Jornal Valor --- Página 1 da edição "13/12/2013 1a CAD B" ---- Impressa por ivsilva às 12/12/2013@20:42:16
Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 13/12/2013 (20:42) - Página 1- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW
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Sexta-feira e fim de semana, 13, 14 e 15 de dezembro de 2013
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Energia Taxistas deixam de comprar combustível, cujo consumo caiu pela metade desde 2009
Comgás inicia campanha para
reverter queda nas vendas de GNV
Audit, Tax, Advisory and Outsourcing
DANIEL WAINSTEIN / VALOR
Claudia Facchini
De São Paulo
Destaques
Eneva renegocia dívida
A Eneva anunciou ontem que
concluiu o refinanciamento de
sua dívida de curto prazo, que
vencia este mês e em março de
2014. Foram contratados ainda
mais R$ 600 milhões em crédito
novo. Agora, a maior parte dos
passivos da companhia, no valor
de R$ 1,5 bilhão, vencerá no fim
do próximo ano. Há previsão de
vencimento de R$ 100 milhões
em 2014; R$ 350 milhões em junho de 2015; e R$ 100 milhões
em setembro de 2017.
Emissão da MRS
A MRS Logística concluiu a emissão de R$ 300 milhões em debêntures de seis anos, com remuneração pelo Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI)
mais sobretaxa de 0,9% ao ano.
De acordo com a companhia, os
recursos serão utilizados para reforço de capital de giro e alongamento do perfil da dívida.
Debêntures da Tegma
O conselho de administração da
Tegma aprovou a segunda emissão de debêntures da companhia.
A empresa pretende levantar até
R$ 150 milhões, que serão usados
para o alongamento do perfil da
dívida e o reforço de caixa. A remuneração corresponderá à variação acumulada das taxas médias
diárias dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acrescida de
um spread de 1,75% ao ano.
Índice
Infraestrutura B2
Indústria B3 e B4
Serviços B5, B6 e B7
Agenda tributária B6
Movimento falimentar B6
Tecnologia&Comunicações B7, B9 e B10
Tendências&Consumo B11
The Wall Street Journal Americas B12
Commodities B13
Agronegócios B14, B15 e B16
| B1
A Comgás, distribuidora de gás
natural que foi comprada pela
Cosan por R$ 3,4 bilhões no fim
de 2012, pretende recuperar parte do espaço perdido nas bombas
de combustíveis, território que a
sua nova controladora conhece
como a palma da mão. A Raízen,
joint venture entre Cosan e Shell,
possui uma capacidade de produção de 1,9 bilhão de litros de
etanol por ano e é dona de uma
rede de 4.700 postos no país.
Desde 2009, a demanda por
gás natural veicular (GNV) na
área de concessão da Comgás
caiu pela metade, afirma o presidente da distribuidora, Luís Henrique Guimarães, que quer conter esse movimento. “Nos últimos três ou quatros anos, o consumo de GNV vem caindo a uma
taxa de 13% ao ano. Nossa expectativa é frear essa tendência e fechar 2013 com uma queda em
torno de 10%”, diz o executivo,
que espera conseguir elevar em
5% as vendas em 2014.
O principal comprador do
combustível são os taxistas. Enquanto os motoristas de São Paulo deixaram de consumir o GNV
nos últimos cinco anos, quase a
totalidade da frota de táxi do Rio
de Janeiro ainda utiliza o combustível, compara Guimarães,
para quem existe uma clientela
que poderia ser reconquistada
no mercado paulista.
No terceiro trimestre deste
ano, a Comgás vendeu uma quantidade 12% menor de GNV que
em igual período do ano passado.
O volume comercializado caiu de
70,1 milhões para 61,7 milhões
de metros cúbicos. O consumo residencial de gás canalizado, ao
contrário, aumentou 15% no período, de 56,8 milhões para 65,4
milhões de metros cúbicos no
terceiro trimestre deste ano.
Para tentar reverter a queda na
demanda de gás veicular, Guimarães decidiu investir em uma
campanha de marketing para
mostrar que o combustível é mais
vantajoso do que a gasolina e o
etanol. “Esse era o segredo mais
bem guardado da Comgás”, ironiza o executivo, referindo-se à
gestão anterior da distribuidora,
que não investia em propaganda.
Como as verbas de marketing
não entram no cálculo das tarifas
de gás, as concessionárias evitam
gastar dinheiro com campanhas.
“Mas ter o monopólio de uma área
de concessão não significa não ter
www.geofix.com.br
Distribuidora de gás paulista, comprada pela Cosan, espera aumentar consumo de GNV em 5% a partir de 2014, diz Guimarães, presidente da companhia
concorrentes”, afirma Guimarães.
A ideia, diz o executivo, é
aproveitar a entressafra da cana,
quando o etanol fica menos
competitivo, para ganhar mercado nas bombas. Enquanto o
custo para o motorista do GNV é
de R$ 0,03 por quilômetro rodado, o etanol sai para o mesmo
motorista por R$ 0,25. Já a gasolina custa R$ 0,27 por km rodado, de acordo com uma tabela
que a Comgás começou a divulgar para os consumidores.
A distribuidora fechou ainda
uma parceria com 100 concessionárias de veículos para a instalação do GNV, chamada de “kit
economia”. O objetivo é mostrar
que, assim como os clientes colocam DVD e teto solar nos veículos, eles também podem optar
por ter uma tanque de gás natural, diz o presidente da Comgás.
A distribuidora também busca
sensibilizar o governo do Estado
de São Paulo, deputados e prefeitos. Segundo Guimarães, o GNV
poderia, por exemplo, ter incentivos tributários, como descontos
no ICMS e no IPVA dos veículos,
por ser um combustível mais limpo que a gasolina e o óleo diesel.
Guimarães atribui a fraca presença do GNV em São Paulo à falta
de estímulos fiscais. Os paulistas
também parecem ser mais pessimistas em relação aos riscos de
abastecimento, avalia. Ainda parece existir uma desconfiança gravada na memória dos consumidores
com a crise do gás da Bolívia, entre
2006 e 2008, acrescenta.
Cerca de 60% do gás distribuído
pela Comgás é boliviano e seus
custo está atrelado dólar. Em anos
de eleições presidenciais, são
maiores as chances de nervosismo
nas taxas de câmbio. Guimarães
prevê, porém, que a moeda americana fique entre R$ 2,30 e R$ 2,35
em 2014, não muito distante dos
patamares atuais. No reajuste tarifário da distribuidora, que ocorre
em maio, o câmbio estava em R$
2,03. A diferença acumulada deve
ser repassada às tarifas no próximo reajuste, em maio de 2014.
Divisão do mercado
Consumo de gás na área da Comgás - Em %
2
Termogeração
5
GNV (veicular)
5
Residencial
6
Cogeração
7
Comercial
Fonte: Comgás (3º trimestre de 2013)
75
Industrial
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