CINEMA E DITADURA
MILITAR NO BRASIL
Arnaldo Lemos Filho
www.sociologialemos.pro.br
EMENTA - Busca utilizar o filme como meio de reflexão crítica
sobre o período da Ditadura Militar, a partir da sociologia, ciência
que surgiu com a sociedade burguesa e que é capaz de
apreender, com suas múltiplas determinações, a verdade de
nosso tempo.
DESCRIÇÃO DA PRÁTICA – Esta prática estuda o filme como
uma totalidade social completa, antes de ser uma totalidade
histórica, psicológica ou filosófica.Através da exibição e análise
de filmes, estudaremos alguns episódios do período militar.Os
filmes serão instrumentos para uma reflexão sociológica crítica
acerca destes episódios. Filmes selecionados : O Golpe de 64,
Pra Frente Brasil, O que é isso companheiro, Batismo de
Sangue..
OBJETIVOS ESPECÍFICOS –
- Oferecer um momento de reflexão sobre a ditadura militar
- Desmitificar/desfetichizar o que está fetichizado na estrutura
narrativa dos filmes
- Desconstruir a narrativa fílmica com seus múltiplos
personagens e situações-chaves
CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO
A visão crítica deste período da nossa historia é fundamental
para a formação da cidadania, pré-requisito do profissional de
nível superior que vai atuar na sociedade brasileira. A exibição e
a análise de filmes temáticos é uma oportunidade para o aluno
desenvolver esta consciência crítica.
. METODOLOGIA
Exibição e análise de filmes que discutam o período da
Ditadura Militar. Exposição dialogada sobre os acontecimentos
do período, tendo como instrumento os resultados do projeto
de extensão “Tela Crítica”, de Giovanni Alves, da UNESP
A DITADURA MILITAR NO BRASIL
1964 - 1984
ANTECEDENTES
DECADA
DE 60
Debate entre dois projetos políticos que começou no
governo Getulio
Projeto NacionalDesenvolvimentista
Projeto
Desenvolvimentista
Projeto NacionalDesenvolvimentista
80% dos
consumidores
50%
17,91%
30%
27,92%
15%
26,66%
5%
27,69%
salarios
sindicatos
Para isso : lei
Distribuição
de Renda
População
Mercadoria
de bens
não
duraveis
alimento
s
greves
- eleições
-
partidos
Pequenas
propriedades
Projeto Desenvolvimentista
Brasilia
Modernização
do país
Industria
automobilistica
20% dos
consumidores
2ªabertura dos
portos
Mercado
exterior
Latifundio
exportação
mecanização
JK
Ideologia do
automovel
Estradas de
rodagem
Para isso
Dinheiro
do Estado
20% dos
consumidores
Emissão
Empréstimo
externo
Inflação
Aumento da
dívida
Aumentar o salario da classe
media
Achatar o salario
dos 80%
Imobilizar politicamente
os 80%
Projetos

Aliados ideologicos da
1ºprojeto
80%
 Sindicatos
 Trabalhadores
 Movimentos Sociais


Aliados ideológicos da 2º
projeto
Classe media e alta(20%)
 Gosta de ordem e
segurança
 Forças Armadas(ESG)
 Anti-comunismo
 Povo : inimigo interno

A Ditadura Militar : 1964/1984
1964/1969 : A institucionalização do Golpe
1969/1973 : O Milagre Econômico
Os anos de chumbo
1973/1979 : O fim do milagre
1979/1984 : Abertura e Transição
1964/1969 -- PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
AI -1 – suspende a constituição de 1946, organizações de
base, sindicatos, ligas camponesas, UNE, centros
acadêmicos
AI-2 – após eleições dos governadores, cassa JK (candidato a
presidente), prorroga Castelo Branco até 67, não há mais
eleições diretas (presidente e governador), bipartidarismo
(Arena e MDB)
Reação
estudantil
lutas com criatividade
(encontros da UNE)
subversão, clandestinidade.
