UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE
BRASÍLIA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Curso de Engenharia
Ambiental
CONFORTO ACÚSTICO EM PRAÇA DE
ALIMENTAÇÃO DE SHOPPING
Autora: Sabrina Mota da Silva
Orientador: Sérgio Garavelli
BRASÍLIA
2012
2
CONFORTO ACÚSTICO EM PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO DE SHOPPING
Sabrina Mota da Silva
[email protected]
Sérgio Luiz Garavelli (Professor Orientador)
[email protected]
Curso de Graduação em Engenharia Ambiental – Universidade Católica de Brasília
RESUMO
Relacionar condições adequadas de conforto acústico em praças de alimentação de shoppings
é uma observação importante por proporcionar bem-estar aos usuários desses espaços, uma
vez que a exposição ao excesso de ruídos pode causar desde um leve desconforto até graves
problemas de saúde. Este trabalho apresenta os resultados quantitativos de medições do nível
de pressão sonora e o índice de Integibilidade da fala em quatro pontos diferentes da praça de
alimentação do Taguatinga shopping. As medições ocorreram no mês de julho de 2012, os
dados coletados foram processados no software dB Traid da 01dB. Devido à falta de
legislação aplicável a praças de alimentação, este estudo adotou como parâmetro de conforto
acústico o nível de 70 dB (A), valor determinado por levantamento bibliográfico e experiência
in loco. Partindo desse pressuposto, os valores do nível de pressão sonora obtidos foram
considerados inadequados, incomodativos e intoleráveis.
Palavras-chave: Nível de pressão sonora, Integibilidade da fala, Conforto Acústico, Praça de
alimentação.
Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade
Católica de Brasília, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Ambiental. O artigo foi aprovado por: Sérgio Luiz Garavelli – Orientador e Edson Benício de
Carvalho Júnior – Examinador. Brasília, 28 de novembro de 2012.
3
ABSTRACT
Relating proper conditions of acoustic comfort in food courts of shopping centers is an
important observation for providing welfare to the users of these spaces since exposure to
excessive noise can cause a mild discomfort or even severe health problems. This paper
presents the results of quantitative measurements of sound pressure level and the rate of
speech intelligibility in four different points in the food court of the Taguatinga Shopping
Mall. The measurements took place in July 2012, the data collected were processed using the
software Traid dB 01dB. Due to the lack of legislation applicable to food courts, this study
adopted the level of 70 dB (A) as a parameter for acoustic comfort , value determined by
bibliographical research and in loco experience, on this assumption the values of sound
pressure level obtained were considered inappropriate, uncomfortable and unbearable.
Keywords: Sound level pressure, Speech interference, Acoustic comfort, food court.
4
1.
INTRODUÇÃO
Com a evolução da espécie humana e a busca por melhores condições de
sobrevivência, o homem está constantemente modificando o meio ambiente, principalmente
para explorar recursos naturais e consolidar centros urbanos. Toda essa atividade ao longo da
história ocasionou uma profunda transformação no planeta e consequentemente, grandes
problemas ambientais dentre os quais podemos citar as diversas formas de poluição como um
dos mais significativos impactos negativos sobre o meio.
O estilo de vida adotado pelo homem moderno requer uma grande demanda na
produção de alimentos, desenvolvimento de tecnologias, industrialização, conforto, lazer,
entre outros. Esse padrão de vida tem como subproduto a geração de diversos tipos de
poluição, seja das águas, do ar, do solo, luminosa, visual, sonora etc., comprometendo a
qualidade dos recursos naturais, a saúde e o bem estar dos seres vivos. Este é o grande desafio
da humanidade contemporânea manter o nível de desenvolvimento ascendente e ao mesmo
tempo permitir a absorção dos impactos pelo meio ambiente não exaurindo os recursos
naturais de forma a garantir às futuras gerações condições de sobrevivência, essência do
desenvolvimento sustentável.
A poluição em seus diversos tipos é, portanto, um problema associado ao
desenvolvimento humano e requer atenção especial no que diz respeito à busca por medidas
protetoras, mitigadoras, compensatórias, a fim de minimizar os impactos por ela causados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um ranking dos tipos de poluição
que mais afetam a saúde, em 2011 a poluição sonora cresceu nas grandes cidades e passou a
ocupar a segunda posição, ultrapassando a poluição das águas, atrás apenas da poluição
atmosférica (WHO, 2011).
