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E MUITO MAIS
Na Link Consulting, o conhecimento
tecnológico é complementado com
formação em negociação, liderança,
comunicação e outros módulos da área
relacional que ajudam a fazer
a diferença na consultoria do futuro
“N
unca candidatamos o
mesmo tipo de projecto. Apostamos na inovação e os organismos
que nos apoiam através do Fundo Social Europeu (FSE) têm percebido que
estamos em constante desenvolvimento e isso tem sido valorizado”, observa
Luís Oliveira, do Departamento de Desenvolvimento Organizacional e Comunicação da Link Consulting. A empresa,
uma equipa com cerca de 300 consultores, opera na área dos sistemas de informação, negócio electrónico e economia
digital, integrando a Link, que inclui
também as empresas Link Management
Solutions e Linkcom. A Link é detida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e
Computadores (INESC) e pelo grupo Aitec, o mais antigo grupo de base tecnológica em Portugal.
O cariz constantemente inovador dos
projectos da Link Consulting – onde se
incluem a tecnologia do sistema Lisboa
Viva ou o reconhecimento automático
de voz da linha telefónica 118 – coincide
com a postura de toda a empresa perante o mercado empresarial e tal ref lectese integralmente no projecto de formação de activos que construiu e consolidou ao longo dos últimos anos. “A formação é intensivamente tecnológica nos
dois primeiros anos de integração na
empresa e nós investimos muito nessa
fase inicial, enviando os nossos formandos para parceiros que proporcionam
a aprendizagem tecnológica integrada
num projecto. Mas a partir do
terceiro ano apostamos numa
completa viragem da carreira
dentro da empresa e para isso
criámos a Link Academy”, explica Luís Oliveira. “Nessa altura já sentimos que há necessidade de
abandonar a componente tecnológica e
desenvolver outro tipo de competências,
nomeadamente ao nível relacional e social, para abrir os consultores ao mercado e aos clientes.” Gestão de clientes, negociação, gestão de recursos humanos,
comunicação e liderança são algumas
das áreas desenvolvidas nesta fase do
percurso formativo, alicerçando aquilo
que poderá fazer a diferença na valorização deste capital humano. “Para mim,
este é o ponto que distingue as boas empresas daquelas que só conseguem desenvolver tecnologia pura e dura. Fazer
uma consultoria em que se consiga estabelecer um enlace de proximidade com
o cliente e em que este sinta que além do
know-how técnico tem ali um parceiro
de confiança é algo em que nós investimos imenso e deve ser o futuro”, reforça
o responsável da Link Consulting.
O programa de formação está estruturado de forma modular e cada formando, incluindo os dirigentes, poderá adaptá-lo ao seu próprio projecto individual
de carreira. “Geralmente, ao fim de sete
anos os consultores já estão no auge da
sua formação relacional. No ambiente
de novas tecnologias, a carreira evoluiu
tão rapidamente quanto a própria tec-
Lu s Oliveira, do Departamento de
Desenvolvimento Organizacional
e Comunicação da Link Consulting
O cariz constantemente
inovador dos projectos
da Link Consulting
coincide com a postura
de toda a empresa perante
o mercado empresarial,
o que se reflecte no
projecto de formação
de activos que construiu
e consolidou ao longo dos
últimos anos
“A formação é
intensivamente tecnológica
nos dois primeiros anos
de integração na empresa
a partir do terceiro ano
apostamos numa completa
viragem da carreira dentro
da empresa e para isso
criámos a Link Academy”
1.º semestre de 2010 — INFO:FSE’28
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INTERVENÇÕES
OPINIÃO
FOTO CEDIDA PELA LINK CONSULTING
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“(...) cruzando a evolução
dos projectos com a
avaliação dos pares e da
direcção e ainda com o
grau de motivação dos
formandos não é difícil
construir um índice de
sucesso.”
nologia”, brinca Luís Oliveira. Cada módulo decorre durante dois a três meses
em horário parcial, habitualmente distribuídos em grupos de 6 a 10 pessoas.
