Veículo
G1 SÃO PAULO
Data
15/01/2015
Assunto
CPI USP
Aluna da USP relata ter sido vítima de
estupro 'por trás' em república
'Acordei com ele me penetrando por trás', disse estudante à CPI da Alesp.
Alunos de medicina relataram humilhações e bebedeira em trotes.
Do G1, em São Paulo*
Uma estudante do curso de medicina veterinária da Universidade de São Paulo relatou em audiência pública na
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ter sido vítima de estupro quando dormia em uma república de estudantes
da USP de Pirassununga (SP) em 2013. A jovem de 27 anos afirmou que um aluno a abusou por trás depois que ela
pegou no sono por ter bebido muito em uma festa. O depoimento foi prestado na tarde de quarta-feira (14) na audiência
comandada pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT).
"Acordei com a dor de ele me penetrando por trás, um estupro anal", relatou a jovem à Comissão Parlamentar de
Inquérito da Alesp que investiga a violência sexual na universidade. "O efeito do álcool passou na hora. Empurrei ele e
consegui convencê-lo a me deixar ir ao banheiro", afirmou. A estudante disse que conseguiu fugir e correu até a
portaria do campus da USP. Conversou com o segurança, que teria a aconselhado a não fazer nada.
A estudante disse ter feito boletim de ocorrência e que procurou o serviço social da universidade para relatar o fato e
alertar para se ter cuidado com o estudante. "A assistente social me disse que ele já havia falado com ela e que achou
que eu estava interessada. Fiquei muito nervosa. Ela afirmou que eu poderia abrir sindicância, mas, como estava muito
bêbada, não tinha provas e não daria em nada."
O episódio levou a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) a abrir uma sindicância para apurar o fato.
Trotes na medicina da USP
Estudantes de medicina da USP prestam depoimento à CPI que investiga violência no campus (Foto: Mauricio Souza/Divulgação/Alesp)
Em outro depoimento, estudantes do curso de medicina da USP relataram detalhes do "Show da Medicina", espetáculo
teatral de calouros e veteranos da FMUSP, que ocorre anualmente no mês de outubro, e sobre os trotes a que são
submetidos os calouros nos dois primeiros anos do curso.
Você é amarrado numa cadeira para não cair de tanto beber. E vai tomando destilados até
passar mal e desmaiar"
Aluno de medicina da USP
No Show da Medicina, os calouros passam várias sessões de ensaio durante a madrugada onde têm de simular sexo
entre si. E também são forçados a beber. "Você é amarrado numa cadeira para não cair de tanto beber. E vai tomando
destilados até passar mal e desmaiar. Quando você não aguenta mais, um outro colega faz você beber ainda mais", disse
um estudante, relatando que teria caído de cabeça e tido traumatismo craniano.
Na tarde desta quinta-feira (15), outros estudantes de medicina foram prestar depoimento à Alesp. O diretor da FMUSP,
José Otavio Costa Auler Junior, também esteve presente na audiência.
"Repudiamos todas as formas de violência que ouvimos por meio da mídia. Estamos envergonhados disso tudo que está
acontecendo. Mas nunca nos omitimos em nenhum dos fatos que chegaram de foram oficial. Fizemos sindicância e
apurações que seguem os preceitos da USP", afirmou o diretor.
Auler Júnior disse que o processo de sindicância aberto na faculdade começou dia 21 de junho do ano passado. O
relatório foi enviado à Procuradoria-Geral da USP e poderá resultar em punições. O diretor disse que a FMUSP
suspendeu a realização de festas e a venda e consumo de álcool. Estuda mudar o currículo do curso de medicina para
tratar mais de questões humanas. E vai conversar com os calouros que entrarem em fevereiro, depois de sair o
resultado da Fuvest, para falar sobre a questão do trote.
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G1 PIRACICABA E REGIÃO
Data
15/01/2015
Assunto
Denúncia de trotes violentos na Esalq
Torturas em trotes da Esalq/USP têm
agressão, fratura e comida estragada
Novos relatos de estudantes apontam ações de torturas aos calouros.
USP aguarda CPI; alunos da Puc-Campinas também denunciaram ações.
15/01/2015 20h24
Do G1 Piracicaba e Região
O ritual de entrada para os alunos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em
Piracicaba (SP), conta com abusos, agressões que resultaram em fraturas e comida estragada. Desde dezembro,
estudantes estão sendo chamados para depor em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia
Legislativa de São Paulo, que apura a violação dos direitos humanos em trotes de universidades paulistas. O G1 já
havia noticiado relatos de jovens que denunciaram, durante a CPI, chibatadas e envenenamento.
