63 2. Orientações complementares PowerPoint® Didático 5 – Guião de exploração didática O Museu de Arte Contemporânea de Serralves Propõe-se ao professor que integre esta matéria no Módulo 10, no capítulo Vias de Expressão da Arte Portuguesa Contemporânea, e que, se possível, apresente o PowerPoint® como se fosse uma visita ao percurso artístico do autor e à arquitetura do museu. Slide 1: Apresentação do tema. Slide 2: O professor pede aos alunos que leiam o texto em silêncio. Depois questiona: O que é “olhar” para Siza Vieira e o que exige o “ver”? Porque é que a arquitetura tem como tema o espaço? O “relacionamento é infindável” porquê? Slide 3: O professor pergunta aos alunos o que sabem sobre Siza Vieira e complementa as respostas com a informação que achar pertinente sobre este autor. Pede aos alunos um comentário à sua definição de “arquiteto”. Slide 4: Iniciar este slide com a leitura do texto e, de seguida, questionar os alunos sobre a importância do método de trabalho para a criação. Continuar a aula com a descoberta e a descrição das etapas do método de Siza Vieira para a criação de um projeto. De notar o valor que o arquiteto dá ao “sítio” e justificar. II11GP © Porto Editora Slide 5: Depois da leitura do texto e da contemplação/análise da gravura o professor pede aos alunos que entrem no pensamento do arquiteto e descubram a função do desenho para Siza Vieira, a relação que diz haver entre as mãos e a mente e entre figuração e arquitetura. O que se pode ver e deduzir do esquisso? Slides 6 e 7: Neste slide o professor pode propor aos alunos que encontrem as fontes de inspiração de Siza Vieira, definindo “arquitetura tradicional da região” e comentando as últimas linhas do texto. Depois, para contribuir para a formação de juízos de valor nos alunos, questionar: Será este um bom meio para fazer arquitetura? Explorar as influências referidas, relembrando as características individuais dos arquitetos referidos e respetivas obras (slides 8 a 15) e acompanhando estas imagens com a leitura e a análise dos documentos e II11GP_20133335_F04_4PCimg.indd 63 legendas do Manual e integrando-os nos diferentes estilos. Procurar pontos comuns nestas obras e organizar, com os alunos, uma síntese dessas características no quadro. Slide 6: Ler, cronologicamente, as obras de Siza Vieira e ir acrescentando outras que sejam do conhecimento dos alunos. Slides 7 a 16: Explorar as imagens e os textos sobre a Casa de Chá da Boa Nova, lançando as seguintes questões: Que contexto/envolvência apresenta esta obra? A que exigência foi submetida? As formas correspondem às dificuldades levantadas? Que materiais foram usados? Que marcas e que autores estão presentes nesta obra de Siza Vieira? O que pensam das frases dos arquitetos Fernando Távora e Souto Moura? Como refletem as obras de Siza estas ideias? Após leitura da imagem e do texto sobre a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, o professor questiona: Que características próprias e únicas de Siza Vieira se veem neste edifício? O que é que lhe dá a expressividade? Continuando com a análise das obras de Siza Vieira e, para educar o olhar dos alunos e prepará-los para o entendimento do projeto de Serralves, propor que leiam a imagem e o texto sobre o Centro de Arte Contemporânea da Galiza e questionem: os princípios do projeto, as implicações que teve, os temas que tratou e o seu papel no contexto preexistente. Slides 17 e 18: Mostrar a panorâmica de Serralves explorando as diferentes áreas (jardim clássico e romântico, casa e museu...) e depois o texto. Em seguida questionar: Que preocupações terão estado no espírito do arquiteto para a realização deste projeto? (Relevar a contextualização do museu na quinta, na zona envolvente e na parte ocidental da cidade.) Slides 19 e 20: Perante a visão deste slide (traseiras da casa e jardim clássico), o professor pode fazer um pequeno historial da Casa de Serralves e ir questionando o contexto envolvente, o estilo, etc. (A casa foi mandada construir pelo 2.