Festivais de música (tratado
político)
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
Industria ------- mercadoria ------- consumidor(20%)
1970
50% = 14,91
30% = 22,85
15% = 27,38
5% = 34,86
Bancos
Shoppings
Supermercados
CDC
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1968 - Rebelião da juventude – Paris, Alemanha,
México
Movimento Hippie
Poder Negro
Marcuse
Brasil – passeatas -- morte de Edson Luis – FIC (
Vandré : Para não dizer que não falei de flores)
7 de setembro – Marcio Moreira Alves
AI-5 - Decreto 477
Lei da Segurança Nacional
SNI (futuros presidentes)
Ciex – Dói-Codi –Cenimar-Cisa
Dops
Dops
200 mil dedos-duros
Opções - 1. Estudar
2. Exílio
3. Luta armada
- urbana
- rural
Caça às bruxas
Universidade de Brasília
USP
Federal do Rio
Colégio Vocacional
Oban
Esquadrão da
Morte
Fleury
1973 -1979 –A crise : o fim do milagre
Crise externa
A crise do petroleo
Esgotamento da capacidade de consumo da classe
media
Sobe o numero
de carnets
Crise interna
Queima de
estoque
industria
Aumento
dos preços
ociosidade
Diminui a
capacidade
produtiva
desemprego
Fim da ilusão
Nova força
de trabalho
Caos social
subemprego
marginalida
de
policia
violência
Brasil
Ilha de
tranquilidade
3ª abertura dos portos
petrodolares
Construção de infraestrutura
Polo quimico
da Bahia
Industria de
base
Aumento da dívida
externa
Transamazônica
Rio-Niteroi
Grandes
projetos
Usinas
Energia Nuclear
Ferrovia do aço
Classe Media
Deixa de
consumir
1974: voto na oposição
Questiona o
modelo
Crise política
Governo
Duas táticas
Crise
econômica
Crise econômica
É preciso pagar os juros e as
amortizações da dívida externa
Classe Media
Deixa de
consumir
1974: voto na oposição
Questiona o
modelo
Crise política
Governo
Duas táticas
Crise
econômica
Crise econômica
É preciso pagar os juros e as
amortizações da dívida externa
Crise econômica
Incentivar o latifundio : “exportar é o que
importa”
incentivos fiscais: isenção de
impostos
Mão de obra barata: “boias-frias”
agricultura
Destruição da pequena propriedade que
produzia alimentos para o mercado
interno: êxodo rural
Aumento do preço dos alimentos
Importação de alimentos: aumento da
dívida
industria
Isenção de impostos
para exportação
Começa a faltar
dinheiro para o
Estado
Políticas sociais são
afetadas
Crise política
Movimentos de reivindicação
Comunidades eclesiais de
base
1970
Movimento custo de vida
Organização da
sociedade civil
Renascimento do movimento
estudantil
Sindicatos:ABC – novas
lideranças
Movimento dos camponeses
ABI
Foros políticos de
debates
Táticas do governo
OAB
SBPC
Igreja
76 - Lei
Falcão
77 – Pacote de
Abril
1979- 1984 -Abertura e transição
Crise econômica
Novo aumento do petroleo
Aumento do juros
internacionais
Segunda crise
internacional
Baixam os preços da materia prima
e produtos agrícolas
Aumentam os preços da tecnologia e
produtos industrializados
Daí – mais empréstimos ---aumenta a dívida –aumenta o latifundio para
exportar
Setembro de
1982
O Banco do Brasil em Nova York declarou-se sem
fundo
FMI – cartas de intenções
1979 :
1980 :
Anistia – movimento de toda
a sociedade civil
Reforma partidaria
Repressão às greves do AB
A questão da terra
Greve dos professores
Crise política
1981 :
Atentados da direita
Pacote eleitoral
1982:
Vitoria da oposição:
Tancredo, Brizola, Montoro
Atentado do Rio Centro
1983 :
Crise com FMI
1984 :
Diretas Já
Filmes sobre a Ditadura Militar no Brasil
1978
Braços Cruzados,Maquinas Paradas, 1978,
Roberto Gervitz e Sergio Toledo
Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo, o maior da América Latina, com 300.000
associados, e presidido por um "pelego", desde o golpe militar
de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves
operárias que iriam mudar o país.
Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa
envolvente, como funciona a estrutura sindical brasileira, de
inspiração fascista. É também o primeiro documentário de
longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas",
ocorridas em São Paulo, 10 anos após a decretação do AI-5.
Tais greves, que culminaram em um amplo movimento social
que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos
acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente
operário da América Latina
1979
ABC da Greve,1979, Leon Hisrsman
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC
paulista, acompanhando a trajetória do movimento de
150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e
condições de vida. Sem obter êxito em suas
reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o
governo militar. Este responde com uma intervenção no
sindicato da categoria. Mobilizando numeroso
contingente policial, o governo inicia uma grande
operação de repressão. Sem espaço para realizar suas
assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja.
Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um
acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o
mesmo
1981
Linha de Montagem,1981, Renato Tapajós
Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São
Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando se
produziram as maiores greves de metalúrgicos na região,
desafiando a repressão do final da ditadura militar. Radiografase a cidade no calor da grande efervescência das assembléias no
estádio da Vila Euclides, onde os operários decidiam os novos
rumos do movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à
intervenção federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de
líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei
de Segurança Nacional
Eles não usam black-tie, 1981, Leon Hirszman
Um operário engravida a namorada e resolve se casar.
Paralelamente, inicia-se um movimento grevista na empresa
onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O personagem
resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua
decisão provoca enorme conflito com seu pai.
1981
Pra Frente Brasil,1982, Roberto Farias
Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção
de futebol no México, enquanto prisioneiros políticos
são torturados nos porões da ditadura militar e
inocentes são vítimas desta violência. Todos estes
acontecimentos são vistos pela ótica de uma família
quando um dos seus integrantes, um pacato
trabalhador da classe média, é confundido com um
ativista político e "desaparece".
Filmes sobre a Ditadura Militar no Brasil
Pra frente, Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) –
Sobre a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Um
cidadão comum é tomado por guerrilheiro, é preso e
torturado. Ambientado durante a Copa do Mundo de 70,
denuncia a repressão para-militar do período
Lamarca (1994, Brasil, direção: Sérgio Resende) –
Sobre o militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71)
que, em 1969, entrou para a Vanguarda Popular
Revolucionária, abandonou um quartel em São Paulo e
instalou um foco guerrilheiro no Vale do Ribeira (SP).
Em 1970 comandou o seqüestro do embaixador suíço
no Rio de janeiro; foi morto em 17/09/1971 pelo
exército no sertão da Bahia.
Cabra marcado para morrer (1984, Brasil, direção:
Eduardo Coutinho) – O diretor rodava um filme sobre o
Nordeste brasileiro, quando estourou o golpe de 1964.
Retomou o projeto em 1981, retornando aos mesmos
lugares e entrevistando as mesmas pessoas, para verificar
o que tinha ocorrido com elas
Que bom te ver viva (1989, Brasil, direção: Lúcia Murat) –
Sobre a tortura no país. Registro das experiências de oito exprisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a
ditadura militar.
Zuzu Angel (2006, Brasil, direção: Sérgio Rezende) – sobre
Zuleika Angel Jones (conhecida como Zuzu Angel), estilista
conhecida internacionalmente, que a partir de 1971 passou a
procurar seu filho Stuart Angel Jones, um militante do
movimento MR-8 que foi preso, torturado e assassinado nas
dependências dos órgãos de repressão do Brasil, que negavam
o fato e não apresentaram seu corpo.
Araguaya – A conspiração do silêncio (2004, Brasil, direção:
Ronaldo Duque) – Uma tentativa de retratar a Guerrilha do
Araguaia, ocorrida no início da década de 1970 por militantes
do PCdoB. Importante para tomar contato com aspectos do
período da ditadura militar brasileira. Os documentos oficiais
referentes a este episódio ainda não foram divulgados e nem os
restos mortais de 59 guerrilheiros não foram localizados. 105
min.
