COMPORTAMENTO PÓS-ENCHENTE: UMA ANÁLISE QUANTO A
SENSIBILIDADE RELACIONADA AOS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS DOS
RESIDENTES DO BAIRRO EDUCANDOS, EM MANAUS-AMAZONAS.
Mário Yury Barros da Silva1
Rúbia Silene Alegre Ferreira2
RESUMO
O objetivo do presente artigo consistiu em verificar o comportamento da população
residente na área do bairro Educandos, em Manaus, Amazonas. A área compreende
um contexto de inundações anuais e que no período da vazante produz um
agravante: a proliferação de diversas doenças ocasionadas por conta dos resíduos
acumulados próximos as residências que foram arrastados no período da elevação
das águas do Rio Negro. A metodologia consistiu na aplicação de questionários com
perguntas fechadas, direcionadas à população residente, bem como de entrevistas
com os mesmos. Os resultados apontam que embora vivam este fenômeno
anualmente, os residentes reconhecem os danos ambientais e sociais em que
vivem, mostrando sua percepção à degradação existente. Verifica-se neste contexto
a necessidade de implantar políticas públicas com intuito de tornar esta sociedade
ambientalmente e socialmente sustentável.
Palavras-chave: problemas ambientais, problemática urbana, enchentes
1.INTRODUÇÃO
Manaus é uma das cidades brasileiras que concentra o maior potencial de
recursos hídricos do país. Diversas partes da cidade são cortadas por leitos de
igarapés que desenham um mapa hídrico interessante.
Residir próximo às águas representa um traço comum na cultura local. O
crescimento populacional da cidade esteve condicionado aos ciclos econômicos que
o crescimento econômico regional possibilitou o que trabalhou no sentido de atrair
fluxos migratórios para a cidade, principalmente de mão-de-obra. A cidade passou
1
Tecnólogo em Gestão Ambiental pelo Centro Universitário Nilton Lins.
Economista e Mestre em Desenvolvimento Regional - Universidade Federal do Amazonas – UFAM.
3
Trabalho apresentado no XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais – ABEP, Caxambu- MG em
Setembro de 2010.
2
desta forma, a ser ocupada de forma desordenada, sobretudo, a partir do entorno
dos leitos hídricos.
A implantação da Zona Franca de Manaus, na década de 1960 consolidou
esta ocupação, colaborando para um crescimento populacional elevado, pautado
pelo processo de invasões de terras, impossibilitando inclusive o planejamento
adequado por parte do Governo para os bairros, que em sua maioria se originaram
deste processo.
Anualmente no período das chuvas estes leitos têm seus níveis de água
elevados. Neste período, avolumam-se índices de resíduos sólidos que são
arrastados pela forca das águas. Quando as chuvas cessam, inicia-se o período da
vazante, momento em que os cuidados devem ser focados quanto ao contato da
população com os resíduos sólidos avolumados no período chuvoso, em função das
patologias que originam-se neste contexto.
Neste sentido, o presente trabalho objetiva investigar o comportamento dos
residentes do Bairro Educandos, quanto aos problemas sociais e ambientais que
ocorrem no período pós-enchentes. Em caráter específico, pretende-se: verificar a
relação tempo de residência versus responsabilidade quanto aos impactos
ambientais; analisar a percepção da população relacionada às suas ações quanto
ao descarte, com a influência do ciclo natural das enchentes; e identificar as
patologias provenientes do meio habitado pelos pesquisados.
2.CRESCIMENTO URBANO FACE AO SANEAMENTO DA CIDADE DE MANAUS
O processo de expansão urbana impulsionado pelo crescimento populacional
e desenvolvimento das atividades produtivas e comerciais, entre outros fatores,
trouxe diversos problemas às cidades e às suas populações. Como conseqüência de
um planejamento inadequado de ordenamento territorial, essa expansão produziu
um ambiente urbano altamente degradado, com grande influência sobre a qualidade
de vida da população, tendo como principais condicionantes dessa ocupação
desordenada determinantes demográficos e socioeconômicos (JACOBI, 1999).
