Comunicação e
Expressão
em Língua Portuguesa
001G
Comunicação e Expressão em
Língua Portuguesa
6E
FICHA TÉCNICA
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Editora
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Mariângela Nunes
Layout e Diagramação
Kleber Cavalcante
Colaborador
Katya Maia Motta
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6ª Edição - março/2013
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
índice
Apresentação........................................................................ 9
Lição 1 – Comunicação e Linguagem
1. Comunicação....................................................................... 11
1.1 Justificativas para Melhorar a Redação........................... 13
2. Linguagem ........................................................................... 13
2.1 Funções da Linguagem .................................................. 14
2.2 Escolha da Função Linguística ....................................... 14
3. Discurso ............................................................................... 14
3.1 Discurso Direto ............................................................... 14
3.2 Discurso Indireto ............................................................ 14
3.3 Discurso Indireto Livre .................................................... 14
Exercícios Propostos ................................................................ 16
Lição 2 – Fonética
1. Fonema ................................................................................ 19
1.1 Vogal .............................................................................. 20
1.2 Semivogal ...................................................................... 20
1.3 Consoante ..................................................................... 20
2. Encontros Vocálicos, Consonantais e Dígrafos ..................... 21
2.1 Encontros Vocálicos ....................................................... 21
2.2 Encontros Consonantais ................................................ 22
2.3 Dígrafos.......................................................................... 22
3. Sílaba ................................................................................... 22
3.1 Quanto ao Número de Sílabas........................................ 22
3.2 Quanto à Tonicidade ...................................................... 23
3.3 Divisão Silábica .............................................................. 24
Exercícios Propostos ................................................................ 26
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Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Lição 3 – Morfologia
1. Radical ................................................................................. 29
2. Prefixo .................................................................................. 32
3. Sufixo ................................................................................... 33
4. Formação das Palavras ........................................................ 34
4.1 Derivação ....................................................................... 34
4.2 Composição................................................................... 35
4.3 Redução ou Abreviação Vocabular ................................. 35
4.4 Onomatopeia ................................................................. 36
4.5 Sigla ............................................................................... 36
5. Classes de Palavras ............................................................. 36
5.1 Substantivo .................................................................... 37
5.2 Adjetivo .......................................................................... 39
5.3 Artigo ............................................................................. 40
5.4 Numeral ......................................................................... 41
5.5 Pronome ........................................................................ 42
5.6 Verbo ............................................................................. 44
5.7 Advérbio......................................................................... 46
5.8 Preposição ..................................................................... 47
5.9 Conjunção...................................................................... 48
5.10 Interjeição..................................................................... 49
Exercícios Propostos ................................................................ 51
Lição 4 – Estudo da Oração
1. Frase .................................................................................... 55
2. Período................................................................................. 56
2.1 Período Simples ............................................................. 56
2.2 Período Composto ......................................................... 56
3. Oração ................................................................................. 56
3.1 Sujeito ............................................................................ 56
3.2 Predicado....................................................................... 58
3.3 Objeto Direto e Objeto Indireto ....................................... 60
3.4 Complemento Nominal ................................................... 61
3.5 Agente da Passiva .......................................................... 61
3.6 Adjunto Adnominal ......................................................... 62
3.7 Adjunto Adverbial ........................................................... 62
3.8 Aposto ........................................................................... 62
3.9 Vocativo ......................................................................... 63
Exercícios Propostos ................................................................ 64
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Lição 5 – Concordância
1. Concordância Verbal ............................................................ 67
1.1 Sujeito Simples ............................................................... 67
1.2 Sujeito Composto........................................................... 67
2. Concordância Nominal ......................................................... 69
Lição 6 – Regência
1. Regência Verbal.................................................................... 73
1.1 Aspirar............................................................................ 74
1.2 Assistir ........................................................................... 74
1.3 Preferir ........................................................................... 74
1.4 Querer ............................................................................ 74
1.5 Visar ............................................................................... 74
2. Regência Nominal ................................................................ 74
Exercícios Propostos ................................................................ 76
Lição 7 – Crase
1. Conceito............................................................................... 79
2. Regras Práticas .................................................................... 79
3. Quando Usar Crase .............................................................. 80
4. Nunca Use Crase ................................................................. 81
5. Uso Opcional da Crase......................................................... 84
Exercícios Propostos ................................................................ 85
Lição 8 – Colocação Pronominal
1. Próclise ................................................................................ 87
2. Mesóclise ............................................................................. 88
3. Ênclise .................................................................................. 88
Exercícios Propostos ................................................................ 89
Anexo 1 – Uso do QUE e do SE
1. Uso do QUE ......................................................................... 91
2. Uso do SE ............................................................................ 92
Anexo 2 – Uso dos Porquês ............................................... 95
Respostas dos Exercícios Propostos ............................... 97
Referências Bibliográficas ................................................ 100
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Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/9
apresentação
Todo profissional que busca sucesso na carreira deve estar consciente da
importância de um preparo cuidadoso e abrangente. O desemprego não decorre
apenas dos problemas estruturais da economia mundial, mas também da falta de
qualificação técnica dos eventuais candidatos a uma vaga.
Podemos verificar esta deficiência no que diz respeito à Comunicação e Expressão.
As pessoas não só se comunicam de modo insatisfatório, como apresentam grandes dificuldades na expressão escrita, tanto na correção gramatical das palavras,
quanto na elaboração de textos mais específicos.
Visando melhorar esse quadro, buscamos oferecer a ajuda necessária para você
aprimorar-se na comunicação escrita e falada. Este fator é de máxima importância
na sua vida, seja qual for a sua área de atuação.
Vamos apresentar a você, de forma simples e objetiva, a teoria da comunicação,
a linguagem e suas funções e os tipos de discurso na Língua Portuguesa. Você
irá aprender o conceito e as classificações de fonema, os encontros consonantais
e vocálicos, os dígrafos e as regras de separação de sílabas, tão importantes na
escrita.
Um tema importante é a Morfologia, em que apresentamos os radicais, prefixos e
sufixos, a formação, flexão e todas as classes de palavras (substantivo, adjetivo,
advérbio etc.). Você aprenderá ainda a distinção entre frase, oração e período, os
termos essenciais, integrantes e acessórios da oração e o vocativo.
10/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Nosso conteúdo não estaria completo se não abordássemos a concordância e
a regência verbal e nominal, a colocação pronominal e o uso da crase. Nossa
intenção é a de te munir com as ferramentas necessárias para chegar à proficiência do uso da Língua Portuguesa.
Estude com atenção as lições e não deixe de fazer todos os exercícios propostos.
Desta maneira, temos certeza de que, em breve, estará se comunicando muito
melhor!
Bom estudo!
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/11
lição 1
Comunicação
e Linguagem
A comunicação é um processo contínuo em nossa vida. Começamos a
nos comunicar com a nossa mãe quando ainda estamos no útero e, a
partir de então, passamos por um treinamento contínuo para sermos
entendidos e para que possamos entender o mundo a nossa volta.
Esta lição tem por objetivo apresentar a teoria da comunicação, os
elementos necessários para que ela aconteça, a linguagem humana
em suas expressões de fala e escrita. Quando se escreve ou se lê um
texto, é preciso ter consciência do nosso papel na comunicação, para
que a mensagem seja a mais clara e correta possível e para que sejamos
capazes de entendê-la.
1. Comunicação
Observe como ocorre a comunicação na história ilustrada:
Capitão ao Sargento-Ajudante:
_ Sargento! Dando-se amanhã um eclipse do Sol, determino
que a companhia esteja formada, com uniforme de campanha,
no campo de exercício, onde darei explicações em torno do
raro fenômeno que não acontece todos os dias. Se por acaso
chover, nada se poderá ver e, neste caso, fica a companhia
dentro do quartel.
Sargento-Ajudante ao Sargento-de-Dia:
_ Sargento! De ordem do meu capitão, amanhã haverá um
eclipse do Sol, em uniforme de campanha. Toda a companhia
terá de estar formada no campo de exercício, onde seu capitão
dará as explicações necessárias, o que não acontece todos os
dias. Se chover, o fenômeno será mesmo dentro do quartel.
12/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Sargento-de-Dia ao Cabo:
_ Cabo! O nosso capitão fará amanhã um eclipse do Sol no
campo de exercício. Se chover, o que não acontece todos
os dias, nada se poderá ver. Em uniforme de campanha o
capitão dará a explicação necessária, dentro do quartel.
Cabo aos Soldados:
_ Soldados! Amanhã, para receber o eclipse que dará
uma explicação sobre o nosso capitão, o fenômeno será
em uniforme de exercício. Isto, se chover dentro do
quartel, o que não acontece todos os dias.
A situação apresentada mostra deformações na comunicação e nos leva
à conclusão de que ela não correspondeu à verdade. Poderíamos dizer
que a culpa foi das pessoas envolvidas, porque não reproduziram o
conteúdo da mensagem na sua totalidade, deformando-o de tal maneira que a mensagem fi nal nem de longe se parece com a inicial.
Uma das razões para essa diferenciação é o acréscimo pessoal de cada
um dos envolvidos. Contudo, se a mensagem tivesse sido transmitida por
escrito, o risco de má interpretação teria sido bem menor, mas mesmo
assim existiria.
Esta é a razão fundamental destas lições: não somente proporcionar
uma comunicação oral mais rica, mas, principalmente, desenvolver habilidades para uma comunicação escrita correta e eficaz.
Para que a comunicação aconteça, são necessários os seguintes elementos:
a
c
b
O emissor ou
remetente, que é a
pessoa ou grupo de
pessoas que produzem
g
a mensagem.
d
O canal de comunicação
ou de contato, que
é o meio usado para
a transmissão da
mensagem.
O receptor ou
destinatário, que é a
pessoa ou grupo de
pessoas que recebem
g
a mensagem.
A mensagem
propriamente dita, que
contém as informações
transmitidas.
e
O código, que, no caso de
uma mensagem escrita, é a
língua. Além da língua, outros
códigos poderão ser usados,
tais como cores, formas, sinais
etc. Para que a comunicação
se estabeleça com eficiência,
o emissor e o receptor devem
utilizar o mesmo código.
f
O contexto ou referente,
que é a situação
ou objeto a que a
mensagem se refere.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/13
REFERENTE
Veja este esquema:
Mensagem
EMISSOR
Canal de Comunicação
RECEPTOR
Código
Se você faz o papel do emissor, é necessário
que a sua mensagem seja clara e correta.
Nesse caso, deverá considerar as características
sociais e psicológicas do seu receptor, para que
a mensagem alcance o resultado desejado. O
sucesso da sua comunicação estará garantido
se você souber manusear bem o código e as
informações de que dispõe sobre o referente,
usar apropriadamente o canal de comunicação,
além de ser capaz de produzir uma mensagem
que satisfaça as expectativas de quem vai ser
o seu receptor.
1.1 Justificativas para Melhorar a Redação
O conhecimento das regras gramaticais serve
de apoio para uma boa comunicação escrita,
que tem como justificativas fundamentais:
a) O ato de escrever é um processo
contínuo, que estamos sempre
aprimorando.
Se, por outro lado, você é o receptor de uma
mensagem, deverá ser capaz de captar a
intenção do emissor (que poderia ser um
jornalista, um escritor, um publicitário, um
parente, um amigo, seu chefe etc.): informar,
entreter, vender etc. É preciso levar em conta
toda a trama comunicativa para que a leitura
se torne mais consciente e mais crítica.
a) Linguagem não-verbal: não se utiliza
de palavras. Exemplos: placas de
sinalização de trânsito, o apito da
fábrica na hora do almoço, o apito
do juiz de futebol apontando para a
marca do pênalti.
b) O ato de escrever é vivencial, ou seja,
está baseado na experiência de vida e no
modo como assimilamos as informações
que recebemos continuamente.
c) O ato de escrever é social; ninguém
escreve só para si mesmo, mas para os
outros, de modo a divulgar, discutir,
criticar, enriquecer. Este é um processo
de mão dupla, uma vez que todos são
escritores e leitores ao mesmo tempo.
d) O ato de escrever é profissional. Você
deve se preocupar em ser capaz de
redigir não apenas por prazer, mas,
principalmente, e é isso que importa
aqui, para se sair bem em situações de
trabalho.
2. Linguagem
Linguagem é o uso da palavra articulada ou
escrita como meio de expressão e de comunicação entre pessoas. Pode ser:
Na linguagem não-verbal,
cores, sons, gestos e
desenhos dão logo ideia
do significado.
b) Linguagem verbal: utiliza-se de
palavras, escritas ou faladas.
A linguagem está presente em várias
situações: livros, jornais e revistas, nos gestos, nos anúncios, nas placas de sinalização,
na expressão fisionômica e na conversa das
pessoas etc. Ela serve para expressar sentimentos, ordens, desejos, relevar opiniões etc.
14/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
2.1 Funções da Linguagem
De acordo com o objetivo que o emissor tem
em mente, ele utiliza a linguagem orientando-a para uma certa função:
a) Função Referencial ou Denotativa:
quando o emissor deseja apenas
comunicar algo, dar uma notícia,
descrever um objeto, relatar ou explicar
uma experiência científica. Para tal,
ele deverá utilizar uma linguagem
clara e objetiva, cuidando para que os
vocábulos (palavras) denotem sua real
significação.
b) Função Emotiva ou Expressiva: quando
o emissor, além de relatar algo, o faz
acrescentando a sua própria impressão
pessoal, de modo a causar no receptor
essa mesma emoção, sensibilizando-o.
c) Função Apelativa ou Conativa: quando
o emissor busca influenciar o modo de
pensar e agir do receptor, tomando como
base um texto, um fato, antigo ou não.
d) Função Fática ou de Contato: quando
o emissor, através de mecanismos
adequados, tenta, apesar dos ruídos
e obstáculos, manter o receptor em
contato, de modo que ele receba a
mensagem.
e) Função Metalinguística: quando o
emissor usa o texto para explicar,
definir, analisar, criticar, traduzir ou
trocar termos e expressões da própria
linguagem.
f) Função Poética: quando o emissor
procura realçar os aspectos formais da
mensagem. Para isso, ele pode lançar
mão de recursos especiais, como ritmo,
rimas, versos: é uma linguagem rica,
original e criativa.
texto a ser produzido. Assim, se a redação
for do tipo literária, a escolha da função
que a linguagem exercerá será diferente
daquela encontrada na redação técnica.
O quadro a seguir mostra a predominância
das funções linguísticas nos textos literários e técnicos:
Texto Literário
Texto Técnico
Função emotiva ou
expressiva
Função referencial ou
denotativa
Função apelativa ou
conativa
Função metalinguística
Função fática ou de contato
-
Função poética
-
3. Discurso
Discurso é a exposição de um assunto, por
meio da fala ou da escrita, podendo assumir três formas: discurso direto, discurso
indireto e discurso indireto livre.
3.1 Discurso Direto
Nesta forma de expressão, são reprodu-zidas
as palavras de alguém nos termos exatos
em que foram ditas.
Exemplos:
Z Peço-lhe que não a deixe ir embora.
Z Seu pai possuía grande fortuna?
3.2 Discurso Indireto
O discurso indireto reproduz as palavras
de alguém na 3ª pessoa.
Exemplos:
Z Ele pediu que não a deixasse ir embora.
Z Ela perguntou se meu pai possuía
grande fortuna.
2.2 Escolha da Função Linguística
3.3 Discurso Indireto Livre
Para que ,a redação seja um ato efetivo de
comunicação, o autor deve levar em conta
diversos fatores determinantes do tipo de
Esta forma de expressão, em vez de apresentar o personagem em sua voz própria
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/15
(discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele
teria dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar conjuntamente. Portanto, combina as características do discurso direto e indireto.
Exemplos:
Z João passou a meditar, enquanto andava naquele caminho. Por
que apontar defeitos nos outros? Eram todos irmãos.
Z O senhor aceita um cafezinho? O médico não comia nada depois
do jantar.
anotações/dicas
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Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Exercícios Propostos
1 - Na seguinte situação, identifique cada elemento do processo de comunicação:
Renato, apressadíssimo, avança o sinal vermelho com seu fusca azul. O guarda de trânsito
está por perto e apita. Renato, apavorado, pára o carro.
a) Quem é o emissor? ______________________________________________________
b) Quem é o receptor? _____________________________________________________
c) Qual é a mensagem? ____________________________________________________
d) Qual o canal de comunicação? ___________________________________________
e) Qual o código utilizado? ________________________________________________
f) Qual o referente? _______________________________________________________
2 - Identifique o tipo de discurso, preenchendo os parênteses com D (Direto), I (Indireto) ou IL
(Indireto Livre):
( ) a) Paulo e Maria estão sentados naquele banco da praça.
( ) b) Você viu o que aconteceu ali na esquina?
( ) c) Confirmaram-se todas as expectativas.
( ) d) Passe-me os pãezinhos, por favor.
( ) e) D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando
defeitos no próximo? Eram todos irmãos. (Graciliano Ramos)
3 - É chamada função __________ quando o emissor usa o texto para explicar, definir,
analisar, criticar, traduzir ou trocar termos e expressões da própria linguagem.
Assinale a alternativa que preenche adequadamente a lacuna:
( ) a) Expressiva
( ) b) Apelativa
( ) c) Fática
( ) d) Metalinguística
( ) e) Referencial
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/17
4 - Assinale a alternativa correta:
I. A Função Apelativa é normalmente utilizada em textos literários.
II. A função Denotativa é normalmente utilizada em textos literários.
III. A Função Metalinguística é normalmente utilizada em textos técnicos.
( ) a) Todas as alternativas estão corretas.
( ) b) Todas as alternativas estão incorretas.
( ) c) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
( ) d) Apenas as alternativas I e III estão corretas.