Segundo uma aluna da Esalq, que prestou depoimento em sigilo, ela afirmou que quase foi abusada sexualmente em
um dos trotes e que já ouviu muitos casos semelhantes ao dela na universidade. "Eu escapei por pouco, mas sei que eles
dopam as pessoas e abusam sexualmente delas em repúblicas. Eu também já vi muita gente ser agredida e quebrar
braços e pernas", disse.
Uma outra estudante afirmou que os calouros são obrigados a comer comida estragada misturada com vômito e que não
podem deixar o local enquanto não terminam. "Eles fazem uma mistura com vômito e comida podre e obrigam as
pessoas a comer. Quem não come, é agredido e não pode sair do lugar", contou.
A reportagem da EPTV procurou a diretoria da Esalq nesta quinta-feira e a instituição afirmou que não recebeu
nenhum relato de trote violento nos últimos quatro anos e que vai aguardar o resultado da CPI para tomar alguma
medida.
Puc-Campinas
Quatro alunos da Puc-Campinas também prestaram depoimento na CPI e afirmaram que foram agredidos e obrigados a
entrar em uma piscina com fezes, urina e vômito. Os jovens contaram que os trotes aconteceram em uma chácara no
distrito de Barão Geraldo.
Em nota, a universidade afirmou que as ações aconteceram fora do campus e que condena essas atitudes.
Professores coniventes
O professor Antônio Ribeiro de Almeida Júnior estuda trotes violentos desde 2001. Ele dá aulas na Esalq e afirmou
que, muitas vezes, professores, funcionários e ex-alunos têm conhecimento dos trotes e ainda apoiam e cobram que os
rituais sejam realizados. O docente ainda afirmou que as ações fazem parte de uma rotina perversa de poder que existe
dentro da universidade.
“Muitas vezes a iniciativa do trote parte dos próprios funcionários e dos professores. Eles cobram, pedem, sabem que
acontecem e nunca fazem nada. Até agora, a gente não viu ninguém ser punido por trotes violentos. Isso precisa mudar,
a punição tem que ser violenta”, afirmou.
Cinco professores da Esalq foram convocados para depor na próxima quarta-feira (21) na CPI que apura os trotes.
Estudantes relataram em CPI abusos e torturas nos trotes da Esalq (Foto: Reprodução/EPTV)
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WEB ESTADÃO
Data
15/01/2015
Assunto
CPI USP
Sindicância conclui que aluna da
USP sofreu abuso sexual
LUIZ FERNANDO TOLEDO - O ESTADO DE S. PAULO
15 Janeiro 2015 | 17h 24
Estudantes envolvidos podem ser expulsos; primeira investigação apontou que relação
sexual havia sido consensual
Sindicância conclui denúncia de 2013 sobre estupro dentro do campus da USP; Dois alunos envolvidos
deverão ser punidos.
SÃO PAULO - O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), José Costa
Auler, disse nesta quinta-feira, 15, em CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo, que foi concluída
uma nova sindicância sobre o caso de uma aluna que denunciou ter sido estuprada em 2013, em uma
festa organizada por estudantes da instituição. No parecer da comissão que apurou o caso, ficou
concluído que houve abuso sexual e os dois alunos envolvidos deverão ser punidos.
Os alunos acusados poderão ser expulsos - um é estudante do sexto ano e outro já terminou o curso e
está em processo de residência.
Na primeira sindicância feita no ano passado na faculdade, os professores da comissão afirmaram que
a relação sexual havia sido consensual. Em depoimento nesta quinta-feira na CPI das Universidades, a
aluna do 5.º de Medicina, de 22 anos, que pediu para não ser identificada, acusou a comissão de ter
forjado seu relato sobre o caso.
Ela disse que teve acesso aos documentos dessa sindicância e que o depoimento que constava como seu
não era verdadeiro. Auler afirmou que confia nos professores que faziam parte da comissão, mas que
vai apurar a denúncia.
A aluna declarou à CPI que sequer assinou o depoimento oral dado na primeira sindicância, de 2013. O
procedimento mudou na segunda vez. "A primeira comissão era composta de três homens e uma
mulher. A segunda, de três mulheres e um homem", ressaltou.
Segundo o diretor da instituição, a primeira sindicância era apenas uma "apuração preliminar que não
se satisfez". Ele afirmou que encaminhará à procuradoria da USP pedido de apuração sobre a suposta
falsidade ideológica relatada pela jovem no primeiro processo de investigação.