Associados a esta questão, a falta de reflexão e de entendimento crítico por
parte da população sobre as relações existentes entre ser humano e ambiente, e
entre os próprios habitantes, em uma compreensão mais abrangente sobre as
questões ambientais, levou as cidades e, conseqüentemente, o planeta, a uma crise
sócio-ambiental de várias dimensões. Crise esta proporcionada por um determinado
estilo de desenvolvimento, que é desigual para as sociedades humanas, e nocivo
para os sistemas naturais (GUIMARÃES, 2001).
A intensificação dos problemas sócio-ambientais, aliada à falta de soluções
adequadas em âmbito social, econômico e ambiental, trouxe a necessidade de
novas formas de desenvolvimento, que fossem capazes de sustentar a vida no
planeta, de maneira a não comprometer os sistemas ecológicos e sociais que
sustentam as comunidades. O repensar sobre o modelo de desenvolvimento
utilizado proporcionou a definição do termo desenvolvimento sustentável, o qual, de
acordo com Jacobi (1999) implica em uma inter-relação necessária entre justiça
social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a necessidade de desenvolvimento
como tendo uma capacidade de suporte, que varia pela forma segundo a qual o ser
humano maneja os seus recursos ambientais (DIAS, 2003).
Portanto, à medida que se procura recuperar e proteger o meio ambiente, e
melhorar a qualidade de vida da população, a gestão urbana se desenvolve no
sentido de atuar sobre complexas unidades espaciais constituídas pela interação
entre diferentes elementos, fatores, atores e interesses. Esta complexidade de
relações mostra que a utilização de medidas aparentemente objetivas e racionais,
como legislações mais restritivas, melhorias nos sistemas de tratamento de água e
esgoto e ampliação das redes coletoras de esgoto, não são suficientes para reverter
o quadro crítico de degradação ambiental (GONDOLO, 1999).
As primeiras propostas sobre o lançamento de esgotos em Manaus datam de
1900, no governo de José Cardoso Ramalho Junior, onde duas alternativas sobre o
lançamento de esgoto foram colocadas em questão: a) em terras distantes da
cidade; b) no rio Negro. O primeiro caso foi descartado em decorrência da topografia
da cidade, cortada por igarapés. No segundo caso foi levado em questão o fato do
rio Negro ser extenso como o próprio rio Amazonas, ter um grande volume de água
e conseqüentemente um aumento de sua velocidade em certa época do ano. Outro
fator foi de que a cidade de Manaus não possuía cidades vizinhas. Sendo assim, o
rio Negro foi proposto como receptor dos produtos de esgoto (OLIVEIRA, 1991).
Em 1965, houve a preocupação em elaborar projetos de esgotos sanitários,
objetivando-se utilizar áreas verdes como reservas e também a execução de
barragens no trecho à jusante dos igarapés de Educandos e São Raimundo. A meta
era fazer com que as superfícies inundáveis na época de cheia do rio Negro,
permanecessem sempre submersas, contribuindo para a urbanização da cidade.
Para tal projeto, seria necessária a desapropriação de edificações nos terrenos
próximos à margem do rio para evitar as inundações futuras. (Santos, 2000)
Em 28 de agosto de 1969, o prefeito Paulo Nery baixou o Decreto no 93, onde
proibia a construção de casas a margem dos igarapés e aos demais cursos d`água
de Manaus. Naquela ocasião a rede de esgoto estava compreendida entre o rio
Negro, igarapé de São Raimundo, ruas Leonardo Malcher e Joaquim Nabuco e
igarapé de Manaus. No projeto a cidade foi dividida em duas zonas, a primeira, que
é a superior, se esgotaria por gravidade, e a segunda que é a inferior se esgotaria
por elevação mecânica. A rede coletora de esgoto doméstico foi construída, porém
as ligações prediais não foram executadas. Assim, as águas servidas em Manaus
tiveram três destinos: fossas sépticas, redes de águas pluviais e despejo nas
sarjetas e quintais. Como as redes coletoras não funcionaram, as águas servidas
começaram a fluir para os cursos d’água, poluindo-os e formando verdadeiros canais
de esgotos a céu aberto (Santos, 2000).