( ) e) Apenas as alternativas II e III estão corretas.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/19
lição 2
Fonética
Fonética é a parte da gramática que estuda os sons da fala. Quando
duas pessoas conversam, elas produzem sons, que são os chamados
fonemas. Quando uma pessoa escreve, ao contrário, ela se utiliza de
letras.
Nesta lição você aprenderá sobre fonemas, encontros de vogais e
consoantes, dígrafos e sílabas.
1. Fonema
Fonema é todo som que pode estabelecer diferença de significado entre
as palavras de uma língua. Por exemplo, nas palavras: MATA, LATA,
PATA e CATA, a diferença de significado entre elas é determinada
pelos fonemas M, L, P e C.
Não se deve confundir fonema com letra. Letra é a representação gráfica
do fonema. Tomemos como exemplo a palavra BARRO, que tem:
Z 5 letras  B / A / R / R / O e
Z 4 fonemas  B / A / RR / O
O mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra. O fonema
z (zê), por exemplo, pode ser representado pelas letras z, s ou x.
Exemplos:
Z C o z e r (lê-se cozer)
Z C a s a (lê-se caza)
Z E x e m p l o (lê-se ezemplo)
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
20/001G
A mesma letra pode representar mais de um
fonema. A letra x, por exemplo, pode representar os fonemas:
Z ZÊ (exemplo: e x a t i d ã o )
Z CÊ (exemplo: p r ó x i m o )
Z CHÊ (exemplo: e n x e r g a r )
Os fonemas são classificados em vogais,
semivogais e consoantes.
1.1 Vogal
Vogal é o fonema produzido pelo ar que
passa pela boca sem encontrar nenhum
obstáculo. As vogais podem ser orais, nasais, abertas ou fechadas, como veremos a
seguir:
a iu
eo
1.1.3 Vogal Aberta
Temos uma vogal aberta quando, ao pronunciá-la, ocorre uma abertura máxima da
boca, como no caso de Á, É e Ó.
Exemplos:
Z Pará
Z Cafuné
1.1.4 Vogal Fechada
Temos uma vogal fechada quando, ao pronunciá-la, ocorre uma abertura mínima da
boca.
Exemplos:
Z Boba
Z Menta
1.2 Semivogal
Semivogal é o nome que se dá aos fonemas
I e U quando, junto de uma vogal, formam
uma só sílaba. Observe que não se trata das
letras I e U, mas sim dos fonemas. Na escrita, os fonemas I e U também podem ser
representados pelas letras E e O.
Z Mão
A vogal é dita oral quando a corrente de ar
sai apenas pela boca, como A, E, I, O e U.
Z Fita
1.1.2 Vogal Nasal
A vogal é nasal quando a corrente de ar sai
pela boca e pelas fossas nasais.
Exemplos:
Z Pântano
Z Tenda
Z Cama
Z Anta
Exemplos:
1.1.1 Vogal Oral
Exemplos:
Z Fala
Z Neta
Z Cola
Z Tudo
Z Pó
Z Vinte
Z Ronco
Z Mundo
Z Cães
Z Mãe
Em cada sílaba só pode existir uma vogal. As
demais são semivogais.
Exemplo:
De acordo com a separação silábica da
palavra RELÓGIO temos:
RE – LÓ – GIO, em que
Z I é semivogal e
Z O é vogal
1.3 Consoante
Consoante é o fonema produzido graças
aos obstáculos que impedem a livre passagem do ar.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Experimente pronunciar os fonemas B e T.
Para pronunciar o B você une os dois lábios
e depois solta o ar. Para pronunciar o T,
você une a língua aos dentes. Observe que
nestes dois casos o ar encontrou obstáculos
na sua passagem pela boca.
b g t
fmz
Na Língua Portuguesa, as consoantes são representadas pelas letras: B, C, D, F, G, J, K,
L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y e Z.
2. Encontros Vocálicos,
Consonantais e Dígrafos
2.1 Encontros Vocálicos
Quando as vogais e semivogais se juntam
em algumas palavras, formam os chamados
encontros vocálicos, conhecidos como ditongo, tritongo e hiato.
2.1.1 Ditongo
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2) De acordo com a separação silábica da
palavra LEITE, temos:
LEI – TE, em que
Z EI é um ditongo
Z E é vogal
Z I é semivogal e
2.1.2 Tritongo
Tritongo é o grupo formado pela junção de
semivogal + vogal + semivogal numa só
sílaba.
Exemplos:
1) De acordo com a separação silábica da
palavra URUGUAI, temos:
U – RU – GUAI, em que
Z UAI é um tritongo
Z U e I são semivogais e
Z A é vogal
2) De acordo com a separação silábica
da palavra SAGUÃO, temos:
SA – GUÃO, em que
Z U e O são semivogais
Z UÃO é um tritongo
Z Ã é vogal
2.1.3 Hiato
Hiato é o grupo formado pela junção de vogal + vogal em sílabas separadas.
Exemplos:
Ditongo é o grupo formado por semivogal e
vogal numa mesma sílaba, correspondendo
a uma só emissão de voz.
1) De acordo com a separação silábica da
palavra SÉRIE, temos:
SÉ – RI – E, em que
Z IE é um hiato e
Exemplos:
1) De acordo com a separação silábica da
palavra COMÉRCIO temos:
Z I e E são vogais
2) De acordo com a separação silábica da
palavra RAINHA temos:
CO – MÉR – CIO, em que
RA – I – NHA, em que
Z IO é um ditongo
Z O é vogal
Z AI é um hiato e
Z I é semivogal e
Z A e I são vogais
22/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
2.2 Encontros Consonantais
2.3 Dígrafos
As consoantes podem se juntar numa mesma palavra sem a presença de uma vogal
entre elas. Esses grupos de consoantes recebem o nome de encontros consonantais.
Dígrafo é o conjunto de duas letras que representam um só fonema. Eles podem ou
não permanecer na mesma sílaba em caso
de separação silábica. São dígrafos:
2.2.1 Na Mesma Sílaba
Os encontros consonantais, que permanecem na mesma sílaba quando da separação
silábica, mais frequentes na Língua Portuguesa são os seguintes:
Z BL (exemplo: blu-sa)
Z BR (exemplo: a-bra-çar)
Z CL (exemplo: cla-ri-da-de)
Z CR (exemplo: es-cre-ver)
Z DR (exemplo: dra-gão)
Z FL (exemplo: flâ-mu-la)
Z GL (exemplo: in-glês)
Z GR (exemplo: ne-gro)
Z PL (exemplo: pla-no)
Z PN (exemplo: pneu-má-ti-co)
Z PR (exemplo: prín-ci-pe)
Z PS (exemplo: psi-có-lo-go)
Z TL (exemplo: a-tle-ta)
Z TR (exemplo: tran-ça)
Z VR (exemplo: li-vro)
2.2.2 Em Sílabas Diferentes
Damos, a seguir, uma relação de encontros consonantais que ficam em sílabas
separadas (quando da separação silábica):
Z BS (exemplo: ab-sol-vi-ção)
Z GN (exemplo: dig-no)
Z CC (exemplo: con-vic-ção)
Z LS (exemplo: con-vul-são)
Z CT (exemplo: as-pec-to)
Z PT (exemplo: ap-ti-dão)
Z DV (exemplo: ad-vo-ga-do)
Z TM (exemplo: rit-mo)
Z FT (exemplo: af-to-sa)
Z CH (exemplos: chu-va, cha-ve)
Z GU (exemplos: guer-ra, guin-cho)
Z LH (exemplos: te-lha, lha-ma)
Z NH (exemplos: ni-nho, u-nha)
Z QU (exemplos: a - q u e - l e , q u e - r e r )
Z RR (exemplos: t e r - r a , b a r - r o )
Z SC (exemplos: nas-cer, des-cer)
Z SÇ (exemplos: cres-ça, des-ça)
Z SS (exemplos: as-sa-do, pás-sa-ro)
Z XC (exemplos: ex-ce-lên-cia,
ex-ce-to)
3. Sílaba
Sílaba é o fonema ou conjunto de fonemas
pronunciado numa só emissão de voz. Na
Língua Portuguesa, a cada vogal de uma
palavra corresponde uma sílaba, não existindo, portanto, sílaba sem vogal.
As palavras podem ser classificadas de
acordo com a quantidade de sílabas que
possui e quanto à posição da sílaba tônica (sílaba com maior intensidade de pronúncia). Vejamos:
3.1 Quanto ao Número de Sílabas
Quanto ao número de sílabas, a palavra
pode ser:
3.1.1 Monossílaba
Monossílaba, como o próprio nome diz, é a
palavra que tem somente uma sílaba.
Exemplos:
Z Mar
Z Sol
Z Pão
Z Fé
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
3.1.2 Dissílaba
Exemplos:
É conhecida como dissílaba a palavra que
tem duas sílabas.
Exemplos:
Z Pato (pa-to)
Z Livro (li-vro)
Z Sorte (sor-te)
Z Café (ca-fé)
3.1.3 Trissílaba
Trissílaba é a palavra que tem três sílabas.
Exemplos:
Z Coluna
Z Número
Z Poltrona
Z Palito
001G/23
(co-lu-na)
(nú-me-ro)
(pol-tro-na)
(pa-li-to)
Z Aluno
Z Cafezinho
Z Palavra
Z Ótimo
(a-lu-no)
( ca-fe-zi-nho)
(pa-la-vra)
(ó-ti-mo)
Na Língua Portuguesa, para palavras com
duas ou mais sílabas, o acento tônico sempre recai na antepenúltima, na penúltima
ou na última sílaba. De acordo com a posição da sílaba tônica, a palavra pode ser
classificada como:
3.2.1 Oxítona
Uma palavra é classificada como oxítona
quando a sua sílaba tônica for a última.
Exemplos:
3.1.4 Polissílaba
Às palavras que têm quatro ou mais sílabas é dado o nome de polissílabas.
Exemplos:
Z Comunicação
Z Classificação
Z Portuguesa
Z Maravilha
(co-mu-ni-ca-ção)
(clas-si-fi-ca-ção)
(por-tu-gue-sa)
(ma-ra-vi-lha)
3.2 Quanto à Tonicidade
De acordo com a intensidade da pronúncia,
as sílabas podem ser classificadas como tônicas ou átonas. A sílaba tônica é aquela
pronunciada com maior intensidade, pois
sobre ela recai o acento tônico. Já a sílaba
átona é aquela pronunciada com menor
intensidade que a sílaba tônica.
Para melhor compreensão, pronuncie a palavra EMPREGADO. Observe que a sílaba
GA é a mais “forte”, isto é, é a sílaba pronunciada com maior intensidade, a sílaba tônica
da palavra. As demais sílabas; EM, PRE e
DO; são sílabas átonas.
Z Urubu
Z Café
Z Animal
Z Você
Z Avó
(u-ru-bu)
(ca-fé)
(a-ni-mal)
(vo-cê)
(a-vó)
3.2.2 Paroxítona
Quando a sílaba tônica é a penúltima sílaba, a palavra é dita paroxítona.
Exemplos:
Z Maravilhoso:
Z Estudante:
Z Móvel:
Z Açúcar:
Z Greve:
(ma-ra-vi-lho-so)
(es-tu-dan-te)
(mó-vel)
(a-çú-car)
(gre-ve)
3.2.3 Proparoxítona
Quando a sílaba tônica recae sobre a antepenúltima sílaba, a palavra é chamada de
24/ 001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
proparoxítona. Na Língua Portuguesa, toda palavra proparoxítona é
acentuada.
Exemplos:
Z Catálogo:
Z Sílaba:
Z Vítima:
(ca-tá-lo-go)
(sí-la-ba)
(ví-ti-ma)
Z Tônico:
Z Pássaro:
(tô-ni-co)
(pás-sa-ro)
As palavras monossílabas, aquelas que contém uma única sílaba, podem ser átonas ou tônicas. A palavra monossílaba átona é a pronunciada fracamente; não tem acento próprio e, por isso, precisa apoiar-se na
palavra que vem antes ou depois dela.
Exemplos:
1) Os alunos pediram uma reunião com os professores.
Palavras monossílabas átonas: os e com.
2) Brilhando no final do dia.
Palavras monossílabas átonas: no e do.
A palavra monossílaba tônica é aquela pronunciada fortemente e, tendo acento próprio, não precisa apoiar-se na palavra que vem antes ou
depois dela.
Exemplos:
1) Você não sabia que ela ganhou um carro novo?
Palavra monossílaba tônica: não.
2) Ele fez de mim o que quis.
Palavras monossílabas tônicas: fez, mim e quis.
3.3 Divisão Silábica
A separação silábica (divisão das palavras em sílabas) é feita com hífen
e obedece a algumas regras. Vamos estudá-las:
1ª Regra: não se separam as letras que formam os dígrafos ch, gu, lh,
nh e qu.
Exemplos:
Z Chapéu:
Z Guincho:
Z Telha:
cha-péu
guin-cho
te-lha
Z Ninho:
Z Querer:
ni-nho
que-rer
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/25
2ª Regra: não se separam as letras dos encontros consonantais que
apresentam a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R.
Exemplos:
Z Flanela:
Z Completo:
Z Brasil:
Z Alegria:
fla-ne-la
com-ple-to
Bra-sil
a-le-gri-a
3ª Regra: separam-se as letras dos dígrafos: rr, ss, sc, sc e xc.
Exemplos:
Z Terraço:
ter-ra-ço
Z Desça:
Z Passarinho:
pas-sa-ri-nho
Z Exceção: ex-ce-ção
Z Crescimento:
cres-ci-men-to
des-ça
4ª Regra: não se separam as letras que formam um ditongo.
Exemplos:
Z História:
his-tó-ria
Z Leitura:
Z Comércio:
co-mér-cio
Z Verdadeiro: ver-da-dei-ro
lei-tu-ra
5ª Regra: não se separam as letras que formam um tritongo.
Exemplos:
Z P a r a g u a i : Pa-ra-guai
Z Quais:
Z A v e r i g u o u : a-ve-ri-guou
quais
6ª Regra: separam-se as letras que formam um hiato.
Exemplos:
Z Poeta:
po-e-ta
Z Joelho:
jo-e-lho
Z Saída:
Z Juiz:
ju-iz
sa-í-da
26/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Exercícios Propostos
1 - Indique o número de fonemas e o número de letras das seguintes palavras:
PALAVRA
FONEMAS
LETRAS
Vento
Toda
Cai
Haverá
Sobre
Esse
Folha
Que
2 - Coloque D para DITONGO, T para TRITONGO ou H para HIATO, para os encontros
vocálicos grifados nas palavras dadas:
(
) a) ficou
(
) b)oceano
(
) c) vou
(
) d) quais
(
) e) navio
3 - Indique dentro dos parênteses o encontro consonantal ou o dígrafo contido em cada
palavra a seguir:
( ) a) sorriso
( ) b) submeter
( ) c) exceção
( ) d) braço
( ) e) longe
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/27
4 - Identifique nos parênteses a sílaba tônica das palavras destacadas:
( ) a) Não se fabrica mais nada naquela indústria?
( ) b) Que fábrica é aquela?
( ) c) Os brasileiros que lá se encontram trabalham com afinco.
( ) d) Vamos viajar imediatamente.
( ) e) Os prisioneiros cavaram um túnel para fugir.
5 - Classifique as seguintes palavras quanto à posição da sílaba tônica, assinalando 1 para
OXÍTONA, 2 para PAROXÍTONA e 3 para PROPAROXÍTONA.
(
) a) política
(
) b) café
(
) c) loja
(
) d) segurança
(
) e) gramática
6 - Separe as sílabas das seguintes palavras:
a) exercício: _______________________________
b) gratuito: ________________________________
c) saia: ____________________________________
d) saía: ____________________________________
e) assembleia: ______________________________
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/29
lição 3
Morfologia
Morfologia é a parte da gramática que estuda a forma e a estrutura das
palavras da Língua Portuguesa para depois classificá-las em categorias
gramaticais. Cada palavra, portanto, pode ser analisada de acordo com
sua função, forma e estrutura. Analisemos, por exemplo, a palavra
GUARDA-SOL.
GUARDA-SOL
• Quanto à função: é um substantivo (palavra que dá nome a um ser).
• Quanto à forma: é gênero masculino e singular.
• Quanto à estrutura: é uma palavra composta.
Nesta lição você conhecerá os processos de formação das palavras e sua
classificação.
1. Radical
Radical é a parte da palavra que contém o seu significado. A partir do
radical de uma palavra primitiva, podemos formar outras, derivadas
dela. Observe as seguintes palavras:
Z Ferr o
Z Ferr ol ho
Z F er r o a r
Z F er r ugem
Z F e rro v ia
Estas palavras apresentam uma parte comum, FERR, que recebe o
nome de radical. Neste exemplo, a palavra primitiva é FERRO, e, as
demais, são derivadas.
