ECOS DA USG
O jornal da Universidade Sénior de Gondomar
Umas Boas Festas!!!
ENTREVISTAS
EXCLUSIVAS
Com o Dr. Macedo,
o Dr. Alcídio, a Dra.
Eugénia, Professores,
alunos e funcionários
Entrevista ao Dr. Macedo, Presidente da USG
O Presidente da Universidade e da Junta conta como as duas Instituições preparam o Natal
CONCEIçÃO ÂNGELO, aluna de informática
entrevistou recentemente o Exmo. Sr. Dr.
José António da Silva Macedo, presidente
em exercício tanto da Junta de Freguesia de
Gondomar como da Universidade Sénior
de Gondomar. Como lhe é característica,
o presidente dispôs de toda a sua amabilidade e simpatia e abriu um pouco dos
seus costumes natalícios e falou um pouco
também sobre o que a junta pretende fazer
nesta quadra.
Conceição (C) – Quem é o Dr. José
António Silva Macedo?
Dr. Macedo (P) – Eu sou o Presidente da
Junto de Freguesia de Gondomar, como
disse e bem chamo-me José António da
Silva Macedo, sou uma pessoa que gosto
do trabalho que exerço na qualidade de
Presidente de Junta, naturalmente, vim
para Presidente de Junta porque entendi
que poderia ser uma mais valia para a
freguesia de Gondomar, que podia ajudar
os Gondomarenses e que lhes poderia
proporcionar muitas alegrias e felicidades
com as actividades que me propus e que já
Edição de Natal
N.º. 01
Dezembro 2008
Edição:
Turmas C e E
de Informática
consegui e outras que eventualmente irei
conseguir no futuro concerteza.
RECEITAS DE
NATAL
SÃO INÚMERAS AS TRADIÇÕES
GASTRONÓMICAS EM
PORTUGAL.
Apontamos aqui alguns exemplos daquilo
C – Como aparece ligado à freguesia de
S. Cosme e por consequência ao Concelho
de Gondomar?
P – É uma pergunta muito interessante.
Daria muito para falar mas uma vez que
estou limitado, tudo aconteceu da seguinte
forma. Eu estou a morar em S Cosme há
cerca de 33 anos, casei há 30 anos com uma
mulher de Gondomar e por isso vim parar a
Gondomar. Eu sou um transmontano natural de Vila Real. Sou inspector – jurista da
Segurança Social e porque Gondomar precisava de alguém com algum dinamismo
eu propus-me à candidatura de Presidente
de Junta e ganhei com a maioria absoluta,
de forma que estou muito satisfeito com o
que estou a fazer, embora não seja Gondomarense de gema, já me sinto gondomarense do coração.
» veja mais, pg. 2
que de melhor se faz nesta quadra natalícia
na gastronomia. Desde a doçaria ao prato
principal, ficamos já com “água na boca”.
» veja mais, pg. 1
TRADIÇÕES
NATALÍCIAS
AS ORIGENS DE ALGUMAS
DAS TRADIÇÕES NATALÍCIAS
ACTUALMENTE PRESENTES NAS
NOSSAS CASAS.
De onde veio o Pai Natal? E o Pinheiro de
Natal? Estas e outras questões respondidas
pelos nossos enviados especiais ao Pólo
Norte.
2 ECOS DA USG (edição de Natal)
Dezembro, 2008
Entrevista ao Dr. Macedo
Presidente da
Universidade Sénior de
Gondomar
e da Junta de Freguesia de S.
Cosme
Por Conceição Ângelo
Conceição (C) – Quem é o Dr. José
António Silva Macedo?
Dr. Macedo (P) – Eu sou o Presidente da
Junto de Freguesia de Gondomar, como
disse e bem chamo-me José António da
Silva Macedo, sou uma pessoa que gosto
do trabalho que exerço na qualidade de
Presidente de Junta, naturalmente, vim
para Presidente de Junta porque entendi
que poderia ser uma mais valia para a
freguesia de Gondomar, que podia ajudar
os Gondomarenses e que lhes poderia
proporcionar muitas alegrias e felicidades
com as actividades que me propus e que
já consegui e outras que eventualmente
irei conseguir no futuro concerteza.
C – Como aparece ligado à freguesia de
S. Cosme e por consequência ao Concelho
de Gondomar?
P – É uma pergunta muito interessante.
Daria muito para falar mas uma vez que
estou limitado, tudo aconteceu da seguinte
forma. Eu estou a morar em S. Cosme há
cerca de 33 anos, casei há 30 anos com
uma mulher de Gondomar e por isso vim
parar a Gondomar. Eu sou um transmontano natural de Vila Real. Sou inspector –
jurista da Segurança Social e porque Gondomar precisava de alguém com algum
dinamismo eu propus-me à candidatura
de Presidente de Junta e ganhei com a
maioria absoluta, de forma que estou
muito satisfeito com o que estou a fazer,
embora não seja Gondomarense de gema,
já me sinto gondomarense do coração.
C – Esta época traz uma nova vida às
freguesias, o que representa o Natal para
a freguesia de S. Cosme?
P – O Natal para a freguesia de S Cosme
representa muito naturalmente, muito
mesmo. Nós aqui na Junta de freguesia de
Gondomar o Natal é todos os dias e porquê,
porque nós todos dias ajudamos as pessoas, todos os dias nos preocupamos com
as pessoas, o nosso objectivo fundamental é ajudar as pessoas, principalmente as
mais carenciadas, naturalmente que temos
um plano de trabalho que abrange todo o
tipo de faixas etárias, sociais e portanto não
fazemos qualquer diferença. No entanto
preocupamo-nos em resolver os problemas
das pessoas que mais necessitam de nós
e exemplo disso é o Banco Alimentar que
nós implementamos na Junta de Freguesia
para dar apoio alimentar às pessoas, é o
Gabinete de Apoio Integrado, é o Gabinete de Psicologia para ajudar as crianças todos os dias que têm dificuldade na
aprendizagem nas Escolas que são cerca
de 55 crianças, é o Gabinete de Acção
Social que dá apoio aos idosos de forma a
eles terem uma vida melhor, é depois uma
parceria com a Santa Casa de Misericórdia
no sentido de ter crianças no regime de
ATL, é todo uma série de trabalho Social
que nós nos preocupamos diariamente
porque para nós o NATAL é todos os dias.
