O ENVALVIÃO
Era uma vez um meio de transporte fantástico: podia voar, andar na terra e
também no mar! Além disso, conseguia tornar-se invisível…
Chamava-se Envalvião, era enorme, brilhante e descapotável, tinha muitas
janelas e dois pisos. O seu interior era mágico: quando entrávamos, as luzes acendiamse sozinhas e a música começava a tocar. Tinha um bar, um restaurante, televisão e
sofás muito confortáveis. Era incrível por ser muito rápido, nitro e automático. Andava
sozinho e podia transportar muita gente.
Todos os meninos se imaginavam heróis de aventuras fantásticas a bordo deste
fabuloso veículo!
No dia 1 de abril de 2014, os encarregados de educação dos alunos da turma do
2º ano de Gavião foram avisados/prevenidos para não levarem os seus educandos
para a escola. Deveriam dirigir-se com eles ao jardim do cruzeiro, onde o Envalvião os
esperava para a tão desejada viagem…
2º ano EB de Gavião
Eram 9 horas quando o Envalvião partiu com destino a Londres, parando
primeiro na Comenda, para levar os meninos desta escola.
No início da viagem, o Envalvião perguntou-lhes se queriam ir por mar, terra ou
ar.
Todos decidiram ir pelo ar e lá seguiram a caminho de Londres, entusiasmados e
também um pouco nervosos, porque metade dos alunos ainda nunca tinha saído do
país nem andado de avião, muito menos num avião mágico. Sentiam-se como
passarinhos a voar bem alto, desfrutando das lindas paisagens aéreas.
A certa altura, os meninos ficaram espantados ao verem o Envalvião descer,
descer e planar no mar, transformando-se depois num submarino, pois já não podia
seguir pelo ar, devido ao denso nevoeiro.
Agora, conseguiam ver o fundo do oceano, magnífico, repleto de algas, corais,
conchas, peixes coloridos, golfinhos, baleias e muitas mais raridades.
Durante a viagem, os meninos assistiram ainda a vários espetáculos, jogos e
filmes. Estava a ser tudo muito divertido, mas, como o Envalvião era muito rápido,
depressa chegaram a Londres.
Como já era meio-dia, todos foram almoçar ao MC´Donalds, que se situava
perto do Big Ben. De seguida, subiram à torre e avistaram toda a cidade…
Turma da Comenda
Viram uma imensidão de prédios enormes, o rio Tamisa e, ao olharem para a
maior roda gigante do mundo, a London Eye, situada em frente ao Big Bem, decidiram
ir dar uma volta até lá.
Enquanto os meninos da Escola da Comenda se divertiam, o Envalvião ligou o
nitro e, em alta velocidade, foi buscar os meninos da Escola de Vale de Gaviões, que
também queriam participar nesta aventura fantástica. Sentaram-se nos seus
confortáveis sofás e rapidamente chegaram a Londres.
Todos juntos decidiram ir até à França, visitar a Disneyland de Paris.
O Envalvião transportou-os e durante a viagem ouviram músicas, viram filmes e
comeram pipocas. Este era o meio de transporte mais completo e divertido que
conheciam!
Como as estradas de Paris tinham muito movimento, o Envalvião tornou-se
invisível para não estar nas filas, poder ultrapassar os carros e assim chegar sem
qualquer dificuldade à Disneyland.
Turma de Vale de Gaviões
A viagem foi interessante e os meninos estavam muito felizes.
Quando chegaram ao parque da Disneyland, saíram do Envalvião e
caminharam até à entrada, mas os portões estavam fechados! Ficaram muito
admirados e tristes… Chamaram o super transporte, mas este já ia de regresso a
Gavião, para levar os alunos do primeiro ano.
Esta viagem também foi muito rápida e emocionante. Os computadores do
Envalvião não paravam de apitar, quando receberam o pedido de ajuda dos meninos
das outras três turmas que estavam em Paris.
Quando a turma do primeiro ano chegou à Disneyland, os colegas esperavam
ansiosos. Entraram no Envalvião e pediram-lhe para se transformar num avião invisível
e voar baixinho por cima da Disneyland. Assim, ninguém os conseguia ver e poderiam
descobrir o que se estava a passar.
O Envalvião, voou, voou… Lá em baixo, no parque de diversões, as personagens
estavam muito assustadas, corriam de um lado para o outro, no meio de uma grande
confusão! De repente, os meninos viram alguém a correr com um saco preto às costas
e ouviram gritar “Socorro! Socorro!”…
O braço elástico do Envalvião desceu, agarrou o saco e trouxe-o para cima,
para o seu interior. Desceu de novo e arrancou rapidamente a máscara da estranha
personagem. Nesse instante, deixou de ser invisível e aterrou no parque de diversões.
Todos ficaram a saber que se tratava do capitão Gancho e que o malandreco
tinha raptado alguém. Estavam impacientes por ver quem estava no saco preto…
Surpresa! Saiu de lá a Princesa Sofia!
Algumas personagens do parque aproximaram-se do Envalvião, para
conhecerem aquele misterioso meio de transporte e perceberem o que se passava.
Nesse instante, estendeu-se automaticamente um tapete rolante e saiu a
Princesa Sofia, com um grande sorriso. Ela apressou-se a explicar o que lhe tinha
acontecido. Como ficou muito agradecida, resolveu convidar todos os passageiros do
Envalvião a passarem uns dias de férias no palácio da Disneyland.