A maioria das palavras da Língua Portuguesa tem origem no Latim e
no Grego. Vejamos então os principais radicais latinos e gregos:
30/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Z RADICAIS LATINOS
Radical
Significado
Exemplo
agri
campo
agricultura (cultivo do campo)
beli
guerra
bélico (relativo à guerra)
cida
que mata
inseticida (que mata insetos)
cola
que vive, que cultiva
arborícola (que vive nas árvores)
deci
décimo
decímetro (décima parte do metro)
equi
igual
equilátero (que tem os lados iguais entre si)
fero
que contém, que produz
carbonífero (que contém ou produz carvão)
forme
forma
uniforme (que só tem uma forma)
frater
irmão
fraterno (relativo a irmãos)
herbi
erva
herbicida (substância empregada na destruição de ervas)
homin(i)
homem
homicídio (assassinato)
igni
fogo
ígneo (relativo a fogo)
mini
muito pequeno
minissaia (saia muito curta)
multi
numeroso
multicolorido (que apresenta muitas cores)
ocul(i)
olho
oculista
oni
tudo, todo
onipotente (que pode tudo)
pedi, pede
pé
pedicuro, velocípede
petr(i)
pedra
petrificar (converter em pedra)
pisci
peixe
pisciano (indivíduo nascido sob o signo de Peixes)
pluvio
chuva
pluvial (relativo à chuva)
retro
movimento para trás
retroativo (relativo ao passado)
sideri
astro
sideral (relativo aos astros)
toxico
veneno, entorpecente
toxicômano (indivíduo viciado em entorpecentes)
vitri
vidro
vitrificar (dar aparência de vidro a alguma coisa)
voro
que come
carnívoro (que se alimenta de carne)
Z RADICAIS GREGOS
Radical
Significado
Exemplo
acro
alto, elevado,
ponto culminante
acrobata (que anda na ponta dos pés)
agogo
que conduz
demagogo (chefe de facção popular)
agro
terra
agronomia (estudo do cultivo da terra)
algia
dor
nevralgia (dor que se manifesta na extensão de um nervo)
antropo
homem
antropologia (estudo do homem)
arqueo
antigo, velho
arqueologia (estudo das culturas antigas)
baro
pressão
barômetro (aparelho usado para medir a pressão atmosférica)
biblio
livro
biblioteca (coleção de livros)
bio
vida
biologia (estudo da vida)
cardio
coração
cardiologia (estudo do coração)
cefalo
cabeça
cefaleia (dor de cabeça)
cito
célula
citologia (estudo da célula)
cracia
poder, autoridade
democracia (governo do povo)
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/31
Z RADICAIS GREGOS (cont.)
Radical
Significado
Exemplo
crono
tempo
cronômetro (instrumento para medir intervalos de tempo)
datilo
dedo
datilografar (escrever à máquina)
deca
dez
decaedro (que tem dez faces)
demo
povo
democracia (governo do povo)
derma
pele
dermite (inflamação da pele)
dromo
corrida
autódromo (local apropriado para corridas de automóvel)
edro
base, face
tetraedo (poliedro de quatro faces)
fagia
ato de comer
antropofagia (ato de comer carne humana)
fago
que come ou aquele que
come
antropófago (aquele que come carne humana)
fobia
temor, horror, aversão
hidrofobia (horror a líquidos)
fobo
que odeia, que tem aversão
zoófobo (que tem medo de qualquer animal)
fono
som
fonologia (estudo do sons da linguagem)
gastro
estômago
gastrite (inflamação do estômago)
geo
terra
geografia
gono
ângulo
hexagonal (que tem seis ângulos)
grafia
escrita, descrição
ortografia (escrita correta das palavras)
grafo
que escreve
autógrafo (assinatura ou escrita do próprio autor)
hemo, hemato
sangue
hemorragia (derramamento de sangue para fora dos vasos)
hepato
fígado
hepatite (inflamação do fígado)
hetero
diferente
heterogêneo (composto de partes de diferente natureza)
hidro
água
hidromassagem (massagem feita por meio de jatos de água)
hipno
sono
hipnose (estado mental semelhante ao sono, provocado
artificialmente)
homeo (homo)
semelhante
homogêneo (composto de partes da mesma natureza)
latria
culto, adoração
idolatria (culto a ídolos)
logia
estudo
astrologia (estudo dos astros)
macro
grande
macrocéfalo (que tem a cabeça grande)
metria
medida
cronometria (medição do tempo)
metro
que mede
termômetro (instrumento para medir temperatura)
micro
pequeno
microcéfalo (que tem a cabeça pequena)
mono
único, sozinho
monobloco (feito em um só bloco)
morfo
forma
morfologia (estudo das formas)
neo
novo
neologismo (palavra ou expressão nova)
neuro, nevr
nervo
neurologia, nevralgia
odonto
dente
odontologia (parte da medicina que estuda os dentes)
oftalmo
olho
oftalmologia (ramo da medicina que estuda os olhos)
orto
correto
ortografia
pan
tudo, todos
panamericano (relativo a todas as nações da América)
pneumo
pulmão
pneumonia (inflamação do pulmão)
poli
muito
polígono
polis (pole)
cidade
metrópole (cidade principal ou capital de um estado)
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
32/001G
Z RADICAIS GREGOS (cont.)
Radical
Significado
Exemplo
psico
alma, espírito
psicopatia (doença mental)
rino
nariz
rinite (inflamação da mucosa do nariz)
scopia
ato de ver
microscopia
scopio
instrumento que permite ver
telescópio (instrumento utilizado para ver objetos longíquos)
teca
coleção, lugar onde se guarda
discoteca
tele
ao longe, distância
telescópio
teo
Deus
teologia (estudo das questões religiosas)
termo
calor, temperatura
termômetro
zoo
animal
zoologia (ramo da história natural que estuda os animais)
2. Prefixo
Prefixo é o elemento colocado antes do radical de uma palavra com a
finalidade de acrescentar a ela um significado.
Exemplos:
Z RE (exemplos: rever, reanimar, refazer)
Z DES (exemplos: desfazer, desgraça, desânimo)
Damos a seguir os prefixos de origem latina e grega:
Z PREFIXOS LATINOS
Prefixo
Significado
Exemplo
ab, abs, a
afastamento, separação
circum, circun, circu
em torno de
circumpolar, circundar, circulação
com, con, co
companhia, ocorrência ao mesmo
compartilhar, concomitante, cooperar
contra
oposição
contrariar
de
movimento de cima para baixo
decair
des
separação, ação contrária
desmontar
ex, es, e
movimento para fora, separação
exportar, escorrer, emigrar
in, im, i, em
movimento para dentro
ingerir, importar, imigrar, embarcar
in, im, i, ir
negação
infeliz, impossível, ilegal, irreal
inter, entre
posição intermediária
internacional, entreabrir
intro
para dentro
introduzir
abdicar, abstenção, apartar
re
movimento para trás, repetição
refluir, refazer
super
posição em cima, excesso
superior, superpopulação
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/33
Z PREFIXOS GREGOS
Prefixo
Significado
Exemplo
an, a
negação, ausência de
anarquia, ateu
anti
ação contrária, oposição
antiaéreo
arqui, arc
grau superior
arquiduque, arcanjo
dis
dificuldade
dispneia (dificuldade de respirar)
ex, ec
movimento para fora
exterior, eclipse
hiper
posição superior, excesso
hipertensão
peri
em torno de
periferia
3. Sufixo
Sufixo é o elemento colocado depois do radical de uma palavra com
a finalidade de acrescentar a ela um significado.
Exemplos:
Z EIRO
Na palavra V E R D U R E I R O
VERDUR  radical
EIRO  sufixo
Z ARIA
Na palavra S A P A T A R I A
SAPAT  radical
ARIA  sufixo
Os sufixos costumam ser usados para:
Indicar Aumentativo
Indicar Diminutivo
O
aça (barcaça)
O
acho (riacho)
O
aço (balaço)
O
ebre (casebre)
O
alhão (brincalhão)
O
ejo (lugarejo)
O
anzil (corpanzil)
O
eto, eta (livreto, saleta)
O
ão (mulherão)
O
ico (burrico)
O
arra (bocarra)
O
inho, inha (cantinho, mocinha)
O
ázio (copázio)
O
zinho, zinha (cajuzinho, florzinha)
34/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Formar Substantivos Coletivos
O
ada (cachorrada)
O
al (milharal)
O
ama (dinheirama)
O
aria (livraria)
4.1 Derivação
Derivação é o processo pelo qual se forma
uma palavra a partir de outra já existente. A
palavra que dá origem a outra é chamada
de primitiva, e a palavra que se origina de
outra é chamada de derivada.
Exemplos:
Indicar Profissão
O
dor (vendedor)
O
eiro (marceneiro)
O
tor (escultor)
Indicar Lugar
O
ário (vestiário)
O
eiro (banheiro)
O
tório (dormitório)
Indicar Naturalidade e
Nacionalidade
O
ano (alagoano)
O
ão (alemão)
O
eiro (brasileiro)
O
ês (norueguês)
O
eu (hebreu)
Z A palavra primitiva PEDRA tem
como derivadas: PEDRARIA,
PEDREIRO, PEDREGULHO,
PEDRADA.
Z A palavra primitiva CARNE tem
como derivadas: ENCARNAR,
DESCARNAR, CARNÍVORO,
CARNOSO.
Uma derivação pode ser: prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria.
4.1.1 Derivação Prefixal
(ou Prefixação)
A derivação prefixal ocorre pelo acréscimo
de um prefixo.
Exemplos:
Z des + continuar = descontinuar
Z hiper + mercado = hipermercado
4.1.2 Derivação Sufixal (ou Sufixação)
Formar Verbos
O
ear (pisotear)
O
entar (apresentar)
O
icar (bebericar)
O
itar (saltitar)
4. Formação das Palavras
A formação de palavras na Língua Portuguesa é feita através dos seguintes processos:
derivação, composição, redução ou abreviação vocabular, onomatopeia e sigla.
A derivação sufixal ocorre pelo acréscimo de
um sufixo.
Exemplos:
Z samb + ista = sambista
Z polícia + mento = policiamento
4.1.3 Derivação Parassintética
(ou Parassíntese)
A derivação parassintética ocorre pelo
acréscimo, ao mesmo tempo, de um prefixo
e um sufixo a um radical já existente.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Exemplos:
Z a + joelh + ar = ajoelhar
a  prefixo
joelh  radical
ar  sufixo
Z en + gavet + ar = engavetar
en  prefixo
gavet  radical
ar  sufixo
4.1.4 Derivação Regressiva
A derivação regressiva ocorre pela redução
de elementos já existentes na palavra primitiva.
001G/35
4.2 Composição
Composição é o processo de formação de
palavras pela junção de duas ou mais palavras, ou pela junção de dois ou mais radicais já existentes. Pode se realizar por
justaposição ou por aglutinação.
4.2.1 Composição por Justaposição
Neste processo, cada elemento que compõe
a nova palavra mantém sua pronúncia.
Exemplos:
Z guarda + chuva = guarda-chuva
Z mal + me + quer = malmequer
Z vai + vem = vaivém
Exemplos:
Z BUSCAR
(verbo)

BUSCA
(substantivo)
Z ATACAR
(verbo)

ATAQUE
(substantivo)
Z COMBATER
(verbo)

COMBATE
(substantivo)
Z CASTIGAR
(verbo)

CASTIGO
(substantivo)
Z AMPARAR
(verbo)

AMPARO
(substantivo)
Z arco + íris = arco-íris
Z sexta + feira = sexta-feira
4.2.2 Composição por Aglutinação
Neste processo, pelo menos um dos elementos da nova palavra sofre alteração na sua
pronúncia.
Exemplos:
Z plano + alto = planalto
Z água + ardente = aguardente
4.1.5 Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando a
palavra não sofre nenhuma modificação
em sua forma, apenas muda de classe gramatical.
Exemplos:
Z O azul reflete a beleza do mar.
Neste exemplo, o adjetivo azul foi
empregado como sujeito.
Z Pisava forte no chão.
Neste exemplo, o adjetivo forte
foi empregado como advérbio
(fortemente).
Z alvo + verde = alviverde
Z perna + alta = pernalta
4.3 Redução ou Abreviação Vocabular
Consiste na redução fonética da palavra.
Exemplos:
Z Foto  Fotografia
Z Quilo  Quilograma
Z Auto  Automóvel
Z Pneu  Pneumático
Z Cine  Cinema
36/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Não se deve confundir abreviação vocabular com abreviatura ou sigla da palavra.
Exemplos:
Z Av. (abreviatura da palavra
Avenida)
Z MEC (sigla que significa
Ministério da Educação e Cultura)
4.4 Onomatopeia
A onomatopeia consiste em criar palavras
que tentam reproduzir sons ou ruídos.
Exemplos:
Z tique-taque
Z reco-reco
Z pingue-pongue
Z zum-zum
Z tchibum
Z pio
5. Classes de Palavras
“Existem no jardim muitos
habitantes que não podem ser vistos
com facilidade, pelo menos durante
o dia. É o caso, por exemplo, dos
caracóis e das lesmas. Para se
descobrir o esconderijo diurno desses
animaizinhos, bastaria seguir o
‘caminho’ prateado que eles deixam
sobre a grama e as folhas das plantas.
Ele poderia conduzi-lo até os galhos
caídos e as pedras em um canto
do jardim. (...) Você encontrará
um mundo praticamente novo e
desconhecido.”
(O Verde e a
Vida – Sonia
Tokitaka e
Heloísa Gebara)
um!
b
Tchi
4.5 Sigla
Através deste processo são reduzidos títulos
e expressões extensos, utilizando a letra ou a
sílaba inicial de cada um dos elementos.
Sigla
Significado
FUNAI Fundação Nacional do Índio
USP
Universidade de São Paulo
OVNI
Objeto Voador Não Identificado
IBOPE
Instituto Brasileiro de Opinião
Pública e Estatística
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística
ONU
Organização das Nações Unidas
Lendo o texto e observando a ilustração,
temos aqui duas mensagens: uma visual e
outra verbal. A ilustração, que utiliza a linguagem não verbal, reproduz um ambiente
do mundo real, com plantas e animais.
No texto foram usadas palavras que designam os seres (jardim, caracóis, lesmas, esconderijo, pedras etc.), que ligam palavras
(no, que, em etc.), que indicam ações (descobrir, seguir, encontrará) etc.
Ao produzir uma mensagem falada ou escrita, cada palavra tem uma finalidade específica. De acordo com cada finalidade,
as palavras são classificadas em 10 grupos,
chamados classes gramaticais, que são:
substantivo, adjetivo, verbo, pronome, numeral, artigo, advérbio, preposição, conjunção e
interjeição.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
As 10 classes gramaticais dividem-se em
dois grupos:
1) Variáveis: podem apresentar mudança na
forma. São os: substantivos, adjetivos,
verbos, artigos, pronomes e numerais.
2) Invariáveis: não apresentam mudança na
forma. São os: advérbios, preposições,
conjunções e interjeições.
Vamos, a seguir, estudar cada uma das
classes gramaticais.
5.1 Substantivo
Substantivo é a palavra que dá nome aos
seres.
001G/37
Exemplos:
Z Homem
Z Menino
Z Cão
Z Cidade
Z País
Z Mulher
Substantivo próprio é aquele que dá nome
a um ser entre todos os outros seres de uma
mesma espécie.
Exemplos:
Z José
Z Totó
Z Porto Alegre
Z Maria
Z Pedrinho
Z Portugal
5.1.2 Substantivos Concreto e Abstrato
Exemplos:
Z Lugares
(São Paulo, Londres, Ponta Grossa,
Santos)
Z Criaturas reais ou imaginárias
(João, Papai Noel, assombração, Saci)
Z Objetos
(vaso, panela, cadeira, livro)
Z Sentimentos
(amor, saudade, paixão, ódio, alegria,
amizade)
Z Qualidades
(riqueza, beleza, feiura, suavidade,
fraqueza)
Z Espécie ou gênero
(maçã, madeira, artista, visitante,
fruta)
O substantivo é classificado como:
comum, próprio, concreto, abstrato,
simples, composto, primitivo, derivado
ou coletivo.
5.1.1 Substantivos Comum e Próprio
Substantivo comum é aquele que dá nome
ao grupo de seres de uma mesma espécie.
Substantivo concreto é aquele que designa
o ser que existe independentemente de outros seres, podendo ser real ou imaginário.
Exemplos:
Z Livro
Z Árvore
Z Fada
Z Fantasma
Substantivo abstrato é aquele que designa seres que dependem de outros para se
manifestar ou existir. Indicam ação, sentimento, estado ou qualidade.
Exemplos:
Z Briga
Z Derrota
Z Amor
Z Ódio
Z Beleza
Z Riqueza
Z Magreza
Z Ternura
5.1.3 Substantivos Simples e Composto
Substantivo simples é aquele formado por
um único elemento.
Exemplos:
Z Chuva
Z Sofá
Z Sol
Z Tempo
38/ 001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Substantivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos.
Os elementos que formam um substantivo composto podem vir unidos
ou separados por hífen.
Exemplos:
Z Guarda-chuva
Z Sofá-cama
Z Guarda-sol
Z Passatempo
Z Girassol
Z Bem-te-vi
5.1.4 Substantivos Primitivo e Derivado
Substantivo primitivo é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra.
Exemplos:
Z Limão
Z Escada
Z Ferro
Z Noite
Substantivo derivado é aquele que se origina de outra palavra.
Exemplos:
Z Limoeiro
Z Escadaria
Z Ferreiro
Z Noitada
5.1.5 Substantivo Coletivo
Substantivo coletivo é o substantivo comum que, no singular, designa
um conjunto de seres.
Exemplos:
Z Enxame
Z Ramalhete
Z Multidão
Damos a seguir uma relação dos substantivos coletivos mais usados na
Língua Portuguesa:
Substantivo
Coletivo de
Substantivo
Coletivo de
Alcateia
Lobos
Cancioneiro
canções e de poesias líricas
Armada
navios de guerra
Caravana
viajantes
Arquipélago
ilhas
Cardume
peixes
Banca
examinadores
Chusma
pessoas
Banda
músicos
Clero
sacerdotes
Bando
aves, de ciganos e de salteadores
Colmeia
abelhas
Batalhão
soldados
Conclave
cardeais para a eleição do Papa
Cacho
bananas e de uvas
Constelação
estrelas
Cáfila
camelos
Corja
vadios, de velhacos e de ladrões
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Substantivo
Coletivo de
Substantivo
001G/39
Coletivo de
Coro
anjos e de cantores
Molho
chaves e de verdura
Elenco
atores
Multidão
pessoas
Enxame
abelhas
Ninhada
pintos
Esquadra
navios de guerra
Plateia
espectadores
Esquadrilha
aviões
Penca
frutas e de chaves
Exército
soldados
Plêiade
poetas e de artistas
Falange
soldados e de anjos
Quadrilha
salteadores
Fato
cabras
Ramalhete
flores
Feixe
lenha e de capim
Rebanho
gado
Frota
navios mercantes e de ônibus
Resma
folhas de papel
Horda
desordeiros, de aventureiros e de
bandidos
Réstia
cebola e de alho
Junta
bois, de médicos e de
examinadores
Romanceiro
poesias narrativas
Legião
soldados e de demônios
Súcia
velhacos e de desordeiros
Malta
desordeiros
Tripulação
tripulantes
Manada
bois, de búfalos e de elefantes
Turma
estudantes e de
trabalhadores
Matilha
cães de caça
Vara
porcos
5.2 Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa característica, qualidade, defeito,
aparência ou estado dos seres.