Naturalmente que nesta época natalícia
reforçamos mais este propósito e ajudamos mais famílias que eventualmente
estejam a necessitar de ajuda principalmente alimentar. Para além disto temos
ainda um refeitório social em que todos
os dias servimos cerca de 25 refeições
diárias a pessoas de extrema pobreza.
C – De que forma tenta inspirar as pessoas que consigo trabalham para serem
mais felizes e festejarem esta época?
P – Normalmente as pessoas que trabalham comigo estão motivadas todo o ano
e não é só nesta época que eu as motivo e
alerto para os problemas sociais da freguesia. Todos os meus colaboradores estão já
preparados para trabalhar todo o ano até
porque como sabe nós temos um certificado de qualidade o que significa que todos
eles têm compromissos, têm responsabilidades, têm autonomia e portanto podem
e devem trabalhar sempre com esse ânimo
porque são trabalhos executados dos quais
eu apenas sou o Supervisor de forma que
eu dando o meu exemplo de abdicação e
de dedicação de trabalho chega para que
realmente eles se sintam motivados para
fazer aquilo que devem fazer no dia a dia.
C – Quais as transformações internas
e externas que surgem na Junta e que
apelam ao Natal?
P – Todos têm as suas tarefas a executar
e portanto não há assim grandes mudanças; no entanto há reforço de algumas funções tais como preparar convites, eventos
culturais, desportivos e isso envolve mais
empenhamento quer ao nível de funcionários restritos aos eventos relacionados
com a Junta de Freguesia quer aqueles mais
relacionados com a Universidade Sénior
de Gondomar e digo isto pelo seguinte,
a U.S.G. já tem cerca de 300 alunos, cerca
de 40 professores e de maneira que isso
obriga de certo modo a um esforço maior
nesta época natalícia para que esse tipo
de trabalhos e actividades tal como a festa
de Natal e como o jantar de Natal quer ao
nível da freguesia, dos funcionários, dos
alunos e professores da U.S.G., naturalmente que isso requer de nós um maior
esforço. No entanto já estamos habituados
– “quem trabalha por gosto não cansa”.
C – Com tantas acções sociais que esta
Junta promove, o que fazem de “ESPECIAL”
para os mais desfavorecidos nesta época
de brilho e calor humano?
P – É uma pergunta muito bonita naturalmente e respondo da seguinte forma.
Como já disse o Natal é todos os dias e
além do que já foi referido anteriormente,
vamos incluir nesta época especial uma
refeição solidária a todas as pessoas de
extrema necessidade e carência alimentar incluindo os sem abrigo (infelizmente
temos alguns) além de outras pessoas
como os idosos e pessoas com dificuldades
financeiras que não têm possibilidade de
comer uma refeição digna, e desta forma
vamos fazer uma refeição de Natal especial no dia 18 de Dezembro e contamos
ter cerca de 100 pessoas nesta iniciativa.
C – Existe concerteza uma verba dedicada só às festividades natalícias, qual o
investimento mais importante que faz na
freguesia nesta época?
P – Não existe verba nenhuma destinada
a esta época (infelizmente) nem há rubricas
destinadas para as festas. O que nós apelamos a maioria das vezes é à comunidade
que seja solidária para connosco. É evidente que despendemos algumas verbas
do orçamento que temos mas essencialmente vamos buscar o dinheiro ao apoio
de várias empresas como Modelo, Continente, Mercearias, a pessoas mais ricas
da cidade que também nos ajudam, etc.
C – Que alterações significativas nota
que S. Cosme sofreu nos últimos anos a
cada Natal?
P – Sim, tenho notado que a minha
freguesia nos últimos anos tem sofrido
muitas alterações na altura do Natal. Há
cerca de 6 anos quando assumi a Presidência nós éramos cerca de 30 elementos e
neste momento já somos cerca de 90
ao todo. Temos melhorado a iluminação
exterior, com a participação de outras
entidades, fazemos todos um anos um
Presépio que tem vindo a melhorar cada
ano com a ajuda das donas de casa, que
teve como início na secretaria, depois passamos para o auditório e tal é a dimensão do mesmo, que neste momento já
passamos a faze-lo no terraço, todos os
anos tem vindo a aumentar. No que respeita às festas temos a participação de
vários coros que vêm cantar as Janeiras.
C – Sendo esta uma época de união
familiar, sente que as pessoas abandonam
a freguesia para irem para outros locais
viver o Natal?
P – Acho que não, as pessoas cada vez
mais estão enraizadas à nossa freguesia e
não se ausentam, principalmente quando
a Câmara começou a fazer as festas
natalícias, as pessoas sentiram-se mais
felizes e apoiadas com estas iniciativas.
C – Existem doces ou receitas tradicionais provenientes desta localidade que se
tenham proliferado pelo resto do país, ou
que mantenham o segredo e continuem
aqui na sua origem?
P – Sim, algumas têm passado para
além da nossa freguesia mas a maior
parte mantém-se cá, não pelo segredo
mas pela característica da própria freguesia como por exemplo o bolo de noz.
Recentemente fizemos um concurso do
qual eu fiz parte do Júri e apreciamos
cerca de 20 bolos diferentes, mas todos
eles com o produto mais usado em Gondomar que é a “noz” o que se tornou uma
forma de atracção para as pessoas que
visitam Gondomar (Festas das Nozes).
C – Como costuma passar o seu Natal?
P – O meu Natal é passado como habitualmente em FAMILIA embora para mim
o Natal começa praticamente a partir do
dia 15, pois a partir deste dia começo
a festejar com mais carenciados, com
colectividades, com amigos, com colegas
profissionais e de uma forma geral com
quem solicita a minha presença. A minha
maior alegria é ver as pessoas felizes principalmente nesta quadra que é o NATAL.
Em nome do JORNAL NATALÍCIO DA
U.S.G. agradeço toda a disponibilidade e
tudo o que tem feito pela nossa comunidade.
entrevista ao Dr. AlcÍdio
J.C.A. – O que é para si o Natal?
