforo e maior
variabilidade de nitrato para a Sanga Santo Antônio,
Sanga Bela Vista e Lajeado Passo dos Índios.
Fig. 7 - Valores médios, desvio padrão e erro padrão para condutividade elétrica, alcalinidade total e nitrito da
microbacia do Lajeado Passo dos Índios.
Fig. 8 - Valores médios, desvio padrão e erro padrão para nitrato e fósforo da microbacia do Lajeado Passo dos Índios.
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
37
38
J. Bottin et al.
Assim como os demais componentes indicados na
ACP, fósforo e nitrato apresentaram o mesmo padrão
espacial de variação, com valores menores nas nascentes, exceção dos pontos P4 e P10, e aumento em
regiões urbanizadas.
Tabela 2 - Classificação das águas da microbacia do Lajeado Passo dos Índios nos meses de agosto e dezembro de
2006, segundo IQA-NSF.
APto
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
P12
P13
P14
P15
P16
P17
Segmento
monitor
1.220 m*
657 m*
1.762 m*
1.578 m*
1.077 m*
1.406 m*
1.710 m*
1.643 m*
973 m*
1.018 m*
1.199 m*
1.666 m*
1.054 m*
1.729 m*
3.600 m*
2.628 m*
426 m*
agosto
dezembro
Q-valor Qual.
Q-valor Qual.
60,5
67,5
65,1
61,4
76,7
73,3
75,6
56,6
58,2
63,6
59,5
66,1
75,3
65,6
69,4
66,4
66,1
M
M
M
M
B
B
B
M
M
M
M
M
B
M
M
M
M
72,5
67,6
58,6
69,3
66,2
63,5
70,0
59,7
56,1
55,1
58,4
67,1
65,6
58,5
62,0
61,9
58,0
B
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
M
*Aproximados; M (média); B (boa).
Estudos realizados por BORGES et al. (2003) no
Córrego Jaboticabal (SP), indicaram que após a implantação de receptores de esgoto, ocorreu melhora
na qualidade da água, influenciando na capacidade
de depuração do sistema. Na microbacia do Lajeado
Passo dos Índios, a rede coletora de esgotos está concluída nos trechos considerados mais críticos quanto
ao lançamento de efluentes, porém o resultado das
análises nestes pontos demonstra que a rede não está
sendo utilizada de maneira satisfatória e os despejos
de efluentes não tratados nos rios continuam ocorrendo em grande quantidade.
No Lajeado Passo dos Índios, os pontos P16 (foz)
e P17 (jusante do encontro com o Lajeado São José)
apresentaram valores mais elevados para a maioria
das variáveis analisadas, evidenciando declínio da
qualidade da água de montante para jusante.
S C H U S T E R; S OUZA -FRANCO (2003), avaliando a
microbacia do Lajeado São José (com semelhante uso
do solo), verificaram queda da qualidade da água de
montante para jusante, sendo a foz do São José, no
encontro com as águas do Lajeado Passo dos Índios,
o ponto considerado mais crítico tanto em relação aos
fatores físicos e químicos, quanto para as comunidades de macroinvertebrados bentônicos.
Um Índice de Qualidade das Águas foi utilizado
nos meses de agosto e dezembro de 2006. Na Tabela 2
está representada a distribuição do IQA com a classificação das águas da microbacia do Lajeado Passo
dos Índios. No mês de agosto, quatro pontos tiveram
suas águas classificadas como boas (P5, P6, P7 e P13),
os demais pontos apresentaram água de qualidade
média. As variáveis utilizadas no cálculo do IQA indicam uma alteração da qualidade da água no mês
de dezembro, onde somente o ponto P1 apresentou
qualidade boa.
Os fatores que mais influenciaram na classificação da água como boa no ponto P1 em dezembro foram turbidez e sólidos totais, que tiveram uma redução acentuada neste mês. O declínio da qualidade da
água dos demais pontos está relacionado ao aumento de valores de coliformes termotolerantes.
Estudos utilizando IQA-NSF nos rios Paracatu
das Velhas (FEAM/IGAM, 2004; IGAM 2005) indicaram,
no período chuvoso, sólidos totais e turbidez como as
variáveis que mais influenciam no declínio da qualidade da água e no período seco coliformes
termotolerantes e nutrientes provenientes de esgotos
domésticos. Na microbacia do Lajeado Passo dos Índios, sólidos e turbidez influenciaram a melhora da
classificação das águas no período de menor
pluviosidade, e coliformes termotolerantes o declínio
no período de maior pluviosidade. O número de
coliformes termotolerantes apresentou valores médios elevados em todos os pontos de coleta (Fig. 9).
Fig. 9 - Distribuição espacial da média dos valores de
coliformes termotolerantes da microbacia do Lajeado
Passo dos Índios.
Biológico, São Paulo, v.69, n.1, p.31-39, jan./jun., 2007
Avaliação limnológica da microbacia do Lajeado Passo dos Índios, Chapecó, SC.
Assim como no Rio das Velhas e Paracatu, os trechos urbanizados da microbacia avaliada não apresentaram qualidade da água boa em todo o período
amostral, evidenciando a dificuldade de depuração
destes ambientes em virtude das altas cargas de
efluentes não tratados.
A utilização do IQA na classificação das águas
deve ser utilizado com cautela, pois o índice não considera parâmetros importantes como avaliação
toxicológica e de metais pesados.
De modo geral, os indicadores utilizados na caracterização limnológica da microbacia mostraram
que estão interrelacionados e ofereceram respostas
consistentes quanto aos impactos antrópicos sobre
os ambientes naturais.
Em relação à vegetação marginal, com exceção de
duas nascentes, observou-se insuficiência ou ausência completa de vegetação em todos os pontos avaliados, em evidente descumprimento das legislações federais e municipal. As nascentes com pequenos remanescentes florestais apresentaram os melhores resultados dos fatores avaliados, indicando que a presença de vegetação contribui na retenção de poluentes.
Os resultados das variáveis físicas e químicas e a
Análise de Componentes Principais mostraram que o
rio principal da microbacia, Lajeado Passo dos Índios, é o mais impactado, principalmente após os trechos canalizados localizados na região urbana central. Esta condição deve-se ao recebimento da carga
de efluentes dos demais rios e principalmente ao lançamento direto de efluentes não tratados.
O aumento da concentração urbana, com ocupação e supressão da faixa ciliar, despejo sistemático de
efluentes não tratados de origem humana e animal e
uso indiscriminado de defensivos agrícolas, indicam
avançado processo de degradação ambiental da
microbacia hidrográfica do Lajeado Passo dos Índios
e apontam a região urbana do município como a mais
crítica em relação à qualidade da água.
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