Exemplos:
Z Macio
Z Feio
Z Azul
Z Inteligente
Z Bonito
Z Angelical
Z Inútil
Z Econômico
O adjetivo sempre modifica um substantivo ou pronome.
Exemplos:
Z Aquela casa é bonita.
Casa substantivo
Bonita adjetivo
Z Aquela casa é feia.
Casasubstantivo
Feiaadjetivo
Para reconhecer um adjetivo com maior facilidade, basta verificar se a
palavra pode ser precedida de “tão”, no singular ou no plural.
40/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Exemplos:
Z Alegre é um adjetivo, porque é
possível dizer tão alegre e tão
alegres.
Z Casa não é um adjetivo, porque
não é possível dizer tão casa ou
tão casas.
5.2.1 Classificação dos Adjetivos
Os adjetivos classificam-se em primitivos,
derivados, simples, compostos e pátrios ou
gentílicos.
Adjetivo primitivo é aquele que não deriva
de outra palavra da Língua Portuguesa.
Exemplos:
Z Fiel
Z Falso
Z Novo
Adjetivo derivado é aquele que se origina
de um substantivo, de um verbo ou de outro
adjetivo.
Exemplos:
Adjetivo pátrio ou gentílico é o que se refere
à naturalidade ou nacionalidade.
Exemplos:
Z Baiano
Z Nordestino
Z Sulista
Z Brasileiro
Z Holandês
Z Norte-americano
Z Carioca
Z Gaúcho
5.2.2 Locuções Adjetivas
Locuções adjetivas são expressões que equivalem a adjetivos.
Exemplos:
Z sem capacidade  incapaz
Z de escola  escolar
Z de filho  filial
Z de mãe  maternal
Z do pai  paterno
Z sem coragem  medroso
Z sem limites  ilimitado
5.3 Artigo
Z MORTALderivado do substantivo
MORTE
Z LAMENTÁVELderivado do verbo
LAMENTAR
Z DESUMANOderivado do adjetivo
HUMANO
Artigo é a palavra empregada antes de um
substantivo para defini-lo ou indefini-lo.
Observe a figura:
Adjetivo simples é aquele que apresenta um
só elemento.
Exemplos:
Z Azul
Z Econômico
Z Brasileiro
Adjetivo composto é aquele formado por
dois ou mais elementos (separado ou não
por hífen).
Exemplos:
Z Azul-claro
Z Socioeconômico
Z Luso-brasileiro
João vai dar um
vaso de presente.
Na primeira frase, não está especificado
qual o vaso que João vai dar de presente. O
artigo um indefine o substantivo vaso, sendo,
portanto, um artigo indefinido.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/41
O numeral pode ser: cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionário.
5.4.1 Numeral Cardinal
Indica a quantidade exata de seres.
João vai dar o
vaso de presente.
Na segunda frase, não se trata de um vaso
qualquer, mas sim de um vaso definido. O
artigo o define o substantivo vaso, sendo,
portanto, um artigo definido.
5.3.1 Artigos Indefinidos
Os artigos indefinidos são usados para generalizar ou indefinir um substantivo, como
vimos no exemplo dado. São artigos indefinidos os artigos: UM, UMA, UNS e UMAS.
Exemplos:
Z um professor
Z uns cadernos
Z uma revista
Z umas bolsas
5.3.2 Artigos Definidos
Os artigos definidos são usados para individualizar, determinar ou definir um substantivo. São artigos definidos os artigos: O,
A, OS e AS.
Exemplos:
Z o professor
Z os cadernos
Exemplos:
Z Três carros
Z Cinco milhões de insetos
Z Doze pessoas
5.4.2 Numeral Ordinal
Indica a ordem dos seres numa série.
Exemplos:
Z Primeiro
Z Segundo
Z Décimo
Z Milésimo
5.4.3 Numeral Multiplicativo
Indica uma quantidade multiplicada do
mesmo ser.
Exemplos:
Z Dobro
Z Triplo
Z Quádruplo
Z Dupla
5.4.4 Numeral Fracionário
Indica divisão de uma quantidade.
Z a revista
Z as bolsas
Exemplos:
Z Um terço
Z Um oitavo
Z Meio
Z Metade
5.4 Numeral
Numeral é a palavra que indica a quantidade de seres ou a posição que os seres ocupam numa série.
Exemplos:
Z Cinco Z Dezesseis
Z Mil
Z Primeiro
Z Décimo
1
8
(Um oitavo)
42/ 001G
Saiba Mais
Escreva cinquenta,
e não cincoenta. No
entanto, você pode
escrever catorze ou
quatorze; ambas as
formas são corretas.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
São consideradas como numerais as palavras:
Z ZERO
Z AMBOS e AMBAS
Z que designam um conjunto de seres (numerais coletivos): PAR,
NOVENA, DEZENA, CENTENA, DÉCADA, SÉCULO, DÚZIA,
GROSA (doze dúzias), MILHEIRO, CENTENÁRIO etc.
5.5 Pronome
Pronome é a palavra que substitui ou determina um nome.
Eu gostaria que
você ficasse
com ele!
Observe a ilustração, a figura mostra as três pessoas do discurso, que
são:
Z Quem fala: a mulher.
Ela se refere a si mesma dizendo eu. Esta palavra representa a
primeira pessoa do discurso (quem fala) no singular.
Z Quem ouve: a criança.
A palavra você refere-se à segunda pessoa do discurso (o ouvinte)
no singular.
Z A palavra ele refere-se à terceira pessoa do discurso (pessoa ou coisa
de quem/que se fala) no singular: o gato.
Portanto, são três as pessoas do discurso ou pessoas gramaticais:
Z 1ª pessoa: eu (singular) e nós (plural)
Z 2ª pessoa: tu, você (singular) e vós, vocês (plural)
Z 3ª pessoa: ele, ela (singular) e eles, elas (plural)
Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos,
indefinidos, interrogativos e relativos.
5.5.1 Pronomes Pessoais
Pronomes pessoais são aqueles que substituem as três pessoas gramaticais (1ª pessoa, 2ª pessoa e 3ª pessoa), podendo dividir-se em
retos e oblíquos, conforme a tabela a seguir.
Retos
Oblíquos
Átonos
Tônicos
Singular
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa
eu
tu
ele, ela
me
te
se, lhe, o, a
mim, comigo
ti, contigo
si, consigo, ele, ela
Plural
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa
nós
vós
eles, elas
nos
vos
se, lhes, os, as
nós, conosco
vós, convosco
si, consigo, eles, elas
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/43
Entre os pronomes pessoais incluem-se também os pronomes de tratamento, que indicam respeito, cortesia, cerimônia. Veja a tabela a seguir.
Abreviatura
Pronome
Singular
Emprego
Plural
Senhor/Senhora
Sr./Sr.ª
Srs./Sras.
tratamento respeitoso em geral
Senhorita
Sr.ta
Sr.tas
moças solteiras
Você
v.
tratamento familiar
Vossa Alteza
V.A.
VV.AA.
príncipes, princesas, duques
Vossa Eminência
V. Em.ª
V. Emas.
cardeais
Vossa Excelência
V. Ex.ª
V. Exas.
altas autoridades
Vossa Magnificência
V. Mag.ª
V. Magas.
reitores de universidades
Vossa Majestade
V. M.
VV. MM.
Vossa Meretíssima
usado por extenso
reis, imperadores
juízes de direito
Vossa Reverendíssima
V. Rev.a ou V.
Rev.ma
V. Rev.mas
sacerdotes
Vossa Senhoria
V. S.ª
V.Sas.
altas autoridades (é bastante frequente
também na correspondência comercial)
Vossa Santidade
V. S.
Papa
5.5.2 Pronomes Possessivos
Pronomes possessivos são os pronomes que indicam o que pertence a
cada uma das pessoas gramaticais. São eles:
Singular
Z 1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas
Z 2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas
Z 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas
Plural
Z 1ª pessoa: nosso, nossa, nossos, nossas
Z 2ª pessoa: vosso, vossa, vossos, vossas
Z 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas
5.5.3 Pronomes Demonstrativos
Os pronomes que situam no espaço os seres de que se fala são chamados
de pronomes demonstrativos. São eles:
Z este, esta, isto indicando que o ser está perto da pessoa que
fala (o falante).
Z esse, essa, isso indicando que o ser está perto da pessoa com
quem se fala (o ouvinte).
Z aquele, aquela, aquilo indicando que o ser está afastado do
falante e do ouvinte.
44/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
5.5.4 Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefi nidos são aqueles que
se referem à 3ª pessoa gramatical de modo
vago, impreciso e indeterminado, podendo
ser classificados como variáveis ou invariáveis. São eles:
Variáveis
Masculino
singular
plural
singular
o qual
os quais
a qual
cujo
cujos
cuja
quanto
quantos
Inváriaveis
que
quem
feminino
plural
as quais
cujas
quantas
onde
Variáveis
qualquer
quaisquer
Masculino
feminino
singular
plural
singular
plural
algum
alguns
alguma
algumas
nenhum
nenhuns
nenhuma
nenhumas
todo
todos
toda
todas
outro
outros
outra
outras
muito
muitos
muita
muitas
pouco
poucos
pouca
poucas
tanto
tantos
tanta
tantas
quanto
quanta
quantos
quantas
Inváriaveis
alguém
algo
outrem
(outra
pessoa)
ninguém
quem
tudo
nada
5.5.5 Pronomes Interrogativos
Pronomes interrogativos são os pronomes
indefinidos que, quem, qual e quanto empregados em frases interrogativas.
Exemplos:
Z Que recibo? Não assinei nenhum.
Z O que significa a palavra pluricelular?
Z Quem foi?
Z Quanto custa esse dicionário?
Z Qual você escolhe?
5.5.6 Pronomes Relativos
Pronomes relativos são os pronomes que
aparecem numa oração representando alguma palavra que já apareceu na oração
anterior. Também podem ser variáveis ou
invariáveis. São os seguintes:
Oração: conforme estudaremos na próxima lição,
oração é a frase, ou parte dela, que se organiza em
torno de um verbo ou de uma locução verbal.
Exemplos:
Z Esse é o livro que prefiro.
(que = livro)
Z Chegou a pessoa de quem se falava.
(quem = pessoa)
Z Esta é a cidade onde nasci.
(onde = cidade)
5.6 Verbo
Verbo é a palavra que exprime ação, estado,
mudança de estado e fenômeno, situando-os no tempo passado, presente e futuro.
Observe o texto:
O jardim estava repleto de
flores, algumas miudinhas, azuis
e brancas, outras enormes, em
cachos, de um vermelho tão vivo
que doía nos olhos. E as borboletas?
Tão coloridas e tão frágeis, a
esvoaçar no verde tapete do
gramado, aproximando-se muitas
vezes da casa. Ah! A casa! Era um
sobrado maravilhoso, no mais lindo
amarelo-claro com detalhes em
branco! Uma chuva de florzinhas
amarelas a despencar das janelas!
Esse, o lugar dos meus sonhos...
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
O modo verbal indica a maneira como o
fato é expresso pela pessoa que comunica
a mensagem. São três os modos:
Todas as palavras destacadas no texto
são verbos, a classe de palavras que apresenta o maior número de flexões na Língua
Portuguesa.
Z
5.6.1 Flexões dos Verbos
Z a pessoa gramatical que pratica essa
ação (nós)
Modo Indicativo: quando a pessoa que
fala demonstra certeza sobre o fato.
Exemplo:
Veja, por exemplo, a forma estudávamos. Ela
indica:
Z a ação de estudar
001G/45
Z João trabalhava na feira do subúrbio.
Z Modo Subjuntivo: quando a pessoa que
fala demonstra dúvida diante do fato.
Z o número gramatical (plural)
Exemplo:
Z o tempo em que essa ação ocorreu
(pretérito)
Z Talvez João trabalhe na feira do
subúrbio.
Z o modo como é encarada a ação: um
fato acontecido no passado (indicativo)
Z que o sujeito pratica a ação (voz ativa)
Os verbos admitem as formas singular e
plural.
Z Modo Imperativo: quando a pessoa expressa o fato como uma ordem, um
conselho, um pedido.
Exemplo:
Z Trabalhe na feira do subúrbio, João.
Exemplos:
Singular
O tempo verbal localiza o fato em relação ao momento em que se fala. São três:
Maria estuda naquele colégio.
Plural
Renata e Patrícia estudam naquele
colégio.
Z Presente: é quando o fato acontece no
exato momento em que se fala.
Exemplo:
As três pessoas gramaticais servem de sujeito para o verbo:
Z 1ª Pessoa (aquela que fala)
Singular  Eu estudo.
Plural  Nós estudamos.
Z 2ª Pessoa (aquela que ouve)
Singular  Tu estudas.
Plural  Vós estudais.
Z 3ª Pessoa (aquela de quem se fala)
Singular  Ele estuda. Ela estuda.
Plural  Eles estudam. Elas estudam.
Z Pego a apostila e estudo.
Z
Pretérito (ou passado): é quando o fato
aconteceu num momento anterior àquele
em que se fala.
Exemplo:
Z Peguei a apostila e estudei.
Z
Futuro: é quando o fato ainda não aconteceu e poderá acontecer após o momento
em que se fala.
Exemplo:
Z Pegarei a apostila e estudarei.
46/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
As vozes dos verbos são:
Z Voz Ativa: é quando o sujeito pratica a ação
expressa pelo verbo.
Exemplo:
Z A menina penteou o cachorrinho.
Z Voz Passiva: é quando o sujeito sofre a ação
expressa pelo verbo.
Exemplo:
Z O cachorrinho foi penteado pela
menina.
Z Voz Reflexiva: é quando o sujeito pratica
e sofre a ação expressa pelo verbo.
Exemplo:
Z A menina penteou-se.
5.6.2 Locução Verbal
É formada por um verbo auxiliar e um verbo principal, que equivalem a uma só forma
verbal.
Note que a segunda frase é mais completa, pois a palavra ontem ampliou a informação expressa pelo verbo visitar. Ontem
indica quando ocorreu o fato de visitar,
ou seja, indica uma circunstância de tempo. Nessa frase, ontem é um advérbio que
modifica o verbo.
Exemplos:
Z Dia lindo.
Z Dia muito lindo.
Observe que a palavra muito está intensificando o significado do adjetivo lindo. Muito é
um advérbio que modifica o adjetivo.
Veja agora como um advérbio pode também
modificar um outro advérbio:
Z A casa ficava tão longe que demoramos
a chegar.
Nesta frase, tão e longe são advérbios. O
advérbio tão está modificando o advérbio
longe.
5.7.1 Locução Adverbial
Exemplos:
Z Este trabalho será refeito.
será é verbo auxiliar, e refeito é verbo
principal
Z Os tios de Maria ficaram conversando
até altas horas.
ficaram é verbo auxiliar, e
conversando é verbo principal
Locução adverbial é um conjunto de palavras que tem a mesma função de um advérbio.
Exemplos:
Z Ela comeu em demasia.
Z Em breve teremos notícias daquele
casal.
5.7 Advérbio
Advérbio é a palavra que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, indicando uma circunstância. Observe as seguintes
frases:
Z Visitei minha prima.
Z Ontem visitei minha prima.
“Em demasia” é uma locução adverbial que
tem a mesma função do advérbio de modo
“demasiadamente”. A locução adverbial
“em breve” corresponde ao advérbio “brevemente”.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/47
5.7.2 Classificação de Advérbios e Locuções Adverbiais
Circunstância
Afirmação
Advérbio
sim, certamente, deveras,
realmente etc.
Locução Adverbial
com certeza, por certo, sem dúvida,
de fato etc.
Exemplos
Sim, era pura teimosia. (Érico Veríssimo)
_ O senhor é Rogério Palma? _ indagou.
_ Exatamente - respondi eu. (Lúcio
Cardoso)
Havia uma desgraça, com certeza havia
uma desgraça. (Graciliano Ramos)
Dúvida
talvez, acaso, porventura,
provavelmente, decerto
etc.
Intensidade
bastante, bem,
demais, mais, menos,
muito, pouco, quase,
quanto, tanto, tão,
demasiado, meio,
todo, completamente,
demasiadamente,
excessivamente, apenas
etc.
de muito, de pouco, de todo, em
demasia, em excesso, por completo
etc.
abaixo, acima, adiante,
aí, aqui, além, ali, aquém,
cá, acolá, atrás, através,
dentro, fora, perto, longe,
junto, onde, defronte,
detrás etc.
à direita, à esquerda, à distância, ao
lado, de longe, de perto, para dentro,
por aqui, em cima, por fora, para
onde, por ali, por dentro etc.
Não precisava ir longe.
(José Lins do Rego)
assim, bem, mal,
depressa, devagar, pior,
melhor, como, alerta,
suavemente, lentamente, e
quase todos os advérbios
terminados em -mente.
às cegas, às claras, à toa, à
vontade, às pressas, a pé, ao léu, às
escondidas, em geral, em vão, passo
a passo, de cor, frente a frente, lado a
lado etc.
(...) balões
Passavam errantes
Silenciosamente.
(Manuel Bandeira)
Negação
não.
de forma alguma, de jeito algum, de
modo algum, de jeito nenhum etc.