Dr. Alcídio – É o momento de partilha de
emoções e afectos, onde a solidariedade e
amor pelo próximo devem reinar.
J.C.A. – Gosta da Festa do Natal?
Dr. Alcídio – Sim, porque é um dia de
encontros e reencontros.
Coordenador da U.S.G.
Por Júlio C. Alves
J. C. A. – Como costuma passar o seu
Natal?
Dr. Alcídio – Normalmente costumo
passar o Natal na casa dos familiares e
amigos.
J. C. A. – Acha que a mensagem de Natal
é dirigida aos mais pequenos, ou de um
modo geral a todos nós?
Dr. Alcídio – A mensagem de Natal e seu
empenho, deve de ser dirigidas a todas
aquelas pessoas que buscam a Paz, o Amor
e a Compaixão.
J. C. A.– Tem como tradição comer batatas com bacalhau no Natal?
Dr. Alcídio – Sim.
J. C. A. – E “Farrapo Velho”
Dr. Alcídio – Também.
J. C. A. – Também gosta de receber prendas no Natal?
Dr. Alcídio – Gosto de dar e receber.
J. C. A. – Qual é que gostava mais de receber no Natal deste ano?
Dr. Alcídio – Uma viagem à volta do
mundo !!!
J. C. A. – Como mensagem, o que deseja
para os Professores e Alunos da U. S. G.
neste Natal de 2008?
Dr. Alcídio – Desejo a todos um Santo e
Feliz Natal para as suas respectivas Famí-
lias, e que continuem a presentear-nos
com a sua boa disposição, concretamente
Companheirismo e Devoção.
J.C.A. – Muito obrigado pela sua disponibilidade, e eu como aluno da U. S.
G., desejo ao nosso Presidente Dr. José
António Macedo, ao seu Coordenador Dr.
Alcídio, à sua Assistente Dr.ª Eugénia e a
todos os Colaboradores que fazem parte
do Corpo desta Universidade Sénior, não
esquecendo nossos Professores e Colegas, votos sinceros de um SANTO e FELIZ
NATAL
«O HOMEM DAS BARBAS BRANCAS»
A Verdadeira história do
Pai Natal
Por Orlando Fonseca
Segundo os relatos históricos, São Nicolau, também conhecido por Santa Claus,
nome que deriva de Santus Nicolaus, terá
sido Bispo de Mira, em Dembre, na actual
Turquia. Nasceu em Lycia, no sudoeste da
Ásia Menor, entre o século III e IV. Os relatos
apontam os anos 270 (século III) ou 350
(século IV). A disparidade de datas é frequente quando falamos de relatos muito
antigos referentes a pessoas célebres na
sua época. Nicolau fez viagens para o
Egipto e Palestina onde se formou bispo.
A data da sua morte também não é
certa. Há relatos que apontam a sua morte
para o ano 342 o que torna impossível o
seu nascimento em 350. Nessa altura era
um homem muito respeitado em todo o
mundo cristão. Foi sepultado durante o
século VI num santuário e no local surgiu
uma nascente de água. Já no século XI,
em 1087, os restos mortais e relíquias de
Nicolau foram transladados para Bari na
Itália e então passou a ser conhecido como
São Nicolau de Bari. Rapidamente o local se
transformou num centro de peregrinação
e a ele se associaram muitos milagres relacionados com a oferta de presentes. A sua
popularidade aumentou e o santo viu-se
transformado em símbolo, estando directamente relacionado com o nascimento
de Jesus Cristo, já que os princípios de dar
sem pedir em troca são também máximas
de Cristo.
Ficou também como um dos santos mais
populares da história da cristandade, sendo
o protector não só dos mais pequenos, mas
também marinheiros, escravos, pobres e
presos se dizem protegidos pelo santo,
isto porque São Nicolau esteve preso no
reinado de Diocleciano, durante a perseguição aos cristãos, ficando encarcerado
por muito tempo. Mas mais tarde Constantino, O Grande ordenou a libertação
de vários presos religiosos entre os quais
se encontrava Nicolau.
A sua fama vem-lhe da sua generosidade
com os mais desfavorecidos, em particular
crianças que protegia com toda a dedicação. As lendas e histórias que se associam
à vida deste homem são muitas, mas todas
se prendem com a sua bondade e protecção dos mais desprotegidos. Assim, há uma
lenda que diz que Nicolau ressuscitou três
crianças, convertendo-as em fiéis dedicados e seguidores. Outra ainda refere que o
pai de Nicolau era senhor de grande fortuna, que lhe deixou em herança, na altura da
sua morte. Assim o santo pode continuar
a ajudar as pessoas. Conta a lenda que
Nicolau ajudou uma família sua vizinha
que vivia tempos de necessidade. Quando
uma das filhas resolveu casar, o seu pai
sem dinheiro chorava o dia inteiro pois não
tinha meios para dar um casamento digno
à sua filha. Assim São Nicolau encheu uma
bolsa de moedas de ouro e, de noite, sem
ser visto, depositou-a na janela do vizinho.
A jovem casou com um belo dote e ficaram todos felizes. Um pouco mais tarde a
história repetiu-se a com a segunda filha
do vizinho. Mas, desconfiado, o vizinho de
Nicolau, quando se preparava para casar a
terceira filha, escondeu-se durante a noite,
próximo da dita janela e descobriu o seu
protector. Espalhou-se a notícia aos pobres
e crianças.
Mas esta lenda apresenta outra versão
que diz que São Nicolau salvou três jovens
da prostituição, filhas de um homem pobre.
Encheu uma bolsa de ouro e atirou-a pela
Dezembro, 2008 (edição de Natal)
janela da casa vizinha, acabando com os
problemas económicos da família e dando
a cada jovem a possibilidade de casar dignamente, com um dote apropriado.