Para entender melhor sobre poluição sonora é importante definir som e ruído Stephan
Paul, em seu artigo “Som, ruído releituras críticas de textos brasileiros” sugere que o conceito
mais adequado para som seria defini-lo unicamente como fenômeno físico, um movimento
ondulatório das moléculas/átomos num meio. Já o conceito de ruído, segundo o mesmo autor,
é mais complexo “ruído é um som composto por vibrações não harmônicas, em comparação
com o som musical, é um som indesejável ou desagradável e este entendimento depende de
uma variedade de fatores físicos e não físicos” (PAUL, 2010).
Segundo Pimentel Souza (1992), professor titular de neurofisiologia da Universidade
Federal de Minas Gerais, a exposição direta ou indireta ao ruído causa diversos distúrbios à
saúde humana: “a partir de 55 dB(A) já é possível provocar estresse leve, excitante, causando
5
dependência e levando a durável desconforto. O estresse gradativo do organismo começa com
cerca de 65 dB(A) com desequilíbrio bioquímico, aumentando o risco de infarto, derrame
cerebral, infecções, osteoporose etc. Provavelmente a 80 dB(A) já libera morfinas biológicas
no corpo, provocando prazer e completando o quadro de dependência. Em torno de 100
dB(A) pode haver perda imediata da audição.”
Segundo DANI e GARAVELLI (2001) o excesso de ruído ainda pode causar fadiga,
perturbações do sono, problemas cardiovasculares, perdas auditivas, irritabilidade, estresse,
alergias, distúrbios digestivos, úlceras, falta de concentração, entre outros.
A OMS considera que a exposição sem maiores danos deva permanecer em até 50 dB,
valor acima do qual favorece o surgimento dos efeitos negativos, alguns surgindo a curto
prazo outros levando maior intervalo de tempo para serem percebidos (WHO, 2011).
O ruído causa efeito cumulativo no organismo, porém, por se tratar de um fenômeno
físico, difere-se de outras poluições por não gerar resíduos, dificultando a percepção das
pessoas na associação dos sintomas desenvolvidos à sua exposição, que pode causar desde um
leve incômodo até sérios problemas de saúde. Esse problema tem se intensificado com o
aumento populacional concentrado nas áreas urbanas. O tráfego de veículos terrestres e aéreos
potencializa as emissões, que também estão presentes nas atividades cotidianas da maioria das
pessoas, nos ambientes de trabalho, escolar, religioso e até de lazer.
O processo de modernização iniciado do final do século XX vem promovendo muitas
alterações não só em relação às questões ambientais, mas também em relação ao modo de
vida das pessoas. A globalização promove o modelo de vida implantado pelo capitalismo
atual, que influencia todo o mundo. A adaptação do mercado ao novo estilo consumista da
sociedade promoveu o surgimento de espaços que agregam o acesso à oferta de produtos
diversificados, à praticidade e ao lazer, em um ambiente seguro que tem atraído cada vez mais
o público de diferentes classes sociais.
Os shoppings centers são o produto da evolução desses espaços que refletem as
vontades do mercado. Passam por diversas modificações para satisfazer o público, tornandose locais normatizados e padronizados, assim como a própria sociedade, de acordo com as
necessidades consumistas. Promover condições adequadas de conforto acústico nesses
espaços é importante para proporcionar bem-estar aos usuários, uma vez que a exposição ao
excesso de ruídos pode causar vários efeitos negativos sobre a saúde humana.
As praças de alimentação de modo geral não possuem uma arquitetura que garanta o
conforto acústico, desconsiderando tratamentos específicos para esse fim. Isso acarreta
aumento do ruído de fundo, pois o intuito desses espaços é agregar clientes, oferecer
6
variedades de alimentos e proximidade das lojas, um ambiente de fruição e ponto de encontro
para diversos tipos de público.
Esse ambiente ruidoso prejudica a comunicação, acarretando a perda da compreensão
das palavras, porém, a fala é redundante e o contexto como um todo ainda pode ser entendido.
Quando a intensidade do ruído é alta, é comum ver as pessoas aumentarem o nível de voz ou
se aproximarem mais umas das outras para serem melhor ouvidas e entendidas. A amplitude
da pressão sonora sofre redução à medida que a distância da fonte ao receptor é aumentada.
Atualmente existem 17 shoppings no DF, 12 somente no Plano Piloto. Os brasilienses
gastam em média 24% do orçamento familiar nos centros comerciais, acima da média
nacional, que é de 18% (ANUÁRIO DF, 2012).