º conde de Vizela, Carlos Alberto Cabral, aristocrata da indústria têxtil, em 1923. O projeto, segundo a traça Deco, foi do arquiteto francês Charles Siclis, 2/19/14 3:31 PM 64 Ideias & Imagens | Guia do Professor Slides 21 e 22: Veem-se nas imagens vistas dos jardins e outros espaços de Serralves. O professor pode relembrar Versalhes e a organização do palácio e dos jardins. Slides 23 e 24: Agora, o professor conduz a atenção dos alunos para o Museu de Serralves. Pode pedir-lhes que descrevam a implantação, a orientação solar (a entrada está para N) e a organização/distribuição do museu, ao mesmo tempo que vão lendo o texto; comparam, também, com o que viram sobre o museu do Centro de Arte Contemporânea da Galiza. Com a visualização do corte longitudinal pretende-se que os alunos façam a leitura e a análise da topografia do terreno e da inserção do museu no local e da estruturação do espaço interno. Slide 25: Este slide tem por objetivo a descrição das plantas dos quatro pisos do museu. Propõe-se que os alunos vão lendo as plantas com a ajuda do professor e percebendo: a geometria da construção, a distribuição dos espaços, o tamanho das áreas (salas de exposições…), a relação entre pisos (como a biblioteca e o auditório)… A partir deste ponto, o professor poderá servir de guia, começando a visita ao interior pelo hall de entrada com diferentes pés-direitos, propiciador de jogos de luz – é um museu feito de luz. De seguida, entra-se na enorme sala central de exposição, ampla, grandiosa, com a vegetação a observar-nos e a luz a inundar-nos (veja a enorme janela colocada no nível superior). Não deixar de notar o acesso em rampa, propiciando a todos a proximidade à obra de arte. II11GP_20133335_F04_4PCimg.indd 64 No piso 1, a escada é tipo ponte, com sentido funcional e estético, ligando as diferentes áreas deste piso: bar, auditório e biblioteca. As janelas, rigorosamente rasgada e colocadas, convidam a espraiar o olhar pelo exterior… A biblioteca é uma tipologia que o arquiteto Siza criou muitas vezes (ex.: a de Viana do Castelo, mesmo ao lado do rio Lima). Distribui-se por dois pisos, num amplo espaço com iluminação natural, convidando à concentração. No piso 1, a sala de exposição é uma grande galeria flexível, com aberturas/janelas cuidadosamente orientadas, ligando com o exterior – o museu entra no jardim ou o jardim entra no museu. O museu contém mais espaços que são ligados por pátios interiores e corredores que servem de passagem e que têm jogos de luz que sublinham a natureza estrutural do edifício. Às vezes os tetos são suspensos, deixando passar a luz natural, mas protegendo as obras dessa mesma luz. II11GP © Porto Editora tendo a sua execução ficado a cargo do arquiteto português Marques da Silva. O projeto dos jardins é da autoria de Jacques Gréber e data de 1932. A casa tem a sua fachada virada para a Rua de Serralves, mas usufrui de um terreno de 18,43 ha.) Slide 26: Este slide mostra o exterior do museu, nomeadamente, o corpo em forma de U, onde o jardim, surpreendentemente, entra no museu. O professor mostra estas imagens em silêncio e depois pede aos alunos que lhe expliquem o que viram. Eles descreverão: a inserção do museu na paisagem, rodeado de densa e apropriada vegetação; a opacidade das paredes periféricas que contrastam com aberturas/janelas cuidadosa e cientificamente orientadas; os jogos de volumes angulares e de planos; as estruturas construtivas e os materiais simples... Slides 27 e 28: Contém uma síntese-conclusão sobre este assunto. Contudo, antes de mostrar o slide, o professor deve solicitar aos alunos uma síntese oral das características arquitetónicas deste projeto de Siza Vieira e a sua expressividade. Para TPC, sugere-se que os alunos escolham uma outra obra de Siza Vieira e a caracterizem utilizando os mesmos itens expressos neste PowerPoint®. 2/19/14 3:31 PM