Assim, com o passar dos anos e com as
ajudas que dava a todos os que o rodeavam, principalmente crianças sem protecção e abandonadas, São Nicolau ficou
para a história como um homem bom e
generoso. Nuns locais dizia-se que se deslocava num trenó puxado por oito renas,
noutros a figura do velhinho de longas
barbas brancas aparecia num burrinho,
trazendo um saco cheio de presentes. Mais
tarde a lenda e as palavras do povo acreditavam que este santo homem descia pelas
chaminés das casas, de noite, para deixar
os seus presentes, nas meias e sapatinhos
das crianças (principalmente na Suécia e
Noruega). A sua figura viveu até aos nossos
dias, por diversas razões, como o Pai Natal,
símbolo de dádiva, amor e fraternidade,
que também caracteriza o Natal Cristão.
VIVER...
ECOS DA USG 3
Não é triste mudar de ideias; triste é não
ter ideias para mudar.
A vida é uma oportunidade,
aproveita-a.
A vida é beleza, admira-a.
A vida é beatificação, saborei-a.
A vida é sonho, torna-o realidade.
A vida é um desafio, enfrenta-o.
A vida é um dever, cumpre-o.
A vida é um jogo, joga-o.
A vida é preciosa, cuida-a.
A vida é riqueza, conserva-a.
A vida é amor, goza-a.
A vida é um mistério, desvela-o.
A vida é promessa, cumpre-a.
A vida é tristeza, supera-a.
A vida é um hino, canta-o.
A vida é um combate, aceita-o.
A vida é tragédia, domina-a.
A vida é aventura, afronta-a.
A vida é felicidade, merece-a.
A vida é a VIDA, defende-a.
Tudo isto é viver NATAL.
entrevista À DrA. EUGÉNIA cRISTINA
Por Maria Filomena Alves
Entrevistador - Como é que define o
Natal?
Geninha - reunião e convívio com a família a comemorar o Nascimento de Jesus.
Serviços Administrativos da
U.S.G.
Entrevistador - Há diferença do Natal do
tempo de seus Pais para o actual?
Geninha - Não, porque mantenho o
mesmo ambiente de união familiar e confraternizamos, fazendo jogos natalícios
em família (jogos da piasca, loto, cartas a
pinhões etc.)
Entrevistador - Quais as histórias reais
que acompanhou durante a sua infância
da época de Natal?
Geninha - Da história que eu ansiava ver
sempre na televisão era o Nascimento de
Jesus nas histórias infantis que nesta época
passavam nos média.
Entrevistador - Normalmente no que
consiste a vossa noite da consoada?
Geninha - Em primeiro lugar o jantar
tradicional que é prato de bacalhau com
batatas, depois colocamos a mesa dos
bolos onde ficamos sentados a fazer os
jogos tradicionais e conversar em família
e após tudo isto vamos em família à tradicional Missa do Galo onde esta missa é
bastante marcante em todos os sentidos.
Após o regresso a casa abrimos as prendinhas tradicionais, onde é uma alegria ver
os meus priminhos com idades compreendidas entre os 2 e 7 anos analisar o que o
Pai Natal lhes atribuiu.
Obrigada e boas festas
Nascimento de Jesus Cristo
Aspectos históricos
De acordo com o almanaque romano, a
festa já era celebrada em Roma no ano 336
d.C.. Na parte Oriental do Império Romano,
comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais
passaram a adotar o dia 25 de dezembro
para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa “manifestação”). Nesse
dia comemora-se a visita dos Magos.
Segundo estudos, a data de 25 de
dezembro não é a data real do nascimento
de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários
povos celebravam por altura do solstício
de Inverno.
Portanto, segundo certos eruditos, o dia
25 de dezembro foi adotado para que a
data coincidisse com a festividade romana
dedicada ao “nascimento do deus sol
invencível”, que comemorava o solstício do
Inverno. No mundo romano, a Saturnália,
festividade em honra ao deus Saturno, era
comemorada de 17 a 22 de dezembro; era
um período de alegria e troca de presentes.
O dia 25 de dezembro era tido também
como o do nascimento do misterioso deus
persa Mitra, o Sol da Virtude.
Assim, em vez de proibir as festividades
pagãs, forneceu-lhes um novo significado,
e uma linguagem cristã. As alusões dos
padres da igreja ao simbolismo de Cristo
como “o sol de justiça” (Malaquias 4:2) e a
“luz do mundo” (João 8:12) revelam a fé da
Igreja n’Aquele que é Deus feito homem
para nossa salvação.
As evidências confirmam que, num
esforço de converter pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa que era celebrada
pelos romanos, o “nascimento do deus sol
invencível” (Natalis Invistis Solis), e tentaram fazê-la parecer “cristã”. Para certas correntes místicas como o Gnosticismo, a data
é perfeitamente adequada para simbolizar
o Natal, por considerarem que o sol é a
morada do Cristo Cósmico. Segundo esse
princípio, em tese, o Natal do hemisfério
sul deveria ser celebrado em junho.
Há muito tempo se sabe que o Natal
tem raízes pagãs. Por causa de sua origem
não-bíblica, no século 17 essa festividade
foi proibida na Inglaterra e em algumas
colônias americanas. Quem ficasse em casa
e não fosse trabalhar no dia de Natal era
multado. Mas os velhos costumes logo voltaram, e alguns novos foram acrescentados. O Natal voltou a ser um grande feriado
religioso, e ainda é em muitos países.
4 ECOS DA USG (edição de Natal)
Dezembro, 2008
POEMAS DE NATAL
Repicam os Sinos com Fervor
UM NOVO NATAL
Repicam sinos, com fervor, nos campanários,
alvoroçados com notícia que os seduz;
gritam aos povos e aos recantos solitários:
Nasceu Jesus! Nasceu Jesus! Nasceu Jesus!
A boa nova vem dos magos legendários,
aqui trazidos pela estrela que conduz:
bichos, pastores, anjos, todos solidários,
reverenciam o pequenino rei da LUZ!
Menino Deus que se fez homem por bondade,
doou-se a nós, livrando-nos de todo o mal,
e ensinou-nos que a maior felicidade
é ser fraterno, amando a todos por igual.
Enquanto houver alguém que viva essa verdade,
ao relembrar o nascimento divinal,
a voz dos sinos se ouvirá na Eternidade:
Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal!
Um anjo imaginado,
Um anjo dialéctico, actual,
Ergueu a mão e disse: - É noite de Natal,
Paz à imaginação!