Tempo
hoje, ontem, amanhã,
agora, depois, antes,
já, anteontem, sempre,
nunca, tarde, jamais,
outrora, raramente,
sucessivamente,
presentemente etc.
à noite, à tarde, às vezes, de repente,
de manhã, de vez em quando, de
súbito, de quando em quando, em
breve, de tempos em tempos, vez por
outra, hoje em dia etc.
Lugar
Modo
Tirou os óculos talvez para respirar
melhor. (Clarice Lispector)
_ Vovozinha, que braços tão magros
os seus e que mãos tão trementes.
(Guimarães Rosa)
Gastavam água em excesso.
Foram se postar mais adiante...
(Jorge Amado)
As águas atrasadas
derramavam-se em desordem pelo
mato.
(Raul Bopp)
Não ouvi coisa alguma.
De jeito algum vou trabalhar neste lugar.
Hoje tem festa no brejo.
(Carlos Drummond de Andrade)
Os pardais acordavam de manhã.
(Dalton Trevisan)
5.8 Preposição
Preposição é a palavra que relaciona dois termos, em que um completa
ou explica o sentido do outro. Observe a frase:
Z Estou com medo.
Nesta frase, o sentido do termo estou é completado pelo termo medo.
A relação entre os dois termos é feita pela palavra com, que é uma
preposição.
48/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Exemplos:
Z Ele ficou sem dinheiro.
Z Mariana foi até a sala de reuniões.
Z Os meninos continuaram contra a ideia de viajar.
Z Alimentar-se bem ajuda a crescer com saúde.
As palavras: A, DE, COM, ANTE, SOBRE, EM, ATÉ, CONTRA,
ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, ATRÁS,
APÓS, TRÁS, DESDE são preposições.
5.8.1 Locução Prepositiva
Quando várias palavras têm valor de uma preposição, temos o que se
chama de locução prepositiva, que geralmente termina com a preposição de.
Exemplos:
Z Ele estava a fim de encerrar o trabalho naquela manhã.
Z Havia muitos interessados, apesar de ser um dia chuvoso.
As preposições podem ser combinadas com artigos, alguns pronomes
e com advérbios, formando palavras como do, disto, pelas etc. Veja a
tabela a seguir.
de
em
per
a
de + o = do
em + o = no
per + o = pelo
a + o = ao
de + ele = dele
em + ele = nele
per + a = pela
a + os = aos
de + este = deste
em + este = neste
per + os = pelos
a + onde = aonde
de + isto = disto
em + isto = nisto
per + as = pelas
de + esse = desse
em + esse = nesse
de + isso = disso
em + isso = nisso
de + aquele =
daquele
em + aquele = naquele
de + aqui = daqui
em + aquilo = naquilo
de + ali = dali
em + outro = noutro
em + um = num
5.9 Conjunção
Conjunção é a palavra que liga orações ou termos semelhantes de uma
mesma oração.
Exemplo:
Z Joana correu e alcançou a bola.
Neste exemplo, a palavra e é uma conjunção, pois está ligando a
primeira oração (Joana correu) à segunda oração (alcançou a bola).
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/49
São conjunções: NEM, MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO,
ENTRETANTO, SENÃO, ORA, LOGO, PORTANTO, POIS,
ASSIM, PORQUE, PORQUANTO, COMO, SE, CASO, CONFORME,
EMBORA, QUANDO, APENAS, E, QUE, OU, APÓS ETC.
Exemplos:
Z Não desobedeça, pois ela é sua mãe!
Z Ao descer a ladeira, a carga ora escorrega para um lado, ora
para o outro.
5.9.1 Locução Conjuntiva
Quando várias palavras exercem a função de conjunção, temos uma
locução conjuntiva.
Exemplos:
Z Ele sentiu-se mal logo que começou o filme.
Z Vamos àquele parque, já que a entrada é mais barata.
Z Lá chegando, não só ela, mas também todos os vizinhos
começaram a dançar.
5.10 Interjeição
Interjeição é a palavra que expressa emoção, sensação, apelo ou saudação. Por esse motivo, é sempre acompanhada do sinal de exclamação (!).
Exemplos:
Z Oh! Que casa linda!
Z Oba! Vamos viajar!
Z Silêncio! Estamos na biblioteca!
As interjeições são classificadas de acordo com o sentimento que expressam, entretanto, essa classificação não é rigorosa, uma vez que:
Z Uma mesma interjeição pode expressar mais de um sentimento.
Z Psiu! Quer sair comigo? (um rapaz dirigindo-se a uma garota, por
exemplo)
Z Psiu! Fale baixo! (um apelo)
Z Puxa! Como você pôde fazer isso com ela, tão sua amiga?
(desaprovação)
Z Puxa! Ela correu sem parar! (admiração)
50/001G
Z
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Pode haver mais de uma interjeição para expressar o mesmo sentimento.
Z Ó! Minhas amigas... (chamamento)
Z Ei! Venham cá, minhas amigas! (chamamento)
As principais interjeições usadas na Língua Portuguesa podem representar:
Interjeição
exemplo
Advertência
alerta! cuidado! calma! atenção! devagar! olha lá!
Animação
coragem! avante! eia! vamos! força! firme!
Alegria
ah! oh! viva! oba! aleluia! eh!
Alívio
ufa! arre! uf! ah!
Aprovação
bravo! bis! viva! boa!
Apelo, chamamento
alô! olá! psiu! socorro! ei! valha-me Deus!
Concordância
claro! sim! pois não! hã-hã! tá!
Desaprovação
credo! fora! basta! francamente! xi! puxa!
Desejo
oh! oxalá! tomara! pudera!
Dor, lástima
ai! ui! ai de mim! que pena! ah! oh!
Dúvida, incredulidade
qual! qual o quê! pois sim! hum! epa! ora!
Impaciência, contrariedade
hum! hem! raios! diabo! puxa! pô!
Medo, terror
ui! uh! credo! cruzes!
Saudação
salve! adeus! viva! oi! olá! alô!
Silêncio
psiu! silêncio!
Surpresa, espanto, admiração
ah! oh! xi! ué! uai! puxa! céus! caramba! quê! opa! virgem!
putz!
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/51
Exercícios Propostos
1 - Com base no texto, classifique as palavras relacionando as colunas:
“A antiga civilização grega baseou a sua urbanização e arquitetura em sólidos princípios
matemáticos, onde a escala humana era o ponto de referência para os tamanhos e
proporções, e as construções eram voltadas para o ser humano”.
(A Grande Aventura de Cousteau).
antiga (
)
( 1 ) artigo definido
baseou (
)
( 2 ) preposição
sua (
)
( 3 ) verbo
e(
)
( 4 ) substantivo
princípios (
)
( 5 ) adjetivo
a(
)
( 6 ) pronome possessivo
de (
)
( 7 ) conjunção
para (
)
construções (
)
2 - Assinale nos parênteses se as palavras UM, UMA são artigo indefinido (AI) ou numeral (N):
a) Um ( ) atleta brasileiro conseguiu ultrapassar a marca de um (
maratona.
b) Uma (
) quilômetro na
) molécula é formada por, no mínimo, dois átomos.
c) Dizem que os gatos têm sete vidas. Você tem apenas uma (
d) João não fala uma (
) palavra sequer de alemão!
e) Os índios abriram uma (
) clareira na floresta.
): cuide bem dela!
52/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
3 - Classifique os pronomes em destaque:
( 1 ) de Tratamento
( 2 ) Demonstrativo
( 3 ) Possessivo
( 4 ) Indefinido
( 5 ) Pessoal
( 6 ) Interrogativo
Desde que você (
Tu (
) me julgou culpado, nada (
) gostas de macarronada? Este (
Quantas (
) consigo de bom.
) prato é muito bom!
) medalhas serão necessárias para a premiação?
Vossa Excelência (
) deseja jantar agora?
Clara foi visitar sua (
) tia e encontrou várias (
) pessoas que não via há muito tempo.
4 - Identifique os verbos no texto sublinhando-os:
“De uma forma geral, as ilhas do Mar Mediterrâneo assemelham-se às das costas do sul
da Europa, da Ásia Menor e do norte da África. Os relevos montanhosos são cobertos por
vegetação de baixa altura, alternando-se com pequenos vales e costas rochosas calcárias
e dando a essas ilhas o aspecto rude e árido tão característico das típicas paisagens
mediterrâneas”. (A Grande Aventura de Cousteau)
5 - Classifique os advérbios:
( 1 ) Lugar
( 2 ) Dúvida
( 3 ) Locução Adverbial de Negação
( 4 ) Afirmação
( 5 ) Tempo
( 6 ) Negação
( 7 ) Intensidade
Era bonita demais (
)! Todos queriam ficar perto (
aproximar. _________________________
Eles raramente (
) visitavam os avós, provavelmente (
) dela, mas não (
) conseguiam se
) devido à distância.
Se você não ( ) se esforçar, certamente ( ) terá dificuldades imensas.
Hoje ( ) estou contente! Amanhã ( ), talvez ( ) me arrependa e não (
de jeito nenhum ( )!
) volte aqui
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/53
6 - Identifique se o “a” destacado é artigo (A) ou preposição (P):
Maria e Fabiana começaram a (
A(
) melhor coisa a (
Esta é a (
) estudar.
) fazer é não retrucar.
) lição que aprendi na vida: ser honesto.
Encare a (
) verdade: ela não precisa de você a (
Vamos nos pôr a (
Sem ele a (
) toda hora!
) caminho, sem demora.
) me importunar, conseguirei acabar de ler a (
) revista.
7 - Leia com atenção as frases seguintes e identifique a conjunção que completa corretamente
as lacunas:
( 1 ) porque
( 2 ) mas (ou porém)
( 3 ) logo (ou portanto)
( 4 ) se
a) O menino tomou banho, (
b) Não foi à escola (
) não lavou a cabeça.
) estava doente.
c) Vou ao colégio todos os dias, (
d) (
) sou um aluno assíduo.
) você não me emprestar aquele livro, não poderei estudar para a prova de amanhã.
8 - Classifique as interjeições encontradas no texto a seguir:
( 1 ) Silêncio
( 2 ) Admiração
( 3 ) Medo
- Puxa (
- Psiu (
- Cruzes (
)! Você teve muita sorte ao escapar daquela armadilha!
)! Acho que eles estão por perto!
)! Onde vamos nos esconder?
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/55
lição 4
Estudo da
Oração
Seja qual for a atividade que você desenvolve, seja qual for o cargo
que ocupa numa empresa, é essencial que saiba comunicar-se correta
e eficientemente. É claro que para transmitir suas ideias não basta
ta
simplesmente usar as palavras de qualquer jeito. Elas se organizam e se
relacionam de acordo com determinadas regras. Observe a frase:
Pelúcia é urso seu de bonito.
Esta frase não faz sentido, não é? Isto acontece porque ela não obedece aos princípios de organização. Para que a comunicação ocorra, é
preciso alterar a ordem dessas palavras:
Seu urso de pelúcia é bonito.
m
Esta lição pretende ensiná-lo a distinguir frase, oração e período, bem
es
como identificar os diferentes termos da oração (essenciais, integrantes
us
e acessórios), conhecimentos indispensáveis para que você ordene seus
pensamentos e os expresse em frases e orações bem construídas.
1. Frase
Frase é uma palavra ou um conjunto de palavras que tem sentido
completo.
Exemplos:
Z Silêncio!
Z Puxa! Que susto!
Z Estou com vontade de viajar.
Como você pode observar, uma frase pode ter apenas uma palavra, pode
não ter verbo, bastando que tenha sentido.
56/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
2. Período
Período é a frase formada por uma ou mais
orações, e pode ser: simples ou composto.
2.1 Período Simples
Período simples é aquele formado por uma
só oração.
termos de uma oração) são: complementos
verbais (objeto direto e objeto indireto),
complemento nominal e agente da passiva.
Os termos chamados de acessórios (servem
para determinar ou qualificar outros termos) são: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. Vamos, a seguir, estudar
cada um deles.
Exemplo:
3.1 Sujeito
Z Eu contarei uma pequena história
aos garotos.
(Um verbo  Uma oração)
Sujeito é o termo de quem se fala alguma
coisa, podendo estar no começo, no meio ou
no fim da oração. O sujeito pode ser: simples,
composto, indeterminado ou inexistente.
2.2 Período Composto
Período composto é o período formado por
duas ou mais orações.
Exemplo:
Z Miriam gosta de escutar música
enquanto aguarda sua condução.
(Dois verbos  Duas orações)
3. Oração
Oração é uma frase ou parte de uma frase que apresenta verbo ou locução verbal.
Pode ter sentido ou não.
Exemplos:
Z Estou com vontade de viajar.
Verbo  estou
Uma frase  Uma oração
Z Maria não foi ao cinema porque não
tinha dinheiro.
Verbos  foi e tinha
Uma frase  Duas orações
Z Eles não vão ter paciência com os
sobrinhos.
Locução Verbal  vão ter
Uma frase  Uma oração
Os termos essenciais da oração são o sujeito
e o predicado. Os termos integrantes (que
integram e completam o sentido de outros
Exemplos:
Z Um acidente aconteceu naquele
parque.
Z Aconteceu um acidente naquele
parque.
Z Naquele parque aconteceu um
acidente.
Observe que nestas orações o termo de quem
se fala algo é um acidente.
3.1.1 Sujeito Simples
Sujeito simples é aquele que tem só um
núcleo.
Exemplos:
Z O nosso livro está rasgado.
Z A partida já estava terminando.
O sujeito da primeira oração é o nosso livro,
formado por três palavras, porém, a palavra mais importante é livro, considerado
o núcleo do sujeito. Na segunda
oração,
o sujeito é a partida, e o núcleo é a palavra
mais importante, partida.
3.1.2 Sujeito Composto
Sujeito composto é o sujeito que tem dois
ou mais núcleos.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/57
Exemplo:
Z Os meninos e a professora foram ao Jardim Zoológico.
Nesta oração, o sujeito apresenta dois núcleos: meninos e professora.
Portanto, é um sujeito composto.
3.1.3 Sujeito Oculto
Algumas vezes, o sujeito simples não aparece claramente na oração,
mas é possível saber qual é.
Exemplo:
Z Vamos hoje ao cinema.
Onde está o sujeito? Quem vai ao cinema? Não está escrito, mas, pelo
verbo (vamos) é possível perceber que o sujeito é nós (nós vamos).
Trata-se, portanto, de um sujeito oculto.
3.1.4 Sujeito Indeterminado
Sujeito indeterminado é aquele que não pode ser identificado pelo contexto nem pelo verbo.
Exemplos:
Z Trabalha-se muito naquele lugar.
Z Fizeram questão de estragar a festa.
Na primeira oração é impossível determinar quem trabalha muito, tratando-se, portanto, de sujeito indeterminado. Também na segunda
oração, não dá para saber de quem se trata, tornando o sujeito indeterminado.
3.1.5 Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito
A oração é considerada oração sem sujeito nos seguintes casos:
Verbos fazer e haver quando indicam tempo decorrido.
Exemplos:
Z Faz dois anos que não o vejo.
Z Há meses ela espera conseguir aquela vaga.
No primeiro exemplo temos duas orações: faz dois anos e não o vejo
(que é a conjunção que une as duas orações). Na segunda oração o
sujeito é simples e oculto: eu. E a primeira oração não tem sujeito.
58/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
No segundo exemplo, novamente temos duas orações: há meses e ela espera conseguir aquela vaga. A primeira oração não tem sujeito, e o sujeito da segunda oração é ela, sendo sujeito simples.
Verbos que indicam fenômenos da natureza.
Exemplos:
Z Chove muito na região norte do país.
Z Ventou bastante de madrugada.
Z Vai nevar hoje?
Verbos ser e estar indicando tempo e fenômeno meteorológico.
Exemplos:
Z São duas horas.
Z Está quente aqui.
Z É dia!
Verbo haver no sentido de existir.
Exemplos:
Z Havia mil cartazes espalhados pela rua.
Z Há muitas espécies de plantas na região amazônica.
3.2 Predicado
Predicado é tudo aquilo que se afirma sobre o sujeito.
Exemplos:
Z Maria e Renato foram ao cinema ontem
Sujeito composto  Maria e Renato
Predicado  foram ao cinema ontem
Z Estive pensando nele a manhã inteira.
Sujeito simples e oculto  eu
Predicado  Estive pensando nele a manhã inteira
Z Assaltaram aquele supermercado.
Sujeito indeterminado
Predicado  Assaltaram aquele supermercado
Z Chove muito.
Sujeito inexistente
Predicado  Chove muito
Observe que nas orações que têm sujeito oculto, indeterminado ou inexistente, a oração inteira é considerada como predicado.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/59
São três os tipos de predicado: verbal, nominal e
verbo-nominal.
3.2.1 Predicado Verbal
Predicado verbal é aquele que tem um verbo como núcleo, geralmente
indicando ação.
Exemplos:
Z Os meninos correm pelo gramado.
Sujeito  os meninos
Predicado verbal  correm pelo gramado
Núcleo do predicado  correm (verbo indicando ação)
Z Eles patinavam pela casa toda.
Sujeito  eles
Predicado verbal  patinavam pela casa toda
Núcleo do predicado  patinavam
(verbo indicando ação)
3.2.2 Predicado Nominal
Predicado nominal é aquele que tem, como núcleo, um nome indicando
um estado ou uma qualidade do sujeito. O verbo, no caso de predicado
nominal, não indica uma ação. Ele tem como função ligar o núcleo do
predicado, sendo chamado de verbo de ligação.
Exemplos:
Z A menina estava preocupada com a prova.
Sujeito  a menina
Predicado nominal  estava preocupada com a prova
Núcleo do predicado  preocupada (indica estado)
Z Renata é uma excelente enfermeira.
