Natália Alves de Oliveira
Vanilton Orçay
O EFEITO DA CINESIOTERAPIA E FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR
PROPRIOCEPTIVA NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DA MARCHA EM
PACIENTE PORTADOR DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NO
MUNICÍPIO DE CATAGUASES – MINAS GERAIS: ESTUDO DE CASO
Cataguases
2010
NATÁLIA ALVES DE OLIVEIRA
VANILTON ORÇAY
O EFEITO DA CINESIOTERAPIA E FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR
PROPRIOCEPTIVA NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DA MARCHA EM
PACIENTE PORTADOR DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NO
MUNICÍPIO DE CATAGUASES – MINAS GERAIS: ESTUDO DE CASO
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina
de Trabalho de Conclusão de Curso, como
requisito parcial para conclusão do Curso de
Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade
Sudamérica.
Orientador: Carolina Lacerda
Coorientadora: Gisele de Paula Vieira
Cataguases
2010
NATÁLIA ALVES DE OLIVEIRA
VANILTON ORÇAY
O EFEITO DA CINESIOTERAPIA E FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR
PROPRIOCEPTIVA NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DA MARCHA EM
PACIENTE PORTADOR DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NO
MUNICÍPIO DE CATAGUASES – MINAS GERAIS: ESTUDO DE CASO
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina
de Trabalho de Conclusão de Curso, como
requisito parcial para conclusão do Curso de
Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade
Sudamérica.
Orientador: Carolina Lacerda
Coorientadora: Gisele de Paula Vieira
Aprovada em _____ de ____________ de 2010
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
Aos nossos colegas de curso, professores
e essencialmente a nossa família.
Dedicamos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos á Deus por ter nos dado essa oportunidade e força para
caminhar mesmo nos momentos difíceis.
Aos nossos colegas de curso, aos professores e orientadores pelo apoio e
incentivo.
A nossas famílias por estar sempre ao nosso lado, incentivando e acreditando
em nosso sucesso.
Por fim, a todos que contribuíram de alguma forma para que o nosso sonho
tornasse realidade.
“Se você está percorrendo o caminho de seus
sonhos, comprometa-se com ele. Assuma seu
caminho, mesmo que precise dar passos incertos,
mesmo que saiba que pode fazer melhor o que está
fazendo. Se você aceitar suas possibilidades no
presente, com toda certeza vai melhorar no futuro.
Enfrente seu caminho com coragem, não tenha
medo da crítica dos outros. E, sobretudo, não se
deixe paralisar por sua própria crítica. Deus estará
com você nas noites insones, e enxugará as
lágrimas ocultas com seu amor. Deus é o Deus dos
valentes.”
(Paulo Coelho)
RESUMO
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma ocorrência grave, decorrente de
uma deficiência na irrigação sanguínea do cérebro que deixa seqüelas às vezes
irreversíveis, dentre outras o déficit de equilíbrio e marcha. O objetivo deste
estudo foi comparar a melhora da marcha desde o inicio até o final do tratamento
de um paciente sequelado de AVE que teve comprometimento em hemicorpo
direito, utilizando técnicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF) e
cinecioterapia. Trata-se de um paciente do sexo masculino, 57 anos, residente na
cidade de Cataguases, onde foi submetido atendimento domiciliar seguindo um
protocolo de tratamento utilizando técnicas de alongamento e fortalecimento de
membros superiores e inferiores, de equilíbrio, treino de marcha e outras, com
frequência de 3 vezes por semana com duração de cinquenta minutos por sessão.
No início do tratamento de acordo com resultados contidos na avaliação de Tinetti, o
paciente não realizava atividade alguma. No final, após ter um tratamento eficaz,
utilizando recursos para fortalecer, promover segurança e noções de espaço, o
paciente adquiriu melhora na postura e controle de tronco, bem como uma
deambulação segura utilizando ortese. A intervenção fisioterapeutica ao paciente
sequelado de AVE, proporcionou a recuperação de suas atividades e levou a um
resultado considerável na melhora de seu equilíbrio e marcha.