E todo o ritual
Que antecede o milagre habitual
Perdeu a exaltação.
Em vez de excelsos hinos de confiança
No mistério divino,
E de mirra, e de incenso e oiro
Derramados
No presépio vazio,
Duas perguntas brancas, regeladas
Como a neve que cai,
E breves como o vento
Que entra por uma fresta, quezilento,
Redemoinha e sai:
À volta da lareira
Quantas almas se aquecem
Fraternalmente?
Quantas desejam que o Menino venha
Ouvir humanamente
O lancinante crepitar da lenha?
Menino dormindo…
Silêncio profundo.
Bem vindo, bem vindo,
Salvador do Mundo!
Noite. Noite fria.
Mas que linda que é!
De um lado Maria
Do outro José.
Um anjo descerra
A ponta do véu…
E cai sobre a Terra
A imagem do Céu!
(P.H. Melo)
ÁRVORE
Amigo é Natal!...
Queres ir a Belém?
O caminho é longo,
A estrada bem má.
Passa por casebres
Sem luz e sem pão,
Por doentes e presos
Velhos desprezados,
Crianças sozinhas
Sem lar, sem amor
Crianças marcadas
Por fomes, por guerras.
Não vais só, amigo,
Por esse caminho
Caminho de esperança
E também de verdade
De alegria e amor
DE justiça e paz.
Atravessa o mundo
Em fraternidade,
Pois Belém é hoje
Toda a humanidade…
Se tu queres, amigo,
Abre o coração
Gesto fraternal
E em cada dia
Farás aparecer
Um novo Natal.
HISTÓRIA ANTIGA
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Um cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não te coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela aldeia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer ser Deus;
E meter no inferno o tal das traças,
Só porque ele não gostava de crianças.
(M. Torga)
A sua história
Segundo a história mais aceitável, a
árvore de natal teria surgido na Alemanha
na Idade Média.
Um certo dia, o célebre Martinho Lutero,
o criador das 95 teses, estaria andando por
uma floresta de pinheiros. Ao reparar no
céu loteado de estrelas ficou fascinado com
sua beleza e com a lembrança de que Deus
disse a Abraão que sua descendência seria
tanta quanto as estrelas existentes no céu.
A descendência é simbolizada por frutos
de uma árvore. Deus plantou uma árvore,
no jardim do Éden, chamada “árvore da
Vida”, que representa Jesus e seus frutos, os
gerados de Cristo. O facto de apresentá-la
no final de Dezembro e início de Janeiro é
para lembrar o “Ano Domini” qual Jesus foi
o marco zero.
ALMOÇO DE
NATAL
Testemunho de Conceição
Ângelo
OLÁ LEITORES!...
Aqui estamos nós no “Almoço de Natal”
da Universidade Sénior de Gondomar
aliás
como já vem sendo habitual.
Já alguns anos a esta parte que se realiza
este maravilhoso evento, que por sinal tem
servido para a família da U.S.G. se unir e
confraternizar esta época de alegria, bondade, carinho e amor que é o Natal.
O convívio que aqui se viveu no dia
12/12/08, foi excepcional.
Tivemos uma óptima refeição, um
ambiente espectacular com música para
animar e para não esquecer a dança. Há!!!!
e o karaoke para que algumas pessoas mostrassem o seu talento.
Foi muito divertido; É para se repetir mais
vezes.
Obrigado aos elementos responsáveis da
U.S.G., obrigada aos professores e também
aos alunos “colegas” que todos juntos tornamos isto possível.
UM SANTO E FELIZ NATAL E UM BOM
ANO PARA TODOS.
entrevista À PROFª. IVONE
Profª de Expressão Fisica e
Motora
Por Conceição Ângelo
P.- O que lhe transmite a época natalícia?
R.- A época natalícia primeiro vida nova,
há bem pouco tempo fui avó pela segunda vez e o Natal significa nascimento, isto
de uma forma mais global é o nascimento
do grande menino, o menino da paz, do
redentor, do Rei dos Reis e do Senhor dos
Senhores é o tempo de Jesus Cristo.
P.- Esta quadra natalícia dá-lhe ideias
para novos projectos?
R.- Novos projectos para a minha vida
particular, dá ser uma avó mais uma vez
disponível, poder olhar todos os netos
do meu País e do Mundo inteiro de uma
maneira completamente diferente, ainda
melhor , todas as crianças são meus netos...
todas mesmo. E gostaria que este Natal
específico fosse um Natal feliz para toda
a gente e que todos se sintam o melhor
possível.
P.- Como vê o Natal dos mais desfavorecidos?
R.- Provavelmente com alguma tristeza,
com grandes dificuldades, com alguma
derrota, com desesperança; no entanto
gostaria de naquilo que me diz respeito
dizer-lhes que a esperança é a última a
morrer e o Natal que é a vida seja para os
mais desfavorecidos um tempo de esperança.
P.- Qual a motivação para com os seus os
seus alunos da Universidade Sénior?
R.- Eu sou mais do que motivada, eu
sou apaixonada desde o primeiro instante pelos alunos da U.S.G.,acho que foi o
empreendimento natalício mais importante que Gondomar teve. Olhou para os
reformados, os mais disponíveis, etc...da
maneira mais digna, não nos pôs sentados
a fazer croché, foi o espaço mais maravilhoso, foi o melhor presente de Natal que
Gondomar pôde ter já a alguns anos a esta
parte, este já é o terceiro. Bem hajam todos
aqueles que fizeram Nascer a Universidade
Sénior de Gondomar.
P.- Sente que os seus alunos estão motivados em relação aos projectos natalícios?
R.- Penso que sim! Há movimentos, uns
vão ao almoço, outros fazem actividades
diversas, outros empenham-se na festa de
Natal que está a chegar, acho que toda
a gente está entusiasmada com o natal
e aqueles que não estão passam a estar,
quanto mais não seja pelos colegas e professores.
P.- O que faz no Natal?
R.- De uma maneira geral passo em casa
reunida com toda a família.
P.- Qual a mensagem de Natal que gostaria de transmitir para o Mundo?