O presente estudo possui como objetivo mensurar na praça de alimentação de um
shopping o nível de pressão sonora e relacioná-lo à interferência na comunicação das pessoas
que utilizam esse espaço. Para tal, foi realizadas medições no Taguatinga Shopping localizado
na cidade de Taguatinga/DF. Inaugurado em 16 de novembro de 2000, tornou-se um
importante centro de compras. O público mensal nele atendido é de aproximadamente de 1,4
milhão de pessoas, uma média de 46 mil clientes por dia, demanda que gera uma expressiva
marca de empregos diretos: 2,5 mil (Taguatinga Shopping).
Possui 240 operações comerciais, 40 delas na área de alimentação. As nove salas de
cinema existentes ajudam a movimentar a praça de alimentação localizada no 3º piso que
comporta 1,2 mil pessoas (Taguatinga Shopping).
Em 2009 o shopping passou por uma reforma e foi expandido, tornando-se o segundo
maior shopping center do DF. Isso possibilitou atender com mais conforto e qualidade mais
de 900 mil habitantes que residem nas regiões próximas a ele, aproximadamente 40% de toda
a população do DF.
2.
MATERIAL E MÉTODOS
A coleta de dados foi feita utilizando um medidor do nível de pressão sonora (Figura
1), modelo SOLO da 01 dB, equipado com filtros de banda de oitava e protetor de vento. O
equipamento foi devidamente calibrado para garantir a precisão das medições o calibrador
utilizado foi da 01 dB, e para dar suporte ao equipamento e fixar a altura padrão foi utilizado
um tripé.
7
Figura 1 - Medidor de pressão sonora
As medições ocorreram nos dias 20, 21 e 25 do mês de julho de 2012, período de
férias escolares. Os dias da semana e os horários da coleta foram escolhidos juntamente com a
equipe de segurança do shopping e compreendem os dias e horários em que rotineiramente
predominam um maior fluxo de pessoas, a saber, o horário do almoço e o início da noite.
Todas as medições ocorreram, portanto, entre os intervalos de 12h00 a 13h30 e entre 19h00 a
20h30.
Para cada um dos quatro pontos foram feitas seis medições, sendo três no horário do
almoço e três à noite. Com o intuito de facilitar a identificação, os pontos receberam nomes
de estabelecimentos próximos, conforme Figuras 2, 3, 4 e 5.
8
Figura 2 - Ponto 1 – Giraffas
Figura 4 - Ponto 3 – Burger King
Figura 3 - Ponto 2 - Mercado 153
Figura 5 - Ponto 4 - Pamonha Caipira
Para a realização deste trabalho, foram observados os procedimentos de medição
presentes na NBR 10.151 (ABNT, 2000), onde o medidor do nível de pressão sonora deve ser
posicionado em pontos afastados aproximadamente 1,2 m do piso, e posicionado a pelo
menos 2 m do limite de qualquer superfície refletora, como pilastras, paredes etc. (ABNT,
2000). Todas as medidas tiveram duração de 5 minutos. A Figura 6 mostra a distribuição dos
pontos de coleta.
9
Ponto 02
Ponto 01
Ponto 04
Ponto
03
Figura 6 - Croqui da praça de alimentação, com a distribuição dos pontos das medições
10
2.1 Parâmetros Acústicos
Para a realização deste trabalho, ao término da coleta os dados foram processados no
software dBTraid da 01dB, tornando-se possível identificar alguns dos parâmetros utilizados a
seguir.
2.1.1 Definições dos Parâmetros Acústicos
Pressão Sonora (PS)
A propagação do som promove o deslocamento de partículas em um meio elástico em
relação a suas posições de equilíbrio o movimento de compressão e expansão desse meio
causa flutuações de pressão. Essas flutuações recebem o nome de pressão sonora (GERGES,
1992).
A unidade usual para a pressão sonora é o Newton por metro quadrado (N/m2) ou
Pascal (Pa). Existe um valor de pressão sonora abaixo do qual o sistema auditivo dos seres
humanos não é mais sensibilizado. Esse valor é de aproximadamente a 2.10–5 N/m2, ou 20
µPa. Qualquer nível de pressão sonora maior ou igual a esse valor é traduzido pelo ouvido
humano como uma sensação auditiva.
Nível de pressão sonora (NPS)
O ouvido humano é capaz de captar uma faixa de pressão sonora que varia desde o
limiar da audição, correspondente à pressão de 0,00002 N/m2 ou 20 µPa, até o limiar da dor,
cuja pressão é aproximadamente 200 N/m2 ou 200 Pa (GERGES, 1992).