PALAVRAS-CHAVE: Acidente vascular – tratamento – paciente – sequelas.
ABSTRACT
The vascular accident (CVA) is a serious occurrence, resulting from a
deficiency in blood supply to the brain that sometimes irreversible sequelae, among
other deficits of balance and gait. The aim of this study was to compare the
improvement of gait from the beginning to the end of the treatment of a patient who
had stroke sequelae impairment in right hemisphere, using techniques of
proprioceptive neuromuscular facilitation (PNF) and cinecioterapia. This is a male
patient, 57 years, residing in the city of Odessa, where he underwent home care
following a treatment protocol using the techniques of stretching and strengthening
the arms and legs, balance, gait training and other with a frequency of three times
per week lasting fiffty minutes per session. At the start of treatment according to
findings contained in the Tinetti assessment, the patient did not perform any activity.
In the end, after an effective treatment, using resources to strengthen, promote
safety and notions of space, the patient acquired improved posture and trunk control,
and using a safe walking orthosis. The physiotherapy intervention for patients stroke
sequelae, provided the recovery of its activities and led to a considerable effect in
improving balance and gait.
KEY WORDS: Stroke – treatment – patient - sequelae
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... ...10
1 - OBJETIVO .......................................................................................................... 12
2 - JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 13
3 - METODOLOGIA ................................................................................................. 14
4 - RESULTADO ...................................................................................................... 15
5 - DISCUSSÃO ....................................................................................................... 17
6 - CONCLUSÃO ..................................................................................................... 24
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 25
7 - ANEXOS ............................................................................................................. 27
10
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma ocorrência grave onde acontece
uma restrição do fluxo sanguíneo para o cérebro, podendo com isso causar efeitos
diretos como lesão celular, e indiretos como danos as funções neurológicas,
manifestando de diversas formas, tanto no campo motor, quanto no sensorial,
perceptivo, emocional, de linguagem e na qualidade de vida do paciente e leva
também a incapacidade. “Acomete aproximadamente 150 (cento e cinquenta) mil
brasileiros por ano tendo como principal fator de risco a hipertensão e outras
cardiopatias” (O’SULLIVAN,SCHIMITZ 2000). “É uma das maiores causas crônicas
em todo o mundo e merece melhor atenção no serviço de saúde pública” (MACKAY
J, MENSAH GA 2002).
“Está patologia classifica-se em isquêmico e hemorrágico, onde o isquêmico
acontece com mais freqüência". (SMELTZER et al.,2002).
De acordo com FREITAS (2002 , p.140),
No primeiro caso acontece a obstrução de um vaso causando isquemia
devido a ausência de perfusão sanguínea para o cérebro, no segundo
ocorre o rompimento de um vaso sanguíneo e hemorragia intracraniana.
Segundo Radanovic 2000, “o AVE apresenta manifestações clínicas de
acordo com a localização e extensão da lesão vascular”.
Já MACKAY , (2002, p.132) afirmou:
Que a espasticidade é a principal complicação desta interferência, fazendo
com que haja comprometimento na habilidade do paciente em produzir e
regular o movimento voluntário. Pode acarretar deformidades estáticas,
contudo, pode também alterar a amplitude articular durante a marcha
dinâmica.
Neste contexto, BRIN (1995 p. 45), O'BRIEN (1996, p. 10), YOUNG (1987,
p.14) e MAYER (1987, p. 85) traduzem:
A espasticidade pode ser definida como o aumento da velocidade
dependente, do tônus muscular, com exacerbação dos reflexos profundos,
decorrente de hiperexcitabilidade do reflexo do estiramento e associa-se
dentro da síndrome do neurônio motor superior, com a presença de
fraqueza muscular, hiperreflexia profunda e presença de reflexos cutâneomusculares patológicos, como o sinal de Babinski.