Avaliar a eficácia desta formação pode ser uma tarefa complexa, reconhece
Luís Oliveira, mas cruzando a evolução
dos projectos com a avaliação dos pares e da direcção e ainda com o grau de
motivação dos formandos não é difícil
construir um índice de sucesso.
À CONQUISTA DO MUNDO
E se o mundo gira a grande velocidade
no interior da Link Consulting, a concepção de novos projectos não segue um
ritmo muito diferente. Por isso, além de
um projecto anual na área da formação, a
Link Consulting concorre também a outros apoios comunitários, além do Fundo
Social Europeu, nas áreas do desenvolvimento de sistemas de informação, onde
têm apostado na identificação por radio-
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INFO:FSE’28 — 1.º semestre de 2010
frequência (RFID) e na internacionalização, que surge como resposta a tempos de
crise. Aqui, é em África que se concentra grande parte das atenções. Ainda este
ano vai nascer a delegação da Link Consulting em Angola, que centralizará projectos em curso nas áreas dos sistemas de
informação, gestão documental e Enterprise Resource Planning (ERP). “Angola
é um mercado com muito potencial, que
transpira negócio por todo o lado, mas é
também um mercado muito exigente”,
ressalva Luís Oliveira. O primeiro grande projecto de internacionalização aconteceu há cinco anos, quando nasceu a Aitec Brasil, que hoje concentra 60 pessoas. Parcerias com outras empresas portuguesas que estão já a investir no Brasil
têm aberto algumas portas à Link, que já
viu outras fecharem-se no passado. “Encontrámos mais resistência no Centro da
Europa, onde desenvolvemos alguns projectos pontuais em parcerias com empresas locais. Encontrámos competição e um
certo preconceito para com a tecnologia
portuguesa. Só depois de nos conseguirmos tornar próximos dos clientes garantimos margem de manobra para o futuro”, refere o responsável da Link.
CAMISOLA VESTIDA
O capital humano, esse, mantém a mesma proveniência do passado: as escolas
tecnológicas de referência no país, sobretudo do Instituto Superior Técnico
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que incorpora as raízes da Link, nascida em 1999. Quando o projecto atingiu
maturidade, foi feita a spin-off do Centro de Transferência de Tecnologia que
no INESC acolhia o projecto, tendo a empresa sido criada com perto de 200 colaboradores. Na época, concentrava esforços em projectos para grandes empresas,
parceiras do INESC, mas com o passar
dos anos foi diversificando em projectos
de pequena e média dimensão para ir ao
encontro do tecido empresarial nacional. Hoje, a Link Consulting conta com
150 pessoas e em todo o grupo Link trabalham três centenas de colaboradores.
“Mas aqui veste-se mesmo a camisola. A
ligação ao mundo universitário continua
a ser um pilar de referência, corporizado,
entre outros, pelas variadas teses de mestrado que são desenvolvidas e frequentemente constituem o início de uma carreira profissional”, assegura o responsável
da Link pela área da formação. “Posso orgulhar-me de ter uma casa que dá formação. E aqui a quantidade é directamente
proporcional à qualidade, até porque temos formandos muito exigentes”, acrescenta.
Com um volume de negócios de 11 milhões de euros em 2009 e 20% da actividade concentrada já fora de Portugal,
a Link espera ver a internacionalização
representar 50% do negócio dentro de
quatro anos, mantendo sólidos os valores do passado. “Existe na empresa um
departamento de Investigação & Desenvolvimento, que procura constantemente
apoio para desenvolver as nossas ideias.
Temos conseguido financiamento, quer
do FSE, quer de outras entidades, porque
nunca abandonámos a vertente de investigação e todos os anos apresentamos três
ou quatro projectos novos. Não há qualquer dúvida de que esse apoio tem sido
crucial no nosso crescimento”, salienta
Luís Oliveira, para quem a palavra “colaborador” está muito longe de expressar o
valor do “capital de conhecimento” que se
cria no seio da empresa. “A soma daquilo
que produzimos é bastante menos do que
aquilo que significamos para o mercado.
Daí todo este investimento em inovação
e formação relacional.”
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