Assim, para a expressão dos valores das pressões sonoras na faixa da audibilidade
humana de forma linear, como por exemplo, em N/m2, seria necessária uma escala muito
ampla e, portanto, de difícil utilização. O recurso matemático adotado para resolver esse
problema foi a utilização do conceito de nível de pressão sonora, ou seja, a utilização da
escala Bel. O Bel (B) pode ser usado para expressar níveis de quaisquer potências em relação
a um nível básico de referência (SCHULTZ, 1972).
Para níveis de pressões sonoras, foi mais adequadamente definido o uso de um
submúltiplo do Bel, o decibel [dB]. O valor de referência adotado foi 2.10-5 N/m2 ou 20 µPa,
que corresponde aproximadamente ao limiar da audição humana.
11
Além disso, é mais conveniente a utilização do decibel, submúltiplo do Bel, em função
da faixa dos valores de pressões sonoras estudadas em acústica.
Assim, a expressão que define um nível de pressão sonora em decibel é (1):
NPS = 20 log
p1
p0
(1)
onde: NPS =Nível de pressão sonora referente ao nível de referência em decibel [dB],
P1 = pressão sonora medida [N/m2],
p0 = pressão sonora de referência igual a 2.10-5 N/m2.
Nível equivalente de pressão sonora (Leq)
É comum a variação dos níveis de ruídos durante determinado intervalo de tempo. Os
danos à audição podem ser potencializados não somente pelo nível do ruído, mas também
pelo tempo de exposição.
O nível sonoro equivalente é um nível constante corresponde, em termos de energia
acústica, aos níveis variáveis do ruído, durante o período de medição. Assim, é definido um
valor único, chamado nível equivalente de pressão sonora, Leq, que é o nível sonoro médio
integrado durante um intervalo de tempo (GERGES, 1992).
O Nível de pressão sonora equivalente, Leq, em dB, é calculado de acordo com NBR
10.151 pela equação (2):
T
1 P(t ) 2
Leq = 10 × log 10 ( ∫ 2 dt )
T 0 P0
(2)
Onde:
T é a duração do período de referência (tempo total de medida);
P(t) é a pressão sonora instantânea;
P0 é pressão sonora de referência (2,0 × 10-5 N/m2).
Destaca-se que nesse trabalho o LAeq foi medido no modo de ponderação A.
Níveis Estatísticos de Ruído (Ln)
São níveis de pressões sonoras que são ultrapassados durante uma determinada fração
do tempo total de medição.
12
Os níveis estatísticos de maior interesse para estudos de ruído são L10 e L90, que são os
níveis excedidos durante 10% e 90% do tempo de medição (SCHULTZ, 1972).
Para o estudo da praça de alimentação, o nível estatístico L10 pode ser aceito
aproximadamente como valores de pico, pois ele indica valores que foram excedidos durante
apenas 10% do tempo total de medição.
Já o nível estatístico L90 pode ser aceito como sendo um ruído de fundo, posto que ele
indica o nível de ruído que foi ultrapassado durante quase todo o tempo de medição.
Assim de acordo com a duração dos ruídos temos os seguintes parâmetros;
•
L90 - nível de pressão sonora excedido em 90% do tempo de medida efetiva.
•
L10 - nível de pressão sonora excedido em 10% do tempo de medida efetiva.
•
Lmín - menor nível de pressão sonora num determinado intervalo de tempo;
•
Lmax - maior nível de pressão sonora num determinado intervalo de tempo.
Nível Sonoro e Distância
A amplitude de pressão sonora sofre redução à medida que a distância da fonte ao
receptor é aumentada, devido à existência de perdas na transmissão do som num meio elástico
qualquer. Além disso, se a frente de onda é uma superfície em expansão, se conservada a
energia, a intensidade cai com o aumento da área.
Assim, na propagação do som através do ar em um campo livre, o nível sonoro é
reduzido em aproximadamente 6 dB quando é duplicada a distância entre a fonte e o receptor.
Portanto, só existe sentido num determinado valor numérico para um nível de pressão sonora,
quando se informa a que distância a fonte está do receptor (GERGES, 1992). Por isso, um
nível de ruído medido será sempre um valor vinculado à distância entre a fonte e o medidor de
nível de pressão sonora, e qualquer variação de uma distância predeterminada, implicará em
erros de medição.