11
Segundo DANGELO (2000, p.147), diz:
Marcha normal é o movimento em que se observa o deslocamento do
corpo em sentido anterior de maneira eficiente, o centro de gravidade do
corpo descreve uma curva de mínima amplitude nos planos horizontal e
vertical. Qualquer desvio e deslocamento deste centro refere-se a uma
marcha anormal.
“A marcha destes pacientes tem um padrão ceifante, obrigando o indivíduo a
realizar uma abdução exagerada do membro durante a fase de balanço, pois há
uma dificuldade em flexionar o quadril e o joelho, e em dorsifletir o pé”.
(ROWLAND,1997), “a espasticidade de flexores plantares que acometem estes
pacientes, é caracterizada pelo pé equinovaro” (EDWARDS,1999).
Para GROSS (2000, p.122),
A marcha é a atividade funcional de maior complexidade do ser humano,
durante a qual é necessário acontecer uma série de movimentos repetitivos
dos membros inferiores que incluem períodos de descarga de peso com
ambos ou apenas um dos pés, e períodos em que um dos membros
inferiores se desloca livremente acima do solo.
A fisioterapia é de grande importância na reabilitação de pacientes com AVE,
tendo como objetivo melhorar seus déficits e proporcionar uma melhor qualidade de
vida. Sendo assim as técnicas de cinesioterapia de PNF são recursos para melhora
da funcionalidade e da marcha destes pacientes.
Para ADLER (2000 p. 28),
A técnica de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF) tem como
objetivo melhorar (facilitar) o desempenho do sistema neuromuscular pela
estimulação de proprioceptores musculares e articulares, utilizando
técnicas de irradiação de força muscular.
Segundo (KOFOTOLIS, 2005 p. 111), “o princípio da irradiação pela
estimulação de grupos musculares fortes e preservados, produz a ativação dos
músculos lesados e fracos, facilitando sua ativação muscular”.
12
1 - OBJETIVO:
Este estudo tem como objetivo comparar a melhora da marcha no início e no
final do tratamento, usando as técnicas de Cinesioterapia e Facilitação
Neuromuscular Proprioceptiva (PNF) na reabilitação de um paciente do sexo
masculino de 57 anos portador de AVE, residente no Município de Cataguases,
Minas Gerais.
13
2 - JUSTIFICATIVA:
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma doença altamente incapacitante
devido às seqüelas deixadas em um hemicorpo do indivíduo, dependendo da lesão
causada no cérebro.
O presente estudo mostra seu importante papel para a reabilitação, visto que
deixa claro o quanto estes pacientes necessitam de tratamento fisioterápico, tão logo
são afetados por essa patologia.
Pretende-se contribuir na reabilitação dos pacientes com AVE utilizando as
técnicas de PNF associadas à cinesioterapia e na recuperação da marcha do
paciente em estudo.
14
3 - METODOLOGIA:
Trata-se de estudo de caso, descritivo de caráter longitudinal. Realizado há
domicílio, com um paciente residente na cidade de Cataguases MG, sexo masculino,
57 anos, estatura de 1,68 m e massa corporal de 70 kg com diagnóstico clínico de
ave isquêmico há 3 (três) meses, apresenta espasticidade nos membros superior e
inferior.
Teve início no mês de junho de 2010, onde a família leu e assinou o termo de
consentimento
livre
esclarecido
de
acordo
com
as
diretrizes
e
normas
regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos para tratamento de
reabilitação. (anexo I)
A melhora da marcha foi utilizado técnicas de reabilitação de cinesioterapia e
facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF) segundo protocolo de tratamento.
(anexo II )
Previamente foi feita uma avaliação neurológica incluindo teste de
sensibilidade com estesiometro marca ABC , teste de reflexo patelar e babinsk com
martelo neurológico, realizado avaliação de equilíbrio e marcha utilizando a escala
de avaliação de equilíbrio e marcha de acordo com o índice de Tinetti segundo
FREITAS,EV et al.