Sujeito  Renata
Predicado nominal  é uma excelente enfermeira
Núcleo do predicado  excelente enfermeira (indica
estado)
Observe no primeiro exemplo que o predicado não indica uma ação
do sujeito: a menina nada fez. O predicado apenas indica um estado do
sujeito: preocupada. No exemplo seguinte, o sujeito Renata não praticou nenhuma ação expressa por um verbo. O predicado é nominal
porque apenas indica uma qualidade do sujeito.
60/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Os verbos de ligação não indicam ação. Eles são usados
para fazer a ligação de dois termos (o sujeito e suas
características). Os principais verdos de ligação são:
SER, ESTAR, PARECER, PERMANECER, FICAR,
CONTINUAR e ANDAR (todos indicando estado).
3.2.3 Predicado Verbo-Nominal
É chamado predicado verbo-nominal aquele que tem dois núcleos: um
verbo e um nome, indicando ação e estado do sujeito.
Exemplos:
Z O ônibus chegou atrasado.
Sujeito  o ônibus
Predicado verbo-nominal  chegou atrasado
Núcleo do predicado  chegou (verbo indicando ação)
Núcleo do predicado  atrasado (indica estado)
Z Os pássaros voaram livres.
Sujeito  os pássaros
Predicado verbo-nominal  voaram livres
Núcleo do predicado  voaram (verbo indicando ação)
Núcleo do predicado  livres (indica estado)
3.3 Objeto Direto e Objeto Indireto
Alguns verbos precisam de outras palavras que completem seu sentido, ou seja, precisam de complemento. Esses verbos são chamados de
transitivos.
Exemplo:
Z Eles alugam carros.
Sujeito  eles
Predicado  alugam carros
Verbo  alugam (verbo transitivo direto)
Objeto direto  carros
O verbo alugar é um verbo transitivo, pois precisa que se complete
seu sentido. Você não poderia dizer apenas: eles alugam. Eles alugam o quê? A resposta a esta pergunta é o complemento verbal chamado objeto direto: carros.
Observe que a palavra carros está ligada diretamente ao verbo alugam,
não havendo uma preposição entre as duas. Por isto, este complemento
verbal é chamado de objeto direto e o verbo alugar é transitivo direto.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/61
Outro exemplo:
Z Este carro pertence a ele.
Sujeito  este carro
Predicado  pertence a ele
Verbo  pertence (verbo transitivo indireto)
Objeto indireto  a ele
Nesta oração, a palavra ele está ligada ao verbo pertence pela preposição a, ou seja, a ligação é indireta, daí o nome de objeto indireto. O
verbo pertencer, portanto, é transitivo indireto.
Os verbos que não necessitam de complemento para fazerem sentido
são chamados de verbos intransitivos.
Exemplos:
Z O verão chegou.
Z Os gatos miavam muito.
3.4 Complemento Nominal
Complemento nominal é aquele que completa o sentido de um nome,
que pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Ele vem
sempre precedido de preposição.
Exemplos:
Z A mudança da empresa é recente.
Substantivo  mudança
Complemento nominal  da empresa
Z Fui favorável ao réu.
Adjetivo  favorável
Complemento nominal  ao réu
Z Agiu favoravelmente aos participantes.
Advérbio  favoravelmente
Complemento nominal  aos participantes
3.5 Agente da Passiva
Agente da passiva é o termo que indica o ser que pratica a ação, quando
o verbo está na voz passiva É normalmente introduzido pela preposição
por (ou per) e, algumas vezes, por de.
Exemplo:
Z O vestido foi costurado pela menina.
Sujeito  o vestido (voz passiva)
Agente da passiva  pela menina
62/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Observe que o agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa:
Z A menina costurou o vestido.
Sujeito  a menina (voz ativa)
Objeto direto  o vestido
Z Jogadores de futebol são contratados pelo time estrangeiro.
Sujeito  jogadores de futebol
Agente da passiva  pelo time estrangeiro
3.6 Adjunto Adnominal
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina um substantivo.
Exemplos:
Z Meus amigos são italianos.
Substantivo  amigos
Adjunto adnominal  meus (o pronome meus está
determinando o substantivo amigos)
Z Os cadernos foram comprados na última hora.
Substantivo  cadernos
Adjunto adnominal  os
Os artigos, numerais, pronomes e adjetivos podem exercer função de adjunto adnominal.
3.7 Adjunto Adverbial
Adjunto adverbial é o termo que indica uma circunstância do fato
expresso pelo verbo ou intensifica o sentido do verbo, do adjetivo ou do
advérbio. Os adjuntos adverbiais podem expressar diferentes circunstâncias:
3.8 Aposto
Aposto é o termo que se refere a um substantivo ou pronome, explicando-o. Pode vir separado por vírgula, por dois pontos ou por travessão.
Exemplos:
Z Pluminha, a gata tricolor, apareceu atrás da poltrona.
Aposto  a gata tricolor
Z Pluminha apareceu atrás da poltrona.
Note que o aposto está se referindo ao substantivo Pluminha, explicando que se trata de uma gata tricolor. A oração teria sentido mesmo sem
o aposto.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/63
Exemplos:
Z Os dois – Carlos e Camila – vieram do Sul.
Aposto  Carlos e Camila
Z Então veio o melhor: suco de pitanga!
Aposto  suco de pitanga
3.9 Vocativo
Além dos termos essenciais, dos termos integrantes e dos termos
acessórios, uma oração também pode apresentar o vocativo. Vocativo
é o termo utilizado para invocar, chamar ou nomear algo ou alguém,
vindo separado na oração por meio de vírgula.
Exemplo:
Z Seu prato predileto, José, acaba de ser servido.
Vocativo  José
Z O que você acha disto, Cristina?
Vocativo  Cristina
Z Moacir, por que você não fala mais com ela?
Vocativo  Moacir
anotações / dicas
Joãozinho,
é hora de entrar!
64/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Exercícios Propostos
1 - Identifique o sujeito e o predicado das seguintes orações:
a) Devemos sempre fazer o bem, sem olhar a quem.
b) Explodiu mais uma guerra no Oriente.
c) Como surgiu essa paixão?
d) Chovia muito lá fora.
e) Atearam fogo na floresta.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/65
2 - Identifique o complemento verbal das orações dadas, assinalando (OD) para objeto direto e
(OI) para objeto indireto:
a) Discordo totalmente de você (
).
b) Os feirantes remarcaram os preços (
).
c) O fumo faz mal (
) à saúde (
).
d) Foi proibida a construção de novas casas (
).
e) Não recebo dinheiro nenhum (
).
3 - Classifique os predicados das orações dadas assilando (N) para nominal, (V) para verbal e
(VN) para verbo-nominal:
a) A seca castiga a região (
).
b) Aquela cidade precisa de água tratada (
).
c) A menina permanecerá no orfanato (
).
d) Os veículos passavam rápidos (
).
e) Mariana estava apressada (
).
4 - Identifique os vocativos (V) e os apostos (A) nas orações dadas:
a) Gustavo, o marinheiro (
), tinha uma namorada em cada porto.
b) Acomodem-se em seus lugares, senhoras (
).
c) Maria (
), você me faria um favor?
d) Todos eles – João, Fabiano e Augusto (
) – eram culpados.
e) Calada e triste (
), volta para casa.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/67
lição 5
Concordância
Nesta lição vamos abordar um assunto muito importante para quem
deseja e precisa saber escrever e falar bem: a concordância verbal e
nominal. Vamos dar as regras gerais e também alguns casos particulares
de concordância, ou seja, vamos falar da correspondência de flexão
entre dois termos.
1. Concordância Verbal
1.1 Sujeito Simples
O verbo deve sempre concordar com o sujeito em pessoa e número.
Exemplo:
Z Os meninos não estudaram para a prova.
Sujeito  os meninos  3ª pessoa do plural
Verbo  estudaram  3ª pessoa do plural
1.2 Sujeito Composto
Se o sujeito for composto por elementos da 3ª pessoa gramatical, o
verbo irá para a 3ª pessoa do plural.
Exemplos:
Z Vários livros e revistas permaneceram na estante.
Sujeito  vários livros  3ª pessoa do plural
Sujeito  revistas  3ª pessoa do plural
Verbo  permaneceram  3ª pessoa do plural
Z Este pacote e esta mala reapareceram misteriosamente.
Sujeito  este pacote  3ª pessoa do singular
Sujeito  esta mala  3ª pessoa do singular
Verbo  reapareceram  3ª pessoa do plural
68/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Se o sujeito for composto por elementos de pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural, na pessoa que tiver prevalência. A
primeira tem prevalência sobre as outras, e a segunda tem prevalência
sobre a terceira.
Exemplos:
Z Minha sobrinha e eu pretendemos viajar.
Sujeito  minha sobrinha  3ª pessoa do singular
Sujeito  eu  1ª pessoa do singular
Verbo  pretendemos  1ª pessoa do plural
Z Tu e ele acertarão as contas.
Sujeito  tu  2ª pessoa do singular
Sujeito  ele  3ª pessoa do singular
Verbo  acertarão  3ª pessoa do plural
Quando o sujeito for formado por um substantivo coletivo no singular,
o verbo ficará no singular. Se o substantivo coletivo vier seguido de
uma expressão no plural, o verbo poderá ficar no singular ou ir para o
plural.
Exemplos:
Z A multidão gritou bem alto.
Sujeito  a multidão  coletivo no singular
Verbo  gritou  singular
Z A multidão de crianças gritou.
ou
A multidão de crianças gritaram.
Coletivo  a multidão  singular
Expressão após o coletivo  crianças  plural
Verbo  gritou  singular
Verbo  gritaram  plural
Quando o sujeito composto vier depois do verbo (sujeito posposto),
este irá para o plural ou concordará com o núcleo mais próximo.
Exemplos:
Z Faltaram vontade e dinheiro.
Sujeito  vontade e dinheiro  composto posposto
Verbo  faltaram  plural
Z Faltou vontade e dinheiro.
Sujeito  vontade e dinheiro  composto posposto
Verbo  faltou  singular concordando com o núcleo vontade
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/69
2. Concordância Nominal
O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo concordam em gênero e
número com o substantivo ao qual se referem.
Exemplo:
Z Os nossos três sobrinhos mais talentosos foram premiados.
Artigo  os  plural
Pronome  nossos  plural
Numeral  três  invariável
Substantivo  sobrinhos  masculino e plural
Adjetivo  talentosos  masculino e plural
Quando o adjetivo vier depois de mais de um substantivo, poderá concordar com o mais próximo ou ir para o plural, no masculino, se os
gêneros dos substantivos forem diferentes.
Exemplos:
Z Quadros e mesas arrumados.
Substantivo  quadros  masculino e plural
Substantivo  mesas  feminino e plural
Adjetivo  arrumados  masculino e plural
Z Quadros e mesas arrumadas.
Substantivo  quadros  masculino e plural
Substantivo  mesas  feminino e plural
Adjetivo  arrumadas  feminino e plural (concordando com
o substantivo mais próximo)
Quando o adjetivo vier antes de mais de um substantivo, concordará
com o substantivo mais próximo.
Exemplos:
Z Mantinha arrumados os quadros e as mesas.
Substantivo  quadros  masculino e plural
Substantivo  mesas  feminino e plural
Adjetivo  arrumados  masculino e plural
Z Mantinha arrumadas as mesas e os quadros.
Substantivo  mesas  feminino e plural
Substantivo  quadros  masculino e plural
Adjetivo  arrumadas  feminino e plural
Quando dois ou mais adjetivos referem-se a um só substantivo, há
duas concordâncias possíveis:
70/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
O substantivo vai para o plural e não se coloca artigo antes do
adjetivo.
Exemplo:
Z Novas competições desafiam times carioca e paulista.
Substantivo  times  plural
Adjetivo  carioca  singular
Adjetivo  paulista  singular
O substantivo permanece no singular e coloca-se artigo
antes do substantivo e do último adjetivo.
Exemplo:
Z Novas competições desafiam o time carioca e o paulista.
Substantivo  time  singular
Adjetivo  carioca  singular
Adjetivo  paulista  singular
Artigo  o  singular (precede o substantivo e o último
adjetivo)
Acompanhando expressões como é proibido, é necessário, é bom, é preciso etc., tanto o verbo quanto o adjetivo ficam invariáveis se o sujeito
não vier com artigo.
Obrigado!
Exemplos:
Z Refrigerante é bom.
Z É proibido entrada.
Entretanto, se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo, pronome ou adjetivo, tanto o verbo quanto o adjetivo concordarão
com ele.
Exemplos:
Z Este refrigerante é bom.
Z É proibida a entrada.
Obrigada!
As palavras anexo, obrigado, mesmo e incluso são adjetivos, devendo,
portanto, concordar em gênero e número com o substantivo ao qual se
referem.
Exemplos:
Z Segue anexa a tabela.
Z Seguem anexos os documentos.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/71
As palavras alerta e menos são invariáveis.
Exemplos:
Z Permaneçam alerta.
Z Façam menos força.
As palavras caro, barato e meio são invariáveis quando têm a função de
advérbio. Quando têm a função de adjetivo, numeral ou pronome, concordam com o nome ao qual se referem.
Exemplos:
Z Aquelas frutas custam caro. (advérbio)
Z Aquelas frutas são caras. (adjetivo)
Z Aquelas frutas custam barato. (advérbio)
Z Aquelas frutas estão baratas. (adjetivo)
Z Estavam meio azedas. (advérbio)
Z Comeu meia dúzia de bananas. (numeral)
anotações/dicas
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/73
lição 6
Regência
Observe com atenção as seguintes frases:
Z Eles adoram assistir a um bom filme na TV.
Z Os médicos de plantão assistiram o rapaz acidentado.
Na primeira frase, o verbo assistir significa ver, presenciar e
é transitivo indireto, pois está ligado ao complemento por meio de
preposição. Na segunda frase, o verbo significa ajudar, socorrer e é
transitivo direto, pois seu complemento vem ligado diretamente a ele
(o rapaz acidentado).
Como você pode notar, a relação do verbo assistir com seu complemento
é diferente nas duas frases. É justamente essa dependência entre as
palavras de uma frase que vamos estudar nesta lição. A essa dependência
dá-se o nome de regência.
1. Regência Verbal
Quando um termo pede preposição, dizemos que ele rege preposição. O
termo que rege outros termos é chamado de termo regente. Os outros
termos, subordinados ao termo regente, chamam-se termos regidos. Se
o termo regente for um verbo, temos a regência verbal.
Exemplos:
Z Assistimos ao filme.
Termo regente  assistimos
Termo regido  ao filme
Z Assistimos o doente.
Termo regente  assistimos
Termo regido  o doente
Vamos estudar a seguir os verbos que apresentam maiores problemas de
regência.
74/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
1.1 Aspirar
Quando significa inspirar, sorver, tragar, o
verbo aspirar é transitivo direto.
Exemplos:
Z Nas grandes cidades aspira-se um ar
poluído.
Z A menina aspirou o perfume da rosa.
Quando significa pretender, desejar, almejar, o
verbo aspirar é transitivo indireto.
1.4 Querer
Quando significa desejar, o verbo querer é
transitivo direto.
Exemplos:
Z Queremos uma mesa perto da janela.
Z A menina queria a boneca de pano.
Quando significa gostar, estimar, o verbo
querer é transitivo indireto.
Exemplos:
Exemplos:
Z Ele aspira a um aumento de salário.
Z Aspiramos a uma grandiosa festa.
Z Quero muito bem a você.
Z Queremos bem a esses objetos antigos.
1.2 Assistir
1.5 Visar
Quando significa ajudar, socorrer, prestar
assistência, o verbo assistir é transitivo direto.
Quando significa dar visto, mirar, o verbo visar é transitivo direto.
Exemplos:
Z Os paramédicos assistiram os
acidentados.
Z Ele assistiu o ferido.
Quando significa ver, presenciar, o verbo assistir é transitivo indireto.
Exemplos:
Z Nenhum visitante assistiu ao
programa de televisão.
Z Ele gosta de assistir a uma partida de
tênis.
1.3 Preferir
Preferir é um verbo transitivo direto e indireto, exigindo, portanto, a preposição a.
Exemplos:
Z Prefiro suco de frutas a refrigerante.
Z Preferimos cozinhar a comer fora.
Exemplos:
Z A professora visou meu caderno.
Z Visou o alvo com atenção.
Quando significa pretender, ter em vista, ter
como objetivo, o verbo visar é transitivo indireto.
Exemplos:
Z As mães sempre visam ao bem dos
filhos.
Z Essas regras visam a orientar os
alunos no aspecto da cidadania.
2. Regência Nominal
Temos regência nominal quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio).
Exemplo:
Z Eles agora estão imunes ao vírus da
paralisia infantil.
Termo regente  imunes (adjetivo)
Termo regido  vírus
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/75
Damos a seguir uma lista de palavras e suas preposições mais usadas,
além de exemplos de cada uma:
Palavra
Preposição
Exemplos
Acostumado
a, com
• Ela estava acostumada a certas dificuldades.
• Não estava acostumado com a nova escola.
Adaptado
a
• João está adaptado à nova escola.
Aflito
com, por
• Ficou aflito com a nota do trabalho.
• Estava aflita por receber essa notícia.
Alheio
a
• Permanecia alheio a tudo.
Alienado
de
• Renato estava alienado das dificuldades que todos
enfrentavam.
Análogo
a
• Sua ocupação é análoga a minha.
Atento
a, em
• Fique atento a esse problema.
• Estava atenta na preparação da comida.
Avesso
a
• Sou avesso a qualquer tipo de discussão.
Ávido
de, por
• Sou ávida de sucesso.
• Eram ávidos por vingança.
Curioso
de, por
• Era curioso de descobertas científicas.
• Maria estava curiosa por saber notícias de sua mãe.
Devoto
a, de
• Era devota a vários santos.
• Sou devota de São Benedito.