Os meninos não podiam acreditar, finalmente ia começar o divertimento! Lá ao
longe, viram logo o Mikey e a Minie, a Bela e o Monstro, a Alice no País das
Maravilhas, a Doutora Brinquedos, o Peter Pan, o Donald…
Os seguranças do parque apressaram-se a prender o capitão Gancho e a abrir
os portões do parque de diversões.
1º Ano EB de Gavião
Os meninos achavam que aqueles dias no palácio iam ser realmente muito
divertidos. Entusiasmados, perguntaram à princesa Sofia se poderiam conhecer mais
algumas personagens que moravam naquele lindo sítio.
Lá à frente, encontraram o Pateta e perguntaram-lhe como é que conseguia ser
tão pateta! Ele respondeu-lhes:
- Bem, é o meu papel de personagem!
Os meninos lá aceitaram a sua resposta.
Andaram mais um bocadinho e encontraram o palácio da princesa Sofia. Era de
cristal, muito brilhante, tinha um diamante no topo e resplandecia durante toda a
noite. Era um local magnífico!
Os meninos, muito contentes, entraram e quiseram conhecer os pais da Sofia.
Ela achou uma óptima ideia.
O Envalvião quis fazer uma surpresa aos meninos enquanto eles estavam a
fazer um piquenique com os pais da Sofia e levou-lhes um petit gâteau e um crepe
para a sobremesa. Adoraram!
Mas a maior das surpresas foi quando pensavam que o Envalvião já se ia
embora e descobriram que ainda não iam de volta a casa.
– Ah! Que grande alegria! - gritaram os meninos – Não estávamos à espera de
uma notícia tão agradável!
Depois do piquenique, foram novamente para o magnífico Envalvião e
quiseram conhecer a cidade de chocolate. Quando lá chegaram, viram uma fonte de
chocolate e nuvens de algodão doce, de onde chovia açúcar. Também patinaram na
pista de chocolate. Estavam tão bem, que o tempo passou rapidamente. A máquina já
avisava que era hora de saída…
-Oooh!… – exclamaram todos em conjunto – O tempo passou tão depressa!
Agitados, entraram novamente para o Envalvião, prontos para uma nova
aventura, desta vez debaixo de água.
No regresso, passaram pelo Vicky, o pequeno golfinho e pela pequena sereia e
pararam na Isla Mágica, onde havia uma fábrica de fazer bolas de sabão gigantes.
Foram todos dentro das bolas e voaram por cima do parque de diversões. Foi muito
fixe!
A certa altura, viram uma estátua viva e ficaram muito assustados. Então, ela
disse-lhes:
- Não fiquem com medo porque eu não vos faço mal…– Era o Envalvião
disfarçado de estátua. Que susto!
Estavam tão cansados, que, assim que entraram para a máquina,
adormeceram.
Quando acordaram…
3º Ano EB de Gavião
O Envalvião estava de novo estacionado no Jardim do Cruzeiro para receber os
alunos do 4.º ano do Gavião, que ainda faltavam. Assim que se abriram as portas, estes
entraram, no meio dos protestos dos colegas, que refilavam cheios de sono.
Agora, quem escolhia o destino eram os alunos que ainda não tinham tido
qualquer aventura e queriam uma coisa especial: visitar a Atlântida.
A nave fantástica parou no ar para se orientar. De repente, deu um quarto de
volta e começou a viagem pelo ar, até um ponto no Oceano Atlântico. Poisou
suavemente, transformou-se em submarino e começou a afundar-se na água.
Através das paredes transparentes, os alunos iam vendo água cada vez mais
escura até que o Envalvião parou numa grande praça submersa, rodeada de casas em
ruínas que faziam sombras assustadoras. Os meninos do primeiro ano começaram a
chorar, mas os colegas mais velhos deram-lhes as mãos e eles calaram-se.
Alguns alunos quiseram caminhar naquelas ruas lendárias. Para isso, vestiram
fatos de mergulho com garrafas de ar e saíram. Foram logo para a grande casa que
estava diante da praça e que deveria ter sido a mais importante. Era o palácio do rei.
Entraram e sentiram um arrepio de medo. Alguém invisível lhes abria as portas para
onde queria que fossem. Parecia que os queria levar para um local dentro da casa.
Subitamente, viram-se diante do trono, que estava vazio. Ao lado, no chão,
estava um tridente em ouro com pedras preciosas. Os alunos correram logo para o
apanhar, mas uma mão invisível segurou-os, impedindo-os de o alcançarem. Então,
ouviu-se uma voz:
- De tudo o que virem, apenas podem tocar e levar um objeto. Pensem bem no
que querem.
Os alunos não pensaram muito mais. Pegaram no tridente e dirigiram-se
apressadamente à nave, para fazerem a viagem de regresso.
Havia ainda muitas aventuras para viver, mas agora só queriam voltar para casa
e mostrar aquela maravilhosa jóia a toda a gente. Finalmente no Jardim do Cruzeiro,
no Gavião, saíram do Envalvião e correram a abraçar os pais. Como não sabiam onde
colocar o tridente, levaram-no para a Câmara Municipal, onde ainda se encontra e
poderá ser admirado por toda a gente que possua óculos mágicos.
4 º Ano EB de Gavião
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