R.- Ora bem: Eu fui convidada há dois
anos a esta parte para escrever uma história a qual intitulei de “O Príncipe da Paz”
e vou lê-la nesta casa no dia 5/DEZ/08.,
portanto a minha mensagem é a “PAZ” para
o Mundo.
Dezembro, 2008 (edição de Natal)
UM CONTO DE NATAL
Era véspera de Natal. Um vento cortante fazia com que os últimos transeuntes se apressassem para recolherem ao conforto de suas casas. A maioria, certamente, desfrutaria de
uma ceia mais farta e da companhia de familiares ou amigos. Através das janelas das casas
podia adivinhar-se uma alegre azáfama e chegava-nos o cheiro adocicado das variadas
receitas confeccionadas nesta época.
Numa rua quase deserta, Maria caminhava a custo tentando chegar à estação de metro
mais próxima. Estava grávida e o médico recomendara-lhe muito descanso, sobretudo
agora que a barriga tinha crescido imenso. Faltavam ainda algumas semanas para a data
prevista para o nascimento do seu filho. Nessa altura, estava a planear regressar à sua
aldeia, no interior do país e, nos primeiros dias após o parto, contar com ajuda da sua
mãe. Estava empregada numa confeitaria e, apesar de desde manhã se sentir um pouco
indisposta, com uma dorzita no baixo-ventre, decidira ir trabalhar. O negócio estava mau
e ainda não sabia se o patrão lhe iria pagar o subsídio de Natal, com o qual iria ainda
comprar algumas peças que lhe faltavam no enxoval do seu filho.
Continuou a caminhar com algum custo, mas a dor começou a fazer-se sentir com mais
intensidade. De vez em quando, parava e tentava respirar, de acordo com as sugestões
que aprendera num manual de preparação para o parto.
A entrada do metro estava perto, por isso, apesar das dificuldades desceu as escadas
lentamente, enquanto se apoiava no corrimão. No final da escadaria, uma dor mais forte
fez com que se aninhasse. Alguém se acercou dela. Viu uns sapatos gastos e umas calças
velhas. Olhou para cima e viu um homem vestido com roupas que não correspondiam
ao seu tamanho, os cabelos desalinhados e a barba comprida. Não sabia ao certo se seria
ECOS DA USG 5
novo ou velho mas, no seu olhar surpreendido, sobressaíam uns grandes olhos castanhos
que irradiavam uma grande doçura.
O homem abaixou-se junto dela e perguntou-lhe se precisava de ajuda. Ela respondeu
-lhe que achava que o seu filho ia nascer. Mal acabou de falar começou a sentir contracções
e dores cada vez mais fortes. De repente sentiu que não podia esperar mais. O homem
correu e, rapidamente, voltou com um pequeno colchão e um cobertor. Maria só teve
tempo de se deitar. Sentiu que a sua carne se rasgava e o seu filho vinha a caminho.
Passaram alguns minutos. O homem apertava as mãos de Maria enquanto esta fazia
força. Logo de seguida uma pequena massa de carne ensanguentada surgiu estendida
sobre o cobertor. O homem pegou no pequeno ser e depositou-o sobre a barriga da mãe
que olhava enlevada, para o seu filho recém-nascido. Entretanto, pôs-se rapidamente em
pé e correu para uma cabina telefónica que se encontrava próximo e ligou para o 112.
Quando voltou encontrou Maria com o seu filho nos braços embrulhado no cobertor.
Sentou-se no chão a seu lado e ficou, também, a olhar a criança com um olhar enternecido.
A noite tinha caído e, no azul-escuro do céu, começava a destacar-se uma estrela muito
brilhante. Quando os paramédicos chegaram, depararam com uma cena enternecedora:
o sem-abrigo, a mãe e a criança, iluminados pela estrela que brilhava intensamente,
representavam o verdadeiro presépio. Por isso, durante alguns instantes, também eles
ajoelharam e adoraram o Menino.
“ O Espírito do Natal “
Deixa-me ver se o espírito do Natal já está na tua casa. Não, não quero ver a árvore
iluminada na sala, nem quero saber quanto já gastaste em presentes.
doentes, na mão que apoia o deficiente visual na travessia das ruas, no ombro amigo que
se oferece para quem anda meio triste, perdido.
Quero sim, sentir no ambiente a mensagem viva do aniversariante desse Dezembro
mágico.
Quero ver o espírito do Natal invadindo as ruas, respeitando os animais, a natureza que
implora por cuidados tão simples, como não deitar o papel no chão, nem o lixo nos rios.
Toda a família está unida?
O perdão já eliminou aquelas desavenças que ocorrem no calor das nossas vidas?
Não quero ver a tua despensa cheia, quero saber se tu conseguiste doar alguma coisa
do que te sobejou para quem tem tão pouco, às vezes nada.
Não exibas os presentes que já compraste, mesmo com sacrifício.
Quero ver aí dentro de ti a preocupação com aqueles que esperam tão pouco, uma
visita, um telefonema, uma carta, um email.
Quero ver o espírito do Natal entre pais que descobrem tempo para os filhos, em amigos
que se reencontram e podem parar para conversar, no respeito do telemóvel desligado
no teatro, na gentileza de quem oferece o banco para o mais idoso, na paciência com os
Não quero ver o Natal nas montras enfeitadas, no convite ao consumo, mas no enfeite
que a bondade faz no rosto das pessoas generosas.
Por fim, mostra-me que o espírito do Natal entrou definitivamente na tua vida, através
de um abraço fraterno, da oração sentida, do prazer de andar sem drogas, nem bebidas,
do riso franco, do desejo sincero de ser feliz e de tão feliz, não resistir ao desejo de fazer
outras pessoas, também felizes.
Deixa o Natal invadir a tua alma entre os perfumes da cozinha que se vai encher de
comidas deliciosas, no cheiro da roupa nova que todos vão exibir.
Abraça a tua família e façam alguns minutos de silêncio, que será como uma oração do
coração, que vai subir aos céus, e retornar com um presente eterno e duradouro:
O suave perfume do Senhor, perfume de Paz, Amor, Harmonia e a eterna Esperança de
que um dia, todos os dias serão como os dias de Natal.