Imbuído
de, em
• João e Mariano estavam imbuídos de
boas intenções.
• Dava aulas imbuído nas regras de cidadania.
Incompatível
com
• Seu comportamento era incompatível com as normas da
escola.
Passível
de
• Todo este trabalho é passível de correção.
Preferível
a
• Namorar é preferível a casar.
em
• Eles são residentes em ruas sem asfalto.
• Márcio é residente na Rua das Flores.
Residente
!
Consulte o dicionário sempre que tiver dúvidas sobre regência.
76/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Exercícios Propostos
1 - Nas frases dadas, complete com a regência verbal:
a) Quero bem _____ meus amigos.
b) Joana aspirava _____ perfume da flor.
c) Todos os enfermeiros assistiram _____ doentes.
d) Eliane assistiu _____ programa de TV.
e) Prefiro cinema _____ teatro.
2 - Complete as lacunas com o verbo entre parênteses:
a) Nós vamos ____________________ corridas de cavalo no Domingo. (assistir)
b) Um bom aluno ________________ um bom cargo no futuro. (aspirar)
c) Ontem, o dentista ______________ paciente com dor de dentes. (assistir)
d) Todos _________________________ ganhar na loteria. (visar)
e) _________________ meus pais. (querer)
3 - Assinale a alternativa correta:
(
(
(
(
(
) a) Sou devoto por vários santos.
) b) Sua resposta é passível a contra-argumentação.
) c) Ele está acostumado a trabalhar até mais tarde.
) d) Estava alheia de tudo.
) e) Fui imbuída a trabalhar até que o problema esteja resolvido.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/77
4 - Assinale a alternativa abaixo até que não se adeque ao uso da preposição “a“:
(
) a) Está acostumado _____ pedir favores.
(
) b) Era avesso _____ qualquer forma de trabalho.
(
) c) Prefiro trabalhar _____ estudar.
(
) d) Seu gênio era totalmente incompátivel _____ dele.
(
) e) Sua dúvida é análogo _____ minha.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/79
lição 7
Crase
Este é um assunto que preocupa bastante quem escreve: quando usar
crase? Para resolver de vez esta questão, apresentaremos regras práticas
para facilitar sua memorização.
1. Conceito
Chamamos de crase a fusão da preposição a com o artigo a, representada pelo acento grave: “ ` ”.
Exemplos:
Z Vou à cidade comprar mantimentos.
Z Elas estão à vontade em seus novos vestidos!
Z Márcia foi às pressas verificar o que tinha acontecido.
Observaremos a seguir algumas regras práticas para facilitar o uso,
ou não, de crase.
2. Regras Práticas
Substitua a palavra que aparece após o a (ou as) por um
termo masculino. Se o a (ou as) se transformar em ao
(ou aos) cabe o uso de crase, caso contrário não.
Exemplo:
Z Maria deseja retornar à terra natal.
Maria deseja retornar ao país natal.
Como você pode observar, o a transformou-se em ao, confirmando a
necessidade de crase.
80/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
No caso de nome geográfico ou de lugar, você deve substituir o
a ou as por para. Se o termo adequado for para a, cabe o uso de
crase, caso contrário não.
Exemplos:
Z Os melhores alunos do colégio irão à Itália.
Os melhores alunos do colégio irão para a Itália.
Z Ele me contou que iria à Fazenda Reconquista.
Ele me contou que iria para a Fazenda Reconquista.
Substitua o a por outras preposições: para a, na, da, pela, com a.
Sempre que esta substituição for possível, cabe o uso de crase, caso
contrário não.
Exemplos:
Z À falta de solução, ficou desanimado.
Na falta de solução, ficou desanimado.
Com a falta de solução, ficou desanimado.
Z Pediu o automóvel emprestado à amiga.
Pediu o automóvel emprestado para a amiga.
3. Quando Usar Crase
Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo.
Exemplos:
Z Alcance o prato àquela moça.
Z Fomos àquelas praias dos nossos sonhos.
Z Não devemos dar importância àquilo.
Nas indicações de horas, desde que determinadas (inclusive as
formas zero e meia).
Exemplos:
Z O trem chegará às 8 horas.
Z Acertem seus relógios à zero hora.
Z O encanto vai se dissipar à meia-noite em ponto.
Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas: às pressas, à
esquerda, à direita, à risca, à noite, às vezes, à moda de, à maneira
de, à frente de, à procura de, à custa de, à medida que, à força de, à
espera de etc.
Exemplos:
Z Minha impaciência aumentava à medida que as horas
passavam.
Z Ele cozinha à moda dele mesmo.
Z Estou à espera de boas notícias.
Z À noite, todos os gatos são pardos.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/81
Nas locuções que indicam meio ou instrumento, como:
à máquina, à bala, à faca, à venda, à toa, à vista, à mão etc. Neste
caso não vale a regra de substituir a por ao.
Exemplos:
Z
Z
Z
Z
Pagou a geladeira à vista.
Joaquim foi morto à bala.
Helena colocou sua casa à venda.
Deixe a toalha à mão.
Antes dos pronomes relativos que, qual e quais, quando o a (ou as)
puder ser substituído por ao (ou aos).
Exemplos:
Z Esta é a candidata à qual você emprestou o casaco.
Este é o candidato ao qual você emprestou o casaco.
Z Vamos enfrentar uma fila semelhante à que você havia encontrado.
Vamos enfrentar um problema semelhante ao que você havia
encontrado.
4. Nunca Use Crase
Antes de palavras masculinas.
Exemplos:
Z Seguiu a pé pela estrada.
Z Resolveu pagar o microcomputador a prazo.
Z Andou muito a cavalo.
Exceção: ocorre crase quando se subentende uma palavra
feminina, como moda e maneira, ou outra que determine um
nome de empresa ou coisa.
Exemplos:
Z Salto à Luís XV.
Salto à moda de Luís XV.
Z O poema foi escrito à Olavo Bilac.
O poema foi escrito à maneira de Olavo Bilac.
Z Amanhã irei à Melhoramentos.
Amanhã irei à Editora Melhoramentos.
82/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Antes de nome de cidade.
Exemplos:
Z Nair foi a Brasília.
Z Vamos a Paris?
Exceção: ocorre a crase quando se atribui uma qualidade à
cidade.
Exemplos:
Z Nair foi à Brasília dos políticos.
Z Vamos à Paris da moda maravilhosa?
Antes de verbo.
Exemplos:
Z Já começou a fazer frio.
Z Janete passou a ver a menina com outros olhos.
Antes de substantivos repetidos.
Exemplos:
Z Ele ficará cara a cara com seu adversário.
Z Agora estamos frente a frente.
Z Ganhou a maratona de ponta a ponta.
Antes de ela, esta e essa.
Exemplos:
Z Darei este presente a ela.
Z Chegaram a esta conclusão.
Z A música tinha sido dedicada a essa senhora.
Antes de formas de tratamento.
Exemplos:
Z Solicitamos a Vossa Senhoria que nos remeta o documento.
Z Uma ofensa dessas não poderia ter sido feita a Vossa Alteza.
Antes de palavra feminina com sentido genérico.
Exemplos:
Z Devido a morte em família, não foi ao teatro.
Z Não me refiro a mulheres, mas a meninas.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/83
Antes de substantivos no plural que fazem parte de locuções de
modo.
Exemplos:
Z Conseguiram ser aprovados a duras penas.
Z Agrediram-se a bofetadas.
Antes de nomes de mulheres célebres.
Exemplos:
Z Ele a comparou a Joan Crawford.
Z Martinho preferia Greta Garbo a Ingrid Bergman.
Antes de dona e madame.
Exemplos:
Z O pacote foi entregue a dona Selma.
Z O cachorrinho já se acostumou a madame Estela.
Exceção: ocorre crase se estas palavras forem
particularizadas.
Exemplos:
Z O pacote foi entregue à dona do apartamento 52.
Z O cachorrinho já se acostumou à madame do Mercedes
branco.
Antes de numerais considerados de forma indeterminada.
Exemplos:
Z Os filhotes nasceram a 15 de agosto.
Z Fiz uma visita a sete empresas, procurando emprego.
Antes de distância indeterminada.
Exemplos:
Z Estou fazendo um curso a distância.
Z Os vizinhos ficaram olhando a distância.
Z Se ficarmos a distância, não seremos atingidos.
Exceção: ocorre crase se a distância for determinada.
Exemplo:
Z Se ficarmos à distância de 200 metros, não seremos atingidos.
84/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Antes de terra, quando significa terra firme.
Exemplos:
Z O barco chegou a terra ontem.
Z Os marinheiros foram a terra.
Antes de casa, considerada o lugar onde se mora.
Exemplos:
Z Cheguei bem cedo a casa.
Z Tatiana vai a casa.
5. Uso Opcional da Crase
O uso da crase é opcional nos seguintes casos:
Antes de pronome possessivo.
Exemplos:
Z A carta foi remetida à sua residência.
Z A carta foi remetida a sua residência.
Antes de nome de mulher.
Exemplos:
Z Fez uma declaração à Helena.
Z Fez uma declaração a Helena.
Depois de até.
Exemplos:
Z O gato do vizinho seguiu-me ate à porta de casa.
Z O gato do vizinho seguiu-me até a porta de casa.
Z A reunião reunião foi até às 17h.
Z A reunião reunião foi até as 17h.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/85
Exercícios Propostos
Preencha as lacunas com a ou à:
1) _______ noite, feche bem as janelas.
2) Eles gostam muito de andar _______ cavalo.
3) Peça ao motorista que vire _______ direita e depois _______ esquerda.
4) Quando você for _______ São Paulo, não deixe de passear _______ pé no centro antigo.
5) Sempre que nos encontram, começam _______ gaguejar.
6) Já que os móveis estão _______ venda, procure comprá-los _______ prazo.
7) Temos muitas contas _____pagar, por isso não podemos ir _______ Fortaleza das belas praias.
8) Quando você for _______ Porto Alegre, conhecerá o mais lindo pôr-do-sol do Brasil.
9) São lindos estes móveis _______ Maria Antonieta.
10) Os filhotes começaram _______ nascer _______ 1 hora da madrugada.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/87
lição 8
Colocação
Pronominal
Os pronomes oblíquos átonos – me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes
– podem ocupar três posições com relação aos verbos: antes, no meio
ou depois. É o que chamamos, respectivamente, de próclise, mesóclise
e ênclise.
Exemplos:
Z Não me diga que você já me esqueceu!  Próclise
Z Dar-lhe-ei aquilo que merece.  Mesóclise
Z Diga-nos, o que pretende com isso?  Ênclise
Embora não existam regras rígidas de colocação pronominal, algumas
normas herdadas de Portugal ainda estão em uso. Nesta lição você
aprenderá a empregar corretamente esses pronomes nas frases.
1. Próclise
A próclise é geralmente usada:
Em orações que contenham palavra ou expressão de valor
negativo: não, nunca, nada, ninguém etc.
Exemplos:
Z Os candidatos não se conformaram com a decisão.
Z Saiba que nada me impedirá de alcançá-lo.
Z Eu nunca lhe disse isso!
Em orações com advérbios ou pronomes indefinidos.
Exemplos:
Z Assim se comportam os chimpanzés.
Z Tudo me aborrece muito!
88/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Em orações iniciadas por pronomes e
advérbios interrogativos.
Exemplos:
Z Que energia o mantém?
Z Por que a mantinham presa?
Na linguagem coloquial, no dia a dia, é comum iniciar uma frase com um pronome
oblíquo. Entretanto, evite cometer este erro
na escrita formal.
Com verbos no imperativo afirmativo.
Exemplos:
Em orações exclamativas e optativas (que
exprimem desejo).
Exemplos:
Z Como se brinca neste parque!
Z Tomara que o embrulho lhe caia na
cabeça!
2. Mesóclise
A mesóclise é usada quando o verbo está no
futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja nenhuma palavra
que exija a próclise. A mesóclise é pouco
usada na Língua Portuguesa, tanto escrita
quanto falada.
Exemplos:
Z Tudo o que houve no passado
repetir-se-á no futuro.
Z Se pudessem, olhar-se-iam nas águas
límpidas da lagoa.
3. Ênclise
A ênclise é geralmente usada:
Com verbos que iniciam o período.
Exemplos:
Z Olhei-me no espelho da sala.
Z Largue-me, seu bruto!
Um erro bastante comum é iniciar a frase
com um pronome oblíquo átono.
Exemplos:
Z Me olhei no espelho da sala.
Z Me largue, seu bruto!
Z Conte-me o que está acontecendo.
Z Previna-se: a epidemia está se
alastrando.
Com verbos no gerúndio.
Exemplos:
Z Brincava calmamente com o gatinho,
acariciando-o.
Z Tratando-se de bordado, os de Maria
Lúcia são mais bonitos.
Se o gerúndio vier precedido da preposição
em, emprega-se a próclise.
Exemplos:
Z Em se tratando de bordado, os meus
são únicos.
Z Em se plantando tudo dá.
Com verbos no infinitivo impessoal.
Exemplos:
Z É chegada a hora de dizer-se adeus.
Z Já é tempo de abrir-se.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/89
Exercícios Propostos
1 - Indique nas frases dadas que tipo de colocação pronominal ocorre, preenchendo os
parênteses com P (próclise), M (mesóclise) e E (ênclise):
(
(
(
(
(
(
(
(
) a) Amar-se-iam muito, não fosse aquele impedimento.
) b) Digam-lhe o quanto a adoro.
) c) Disseram-nos que você viria.
) d) Se isto o incomoda, pode ir embora.
) e) Ninguém a ama mais do que eu.
) f) O príncipe dar-te-á um prêmio pela sua coragem.
) g) Não me importo de partir sozinho.
) h) Chamaram-no pela fresta da janela.
2 - Nas frases dadas, o pronome indicado entre parênteses deve ser colocado junto ao verbo,
usando P (próclise), M (mesóclise) ou E (ênclise). Identifique cada caso.
a) Solicitaram vários intérpretes, pois ninguém entendia (
). (o)
b) Olhei (
) atentamente, nada disse (
) e continuei o meu caminho. (o / lhe)
c) Quando as últimas visitas retiraram (
), todos foram dormir. (se)
d) Basta de discussão: por que você não avisou (
)? (a)
e) Não posso recebê (
). ( lo )
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/91
Anexo 1
Uso do Que e do Se
Vamos agora abordar o uso de duas palavras que sempre levantam
dúvidas na hora de falar ou escrever: QUE e SE. Estude com bastante
atenção e aprenda a utilizar corretamente ambas.
1. Uso do QUE
A palavra que pode ter várias funções na frase: substantivo, interjeição, pronome interrogativo, pronome exclamativo, pronome relativo,
conjunção subordinativa, palavra expletiva e preposição. Damos, a
seguir, exemplo de cada uma destas funções.
O que que funciona como substantivo é, geralmente, precedido de
artigo e com acento circunflexo.
Exemplos:
Z Ela tinha um quê de beleza.
Z O quê é a décima-sexta letra do alfabeto.
O que que funciona como interjeição designa espanto, surpresa e
leva acento.
Exemplos:
Z Quê! Então era você?
Z Quê! Você ainda está aqui?
Veja exemplos do que usado como pronome interrogativo.
Exemplos:
Z Que livro você está lendo?
Z Que espécie de homem és tu?
92/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Veja exemplos do que usado como pronome exclamativo.
Exemplos:
Z Que linda noite!
Z Que mulher, meu Deus!
O que usado como pronome relativo introduz oração,
reproduzindo o sentido de um termo.
Exemplos:
Z Eu sou como a fruta madura que serve de alimento aos
pássaros.
Z A porta é de um material que não pode ser lixado.
O que usado como conjunção subordinativa une orações
subordinadas, uma oração não tem sentido sem a outra.
Exemplo:
Z Quero que você estude inglês.
Primeira oração  quero
Segunda oração  que você estude
inglês
O que também pode ser usado como palavra expletiva, que
é a palavra usada apenas para realçar, completar o sentido
da frase, podendo ser retirada sem fazer falta.
Exemplo:
Z Quase que perdi tudo!
O que usado como preposição pode substituir a preposição de.
Exemplo:
Z Ela tinha várias coisas a fazer, mas foi à igreja primeiro
que tudo.
Z Ela tinha várias coisas a fazer, mas foi à igreja primeiro
de tudo.
2. Uso do SE
A palavra se também apresenta várias funções na frase. São
elas: substantivo, conjunção subordinativa, pronome apassivador, objeto direto e índice de indeterminação do sujeito. Vamos
conhecer exemplos de cada uma delas.
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Substantivo
001G/93
Objeto direto
Exemplos:
Exemplos:
Z Seu “se” é perturbador!
Z Algum “se” o está incomodando.
Z Maria recusa-se a ler o livro indicado.
Z Acalme-se, que eu já estou calmo.
Conjunção subordinativa
Índice de indeterminação do sujeito
Exemplos:
Exemplos:
Z Se mentires, saberei. (condição)
Z Se precisa, vai! (causa)
Z Come-se bem em São Paulo.
Z Vive-se bem em Curitiba.
Pronome apassivador
Exemplos:
Z Vende-se casa.
Z Compram-se artigos de segunda mão.
anotações/dicas
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/95
Anexo 2
Uso dos Porquês
PORQUE (junto e sem acento) é conjunção causal ou explicativa, ou
seja, deve ser usada quando introduz um motivo ou uma explicação.
Ela geralmente equivale a “pois”, “uma vez que”, “porquanto”.
Exemplos:
Z Ela não foi trabalhar porque perdeu a hora.
Z Ela não foi trabalhar, pois perdeu a hora.
Z Não se saiu bem na prova porque não estudou.
Z Não se saiu bem na prova, uma vez que não estudou.
PORQUÊ (junto e com acento) é substantivo. Nesse caso, ele será precedido de artigo ou palavra determinante e é sinônimo de motivo, razão.