Batismo de Sangue (2005, Brasil, direção: Helvécio Ratton) – Com
base na obra de Frei Betto, este filme – que se passa durante os
anos de chumbo – trata mais do dominicano Frei Tito (e de outros
quatro frades) do que do próprio período militar. Mas é importante
para que se tenha consciência da tortura (choques, pau-de-arara,
prisão incomunicável e outras) implantada no país. 110
“Golpe de 64” - de Fernando Morais Março de 1964. Os olhos do
mundo estão voltados para o Brasil. Num planeta dividido entre dois
blocos antagônicos é cada vez mais difícil manter-se independente.
Esquerda ou direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução,
infelizmente, não será democrática. Neste cenário fervilhante, o
processo político se radicaliza a cada dia. O fatídico mês avança e a
temperatura se eleva. Os comícios reúnem centenas de milhares de
pessoas, os discursos são mais inflamados do que nunca. Nos
gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá contra-golpe? Os
americanos estão de prontidão? Não há mais tempo para planejar. É
preciso agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. Prepare-se para
reviver um dia de cão e de chumbo: 31 de março de 64.
Ato de Fé - O filme narra fatos já bem conhecidos da luta armada
contra a ditadura na voz de alguns de seus personagens. Os
depoimentos dominam o documentário, sobretudo sobre as
torturas sofiridas pelos freis dominicanos e sua relação com
Carlos Marighela.
Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro" de Silvio Tendler
Conta a história, as polêmicas, as vitórias e derrotas de Carlos Marighella,
um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Autor do
"Manual do Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Ação Libertadora Nacional,
primeiro movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme no ano
em que completaria 90 anos.
"O
que é isso companheiro?" de Bruno Barreto
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após
alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o
Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois
acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários
estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969
militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados
Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados
nos porões da ditadura.
Vlado - 30 Anos Depois”de João Batista de Andrade
No dia 25 de outubro de 1975 o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se
despede da mulher Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da
repressão política do regime militar, para um depoimento. Vlado nem imaginava
que nunca mais voltaria para casa. Naquele fatídico dia ele seria morto. Segundo
fonte oficial, teria se suicidado na prisão. Neste documentário o diretor João
Batista de Andrade ouve depoimentos de amigos, familiares, colegas que viveram
com Vlado a história, a amplitude das perseguições dos anos de chumbo, a
trajetória do jornalista, desde sua infância até sua posse como Diretor de
Jornalismo da TV Cultura de São Paulo e a perseguição a ele iniciada naquele
momento. Com depoimentos de Clarice Herzog, José Mindlin, Ruy Ohtake, Dom
Paulo Evaristo Arns, Henry Sobel, Fernando Morais, Paulo Markun, João Bosco,
Aldir Blanc, Alberto Dines, Diléia Frate, Mino Carta, Rose Nogueira.
O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer
1970. O Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior
preocupação na vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a
ditadura militar que impera no país: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão
mundial de futebol. De repente, ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a
uma "estranha" e divertida comunidade - o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que
abriga judeus e italianos entre outras culturas. Uma história emocionante de
superação e solidariedade.
“Barra
68 – Sem perder a ternura” de Vladimir Carvalho
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade Brasília. E as
repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968.
Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada pelos acontecimentos políticos, como a
renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a
intranqüilidade e ficou estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a
Universidade, criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi
ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se
demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento
deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram
aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios
religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes no campus da UnB.
Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de parlamentares, o fechamento do
Congresso Nacional e a promulgação do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de
depoimentos, casos e histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma
época, uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
Hércules 56" de Silvio Da-Rin
Em 1969, em plena ditadura no Brasil, duas organizações revolucionárias raptaram o
embaixador americano Charles Elbrick e exigiram a libertação de quinze presos
políticos, levados ao México no avião Hércules, prefixo 56. Neste documentário, os
nove remanescentes do grupo e cinco membros da organização responsáveis pelo
seqüestro discutem as causas e conseqüências da luta armada contra o regime
militar.