Entre as décadas de 1970 e 2000, o que houve foi um crescimento
desordenado gerado pela implantação da Zona Franca de Manaus, com invasões de
áreas protegidas, áreas institucionais que culminaram no estado em que se
encontram hoje, onde muitas nascentes foram dizimadas e muitas áreas verdes
foram derrubadas para a elevação de edifícios e bairros. Manaus foi classificada,
entre as capitais brasileiras, como a cidade que teve o crescimento mais acelerado
dos últimos anos (Santos, 2000).
3.PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
3.1 Área de estudo
O bairro do Educandos está localizado na Zona Sul de Manaus, tendo como
limites os bairros de Santa Luzia e Colônia de Oliveira Machado, o igarapé do
Educandos e o rio Negro. Está ligado a Cachoeirinha pelas pontes Ephigênio Sales
e Juscelino Kubistchec e ao Centro da cidade pela ponte Padre Antônio Plácido.
(www.pram.mpf.gov.br)
Figura 1: Distribuição das zonas no mapa da cidade de Manaus
Fonte: www.webbusca.com.br
3.2 Caracterização da Pesquisa
A pesquisa foi pesquisa-ação. Os moradores foram avaliados através de uma
pesquisa de observação, pois é nessa etapa onde há mais ênfase nas consciências
ambientais. Esta característica possibilita uma melhor avaliação ambiental dos
igarapés e sua relação com a percepção dos moradores.
Segundo Lakatos & Marconi (2001), a análise busca evidenciar as relações
existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. Essas relações podem ser
estabelecidas em função de suas propriedades relacionais de causa-feito, produtorproduto, de correlações, de análise de conteúdo. A elaboração da análise é
realizada em três níveis: interpretação, explicação e especificação.
De acordo com Gil (2002) o estudo de campo é caracterizado pelo
conhecimento de um único grupo ou comunidade onde se estuda a sua estrutura
social, ressaltando a interação entre seus componentes, utilizando mais técnicas de
observação, apresentando maior flexibilidade, onde seus objetivos podem ser
reformulados, tornando-se maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem
respostas mais confiáveis. Com utilização de variadas técnicas de coletas de dados,
nesse
tipo
de
pesquisa
os
procedimentos
de
análise
costumam
ser
predominantemente qualitativos. A análise de dados qualitativa depende de muitos
fatores, tais como natureza dos dados coletados, a extensão da amostra, os
instrumentos aplicados na pesquisa e os pressupostos teóricos que norteiam a
pesquisa.
Para atender os objetivos propostos, foram adotados os seguintes
procedimentos:
1) Realização da Pesquisa de Campo: elaboração dos instrumentos e aplicação
piloto de formulários. O questionário foi composto da seguinte maneira:
a) Ação Ambiental: questões que analisam a relação dos moradores com o
território.
b) Educação Ambiental: composto por perguntas que analisam a existência ou
não de atividades de educação ambiental.
c) Qualidade Ambiental: composto por perguntas relacionadas de maneira mais
especifica as condições do bairro.
d) Enquadramento social da pesquisa.
e) Questões gerais: perguntas que identificam a percepção dos moradores.
Para avaliar os moradores do Bairro de Educandos, foi utilizado o método
dedutivo através de formulários (técnica de investigação por um rol de perguntas
apresentada levantamento de dados) com questões exigindo informações técnicas e
especificas (ambientais) seguindo um roteiro de observações e ação de acordo com
a finalidade da pesquisa. Essa etapa teve como principal objetivo organizar e
sumariar os dados de forma que tal possibilite fornecimento das respostas.
3.3 Objetivos
Objetivo Geral

Investigar o comportamento dos residentes do Bairro Educandos, quanto aos
problemas sociais e ambientais que ocorrem no período pós-enchente.