A sindicância foi reaberta depois de a aluna ter revelado o estupro em audiência pública da Comissão
de Direitos Humanos, realizada no final do ano passado. Além dela, outra estudante afirmou ter sido
violentada, o que motivou a criação da CPI.
Outros casos. Além da jovem, uma aluna do coletivo feminista Geni e outro estudante de medicina
participaram da CPI para repetir os relatos de trotes abusivos e denunciar o que, segundo eles, seria a
propagação de cultura machista na instituição.
O deputado Adriano Diogo, que preside a CPI, questionou o resultado das apurações internas e
afirmou que se a sindicância já "nasce morta", sem apoio da universidade, não haverá investigações.
Medidas. Auler Junior ressaltou que ficou "envergonhado" com os acontecimentos, mas que nunca
omitiu nenhum dos casos que foram levados formalmente à Fmusp. "Deixo compromisso público com
vocês de aprimorar os mecanismos da instituição e de modificar esta cultura". disse.
Ele também aproveitou a ocasião para exibir o "pacote" de medidas de prevenção ao estupro e à
violência, que incluem a criação de uma ouvidoria própria na Fmusp, e integração de disciplinas de
direitos humanos no curso.
Outra novidade anunciada pelo diretor é que a recepção dos calouros em 2015 deverá ser "diferente",
com a presença dos pais e com orientações sobre onde relatar eventuais abusos e violências. "A
Faculdade de Medicina é uma instituição que busca resolver todos os problemas e servir de modelo a
outras instituições", disse.
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WEB ESTADÃO
Data
15/01/2015
Assunto
CPI USP
Medicina da USP descumpre
prazo de entrega de documentos
solicitados por CPI
LUIZ FERNANDO TOLEDO - O ESTADO DE S. PAULO
15 Janeiro 2015 | 20h 23
As instituições tinham até o dia 3 de janeiro para entregar documentos relativos às
sindicâncias em curso, reclamações formais sobre vandalismo em festas e até dados
sobre o Disk Trote da USP.
A Faculdade de Medicina da USP (Fmusp) e as organizações estudantis Show Medicina e Associação
Atlética Oswaldo Cruz descumpriram o prazo de entrega de documentos solicitados pela Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura casos de abusos sexuais e violência em trote nas
universidades paulistas. As instituições tinham até o dia 3 de janeiro para entregar documentos
relativos às sindicâncias em curso, reclamações formais sobre vandalismo em festas e até dados sobre o
Disk Trote da USP.
Os requerimentos de informação, cuja obrigatoriedade de envio é expressa no regimento da CPI, foram
enviados no dia 19 de dezembro. O Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (Caoc), de alunos da Fmusp,
também foi requisitado, mas já enviou os documentos pedidos. Já a Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq), que também precisa enviar documentos, ainda
não teve o prazo esgotado.
A Atlética chegou a solicitar prorrogação do prazo por 30 dias, o que foi negado pelo presidente da CPI,
Adriano Diogo. De acordo com o diretor da Fmusp, José Otávio Auler Junior, todos os pedidos de
informação deverão ser atendidos pela instituição. Ele não detalhou quando as informações serão
passadas à CPI.
Veículo
O ESTADO DE SÃO PAULO
Data
16/01/2015
Página
METRÓPOLE – A18
Assunto
Denúncia de estupro na FMUSP
Veículo
FOLHA DE S. PAULO
Data
16/01/2015
Página
RIBEIRÃO – C7
Assunto
Denúncia de estupro na FMUSP
Veículo
O DIA - RJ
Data
16/01/2015
Página
PAÍS – 13
Assunto
Denúncia de estupro na FMUSP
Veículo
FOLHA DE S. PAULO
Data
16/01/2015
Página
PODER – A4
Assunto
Novo presidente do CNPq
Veículo
O ESTADO DE SÃO PAULO
Data
16/01/2015
Página
NOTAS E INFORMAÇÕES – A3
Assunto
Aulas de Haddad na USP
Veículo
DCI
Data
16/01/2015
Página
SÃO PAULO – 1
Assunto
Programa de Demissão Voluntária
Veículo
VALOR ECONÔMICO
Data
16/01/2015
Página
EU & FIM DE SEMANA – 24
Assunto
Lançamento livro do Prof. José de Souza Martins
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Aluna da USP relata ter sido vítima de estupro `por trás` em república