(anexo III) e finalmente avaliação de força muscular pela referência
de grau de 0 a 5.
15
4 - RESULTADO:
Paciente do sexo masculino, 57 anos, estatura 1,68m, residente na cidade de
Cataguases Minas Gerais, hipertenso, com diagnostico de AVE isquêmico ocorrido
no mês de Março de 2010, segundo laudo de alta hospitalar da cidade de São
Paulo, onde a família não teve acesso à exames complementares no momento da
alta.
Na avaliação iniciada no mês de junho, utilizando técnicas auxiliares como:
estesiometro, martelo neurologico e escala de avaliação de equilíbrio e marcha
(índice de tinetti), avaliação de força muscular, mostra-se um paciente com
espasticidade em membro superior direito e membro inferior direito.
Após intervenção fisioterapêutica o paciente apresentou sensibilidade
positiva, de acordo com o uso do estesiometro ( marca ABC), nos membros superior
e inferior direito, sinal de babinsk positivo, força muscular grau 3 para movimentos
de flexão, extensão e abdução do braço direito, grau 5 para os movimentos do
membro contralateral e para os mesmos movimentos dos membros inferiores
apresentou grau 0 para o direito e grau 5 para o contra-lateral.
No mês de agosto, segundo o índice de Tinetti o paciente mostrou-se capaz
de manter equilíbrio sentado e ao se levantar utilizando apoio dos braços na cama,
porém, havia um desequilíbrio nos primeiros 5 segundos em pé (que foram
marcados em relógio digital, NIKE),não havia esboço da marcha, mas com auxilio já
havia um desvio nítido das passadas, mantendo um balanço em relação ao tronco.
Na reabilitação foram utilizadas técnicas de cinesioterapia e PNF, sendo elas
fortalecimento e alongamento de membros superiores e inferiores, mobilização
articular, treino proprioceptivo de equilíbrio e marcha, dissociação de cintura,
exercício de rolamento e treino cognitivo, obtendo resultados significativos na
melhora do quadro do paciente.
No final do tratamento, ainda seguindo o índice de Tinetti o paciente teve uma
melhora significativa no controle de tronco, conseguindo manter-se de pé sem apoio
e no comando conseguiu caminhar com apoio de órtese, mantendo as passadas
com apoio normal do membro inferior esquerdo e apoio do retro pé do membro
inferior direito e os tornozelos não se tocavam.
16
Houve retorno parcial do movimento de abdução da perna direita ao
deambular, bem como flexão e extensão do tornozelo. O paciente também
despertou maior percepção em relação ao hemicorpo comprometido. Algumas
transferências foram aprendidas com sucesso, sendo elas: passar da posição
deitado para sentado, sentado para de pé e virce versa. Ele aprendeu a deambular
dentro de casa e nas áreas comuns, senguindo as orientações de cuidados e auxilio
de apoio quando necessário.
Sendo o paciente visto como um todo, estas orientações se estenderam para
o aprendizado e adaptações das atividades de vida diária (AVD’s).
17
5- DISCUSSÃO:
De acordo com SCHIMITZ (2000, p. 112),
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma doença grave e
incapacitante,devido uma restrição do fluxo sanguinio no cérebro, podendo
deixar várias sequelas tanto no campo motor, sensorial, perceptivo,
emocional e linguagem, podendo também interferir na qualidade de vida do
individuo. Tendo como fator de risco principal a hipertensão e outras
cardiopatias.
Segundo autores os comprometimentos com maior índice de ocorrência são a
espasticidade e déficit de equilíbrio e marcha. A fisioterapia é de grande importância
para melhora e o condicionamento físico dos pacientes sequelados e a
cinesioterapia juntamente com o PNF proporcionou uma melhora satisfatória na
marcha e vida diária deste paciente.