Objetivos Específicos

Verificar a relação tempo de residência versus responsabilidade quanto aos
impactos ambientais;

Analisar a percepção da população relacionada a suas ações quanto ao
descarte, com a influencia do ciclo natural das enchentes;

Identificar as patologias provenientes do meio habitado pelos pesquisados.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Na pesquisa foram abordadas 69 pessoas tendo como meta investigar sua
percepção e opinião quanto ao lugar em que vivem. Das pessoas entrevistadas
100% eram residentes do bairro de Educandos.
No perfil do entrevistado perguntou-se sua relação com o território, se já
passou por alguma atividade de educação ambiental, a qualidade ambiental do local,
enquadramento social e perguntas que identificam a própria percepção dos
moradores.
De acordo com Ferrara (1988), a percepção/leitura do ambiente urbano, como
instrumento de sua interpretação, traz para a ação sobre a cidade, parâmetros reais
do significado deste espaço para o usuário. Nesse sentido, a cidade é vista como
impacto informacional e, assim compreendida, sugere novas atuações de
intervenção, na qual ocorre uma busca por adequar esta ao uso dos atores sociais
presentes. Adequação que pressupõe cada vez mais a participação dos atores
sociais nas instâncias de gestão do bairro, do município, dos recursos hídricos, entre
outras.
Os resultados apontam vários itens determinantes. Dentre eles, o comparativo
de tempo em que o morador reside na área e o quanto sente-se responsável pela
degradação existente.
FIGURA 01 – Tempo de residência no bairro Educandos.
FONTE: Dados da Pesquisa, 2009
FIGURA 02 – A comunidade é responsável pelo impacto ambiental.
Baseado nesse aspecto, entende-se que os moradores que residem à mais
tempo no local, (Figura 01), reconhecem que a comunidade é uma das responsáveis
pela degradação ambiental local, o que pode representar um indicativo de que sejam
pessoas facilitadoras em um momento de conscientização e envolvimento quanto
aos cuidados ambientais, (Figura 02).
Quanto ao domicilio 7% residem com apenas 2 pessoas, 49 % moram com 4
pessoas, 33% vivem com 6 e apenas 12 % moram em uma só residência com mais
de 8 pessoas (Figura 03).
Acredita-se que o nível de escolaridade conduza para uma melhor
compreensão quanto ao meio em que vivem: 80% dos entrevistados ou algum
membro de sua família identificam de forma clara degradação ambiental e os 20 %
apenas dizem que é o aspecto normal do local que aos poucos adquiriu esta
paisagem (Figura 05).
FIGURA 04 – Nível de escolaridade
FONTE: Dados da Pesquisa, 2009
FIGURA 05 – Identifica-se degradação ambiental no local.
A pesquisa indica que parte dos entrevistados identifica de forma objetiva o
impacto ambiental do local. Os dados mostram que 43% afirmam que vivem em
condições ruins e 57% acostumaram-se a viver nestas condições (Figura 06).
Partindo do principio da comodidade do impacto ambiental, 53% das pessoas
conhecem o horário em que o caminhão coletor passa para recolher os resíduos
gerados em sua residência; 14% afirma que não existe um horário especifico para
esta atividade e 33% desconhece qualquer horário ou passagem do caminhão
coletor (Figura 07). Percebeu-se ainda que 61% têm como dificuldade a distância
entre suas casas a rua principal e 39% passaram a ter hábito a jogar qualquer
resíduo no igarapé (Figura 08).
Por viverem em um local onde ocorre o ciclo natural de cheia e vazante, e por
existir acúmulo excessivo de resíduo nos igarapés a comunidade está propícia a
doenças proveniente do local. Quando perguntado se conhecem os danos a saúde
em que estão condicionados, 91% foram objetivos informando que têm
conhecimento da situação, e apenas 9% disseram que não conhecem os danos à
saúde morando em um lugar com tanta sujeira ao seu redor (Figura 09).
Quanto ao diagnóstico de alguma doença proveniente do lugar em que vivem,
parte dos entrevistados omitiram alguns itens questionados, o que de alguma forma
interferiu no resultado (Figura 10). No entanto, dos respondentes que informaram o
diagnóstico pôde-se obter os resultados demonstrados na Figura 11.
FIGURA 10 – Diagnostico de doença do local.