Nível de Integibilidade da Fala (SIL)
Podemos definir a Integibilidade da Fala como a relação expressa em porcentagem
entre palavras faladas e palavras entendidas. Para que a comunicação seja realizada com
sucesso (fazer-se ouvir e entender), a inteligibilidade da fala deve ser superior a 90%
(NEPOMUCENO, 1994).
Porém, segundo PIMENTEL-SOUZA (1992), a inteligibilidade de 100% das palavras
fáceis exige uma intensidade de voz de 10 dB (A) acima do ruído de fundo, que nas praças de
13
alimentação geralmente passa dos 60 dB (A). Isso pode estressar as pregas vocais de quem
fala e incompatibilizar as condições de concentração para atividades mentais e psicológicas de
quem escuta, gerando desconforto para conversações de um modo geral.
O nível de interferência da fala, em inglês “speech interference level” (SIL), pode ser
mensurado por meio do cálculo da média aritmética dos níveis de ruído, em dB, nas bandas de
oitava de 500, 1000, 2000 e 4000Hz (3).
SIL =
3.
SPL500 + SPL1000 + SPL2000 + SPL4000
dB
4
(3)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Nível de Pressão Sonora - NPS
Atualmente não existe no Brasil legislação específica que regulamente os níveis de
pressão sonora em praças de alimentação, no entanto, há uma proposta de reformulação da
NBR 10.152 – Níveis de Ruído para o conforto acústico - sugerindo que o NPS em praças de
alimentação seja de 50 dB(A), considerando esse valor para o ruído de fundo (RF), medido
com a praça vazia.
Segundo a OMS, exposições acima de 50 dB(A) já são prejudiciais, pois favorecem o
surgimento de efeitos negativos acima de 65 dB(A), ocorre o início de estresse degradativo
(WHO, 1999). A partir de 65 dB(A) ocorre o início da epidemia de ruído, e, dependendo da
susceptibilidade do indivíduo, a partir desse valor podem-se originar sintomas de
desequilíbrio bioquímico, aumento do risco de infarto, derrame cerebral, infecções,
osteoporose etc. (PIMENTEL, 1992).
Por não existir um valor adequado de referência de NPS em praças de alimentação, os
valores da Tabela 1 foram definidos com base nos estudos desenvolvidos pelo grupo de
pesquisa em acústica da Universidade Católica de Brasília, experiência in loco durante as
medições, e pelo recente estudo realizado por Papatya Nur Dökmeci e Semiha Yilmazer
(2012), “Avaliação integrada em praça de alimentação de shopping na Turquia” onde uma
avaliação integrada demonstrou que ao nível de 67 dB(A) o NPS já é significativo, a esse
nível as pessoas que participaram da pesquisa relataram, por meio de questionários, que já se
sentiam incomodadas com a exposição.
Conveniou-se, portanto, adotar como valor de referência para conforto acústico um
limite de 70 dB(A) para praças de alimentação.
14
Tabela 1 - Valores de referência em dB(A) para conforto acústico na praça de alimentação
Valores em dB(A)
Leq ≤ 70
70 < Leq ≤ 75
75 < Leq ≤ 80
Leq > 80
Classificação
Satisfatório
Inadequado
Incômodativo (alerta)
Intolerável (crítico)
A seguir a Tabela 2 apresenta os resultados de NPS mensurados no ponto 1 em frente
ao Giraffas.
Tabela 2 - NPS, em dB(A), medidos no ponto 1 – em frente ao Giraffas
Medição
Diurna
Data
20/07/12
21/07/12
25/07/12
Hora
12h28:14
12h22:13
12h21:53
Lmin
72,7
72,5
69,5
L90
74,0
74,1
71,3
Leq
76,6
76,4
73,6
L10
78,6
77,6
75,1
Lmax
83,3
87,9
81,6
78,4
78,5
76,5
75,7
80,1
79,8
78,2
81,2
80,7
79,5
85,6
86,0
83,2
Médias
Noturna
20/07/12
21/07/12
25/07/12
19h52:16
20h10:25
18h56:55
76,4
76,8
75,0
79,4
Médias
Os resultados obtidos no Ponto 1 - Giraffas – mostram: nenhum dos níveis é
considerado satisfatório, a média diurna está dentro do valor considerado incomodativo
(alerta), no período noturno, ocorre um aumento de 3,7 dB(A), ficando muito próximo ao
considerado Intolerável (crítico) foi o maior nível de pressão sonora noturno de todos os
pontos. Além da conversação o ruído foi potencializado por arrastes de cadeiras,
proporcionando picos de ruídos, o que justifica os elevados valores do L10.