No presente estudo foi feito uma avaliação longitudinal da sensibilidade, força
muscular, equilíbrio e marcha em um individuo portador de AVE isquêmico à
esquerda, segundo laudo de alta hospitalar, sem comprovação de exames
complementares de posse da família.
Observou-se sensibilidade preservada, comprometimento da força muscular
em membro inferior direito e na marcha do individuo examinado. Esses achados
estão de acordo com relatos de autores citados na introdução do trabalho, em
relação às ocorrências das dificuldades e comprometimentos aos pacientes com tal
lesão.
De acordo com o encontro da afirmação de ROWLAND (1997, p.63),
Mesmo o paciente tendo uma deambulação satisfatória para seu quadro, a
espasticidade que ainda persiste deixa a marcha do mesmo com aspecto
ceifante, onde na fase de balanço há uma lateralização da perna direita em
relação a contralateral.
A evolução do paciente foi avaliada em três momentos distintos, sendo eles
ato da anaminese, com dois meses de tratamento e quatro meses de tratamento.
Utilizando recursos avaliativos como índice de Tinetti e avaliação de força muscular
com relação de graus de 0 a 5. De acordo com esses recursos no ato da
anamineses foi apresentado os seguintes resultados para força muscular, tendo
18
grau 3 para movimentos de flexão, extensão e abdução do braço direito, grau 5 para
os movimentos do membro contralateral e para os mesmos movimentos dos
membros inferiores apresentou grau 0 para o direito e grau 5 para o contra-lateral.
Em relação a marcha e equilíbrio houve um déficit mostrado no índice de
Tinetti.
Com dois meses de tratamento houve melhora na força de acordo com
avaliação, no equilíbrio e marcha, de acordo com o índice de Tinetti.
Aos quatro meses de tratamento estes parâmetros tiveram resultados
significativos em relação aos momentos anteriores segundo os recursos citados a
cima.
O paciente já conseguia se locomover em sua residência e áreas comuns,
com uso de ortese bem confiante.
Para comprovar os achados e evolução do paciente, foi usado recursos
fotográficos com maquina ( SONY HX1 ) desde a anaminese ao termino do
tratamento.
No momento da anaminese, na foto número (1), paciente encontra-se em
decúbito dorsal, sem esborsar nenhum movimento de membro inferior direito e
apresenta espasticidade no membro superior direito.
Exame de força muscular realizado com paciente em decúbito dorsal onde o
mesmo apresenta um resultado de grau 0 para força muscular do membro inferior
direito, mostrado na foto número (2).
19
Foto nº 1 - Paciente no momento do exame, o mesmo não conseguia realizar nenhum
movimento do membro inferior direito e apresenta o membro superior direito espastico.
Foto nº 02 - Momento do exame de força muscular, onde foi apresentado grau 0 para
flexão do quadril, paciente estando em decúbito dorsal.
20
No segundo mês de tratamento a foto número (3) mostra o paciente sentado
no seu leito, neste momento o mesmo apresenta melhora do controle de tronco e
controle de cabeça, mostra também melhora da amplitude articular do membro
superior direito.
A foto número (4) mostra o paciente se mantendo em pé com apoio do
fisioterapeuta, mas ainda não consegui esborsar equilíbrio e passadas.
Foto nº 03 - Esta foto mostra paciente sentado apresentando melhora no controle
de tronco e melhora do ângulo articular de seu cotovelo direito.
21
Foto nº 04 - Paciente no segundo mês de tratamento já conseguia ficar de pé com
apoio do fisioterapeuta, mas não realizava nenhuma passada.
No final do tratamento o paciente obteve melhora na força muscular para a
extensão de joelho com resultado de grau 3, conseguia deambular com auxilio de
ortese percorrendo pela área livre da casa, conseguindo também realizar atividades
como pentear cabelo.De acordo com as fotos número (5), (6) e (7).
22
Foto nº 05 - Paciente sentado,avaliação de força muscular do membro inferior direito.
O mesmo consegui realizar o movimento de flexão do joelho com pequena resistência.
