Prof. Paulo Hilário Saldiva Prof. Titular de Patologia da Faculdade de Medicina da USP “Talvez um dos momentos onde a essência do ser humano manifesta-se em sua plenitude é quando da instalação da doença. A doença, fruto do desequilíbrio de processos fisiológicos, nos auxiliou a compreender os mecanismos que regulam o funcionamento do organismo humano. O medo, a insegurança, a fragilidade que muitas vezes acompanham o adoecimento traçam um retrato nítido de nossas mentes. A Medicina “dominante” optou, de forma preferencial, a compreender e procurar corrigir as disfunções fisiológicas, entendendo que os componentes menos palpáveis – os sentimentos – eram frutos passageiros da doença. A dominância da ciência na Medicina dos últimos séculos trouxe progressos inegáveis, mas, ao tratar igualmente doentes distintos de forma similar, não permite uma compreensão do processo de adoecimento de cada indivíduo, único, particular, fruto de um conjunto de funções orgânicas e experiências pessoais que se interconectam de uma forma complexa a ponto de merecer um olhar mais cuidadoso da parte daqueles que sofrem. A Homeopatia é uma proposta vigorosa para abordar a doença sobre a perspectiva de cada indivíduo, integrando a ciência, a arte da observação e a compaixão. Não é fácil ser um bom homeopata. É necessário, estudo, vontade contínua de aprender com os acertos e, principalmente com os erros. É preciso valorizar o ser humano, observar, dissecar com precisão cirúrgica os gestos, os sintomas, as palavras, o todo.que se apresenta na sutil relação entre o paciente e o seu médico. Apresentado o tema, vamos ao autor. O Professor Paulo Rosenbaum é um excelente homeopata. Resumindo, conhecimento, humildade para perseverar no estudo de uma matéria complexa e disposição para ouvir e um enorme coração para curar. Mais do que isso, um intelectual, no sentido mais verdadeiro e legítimo da palavra. O Professor Rosenbaum apresenta um texto claro, enxuto, onde a Homeopatia é apresentada ao leitor com a definição digna das melhores lentes. Convido o leitor a percorrer estas páginas e delas extrair o mesmo prazer que senti ao lê-las”.