Exemplos:
Z Tirou boa nota porque estudou. Eis o porquê.
Z Tirou boa nota porque estudou. Eis o motivo/razão.
Ele sabia o porquê de sua demissão.
Ele sabia o motivo de sua demissão. Ela sabia a razão de sua demissão.
POR QUE (separado e sem acento) deve ser usado quando se trata de
dois vocábulos: preposição por + pronome que. Seu uso equivale a “pelo
qual”, “pelos quais”, “ pela qual”, “pelas quais” ou “para que”, ou sempre que acompanhar as palavras “motivo” ou “razão”, sendo que estas
podem estar subentendidas.
Exemplos:
Z O motivo por que ele foi embora, ninguém sabe.
(por que = pelo qual)
Z Não sei por que (razão/motivo) ela faltou.
96/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Também se emprega por que no início de frases interrogativas:
Exemplos:
Z Por que você não veio?
Z Por que não estudou?
POR QUÊ (separado e com acento) deve ser no final de frase interrogativa equivalendo a “por que motivo”. Nesse caso o que deve recebe o
acento gráfico, pois se torna tônico.
Exemplos:
Z Gosto de torcer pelos perdedores, mas nem sei por quê.
Z Ela saiu mais cedo por quê?
Z Simplesmente não acredito! Você quebrou sua guitarra por quê?
anotações/dicas
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
001G/97
Respostas dos
Exercícios Propostos
Lição 1
1 - a) O guarda de trânsito
b) Renato
c) Pare
d) O apito
e) O som do apito
f) Lei de trânsito
2 - a) D
b) D
c) I
d) D
e) IL
3-D
3 - a) RR
b) BM
c) XC
d) BR
e) NG
6 - a) e-xer-cí-cio
b) gra-tui-to
c) sai-a
d) sa-í-a
e) as-sem-blei-a
4-D
Lição 2
1) PALAVRA
FONEMAS
LETRAS
Vento
4
5
Toda
4
4
Cai
3
3
Haverá
5
6
Sobre
5
5
Esse
3
4
Folha
4
5
Que
2
3
2 - a) D
b) H
c) D
d) T
e) H
4 - a) BRI
b) FÁ
c) LEI
d) MEN
e) VA
5 - a) 3
b) 1
c) 2
d) 2
e) 3
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
98/001G
Lição 3
1-5
3
6
7
4
1
2
2
4
3 - a) 1/4
b) 5/2
c) 6
d) 1
e) 3/4
2 - a) AI/N
b) AI
c) N
d) N
e) AI
5 - a) 7/1/6
b) 5/2
c) 6/4
d) 5/5/2/6/3
6 - a) P
b) A/P
c) A
d) A/P
e) P
f) P/A
4 - assemelham / são /
alternando / dando
7 - a) 2
b) 1
c) 3
d) 4
8-2
1
3
Lição 4
1a) Sujeito  Nós (oculto)
Predicado  Devemos sempre fazer o bem, sem olhar  quem
b) Sujeito  Mais uma guerra
Predicado  explodiu no Oriente
c) Sujeito  essa paixão
Predicado  como surgiu
d) Sujeito  inexistente
Predicado  Chovia muito lá fora
e) Sujeito  indeterminado
Predicado  Atearam fogo na floresta
2 - a) OI
b) OD
c) OD/OI
d) OI
e) OD
3 - a) V
b) V
c) N
d) VN
e) N
4 - a) A
b) V
c) V
d) A
e) A
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Lição 6
1 - a) aos
b) o
c) os
d) ao
e) a
2 - a) assistir às
b) aspira a
c) assistiu o
d) visam a
e) quero a
Lição 7
1-À
2-a
3-à/à
4-a/a
5-a
6-à/a
7-a/à
8-a
9-à
10 - a / à
Lição 8
1 - a) M
b) E
c) E
d) P
e) P
f) M
g) P
h) E
2 - a) P
b) E / P
c) P
d) P
e) E
3-C
4-D
001G/99
100/001G
Comunicação e Expressão
em Língua Portuguesa
Referências
Bibliográficas
AQUINO, Renato. Gramática Objetiva da Língua Portuguesa. 5. ed. Edição. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48. ed.
Revisada. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.
CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.
5. ed. Rio de Janeiro: LEXICON, 2008.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Gramática. 12. ed. São Paulo: Editora
Ática, 1993.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Gramática Nova. 2. ed. São Paulo:
Editora Ática, 1992.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. Rio
de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1975.
MARTINS, Eduardo. Manual de Redação e Estilo. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1990.
ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática Normativa da Língua Portuguesa: Prefácio de
Serafim da Silva Neto. 37. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.
Simulado
Parabéns!
Agora que você concluiu seus estudos nesta disciplina, é chegada a hora de fazer os exercícios do Simulado. É muito
importante que você o responda, pois ele foi especialmente elaborado para que você se prepare melhor para a sua
avaliação. Observe que, para as questões de múltipla escolha, existe apenas UMA alternativa correta. Depois de
pronto, envie-o para o endereço indicado abaixo ou entregue pessoalmente na Secretaria Escolar de sua Unidade.
INSTRUÇÕES
Para os alunos matriculados em:
• Cursos oficiais (técnicos): a resolução do Simulado é opcional. Caso deseje, os professores de plantão farão a
correção e a devolverão pelo correio.
• Cursos livres (não-oficiais): a resolução do Simulado terá o valor de prova realizada a distância e deve,
OBRIGATORIAMENTE, ser respondido à caneta (azul ou preta) e enviado para a correção, sendo que sua aprovação
lhe conferirá o Certificado de Conclusão.
Caixa Postal 1220
01031-970 - São Paulo - SP
A/C Departamento Pedagógico
ou
Av. Rangel Pestana, 1105 - Brás
03001-000 - São Paulo - SP
A/C Departamento Pedagógico
001G - Comunicação e Expressão
5E
em Língua Portuguesa
Nome (campo não obrigatório):.............................................................................................................
Nº de Matrícula (campo obrigatório): .................................................
Nota: ..................................
1) Assinale a função de linguagem predominante no texto abaixo.
Geografia clássica
Qual a origem dos nomes dos continentes?
“Inventores da geografia, foram os gregos que batizaram os primeiros territórios
conhecidos. Inicialmente, consideravam o mundo entre os que estavam a oeste (ereb, em
grego) e a leste (assu) do rio Egeu. Com o passar do tempo, essas denominações dariam
origem aos nomes Europa e Ásia.
“África” é um termo grego traduzido para o latim. Refere-se a um lugar ensolarado,
sem frio. O nome “América” homenageia o navegador italiano Américo Vespúcio, que
descreveu a região como um novo mundo, e não a Ásia, como acreditava seu descobridor,
Cristóvão Colombo.”
(Galileu. nov. 2002.)
( ) a) emotiva
( ) b) fática
( ) c) apelativa
( ) d) poética
( ) e) referencial
1
2)
AS COBRAS
TENHO UM MÉTODO
INFALÍVEL PARA PASSAR
PELO CAÇAPAVA
EU CORRO NA FRENTE
E VOCÊ ME DÁ POR
ELEVAÇÃO NAS COSTAS
DELE
NÃO PODE
FALHAR
VAMLÁ!
Luiz Fernando Veríssimo
As letras destacadas (NH-SS-RR-LH) na charge de Luis Fernando Veríssimo
classificam-se como:
( ) a) encontros consonantais;
( ) b) hiatos;
( ) c) dígrafos;
( ) d) vogais;
( ) e) ditongos.
3) “Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião acudiu, levando-lhe
água e pedindo que se deitasse para descansar; mas o enfermo após alguns minutos,
respondeu que não era nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era.”
(Quincas Borba. Machado de Assis)
No trecho acima, percebemos a existência do discurso.
( ) a) direto.
( ) b) indireto.
( ) c) indireto livre.
( ) d) não há discurso.
( ) e) pessoal.
4) Assinale a alternativa em que ambas as palavras apresentam o mesmo número de
fonemas.
( ) a) impressora – correspondem
( ) b) caracteres – consideração
( ) c) delinquente – adequada
( ) d) conhecimento – consideração
( ) e) esquerda – massacre
5) A sequência de palavras cujas sílabas estão separadas corretamente é:
( ) a) a-dje-ti-va-ção/im-per-do-á-veis/bo-ia-dei-ro
( ) b) in-ter-ve-io/tec-no-lo-gi-a/sub-li-nhar
( ) c) in-tu-i-to/co-ro-i-nha/pers-pec-ti-va
( ) d) co-ro-lá-rio/subs-tan-ti-vo/bis-a-vó
( ) e) flui-do/at-mos-fe-ra/in-ter-vei-o
6) Assinale a resposta correta. Em papagaio temos um:
( ) a) ditongo
( ) b) trissílabo
( ) c) proparoxítono
( ) d) tritongo
( ) e) dígrafo
7) Considerando o processo de formação de palavras, assinale a alternativa que apresenta
palavras formadas por derivação sufixal:
( ) a) clareza, ligação, velozmente
( ) b) refazer, contrapor, desligar
( ) c) entardecer, amadurecer, desalmado
( ) d) feliz, infeliz, felizmente
( ) e) sambista, ajoelhar, descontinuar
8)
BENEDITO CUJO
UM BILHETE PARA
MAMÃE ME
ACORDAR CEDO!
QUERO IR BEM
NO TESTE DE
REDAÇÃO!
MAMÃE,
PRECISO POR
QUE TEM OS
TESTE QUE
EU ACORDO
PRO TESTE
QUANDO ANTES
MAIS LEGAL
Fernando Gonsales
Considerando a situação da charge, podemos concluir que:
( ) a) Benedito é semi-analfabeto.
( ) b) o bilhete é confuso porque Benedito domina a língua falada, mas não a escrita.
( ) c) o bilhete é confuso porque a mãe de Benedito não sabe ler.
( ) d) Benedito escreveu o bilhete com pressa, por isso ele está confuso.
( ) e) o nervosismo impede que as pessoas redijam corretamente.
3
9) Leia:
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia.
Nesta frase, estamos diante de uma construção de linguagem popular “A gente ...”. Você
diria que, no modelo culto, essa expressão popular é substituída por:
( ) a) “nós ”, com função de sujeito da oração.
( ) b) “vive-se”, o que não indetermina o sujeito da oração.
( ) c) “muitas pessoas”, visto que “a gente” é considerado um coletivo e não sujeito.
( ) d) “ninguém”, com função de sujeito da oração.
( ) e) “alguém”, com função de sujeito da oração.
10) Assinale a alternativa que completa corretamente a frase:
Não chove ... meses; mas a esperança e o vigor que sempre ... no sertanejo não o ... .
( ) a) faz – existiu – abandonou
( ) b) faz – existiram – abandonaram
( ) c) fazem – existiu – abandonou
( ) d) fazem – existiram – abandonaram
( ) e) fazem – existiu – abandonaram
11) Para a gramática normativa, assinale a frase correta.
( ) a) Para quem gosta de cinema, é necessário presença de filmes nacionais.
( ) b) Haviam estrelas no céu.
( ) c) Fazem anos que fui a Natal.
( ) d) São neles que você se mede, se reflete, se encontra.
( ) e) Havia contado as estrelas.
12) A única frase em que há erro é:
( ) a) Deu seis horas no relógio da igreja.
( ) b) Devem ser duas horas e meia.
( ) c) Dois quilos é muito.
( ) d) O filho era a preocupação dos pais.
( ) e) Vai fazer cinco meses que ela se foi.
13) Assinale o item em que o pronome não está devidamente colocado.
( ) a) Compraram um presente e guardaram-no a sete chaves.
( ) b) Entregou-nos o convite logo que chegamos de viagem.
( ) c) É possível que dir-te-ão toda a verdade sobre o caso.
( ) d) Se ninguém nos falar sobre o acontecido, nós não nos apresentaremos às autoridades.
( ) e) O pai nunca lhe chamou a atenção diante de estranhos.
14) “Meu bem-querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem-querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem-querer,
Meu encanto
To sofrendo tanto
Amor
E que o é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor”
Meu bem-querer (Djavan)
Assinale a alternativa que contém apenas palavras formadas por derivação imprópria:
( ) a) sacramento, coração
( ) b) quê, sofrer
( ) c) sofrendo, encanto
( ) d) querer, sofrer
( ) e) morrer, amor
15) Em “no relógio deu duas horas” há um erro de:
( ) a) concordância
( ) b) regência
( ) c) emprego do tempo
( ) d) acentuação
( ) e) ortografia
16) Assinale a alternativa que preencha corretamente o período abaixo:
Os folhetos ............ não temos cópia são exatamente aqueles ............ conteúdo ele se fixou.
( ) a) que/cujo
( ) b) de que/cujo o
( ) c) de cujos/no qual
( ) d) dos quais/em cujo
( ) e) os quais/ao qual
17) “Doei meu sapato e minha roupa ............... .” Se formos colocar um adjetivo que se refira
aos dois substantivos, deveremos usar:
( ) a) novo
( ) b) novos
( ) c) nova
( ) d) novas
( ) e) as alternativas (a) e (b) estão corretas
5
18) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo:
Os Estados Unidos ................ grandes universidades de ................ fama e mérito.
( ) a) possuem/reputada
( ) b) possui/reputado
( ) c) possui/reputados
( ) d) possuem/reputado
( ) e) possui/reputada
19) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do período abaixo:
“ ............ seis horas da manhã, já estávamos ............ esperar o trem que nos levaria ..........
cidadezinha, de onde iríamos, ........... cavalo, ............... fazenda do Sr.Juca.
( ) a) As, à, a, à, à
( ) b) Às, a, à, à, a
( ) c) As, a, à, a, à
( ) d) Às, a, à, a, à
( ) e) As, à, à, a, a
20) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
Minha ................. está .................. por culpa não sei de ................... .
( ) a) pesquisa/atrazada/quê
( ) b) pesquiza/atrasada/quê
( ) c) pesquisa/atrazada, que
( ) d) pesquiza/atrasada/que
( ) e) pesquisa/atrasada/quê
Pesquisa de Satisfação
Caro Aluno:
Para que possamos aprimorar cada vez mais os nossos serviços, oferecendo um material didático
de qualidade e eficiente, é muito importante a sua opinião sobre este fascículo que você acaba de
estudar.
Sua identificação não é obrigatória. Responda as perguntas a seguir assinalando a alternativa que
melhor corresponda a sua opinião (assinale apenas UMA alternativa). Você também pode fazer
sugestões e comentários por escrito no verso desta folha.
Na próxima correspondência que enviar à escola, lembre-se de juntar sua(s) pesquisa(s) respondida(s),
ou entregá-la(s) na Secretaria Escolar de sua Unidade Educacional.
O Instituto Monitor agradece sua colaboração.
Secretaria Escolar
001G - Comunicação e Expressão
5E
em Língua Portuguesa
Nome (campo não obrigatório):.............................................................................................................
Nº de Matrícula (campo obrigatório): .................................................
Curso Técnico em:
T Eletrônica
T Transações Imobiliárias
T Contabilidade
T Secretaria Escolar
T Informática
T Logística
T Secretariado
T Administração
QUANTO AO CONTEÚDO
1) A linguagem dos textos é:
T a) sempre clara e precisa, facilitando muito a compreensão da matéria estudada.
T b) na maioria das vezes clara e precisa, ajudando na compreensão da matéria estudada.
T c) razoavelmente clara e precisa, ajudando, embora nem sempre, na compreensão da matéria
estudada.
T d) um pouco difícil, tornando trabalhosa a compreensão da matéria estudada.
T e) muito difícil, impossibilitando a compreensão da matéria estudada.
2) Os temas abordados nas lições/aulas são:
T a) em sua totalidade, atuais e importantes para a formação do profissional.
T b) em sua maioria, atuais e importantes para a formação do profissional.
T c) razoavelmente atuais e importantes para a formação do profissional.
T d) atuais, mas sua importância nem sempre fica clara para o profissional.
T e) ultrapassados e sem nenhuma importância para o profissional.
3) As lições/aulas são:
T a) muito bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com facilidade.
T b) bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com facilidade.
T c) razoavelmente bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com
facilidade.
T d) muito extensas, dificultando a compreensão do conteúdo.
T e) muito curtas e pouco aprofundadas.
QUANTO AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS (se existirem)
4) Os exercícios propostos são:
T a) muito bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos.
T b) bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos.
T c) muito simples, exigindo apenas que se decore o conteúdo.
T d) um pouco difíceis, mas abordando o que se viu na lição.
T e) muito difíceis, uma vez que não abordam o que foi visto na lição.
5) A linguagem dos exercícios propostos é:
T a) sempre clara e objetiva.
T b) em sua maioria, clara e objetiva.
T c) algumas vezes um pouco complexa, dificultando a resolução do problema proposto.
T d) mal-elaborada, tornando mais difícil compreender a pergunta que respondê-la.
T e) muito complexa, impossibilitando a resolução dos exercícios.
QUANTO À APRESENTAÇÃO GRÁFICA
6) O material impresso/online é:
T a) muito bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização, tornando o estudo
bastante agradável.
T b) em sua maior parte, bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização,
tornando o estudo bastante agradável.
T c) bem cuidado, mas nem sempre o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização.
T d) razoavelmente bem cuidado, mas a disposição das imagens e do texto dificulta a compreensão
do mesmo.
T e) confuso e mal distribuído, as informações não seguem uma sequência lógica.
7) As ilustrações são:
T a) sempre bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto.
T b) na maioria das vezes, bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto.
T c) bonitas, mas sem nenhuma utilidade para a compreensão do texto.
T d) malfeitas, mas necessárias para a compreensão e fixação do texto.
T e) malfeitas e totalmente inúteis.
Lembre-se: você pode fazer seus comentários e sugestões, bem como apontar algum problema específico
encontrado no fascículo. Sinta-se à vontade!
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