Foto 06 - Paciente deambulando pela área da casa com auxilio de ortese, mostra-se
seguro e capaz de realizar esta atividade.
23
Foto 07 - Paciente já conseguia levantar o braço para pentear o cabelo.
A intervenção fisioterapeutica porporcionou uma melhora significante no
equilíbrio e marcha deste paciente, tendo em vista a utilização de recursos e
técnicas como cinesioterapia e PNF que de acordo com a literatura leva o individuo
a reaprender e se adaptar aos controles da biomecânica do seu corpo, fazendo com
que melhore a performance do desempenho do sistema neuromuscular e articular
de toda a estrutura corporal.
24
6 - CONCLUSÃO:
O AVE é uma doença que requer grande atenção por parte da reabilitação,
pois deixa sequelas importantes no individuo, dependendo da área afetada do seu
cérebro. O presente estudo apresenta a importância da intervenção fisioterapeutica,
usando técnicas de PNF e cinesioterapia na recuperação de um paciente sequelado
e visa proporcionar segurança e aprendizagem para este voltar a exercer suas
atividade diárias e o mais importante, a deambular sem auxilio de outras pessoas.
A presença do fisioterapeuta junto a este paciente tornou-se relevante para a
promoção da melhora e auto estima, proporcionando-o a capacidade de continuar
suas rotinas de vida por si próprio.
25
BIBLIOGRAFIA:
1. ADLER SS, Beckers D, Buck M. PNF in practice – an illustrated guide. 2nd ed.
NewYork: Springer-Verlag; 2000.
2. BRIN MF. Treatment of spasticity using local injections of botulinum toxin.
Skills Workshop Series Seattle: American Academy of Neurology, 1995.
3. DANGELO J.G. & FATTINI C.A. Anatomia humana sistêmica e segmentar para
o estudante de medicina. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2000.
4. EDWARDS, S. Fisioterapia neurológica: uma abordagem centrada na
resolução de problemas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
5. FREITAS,EV et al. Tratado de Geriatria e Geriontologia. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, pp.615,2002.
6. GROSS, J., FETTO, J., ROSEN, E. Exame musculoesquelético. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
7. KOFOTOLIS N, Vrabas IS, Vamvakoudis E, Papanikolaou A, Mandroukas K.
Proprioceptive neuromuscular facilitation training induced alterations in
muscle fibre type and cross sectional area. Br J Sports Med. 2005;39(3):11.
8. MACKAY J, Mensah GA. The atlas of heart disease and stroke. Geneva: World
Health Organization; 2002.
9. MAYEr NH. Clinicophysiologic concepts of spasticity and motor dysfunction
in adults with an upper motoneuron lesion. Muscle & Nerve 1997;6(Suppl):S1S13.
10. O'BRIEN CF, Gormley ME, Winkler PA, Yablon AS. Fisiologia y tratamiento de
la espasticidad. Deerfield: Discovery International, 1996.
11. O’ SULLIVAN SB, Schimitz TJ Fisioterapia> Avaliação e Tratamento. Tradução
Fernando Augusto Lopes, Lilia Breternitz Ribeiro. 4. ed. Baruei-SP: Manole; 2004.
26
12. PY MO. Doenças cerebrovasculares. In: Freitas EV, PY L, Neri AL, Cançado
FAX, Gorzoni M, Rocha SM. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2002. p.177-88.
13. RADANOVIC M. Características do atendimento de pacientes com acidente
vascular cerebral em hospital secundário. Arq Neuropsiquiatr 2000; 58:4152.
14. ROWLAND, LP. Tratado de neurologia. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1997.
15. SMELTZER SC, Bare BG. Brunner & Suddarth/ Tratado de Enfermagem
médico-cirúrgica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. ok
16. YOUNG RR. Physiologic and pharmacologic approaches on spasticity. In
Scheimberg L, Shahani BT (eds). Neurologic rehabilitation. Philadelphia: Neurologic
Clinics, W.B. Saunders 1987;5:529-539.