A tabela 3 apresenta os valores referentes ao ponto 2 Mercado 153.
Tabela 3 - NPS, em dB (A), medidos no ponto 2 - Mercado 153
Medição
Diurna
Data
Hora
20/07/12 12h47:56
21/07/12 12h45:53
25/07/12 12h37:26
Lmin
66,5
69,2
63,8
L90
68,3
70,6
65,2
Médias
L10
72,3
74,5
69,1
Lmax
75,4
79,6
72,7
78,6
76,0
75,0
81,8
78,6
85,4
70,9
Médias
Noturna
Leq
70,6
73,0
67,4
20/07/12 20h19:47
21/07/12 20h42:55
25/07/12 19h20:40
73,1
70,6
67,4
74,3
72,0
69,2
76,8
74,4
73,2
75,1
15
No ponto 2 - Mercado 153 - o empreendimento é uma espécie de quiosque o que
possibilitou a coleta dos dados em seu interior. Foi o local com as menores médias registradas
tanto no período diurno quanto no noturno, porém, analisando separadamente apenas uma
medição, foi considerada satisfatória, as demais foram inadequadas ou incômodas.
Por se tratar de um bar, o maior fluxo de pessoas se deu no período noturno, durante as
medições diurnas pôde-se visitar o ambiente praticamente vazio e percebeu-se que o ruído da
praça interfere no interior do empreendimento. Comparando todos os níveis equivalentes de
pressão sonora desse ponto houve pouca variação entre eles 3,2 dB(A), permanecendo o NPS
alto independentemente ou não da quantidade de pessoas ali presentes.
Na medição noturna do dia 20/07, havia apresentação de música ao vivo, fator que
acarretou um leve aumento, 2,4 dB(A), o suficiente para elevar esse ruído de fundo ao nível
de Incômodo (alerta).
A Tabela 4 apresenta os valores de NPS obtidos no ponto 3 em frente ao Burger King.
Tabela 4 - NPS, em dB(A), medidos no ponto 3 – em frente ao Burger King
Medição
Diurna
Data
Hora
20/07/12 12h57:07
21/07/12 12h29:30
25/07/12 12h29:07
Lmin
72,3
71,6
71,4
L90
73,6
72,5
72,6
L10
76,9
76,4
76,7
Lmax
83,0
79,0
81,1
79,8
79,9
78,6
82,8
84,3
85,8
75,2
Médias
Noturna
Leq
75,7
74,7
75,1
20/07/12 20h00:50
21/07/12 20h18:52
25/07/12 19h04:37
75,8
75,3
74,0
76,9
76,9
75,5
78,5
78,6
77,5
78,2
Médias
Resultados do Ponto 3 - Burger King: observando o croqui da praça de alimentação,
percebe-se que os pontos 1, 2 e 4 localizam-se em linha reta, já o ponto 3 encontra-se em uma
extensão da praça de alimentação que dá acesso a uma nova ala de lojas.
A média dos valores tanto no período diurno quanto noturno ficaram dentro dos
limites considerados incomodativos. A localização diferenciada desse ponto não interferiu na
redução do Nível de Pressão Sonora. Apesar de se tratar de uma ala recentemente construída,
(2009), manteve-se o mesmo padrão acústico do restante da praça.
A tabela 5 apresenta os valores do nível de pressão sonora obtidos no ponto 4 em
gente à Pamonha Caipira.
Tabela 5 - NPS, em dB(A), medidos no ponto 4 – em frente à Pamonha Caipira
Medição
Data
Hora
Lmin
L90
Leq
L10
Lmax
16
Diurna
20/07/12 13h04:57
21/07/12 12h37:08
25/07/12 12h45:26
70,9
71,8
71,3
72,1
73,0
73,0
74,1
74,9
74,9
80,3
78,8
81,0
81,7
79,6
76,1
88,5
84,9
78,3
76,6
Médias
Noturna
75,5
76,2
76,3
21/07/12 20h32:36
20/07/12 20h08:33
25/07/12 19h12:02
76,8
75,5
72,0
78,2
76,7
73,2
80,3
78,4
74,8
78,4
Médias
No ponto 4 - Pamonha Caipira - está concentrada a maioria dos restaurantes e bares da
praça, a média diurna e noturna nesse ponto foi considerada incômoda (alerta) e observou-se a
maior média de NPS diurno em relação aos demais pontos, provavelmente provocado por
picos de ruído oriundos de arrastes de cadeiras muito comuns no local.
