INTERVENÇÃO DA
SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL
BERTA DE MELO CABRAL
Sessão Solene da Comemoração do 90.º Aniversário
da Liga dos Combatentes
Museu do Combatente, Lisboa, 16 de outubro de 2013
Só serão válidas as palavras proferidas pela oradora
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Exm.º Senhor Presidente da Direção Central da Liga dos
Combatentes, Tenente-general Chito Rodrigues
Exm.º Senhor Presidente do Conselho Supremo da Liga dos
Combatentes, Almirante Vieira Matias
Exm.ºs Senhores Generais em representação dos Chefes de
Estado-Maior
Ilustres convidados
Caros Sócios
Minhas Senhoras e meus Senhores
É com grande satisfação e honra que me encontro aqui, hoje, para
celebrar convosco o 90.º aniversário da Liga dos Combatentes.
Chegar a esta respeitável idade com a pujança que podemos
testemunhar, com cerca de 60 mil associados, é motivo de orgulho
para todos e para cada um dos que contribuem para esta grande
obra, muitos dos quais em regime de voluntariado.
A Liga dos Combatentes é uma grande organização que, sob a
tutela do Ministério da Defesa Nacional, presta um conjunto de
serviços relevantes à comunidade e aos antigos combatentes que,
de outra forma, teria de ser o Estado a fazê-lo.
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Desde o apoio social, que define o seu código genético, até ao
Desporto e à Cultura, passando pela Saúde e pela Educação, a
Liga dos Combatentes desenvolve uma ação louvável, que merece
o nosso apreço e reconhecimento público.
Também a sua expressão geográfica, que se estende por vários
continentes, assumindo-se verdadeiramente como uma organização
do mundo lusófono, projeta o nome do nosso País além fronteiras,
granjeando o respeito e a dignidade dos que beneficiam da sua
ação.
O êxito da Liga dos Combatentes enquanto organização assenta na
sua proximidade aos sócios e no seu ecletismo, característica esta
que, atrevo-me a dizer, vai muito além daquilo que está enquadrado
nos denominados “programas estruturantes”, já de si bastante
abrangentes.
Há, efetivamente, um conjunto de atividades que extravasam as
mais divulgadas e que se traduzem nas pequenas ações, em
gestos nobres que ajudam a construir a verdadeira grandeza da
Liga dos Combatentes.
Mas é óbvio que o principal impacte da Liga na vida das pessoas é
feito
através
dos
“programas
estruturantes”,
aos
quais
reconhecemos a maior relevância.
O programa “Liga Solidária”, sobretudo através dos seus lares e
creches, contribui decisivamente para melhorar a qualidade de vida
de centenas de ex-Combatentes e familiares associados.
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Também através das atividades que desenvolve nos museus,
biblioteca, cerimónias e em eventos tão variados, a Liga ajuda a
preencher e enriquecer a nossa vida cultural.
Paralelamente, existe uma preocupação com a saúde e o bem-estar
que leva a Liga dos Combatentes a disponibilizar assistência
médica, psicológica e social a populações com necessidades
específicas, não só nos Centros de Apoio Médico Psicológico e
Social (os CAMPS) mas também através de visitas de apoio
domiciliário, constituindo uma inestimável estrutura de cuidados aos
combatentes e familiares associados.
Cumprindo o elevado desígnio de homenagear, dignificar e
rememorar os Combatentes portugueses, onde quer que se
encontrem, a Liga também não descura a preocupação legítima e
desejável
de transmitir
às
novas
gerações
a filosofia de
solidariedade social e de entreajuda que estatutariamente define a
Liga dos Combatentes.
Tudo isto dá corpo a esta grande e nonagenária instituição.
Uma instituição que se faz com a dimensão do conjunto mas
também com o pequeno gesto do anónimo voluntário do mais
recôndito núcleo.
Uma instituição que contribui para a Ciência – nomeadamente a
Psicologia, através da colaboração com instituições de Ensino
Superior – e que também sabe ter uma palavra amiga para um
sem-abrigo.
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Minhas Senhoras e meus Senhores,
Devo reconhecer, nesta oportunidade, que a Liga dos Combatentes
tem feito um apreciável esforço para se adaptar aos tempos de
constrangimento financeiro que vivemos, reduzindo as despesas e
aumentando as receitas próprias para reforçar os mais de 800 mil
euros disponibilizados anualmente pelo Ministério da Defesa
Nacional, apostando também nas campanhas de recolha de
donativos.
É
o
caminho
certo,
o
caminho
da
solidariedade
e
da
responsabilidade coletiva. Os sócios da Liga e o próprio País
agradecem.
Este cuidado na gestão é, aliás, um imperativo para quem, como a
Liga, tenciona continuar a alargar a sua missão de apoio.
A este propósito, é sabido que a Liga dos Combatentes tem um
grande projeto em marcha: a construção de um Lar para exCombatentes em Estremoz.
Neste enquadramento, e apesar dos ventos financeiros e
orçamentais pouco favoráveis, o Ministério da Defesa Nacional,
consciente da bondade e valia desta decisão, associa-se à Liga dos
Combatentes, comparticipando com 150 mil euros, além da
subvenção anual, para a construção deste Lar.
Para o efeito, dentro de momentos será assinado um protocolo que
concretizará este desiderato.
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Minhas Senhoras e meus Senhores,
A otimização e racionalização dos recursos disponíveis é o segredo
para o sucesso de qualquer organização associativa.
Tem sido este o caminho seguido pela Liga dos Combatentes.
Faço votos para que que assim continuem e que surjam muitas
ideias e projetos capazes de garantir a renovação e a vitalidade da
Liga dos Combatentes, permitindo que esta grande instituição de
Portugal prossiga a sua missão com ânimo renovado.
A terminar, quero renovar a todos os meus parabéns pelo 90.º
aniversário da Liga dos Combatentes.
Feliz aniversário!
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SEADN_2013-10-16-LigaCombatentes90