27
7 – ANEXOS
ANEXO I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, ____________________________________________, portador do documento
de Identidade ____________________ fui informado (a) dos objetivos do estudo “-------------------------------------”, de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas.
Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha
decisão de participar se assim o desejar.
Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste
termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e
esclarecer as minhas dúvidas.
Cataguases, _________ de __________________________ de 2010.
Nome
Assinatura participante
Data
Nome
Assinatura pesquisador
Data
Nome
Assinatura testemunha
Data
Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo, você poderá
consultar o COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/SUDAMERICA
28
ANEXO II
PROTOCOLO
Segundo o protocolo proposto, paciente teve atendimento domiciliar no
período de 3 vezes por semana com duração de 50 minutos cada sessão. Sendo
realizado tecnicas de cinesioterapia e PNF, seguindo um protocolo de tratamento
como mobilização articular, alongamento de membros inferiores e superiores,
fortalecimento de tronco, membros superiores e membros inferiores, exercícios
diagonais,
exercício
de
rolamento,
dissociação
de
cinturas,
exercício
de
ponte,descarga de peso para membros inferiores, treino de marcha, treino
proprioceptivo, para cada exercícios foram realizadas 3 séries de 10 repetições.
29
ANEXO III
Escala de Avaliação do Equiíbrio – Índice de Tinetti
1. Equilíbrio sentado
Escorrega
0 ( )
Equlibrado
1 ( )
2.Levantando
Incapaz
0 ( )
Usa os braços
1 ( )
Sem os Braços
2 ( )
3. Tentativas de levantar
Incapaz
0 ( )
Mais de uma tentative
1 ( )
Única tentativa
2 ( )
4.Assim
que
levanta Desiquilibrado
0 ( )
(primeiros 5 segundos)
Estável, mas usa suporte
1 ( )
Estável sem suporte
2 ( )
5. Equilibrio em pé
Desequilibrado
0 ( )
Suporte
ou
base
de 1 ( )
sustentação > 12cm
Sem suporte e base estreita. 2 ( )
6. Testes dos três tempos
Começa a cair
0 ( )
Agarra ou balança(braços)
1 ( )
Equilibrado
2 ( )
7. Olhos fechados (mesma Desiquilíbro, instável
0 ( )
posição do item 6)
Equilbrado
1 ( )
8. Girando 360º
Passos descontínuos
0 ( )
Passos contínuos
1 ( )
Instável (desequilíbrios)
2 ( )
Estável (equilíbrios)
3 ( )
9. Sentado
Inseguro (erra a distância, 0 ( )
cai na cadeira)
Usa
os
braços
ou 1 ( )
movimentação abrupta
Seguro,
movimentação 2 ( )
suave
FONTE: FREITAS,EV et al. Tratado de Geriatria e Geriontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
pp.615,2002.
30
Escala de Avaliação da Marcha – Índice de Tinetti
10. Início da marcha
Hesitação ou várias tentativas para iniciar
Sem Hesitação
11.Simetria dos passos
12. Continuidade dos passos
13. Direção
14. Tronco
15. Distância dos tornozelos
Passos diferentes
Passos semelhantes
Paradas ou passos descontínuos
Passos contínuos
Desvio Nítido
Desvio leve ou moderado ou uso de apoio
Linha reta sem apoio (bengala ou andador)
Balanço grave ou uso de poio
Flexão dos joelhos ou dorso ou abertura dos
braços
Sem flexão, balanço, não usa os braços ou
apoio
Tornozelos separados
Tornozelos quase se tocam enquanto anda
0 (
)
1
0
1
0
1
0
1
(
(
(
(
(
(
(
)
)
)
)
)
)
)
2 (
)
0 (
1 (
)
)
2 (
)
0 (
1 (
)
)
FONTE: FREITAS,EV et al. Tratado de Geriatria e Geriontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
pp.615,2002.
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