Um FELIZ NATAL com muita HARMONIA
Um nascimento a ser lembrado
A experiência de “nuestros hermanos”
‘Hoje vos nasceu o Salvador, que é Cristo o Senhor.’ — Lucas 2:11
HÁ UNS 2 mil anos, uma mulher na cidade de Belém deu à luz um menino. Poucas pessoas que moravam naquela cidade sabiam do significado desse nascimento. Mas alguns
pastores, que passavam a noite com seus rebanhos no campo, viram uma multidão de
anjos e os ouviram cantar: “Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens
de boa vontade.” — Lucas 2:8-14.
Os pastores encontraram então Maria e seu marido, José, num estábulo, assim como
os anjos haviam indicado que encontrariam. Maria, que deu ao menino o nome Jesus,
o havia deitado numa manjedoura. (Lucas 1:31; 2:12) Hoje, passados 2 mil anos, cerca
de um terço de toda a humanidade diz que segue a Jesus Cristo. E os acontecimentos
relacionados com o seu nascimento são a base de uma história que provavelmente já foi
contada mais vezes do que qualquer outra na história humana.
A Espanha, país com forte tradição católica e talento para realizar festas religiosas
tradicionais, desenvolveu muitas maneiras de comemorar aquela noite especial que se
passou em Belém.
Desde o século 13, a cena da natividade tem sido um dos aspectos mais conhecidos
das celebrações espanholas. Muitas famílias fazem uma pequena representação da
manjedoura em que Jesus foi deitado. Figuras de argila retratam os pastores, os magos
(ou “três reis”), José, Maria e Jesus. Muitas vezes, durante o período do Natal, se colocam
grandes presépios perto das prefeituras, com figuras de tamanho quase natural. Parece
que Francisco de Assis iniciou esse costume na Itália, a fim de chamar a atenção das pesso-
as para o relato evangélico do nascimento de Jesus. Monges franciscanos popularizaram
isso mais tarde na Espanha e em muitos outros países.
Na Espanha, os magos desempenham um papel importante nas celebrações de Natal,
assim como se dá com o Papai Noel em outros países. Os magos supostamente dão presentes às crianças espanholas em 6 de janeiro, Dia de Reyes (Dia dos Reis), assim como
os magos, segundo a crença popular, trouxeram presentes para o recém-nascido Jesus.
No entanto, poucos percebem que o relato evangélico não diz quantos magos visitaram
Jesus. Na realidade eles não eram reis, mas sim astrólogos.* Além disso, após a visita dos
magos, Herodes, na tentativa de assassinar Jesus, mandou matar todos os meninos “de
dois anos de idade para baixo” que havia em Belém. Isso dá a entender que a visita dos
magos foi bem depois do nascimento de Jesus. — Mateus 2:11, 16.
Desde o século 12, algumas cidades da Espanha têm feito representações teatrais do
nascimento de Jesus, inclusive da visita dos pastores a Belém e posteriormente a dos
magos. Atualmente, a maioria dessas cidades realizam a cada 5 de janeiro uma cabalgada,
ou parada, na qual os “três reis” desfilam pelo centro da cidade em carros bem enfeitados e
distribuem balas para os espectadores. As decorações tradicionais de Natal e os villancicos
(canções natalinas) servem para animar a festividade.
A maioria das famílias espanholas gosta de ter um jantar especial na véspera do Natal
(24 de dezembro). A refeição tradicional inclui itens tais como turrón (doces feitos de
amêndoas e mel), marzipã, frutas secas, cordeiro assado e frutos do mar. Os membros
da família, mesmo os que moram longe, fazem um esforço especial para se reunir nessa
ocasião. Em outra refeição tradicional, no dia 6 de janeiro, a família come um roscón de
reyes, um bolo dos “Reis”, em forma de anel, que tem uma “sorpresa” (pequena surpresa)
escondida dentro. Havia um costume similar nos tempos romanos: o escravo que encontrasse o item escondido na sua porção de bolo podia ser “rei” por um dia.
6 ECOS DA USG (edição de Natal)
Dezembro, 2008
GASTRONOMIA NATALÍCIA
Filhós de Abóbora
Ingredientes:
• 1 kg de abóbora-menina
• 1,25 kg de farinha de trigo
• 50 gr de fermento de padeiro
• 1 cálice de aguardente
• Azeite (q.b.) para fritar
• Canela (q.b.)
• Açúcar (q.b.)
Preparação:
Descasque a abóbora, retire-lhe as
sementes e corte-a em cubos regulares.
Coloque a abóbora a cozer. Quando esta
estiver cozida, retire-a da água, escorra-a
muito bem e deixe-a arrefecer ligeiramente.
Misture-a com a farinha num alguidar e
amasse tudo muito bem em conjunto.
Dilua o fermento num pouco de água da
cozedura da abóbora. Junte o fermento
diluído e a aguardente à massa, trabalhando-a muito bem. Depois de bem amassada,
deixe levedar dentro do alguidar, tapada
com um cobertor de lã em local morno
e sem correntes de ar. Quando a massa
estiver bem lêveda, coloque ao lume uma
frigideira com azeite, o qual deve ficar bem
quente, e comece a fritar, deitando a massa
com a ajuda de duas colheres. Depois de
fritas, passe as filhós por uma mistura de
canela e açucar.
Aletria
Ingredientes:
Para 4 pessoas
* 100 g de aletria ;
* 4 dl de leite ;
* 150 g de açúcar ;
* 50 g de manteiga ;
* 3 gemas ;
* casca de limão ;
* canela
Confecção:
Coze-se a aletria em água durante 5
minutos e escorre-se.
Em seguida, leva-se o leite ao lume juntamente com a casca de limão, o açúcar e
a aletria e deixa-se cozer.
Depois de a aletria estar cozida, junta-se
a manteiga e, fora do lume, misturam-se as
gemas previamente batidas.
Leva-se ao lume apenas para que as
gemas cozam ligeiramente.
Serve-se a aletria polvilhada com
canela.
Bacalhau da Consoada
Ingredientes:
• posta(s) de bacalhau
• couve portuguesa
• ovos
• batata(s)
• azeite
• dente(s) de alho
• vinagre
Preparação:
1. Cozem-se postas altas de bacalhau,
bem demolhadas, juntamente com a
couve portuguesa.