FILMES A SEREM EXIBIDOS
O Dia que Durou 21 Anos é um documentário brasileiro, dirigido por Camilo Galli Tavares (Cidade do México, sobre a participação do governo dos Estados Uni
O filme tem como ponto de partida a crise provocada pela renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, e prossegue até o ano de 1969, com o sequ
O Golpe Militar
O DIA QUE DUROU 21 ANOS
O Dia que Durou 21 Anos é um documentário brasileiro, dirigido
por Camilo Galli Tavares (Cidade do México, sobre a participação
do governo dos Estados Unidos na preparação, desde 1962,do golpe
de estado de 1964, no Brasil.
O filme tem como ponto de partida a crise provocada pela renúncia
do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, e prossegue até o
ano de 1969, com o sequestro do então embaixador dos Estados
Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, por grupos armados. Em troca
de sua libertação, 15 presos políticos são soltos e
posteriormente banidos do país. Um deles, o jornalista Flávio Tavares,
27 meses depois de se radicar na Cidade do México, seria pai de
Camilo, o cineasta cujo nome é uma homenagem ao padre católico e
guerrilheiro colombiano Camilo Torres, morto em 1966
A Resistência
O QUE É ISSO COMPANHEIRO
Bruno Barreto
Exibição e debates do filme “O que é isso
companheiro”, de Bruno Barreto
Em 1964, um golpe militar derruba o governo
democrático brasileiro e, após alguns anos de
manifestações políticas, é promulgado em
dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que
nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois
acabava com a liberdade de imprensa e os direitos
civis. Neste período vários estudantes abraçam a
luta armada, entrando na clandestinidade, e em
1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para
seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan
Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que
eram torturados nos porões da ditadura.
A Tortura
BATISMO DE SANGUE
Helvetio Ratton
No final dos anos 60 o convento dos frade
dominicanos de São Paulo é uma trincheira de
resitência á ditadura militar no Brasil. Movidos por
ideais critãos, os freis Betto, Oswaldo, fernando,
Ivo e Tito apóiam o grupo guerrilheiro ALN,
comandado por Carlos Marighella. Frei betto ajuda
perseguidos políticos á escapartem do país pelas
fronteiras no sul até ser preso e transferido para
um presídio em SP, onde encontra seus
companheiros vivendo sob terríveis torturas.
Meses depois, Frei Tito estava no grupo de presos
políticos trocados pela liberdade do embaixador
suíço e foi mandado, contra sua vontade, para o
exílio na França. mesmo longe do Brasil, Tito não
consegue ficar livre de seus carrascos, se sentindo
constantemente vifgiado e ameaçado. Com intuito
de por fim ao seu martírio, acaba comentendo
suicídio.
A Arbitrariedade
PRA FRENTE BRASIL –
Roberto Farias
Em 1970 o Brasil inteiro torce e
vibra com a seleção de futebol no
México, enquanto prisioneiros
políticos são torturados nos porões
da ditadura militar e inocentes são
vítimas desta violência. Todos estes
acontecimentos são vistos pela
ótica de uma família quando um dos
seus integrantes, um pacato
trabalhador da classe média, é
confundido com um ativista político
e "desaparece".
Bibliografia
ALVES, Giovanni. O cinema como experiência crítica. Projeto Telacritica, Unesp.
www.telacritica.org
ALMEIDA MACHADO, João Luis. Vários artigos in www.planeta educação.com.br
DUARTE, Rosalia. Cinema e Educação. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2002
BOLOGNINI, Carmen Zink(org). O cinema na escola. Campinas: Mercado de
Letras, 2007
LACERDA, Gabriel. O Direito no cinema. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2007
ALVES, Giovanni. Trabalho e Cinema –O mundo do trabalho através do cinema.
Londrina: Ed. Praxis, 2008, vols. 1 e 2
TEIXEIRA, Inês Assunção de Castro. A escola vai ao cinema. Belo Horizonte: Ed.
Autêntica,2003
LUZ, Marcia. Lições que a vida ensina e a arte encena. 3ªedição. Campinas: Ed.
Atomo, 2009
SITES:
www.adorocinema.com.b
www.vervideo.com.br
www.contracampo.com.br
www.65anosdecinema.pro.br
www.piratininga.org.br
www.telacritica.org
www.planetaeducaçãol.com.br
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