FONTE: Dados da Pesquisa, 2009
FIGURA 11 – Doenças Diagnosticadas.
Na aplicação do questionário, pontuou-se sobre Educação Ambiental. Quando
questionou-se se conhece ou se já ouviu falar na política dos 3 R’s, 70%
desconheciam esse método, 29% disseram que já ouviram porém conhecem pouco,
1% do entrevistados conheciam da política, (Figura 12). Quando à questão de estar
relacionado a alguma atividade de educação ambiental, 35% disseram que sim, 32%
nunca passaram por isso e 33% que um dos membros da família já passou por uma
atividade similar (Figura 13). Dos 68% que passaram por alguma atividade de
educação, 57% utiliza pouco do que foi passado e 43% não utilizaram nenhum
método de educação ambiental, essas aplicações de atividades em conceito de
educação ambiental foram realizadas pelo governo e prefeitura (Figura 14).
A palavra chave “qualidade de vida” deve ser crescentemente internalizada
pelas políticas públicas tendo como elemento determinante a inter-setorialidade das
ações para criar condições para a implementação de políticas orientadas para a
sustentabilidade urbana, assim diminuindo os riscos ambientais e a pressão sobre
os recursos naturais (JACOBI, 2000).
CONCLUSÃO
A questão norteadora do presente trabalho consistiu em investigar a
sensibilidade dos moradores do bairro Educandos para com os problemas
destacados no período pós-enchente. Nesse sentido, a investigação no sentido de
relacionar o tempo de residência com a responsabilidade quanto aos impactos
ambientais demonstrou que o tempo de residência possui influencia quanto aos
cuidados para com o local. Acredita-se que na tentativa de se implementar novas
práticas de cuidados ambientais ou sociais, estas pessoas possam ser
disseminadoras no processo podendo, inclusive, colaborar para resultados positivos
quanto às idealizações.
Percebe-se ainda na pesquisa, que quanto maior o nível de instrução, melhor
leitura se faz da realidade ao redor. Nesse sentido, quanto maiores forem os
investimentos em educação nas modalidades etárias desde a infância à fase adulta,
(educação infantil à Universidade) melhores os resultados, pois uma população
educada é muito mais atuante.
Sabe-se que o contato com água contaminada pode acarretar problemas
patológicos diversos, conforme o Serviço de Saúde do país informa e atua no
sentido de minimizar. A pesquisa indica que mesmo havendo a negação de
informação por parte de alguns entrevistados, os casos são fato: leptospirose, febre
alta, coceira e diarréia são as mais citadas pelos pesquisados. Este dado reforça
que, atuar na questão de uma educação ambiental mais atuante na população, pode
resultar inclusive em redução de despesas desta patologia tanto em medicação
quanto em internações.
As mudanças e transformações ocorridas no bairro do Educandos são fruto
da história do uso urbano, que revela que o usuário urbano pensa, deseja, despreza,
com base nas escolhas realizadas. A cidade de Manaus tem vivido nos últimos anos
mudanças de infra-estrutura e paisagem em áreas que estão no entorno de igarapés
que cortam a área central da cidade. Nesse sentido, acredita-se ser de relevância
uma programação que envolva a promoção de uma educação ambiental intensa e
atuante que contemple os cuidados da população que ainda reside nas áreas
adjacentes às margens de leito de recursos hídricos de forma a mantê-los em
condições de uso para as futuras gerações.
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APENDICES
FIGURA 06 – Percepção ambiental em que você vive
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 07 – Conhece o horário específico da passagem do caminhão coletor
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 08 – Dificuldade de levar o resíduo até o ponto de coleta.
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 09 – Conhece os danos a sua saúde.
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 10 – Alguém já foi diagnosticado com alguma doença proveniente do local.
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 12 – Conhece ou já ouviu falar na política dos 3 R’s.
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 13 – Já passou por atividades de educação ambiental.
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 14 – A influência da atividade de educação ambiental.
FONTE: Mario Yury, 2009
FIGURA 15 – Perspectiva junto ao Poder Público pós-enchente.
FONTE: Mario Yury, 2009
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