De um modo geral constata-se que em todos os pontos o NPS não está aceitável,
ficando acima do valor tomado como referência 70 dB(A). No período noturno foram
observados os maiores índices classificando todos os pontos como inadequados (alerta).
3.2 Nível de Integibilidade da fala (SIL)
O Nível de Integibilidade da Fala está relacionado com o ruído ambiente e a distância
entre as pessoas. Os valores apresentados na Tabela 6 foram calculados conforme a
expressão: (4)
(4)
66 29 log E mostram a distância máxima para que o diálogo seja estabelecido de forma efetiva
se esse intervalo for maior o nível de voz deverá ser intensificado.
O Nível de Voz da mesma tabela foi calculado a partir da expressão: (5)
(5)
20 Tabela 6 - Valor do SIL por ponto (dB) e a distância mínima para a efetividade da comunicação
Medição Ponto 1
Diurna
68,7
Noturna
70,8
r(m)
0,8
Ponto 2
64,0
r(m)
1,2
Ponto 3
67,9
r(m)
0,9
Ponto 4
67,3
r(m)
0,9
0,7
67,9
0,9
70,2
0,7
70,9
0,7
17
Em função dos valores encontrados na Tabela 6, a comunicação só será efetiva a uma
distância menor que 1 metro. Como dito anteriormente, o ponto 2 teve o menor NPS, portanto
é o único ponto que permite uma comunicação eficaz a 1,20 metros de distância os demais
pontos apresentaram valores inferiores, o que leva as pessoas a se posicionarem mais
próximas umas das outras ou a aumentarem o nível de voz, causando desconforto.
A Tabela 7 apresenta o nível de voz necessário para se estabelecer a comunicação
efetiva em cada ponto. Para o cálculo dessa tabela, foram adotadas distâncias de 0,5 m, 1,0 m
e 2,0 m, de acordo com a configuração das mesas e cadeiras, simulando o posicionamento das
pessoas.
Tabela 7 - Valores do Nível de Voz
Período NV (dB)
0,5 m
Diurna
1,0 m
2,0 m
0,5 m
Noturna
1,0 m
2,0 m
Ponto 1
70,6
78,6
86,6
73.4
81.5
89.5
Ponto 2
64,3
72,3
80,3
69.5
77.5
89.5
Ponto 3
69,5
77,5
85,6
72.6
80.6
88.7
Ponto 4
68,7
76,7
84,7
73.6
81.6
89.6
Ao compararmos os valores da Tabela 7 com os da Tabela 8, é possível classificar de
acordo com a distância o nível de voz que as pessoas deveriam falar para se fazerem entender
de forma eficaz.
Tabela 8 – Classificação do Nível de Voz
Nível de intensidade da voz NV dB(A)
NV < 57
57 < NV < 65
65 < NV < 74
74 < NV < 82
82 < NV < 88
NV > 88
Classificação
Excelente
Satisfatório
Inadequado
Difícil
Impraticável
Impossível
Em uma análise dos valores dados na Tabela 7, verificamos que a 0,5m nenhum ponto
foi considerado excelente, (Tabela 9), e apenas a medição diurna do ponto 2 foi satisfatória as
outras seis medições foram consideradas inadequadas.
18
Tabela 9 - Valores do Nível de Voz a 0,5 m
Ponto
1
2
3
4
Classificação Diurna
Difícil
Satisfatório
Inadequado
Inadequado
Classificação Noturna
Inadequado
Inadequado
Inadequado
Inadequado
Com o aumento da distância, para se estabelecer a comunicação de forma satisfatória
obrigatoriamente o nível da fala terá que aumentar. A 1m de distância, (Tabela 10), nenhuma
medida foi classificada como excelente ou satisfatória, uma medida foi considerada como
inadequada e sete foram consideradas difícil.
Tabela 10 - Valores do Nível de Voz a 1,0 m
Ponto
Classificação Diurna
Classificação Noturna
1
2
3
4
Difícil
Inadequado
Difícil
Difícil
Difícil
Difícil
Difícil
Difícil
A distância máxima entre as pessoas considerada nesse estudo foi de 2,0 m para esse
valor a medida diurna do ponto 2 recebeu classificação difícil e todas as demais foram
consideradas impraticáveis (Tabela 11).
Tabela 11 - Valores do Nível de Voz a 2,0 m
Ponto
1
2
3
4
4.