2. À parte, cozem-se batatas com pele e
um ovo por pessoa.
3. Na altura de servir, descascam-se os
ovos e pelam-se as batatas.
4. Preparação do molho: leva-se ao lume
uma porção de azeite (0,5 dl por pessoa)
com alguns dentes de alho abertos ao
meio. Quando levantar fervura, retira-se
do lume e junta-se um pouco de vinagre.
Serve-se numa molheira.
Nota:Também se pode regar as filhós
com mel, depois de fritas, em vez de as
envolver na mistura de canela e açucar.
Tronco de Natal
Ingredientes:
* 10 ovos
* 5 gemas
* 300 grs de açúcar
* 250 grs de farinha
* sal q.b.
Rabanadas do Convento
Ingredientes:
• 1 cacete com 2 dias;
• 1 kg de açúcar;
• 1 pau de canela;
• 2 tiras de casca de limão;
• 1 colher de sopa de manteiga;
• 1 colher de sopa de mel;
• Sal;
• 12 gemas;
• 2 cálices de vinho do Porto.
Preparação:
Corta-se o pão em fatias com um dedo
de espessura. Com 300 gr de açúcar, 2 dl de
água, o pau de canela, as cascas de limão, a
manteiga, o mel e uma pitada de sal, faz-se
uma calda pouco espessa, a que se junta,
fora do lume, 1 cálice de vinho do Porto.
Deixa-se arrefecer. Entretanto, batem-se
as gemas num prato apenas para as ligar.
Numa frigideira pequena, cujo tamanho
deve ser ligeiramente maior do que as
fatias de pão depois de demolhadas, levase o restante açúcar ao lume com água e
deixa-se ferver até se obter um ponto fraco
(102 ºC no máximo). Passam-se as fatias de
pão pela a calda, depois pelas as gemas e
introduzem-se na calda que está a ferver,
como quem frita. Cada rabanada é assim
frita em calda de açúcar e uma de cada vez.
À medida que vão fritando, colocam-se as
rabanadas em travessas fundas ou taças.
Estando todas as rabanadas fritas, regamse com a calda da fritura, a que se juntou 1
cálice de vinho do Porto. A calda apresenta
farrapos de ovos.
Confecção:
Bater os ovos e gemas com o açúcar até
triplicarem de volume, juntar a farinha,
mexer só o necessário para envolver a
farinha.
Cozer em tabuleiro untado e forrado com
papel vegetal à temperatura de +-220º.
Receita para o Recheio e Cobertura:
* 5 claras de ovos
* 150 grs de açúcar em pó
* 150 grs de margarina
* 75 grs de cacau
Bater as claras com o açúcar até triplicarem de volume, junte a margarina aos
pedaços e volte a bater até a margarina
estar bem misturada, dissolva o cacau em
+- 1 dl de óleo morno e misture bem.
Enrole a torta recheada com o creme
de chocolate, corte as pontas da torta e
coloque-as de lado na torta de maneira
que fique com aspecto de tronco de árvore
cortado, barre na totalidade o tronco com
o creme de chocolate e cubra-o com raspas
de chocolate e polvilhe com açúcar em
pó.
Nota: Para fazer as raspas de chocolate,
raspe com uma faca uma tablete de chocolate muito ligeiramente aquecida (friccione
um pouco com a mão).
Roupa Velha
Ingredientes:
* 2 postas de bacalhau cozidas
* Couves cozidas
* 1 kg de batatas cozidas
* 1 dl de azeite
* 2 dentes de alho
* 4 ovos
* Sal e pimenta q.b.
Confecção:
Limpe o bacalhau de peles e espinhas
e lasque-o.
Corte as couves e as batatas em pedaços.
Leve ao lume o azeite com os alhos picados e, assim que estes alourarem, junte
o bacalhau, a batata e a couve.
Deixe fritar um pouco, mexendo bem.
Junte os ovos previamente batidos e
mexa até ficarem passados a gosto.
Sirva quente.
Nota: Este é um prato especialmente
usado para aproveitar restos de bacalhau cozido.
Perú Recheado
Ingredientes:
• 1 peru pequeno;
• 2 limões;
• 3 colheres de sopa de manteiga;
• 50 gr de toucinho;
• 250 gr de carne de porco;
• 250 gr de fígado de vitela;
• 50 gr de pinhões;
• 100 gr de miolo de pão;
• 50 gr de azeitonas;
• 2 ovos;
• 1 colher de sopa de salsa picada;
• 1/2 dl de aguardente;
• leite;
• 1 cebola pequena;
• 1 dente de alho;
• sal, pimenta e noz moscada;
• vinho branco.
Preparação:
Prepare o peru e ponha-o de molho em
água fria com os limões em rodelas, de
um dia para o outro.
No dia seguinte, enxugue o peru e
recheie-lhe o papo com o seguinte
picado: pique a carne de porco, o fígado
do peru e o de vitela e o toucinho. Pique
a cebola e aloure-a com uma colher de
sopa de manteiga. Junte as carnes, os
pinhões, as azeitonas sem caroço, o miolo
de pão amolecido com um pouco de
leite e a colher de sopa de salsa picada.
Ligue com os ovos batidos e a aguardente e tempere com sal, pimenta e noz
moscada. Encha o papo do peru com o
recheio, feche a abertura com agulha e
linha e deixe ficar algumas horas.
Coloque o peru num tabuleiro, regue-o
com a restante manteiga derretida e leve
a assar em forno médio (180 ºC). A meio
da assadura refresque o peru com um
pouco de vinho branco.
Depois de assado, retire-lhe as linhas
com que foi cosido e sirva-o acompanhado com ervilhas salteadas e cenouras
estufadas.
Nos topos da travessa ponha agriões
bem frescos. À parte sirva um arroz de
passas e pinhões.
Nota: Um peru de 5 kg recheado leva
cerca de 4 horas a assar. Se começar
muito cedo, envolva-o em folha de
alumínio.
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Umas Boas Festas!!! Entrevista ao Dr. Macedo, Presidente da USG