Classificação Diurna
Impraticável
Difícil
Impraticável
Impraticável
Classificação Noturna
Impossível
Impossível
Impossível
Impossível
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Os resultados obtidos nas medições comparados com os padrões de conforto acústico
apresentados indicaram que os níveis de pressão sonora permaneceram entre incomodativos e
19
inadequados. Todas as médias de NPS estão acima de 70 dB(A), portanto, não satisfazem as
condições de conforto acústico.
Nesse contexto a comunicação dos frequentadores fica prejudicada uma vez que para
se estabelecer a integibilidade da fala o nível de voz assume padrões predominantemente de
inadequados a impossíveis.
Nesse ambiente desfavorável, ao se fazerem uso abusivo da voz, as pessoas ficam
suscetíveis a desenvolver algum tipo de distúrbio vocal como rouquidão, pigarro, cansaço
vocal, dor na garganta, entre outros sintomas.
Para melhorar as condições de conforto acústico e torná-lo mais apropriado,
recomenda-se que se faça um estudo sobre alterações arquitetônicas que visem à incorporação
de elementos que propiciem melhor absorção sonora.
Outra sugestão para os shoppings está trabalhando um novo comportamento das
pessoas é elaborar campanhas educativas com uso de cartazes, panfletos, teatros e afins,
informando sobre os perigos da exposição excessiva a ruídos e incentivando as pessoas a
terem práticas mais saudáveis, como falarem em um tom de voz mais baixo, reduzir o volume
dos fones de ouvido, fechar a janela do carro quando dirigir e etc. Também como estratégia
promover palestras ao público em geral, com a participação de profissionais da área de
acústica. Esses elementos de uma postura socioeducativa refletiria de forma positiva a
imagem do shopping, demonstrando ao cliente, preocupação com seu bem estar.
Por fim, sugiro uma elaboração de trabalhos futuros com o objetivo de validar a escala
de incômodo proposta neste trabalho onde se sugere um nível de 70 dB (A) para conforto
acústico em praças de alimentação.
20
REFERÊNCIAS
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Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus, que me deu fé, ânimo e coragem para cumprir essa
jornada. Nos momentos de maiores dificuldades, encontrei Nele consolo e refúgio.
Aos meus pais José Luiz da Silva e Lucimar de Assis Mota por me darem a vida. Em especial
à minha mãe que orou por mim e me abençoou e abençoa todas as manhãs ao sair de casa, a
você mãe, dedico minha graduação e meus sinceros agradecimentos essa vitória também é
sua, seus esforços não foram vãos.
Aos meus irmãos Luiz Guilherme Mota da Silva e Luiz Felipe Mota da Silva, obrigada pela
amizade e admiração.
Ao meu namorado, Cássio Renan Moura Menezes, que me fez companhia durante a coleta de
dados para a realização deste trabalho e que, com amor e compreensão, me deu apoio e
incentivo durante os últimos anos da minha graduação.
Ao professor Rômulo Ribeiro (Climatologia), que no meu terceiro semestre, determinada que
estava a desistir do curso, me motivou a continuar. Eu consegui e deixo aqui minha profunda
gratidão por ser mais que um mestre, um amigo.
Ao meu orientador Dr. Sérgio Garavelli, pela paciência na orientação e incentivo que
tornaram possível a conclusão deste trabalho.
Aos amigos e colegas da Universidade Católica de Brasília, pela família que se tornaram ao
longo desses anos de graduação, em especial a Elaine Cristina, Derlayne Flávia, Jemima
Martins, Nelliany Rodrigues, Kilmara Ramos e Stelliany Messinis.
Vocês se tornaram mais que amigas verdadeiras irmãs.
Agradeço à administração do Taguatinga Shopping por permitir as medições, sem as quais
não seria possível a realização desse trabalho, especialmente ao Daniel Souza – Chefe de
Segurança por todo suporte, apoio e amizade.
Agradeço às responsáveis por mim nas instituições onde realizei estágios à oportunidade dada
de complementar meu conhecimento durante minha graduação: Suely Touguinha MPDFT –
Serviço de Gestão Ambiental; Raquel Brostel CAESB – Licenciamento Ambiental e Outorga
de Recursos Hídricos e Elizabeth dos Reis SENADO FEDERAL – Senado Verde. Aprendi
muito com vocês e deixo expressa aqui minha admiração e carinho.
Agradeço a todos os meus amigos e familiares que me incentivaram e torceram por mim
durante essa graduação.
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Sabrina Mota da Silva